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Funções do Ego

CONCEITO DE NORMALIDADE TIPOS DE SINTOMAS

Planejamento em Saúde Mental: normalidade dentro de Em psicopatologia, nem sempre o indivíduo acometido por
demandas assistenciais de determinado grupo populacional Transtorno se percebe como doente; desta forma, podemos
(necessidade, quantidade de serviços, etc). dividir tal percepção em dois grupos:

Orientação e capacitação profissional.  Indivíduo que percebe alteração no funcionamento


psíquico e/ou suas repercussões – sintomas que trazem
Prática Clínica: avaliação e intervenção do fenômeno, sofrimento em comparação com funcionamento prévio
momento existencial do indivíduo ou algo patológico? → Sintomas Egodistônicos (ansiedade, transtorno do
humor)
NORMALIDADE SUBJETIVA
 Indivíduo que não percebe tais alterações, sendo que o
 O que o indivíduo considera transtorno ou meio (família, sociedade) é o responsável por apontar,
normalidade seja por não perceber as mudanças em virtude do
 O indivíduo se percebe como “doente”? próprio transtorno (Transtornos Psicóticos), seja por
sempre ter tido tal funcionamento (Transtorno de
EM PSICOPATOLOGIA... Personalidade) → Sintomas Egossintônicos

1. O diagnóstico é eminentemente baseado em critérios FUNÇÕES PSÍQUICAS


clínicos
2. O diagnóstico não é dado baseado em possíveis
mecanismos etiológicos pressupostos pelo
Doenças ou Transtornos Afetivos, Transtornos
entrevistador
Transtornos Neuróticos e de Psicológicos
a. Basear-se mais em sinais e sintomas do que em Psicogênicos Personalidade
origem Consciência
b. A etiologia mais confunde do que esclarece Atenção Atenção
c. Manter duas linhas paralelas de raciocínio Orientação/Vivência Orientação/
3. Não existem sinais patognomônicos em psiquiatria do tempo e espaço Vivência do
4. O diagnóstico psicopatológico é, em inúmeros casos, tempo e espaço
apenas possível com a observação da doença Memória Humor
Inteligência Vontade Sensopercepção
5. O diagnóstico deve ser sempre pluridimensional
Linguagem Conduta/ Juízo da realidade
6. Todo sinal é um sintoma
Comportamento
Afetividade Vivencia do eu
DOENÇA: possui etiologia, curso, história natural, tratamento
Pensamento Pensamento
e prognóstico em comum. Assim, uma vez sendo feito o
diagnóstico, o tratamento se assemelha, assim como fatores
de risco e prognóstico.
CONSCIÊNCIA
TRANSTORNO: diferente da doença, não possui etiologia em
DEFINIÇÕES:
comum, por vezes a sintomatologia se assemelha, contudo o
tratamento e o prognóstico pode ser diverso. Psicológica – dimensão subjetiva da atividade psíquica que o
indivíduo volta para a realidade; noção de inconsciente
“Assim, se trata de Transtorno Psiquiátrico ou Mental e não
(Freud).
Doença Psiquiátrica.”
Ético Filosófica – deveres éticos e responsabilidade.
Neuropsicológica – estado de vigilância, clareza do sensório – ATENÇÃO
sistema reticular ativador ascendente (SRAA); lobo parietal
direito. Direção da consciência: concentração da atividade mental
sobre determinado objeto.
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
SRAA (consciência) e áreas corticais pré-frontais que por meio
ALTERAÇÕES NORMAIS DA CONSCIÊNCIA de processos de seleção e concentração estabelecem
critérios hierárquicos para a consciência.
Sono normal – fase não REM (quatro estágios e REM);
alteração da arquitetura do sono em quadros patológicos e Atenção dividida em 4 aspectos básicos:
uso fármaco (BZD).
1. Capacidade e foco de atenção
Sonho – fase REM; papel fisiológicos e “A interpretação dos 2. Atenção Seletiva
Sonhos”. 3. Seleção de resposta e controle executivo
4. Atenção constante ou sustentada
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS DA CONSCIÊNCIA
Distúrbios da atenção podem envolver qualquer alteração em
Rebaixamento do nível: um dos aspectos básicos, ou seja:

 Obnubilação: rebaixamento em grau leve, lembrando 1. Incapacidade de foco ou seleção – consciência


sonolência 2. Incapacidade de selecionar o foco
 Sopor/Torpor: turvação da consciência mais grave, 3. Incapacidade de hierarquizar ou planejar o
paciente sendo despertado por estímulo enérgico, em direcionamento da atenção
geral de natureza dolorosa 4. Incapacidade de manter o foco – TDA
 Coma: ausência de qualquer indicio de consciência;
escala de coma de Glasgow Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar sua atenção
sobre determinada área ou objeto; a atenção se prende a
SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS ASSOCIADAS AO determinado estímulo; Hipo/Hiper/Normotenaz.
REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Vigilância: qualidade da atenção que permita ao indivíduo
Delirium: “Síndrome confusional aguda”; oscilação do nível mudar seu foco de um objeto a outro;
de consciência associado a quadro comum na clínica, Hipo/Hiper/Normovigilância.
principalmente em pacientes com comorbidades e idosos.
 Quadros depressivos: hipoprosexia (tanto a vigilância
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS DA CONSCIÊNCIA quanto a tenacidade estão rebaixadas); ou
hipovigilância e hipertenacidade (ruminações)
Caracterizadas por mudanças parciais e focais da consciência
 Quadros maníacos: hipervigilância (comum em usuários
– enquanto uma parte está preservada, outra alterada. Em
de cocaína) e hipotenacidade
geral, há algum grau de rebaixamento da consciência.
 TOC e quadros de ansiedade: hiperprosexia (tanto a
Neurologia: distúrbios focais.
vigilância quanto a tenacidade estão elevadas)
 Estado Hipnótico: consciência reduzida e estreitada,
atenção concentrada. ORIENTAÇÃO
 Estados Crepusculares: obnubilação acompanhado de Capacidade de situar-se quanto a si mesmo e ao ambiente.
atividade motora.
 Estados Dissociativos: fragmentação ou divisão do Instrumento valioso quanto a verificação das perturbações da
estado de consciência. consciência.
 Transes: sonhar acordado, com atividade motora
preservada e estereotipada; transe religioso x histérico  Autopsíquica (com relação à si mesmo)
(estados conversivos).  Alopsíquica (com relação ao ambiente – tempo e
espaço)
 Orientação Temporal: mais sofisticada do ponto de vista MEMÓRIA
evolutivo, desenvolvimento maior do indivíduo,
integração de estímulos ambientais Capacidade de registrar, manter e evocar fatos já ocorridos.
 Orientação Temporal é a mais fácil e rapidamente
Relacionada diretamente com o nível de consciência, com a
prejudicada pelos transtornos mentais, principalmente
atenção e com o interesse afetivo.
consciência
o Lesões cerebrais MEMÓRIA COGNITIVA
o Quadros degenerativos (Alzheimer)
 Fase de percepção, registro e fixação
1. Desorientação por redução de nível de consciência  Fase de retenção e conservação
(Delirium)  Fase de reprodução e evocação
2. Desorientação por déficit de memória – imediata ou
recente (Korsakoff e Alzheimer) Memória imediata (curtíssimo prazo): confunde-se com a
3. Desorientação por apatia ou déficit profundo (quadro atenção, capacidade de reter o material logo após ser
depressivo grave) percebido.
4. Desorientação delirante (quadros psicóticos graves)
Memória recente (curto prazo): minutos até uma hora,
5. Desorientação por déficit intelectual
capacidade limitada.
6. Desorientação por dissociação (histérica)
7. Desorientação por desagregação – quadros psicóticos Memória remota (longo prazo): evocação de informações
crônicos, esquizofrenia hebefrênica anos ou meses após o evento, relacionada com amplas áreas
corticais (frontais e temporais).
VIVÊNCIAS DO TEMPO E ESPAÇO
LEI DE RIBOT
Avaliação concomitante à orientação: qualidades de vivência
do tempo e espaço podendo estar alterada em alguns Indivíduo que sofre uma lesão cerebral tende a perder os
quadros. conteúdos da memória, na ordem inversa que os adquiriu.

Noção subjetiva da passagem do tempo, do ponto de vista 1. Perde primeiro elementos recentemente adquiridos e
filosófico. depois os mais antigos
2. Perde primeiro os mais complexos e depois os mais
Noção objetiva da mensuração do tempo - 24 horas do dia, amplos
mês, sazonalidades, estações do ano, fases da vida. 3. Perde primeiro os mais estranhos e depois os mais
familiares
Tempo Subjetivo x Tempo Objetivo – descompasso
MEMÓRIA EXPLÍCITA OU DECLARANTE
 Intoxicação por substâncias – principal
 Quadros depressivos Processo de registrar e evocar de forma consciente e
 TOC e quadros de ansiedade voluntária informações referentes a pessoas e ventos
autobiográficos, assim como conhecimentos fatuais.
Com relação ao espaço, o indivíduo pode perder a limitação
do eu x mundo exterior, borrando tais fronteiras: Regiões mediais dos lobos temporais.

1. No estado de êxtase o indivíduo e espaço são um só. Lesão (Wernicke-Korsakoff), paciente perde a capacidade
2. Estados maníacos o espaço do indivíduo invade o do para fixar e lembrar eventos ocorridos há poucos minutos,
mundo e das pessoas ao seu redor – elação, expansão. mesmo marcantes. Memória remota permanece inalterada.
3. Estados depressivos em oposição, o espaço exterior é
vivenciado como estreito, contraído e pouco penetrável MEMÓRIA IMPLÍCITA OU NÃO DECLARANTE
pelo indivíduo – isolacionismo.
Automática ou reflexa, processamento não depende de
4. Quadros paranoides, o espaço interior é invadido pelo
fatores conscientes ou voluntários.
mundo externo – vozes que comandam, mensagens de
aparelhos, controle de indivíduos externos.
Memorização ocorre de forma lenta, por meio de repetições SENSAÇÃO
e múltiplas tentativas.
Fenômeno gerado por estímulos externos ou internos
Expressa por ações motoras e desemprenho de atividades, (propriocepção) que produzem alterações nos órgãos
não sendo verbalizada, quer motoras (andar de bicicleta, receptores, estimulando-os.
datilografar, etc), perceptuais (soluções de labirintos, quebra
cabeça) ou aprendizado de regras ou procedimentos. PERCEPÇÃO

Relacionada a habilidades e estratégias motoras (menos Tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo
prejudicada no Alzheimer, mais Huntington). sensorial.

MEMÓRIA DE TRABALHO (OPERANTE OU EXECUTIVA) SENSAÇÃO – dimensão neuronal

Conjunto de habilidades cognitivas que permitem que PERCEPÇÃO – dimensão neuropsicológica


informações novas e antigas sejam mantidas ativas a fim de
 Mais complexa na escala evolutiva
serem manipuladas, com o objetivo de realizar determinada
 Percepção x Apercepção
tarefa.
 Apercepção: entrada de uma percepção na
Material mnêmico deve ser utilizado prontamente sob consciência e sua articulação com o resto dos
alguma forma de resposta. elementos psíquicos

Regiões corticais pré-frontais. Imagem Perceptiva Real Representação*


Nitidez Pouca nitidez
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA MEMÓRIA Corporeidade Pouca corporeidade
Estabilidade Instabilidade
QUANTITATIVAS Extrojeção Introjeção
Influenciabilidade
Hipermnésias: fluxo rápido, ganhando em número, porém voluntária
perdendo em clareza; pensamento acelerado (quadro Completitude Incompletude
maníaco, THB) Representação*: revivescência ou reapresentação de uma
imagem na consciência, sem a presença real, externa do
Amnésias (hipomnésias): perda de memória, da capacidade
objeto que num primeiro momento gerou uma imagem
de fixar ou de manter e evocar determinados conteúdos
sensorial.
 Psicogênica
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
 Orgânica
Alterações que por vezes se confundem com achados
QUALITATIVAS
neurológicos, porém aqueles de maior importância para
 Confabulações psicopatologia são os que seguem:
 Ilusões mnêmicas e falsas memórias
 HIPERESTESIA
 Lembranças obsessivas o Percepções anormalmente aumentadas
(intoxicações por alucinógenos), epilepsia,
SENSOPERCEPÇÃO
enxaqueca.
DEFINIÇÕES  HIPOESTESIA
o Diminuição na percepção de cores, sabores, etc –
Estímulos físicos e químicos que atuam sobre os órgãos dos quadros depressivos
sentidos e estimulando os diversos receptores. o Analgesia, anestesia, parestesia (neurologia)

Papel da memória e afetividade na representação de tais ALTERAÇÕES QUALITATIVAS


estímulos.
ILUSÃO – percepção deformada de um objeto real e presente
 Confusão com Representação*  As alucinações auditivas verbais seriam o produto de
o Estado de rebaixamento do nível de consciência descargas irritativas em áreas associativas da
o Estado de fadiga grave ou desatenção marcante linguagem.
o Estados afetivos de acentuada intensidade
o Ilusões visuais são as mais comuns TEORIA NEUROBIOQUÍMICA:

ALUCINAÇÃO – a percepção clara e definidade deum objeto  Os agentes químicos que mais ocasionam
(voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante alucinações estão relacionadas a três
real neurotransmissores: serotonina, dopamina e
acetilcolina.
 Alucinação real – tem todas as características de uma  As substancias dopaminérgicas usadas na pratica
imagem perceptiva real clínica e que produzem alucinações são a Levodopa
o Alucinações Auditivas são as mais frequentes e a Bromocriptina.
o Alucinações Audioverbais são as mais  As alucinações induzidas por agentes serotonérgicos
encontradas e dopaminérgicos aparecem com preservação do
 Alucinações Audioverbais Complexas são as mais nível de consciência, já as alucinações por
comuns que as simples (ruídos): anticolinérgicos surgem associadas a quadro de
o Em geral, conteúdo depreciativo rebaixamento do nível de consciência e confusão
o Vozes de comando (quadros graves) mental.
o Vozes que comentam a ação
o Sonorização do pensamento (rompimento do Eu NEUROIMAGEM:
x Mundo Externo)
 Tem-se verificado que no momento em que o
o Próprio pensamento ou pensamento intrusivo
paciente experimenta a alucinação audioverbal, são
(alterações da vivência e espaço)
hiperativadas áreas temporais, parietais e frontais
o “Publicação do pensamento”
associadas a produção e a recepção da linguagem.
 Alucinações Táteis
 A alucinação audioverbal parece se iniciar com a
o Espetadas, choques, pequenos animais andando
geração interna de linguagem no lobo frontal, sendo
sobre seu corpo – delirium tremens →
seguida da tomada de consciência de ouvir uma voz.
abstinência alcoólica
 Alucinações Visuais (também dividas em simples x
AFETIVIDADE
complexas)
o Simples – cores, brilhos, escotomas Termo genérico que compreende diferentes modalidades de
o Complexas vivências afetivas, tais como:
 Pessoas, imagens de corpo, cenográficas,
liliputianas HUMOR* (estado de ânimo) – tônus afetivo ou estado
 Psicoses: síndromes psicorgânicas emocional basal e difuso em que a pessoa se encontra em
(delirium) e psicoses desencadeadas por determinado momento.
drogas
EMOÇÕES – estado afetivo intenso, de curta duração,
ETIOLOGIA DAS ALUCINAÇÕES originado como reação frente à excitações internas ou
externas, conscientes ou inconscientes.
TEORIA IRRITATIVA CORTICAL:
SENTIMENTOS – conteúdos intelectuais, valores,
 As alucinações correspondem a lesão irritativas em representações.
áreas cerebrais corticais.
AFETO* – qualidade e tônus emocional que acompanha uma
 Para alguns autores, lesões destrutivas produziriam
ideia ou representação mental.
déficits motores e sensoriais, da mesma forma que
lesões irritativas ocasionam fenômenos novos, como PAIXÕES – estado afetivo intenso que domina a atividade
convulsão e alucinações. psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e
interesse do indivíduo em uma só direção.
CATATIMIA – influencia afetiva que o estado de humor, Labilidade Afetiva: mudanças súbitas e imotivadas de humor
emoções, sentimentos e paixões exercem sobre as demais e emoções, oscilando de forma abrupta de um estado afetivo
funções psíquicas e de humor para outro (esquizofrenias graves, manias,
quadros psicoorgânicos).
 A atenção é captada, dirigida, desviada ou concentrada
em função do valor afetivo de determinado estímulo. Demais alterações relevantes:
 Memória é altamente detalhada ou muito pobre
dependendo do significado afetivo, Sensopercepção  Apatia – diminuição da excitabilidade emotiva, não
pode se alterar. sente nem tristeza nem alegria, apesar de reconhecer a
importância afetiva de determinada experiência; típica
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DO HUMOR (!!!) – Transtorno dos quadros depressivos.
Humor Bipolar x Transtorno Afetivo Bipolar  Anedonia – perda do prazer e do interesse em
atividades e experiências de vida.
 Distimia – qualquer alteração do humor; não confundir  Pânico – crises agudas e intensas de ansiedade,
com o quadro Transtorno Distimia (diagnóstico). acompanhadas por medo intenso de morrer ou perder
 Eutimia – sem alteração; normalidade. o controle a acentuada descarga autonômica.
 Hipotimia → depressivo  Ciúme (Paixão)
 Hipertimia → mania  Inveja (Emoção ou Sentimento)
 Disforia – alteração do humor acompanhada de
irritação. PENSAMENTO
 Euforia – humor exagerado, alegria intensa.
 Elação – expansão do “EU”, sensação subjetiva de DEFINIÇÕES BÁSICAS
grandeza. Conceito: formam-se a partir das representações, não
 Estado de Êxtase – experiência de beatitude, dissolução apresentando elementos da sensorialidade, não sendo
do “EU” no todo. possível contemplá-lo e nem imaginá-lo; elemento cognitivo,
 Irritabilidade Patológica – hiper-reatividade, hostil e intelectivo.
agressiva, frente a qualquer estímulo externo (natureza
orgânica). Juízo: consiste no estabelecimento de relação entre dois
 Ansiedade – estado de humor desagradável, apreensão conceitos; tem por função básica, formular uma relação
negativa em relação ao futuro, inquietação interna, coerente entre um sujeito e um predicado.
tensão (inclui manifestações somáticas e fisiológicas).
Raciocínio: representa um modo especial de ligação entre
 Angústia – conotação mais corporal e relacionada ao
conceitos, de sequencias de juízos, de conhecimento
passado; sensação de aperto no peito e garganta,
derivando sempre uns dos outros; como a ligação entre
compressão, sufocamento.
conceito permite a formação de juízos, a ligação entre juízos
 Medo – refere-se a um objeto específico (fobias sociais
conduz à formação de novos juízos. Sendo assim, o raciocínio
e específicas), diferente das ansiedades que nem
e o pensamento se desenvolvem.
sempre se referem a objetos precisos.
PROCESSO DE PENSAR
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DO AFETO
Curso: como o pensamento flui – velocidade e ritmo ao longo
Quando normal, diz-se que o afeto está modulado.
do tempo.
Rebaixamento do Afeto:
Forma: estrutura básica ou “arquitetura”.
 Hipomodulado – incapacidade de modular a
Conteúdo: assunto, temática, substância do pensamento.
resposta afetiva; rigidez.
 Embotamento Afetivo – perda profunda de toda CURSO:
resposta afetiva.
 Aceleração
Inadequação afetiva: incongruência com todo o humor,  Lentificação
contradição entre esfera ideativa e afetiva.  Bloqueio e roubo de pensamento
FORMA: 2. É realizado de modo geral de forma egossintônica. O
indivíduo não percebe tal ato como inadequado, não
 Agregado x Desagregado tenta evita-lo ou adiá-lo. Não é contrário aos valores e
 Fuga de ideias desejos.
 Descarrilhamento 3. Geralmente associado a impulsos patológicos. De
natureza inconsciente ou a incapacidade de tolerância à
CONTEÚDO (TEMÁTICA) → DELÍRIOS (necessário nos casos
frustração.
de Transtorno Psicótico):
ATO COMPULSIVO/COMPULSÃO: difere do ato impulsivo por
 Patológico x Não Patológico
ser reconhecido pelo indivíduo como indesejável e
o Persecutórios
inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-
o Depreciativos
lo.
o Religiosos
o Sexuais A compulsão é uma ação complexa que pode envolver atos
o Poder, riqueza, prestígio e grandeza simples (coçar-se, picar-se, arranhar-se), ou atos complexos
o Ruína ou culpa (tomar banho de forma repetida e ritualizada, lavar as mãos
e secar de modo estereotipado, por inúmeras vezes, etc).
Principais tipos de delírio → perseguição / grandeza /
religiosos

VONTADE (ATO VOLITIVO)

Vontade: relacionada intimamente com as esferas instintivas,


afetiva e intelectiva (avaliar, julgar, analisar, decidir).

PROCESSO VOLITIVO

1. Fase de intenção ou propósito: tendências básicas do


indivíduo, suas inclinações e interesses. Impulsos,
desejos e tremores influenciam o ato volitivo.
2. Fase de deliberação: momento de apreciação,
consideração dos vários aspectos e das implicações de
uma decisão (favorável ou desfavorável, maléfico ou
benéfico...)
3. Fase de decisão propriamente dita: momento
culminante. Demarca o começo da ação, o qual os
móveis e os motivos vencidos dão lugar aos vencedores.
4. Fase da execução: etapa final do processo volitivo. Atos
psicomotores simples e complexos decorrentes de
decisão são colocados em funcionamento para realizar
e consumar aquilo que mentalmente foi decidido.

ATOS IMPULSIVOS: oposição à ação voluntária. O ato


impulsivo abole as fases de intenção, deliberação e decisão.

Impulsos patológicos são tipos de atos impulsivos, onde as


ações automáticas predominam. Não há reflexão,
ponderação ou decisões prévias.

O ato impulsivo apresenta as seguintes características:

1. É realizado sem fase prévia de intenção, deliberação e


decisão.

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