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• Estudo sistemático das vivências, cognições e comportamentos que são produto de uma mente
perturbada. Estudo dos produtos de uma mente perturbada (Sims)
Descritiva Explicativa
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Psicopatologia – Forma/ Conteúdo e Subjetivo/Objetivo
• Forma: descrição de uma manifestação psicopatológica do ponto de vista fenomenológico.
Estrutura da experiência.
• Mantém-se mais constante ao longo do tempo
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Aspeto
• Idade aparente dá-nos pistas sobre o estado geral do paciente
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Atitude
• Influencia a validade e conteúdo da informação recolhida
• Incluí: postura, grau de colaboração, expressão facial, tom de voz, grau de evasão das respostas.
• Contacto visual indica o grau de conforto na entrevista
Regressão
Retorno a um nível anterior do desenvolvimento
Clivagem Resistência
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Consciência
Estado de conhecimento acerca do EU e do ambiente (Fish).
O indivíduo esta ciente em relação a si próprio e ao meio envolvente.
Alterações Alterações
Alterações
quantitativas qualitativas
qualitativas
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Consciência
Alterações quantitativas
Diminuição Aumento
PATOLOGIA
ORGÂNICA 10
Consciência
Alterações quantitativas
Diminuição Aumento
Drogas
(LSD, anfetaminas)
Indivíduos
saudáveis Doença psicótica
inicial (mania (+),
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esquizofrenia)
Consciência
Alterações qualitativas
Estreitamento da
Estado Oniróide
consciência
Patologia orgânica
Episódios dissociativos
(pode ocorrer)
• Semelhante ao sonho
• Aumento do limiar de captação para os estímulos (diminuição do nível de consciência)
• Desorientação temporo-espacial MAS NÃO AUTOPSÍQUICA
• Característica mais saliente: alucinações visuais
• Pequenos animais → medo e até terror
• Ocasionalmente alucinações liliputianas → prazer
Estreitamento da
Estado Oniróide
consciência
Delirium ou estado
Delirium tremens
confusional agudo
Estreitamento da
Estado Oniróide
consciência
• DESORIENTAÇÃO AUTOPSÍQUICA: refere-se a si próprio. Não sabe o nome, idade estado civil ou
biogradia pessoal. Ocorre num estádio mais tardio deterioração orgânica.
• DESORIENTAÇÃO ALOPSÍQUICA: refere-se ao que está fora de si. Não sabe quem são os outros.
Inclui desorientação no tempo e espaço.
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Orientação
Perturbações dissociativas
Patologia orgânica (pode mimetizar mas com características
bizarras)
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ATENÇÃO
Atenção fácil de captar e manter. Sem dificuldades de
concentração.
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Atenção
Orientação da atividade psíquica sobre determinado estímulo, objeto ou
evento.
• Ativa: existe esforço consciente e intencional para dirigir a atenção.
• Passiva: suscitada pelo interesse do próprio objeto. Não existe esforço consciente.
Relacionadas uma com a outra
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MOTRICIDADE
Sem alterações da atividade psicomotora de relevo,
nomeadamente tiques, maneirismos, compulsões ou
movimentos coreiformes. Marcha sem alterações.
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Motricidade
Alterações dos
Movimentos Alterações da Efeitos
movimentos
anormais induzidos postura extrapiramidais
espontâneos
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Motricidade – Alterações quantitativas dos movimentos espontâneos
Movimentos expressivos
Mimica facial
• Deve ser considerada no contexto do quadro e não como sinal exclusivo
• Pode revelar: Tristeza (hipomimia), alegria excessiva (hipermimia), sofrimento, inexpressivo,
aterrorizado, desconfiança, perplexidade.
Postura
• Constitui informação importante sobre o humor do paciente
• Tensa, retraída, flácida, fletida ou expansiva ou bizarra/ estranha
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Motricidade – Alterações quantitativas dos movimentos espontâneos
Movimentos expressivos
AUMENTO DIMINUIÇÃO
ü Ansiedade ü Depressão mimica facial pobre.
ü Sinal de Veraguth (prega nas pálpebras superiores)
ü Personalidades com hiperexpressividade ü Sinal de ómega (prega na testa acima do sulco nasociliar)
ü Esquizofrenia catatónica
ü Expressão facial rígida e movimentos corporais escassos.
ü Olhos podem estar animados e vivos, de modo que o doente
parece estar a olhar para o mundo através de uma máscara.
ü Parkinsonismo pós-encefálitico
ü Face seborreica (rosto fixo e inexpressivo com aparência
oleosa)
ü Doença de Parkinson
ü Face semelhante mas menos oleosa
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Motricidade – Alterações quantitativas dos movimentos espontâneos
Movimentos direcionados
AUMENTO
INQUIETUDE MOTORA: doente movimenta-se mais que o necessário
ü Hipomania e ansiedade
AGITAÇÃO PSICOMOTORA: aceleração e excitação inespecífica de toda a atividade motora
associada a taquipsiquismo.
• Estado de inquietação com hipercinesia (aumento dos movimentos) com sensação de tensão interna e muitas vezes associado a
hostilidade e heteroagressividade.
• Podem ocorrer crises clásticas: destruição voluntária de objetos.
ü Quadros maníacos
ü Episódios agudos de esquizofrenia
ü Quadros psico-orgânicos agudos (intoxicações, s. abstinência, traumatismos, encefalopatias metabólicas)
ü Depressões agitadas
ü Ansiedade
ü Personalidades histriónicas ou borderline
ü Demência e deficiência mental
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Motricidade – Alterações quantitativas dos movimentos espontâneos
Movimentos direcionados
DIMINUIÇÃO
LENTIFICAÇÃO PSICOMOTORA: lentificação de toda a atividade motora associada a
bradipsiquismo.
• Sensação de que todas as ações são mais difíceis de iniciar e levar a cabo. Existe hipocinésia (diminuição dos
movimentos que ficam mais pobres, lentos e pesados)
ü Depressão
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Motricidade – Alterações qualitativas dos movimentos espontâneos
Maneirismos
• Movimentos direcionados e voluntários ou expressões verbais invulgarmente repetitivos ou
modificados de forma a tornarem-se extravagantes.
• Podem incluir alterações de postura quando há a manutenção de uma modificação invulgar de uma
postura adaptativa
• Exemplo: movimentos invulgares nas mãos quando se cumprimenta alguém; peculiaridades ao escrever, levar
a mão ao cabelo repetidamente.
• Uso estranho de palavras ou expressões, movimentos e posturas deslocadas do contexto também podem ser
consideradas.
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Motricidade – Alterações qualitativas dos movimentos espontâneos
Estereotipias
• Movimentos não direcionados (sem finalidade) ou expressões verbais não adaptativas recorrentes,
realizados/ditos sempre da mesma forma.
• Simples ou complexos
• Diferem dos MANEIRISMOS por não exibirem qualquer finalidade
• Diferem dos TIQUES por terem algum carácter mais intencional embora sem nenhum finalidade,
enquanto os tiques são totalmente involuntários.
ü Esquizofrenia
ü Alterações neurológicas (afasia de expressão)
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Motricidade – Alterações qualitativas dos movimentos espontâneos
TIQUES
• Movimento originado de contrações musculares involuntárias de pequenos
grupos de músculos.
• Habitualmente são o restante de movimentos expressivos ou reflexos
defensivos. Não é totalmente involuntário, o indivíduo consegue controlá-lo
temporariamente.
• Agravam-se com a ansiedade.
• Comum afetar a face
• Exemplo: Piscar os olhos, contrações da testa, nariz ou boca, mexer os ombros.
TREMOR DE REPOUSO
• Tremor que ocorre quando o doente está em repouso. Ocorre nas mãos,
cabeça e parte superior do tronco.
• Pode existir uma predisposição inata. Pode também ser familiar e agravar
com o envelhecimento.
• Os indivíduos conseguem desempenhar movimentos voluntários com bastante precisão apesar
um tremor marcado quando em repouso.
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Motricidade – Alterações qualitativas dos movimentos espontâneos
MIOCLONIAS
• Contrações musculares breves, rápidas e involuntárias.
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Motricidade – Alterações dos movimentos induzidos
OBEDIÊNCIA AUTOMÁTICA
• Doente cumpre qualquer instrução sem olhar às consequências.
• Mais comum na catatonia, também pode ocorrer na demência.
ECOPRAXIA
• Doente imita as ações que observa.
ECOLALIA
• Doente repete em forma de eco parte/totalidade do que lhe foi dito.
• É indiferente se o doente percebe as palavras ecoadas. Podendo o doente até repetir frases em idiomas desconhecidos para ele.
PERSEVERAÇÃO
• Resposta apropriada a um primeiro estímulo, é dada inapropriadamente a um segundo e diferente
estímulo
• Motora: Repetição sem sentido de uma ação dirigida que já cumpriu o seu objetivo.
• Exemplo: pede-se ao doente para colocar a língua de fora, ele obedece. Pede-se para a voltar a colocar para dentro e ele obedece mas continua a
por a língua para dentro e para fora repetidamente.
• Mais óbvia quando o discurso é afetado. O doente é incapaz de passar de uma determinada frase/palavra, repetindo-a
continuamente, podendo também repeti-la como resposta a outra pergunta.
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Motricidade – Alterações dos movimentos induzidos
COOPERAÇÃO
• O corpo do doente pode ser colocado em qualquer posição sem qualquer resistência deste,
embora lhe tenha sido requisitado para o fazer.
• Quando se larga a parte do corpo posicionada, esta regressa à posição original
ü Catatonia e algumas doenças neurológicas
OPOSIÇÃO
• Doente opõe-se a qualquer movimento passivo com o mesmo grau de força que estiver a ser
aplicado.
• Negativismo: acentuação da oposição. Resistência aparentemente sem motivo a quaisquer interferências.
ü Catatonia, deficiência mental grave, demência.
AMBITENDÊNCIA
• Doente inicia o movimento voluntário com um objetivo mas este é interrompido. Espera-se que o
doente execute uma ação voluntária, mas este faz uma série de movimentos e nunca chega a
atingir o objetivo.
• Pode ser considerada uma forma moderada de negativismo ou a expressão física do bloqueio do pensamento.
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Motricidade – Alterações da postura
POSTURA MANEIRISTICA
• Postura artificial e estranha constituindo um exagero de uma postura normal que não é conservada
rigidamente.
ü Esquizofrenia
POSTURA ESPEREOTIPADA
• Postura anormal, não adaptativa, mantida rigidamente.
ü Catatonia, demência
• Flexibilidade cérea: ligeira resistência plástica que o doente oferece à medida que o entrevistador movimenta o seu corpo
ü Catatonia com mutismo
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Motricidade – Efeitos extrapiramidais
Associados ao uso de psicofármacos, principalmente antipsicóticos
PSEUDOPARKINSONISMO
• Rigidez muscular, tremor e acinesia.
ACATISIA
• Agitação psicomotora, sensação subjetiva de inquietude.
DISTONIA AGUDA
• Espasmos musculares intermitentes ou sustidos, levando a posturas ou movimentos anormais.
DISCINESIA TARDIA
• Movimentos sem finalidade, repetitivos dos músculos faciais, da boca e língua, associados a
movimentos coreo-atetónicos dos membros.
• Associados ao uso crónico.
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DISCURSO e
LINGUAGEM
Discurso espontâneo, coerente, fluente, sem alterações
sintaxe ou semântica. Prosódia mantida. Sem alterações da
linguagem ou articulação. Sem parafasias. Nomeação por
confrontação, repetição e compreensão intactas.
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Discurso e Linguagem – Alterações orgânicas
DISARTRIA
• Dificuldade em articular as palavras.
• Resulta de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação.
ü Efeitos extrapiramidais secundários à toma de antipsicóticos
DISLEXIA
• Dificuldade em compreender palavras.
PARAFASIA
• Utilização de palavras erradas ou distorcidas.
ü Afasias motoras e início de síndromes demenciais
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Discurso e Linguagem – Alterações orgânicas
AFASIA
• Perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por palavras e/ou compreender as
palavras
GAGUEZ
• Fluidez do discurso é interrompida por hesitações, repetições de sílabas, bloqueios intermitentes.
• Tiques com movimentos do corpo frequentemente associados
• Inicio por volta dos 4 anos; + comum em rapazes; melhora com o tempo
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Discurso e Linguagem – Alterações funcionais
Perturbação da atividade verbal
HIPOATIVIDADE
LINGUAGEM QUANTITATIVAMENTE DIMINUÍDA
• Doente limita a sua fala ao mínimo necessário, com respostas muito sucintas.
MUTISMO
• Completa perda do discurso, ausência de resposta verbal apesar de consciência mantida.
ü Depressão grave, esquizofrenia catatónica, histeria, perturbações cerebrais orgânicas.
• Mutismo seletivo ou eletivo: recusa em falar apenas para determinadas pessoas.
ü Doentes com ideias delirantes, estupor catatónico, melancólico e histérico, estados confusionais e dissociativos, autismo,
mutismo por medo, necessidade de valorização ou teimosia
• Mutismo histérico é raro.
• Mutismo acinético: ocorre no estupor com ausência das funções relacionais. Há mutismo e o doente
aparenta estar consciente do ambiente, apesar da diminuição do nível de consciência e da amnésia
anterógrada.
MUTACISMO
• Mutismo deliberado na mania, simulação ou doente delirante. 39
Discurso e Linguagem – Alterações funcionais
Perturbação da atividade verbal
HIPERATIVIDADE
PROLIXIDADE
• Doente fala muito, porém ainda dentro da normalidade.
LOGORREIA OU VERBORREIA
• Doente fala excessivamente com loquacidade compulsiva, com pressão discurso
ü Excitação maníaca, agitação catatónica e delírio agudo
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Discurso e Linguagem – Alterações funcionais
Alteração do débito ou do ritmo
APROSODIA
• Discurso sem entoação afetiva
ü Depressão; esquizofrenia.
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Discurso e Linguagem – Alterações funcionais
Alterações iterativas
LOGOCLONIA
• Repetição da última sílaba que o próprio pronunciou
ü Demência
ECOLALIA
• Repetição imediata, automática, em forma de eco de sons, palavras ou frases ditas pelo
interlocutor.
ü Patologias psico-orgânicas, debilidade mental, esquizofrenia.
PALILALIA
• Repetição do que o próprio disse, com frequência crescente (velocidade aumentada).
SALADA DE PALAVRAS
• Forma extrema de afrouxamento das associações. As palavras são colocadas umas a seguir às
outras, sem ligação na lógica ou significado.
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Discurso e Linguagem – Alterações funcionais
Alterações semânticas e sintáticas
NEOLOGISMOS PEDOLALIA
• Novas palavras construídas pelo doente. • Discurso infantilizado.
ü Esquizofrenia ü Esquizofrenia; demência.
PARALOGISMOS COPROLALIA
• Atribuição de um novo significado a uma • Utilização involuntária, repetitiva e
palavra existente. desnecessária de palavras vulgares, obscenas.
ü Esquizofrenia. ü Psicoses; síndrome de Gilles de la Tourette
DISCURSO POBRE
• Diminuição dos recursos linguísticos
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ü Esquizofrenia crónica
Discurso e Linguagem – Alterações funcionais
RESPOSTAS AO LADO
• Resposta totalmente inadequada à pergunta embora, pelo conteúdo das respostas, se perceba
que o doente compreendeu a pergunta.
ü Esquizofrenia; Síndrome de Ganser; pseudodemência histérica; estados catatónicos
TANGENCIALIDADE
• Responde às perguntas de forma oblíqua, não distinguindo o essencial do supérfluo. Respostas
nunca chegam à parte central, ao objetivo. O objetivo do discurso não chega a ser atingido e o
doente afasta-se do tema, introduzindo pensamento aparentemente não relacionados.
ü Esquizofrenia.
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HUMOR e
EMOÇÕES
Humor eutímico com afetos congruentes. Sem
alterações na expressão dos afetos.
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Humor e emoções
Emoção
Resposta a curto prazo, estado de “ativação”, que leva a mudanças fisiológicas e que
ocorre como resposta a uma perceção (interna ou externa).
Sentimento
Experiência subjetiva da emoção. Reação positiva ou negativa a uma experiência/
acontecimento. Apresenta maior duração e estabilidade. Não tem correlação
somática.
Afeto
Padrão de comportamentos resultante da expressão de emoções. Resposta
emocional do paciente ao momento atual.
Humor
Estado afetivo basal do sujeito. Emoção a longo termo, persistente, que dá
tonalidade à forma subjetiva de perceção do mundo. 46
A sua aparição pode ser espontânea ou precedida por estímulos.
Humor e emoções
Temperamento
Traços característicos estáveis de natureza emocional de um indivíduo. Qualidade e
labilidade preponderantes do seu humor, a prontidão e intensidade das suas reações
emocionais.
HIPERTIMICO
• Pessoa tendencialmente otimista, com alto nível de energia
DISTÍMICO
• Pessoal pessimista, com baixo nível de energia.
CICLOTÍMICO
• Pessoal com tendência a variações bruscas do estado de ânimo.
IRRITÁVEL
• Pessoa impaciente, com baixo nível de tolerância.
ANSIOSO
• Pessoa preocupada, com maior sensibilidade ao ambiente externo.
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Humor e emoções – alterações quantitativas do humor
EUTIMICO: Estado “normal”, sem predomínio de nenhum tipo particular de emoção.
EXPANSÃO: marcada bom disposição com dificuldade no controlo das próprias emoções, levando a
elevada desinibição.
ü Mania/hipomania
EXALTAÇÃO: está presente euforia e também aumento da convicção do próprio valor e das aspirações.
Associada a grande agitação psicomotora.
ü Mania
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Humor e emoções – alterações qualitativas do humor
HUMOR DISFÓRICO
Tonalidade afetiva mal-humorada, sensação de mal-estar. Presentes ansiedade, irritação e
agressividade.
• Sintoma de difícil definição
HUMOR IRRITÁVEL
Hiperreatividade desagradável, hostilidade e até agressividade a estímulos externos. Facilmente
perturbado e reativo
• Difícil de distinguir de humor disfórico.
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Humor e emoções – alterações da expressão afetiva e emocional
ANEDONIA
• Incapacidade para experimentar prazer (doente refere não ter prazer em atividades que normalmente lhe
proporcionavam esse efeito)
ü Depressão major
ANESTESIA AFETIVA
• Ausência de sentimentos, incapacidade de sentir prazer e outros sentimentos, “não ser capaz de sentir”.
ü Depressão e estados de choque emocional
EMBOTAMENTO AFETIVO
• Redução da expressão emocional, existindo geralmente uma incapacidade para se estar consciente das
emoções e vivenciar os afetos. O doente fica indiferente ao seu próprio bem-estar ou ao dos outros.
ü Esquizofrenia
DISSOCIAÇÃO AFETIVA
• Falta de manifestação de emoções em situações em que era expectável, “estar incapaz de responder”.
• Reação defensiva inconsciente.
ü Ansiedade extrema
ü Acompanha sintomas de conversão em pacientes com personalidades histriónicas – Belle indifférence
LABILIDADE AFETIVA
• Mudanças rápidas, abruptas e imotivadas nas emoções, geralmente não relacionadas com os estímulos
externos.
ü Pessoas sem perturbações; perturbação bipolar; PP borderline; síndromes psico orgânicas
INCONTINÊNCIA AFETIVA
• Falta de controlo dos afetos. Estados afetos surgem rapidamente e atingem uma intensidade excessiva.
ü Mania; demências; síndromes psico orgânicas (esclerose múltipla)
AMBIVALÊNCIA AFETIVA
• Sentimentos positivos e negativos para o mesmo objeto
ü Esquizofrenia; PP bordeline
PUERILIDADE
• Alteração do humor com aspetos infantis.
ü Esquizofrenia hebefrénica; défice intelectual e personalidades histriónicas.
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Humor e emoções - Ansiedade
Ansiedade é diferente de angústia!
Resposta em 3 eixos:
• Eixo fisiológico: sintomas somáticos ou físicos
• Eixo cognitivo: pensamentos, ideias ou crenças que acompanham a ansiedade e se relacionam com possíveis
perigos
• Eixo comportamental: reação as cognições ansiosas.
Pode ser normal ou fisiológica, pode surgir como consequência de perturbações médicas ou consumo de
substâncias e corresponder a um sintoma psiquiátrico.
Ansiedade-estado:
• Aparecimento de sintomas num momento concreto e bem definido
Ansiedade-traço
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• Tendência do indivíduo a relacionar-se com o meio ambiente com muita ansiedade.
Humor e emoções – fenómenos associados à ansiedade
FOBIAS
Tipo particular de medo, que é:
• Desproporcionado
• Inexplicável e irracional
• Fora do controlo voluntário
• Que conduz à evicção da situação temida
Tipos:
ESTÍMULOS EXTERNOS ESTÍMULOS INTERNOS
• Fobia a animais • Nosofobias
• Agorafobia • Fobias obsessivas
• Fobia social
• ...
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Humor e emoções – fenómenos associados à ansiedade
CRISES DE PÂNICO
Episódios súbitos, atingindo o seu pico rapidamente e caracterizados pela presença de sintomas de
ansiedade somáticos ou fisiológicos importantes associados a sintomas de ansiedade psíquica ou
cognitiva.
• Pode ocorrer:
• Com desencadeante – Fobias
• Sem desencadeante – Perturbação de Pânico
ANTECIPAÇÃO ANSIOSA
Medo de que algo terrível venha a acontecer, sem conseguir identificar o quê.
• Acompanhada de sintomas físicos de ansiedade
ü Ansiedade generalizada; doença depressiva; perturbação de pânico.
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VONTADE
Sem alterações na vontade. Não existe referência a
atos impulsivos ou a comportamentos agressivos.
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Vontade
• ENERGIA VITAL: força, em parte independente da vontade, que comanda as iniciativas psíquicas
de um individuo (nomeadamente velocidade, intensidade e duração).
• MOTIVAÇÃO: humor ou afeto, experienciado com mais ou menos consciência, comandado por
necessidades e que leva a ações que as satisfaçam. Refere-se ao objetivo do comportamento e aos
estados emocionais que o desencadeiam e aqueles que agem na recompensa do comportamento.
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Vontade – Alterações quantitativas
HIPERBULIA OU AUMENTO DA ENERGIA VOLITIVA
• Existe persistência e eficácia das ações, rendimentos e propósitos, denominada de “força de
vontade”. Anormalmente aumentada na mania ou hipomania.
ABULIA
• Perda de vontade. Pode existir o desejo de fazer, mas não existe iniciativa.
ü Esquizofrenia
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Vontade – Alterações qualitativas
INDECISÃO VOLITIVA
• Existência de dois impulsos volitivos opostos na consciência do indivíduo, sem que este decida
qual escolher.
SUGESTIONABILIDADE
• Supressão da liberdade volitiva.
ü Hipnose, autossugestão, personalidades imaturas ou ingénuas, estupor catatónico e folie à deux.
OBEDIÊNCIA AUTOMÁTICA
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Vontade – Atos impulsivos
Ações realizadas prontamente, sem deliberação ou reflexão. Não são medidas as consequências dos
atos.
• Impulsos agressivo-destrutivos
• Frangofilia
• Automutilações
• Piromania
• Tricotilomania
• Dipsomania
• Cleptomania
• ...
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Vontade – Comportamentos auto e heteroagressivos
AUTOAGRESSIVIDADE
• Comportamento autolesivo
• Comportamento com resultado não fatal, praticado pelo individuo com o objetivo de causar
lesões a si próprio.
• Comportamento autolesivo sem ideação suicida
ü Especialmente estes são frequentes na adolescência, perturbação personalidade borderline em adultos, défice
mental e raramente na esquizofrenia.
• Comportamento autolesivo sem outra especificação
• Tentativa de suicídio
ü Perturbações afetivas e esquizofrenia.
• Suicídio consumado
• Morte provocado por um comportamento realizado pelo individuo com o objetivo de pôr
termo à vida
HETEROAGRESSIVIDADE
• Atos agressivos dirigidos a outros. Geralmente associados a agitação psicomotora.
ü Mais frequente nos episódios maníacos com humor disfórico ou irritável.
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SENSOPERCEÇÃO
Sem alterações na sensoperceção, nomeadamente distorções sensoriais
ou falsas perceções.
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Sensoperceção
• SENSAÇÃO: 1º estádio de receção de informações externas.
• Incluí: vias visuais, auditivas, olfativas, táteis, gustativas, cinestésicas e proprioceptivas.
• As perceções:
• Têm caracter de objetividade
• Ocorrem no espaço objetivo exterior
• Delineadas com clareza
• Os elementos sensoriais estão plenos e claros
• São constantes e permanecem inalteradas
• São independentes da vontade
• Envolvem 3 fases:
Existência de um evento
Perceção sensorial Perceção com significado
sensorial
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Sensoperceção
• IMAGEM MENTAL: representação mental interna do mundo
• São retiradas da memória de forma ativa
• As imagens mentais:
• Têm caracter de subjetividade
• Ocorrem no espaço subjetivo interior
• Mal delineadas
• Os elementos sensoriais são insuficientes
• Dissipam-se e têm de ser recriadas
• São dependentes da vontade
Perturbações da
sensoperceção
HIPERESTESIA
• Intensidade das perceções está AUMENTADA.
• Pode ser resultado de emoções intensas ou da diminuição do limiar fisiológico.
HIPOSTESIA
• Intensidade das perceções está REDUZIDA.
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Sensoperceção – distorções sensoriais
Alterações da qualidade
ALTERAÇÕES DA COR
• Afeta principalmente as perceções visuais.
• Consumo de substâncias tóxicas.
• Todo o campo visual fica mais intenso e com cores alteradas e pode ocorrer:
o Xantopsia
o Cloropsia
o Eritropsia
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Sensoperceção – falsas perceções
Ilusões
• Formação depende:
• Do cenário em que ocorre a ilusão
• Da escassa acuidade percetiva
• Emoções intensas
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Sensoperceção – falsas perceções
Ilusões
PAREIDOLIA
• Criação de formas imaginárias a partir de perceções de objetos com formas
mal definidas.
• Resultam da capacidade imaginativa
• Não se podem explicar como sendo resultado do estado afetivo ou forma de pensar
• Não extintas pelo aumento da atenção!
IMAGEM EIDÉTICA
• Surge quando imagens de objetos são sobrepostas num fundo escuro e
depois removidas, sendo que o indivíduo continua a ver estas imagens com
pormenor.
• Associadas a uma carga emocional significativa
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Sensoperceção – falsas perceções
Ilusões
ILUSÃO DE PREENCHIMENTO
• Quando se completa um padrão familiar, mas não terminado.
• Ocorre quando se está mais desatento.
ILUSÃO DE AFETO
• Surge no contexto de um estado de humor particular, sendo que este estado de humor pode
alterar a perceção
• Ex: individuo de luto pode acreditar que viu o falecido. Individuo maníaco pode ler em anuncio que
“precisa-se de pessoa inteligente” quando na realidade esta escrito “pessoa fluente em..”
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Sensoperceção – falsas perceções
Alucinações
• Várias definições:
• “Uma perceção sem objeto”
• “Perceção falsa, que não é uma distorção sensorial nem uma falha na interpretação e que ocorre ao
mesmo tempo que as perceções verdadeiras” (Jaspers)
• Provém ”de dentro”, ainda que o indivíduo as viva como se viessem “de fora”
• Localizadas no espaço exterior
• Têm consistência sensorial (objetividade, detalhe e clareza)
• Indicativas de doença mental grave: Esquizofrenia, mania psicótica,
depressão psicótica e também em situações orgânicas.
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Sensoperceção – falsas perceções
Alucinações
Quanto à complexidade:
• Elementar: barulhos, gritos, murmúrios, relâmpagos, luzes
• Parcialmente organizadas: música, padrões
• Completamente organizadas: vozes, palavras, cenas, objetos, pessoas
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Sensoperceção – falsas perceções
Alucinações
Alucinações Auditivas
• Tipo de alucinação mais frequentemente encontrado
A presença de outras formas de alucinação, na ausência das de tipo auditivo-verbal é altamente sugestiva
de ORGANICIDADE.
• Ocorrem: esquizofrenia, perturbações do humor, alcoolismo crónico, perturbações dissociativas,
personalidades bordeline, esquizoide, esquizotipica ou histriónica, patologia orgânica
• Dialogadas
• Comentadoras
• Insultuosas
• Persecutórias
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• Imperativas
Sensoperceção – falsas perceções
Alucinações
Alucinações Visuais
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Sensoperceção – falsas perceções
Alucinações Alucinações Olfativas e
Gustativas
• Raras
• O doente queixa-se de cheiros/ sabores estranhos e repelentes
• As olfativas podem ocorrer: epilepsia e quadros orgânicos (mais raramente nas depressões psicóticas e esquizofrenia)
• As gustativas ocorrem: esquizofrenia e estados orgânicos
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Sensoperceção – falsas perceções
Alucinações
Alucinações somáticas
Cinestésicas, anestésicas ou
Superficiais Cenestésicas ou viscerais
motoras
ALUCINAÇÃO REFLEXA
• Estímulo num campo sensorial produz uma alucinação, noutro campo sensorial.
• Forma mórbida de sinestesia.
ALUCINAÇÕES EXTRACÂMPINAS
• Objeto alucinado está fora do campo percetivo 78
Sensoperceção – falsas perceções
ALUCINOSE PSEUDOALUCINAÇÃO
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PENSAMENTO
Sem alterações no curso, forma e posse do pensamento. Sem
alterações no conteúdo do pensamento.
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Pensamento – Alterações do Curso
Alterações do Ritmo
TAQUIPSIQUISMO ou PENSAMENTO ACELERADO
• Aumento da velocidade do fluxo do pensamento
• Associado ou não a fuga de ideias
ü Mania/ hipomania, intoxicação alcoólica inicial e psicoses tóxicas
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Pensamento – Alterações do Curso
Alterações do Ritmo
PENSAMENTO CIRCUNSTANCIAL
• Pensamento progride lentamente, com muitos detalhes entediantes, desnecessários e triviais.
Porém, não perde a sua finalidade.
ü Epilepsia, défices de aprendizagem, traços de personalidade obsessiva.
PENSAMENTO INIBIDO
• Há inibição do raciocínio e o doente sente resistências ao fluxo do pensamento, que é lento e
irregular. Vivida subjetivamente, com dificuldade em pensar e tomar decisões.
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ü Depressão, esquizofrenia catatónica inibida, demência e fadiga.
Pensamento – Alterações do Curso
Alterações da Continuidade
BLOQUEIO DO PENSAMENTO
• Descontinuidade na progressão do pensamento com suspensão brusca e imotivada do
pensamento.
• Objetivada pela interrupção súbita da fala, no meio de uma frase. Doente quando retoma fá-lo com outro
assunto sem conexão à ideia anterior, com sentimento de embaraço ou como experiência aterradora.
ü Esquizofrenia ou quadros ansiosos.
PERSEVERAÇÃO DE CONTEÚDO
• Ideias persistem para além do ponto em que são relevantes.
• Doente não abandona uma ideia para passar para outra, é incapaz de se adaptar a wquestões sucessivas,
repetindo sempre a mesma resposta
ü Depressão, esquizofrenia crónica, síndromes psico-orgânicas.
PERSEVERAÇÃO VERBAL
• Repetição involuntária de palavras ou frases, quando se tenta iniciar o discurso repetindo,
geralmente, a palavra/frase do seu discurso anterior. Repete-se uma palavra/frase que já não tem
sentido mas que tivera anteriormente.
ü Síndromes psico-orgânicas.
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Pensamento – Alterações da Forma
Alterados a organização e processo associativo do pensamento, sobretudo no que se refere á
componente abstrata e de conceptualização!
• Manifestam-se através da comunicação e produção do discurso.
• Esquizofrenia, perturbações orgânicas cerebrais, mania e depressão
DESCARRILAMENTO
• Pensamento flui para um pensamento sem relação com o primeiro
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Pensamento – Alterações da Forma
FUSÃO
• Justaposição e mistura de conteúdos heterogéneos e incompreensíveis. Varias ideias são
interligadas, ainda que haja uma certa preservação da cadeia normal de associações.
PENSAMENTO DESAGREGADO
• Mistura de fragmentos de pensamentos heterogéneos. Perda das associações e o pensamento não
faz sentido.
• Ocorre com um grau de fusão e de descarrilamento elevado.
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Pensamento – Alterações da Posse
Ideias Obsessivas
• Ideias/pensamentos persistentes que dominam todo o pensamento do doente.
• Ocorrem contra a vontade do doente - egodistónicas
• Existem autocritica relativamente ao caráter patológico do problema - insight
• Associam-se a uma grande carga ansiogénica e até com sentimentos de culpa.
• Geralmente a temática é repugnante para o doente.
• Podem ocorrer sob a forma de: ideias, imagens, impulsos, medos/fobias, dúvidas.
• Levam a compulsões
ü Perturbações ansiosas (ex. perturbação obsessiva compulsiva), depressão, esquizofrenia e estados orgânicos.
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Pensamento – Alterações da Posse
Alienação do pensamento
• Doente descreve que os seus pensamentos são controlados por uma entidade exterior ou que
outros participam no seu pensamento.
ü Esquizofrenia
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Pensamento – Alterações do Conteúdo
Ideias Sobrevalorizadas
Ideia aceitável e compreensível, levada pelo doente além dos limites da razão (Sims).
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Pensamento – Alterações do Conteúdo
Delírio
Crença falsa, com convicção de certeza, resistente à argumentação lógica, e que não está em
consonância com o fundo social e cultural do doente.
Delírio organizado, existindo uma lógica interna. Ideias delirantes dispersas, sem qualquer lógica interna.
• Não existe separação entre os diversos delírios, existindo um
principal e todo o restante sistema é contruído à volta deste.
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Pensamento – Alterações do Conteúdo
Delírio Primário
HUMOR DELIRANTE PERCEÇÃO DELIRANTE INTERPRETAÇÃO DELIRANTE
Enquanto não se constitui o • Existe uma perceção que é • Estímulo é percecionado de
delírio, o doente aparenta uma correta mas é-lhe atribuído forma correta e é dado um
alteração do estado de humor. um significado anormal (que significado possível.
nada tem a ver com a
Estado pré-delírio. • Confundida com perceção delirante
perceção ou com o sistema
• Doente tem o cultural do doente).
pressentimento que algo
• Estrutura de dupla vertente
está a acontecer mas não
sabe o que é. Há um estado
tensão psíquica, de
apreensão
• Pode durar dias ou meses
• Pode cessar sem qualquer
desenvolvimento delirante, mas
normalmente ele desenvolve-se.
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Pensamento – Alterações do Conteúdo
Delírio Primário
INTUIÇÃO DELIRANTE RECORDAÇÃO/MEMÓRIA DELIRANTE
Delírio surge subitamente na mente do • Recordação delirante do tipo
doente, completamente formado, como perceção delirante.
uma ideia ou certeza súbita. • Estrutura de dupla vertente
• Sem suporte percetivo e a partir de • Recordação delirante do tipo
uma revelação quase ”pura”. ocorrência delirante.
• O delírio esta contido na memória
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Pensamento – Alterações do Conteúdo
Conteúdo dos delírios
• Delírio de ruína
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Pensamento – Ideias de suicídio
• Pode ir desde as ideias de morte até à ideação suicida estruturada.
• Deve ser avaliada a probabilidade da ideação evoluir para uma tentativa.
• Doentes com esquizofrenia crónica ou perturbação do humor recorrente têm um maior risco de
morrer por suicídio do que a população geral.
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VIVÊNCIA DO EU
Sem perturbações da consciência da existência, atividade, unidade,
identidade, continuidade ou limites do eu.
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Vivência do eu
Alterações da consciência da existência e atividade do Eu
Ter consciência de que todas as atividades psíquicas que ocorrem é o “próprio Eu que as realiza e
precisa”.
DESPERSONALIZAÇÃO
• Sentimento de estranheza e infamiliaridade em relação a si próprio. “Eu não sou eu”, “Sou apenas
uma máquina”, ”sinto-me como um nada, um morto”.
• Vive esta mudança com angústia, com a sensação que vai enloquecer ou perder o controlo.
ü Ansiedade e pânico, psicoses tóxicas, esquizofrenia, formas graves de depressão e doença cerebral orgânica e também em casos de
exaustão extrema.
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Vivência do eu
Alterações da consciência da unidade do Eu
Sensação de que ”sei que sou UMA pessoa”.
AUTOSCOPIA
• O doente vê-se como se estivesse em frente a um espelho e reconhece-se.
DUPLICAÇÃO
• Doente sente-se dentro de si e fora ao mesmo tempo.
ü Esquizofrenia
MÚLTIPLA PERSONALIDADE
• Observação de mais do que uma personalidade no mesmo indivíduo.
ü Perturbação de personalidade dissociativa
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Vivência do eu
Alterações da consciência da identidade e continuidade do Eu
Sensação de que ”sou a mesma pessoa o tempo todo”.
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Vivência do eu
Alterações da consciência dos limites do Eu
Sensação de que ”posso distinguir o que sou do mundo externo e de tudo o que não é o meu Eu”.
APROPRIAÇÃO
• Vivencia como seus os acontecimentos que atingem objetos externos
ü Esquizofrenia
TRANSITIVISMO
• Projeta para o exterior o que se passa nele. Atribui os seus comportamentos a objetos/pessoas ao seu redor.
ü Esquizofrenia
ESTADOS EXTÁTICOS
• Doente sente-se em “união com o universo”
ü Experiências espirituais intensas, alucinogénios e esquizofrenia
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MEMÓRIA E
INTELIGÊNCIA
Sem alterações na memória sensorial, de curto e longo
prazo. Sem amnésias ou hipermnésia. Sem paramnésias.
Inteligência não avaliada psicometricamente. Pela avaliação
clínica situa-se dentro dos parâmetros da normalidade.
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Memória e Inteligência
SENSORIAL OU IMEDIATA
• Memória com duração de segundos. Regista dados dos órgãos sensoriais e tem o objetivo de facilitar o
processamento dos estímulos recebidos para comparações com outras informações já armazenadas.
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Memória e Inteligência
Secundária, remota ou a longo prazo
SEMÂNTICA EPISÓDICA
Situações de conhecimento geral, de Experiências específicas do próprio.
factos abstratos. • A autobiográfica é um tipo desta
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Memória e Inteligência – Alterações quantitativas
HIPERMNÉSIA
• Capacidade mnésica superior ao normal com facilidade exagerada em recordar.
ü Utilização de estimulantes do SNC, estados febris, situações limite, perturbações obsessivas, personalidades histriónicas, aura epilética,
perturbações de stress pós traumático.
AMNÉSIA
• Incapacidade parcial ou total de fixar, manter ou evocar conteúdos mnésicos.
• ANTERÓGRADA: esquece tudo o que ocorreu após um facto ou acidente
• RETRÓGRADA: esquece tudo o que ocorreu antes de um ponto
• LACUNAR: esquece factos ocorridos entre duas datas
• REMOTA: esquece factos ocorridos no passado
ORGÂNICA PSICOGÉNICA
Menos seletiva em relação ao conteúdo Perda de elementos mnésicos focais que têm um
do material esquecido valor psicológico específico.
ü Delirium, traumatismo craniano, • Amnésia dissociativa
blackout alcoólico • Perda de memória e identidade em períodos traumáticos
muito intensos. Pode ocorrer associada a fuga
dissociativa.
• Catatímica
• Amnesia seletiva de acordo com a carga afetiva.
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• Incapacidade de evocar memórias dolorosas específicas
Memória e Inteligência – Paramnésias
Alterações da evocação
FALSIFICAÇÃO RETROSPETIVA
• Distorção não intencional das memórias de acordo com o estado afetivo ou de funcionamento atuais.
CONFABULAÇÕES
• Descrição detalhada e falsa de um acontecimento que ocorreu no passado. Ocorre em consciência clara e
muitas vezes para preencher lacunas mnésicas. São sugestionáveis, plásticas e podem ser modificadas
adaptando-se às circunstâncias. Dois padrões: embaraçado e fantástico
CRIPTOMNÉSIA
• Factos contidos na memoria aparecem como novos ao doente, que os vive com uma descoberta.
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Memória e Inteligência – Paramnésias
Alterações do reconhecimento
DEJÀ-VU E JAMAIS-VU
• Reconhecimento de que já se teve determinada experiência
• Sentir uma experiência já vivenciada como novo
• Fenómeno normal e comum em situações de fagida
SÍNDROME DA INTERMETAMORFOSE
• Doente acredita que alguém se transformou noutra pessoa adquirindo as suas capacidades físicas e psíquicas.
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VIDA INSTINTIVA
Sem alterações na higiene do sono ou no comportamento
alimentar e sexual.
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Ritmos Cronobiológicos
Alterações do sono
DISSÓNIAS PARASSÓNIAS
Alterações na quantidade, qualidade ou Eventos comportamentais ou
horário do sono. fisiológicos anormais que ocorrem em
associação com o sono.
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INSIGHT
Insight para a doença presente.
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Insight
• Insight é estar ciente das realidades interna e externa. É ver-nos a nós próprios como somos mas
também aos outros como eles nos veem
1. Auto-reflexão
2. Consciência da conformidade ou não do próprio com as normas sociais
• Juízo crítico é a avaliação de um tema/situação que pode determinar uma decisão ou ação.,
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| Covilhã, 16 de abril de 2019 |
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