Você está na página 1de 57

AULA 02: Exame do Estado Mental (parte 1)

Exame do Estado Mental

• Ao longo da avaliação, o entrevistador tem uma impressão do


aspecto global da pessoa, de seu comportamento visível, de tudo o
que ela comunica com as palavras e com os comportamentos não
verbais. No entanto, para realizar e registrar o exame do estado
mental de maneira clara, objetiva e compreensível, é preciso ter em
mente um esquema de ordenação das possíveis alterações nele
encontradas.
Exame do Estado Mental

• Auxilia na avaliação do funcionamento cognitivo e emocional atual do


paciente.

• Sinais e sintomas de possíveis transtornos psiquiátricos.


• Indícios de transtornos neurológicos, metabólicos, intoxicações.
• Os dados são obtidos ao longo de toda a entrevista.
• É útil nas visitas subsequentes para comparar e monitorar mudanças ao
longo do tempo.
Componentes do Exame do Estado Mental
1. Aparência 7. Pensamento

2. Atitude 8. Linguagem

3. Consciência 9. Inteligência

4. Atenção 10. Afetividade

5. Orientação 11. Conação

6. Memória 12. Psicomotricidade


1. Aparência
1. Aparência

• Conceito
• Aparência física do paciente, como ele • Alterações
se apresenta.
• Descuidada, exagerada, bizarra
(extravagante ou excêntrica) e
• Avaliação exibicionista.
• Cabelos, barba, unhas, dentes, higiene,
trajes, maquiagem, adereços, • Transtornos
tatuagens, cicatrizes…
• Depressão, mania, TOC, esquizofrenia,
demência, deficiência intelectual.
• Normal
• Adequada ou cuidada, boa higiene.
2. Atitude
2. Atitude

• Conceito • Alterações

• Maneira que o paciente se posta diante do • Atitude não cooperante, de oposição, hostil,
examinador. de fuga, suspicaz, querelante, reivindicativa,
arrogante, evasiva, invasiva, de esquiva,
inibida, desinibida, jocosa, irônica, lamuriosa,
• Avaliação dramática, teatral, sedutora, pueril, gliscroide,
simuladora, dissimuladora, indiferente,
• Atitude especificamente relacionada ao manipuladora, submissa, expansiva,
examinador e à entrevista. amaneirada, reação de último momento…

• Normal • Transtornos
• Atitude cooperante, amistosa, de confiança, • Delirium, esquizofrenia, ansiedade,
interessada. depressão, mania.
3. Consciência
3. Consciência
O que é?

É a função ou capacidade psíquica básica que permite ao ser humano apreender o


mundo e a si mesmo de forma nítida. Estar acordado, desperto, com o nível de vigilância
normal, é estar plenamente consciente. O chamado nível de consciência se refere ao grau
da vigília, a estar desperto e alerta para perceber, captar e viver suas experiências
psíquicas de forma lúcida.
3. Consciência
Estado normal:
O estado normal é descrito como vígil ou desperto.

Alterações quantitativas da consciência são os níveis de rebaixamento da consciência –


em ordem crescente, obnubilação, torpor, sopor e coma (abolição total da consciência).
Os rebaixamentos do nível de consciência são as formas mais comuns de alteração da
consciência. Pacientes aparentemente despertos, mas perplexos e com dificuldade de
apreensão do ambiente podem estar apresentando um quadro de delirium (confusão
mental aguda), com rebaixamento do nível de consciência.

O estado dissociativo (anteriormente dito “histérico”) é uma alteração qualitativa da


consciência, em que o indivíduo está desligado de sua consciência normal
3. Consciência

• Normal
• Alerta, vigil ou desperto.

• Sono e o sonho são variações normais da consciência.

• Alterações quantitativas (rebaixamento do nível de consciência)


• Obnubilação ou turvação: sonolento, e na ausência de estímulos volta a dormir.

• Torpor: desacordado, só desperta com estímulos vigorosos e logo volta a dormir.

• Coma: não acorda mesmo sob estímulo intenso.


3. Consciência
• Alterações qualitativas (estreitamento do campo da consciência)
• Estado crepuscular: estreitamento transitório da consciência. Há obnubilação da consciência com
relativa conservação da atividade motora coordenada. Permite atos automáticos.

• Estado segundo: semelhante ao crepuscular. Atividade estranha a personalidade do sujeito


acometido. Em geral de natureza psicogênica (choques emocionais intensos).

• Dissociação: fragmentação do campo da consciência com perda da unidade psíquica.

• Transes: se assemelha ao sonhar acordado. Há atividade motora automativa e estereotipada


acompanhada de suspensão parcial de movimentos voluntários.

• Estado hipnótico: estado de consciência reduzida que pode ser induzido por outra pessoa.
Sugestionabilidade aumentada. Atenção voltada ao hipnotizador.

• Experiência de quase morte: “paz, tranquilidade”.


3. Consciência

• Transtornos
• Delirium, álcool/drogas, epilepsia.
4. Orientação
4. Orientação

• Conceitos
• Capacidade de um indivíduo de • Avaliação
conseguir se localizar em relação
ao ambiente e quanto a si • Qual o seu nome? Quem sou eu? Data?
mesmo. Que lugar é este? Onde se localiza? O
que estamos fazendo?
• Relaciona-se com a atenção, percepção
e memória. • Normal
• Orientação alopsíquica: tempo, espaço, • Orientado auto e alopsiquicamente ou
quanto as outras pessoas, situacional. orientado globalmente.

• Orientação autopsíquica: quanto a si


mesmo.
4. Orientação

• Alterações da orientação alopsíquica


• As desorientações podem ser classificadas, de acordo com a alteração psicopatológica
basal, em: confusional, amnéstica, apática, delirante, por déficit intelectivo e por
estreitamento da consciência.

• Alterações da orientação autopsíquica


• Desorientação autopsíquica total: o paciente não sabe mais quem é, desconhece até o
próprio nome.

• Desorientação autopsíquica parcial: o paciente pode, por exemplo, lembrar-se do


próprio nome, mas não saber sua idade.
4. Orientação

• Transtornos
• Demência, transtorno amnéstico, Delirium, esquizofrenia, mania, depressão, intoxicação por
alucinógenos, deficiência intelectual, transtornos dissociativos, epilepsia.
5. Atenção
5. Atenção

• Conceitos
• É a direção da consciência, estado de concentração das atividade mental sobre
determinado objeto.

• O interesse (vontade, afeto) influencia diretamente a atenção.

• Mobilidade (atenção espontânea): capacidade não intencional de redirecionar a vida


mental para estímulos novos. É passiva e involuntária.

• Tenacidade (atenção voluntária): capacidade de direcionar voluntariamente a vida mental


para um estímulo específico. É ativa e intencional.
5. Atenção

• A hipotenacidade da atenção revela-se na distraibilidade, que se


expressa pela diminuição da capacidade de fixar a atenção, de
manter o foco (a distraibilidade é típica e acentuada na síndrome
maníaca, por exemplo).

• Nas crianças, adolescentes e adultos com transtorno do déficit de


atenção e hiperatividade (TDAH) há também considerável
dificuldade de manter a atenção sustentada em determinados
focos.
5. Atenção

• Avaliação
• Verificar se o olhar se mantém sobre o
observador. Há necessidade de
• Subtrair 7 de 100 sucessivas vezes,
estímulos enérgicos para manter a soletrar MUNDO na ordem inversa,
atenção? listar os meses do ano de trás para a
frente.
• Demora nas respostas, necessidade de
repetir as perguntas, respostas parciais • Testes de repetição: solicita-se que o
ou perseverantes. paciente repita de imediato uma lista 3
palavras ou uma série de dígitos.
• Tem dificuldade de concentração? Tem
problemas para terminar as tarefas?
Perde coisas necessárias para as
atividades?
5. Atenção

• Normal
• Normoprosexia (mobilidade e tenacidade
normais) ou atenção globalmente
preservada. • Alterações qualitativas
• Rigidez da atenção: hipomobilidade com
• Alterações quantitativas hipertenacidade.

• Hipoprosexia: diminuição global da • Labilidade da atenção: hipermobilidade


atenção. Estímulos mais intensos são com hipotenacidade.
necessários para atrair a atenção.

• Aprosexia: total abolição da capacidade


de concentração.
5. Atenção

• Transtornos
• Mania, depressão, esquizofrenia, delirium, demências, deficiência intelectual, intoxicação
por anfetamina, cocaína ou alucinógenos, ansiedade, transtornos dissociativos, epilepsia,
TDAH.
6. Memória
6. Memória

• Conceitos
É a capacidade de codificar, registrar, armazenar, manter e evocar
experiências, impressões, percepções, pensamentos e eventos que
ocorrem em nossas vidas, em curto e em longo prazo.

A capacidade de aprender, assim como o senso de identidade pessoal e


social, dependem intimamente da memória.
6. Memória

• Avaliação
6. Memória

• Normal
• Memória imediata, recente e remota preservadas.

• Alterações quantitativas
• Hipermnésia

• Hipomnésia ou amnésia

• Psicogenia (imediata e recente) x orgânica (mais prejuízos de fixação do que evocação).

• Anterógrada (posterior ao acontecimento), retrógrada (anterior ao acontecimento),


retroanterógrada.
6. Memória

• Alterações qualitativas
• Paramnésias: envolvem a deformação do processo de evocação de conteúdos mnêmicos
previamente fixados (lembrança deformada).

• Ilusões mnêmicas, alucinações mnêmicas.

• Fabulações: invenções que preenchem um vazio da memória. Sem intenção de enganar.

• Criptomnésias: lembranças aparecem como um fato novo.

• Ecmnésias: presentificação do passado. O paciente se comporta como se o evento


pretérito estivesse ocorrendo naquele momento.
6. Memória

• Transtornos
• Mania, depressão, esquizofrenia, delirium, demências, deficiência intelectual, autismo,
epilepsia, transtornos dissociativos, TEPT.
7. Pensamento
7. Pensamento
• Conceito
• Conjunto de funções interativas capazes de associar conhecimentos novos e antigos,
integrar estímulos externos e internos, analisar, abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar

• É a capacidade de formar representações e conceitos na mente (p. ex., conceito de


animal, de razão, de liberdade), de articulá-los em juízos (“o ser humano é um animal
racional”, “a liberdade é essencial”) e de desenvolver tais juízos em raciocínios
(“porque somos racionais, podemos ser livres”).

• Aspectos do pensamento:

• Curso: velocidade e ritmo do pensamento, quantidade de ideias ao longo do tempo.

• Forma: estrutura do pensamento, relação entre as ideias.

• Conteúdo: temática do pensamento, qualidades ou características das ideias.


7. Pensamento

• Avaliação
• A fala do paciente é o único meio de acesso ao seu pensamento.

• Deixar o paciente falar livremente durante algum tempo, evitando interrompê-lo.

• Normal
• Pensamento com curso normal, agregado, sem alterações no conteúdo.
7. Pensamento

• Alterações quantitativas (curso do pensamento)


• Aceleração do curso do pensamento (ou taquipsiquismo): fala rápido, maior produtividade
ideativa e maior velocidade no processo associativo.

• Alentecimento do curso do pensamento (ou bradipsiquismo): fala devagar, redução no


número de ideias e representações, e inibição do processo associativo.

• Interrupção do curso (ou bloqueio do pensamento): sem qualquer motivo aparente, o


paciente interrompe a fala.
7. Pensamento

• Alterações qualitativas (forma e conteúdo)


• Fuga de ideias: variação rápida e incessante de tema, com preservação da coerência do
relato e da lógica na associação de ideias.

• Desagregação do pensamento: perda do sentido lógico na associação de ideias. Há a


formação de associações novas, que são incompreensíveis, irracionais e extravagantes.

• Prolixidade: discurso repleto de detalhes irrelevantes, o que o torna tedioso; a ideia-alvo


jamais é alcançada ou só o é tardiamente.

• Minuciosidade: discurso com um número excessivo de detalhes relevantes.


7. Pensamento

• Concretismo (ou pensamento empobrecido): caracteriza-se por um discurso pobre em


conceitos abstratos, em metáforas e analogias.

• Perseveração: recorrência excessiva e inadequada no discurso do mesmo tema. Consiste


numa perda da flexibilidade do pensamento. Delírios e obsessões podem ser consideradas
como formas especiais de perseveração

• Ideias delirantes: crenças irreais não removíveis mediante a argumentação lógica. Tipos:
persecutório, depreciativo, religioso, sexual, de poder, de ruína, hipocondríaco…

• Ideias obsessivas: são pensamentos intrusivos, reconhecidas pelo próprio paciente como
absurdas, porém de difícil controle.
7. Pensamento

• Transtornos
• Esquizofrenia, mania, depressão, demências, DI, delirium, epilepsia, TOC.
8. Linguagem
8. Linguagem
• Conceito
• É um sistema de signos linguísticos (as
palavras) que têm importância ordens por escrito, como “Feche os
fundamental como suporte do olhos”.
pensamento e meio de comunicação
entre as pessoas, assim como • Nomeação: diga como se chamam
expressão das emoções e de estados esses objetos (caneta, relógio). Em um
minuto, cite todos os nomes de animais
subjetivos.
que puder (normal > 12/13).
• Avaliação
• Repetição: repetir “Nem aqui, nem ali,
• A expressão oral e a compreensão nem lá.”, ou “Sem quês, nem mas, nem
auditivo-verbal são avaliadas de forma porquês”.
informal durante toda a entrevista.
• Expressão: solicita-se ao paciente que
• Compreensão: “Toque sua orelha direita escreva uma frase.
com sua mão esquerda”; “Os bairros
são maiores do que as cidades?”; ou
8. Linguagem
• Normal
• Sem alterações.

• Principais alterações
• Afasias: são distúrbios adquiridos da capacidade linguística – na compreensão ou na
expressão –, que ocorrem na ausência de déficit auditivo ou de incapacidade motora do
órgão fonador. Estão relacionadas a lesões corticais.

• Motora (expressiva, ou de Broca), sensorial (receptiva, ou de Wernicke), de condução,


global, transcortical, e anômica.

• Agrafia: perda da capacidade para escrever.


8. Linguagem

• A fala tem os elementos:

• fonético (som),
• semântico (significado das palavras),
• sintático (articulação entre as palavras) e
• pragmático (uso concreto da linguagem em situações dadas).
8. Linguagem

• Alexia: perda da capacidade para a leitura.

• Aprosódia (hipoprosódia): perda ou diminuição da modulação afetiva da fala, que se torna


monocórdica, monótona. Pode haver também perda (ou diminuição) da capacidade de
compreender a prosódia da fala das outras pessoas.

• Hiperprosódia: acentuação da inflexão verbal; fala enfática, loquaz.

• Mutismo: ausência da fala.

• Logorreia (verborreia ou verborragia): expressão verbal aumentada. O paciente fala o


tempo todo e é difícil interrompê-lo.
8. Linguagem

• Oligolalia (ou laconismo): expressão verbal diminuída. Oposto da logorreia.

• Hiperfonia: elevação do volume da voz, isto é, falar excessivamente alto.

• Hipofonia: redução do volume da voz, isto é, falar excessivamente baixo.

• Taquilalia (ou taquifasia) e bradilalia (ou bradifasia): aumento e diminuição da velocidade


da expressão verbal. Correspondem às alterações do curso do pensamento.

• Latência da resposta: tempo que o paciente demora para responder. Pode estar
aumentada ou diminuída.
8. Linguagem

• Ecolalia: repetição das últimas palavras do entrevistador. Involuntária, sem planejamento


ou controle.

• Palilalia: repetição involuntária das últimas palavras que o próprio paciente emitiu.

• Logoclonia: semelhante à palilalia, só que a repetição é das últimas sílabas.

• Estreotipia verbal (ou verbigeração): repetição monótona, inadequada e sem sentido


comunicativo de palavras ou frases.

• Tiques verbais: produções de palavras ou fonemas de forma recorrente, imprópria e


irresistível (estalo de língua, gritos).
8. Linguagem

• Mussitação: o paciente fala com uma voz sussurrada, em volume muito baixo e tom
monótono, quase sem mover os lábios; fala para si próprio, e de forma incompreensível.

• Neologismos: palavras novas criadas ou vocábulos já existentes com acepção nova.

• Jarganofasia (salada de palavras): frases e palavras sem sentido. Completa


desorganização da linguagem.

• Parafasias: deformação ou troca de palavras, podendo ser literais ou verbais. A parafasia


literal (ou fonêmica) caracteriza-se pela substituição de uma palavra por outra de som
semelhante (faca por vaca). A parafasia verbal (ou semântica) é caracterizada pela
substituição de uma palavra por outra semanticamente relacionada (faca por garfo).
8. Linguagem
• Solilóquio: falar sozinho. Pode indicar formalismo exagerado, assim como o
alucinação auditiva, mas pode ocorrer uso excessivo de diminutivos, gírias ou
também em pessoas normais. jargões), à pronúncia, ao sotaque ou à
inflexão verbal.
• Coprolalia: emissão involuntária e
repetida de palavras obscenas, vulgares • Pedolalia: o paciente fala com uma voz
ou relativas a excrementos. infantilizada.

• Glossolalia: é como se o indivíduo • Pararrespostas: são respostas


estivesse falando uma outra língua. Ele totalmente inesperadas em relação às
produz sons ininteligíveis, mantendo os perguntas.
aspectos prosódicos da fala normal.
• Respostas aproximadas: o paciente
• Maneirismos: fala pouco natural, afetada, deliberadamente dá uma resposta
seja quanto à escolha das palavras errada, mas que está relacionada à
(rebuscamentos, uso de palavras difíceis, pergunta.
9. Linguagem

• Transtornos mais comuns


• Mania, depressão, esquizofrenia, demências, transtorno conversivo e transtornos
dissociativos, intoxicação por drogas
10. Inteligência
10. Inteligência
• Conceitos:

• A inteligência se refere à capacidade de identificar e resolver de forma eficaz


problemas novos e, com o menor esforço necessário, obter o máximo de
ganhos ou rendimentos funcionais.

• Ela implica diversas habilidades, como capacidades linguísticas


(conhecimento e uso de vocabulário e construção de frases e narrativas
complexas), habilidades visuoespaciais e visuoconstrutivas (resolver
problemas espaciais – p. ex., sair de labirintos, construir objetos com cubos,
etc.), capacidade lógica, inteligência aritmética, capacidade de planejamento e
execução, capacidade de abstração e de lidar com conceitos abstratos,
identificar e lidar com categorias e inteligência criativa (desenvolver soluções
novas e originais).
10. Inteligência

• Avaliação

• Devem ser considerados fatores que podem interferir, como um baixo grau de
instrução, ansiedade e a falta de interesse ou de motivação.

• Capacidade de usar e compreender conceitos, metáforas e analogias; a adequação


de seus juízos e raciocínios; e a extensão de seu vocabulário.

• Informações sobre o seu desempenho escolar ou profissional, sobre como lida com os
problemas do dia a dia e sobre sua conduta social.
10. Inteligência

• Testes verbais:

• Interpretação de provérbios: "mais vale • Resumo de textos: sintetizar informações


lidas em um texto.
um pássaro na mão do que dois voando”,
“Nunca julgue um livro pela capa” etc.
• Diferenças: perguntar o que diferencia um
erro de uma mentira, saber de crer, uma
• Interpretação de fábulas: conta-se ao criança de um anão etc.
paciente uma fábula, como a da cigarra e
da formiga, e pede-se a ele que diga a
moral da história.
• Semelhanças: entre uma maçã, uma
banana e uma melancia; ou entre uma
mesa, uma cadeira e um armário; ou
• Cálculos matemáticos simples: entre um cachorro, um leão e uma coruja.
subtrações, por exemplo.
• Conhecimentos: “quais são as cores da
• Definição de conceitos abstratos: o que bandeira brasileira?”.
significam palavras como liberdade,
alegria, amizade etc.
10. Inteligência
• Solução de problemas: “É melhor lavar uma escada de baixo para cima ou de cima para baixo?”; “Por
que a Lua parece maior que as estrelas?”

• Testes executivos:
• Resolver quebra-cabeças e labirintos, completar figuras, ordenar uma história sem palavras, copiar
•desenhos, encaixar objetos em tabuleiros com formas etc.
10. Inteligência
• Acima do normal: superdotação.
• Normal
• Transtornos
• Sem alterações. Compatível com o esperado
para a idade e escolaridade. • DI, demências, delirium, depressão,
esquizofrenia.

• Alterações • DI limítrofe - QI 70-85 - normalmente avançam


até o ensino médio.
• abaixo do normal ou déficit intelectivo:
• Desenvolvimento deficiente: relacionado a • DI leve: QI 50-69 - criança de 9-12 anos.
problemas na aquisição de habilidades
específicas. • DI Moderado: QI 35-49 - criança de 6-9 anos.

• Deterioração intelectiva: queda dos DI Grave: QI 20-34 anos - criança de 3-6 anos.
rendimentos intelectivos em comparação
com o nível pré-mórbido. • DI Profundo: QI < 20 - normalmente restrito ao
leito.

Você também pode gostar