EXAME DO ESTADO MENTAL (EEM)
depressivos – bipolar)
01. APARENCIA E COMPORTAMENTO
Descrever como o paciente age e como se veste. Avaliar
idade cronológica compatível com a aparência. O aspecto de
higiene indica o nível de funcionamento do paciente. Avaliar
cooperatividade, agitação, desinibido, desinteressado.
Descrever postura do paciente na consulta.
02. ATIVIDADE MOTORA
Pode ser dividida em:
 Normal
 Lentificada/bradicinesia
 Agitada/hipercinesia
Observar tiques, tremores, protrusão de língua, movimento
estereotipadas e marcha.
Indica condições psiquiátricas ou neurológicas.
03. FALA
Avaliar espontaneidade (paciente fala de forma
espontânea, paciente esquizofrênico não fala de forma
espontânea), quantidade, velocidade (paciente com
normolalia, taquilalia (forma rápida – psicótico, mania...) e
bradilalia (forma lenta)) e tom (normofonia, hiperfonico
(agitação, inquietação) ou hipofônico (depressão).
04. HUMOR E AFETO
Humor: o que o paciente sente, é interno.
Afeto: o que é demonstrado sobre o humor. Somente o
afeto é avaliado:
 Qualidade – tom:
o Eutímico: normal, fica feliz com tema feliz e triste
com tema triste
o Depressivo: predomina tom triste. Passa tristeza.
o Hipertímico: predomina tom alegre.
o Eufórico: comum em mania. Quando hipertímico se
torna disfuncional.
o Disfórico: irritabilidade, nervosismo, agressividade.
o Apático: neutralidade, não sente alegria nem
tristeza, comum na esquizofrenia por sintomas
negativos e uso de substancias.
o Pueril: comum em crianças com deficiência
intelectual
o Ansioso: preocupação/medo exacerbados.
 Quantidade: medida do grau:
o Leve, moderado ou grave.
 Variação
o Capacidade de modular a resposta afetiva
dependendo do exposto em consulta. Pode ser
normal, hipomodulado (fica no polo depressivo a
todo momento) e hipermodulado (oscila o afeto e
humor de forma abrupta, rápida – indica gravidade
de doença = geralmente eufóricos, sintomas
 Adequação
Se o afeto está adequado ou não (paratinia) com a situação.
Exemplo: chega num enterro sorrindo = não modula.
 Congruência
Congruente – afeto equivale ao humor
Incongruente – apresentação diferente da queixa
05. PENSAMENTO
É avaliado através da expressão do paciente, o pensamento
pode ter alteração de conteúdo, tem pensamento estranho
a ele, conteúdo delirante, suicida...
Delírios = ideias fixas, falsas, não compartilhadas por outros
 Bizarros: sem sentido
 Não bizarros = condiz com alguma norma social
Delírios comuns: grandiosos, erotomaníacos, de ciúmes,
somáticos e persecutórios
Pensamento suicida = pesquisar suicídio em toda consulta,
é um sinal de agravo, essa avaliação inclui história, família,
ideação, plano e intenções atuais. Incluir gatilhos, fatores de
risco e fatores protetores.
Alteração de forma de pensamento: normopsiquismo,
taquipsiquismo e bradpsiquismo
Alteração no processamento do pensamento.
06. ALTERAÇÃO NA SENSOPERCEPÇÃO
 Alucinação: percepção na ausência de estímulo que
justifique = sentidos sensoriais. Comum é auditivo.
Hipnagóticas (ao dormir) e hipnopômpicas (ao
acordar)
 Despersonalização: sensação de ser estranho a si
mesmo ou que algo mudou
 Desrealização: sente que ambiente mudou
 Ilusão = percepção errônea de estímulo, ex:
miragem
07. COGNIÇÃO
 Estado de alerta do paciente: obnubilado, consciente.
 Orientação: orientado em tempo e espaço. Entra
quadro de delirium (desorientação)
 Concentração: vigilância (hipervigil (TDAH) ou hipovigil
(depressão) e tenacidade (capacidade de ficar no
mesmo assunto = pode ser hipertenas (fala somente do
mesmo assunto), hipotenas ou normotenas)
 Memória: curta e longo prazo.
08. INSIGHT E JULGAMENTO
Insight: entendimento de como está se sentindo, se
apresentando e funcionando, ...
Julgamento: capacidade de tomar decisões.