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Pós-graduação em

Terapia Cognitivo-
Comportamental:
Práticas Baseadas em
Evidências na
Intervenção em Saúde
Mental
TCC nas intervenções em
Transtornos de Humor:
intervenções
comportamentais e
cognitivas para
modulação do afeto,
elações e depressões

PROFESSORA:
Ma. Renata Gomes Netto
EMENTA
O modelo cognitivo para entendimento dos diversos transtornos de
humor. Utilizando os testes e outras avaliações; Formulação cognitiva
dos casos de TH; Intervenções comportamentais e cognitivas.
Prevenção à recaídas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I - Conceitos
1.1. Definindo transtornos do humor
1.2. Aspectos epidemiológicos
1.3. Modelos de classificação
UNIDADE II - Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados
2.1. Tipos de transtornos
2.2. Escalas para avaliação
2.3. TCC para o Transtorno Bipolar
UNIDADE III - Transtornos Depressivos
3.1. Sintomas
3.2. Escalas e inventários diagnósticos
3.3. TCC para Transtornos Depressivos
3.4. Formulação Cognitiva de Caso
UNIDADE IV Prevenção de recaídas
4.1. Abordagem de prevenção de recaída
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Lembretes:

- Aprendizado é um processo: Modelo 70:20:10 – 70% experiencial; 20%


informal, 10% formal;

- Como otimizar o tempo?


ATIVIDADES AVALIATIVAS

DATA ITEM NOTA

Sexta Atividade prévia 3 Pontos


Sexta, sábado e
Questões reflexivas diversas 7 Pontos
domingo
O que vamos precisar para essa aula?

Seu corpo está Sua mente


presente. está?

PASSADO PRESENTE FUTURO


• MEU COMPROMISSO
• Fazer o meu melhor para proporcionar a todos uma
ótima experiência de aprendizagem;

• MEUS OBJETIVOS
• Compartilhar conhecimento e experiência;
• Trazer atividades e conteúdos motivadores;
• Contribuir com o crescimento de todos.
O que você pode fazer para que participar da
disciplina de TCC nas intervenções em Transtornos
do Humor seja uma ótima experiência?
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I – Conceitos

1.1. Definindo transtornos do humor


1.2. Aspectos epidemiológicos
1.3. Modelos de classificação
Uma vida sem
emoção nenhuma,
não é uma vida,
é uma passagem
sem registros.
Panorama
❖ A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a
todas as vivências humanas.

❖ Sem afetividade, a vida mental torna-se vazia, sem sabor.

❖ Afetividade é um termo genérico, que compreende várias


modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções
e os sentimentos.

Dalgalarrondo, 2008
Panorama
Humor ou estado de ânimo
O humor, ou estado de ânimo, é definido como o tônus afetivo do
indivíduo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a
pessoa em determinado momento. É a disposição afetiva de fundo
que penetra toda a experiência psíquica, a lente afetiva que dá às
vivências do sujeito, a cada momento, uma cor particular, ampliando
ou reduzindo o impacto das experiências reais e, muitas vezes,
modificando a natureza e o sentido das experiências vivenciadas.

Dalgalarrondo, 2008
Panorama
O homem atormentado pela depressão sempre existiu.
Concepções milenares buscam explicações na ciência e em
divindades que protegem ou castigam. Ideias e práticas de um
passado distante resistem ao tempo e permanecem ativas em
nossa mente, guiando o imaginário, os atos e novos
questionamentos.

Botega, 2018
Panorama

Temperamentos Humor Elemento Características


predominante pessoais
Sanguíneo Sangue Ar (quente e úmido) Lutador
Alegre, amoroso
Fleumático Fleuma Água (fria e úmida) Preguiçoso, indolente
Calmo
Colérico Bílis amarela (ou cólera) Fogo (quente e seco) Raivoso
Impulsivo, agressivo
Melancólico Bílis negra (ou atrabílis) Terra (Fria e seca) Triste, ensimesmado
Reflexivo

Botega, 2018
• Os transtornos do humor são
transtornos de saúde mental
nos quais as alterações
Panorama emocionais consistem em
períodos prolongados de
tristeza excessiva (depressão),
de exaltação excessiva ou de
euforia (mania), ou ambos.

• A depressão e a mania
representam os dois extremos
opostos, ou polos, dos
transtornos do humor.
Panorama
Os transtornos do humor também são conhecidos como transtornos
afetivos. Afeto significa estado emocional que se expressa por meio
de gestos e expressões faciais.
Tristeza e alegria são parte da vida cotidiana. A tristeza é uma
resposta universal à derrota, aos desapontamentos e a outras
situações adversas. A alegria é uma resposta universal ao sucesso, à
realização e a outras situações encorajadoras.

MSD, 2018
Panorama
❖ Nos transtornos do humor, ocorre desregulação de áreas cerebrais
relacionadas ao humor, ao prazer, à energia, aos impulsos, aos
pensamentos, e à psicomotricidade.

❖ Alterações em exames de imagem costumam aparecer depois de alguns


anos de doença psiquiátrica.

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ São doenças decorrentes da desregulação em áreas relacionadas a várias
funções cerebrais:

- Áreas relacionadas ao controle do humor: estado emocional de base que


pode estar aumentando – a pessoa está se sentindo predominantemente bem
e empolgada (humor elevado na mania) ou reduzindo, pessoa está se sentindo
predominantemente mal e mais sensível à tristeza (humor reduzido da
depressão.

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ São doenças decorrentes da desregulação em áreas relacionadas a várias
funções cerebrais:

- Áreas relacionadas à capacidade de sentir prazer: capacidade de sentir


prazer pelas coisas, que pode estar aumentada (mania) ou reduzida
(depressão)

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ São doenças decorrentes da desregulação em áreas relacionadas a várias
funções cerebrais:

- Áreas relacionadas à energia: quando estas áreas não estão funcionando


adequadamente, o indivíduo sente a sensação de fraqueza e cansaço
(comumente observada na depressão) e, quando elas estão ativadas, a pessoa
sente-se mais energizada, disposta e se cansando menos (comumente
observado na mania).

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ São doenças decorrentes da desregulação em áreas relacionadas a várias
funções cerebrais:

- Áreas relacionadas ao controle de impulsos e à iniciativa: quando estas


regiões do cérebro não estão ativadas, a pessoa tende a se sentir mais sem
vontade, sem impulso e sem iniciativa; tudo se torna mais difícil de ser iniciado
e desenvolvido e a emissão de comportamentos se torna reduzida (comumente
observado na depressão); quando estas regiões estão mais ativadas, a pessoa
se torna impulsiva e aumenta a emissão de comportamentos (comumente
observado na mania).
Tavares e Moreno, 2019
Panorama
❖ São doenças decorrentes da desregulação em áreas relacionadas a várias
funções cerebrais:

- Áreas relacionadas ao pensamento: quando estas regiões do cérebro são


ativadas, a pessoa tende a ter dificuldade de pensar e raciocinar; tudo se torna
mais difícil em termos mentais (comumente observado na depressão); quando
estas regiões estão mais ativadas, a pessoa pensa muito, em grande
quantidade, e pode chegar a ter a percepção dos pensamentos acelerados
(comumente observado na mania).

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ São doenças decorrentes da desregulação em áreas relacionadas a várias
funções cerebrais:

- Áreas relacionadas à movimentação do corpo: pode ocorrer redução da


movimentação física (comumente observada em quadros mais graves de
depressão) ou aumento da necessidade de se movimentar (comumente
observado em quadros mais graves de mania.

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ Uma pessoa profundamente triste não quer dizer que esteja com um
transtorno depressivo. É preciso haver, em maior ou menor grau,
comprometimento de todas as outras áreas relacionadas a esta doença.
❖ Uma avaliação mais acurada e segura do humor deve sempre prezar pela
análise longitudinal de como a pessoa vem se sentindo nas últimas semanas
ou dias, que pode mostrar claramente que há predomínio de algum tipo de
polarização do humor, principalmente em transtornos em que o humor
oscila ou é reativo.

Tavares e Moreno, 2019


Prazer
Funções
vegetati Senso
vas percepção
Impulsos
Humor

Juízo de
Movimentação realidade
física
Cognição

Tavares e Moreno, 2019


Panorama
❖ Em nosso cérebro existe um sistema de regulação do humor composto por
várias áreas que trabalham em conjunto e que polarizam nosso humor
frente a situações positivas (ex.: a pessoa recebe uma promoção e fica com
o humor animado e otimista nos dias subsequentes ao estímulo positivo) ou
negativas (ex.: a pessoa recebe um exame alterado e fica com o humor
preocupado e para baixo nos dias subsequentes ao estímulo negativo). Em
um transtorno depressivo ou bipolar, ocorre desregulação da capacidade
cerebral de normalizar o humor.

Tavares e Moreno, 2019


Sistemas classificatórios
CID-10
CID-10
Transtornos do Humor [Afetivos] (F30-F39)
Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do
humor ou do afeto, no sentido de uma depressão (com ou sem ansiedade
associada) ou de uma elação. A alteração do humor em geral se
acompanha de uma modificação do nível global de atividade, e a maioria
dos outros sintomas são quer secundários a estas alterações do humor e
da atividade, quer facilmente compreensíveis no contexto dessas
alterações. A maioria desses transtornos tende a ser recorrente e a
ocorrência dos episódios individuais pode frequentemente estar
relacionada com situações ou fatos estressantes.

CID-10
DSM-5
DSM

Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5


• Modelo dimensional, não mais categórico. A visão dimensional
das psicopatologias apresenta os capítulos dentro de uma
ordem para demonstrar qual é a ideia de fronteira que os
capítulos apresentam entre si.

APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• Esquizofrenia
• Transtorno esquizoafetivo
• TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS
• TRANSTORNO DEPRESSIVO
• Transtorno de ansiedade
• Transtorno obsessivo compulsivo e transtornos relacionados
• Transtornos relacionados ao trauma e estressores

APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• No DSM-IV havia um capítulo Transtorno de Humor, contendo Transtorno Bipolar,
Depressão, Distimia e Eutimia.
• O DSM-5 faz uma separação dos grupos diagnósticos. Temos um capítulo para
Transtorno Bipolar com Transtornos Relacionados e um novo capítulo com
Transtornos Depressivos.
• Esses capítulos foram separados, principalmente, em razão de não apresentarem as
mesmas características genéticas, apesar de compartilharem sintomas (Fava e Melo,
2015). Do ponto de vista genético, o transtorno bipolar é mais parecido com a
esquizofrenia do que com a própria depressão.

APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• Todos os capítulos apresentam um sub-capítulo “outro”, em que são
apresentados os diagnósticos menores, as condições mais clínicas que
fazem parte do modelo dimensional. Ex.: um indivíduo tem que estar há
duas semanas deprimido para poder fechar critério, mas se o clínico
julgar que tem prejuízo e sofrimento com 8 dias de humor deprimido,
poderá encontrar aqui diagnósticos que são compatíveis com esta porta
de entrada.

APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• Crítica ao modelo dimensional: risco grande de se subjetivar demais o
diagnóstico. Um profissional pode enquadrar no diagnóstico, e outro
não. O manual endossa esse tipo de definição, dizer que sim ou que não,
e existe um grande risco de se patologizar demais os sintomas e fazer
mais diagnósticos. Estima-se que 50% da população esteja dentro do
DSM-5 porque o manual permite este tipo de condição.
DSM

Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5


❖Uso de especificadores diagnósticos para demonstrar esta linha de
interseção entre os capítulos.
Ex.: Na depressão agora podemos ter o especificador com sofrimento
ansioso que nos libera de ter um diagnóstico de TAG, com excesso de
comorbidade. Um paciente depressivo com sintomas compatíveis com
um TAG, por exemplo, pode ser diagnosticado com transtorno
depressivo maior com sofrimento ansioso, o que demonstra que ele
tem sintomatologia e que estaria na linha de interseção aqui entre os
capítulos. Pode-se ter com sintomas mistos que antes era exclusivo do
transtorno bipolar tipo 1 e agora o especificador com características
mistas pode ser adotado em todos eles.
APA, 2014
Críticas gerais às classificações
❖Classificação do DSM-5 superficial e exageradamente
esquemática.
❖São restritivos por não incluírem vários sintomas que são
frequentes nos quadros depressivos graves: sensação de
despersonalização e de desrealização, maior variedade de
pensamentos negativos (não só de culpa e inutilidade), perda de
iniciativa e de vontade, incapacidade para o trabalho, fala lenta e
hesitante, angústia, sintomas digestivos, mudanças
características na expressão corporal e no ritmo circadiano.

Botega, 2010
Críticas gerais às classificações
❖A depressão tem várias faces:
- Em idosos tem mais sintomas somáticos, como dores e
alterações do apetite e da digestão, e menos sintomas psíquicos,
como tristeza e ideação depressiva.

Botega, 2010
Críticas gerais às classificações

❖ O DSM-5 não dá conta da variabilidade com que os transtornos


depressivos se apresentam entre os indivíduos de diferentes
culturas.
❖Em povos orientais, a depressão se expressa mais por sintomas
de fraqueza corporal, fadiga, dor nas costas e outras queixas
corporais, do que por tristeza e outros sintomas do campo
psíquico.

Botega, 2010
Críticas gerais às classificações
❖Critérios amplos: pessoa entristecida devido à perda recente de
um ente querido pode preencher os critérios diagnósticos para
depressão.
❖Não é porque um paciente alcança os critérios de major
depression que ele deve ser medicado ou automaticamente
incluído em um ensaio clínico de antidepressivos.
❖A “uniformização” do diagnóstico de major depression, por ser
muito abarcante, passou a incluir milhões de pessoas que se
tornaram um alvo atraente para a indústria farmacêutica.

Botega, 2010
Podemos fazer diagnóstico?
Transtorno Depressivo Maior
Lei 4.119 de 1962, que regulamenta a profissão de psicólogos no Brasil, em seu §1º do artigo 13
estabelece que:
Procedimentos para codificação e registro ❖ Especificar:

“Constitui função privativa do Psicólogo e - Com


utilização de sintomas ansiosos
métodos e técnicas psicológicas com os
❖Ao registrar o nome de um diagnóstico, - Com características mistas
seguintes objetivos:
os termos devem ser listados na seguinte - Com características melancólicas
ordem: transtorno depressivo maior, - Com características atípicas
episódio único ou recorrente, - Com características psicóticas congruentes com o
a) diagnóstico psicológico; humor
especificadores de - Com características psicóticas incongruentes com o
b) orientação e seleção profissional; seguidos
gravidade/psicótico/remissão, humor
pelos seguintes
c) orientação especificadores sem
psicopedagógica; - Com catatonia. Nota para codificação: Use o código
código que se aplicam ao episódio atual. adicional 293.89 (F06.1).
d) solução de problemas de ajustamento. - Com início no periparto
- Com padrão sazonal (somente episódio recorrente)

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Resolução CFP Nº 015/1996
| RESOLUÇÃO CFP Nº 023/2007 |
Ementa: Institui e regulamenta a concessão de atestado Psicológico
para tratamento de saúde por problemas psicológicos.
O Conselho Federal de Psicologia, no uso de suas atribuições legais e regimentais:
Considerando
Procedimentosque opara
psicólogo é um profissional
codificação e registro que atua também na área da saúde, com fundamento,
❖ Especificar:
inclusive, na caracterização efetuada pela OIT, OMS e CBO;
Considerando que o parágrafo 1º. artigo 13º da Lei nº.- 4.119
Com sintomas
de 27 ansiosos
de agosto de 1962 estabelece que
❖Ao registrar o nome de um diagnóstico, - Com características mistas
é função do psicólogo a elaboração de diagnóstico psicológico;
os termos devem ser listados na seguinte - Com características melancólicas
Considerando que o psicólogo pode diagnosticar condições - Commentais que atípicas
incapacitem o paciente para o
ordem: transtorno
trabalho e/ou estudos;
depressivo maior, características
episódio único ou recorrente, - Com características psicóticas congruentes com o
Considerando que o psicólogo pode diagnosticar condições humor mentais que ofereçam riscos para o
especificadores de
paciente e para o próprio meio ambiente onde se insere; - Com características psicóticas incongruentes com o
gravidade/psicótico/remissão, seguidos humor
Considerando que para o devido restabelecimento do equilíbrio mental do paciente é muitas vezes
pelos seguintes especificadores sem
necessário seu afastamento das atividades laborais ou de - Com catatonia. Nota para codificação: Use o código
estudos;
código que se aplicam ao episódio atual. adicional 293.89 (F06.1).
Considerando que tal medida visa, sobretudo, a promover - Com ainício
saúde mental, garantir as condições de
no periparto
trabalho necessárias ao bem estar individual e social, valorizando
- Com padrãoossazonal
direitos do cidadão;
(somente episódio recorrente)
Considerando, ainda a ampla repercussão da resolução nº. 07/94, as discussões ocorridas em várias
instâncias e o deliberado no II Congresso Nacional de Psicologia.

APA, 2014
Resolve:
Art. 1º É atribuição do psicólogo a emissão de atestado psicológico circunscrito às suas atribuições
Transtorno Depressivo Maior
profissionais e com fundamento no diagnóstico psicológico produzido.

Parágrafo Único - Fica facultado ao psicólogo o uso do Código Internacional de Doenças - CID, ou
outros Códigos de diagnóstico, científica e socialmente reconhecidos, como fonte para enquadramento
de diagnóstico. ❖ Especificar:
Procedimentos para codificação e registro
Art. 2º Quando emitir atestado com a finalidade de afastamento para tratamento de saúde, fica o
psicólogo obrigado a manter em seus arquivos a documentação técnica
- Com sintomas que fundamente o atestado por
ansiosos
ele❖Ao registrar oe nome
concebido a de um diagnóstico,
registrar as situações - Com
decorrentes
características da
mistas emissão do mesmo.
os termos devem ser listados na seguinte - Com características melancólicas
Parágrafo
ordem:Único - Os Conselho
transtorno Regionaismaior,
depressivo poderão a qualquer tempo suscitar
- Com características atípicaso psicólogo a apresentar
a documentação que se refere o caput para comprovação da fundamentação
- Com científica
características psicóticas do atestado.
congruentes com o
episódio único ou recorrente,
Art. 3º No caso de o afastamento para tratamento de saúdehumorultrapassar a 15 (quinze) dias o paciente
especificadores
deverá ser encaminhado pela empresa à Perícia de da Previdência Social, para
- Com características efeito
psicóticas de concessão
incongruentes com ode
auxílio-doença.
gravidade/psicótico/remissão, seguidos humor
Art.pelos
4º O atestado
seguintesemitido pelo psicólogosem
especificadores deverá ser fornecido
- Com catatonia.aoNota
paciente, que porUse
para codificação: sua vez se
o código
incumbirá
códigodequeapresentá-lo a quem
se aplicam ao de atual.
episódio direito para efeito de 293.89
adicional justificativa
(F06.1). de falta, por motivo de
tratamento de saúde. - Com início no periparto
Art. 5º O psicólogo será profissionalmente responsável pelos
- Com termos
padrão sazonalcontidos no atestado
(somente episódio emitido,
recorrente)
devendo cumprir seu mister com zelo e competência sob pena de violação, dentre outros, do art. 2º,
alínea "m" do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Art. 6º Os casos omissos serão resolvidos pelos Conselhos Regionais.
Art. 7º
APA,Esta
2014Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Transtorno Depressivo Maior
https://site.cfp.org.br/contato/psicoterapia/
Procedimentos para codificação e registro ❖ Especificar:

A respeito da utilização da CID-10 em laudos psicológicos, verifica-se


- Com sintomas ansiososque, conforme a parágrafo
❖Aodo
único registrar
art. 1ºoda
nome de um CFP
Resolução diagnóstico,
nº 15/1996, -que
Cominstitui e regulamenta
características mistas a concessão de
os termos
atestado devem para
Psicológico ser listados na seguinte
tratamento de saúde por problemas
- Com psicológicos,
características melancólicas “fica facultado ao
ordem:o uso
psicólogo transtorno
do Códigodepressivo maior,
Internacional de Doenças - CID,
- Com ou outros
características Códigos de diagnóstico,
atípicas
científica e socialmente
episódio único reconhecidos,
ou como fonte para
recorrente, enquadramento
- Com de diagnóstico.”
características psicóticas congruentes Uma
com vez
o
queespecificadores
a CID-10 é uma Classificação Internacional de de Doenças
humor e Problemas Relacionados à Saúde é
publicada pela Organização Mundial seguidos
gravidade/psicótico/remissão, de Saúde (OMS),
- Comé um manual psicóticas
características de uso internacional e não
incongruentes com o
pode ser entendida como propriedade dos médicos. humor
Ademais, ela foi elaborada a partir da
pelos seguintes
contribuição especificadores
de várias áreas sem não só
do conhecimento, - Com catatonia. Nota para codificação: Use o código
da medicina.
código que se aplicam ao episódio atual. adicional 293.89 (F06.1).
- Com início no periparto
- Com padrão sazonal (somente episódio recorrente)

APA, 2014
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE II - Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados


2.1. Tipos de transtornos
2.2. Escalas para avaliação
2.3. TCC para o Transtorno Bipolar
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Bipolaridade como Doença


Doença mental

Perda do
Incurabilidade
Livre-Arbítrio

Incapacidade

Desfiguramento da
Segregação social
Personalidade
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Os THB são prevalentes e incapacitantes, em maior ou menor grau.

❖As apresentações sintomatológicas podem ser maníaca, hipomaníaca,


depressiva ou mista.

❖O tratamento principal do Transtorno Bipolar (TB) é o medicamentoso,


apesar disso, nos últimos anos, ficou claro o impacto do transtorno na
qualidade de vida e no funcionamento social, cognitivo e ocupacional
dos pacientes, o que exigiu que os objetivos do tratamento fossem,
além da recuperação apenas sintomática e que também incluíssem a
recuperação funcional (Roso et al., 2005).
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Média de início: 20 anos de idade - entre a segunda e a terceira década de


vida é o período que com mais frequência surge o transtorno bipolar.
❖Cerca de 70% dos casos não são diagnosticados corretamente. Geralmente
consultam 4 médicos antes do transtorno ser identificado.
❖1/3 demora mais de dez até receber diagnóstico correto.
❖Recorrência superior a 90%.
❖Em geral, o primeiro diagnóstico que um bipolar recebe não é de
bipolaridade. O início do quadro pode ser confundido com outras doenças e
isso é um problema porque retarda o tratamento. O mais confundido com
bipolaridade é TDAH.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Mudanças de humor na mania • O humor agradável ou eufórico


podem ser positivas, pode evoluir para irritável a medida
esperançosas, entusiasmadas, que a mania progride e piora.
eufóricas e animadas. • Mudanças no processo cognitivo, na
• Para alguns pacientes os qualidade das cognições e no
episódios maníacos são conteúdo dos pensamentos. Tais
sempre agradáveis. mudanças, se sucederem um longo
• A maioria dos pacientes já teve período de depressão, podem ser
períodos de extrema notadas apenas quando interferem no
irritabilidade, agitação, funcionamento mais adequado.
ansiedade, tensão e temor.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Velocidade e eficiência do • Se a qualidade das cognições diminui


processo cognitivo podem a pessoa se torna desorganizada e
melhorar no início da mania, desconcentrada, as mudanças
porém se deteriorar conforme iniciadas podem não ser concluídas.
os pensamentos aumentem em • Mudança no conteúdo dos
número e velocidade. pensamentos – sexo, compras.
• Caso o julgamento esteja • Mudanças nos comportamentos -
prejudicado, podem haver inicialmente esses comportamentos
mudanças que criem novos podem ser positivos, mas
problemas para o indivíduo. posteriormente, se não estiverem sob
• Mudança nos interesses controle, podem vir a ser lamentadas.
sociais.
APA, 2014
Modelo Cognitivo THB

Basco, 2013
Modelo Cognitivo THB

Basco, 2013
Modelo Cognitivo THB

Basco, 2013
Modelo Cognitivo THB

Basco, 2013
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• O papel das distorções cognitivas no transtorno bipolar seria semelhante


ao exercido por elas na depressão, no que diz respeito à deformação da
realidade. Entretanto, quando o indivíduo portador do transtorno bipolar
apresenta um episódio maníaco ou hipomaníaco, tais distorções
provocariam uma visão irrealisticamente positiva sobre si mesmo (self),
os outros, o mundo (contexto) e também o futuro (Basco e Rush, 2009).
• Sem avaliar adequadamente os riscos, um paciente bipolar maníaco
pode, em uma única semana, causar prejuízos pessoais, afetivos ou
financeiros para o resto da vida.
Revisões de literatura THB
❖Evidências indicam que o estresse psicológico pode desempenhar um
papel importante no desencadeamento e evolução do Transtorno
Bipolar (Post e Leverich, 2006).

❖Ellicott et al. (1990) afirmam que pacientes bipolares que vivenciam


eventos estressores são cinco vezes mais propensos a apresentar uma
recorrência do que pacientes que não estão passando por esse tipo de
evento.
Revisões de literatura THB
❖Paykel (2001) mostra que eventos vitais podem estar relacionados ao
início e desenvolvimento da doença, mas não de forma independente,
estando relacionados à genética e suporte social.

❖Johnson (2005) mostra que um aumento de eventos vitais negativos


pode estar relacionado ao desencadeamento de um episódio depressivo
e que eventos vitais que envolvem a busca por um objetivo específico
podem estar relacionados ao desencadeamento de um episódio
maníaco em pacientes bipolares.
Revisões de literatura THB
Horesh e Iancu (2010):
❖ Exploraram a associação entre eventos vitais estressantes e o
desenvolvimento de doença afetiva.
❖Pacientes bipolares e unipolares foram comparados a indivíduos
saudáveis: em unipolares e bipolares, o maior impacto dos eventos
vitais estressantes sobre o aparecimento dos transtornos afetivos foi
encontrado no ano antes da primeira depressão ou episódio maníaco.
❖Nesse período crucial, o acúmulo de eventos vitais estressantes
contribui para a precipitação de um mecanismo de resposta patológica.
Uma vez estabelecido, este mecanismo poderia ser reativado no futuro
por eventos estressantes menos severos e em menor número.
Revisões de literatura THB
❖A vulnerabilidade do paciente bipolar ao estresse pode ser explicada do
ponto de vista cognitivo.

❖O paciente, partindo de suas crenças/esquemas, interpreta os eventos


estressores.

❖A experiência subjetiva que ocorre com bases nessas interpretações


interage com a biologia, determinando o afeto e o comportamento do
paciente (Newman, 2006).
Reflexão

❖Qual a necessidade de entendermos o Modelo Cognitivo do Transtorno


Bipolar?

❖Discussão em grupos, postar resposta no AVA.


No espaço da Questão Norteadora, acesse o tópico: Modelo Cognitivo.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Transtorno Bipolar Tipo I


❖Transtorno Bipolar Tipo II
❖Transtorno Ciclotímico

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Transtorno Bipolar Tipo I


❖Transtorno Bipolar Tipo II
❖Transtorno Ciclotímico

São transtornos biológicos, com


implicações cognitivas, afetivas e
comportamentais.

APA, 2014
Pródromos da mania/hipomania
(Miklowitz (2002) e Colom e Vieta (2006)

DIMINUIÇÃO NO NÚMERO DE SENTIMENTO DE “TEMPO NOVOS INTERESSES OU RETOMADA


HORAS DE SONO PERDIDO” EM RELAÇÃO ÀS DE INTERESSES ANTIGOS (POR
HORAS GASTAS COM SONO EXEMPLO, OUVIR MÚSICAS QUE
COSTUMAVA OUVIR HÁ 15 ANOS)
MUDANÇA DO ESTILO DE AUMENTO DO NÍVEL DE AUMENTO NO NÚMERO DE
VESTIR-SE ENERGIA DESENTENDIMENTOS OU
DISCUSSÕES

FALAR MAIS RÁPIDO, DIRIGIR INICIAR NOVOS PROJETOS AUMENTO DO DESEJO SEXUAL
MAIS RÁPIDO
IRRITABILIDADE IMPACIÊNCIA
Pródromos da mania/hipomania
(Miklowitz (2002) e Colom e Vieta (2006)

Outros sinais incluem:

- Mudanças no comportamento: maquiagem (mulheres);


- Distorções sutis: nas cores, (perceber as cores mais brilhantes e nítidas),
prestar atenção demasiada em luminosos;
- Mudanças súbitas de preferência: marca de cigarro, tipo de jornal,
posição (no futebol), caminho para ir ao trabalho; livro, comida;
- Sensações diferentes corporais: sentir o sangue borbulhar, cabeça
explodindo ou quente, etc.
Pródromos da mania/hipomania
(Miklowitz (2002) e Colom e Vieta (2006)

• Os bipolares tipo I foram mais propensos a procurar ajuda profissional e


a reduzir a estimulação; e os bipolares II foram mais propensos a lançar
mão da estratégia negação e culpa.

• Os bipolares tipo I tenderam a utilizar uma série mais ampla de


estratégias de coping que os indivíduos do tipo II.
Indicadores do humor “normal”
• Capaz de sentar-se e apreciar a leitura de um livro ou revista por um bom tempo,
sem entediar-se ou distrair-se em demasia.
• Capaz de ouvir mais e falar menos em uma situação social.
• Não sente necessidade incontrolável de “forçar os limites” ou apenas pelo prazer de
agitar as coisas.
• Capaz de concluir tarefas sem desviar-se de maneira repetida para outras ideias ou
projetos.
• Capaz de ficar moderadamente ansioso com as exigências da vida.
• Capaz de experenciar momentos de quietude e serenidade.
• Capaz de dormir bem por períodos normais.
• Capaz de aceitar críticas sem irritabilidade excessiva.
Indicadores do humor “normal”
• Ninguém é estático no centro, todos temos períodos de mais sono e
períodos em que estamos dormindo menos. É preciso ter cuidado para
não achar que a normalidade é permanecer estático.
• Tem fases em que comemos mais e fases em que comemos menos.
• Momentos mais criativos e mais otimistas.
• Tem fases em que a vida sexual está melhor, temos fases em que
estamos mais cansados, estamos fazendo mais planos ou não estamos
fazendo plano nenhum, nós oscilamos.
Transtorno Bipolar

❖O diagnóstico THB é feito a partir de critérios clínicos padronizados. Não


há um marcador biológico para definir, por meio de exame laboratorial
ou de imagem cerebral a presença da doença.

❖Mania, de menis (grego), que denota furor (furor maníaco).

Botega, 2018
Transtorno Bipolar
❖Elevação do humor (exaltação, alegria, euforia, irritabilidade,
hostilidade).
❖Diminuição da necessidade de sono.
❖Aceleração do pensamento, com muitas ideias e planos grandiosos.
❖Fala rápida, com pressão para falar, com frequentes mudanças de
assunto.
❖Hiperatividade, com aumento da energia.
❖Ideias de grandeza, com autoestima e otimismo exagerados.
❖Desinibição, indiscrição, maior interesse sexual.
❖Impulsividade, gastos insensatos ou exagerados.
Botega, 2018
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

I. Inclusão de aumento de energia/atividade


como sintoma central da mania/hipomania.

II. Inclusão do especificador “Com


Características Mistas” para episódios
maníacos/hipomaníacos/depressivos.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos

Episódio Maníaco
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida
a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente
na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a
hospitalização se fizer necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Álcool, drogas de abuso,
• Critérios diagnósticos medicamentos ou
doenças comuns não
Episódio Maníaco foram responsáveis pelos
sintomas.
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados É uma tempestade química que produz
uma superexcitação: isso sobrecarrega
• Critérios diagnósticos todo o sistema cardiovascular, isso
afeta a imunidade, favorecendo várias
doenças, a vigilância imunológica sofre
Episódio Maníaco mutações, diminui a imunidade e o
• A. Um período distinto de humor anormal ecorpo não consegue acompanhar
persistentemente a
elevado, expansivo
excitação
ou irritável e aumento anormal e persistente cerebral. dirigida
da atividade O corpo manda
a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma semana sinais de fadiga e o cérebro
e presente nanão
maior parte
do dia, quase todos os dias (ou qualquer entende
duração,porqueseestá superexcitado. O se fizer
a hospitalização
necessária). paciente começa a definhar
fisicamente porque ele não se
• B. Durante o período de perturbação doalimenta,humor não e dorme
aumento e nãoda energia ou
sente
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas
cansaço, ele está (quatro se o humor é
sempre energizado.
apenas irritável) estão presentes em grau significativo **Memória e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados É mais que apenas bom humor.
Significa se sentir no topo do
• Critérios diagnósticos mundo como se você não
pudesse se sentir melhor, ou se
Episódio Maníaco sentir como se estivesse sob o
efeito de drogas, sem as ter
• A. Um período distinto de humor anormal e usado.
persistentemente elevado,
Humor irritável expansivo
que leva a
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma discussões,
semana e brigas, e sensação
presente de parte
na maior
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, nãoseseaaguentar.
hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados A questão do humor vai a
extremos, extremos de euforia,
• Critérios diagnósticos
mas ao mesmo tempo, quanto
mais alto, maior a altura, maior é
Episódio Maníaco o tombo quando este humor cai,
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
pode ir para os outros expansivo
extremos
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou
de raiva, de irritabilidade e
da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se depressão.
a hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Os sintomas específicos devem
ocorrer juntos na mesma época.
• Critérios diagnósticos Se os sintomas de mania incluem
fala rápida, hiperatividade e
Episódio Maníaco humor eufórico, devem ocorrer
simultaneamente e durar um
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo
ou irritável e aumento anormal e persistente datempo mínimo
atividade para serem
dirigida a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma semanaconsiderados importantes
e presente na sob o parte
maior
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração,aspecto clínico.
se a hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Maníaco
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas
de sono).
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a
objetivos).
• 7. Envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou
investimentos financeiros insensatos).
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Como é o funcionamento em
casa? E no trabalho?
Como era antes dos sintomas
• Critérios diagnósticos
começarem?
Episódio Maníaco O que a família e os amigos
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. dizem?
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado
Alguém na família com apenas
já passou portrês horas
de sono). isso?
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a
objetivos).
• 7. Envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou
investimentos financeiros insensatos).
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Critérios diagnósticos
Episódio Maníaco
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo
acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de
hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem
características psicóticas.
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.
• Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo mas
que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse
tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, portanto, para um
diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
• Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio
maníaco na vida é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
APA, 2014
“Após a ida dele à última consulta, voltou aparentando ter consciência do seu estado de saúde
e reconhecendo o diagnóstico de transtorno bipolar, conforme folheto que o senhor lhe
entregou.
Espertamente, levantou a bandeira do diagnóstico para afirmar a todos à sua volta, inclusive no
ambiente de trabalho, que é uma pessoa doente e que, portanto, todos têm que aceitar e
respeitar sua condição. Com isso são obrigados a não incomodá-lo e acatar tudo o que ele
disser, sem oposição. A cada eventual contrariedade, reage em tom alto, muitas vezes aos
gritos, com sentimento de superioridade sobre tudo e sobre todos.
Continua instável e sente que tem um dom especial de curar por meio de rezas. Permanece na
fábrica até altas horas da madrugada e, quando chega em casa, não tem sono. Fica ligando para
as pessoas de madrugada – ‘contatos importantes’, segundo ele – e vai para a cama só às três
da madrugada, e às sete já está de pé, a mil.
No aspecto financeiro, tem demonstrado preocupações, porém, em seguida, vive a euforia da
riqueza, de poder, etc. Deu, por exemplo, cem reais de gorjeta para um manobrista do
estacionamento. Deixa os diretores e as chefias totalmente envergonhados com
comportamentos como esse. E agora deu de fazer insinuações sensuais dirigidas às funcionárias
e com certas revelações de sua intimidade. Me contaram isso...”

Botega, 2018
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Euforia,
irritabilidade,
expansividade

Autoestima
inflada Prolixidade

EPISÓDIO
Atividade dirigida a
objetivos MANÍACO Fuga de ideias

Agitação Redução do
psicomotora sono

Alteração de
atenção
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Euforia,
irritabilidade,
Expansividade

Autoestima
inflada Prolixidade

EPISÓDIO
Atividade dirigida
a objetivos MANÍACO Fuga de ideias

Agitação Redução do
psicomotora sono

Alteração de
atenção
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Euforia,
irritabilidade,
Expansividade

Autoestima
inflada Prolixidade

EPISÓDIO
Atividade dirigida
a objetivos MANÍACO Fuga de ideias

Agitação Redução do
psicomotora sono

Alteração de
atenção
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Critérios diagnósticos
Episódio Hipomaníaco

• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo


ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com
duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do
dia, quase todos os dias.
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade,
três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável)
persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento
habitual e estão presentes em grau significativo:

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Critérios diagnósticos Hipo: baixo - mania mais leve, mais


branda. Os critérios são exatamente
Episódio Hipomaníaco os mesmos, não muda nada, muda a
intensidade. Existe uma
• A. Um período distinto de humor anormal e subjetividade nisso, não
persistentemente se tem um
elevado, expansivo
medidor,
ou irritável e aumento anormal e persistente damas tem uma intensidade
atividade ou energia, com
duração mínima de quatro dias consecutivos menor. Alguns parâmetros:
e presente na maiorNa parte do
dia, quase todos os dias. hipomania não pode existir a
necessidade de internação; é um
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade,
paciente que não justifica uma
três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável)
medida drástica e estigmatizante
persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento
como a internação.
habitual e estão presentes em grau significativo:

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Critérios diagnósticos
Episódio Hipomaníaco
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas
de sono).
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora.
• 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências
dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Hipomaníaco
• C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é
característica do indivíduo quando assintomático.
• D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras
pessoas.
• E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no
funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo
características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.
• F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento, outro tratamento).
• Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo,
mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse
tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio Hipomaníaco
• Grau de comprometimento funcional: no hipomaníaco não “salta aos olhos”, a pessoa pode
parecer estranha, ser chata, inconveniente, impertinente, podemos ter uma má impressão
dela e afastar, mas pode não ser percebida como uma pessoa doente. “Ela é assim, tem
essas características que não me agradam, é inconveniente”.

• Quem a conhece sabe que normalmente ela não é assim, que está diferente do jeito dela,
que tem algo errado, ´pois ela não diria estas coisas, não se vestiria deste jeito, não faria
esses comentários, mas para quem não a conhece pode considerá-la uma pessoa
inconveniente, este é o hipomaníaco.

• Também pode perder o emprego, pode perder a namorada(o), não terminar a faculdade,
não ter uma vida social adequada, uma série de comprometimentos.
Progressão da Mania Não tratada

Carlson & Goodwin


Progressão da Mania Não tratada Eu que inventei o
avião. Essas ideias
Sou o melhor na foram roubadas de
minha região. mim.
Poucas pessoas
têm o
conhecimento que
eu tenho.

Carlson & Goodwin


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Quando não tratada, os sucessivos episódios de humor levam à deterioração intelectual, há dano
neurológico porque estes episódios, as psicoses, estão associadas à uma tempestade química no
cérebro que provavelmente produz degeneração neuronal, produz morte de neurônios e isso
acontece ao longo de anos, várias vezes, isso reflete-se num deterioro.

• Isso vale também para depressão. Existem vários estudos de patologias mentais crônicas associadas
à atrofia de regiões cerebrais e existem estudos mostrando que a psicoterapia pode reverter
parcialmente esta atrofia.

• A psicoterapia interfere na neuroplasticidade cerebral, ela tem um impacto biológico. A psicoterapia


promove mudanças na neuroplasticidade, nas mudanças sinápticas, neuroquímicas, não dá para
desacoplar o mental do biológico, são todos partes de um mesmo sistema, está tudo integrado: um
medicamento pode flexibilizar uma crença e uma psicoterapia também pode modificar a
neuroquímica cerebral.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco
Diagnóstico THB T1:
Transtorno de Humor Bipolar Tipo 1:
Bipolar clássico - Pelo menos um episódio
maníaco: período
distinto do humor

Episódio
THB Episódio
anormal e
persistentemente
hipomaníaco misto
TIPO I elevado, expansivo ou
irritável e aumento
anormal e persistente da
atividade ou da energia,
com duração mínima de
uma semana e presente
Episódio na maior parte do dia,
depressivo quase todos os dias.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco

Transtorno de Humor Bipolar Tipo 1:


Bipolar clássico
Diagnóstico THB T1:

Episódio
THB Episódio - Pelo menos um episódio
hipomaníaco com
hipomaníaco misto
TIPO I duração mínima de
quatro dias consecutivos
e presente na maior
parte do dia

Episódio
depressivo

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco

Transtorno de Humor Bipolar Tipo 1:


Bipolar clássico
Diagnóstico THB T1:

Episódio
THB Episódio - Sintomas presentes no
período de duas
hipomaníaco misto
TIPO I semanas e representar
uma mudança em
relação ao
funcionamento anterior

Episódio
depressivo

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco

Transtorno de Humor Bipolar Tipo 1: Observação: para o


Bipolar clássico diagnóstico de TBI, basta
um episódio de mania. As
Diagnóstico THB T1:
fases de depressão,

Episódio
THB embora típicas e mais
- não
Episódiofrequentes, Sintomas
são presentes no
período
hipomaníaco mistoimprescindíveis para o de duas
TIPO I semanas
diagnóstico formal de e representar
THB. uma mudança em
relação ao
funcionamento anterior

Episódio
depressivo

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco Diagnóstico THB T1:

Transtorno de Humor Bipolar Tipo 1: Apresenta pelo menos 3


Bipolar clássico sintomas do polo oposto.
Associa mania, hipomania,
depressão.

Episódio
THB Episódio
Tem sintomas de euforia e
ao mesmo tempo tem
hipomaníaco misto
TIPO I anedonia, humor
rebaixado, lentidão
psicomotora, ideação
suicida.
Um episódio dentro do
outro. Ao mesmo tempo
Episódio que tem o humor
depressivo expansivo, tem também
anedonia.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Anedonia

Humor triste
Ideação
suicida

Sentimento de Sono
culpa
EPISÓDIO
MISTO

Atenção Fadiga
indecisão

Atividade Peso
psicomotora
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Consequências Funcionais

- Embora muitos indivíduos com


Episódio
transtorno bipolar retornem a um
maníaco nível totalmente funcional entre
Transtorno de Humor Bipolar Tipo 1:
os episódios, aproximadamente
Bipolar clássico
30% mostram prejuízo importante
no funcionamento profissional.

- A recuperação funcional está

Episódio
THB Episódio
muito aquém da recuperação dos
sintomas, em especial em
hipomaníaco misto
TIPO I relação à recuperação
funcionamento profissional. Os
do

prejuízos cognitivos podem


contribuir para dificuldades
profissionais e interpessoais e
persistir ao longo da vida, mesmo
Episódio durante períodos eutímicos.
depressivo

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Episódio
depressivo

THB
TIPO II

Episódio
hipomaníaco

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• O transtorno bipolar tipo II caracteriza-se por um curso clínico de Episódio


episódios de humor recorrentes, consistindo em um ou mais depressivo
episódios depressivos maiores (Critérios A-C em “Episódio
Depressivo Maior”) e pelo menos um episódio hipomaníaco
(Critérios A-F em “Episódio Hipomaníaco”).
• O episódio depressivo maior deve ter duração de pelo menos duas
semanas, e o hipomaníaco, de, no mínimo, quatro dias, para que THB
sejam satisfeitos os critérios diagnósticos.
• Durante o(s) episódio(s) de humor, a quantidade necessária de
sintomas deve estar presente na maior parte do dia, quase todos os
TIPO II
dias, além de os sintomas representarem uma mudança notável do
comportamento e do funcionamento habituais.
• A presença de um episódio maníaco durante o curso da doença exclui Episódio
o diagnóstico de transtorno bipolar tipo II (Critério B em “Transtorno hipomaníaco

Bipolar tipo II”).

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

• Uma característica comum do transtorno bipolar tipo II é a Episódio


impulsividade, que pode contribuir com tentativas de suicídio e depressivo

transtornos por uso de substância.


• A impulsividade pode também se originar de um transtorno da
co-mórbido.
• Pode haver níveis aumentados de criatividade em alguns THB
indivíduos com transtorno bipolar. A relação pode ser, no
entanto, não linear; isto é, grandes realizações criativas na vida TIPO II
têm sido associadas a formas mais leves de transtorno bipolar.
• A satisfação que o indivíduo tem com a criatividade aumentada
durante episódios hipomaníacos pode contribuir para
Episódio
ambivalência quanto a buscar tratamento ou prejudicar a hipomaníaco
adesão a ele

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Consequências funcionais Episódio


depressivo

• Pelo menos 15% das pessoas com transtorno bipolar tipo II


continuam a ter alguma disfunção entre os episódios, e 20%
mudam diretamente para outro episódio de humor sem
recuperação entre episódios. THB
- A recuperação funcional está muito aquém da recuperação dos
sintomas do transtorno bipolar tipo II, especialmente no que diz TIPO II
respeito à recuperação profissional.
- Desemprego prolongado em indivíduos com transtorno bipolar
está associado a mais episódios de depressão, idade mais Episódio
avançada, taxas maiores de transtorno de pânico atual e hipomaníaco
história de transtorno por uso de álcool ao longo da vida.

APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

O que se observa na prática clínica Episódio


depressivo

• Ao contrário da mania, o paciente não permanece


continuamente na hipomania o dia todo e a condição oscila ao
longo do dia, quando os sintomas se manifestam e depois se
atenuam. O conceito de episódios de hipomania fásicos e bem THB
delimitados não é o que se deve esperar para diagnosticar TB
II. TIPO II
• Os sintomas hipomaníacos são geralmente percebidos por
familiares e amigos que conhecem intimamente o paciente, e
geralmente há mais mudanças de comportamentos que Episódio
demonstram maior atividade dirigida a objetivos, maior fixação hipomaníaco
mental em determinados assuntos e aumento de energia.

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Episódio
depressivo
O que se observa na prática clínica

• Alguns sintomas maníacos clássicos e claramente identificáveis


à apresentação clínica, como grandiosidade, autoestima
inflada, pressão por falar (paciente visivelmente falante),
THB
arborização do pensamento (pensamento pulando de um
assunto para o outro) e agitação psicomotora raramente
TIPO II
ocorrem juntos na hipomania, uma vez que este quadro é mais
atenuado e muitas vezes só pode ser melhor reconhecido
quando contrastado com a personalidade habitual. Episódio
hipomaníaco

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Episódio
depressivo

O que se observa na prática clínica

• Ao contrário do que se imagina, é muito mais comum pacientes


com hipomanias crônicas (que duram longos períodos, como
THB
meses ou anos) do que hipomanias fásicas e bem delimitadas.
Isso dificulta muito o diagnóstico de TB II, porque
TIPO II
frequentemente sintomas claros de hipomania são atribuídos à
personalidade pelo simples fato de ocorrerem há muito tempo.
Episódio
hipomaníaco

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Episódio
depressivo

• Bipolares tipo II passam cerca de 50% do tempo da vida


deprimidos, 1% com sintomas de hipomania e 2% do temo em THB
estados mistos (que combinam depressão com euforia ou
agitação). Tais estados incluem o que às vezes se chama de TIPO II
depressão agitada.

Episódio
hipomaníaco

Botega, 2018
Transtorno Ciclotímico
• Quadro de difícil diagnóstico, porque a intensidade dos sintomas é bastante leve,
de forma que em nenhum momento o paciente tenha apresentado episódios de
hipomania ou de depressão e, desta maneira, a maioria dos portadores consegue
se manter funcional e com as atividades e relações de vida constantes, apesar da
continuidade de oscilações.

• Os sintomas se misturam com a personalidade e geralmente se iniciam na infância


ou na adolescência, produzindo, por isso, muitas confusões diagnósticas com
transtornos de personalidade.

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Ciclotímico
• As variações do humor e de energia podem produzir algum impacto na qualidade
de vida, na autoestima e nas relações interpessoais o paciente não percebe a
oscilação do humor, vai perceber as consequências dessas oscilações de seu
comportamento com os outros.

• Queixa clínica: problemas nas relações interpessoais, sem que se identifique que
muitas destas dificuldades vêm de oscilações de humor.

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Ciclotímico
• Características clínicas marcantes:

- Variações leves de humor no mesmo dia: manhã com lentificação e torpor, baixa
produção verbal, baixa autoestima e noites com maior excitação.

- Hipersensibilidade aos estímulos ambientais: estímulos positivos os deixam


rapidamente alegres, entusiasmados, dinâmicos e com iniciativa, ao passo que
negativos os tornam estressados, fadigados, angustiados e preocupados.

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Ciclotímico
• Características clínicas marcantes:

- Instabilidade nas relações interpessoais: quando predominam sintomas


hipomaníacos, procuram por relações afetivas e interpessoais, querem namorar e
tratam bem seus parceiros e, quando do polo depressivo ou misto (disfóricos),
tendem a se isolar, terminar relações, cansar-se do outro e procuram ficar
sozinhos. É comum a contínua sucessão de relacionamentos de curta duração,
porém intensos, e relações que são muitas vezes construídas de forma impulsiva.

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Ciclotímico
• Os ciclotímicos geralmente vão ao psiquiatra por causa de outros problemas que
consideram clinicamente relevantes e não, pelas oscilações de humor que são
frequentemente egossintônicas, o indivíduo se acostuma com elas e as considera
parte da própria personalidade.

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Ciclotímico
SINTOMAS DEPRESSIVOS E HIPOMANÍACOS NO TRANSTORNO CICLOTÍMICO
(1) Minha habilidade de pensar varia de muito boa a muito ruim sem razão aparente.
(2) Eu constantemente mudo de animado a sem nenhum ânimo.
(3) Eu tenho mudanças repentinas no meu humor e nos níveis de energia.
(4) A forma como eu vejo as coisas às vezes é vívida, mas em outras é sem vida.
(5) Meu humor muda sem razão.
(6) Eu oscilo entre ser extrovertido e introvertido com as pessoas.
(7) Meu humor e energia estão sempre alto ou baixo, nunca meio-termo.
(8) Eu oscilo entre me sentir confiante e inseguro comigo mesmo.
(9) Minha necessidade de sono varia entre poucas horas de sono a mais de 9 horas de sono por dia.
(10) Às vezes eu vou me deitar me sentindo bem e acordo pela manhã sentindo como se a vida não valesse a pena.
(11) Eu oscilo entre gostar muito de uma pessoa e depois perder totalmente o interesse por ela.
(12) Eu às vezes me sinto feliz e triste ao mesmo tempo.

Tavares e Moreno, 2019


Características clínicas dos principais transtornos bipolares
Transtorno Bipolar Transtorno Bipolar Ciclotimia Outros transtornos
Tipo I Tipo II bipolares
Episódios de humor Episódios de mania Episódios de Sintomas Episódios depressivos
(com ou sem episódios hipomania + episódios hipomaníacos + recorrentes com
de depressão de depressão sintomas depressivos hipomanias
associados) subsindrômicas ou
marcadores de
bipolaridade
Prevalência na 1% 5% 2% 2%
população
Idade média de início 15 anos 25 anos ? ?

Sexo Masculino = feminino


Feminino › masculino Feminino › masculino Feminino › masculino
(masculino › feminino
quando apenas
episódios de mania)
Curso Fásico (episódios bem Fásico ou contínuo Contínuo Contínuo
delimitados) (variável)
Tavares e Moreno, 2019
Características clínicas dos principais transtornos bipolares

Transtorno Bipolar Transtorno Bipolar Ciclotimia Outros transtornos


Tipo I Tipo II bipolares
Risco de suicídio 15% 15% ? ?

Sintomas psicóticos Sim ou não Não Não Não

Número de episódios 10 episódios 6 episódios depressivos - ?


ao longo da vida depressivos
Ciclagem rápida 13% 30% - -

Comorbidade com 7% 15% ? ?


transtornos de
personalidade

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Ep.
Depressivo

Ep.
Hipomaníaco
“Na minha vida é tudo meio desgovernado, uma bagunça. Reajo muito forte a pequenos
problemas. Tenho momentos de descontrole em que perco as estribeiras, e momentos em
que eu me sinto a última das pessoas, entocada num canto escuro. Alguns dias de um jeito,
alguns dias de outro. Agora mesmo, terminei um noivado de dois anos, faz cinco dias. Não
aguentava mais ele!
Quero arrumar todas as minhas coisas, ser independente, mas trabalho num serviço público
e não dá muito retorno financeiro. Penso muito, mas fico perdida. Como agora, que entrei e
saí desse Facebook umas quinze vezes em sete dias.
Já recebi o diagnóstico de depressão, porque tem época que fico para baixo, sentindo que
não tenho capacidade. Então me isolo, só quero chorar... Ou dormir e comer, comer, comer...
É muito difícil controlar, até meus horários, pois à noite perco o sono e de manhã não quero
sair da cama!
Tem época que fico empolgada, acho que vou conseguir tudo, mas me perco e desisto no
meio do caminho. Aí minha válvula de escape é gastar! Estouro o cartão, perco tudo. Já
comprei cinco pares do mesmo sapato em cores diferentes. Depois desabo e penso em
morrer. Sei lá, não estou bem! Queria me sentir mais equilibrada.”
Escalas avaliativas

• Escala Clínica para Prever a Adesão ao Tratamento: Transtorno Bipolar do


Humor (ECPAT-TBH)
• Escala Administrada pelo Clínico para Avaliação de Mania (EACA-M)
• ESCALA BREVE DE FUNCIONAMENTO (FAST)
• Escala de Avaliação de Mania de Bech-Rafaelsen (EAM-BR)
• MDQ - QUESTIONÁRIO DE TRANSTORNO DO HUMOR

• https://kandelscreen.com/welcome/
Diagnóstico diferencial

• Transtorno depressivo maior.


• Outros transtornos bipolares
• TAG, TEPT, ou outros transtornos de ansiedade
• TDAH
• Transtornos de personalidade
Diagnóstico diferencial

Irritável
Hostil/Agressivo
Transtorno do Impulsivo TDAH
Humor Bipolar Inquieto
Distraído
Diagnóstico diferencial

Irritável
Transtorno do Hostil/Agressivo
Impulsivo TDAH
Humor Bipolar
Inquieto
Distraído
Diagnóstico diferencial
Transtorno do Humor Bipolar X TDAH
• Componentes que mais auxiliam no diferencial:
- humor expansivo/eufórico que é mais do bipolar. O hiperativo em geral não tem esse
humor, pelo contrário, ele tem tantas consequências negativas da hiperatividade que ele
geralmente apresenta uma tendência à depressão, baixa autoestima, auto conceito
deficitário.
- Hiperativo é hiperativo sempre, e o bipolar tem episódios.

- Complicador: na adolescência e na infância os episódios de humor tendem a ser muito


longos e fica mais difícil diferenciar.
- Em casos complexos: avaliação neuropsicológica.
Diagnóstico diferencial
Transtorno do Humor Bipolar X TDAH
• Indivíduos com THB podem ter aumento da atividade, dificuldade de
concentração e aumento na impulsividade: Características episódicas, ocorrendo
por vários dias de cada vez.
• No THB, aumento na impulsividade ou desatenção é acompanhado por humor
elevado, grandiosidade e outras características bipolares específicas.
• Crianças com TDAH podem apresentar mudanças importantes de humor em um
mesmo dia: diferente de um episódio maníaco, que deve durar quatro dias ou
mais para ser um indicador clínico de transtorno bipolar, mesmo em crianças.
• THB é raro em pré-adolescentes, mesmo quando irritabilidade grave e raiva são
proeminentes, já no TDAH é comum entre crianças e adolescentes que
apresentam raiva e irritabilidade excessivas.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

Verdadeiro ou falso?
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

1. O transtorno bipolar pode causar tanto depressão como mania.


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

2. Você pode ter sintomas de depressão e mania ao mesmo tempo.


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

3. São necessários medicamentos para controlar os sintomas do transtorno


bipolar.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

4. Tudo o que você precisa para ficar bem é tomar a sua medicação todos os
dias.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

5. Não existe nada que você possa fazer para parar a depressão ou a mania
depois que iniciam.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

6. Perda de sono pode desencadear um episódio de mania.


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

7. Para lidar com o transtorno bipolar, você tem que desistir do que é
emocionante na vida.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

8. Ter a doença normalmente significa desistir dos objetivos profissionais.


Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados

❖Verdadeiro ou falso

9. Você pode lidar com a doença sozinho. Você não precisa de ajuda.
“E então por que eu iria querer ter alguma coisa a ver com essa doença?
Porque acredito sinceramente que, em consequência dela, senti mais coisas e
com maior profundidade; tive mais experiências, mais intensas; amei mais e
fui mais amada; ri mais vezes por ter chorado mais vezes; apreciei mais as
primaveras apesar de todos os invernos; vesti a morte ‘bem junto ao corpo
como calça jeans’, aprendi a apreciá-la, e à vida, mais; vi o que há de melhor e
mais terrível nas pessoas e aos poucos aprendi os valores do afeto, da
lealdade e de ir até o fim. Conheci os limites da minha mente e do meu
coração, e percebi como os dois são frágeis e como, em última análise, são
incognoscíveis. Em depressão, engatinhei para poder atravessar um quarto e
fiz isso meses a fio. No entanto, normal ou maníaca, corri mais, pensei mais
rápido e amei mais do que a maioria das pessoas que conheço. E creio que
boa parte disso está relacionada à minha doença – à intensidade que ela
confere às coisas e à perspectiva que ela me impõe. Creio que ela me fez
testar os limites da minha mente (que, embora deficiente, está firme) bem
como os limites da minha criação, família, formação e dos meus amigos.”
(Kay Redfield Jamison – Uma mente inquieta)
Tratamento do Transtorno Bipolar

Basco e Rush., 2009


• A eficácia da TCC se baseia na força da aliança
terapêutica;
• A tarefa do clínico é não somente ajudar o indivíduo
Pontos-chave a superar os sintomas da doença e a se recuperar
das consequências psicossociais, mas também a
para o preparar-se para o inevitável retorno dos sintomas;
terapeuta • A psicoterapia é frequentemente uma força
estabilizadora na vida dos pacientes. As sessões de
lembrar terapia podem prover uma estrutura para marcar a
passagem do tempo, para monitorar progressos e
para alcançar objetivos;
• A psicoterapia que enfoca o monitoramento dos
sintomas, o estabelecimento de objetivos e a
prevenção de recaídas provê uma estrutura para o
autoaperfeiçoamento;

Basco e Rush., 2009


• Os métodos de TCC funcionam tão bem para os
terapeutas quanto para seus pacientes. Portanto,
quando sentem angústia durante as sessões, os
terapeutas devem estar atentos aos seus
pensamentos automáticos, buscar erros de
Pontos-chave pensamento e corrigir suas distorções de lógica
para o antes que eles tenham um efeito negativo no
processo terapêutico;
terapeuta • Quando o clínico supõe que as pessoas têm
lembrar habilidades de enfrentamento preexistentes para
enfrentar a doença e comunica isso verbalmente ou
por meio de ações, os pacientes recebem a
mensagem de que o clínico acredita que eles são
competentes, aptos a resolver problemas, e
inteligentes o suficiente para saber quando pedir
auxílio. Uma confirmação desse tipo acentua a
natureza colaborativa do vínculo terapêutico – o que
é indispensável na TCC.
Basco e Rush., 2009
• Objetivos do tratamento

1) educar pacientes e familiares sobre o transtorno bipolar,


seu tratamento e suas dificuldades associadas à doença;
2) ensinar métodos para monitorar a ocorrência, a gravidade
Tratamento do e o curso dos sintomas;
THB 3) facilitar a aceitação e a cooperação no tratamento;
4) oferecer técnicas não-farmacológicas para lidar com
sintomas e problemas;
5) ajudar o paciente a enfrentar fatores estressantes que
estejam interferindo no tratamento;
6) estimular a aceitação da doença.
• O tratamento dos transtornos bipolares pode ser dividido
em três momentos:
1. Fase aguda: o importante é retirar o paciente da crise.
(recuperação sindrômica) (Medicamentosa)
2. Fase profilática: o aspecto principal é auxiliar o
indivíduo a reconhecer precocemente os sintomas de
Tratamento do que um novo episódio pode estar voltando (Basco e
THB Rush, 2009). (recuperação funcional: recuperação da
autoimagem, o autoconceito, reestabelecer a relação
com a esposa que foi abandonada ou traída durante o
surto, é recuperar os filhos, é entrar no bairro e encarar
os vizinhos que presenciaram uma série de atitudes
constrangedoras feitas pelo paciente, reorganizar a vida
financeira, trabalhar as suas crenças. Nenhum remédio
faz isso) (Psicoterapia)
3. Fase de manutenção: manter o que foi conquistado, é a
continuidade, permanência no tratamento, manter
atitudes de proteção, não se expor aos riscos.
OBSTÁCULOS À ADESÃO:

• VARIÁVEIS PESSOAIS
1) Ocorre a remissão dos sintomas e não vê a necessidade de continuar
o tratamento.
Tratamento do 2) A medicação termina e não pede outra receita.
3) Nega ter um transtorno/estigma crônico associado á doença bipolar.
THB 4) Esquecimento.

• VARIÁVEIS DO TRATAMENTO
ADESÃO 1 )Efeitos secundários da medicação.
2) O programa de medicação não se ajusta ao programa pessoal do
paciente.
3) O paciente é encaminhado para outros médicos, que muda o
tratamento.

• VARIÁVEIS DO SISTEMA SOCIAL


1) Estímulos psicossociais estressantes.
2) Conselhos médicos contraditórios.
3) Discussão por parte da família ou de amigos.
4) Relatos públicos de resultados ruins com a medicação.
OBSTÁCULOS À ADESÃO:

Tratamento do • VARIÁVEIS INTERPESSOAIS


1) Relação deficiente com o terapeuta/ou com o psiquiatra.
THB 2) Contexto clínico massificado, incômodo ou desagradável.

• VARIÁVEIS COGNITIVAS
ADESÃO 1) O paciente não gosta da ideia de ter de depender dos
fármacos.
2) O paciente acredita que deveria ser capaz de controlar, por
si mesmo as mudanças e humor.
3)O paciente atribui erroneamente os sintomas do TB a outra
fonte.
4) O paciente suspeita das intenções do psiquiatra.
Estrutura das sessões
Tratamento do
THB • Revisão do humor (sintomas apresentados
durante a semana – olhar a lista de sinais e
sintomas).
Intervenções • Adesão à medicação.
• Eventos importantes.
TCC • Tarefa de casa.
• Definição da agenda.
• Direcionar para os tópicos escolhidos.
• Concluir retomando os tópicos discutidos.
• Nova tarefa de casa.
Diagrama de Conceituação cognitiva

• Fase depressiva
• Eutimia
• Fase maníaca
Tratamento do
THB • Pode-se pensar que são três pessoas totalmente
diferentes, porque ele tem crenças complemente
diferentes, ele segue regras diferentes, ele tem
estratégias diferentes, tudo diferente:
Desfiguramento de personalidade.
Avaliação cognitiva, comportamental e
interpessoal

• Déficits e excessos na vida do paciente.


Tratamento do • Além dos sintomas e histórico, como ele
interpreta os eventos.
THB • Distorções específicas dos pensamentos,
pressupostos, esquemas negativos e estratégias
compensatórias.
• Dificuldades interpessoais, falta de assertividade,
perdas de relacionamentos.
MODELO DE BASCO & RUSH

PSICOEDUCAÇÃO

ADESÃO AO TRATAMENTO
Tratamento do
THB INTERVENÇÕES COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS

PROBLEMAS PSICOSSOCIAIS

TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO (PREVENÇÃO)


Tratamento do THB

Basco e Rush., 2009


• Identificando Crenças e PAs:
Tratamento do • 1.Aderência à medicação:
THB • Quando eu falei sobre a medicação, o que veio a sua
mente?

• 2.Psicoeducando sobre THB e terapêutica:


Intervenções • Qual é a sua ideia e da sua família sobre THB?
TCC
• 3.Redução dos sintomas maníacos/ hipomaníacos:
• Reconhecer sinais precoces, regular sono e alimentação

• 4.Redução dos sintomas depressivos:


• Identificar sintomas de desesperança, desamparo e baixa
autoestima na depressão bipolar.
• Família e paciente.
Tratamento do • Sobre a TCC.
THB • Sobre o Transtorno Bipolar. (Definições
descritivas e exemplos de depressão, de mania e
do transtorno bipolar. Revisar brevemente os
aspectos biológicos dos transtornos do humor)
PSICOEDUCAÇÃO • Conversar sobre a relação entre os fatores
psicossociais, como o estresse e as recorrências
de depressão e de mania.
• Sobre a necessidade de medicação para
tratamento do THB.
Orientações gerais:

Tratamento do 1. É uma doença.


THB 2. Sintomas podem variar muito de um momento para o
outro.
3. Sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa.
PSICOEDUCAÇÃO 4. É bastante comum.
5. É crônica, ou seja, não tem “cura”.
6. Está associada a prejuízo funcional, como problemas nos
relacionamentos pessoais e faltas ao trabalho.
7. As pessoas afetadas não têm controle do que pensam ou
falam nos períodos de manifestação da doença.
Orientações gerais:

Tratamento do 8. O tratamento medicamentoso é fundamental e complexo,


pois exige duas estratégias distintas: a profilaxia (prevenção)
THB e o tratamento dos sintomas agudos.
9. O tratamento psicológico é fundamental para uma boa
evolução no longo prazo.
PSICOEDUCAÇÃO 10. A ausência de tratamento ou o tratamento irregular
podem levar a consequências mais negativas,
principalmente no longo prazo.
11. O tratamento adequado pode trazer uma vida
praticamente normal, principalmente se for introduzido de
maneira correta, nas fases iniciais da doença.
PRÓDROMOS

Tratamento do • Alteração de sono


THB • Redução injustificada da ansiedade
• Grau elevado de otimismo
• Grau elevado de sociabilização
PSICOEDUCAÇÃO
• Redução da capacidade para ouvir e da
concentração
• Elevação de comportamentos dirigidos a
objetivos
• Elevação da libido e comportamentos sedutores
Tratamento do THB
Tratamento do THB
Checar diariamente:

- Se encontrar um ou nenhum dos


itens: ok.
- Se encontrar 2 itens por 3 dias:
consultar aquela pessoa mais próxima
e tomar medidas terapêuticas (p. ex.,
reduzir o estímulo, limitar as
atividades, aumentar o tempo de
sono).
- 3 ou mais itens em 1 dia: colocar o
plano de emergência em ação
(psiquiatra: alteração da medicação).
Medidas terapêuticas para uma crise
(hipo)maníaca:

- Procurar o psiquiatra.
- Aumentar o número de horas de sono (mínimo de 10h).
- Estabelecer atividades essenciais e se é necessário
pedir ajuda.
- Atividades estimulantes não devem durar mais de
6h/dia.
- Não curar a impulsividade com exercícios físicos; quanto
mais atividade fizer, mais estimulado ficará e pior será o
episódio.
- Evitar ambientes estimulantes (boates, etc.) e procurar
ambientes relaxantes.
- Evitar bebidas estimulantes.
- Limitar os gastos (deixar outra pessoa responsável por
contas pessoais e cartões de crédito), por, no mínimo,
48h.
- Nunca tomar decisões importantes nesses momentos.
- Não se permitir “ir além” nesses momentos, “quanto
mais alto subimos, maior a queda”.
Medidas terapêuticas para uma crise depressiva:

- Procurar o psiquiatra (e, se possível, não mudar de


profissional).
- Nunca se automedicar.
- Dormir 8h/dia é o ideal nesse momento (pode ser útil
agendar atividades pela manhã): dormir mais que o
habitual pode piorar a depressão: evitar “sonecas”
durante o dia.
- Não desistir das sua atividades; tentar segui-las
normalmente, ainda que não seja a sua vontade.
- Exercícios físicos são essenciais nessa fase.
- Não tomar decisões importantes nesse período, pois
estas podem ser influenciadas por seu estado
depressivo.
- Não consumir substâncias como álcool, maconha ou
cocaína, as quais podem deixa-lo ainda mais deprimido
após algumas horas. Pode-se beber café pela manhã, a
fim de estimular o humor, desde que haja ansiedade
associada.
Medidas terapêuticas para uma crise depressiva:

- Pessimismo e inferioridade são resultado de mudanças


químicas no cérebro e não dependem exclusivamente
do paciente.
- Manter um calendário de atividades regulares: muitos
pacientes acabam dormindo cada vez mais tarde por se
sentirem melhor no período da tarde. Deve-se dormir
nos horários corretos.
- Se o paciente estiver com ideias de morte ou pensando
em fazer mal a si mesmo, ou a outros, deve-se
comunicar imediatamente o psiquiatra, e a família
também.
CARTÃO DE EMERGÊNCIA
Psiquiatra Dicas
Dr. Aaron Beck
Telefone: (83) 55555-00000 Altos
Dormir 10 h/dia
Hospital das Clínicas Evitar café
Emergência: 102 Evitar excesso de atividades
estimulantes
Posto de saúde
Bairro Geral (83) 8888-0000 Baixos
Dormir no máximo 8h/dia
Amigos próximos Ligar para Carla ou Thales
Carla (83) 99999-88888 Fazer atividade física
Thales (83) 88888-99999

Pai (83)77777-66666
Mãe (83)44444-55555
Recomendações:

Tratamento do • Como o transtorno bipolar tem uma base neurobiológica


THB muito conhecida (Basco e Rush, 2009), a manutenção da
medicação é um ponto importante a fim de aumentar as
chances de ajudar o indivíduo a se manter estável ao
longo do tempo.
PSICOEDUCAÇÃO
• O automonitoramento, produto da psicoeducação, ajuda
o paciente a identificar precocemente o surgimento de
pródromos, que são sinais de que o transtorno está
retornando. Do ponto de vista da reestruturação
cognitiva, as crenças sobre o transtorno e o desejo pela
mania também devem ser abordados.
• Tratamento Farmacológico
Tratamento do
THB Objetivos do tratamento

• Estabilizar o Humor:
PSICOEDUCAÇÃO tratar os episódios de mania, hipomania, mistos
tratar a depressão
tratar a ciclagem rápida
prevenir novas crises
Tratamento do • Tratamento Farmacológico
THB
• Tenho que tomar medicação quanto tempo?
PSICOEDUCAÇÃO • Estou bem e ainda assim preciso tomar remédio?
• Estou engordando.
• Estou impotente.
• Não é raro que as pessoas com TB tenham tido
experiências ruins com a medicação no passado,
especialmente se os seus sintomas foram tão
graves que necessitaram de uma hospitalização ou
Tratamento do um tratamento de emergência, ou se o diagnóstico
THB não estava claro no momento em que foi iniciado o
tratamento. Este tipo de experiência pode fazer
com que os pacientes tenham algumas suspeitas
sobre as intenções de seus psiquiatras e sobre a
utilidade da farmacoterapia.
Contrato de adesão: parte1

Tratamento do Eu,_______________________, estou de acordo em


THB seguir os planos de tratamento descritos a seguir:

1) Tomar 300mg de lítio três vezes ao dia (manhã, tarde


enoite).
ADESÃO 2) Tomar 1mg de Somnvit antes de me deitar para que
me ajude adormir.
3) Ir ao médico 1 vez por mês.
4) Ligar para o médico se achar que estou tendo mais
sintomas ou se pensar que é necessário mudar de
medicação. Estou de acordo de ligar antes de fazer as
mudanças por conta própria.
Técnicas Cognitivas
Tratamento do
Treinar o paciente a observar e registrar suas cognições:
THB
1.Definir Pensamento Automático.
Intervenções 2.Demonstrar a relação entre pensamento, afeto e
comportamento, usando exemplos específicos.
TCC
3.Demonstrar a presença de cognições da experiência
recente do paciente.
4.Designar experimentos para o paciente a fim de coletar
cognições.
5.Revisar os registros do paciente e fornecer retorno
concreto.
Identificando Crenças e PAs:

1.Aderência à medicação:
• Quando eu falei sobre a medicação, o que veio a sua
Tratamento do mente?
THB
2.Psicoeducando sobre THB e terapêutica:
• Qual é a sua ideia e da sua família sobre THB?
Intervenções TCC
3.Redução dos sintomas maníacos/ hipomaníacos:
• Reconhecer sinais precoces, regular sono e
alimentação

4.Redução dos sintomas depressivos:


• Identificar sintomas de desesperança, desamparo e
baixa autoestima na depressão bipolar.
Trabalhando com o Pensamento Distorcido
Tratamento do
THB ● Introduzir os conceitos de pensamento
negativa e positivamente tendencioso.
● Enfatizar como o pensamento
Intervenções tendencioso pode influenciar a
TCC interpretação dos eventos e as ações
subsequentes.
● Ajudar os pacientes a começar a associar
as alterações do humor com eventos,
padrões de pensamento e
comportamentos.
Mudanças Cognitivas na Depressão

Tratamento do • Ajudar os pacientes a monitorar e identificar os


pensamentos automáticos negativos.
THB •Ensinar os pacientes a identificar os seus erros de
pensamentos – Lista de Distorções Cognitivas.
Intervenções Pode ser utilizado o Registro de Pensamentos.
TCC •Utiliza-se para lidar com os pensamentos
negativos de:
•Busca de evidências para avaliar a validade dos
pensamentos
•Busca de explicações alternativas para os eventos
como uma maneira de combater pensamentos
automáticos negativos
Mudanças Cognitivas na Mania

Tratamento do
●Revisar os tipos de pensamentos que possam servir
THB de indicadores do início da mania (pensamentos
irritáveis, pensamentos de desejar assumir um número
maior de atividade, pensamentos de maior
Intervenções autoconfiança ou grandiosidade...)
TCC ●Treinar os pacientes para identificar alterações
positivas do humor e pensamentos associados aos
episódios maníacos ou hipomaníacos.
●Reestruturação cognitiva para as cognições distorcidas
pela hipomania.
●Ensinar métodos para avaliar os planos antes de
colocá-los em prática.
• Mudanças Cognitivas na Mania: teste de
realidade dos pensamentos
Tratamento do
THB • RPD
• Identifique os tipos de pensamentos arriscados,
hipomaníacos
Intervenções - “Sou invencível”
- “Tudo vai dar certo de algum jeito”
TCC - “Tenho que agir de acordo com os meus sentimentos”

Substitua-os por:
•Planejamento cuidadoso
•Análise dos prós e contras
•Revisão das experiências anteriores
• Mudanças Cognitivas na Mania: teste de
realidade dos pensamentos – reduzir impulsividade
Tratamento do
THB • Planejamento ativo (priorizar e reduzir).
• Priorizar as atividades.
Intervenções • Usar um período de espera reflexiva entre
pensamentos e ações, e entre as emoções e as
TCC ações.
• Nunca tomar grandes decisões na vida quando as
emoções estão mais intensas.
• Sentar e escutar; Não se isolar nem destoar; não
dominar conversações.
• Estimular controle (reconhecer situações de risco e
evitá-las).
Mudanças Cognitivas na Mania: teste de realidade dos
Tratamento do pensamentos – reduzir impulsividade
THB
Substituir padrões arriscados de pensamento por:
• Planejamento cuidadoso: Prever as possíveis consequências,
Intervenções Imaginar o que poderia dar errado, Visualizar as piores hipóteses;
• Analisar os prós e contras;
TCC
• Revisar as experiências anteriores para aprender lições;
• Abordar as Crenças Disfuncionais;
• “Quanto mais intensamente eu sinto algo, mais preciso tomar uma
atitude a esse respeito, o quanto antes melhor.”
• “Quanto mais intensamente eu me sinto mal, mais os outros são
obrigados a me ajudar e ignorar minha atuação.”
Ensaio Cognitivo
Tratamento do
THB • Imaginar o procedimento de uma tarefa a ser
realizada na imaginação.
• Prestando atenção aos detalhes de tal execução,
Intervenções neutraliza a tendência de a mente vagar.
• Sistema pré-programado para executar atarefa.
TCC
• Identificar obstáculos potenciais (cognitivos,
comportamentais ou ambientais) que impeçam a
realização da tarefa.
• Ex.: uma paciente com dificuldade de ir uma
entrevista de emprego. Fazer todo o processo na
imaginação.
Treino Assertivo e Dramatização
Tratamento do
THB • Técnicas de Modelagem
• Treinamento e ensaio Comportamental
• Dramatização: papéis representados por paciente
Intervenções e terapeuta com o objetivo de melhorar e
TCC entender melhor as relações sociais.
• Assim procura-se esclarecer cognições
autoderrotistas ou interferentes.

• Ex.: Não ser assertivo para não criar problemas.


(discutir em sessão).
Debate Socrático

Tratamento do • Quais são as evidências que apoiam essa ideia?


THB • Quais são as evidências contra essa ideia?
• Existe uma explicação alternativa?
• Qual é o pior que poderia acontecer? Eu poderia
Intervenções superar isso?
TCC • O que é o melhor que poderia acontecer?
• Qual é o resultado mais realista?
• Qual é o efeito da minha crença no pensamento
automático?
• O que eu deveria fazer em relação a isso?
• O que eu diria a um amigo) se ele ou ela estivesse
na mesma situação?
Mudança Cognitiva através de mudança
Comportamental
Tratamento do
THB • Demonstrar ao paciente que suas conclusões
negativas hipergeneralizadas estavam incorretas.
• Após mudança de comportamento mostrar que não
Intervenções perdeu suas habilidades de funcionar, mas que seu
desencorajamento e pessimismo dificultam
TCC mobilizar seus recursos para fazer o esforço
necessário.
• Fonte do problema: Erro Cognitivo: EX: “ser inapto,
fraco e desamparado”
• Importante salientar que as técnicas
comportamentais não deixam de trabalhar a
cognição do paciente.
Tarefas de Casa Gradativas
Tratamento do
THB • Reflete a prática de aumentar a possibilidade de
êxito ao se desmembrar as tarefas em passos
pequenos e exequíveis, cada um dos quais sendo
Intervenções reforçado em razão do seu próprio mérito.
TCC • Pode ser usada para ajudar os pacientes a lidar com a
inércia e enfrentar situações de ansiedade.
• Paciente e terapeuta planejam as tarefas com o
objetivo de tentar iniciá-las e não a obrigatoriedade
de cumprir toda a agenda programada.
• Ex. leitura de um texto (passo a passo: palavra, frase,
parágrafo, página, etc.)
Fase depressiva
Desenvolvimento de uma lista de razões para viver
Tratamento do
THB
Cartões de Enfrentamento
• Meus filhos me amam e ficariam abalados com minha
Intervenções morte.
• Outros (pais e amigos) também me amam.
TCC
• Quando não estou deprimido(a), há coisas na vida das
quais eu gosto.
• Quando consigo trabalhar com minha capacidade
“normal”, sou um(a) funcionário(a) valorizado(a).
• Meu médico diz que vou responder ao tratamento e
posso estar melhor dentro de algumas semanas.
Aspectos Comportamentais da Depressão

Tratamento do • Revisar os problemas comportamentais comuns


associados com a depressão.
THB •Ensinar aos pacientes técnicas para lidar com
essas dificuldades – aumento de atividades
prazerosas, retomada de interações sociais.
Intervenções TCC
Intervenção verbal em dois tempos

Tratamento do • Maneira de lidar com uma pessoa mergulhada em


THB uma crise maníaca que a impede de pensar
normalmente e ser razoável.
• Ela não conta mais com um poderoso mecanismo
Intervenções TCC psíquico de freios e contrapesos que normalmente
modulam nosso comportamento. A pessoa está
impulsiva, não consegue visualizar um leque de
alternativas e passa a exigir que se faça o que ela
quer que seja feito.
Intervenção verbal em dois tempos
Tratamento do
THB 1- Reconhecimento. Reconheça as dificuldades e as
preocupações da pessoa, ouvindo-a com calma,
respeito e atenção. Por exemplo:
Intervenções TCC
“Eu compreendo que é muito chato ser impedido de
dirigir, sobretudo diante dos motivos que você me
expôs e também porque você sempre foi um bom
motorista...”
Intervenção verbal em dois tempos
Tratamento do
THB 2- Limite. Estabeleça limites. Relembre as restrições
que visam à proteção e à segurança:

Intervenções TCC “Por outro lado, já conversamos sobre como está sua
impulsividade. A restrição quanto a dirigir, além de
temporária, é para protegê-lo e evitar acidentes. Todos
nós contamos com a sua compreensão e
colaboração!.”
Modular o afeto

Tratamento do
• Relaxamento e controle da respiração.
THB • Classificar a intensidade da emoção.
• Ensinar o paciente a observar e documentar
pensamentos e comportamentos que acompanham
Intervenções os sentimentos extremos.
TCC • Vá atrás dos esquemas que influenciam esses
pensamentos e comportamentos.
• Ensinar aos pacientes como resistir contra agir
impulsivamente com suas emoções. Institua um
período de espera.
• Ajudar o paciente a gerar e usar imagens agradáveis.
• Evocar memórias específicas e agradáveis.
• Um dos obstáculos mais frequentes para uma boa
Tratamento do comunicação é a EMOÇÃO. Esta constitui um filtro pela
qual as mensagens podem ser distorcidas.
THB
• O THB caracteriza-se por mudanças emocionais
extremas acompanhadas por mudanças na visão de si
Intervenções e dos outros. Tanto as mudanças cognitivas ou de
TCC atitudes quanto as mudanças emocionais afetarão o
envio e a recepção das mensagens: tensão e conflitos.

• O objetivo da terapia consiste em reduzir os filtros que


distorcem a comunicação de modo que o paciente
possa enviar mensagens aos outros de forma eficaz e
recebê-las sem interpretá-las mal.
Tratamento do THB
Intervenções TCC

Basco, 2013
Tratamento do THB
Intervenções TCC

Basco, 2013
Tratamento do THB
Intervenções TCC

Basco, 2013
Tratamento do THB
Intervenções TCC

Basco, 2013
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE III - Transtornos Depressivos
3.1. Sinais e sintomas
3.2. Escalas e inventários diagnósticos
3.3. TCC para Transtornos Depressivos
3.4. Formulação Cognitiva de Caso
Definições da depressão
Três níveis diferentes:

Sintomatologia

Sindrômico

Nosológico

Vázquez et. Al., 2012


Definições da depressão

Nível sintomatológico

- A depressão faz referência a


um humor decaído e triste.

Vázquez et. Al., 2012


Definições da depressão

Nível Sindrômico

A depressão implica não só a existência de um determinado humor, mas


também, uma série de sintomas concomitantes (mudanças no apetite,
problemas de sono, perda de prazer, inatividade, etc.)
Vázquez et. Al., 2012
Definições da depressão
Nível Nosológico

Os sintomas não se devem exclusivamente a outro transtorno ou


condição (por exemplo, uma reação de luto ou ideia delirante que
entristece o paciente) e, portanto, podemos falar com
propriedade de “transtorno depressivo”.

Vázquez et. Al., 2012


Transtorno depressivo não é só tristeza...

Dificuldade de sentir.

Dificuldade de chorar.

Dificuldade de expressar.
Epidemiologia

❖De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão


no Brasil está em torno de 15,5%. Segundo a OMS, a prevalência de
depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%,
isoladamente ou associada a um transtorno físico.

Ministério da Saúde
Estranheza de si
❖Eu não era assim, não sou mais eu!
❖Acordo, levanto meu cadáver, visto a armadura e vou trabalhar.
❖Estou desconectado do mundo, parado no tempo.
❖Agora eu me sinto fraco, vulnerável...
❖Perdi a confiança, encaro minhas vitórias como farsas.
❖Me sinto oco, fui comido por cupim!
❖Tenho medo de enlouquecer, de ficar que nem a minha mãe...
❖Meu Deus, não me abandone.
Mudança nos afetos e prazeres
❖Sinto uma tristeza profunda.
❖Estou de mal com o mundo, sem alegria de viver.
❖Não me animo mais com as coisas.
❖O tempo todo segurando o choro...
❖Sinto medo de tudo, medo de viver e medo de morrer.
❖Sexo?! Silêncio total no front...!
❖Me esforço, recebo meus netos, ponho a mesa, mas não é como antes...
❖Estou implicante e mal-humorado, explodindo com as pessoas.
❖Eu me irrito só de ouvir a TV ligada.
Inibição e bloqueio
❖Está tudo difícil e complicado.
❖Leio e não consigo assimilar, emburreci!
❖Me sinto amarrada, não consigo fazer nada.
❖Tenho que me arrastar para o trabalho.
❖Algo me paralisa, vivo insegura, com travas e medos.
❖Só penso em voltar atrás no negócio, isso fica martelando o tempo
todo.
❖Estou mais apagado, meio paradão...
❖Não tenho mais coragem de mexer com as plantas.
❖Carrego um monte de “eu tenho que...”, mas cadê o botão de start?
Sofrimento do corpo
❖De madrugada começa o martírio.
❖Já acordo cansado, a pata de um elefante afundando meu peito...
❖Um peso nas pernas, uma canseira nos braços...
❖Dá um nó, não consigo engolir a comida.
❖Sinto esse amargor na boca, a língua grossa, sem paladar.
❖Emagreci sete quilos, estou pele e osso!
❖O estômago embrulhado, não faz digestão...
❖Não consigo achar apoio no chão.
❖Se puder, durmo o dia todo.
Negativismo
❖Tenho esse sentimento de que sou má.
❖O tempo todo ruminando: será que vai dar certo?
❖Uma simples conta de luz já me põe a nocaute.
❖Tenho pensamentos horríveis, só penso em doença.
❖Eu me culpo pelos erros do passado.
❖Se me descobrissem um câncer, seria melhor.
❖Três dias de UTI e não morri; até nisso eu falhei.
❖A roupa bonita que vi na vitrine, parece que ela não é para mim.
❖Por que não me atiro por aquela janela?
Comportamento inusitado
❖Não tenho mais atitude, fico adiando tudo o que tenho que fazer.
❖Grudei na esposa, só durmo se ela segurar a minha mão.
❖Procuro desculpas pra não sair, não quero ver gente.
❖Faz uma semana que não lavo o cabelo.
❖Só penso em me afundar nas cobertas.
❖Para conseguir dar conta, bebo uma garrafa de vinho.
❖Estou sem freio, explodindo por qualquer coisinha...
❖Ando ríspida, impositiva, sarcástica.
❖Fico ressentido com a alegria dos outros.
❖O shopping fechando, eu sozinha no meu carro, o choro no caminho de casa...
Epidemiologia
❖De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as
principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus
acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar
quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da
vida (11,9%).
❖A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida,
mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram
prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para
os homens.

Ministério da Saúde
Epidemiologia 1996

Projeção para 2020:


depressão será responsável
❖De acordo com a OMS, a depressão situa-se emmaior
pela segunda 4º lugar
carga deentre as
principais causas de ônus, respondendo má porsaúde.
4,4% dos ônus
acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar
quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da
vida (11,9%).
❖A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida,
mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram
prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para
os homens.

Ministério da Saúde
Epidemiologia
❖Em quase todas as culturas contemporâneas que foram estudadas, as
mulheres têm maior probabilidade de sofrer de depressão do que os homens
– probabilidade duas vezes maior, em média, uma discrepância que aparece
na adolescência e desaparece em idade mais avançada. Pode haver inúmeras
razões para isso, desde as alterações hormonais femininas até o fato de que
as mulheres tendem a ter menos poder na sociedade do que os homens,
colocam maior ênfase em agradar aos outros e talvez tenham maior
inclinação para ruminação. Contudo, mulheres e homens podem obter os
mesmos benefícios com TCC e medicamentos.

Leahy, 2015
A depressão é uma
epidemia mundial
que priva as vidas
de significado
e alegria,
e pode até matar.

Leahy, 2015
Por que estamos mais deprimidos que
nunca?
❖ Aumento no individualismo.

❖ Perda da conectividade social.


Nossa cultura está marcada por cada
vez menos noção de comunidade.

❖ Mais isolados, mais solitários e


mais deprimidos.

Leahy, 2015
Fatores de risco
❖ Existem inúmeros fatores que contribuem para um risco mais elevado:
- Ficar viúvo
- Divorciar-se ou separar-se são preditores importantes de depressão
- Conflito sério no relacionamento.

❖As mulheres que vivenciam conflito em seu casamento têm uma


probabilidade 25 vezes maior de se deprimirem do que aquelas em
casamento sem conflitos, e as que têm dificuldades com seus filhos
também estão em risco aumentado.

Leahy, 2015
Fatores de risco
Teoria Diátese/Estresse de Beck
❖ Existem inúmeros fatores que contribuem para um risco mais elevado:
- Ficar viúvo Muitos tipos de experiência podem
ativar os esquemas depressivos, mas
- Divorciar-se ou separar-se são preditores importantes de depressão
principalmente aquelas que são
- Conflito sério no relacionamento. estressoras.

❖As mulheres que vivenciam conflito em seu casamento têm uma


probabilidade 25 vezes maior de se deprimirem do que aquelas em
casamento sem conflitos, e as que têm dificuldades com seus filhos
também estão em risco aumentado.

Leahy, 2015
Fatores de risco

❖Estar desempregado também é um fator: para muitos, desemprego


significa não só uma perda de renda, mas também uma perda de
identidade, de contato e de sentimento de realização.
❖O desemprego não precisa conduzir à depressão; mas se você está
deprimido, tende a encará-lo a partir de uma perspectiva negativa –
como um sinal de vergonha, de fracasso e de impotência.

Leahy, 2015
Fatores de risco
Fatores de estresse que
❖Estar desempregado também é umexperimentamos
fator: para muitos,
interagemdesemprego
com
significa não só uma perda de renda,vulnerabilidades
mas também uma perda de
cognitivas
identidade, de contato e de sentimento de estimulando
específicas, realização.a ocorrência
da depressão.
❖O desemprego não precisa conduzir à depressão; mas se você está
deprimido, tende a encará-lo a partir de uma perspectiva negativa –
como um sinal de vergonha, de fracasso e de impotência.

Leahy, 2015
Dados
Quanto tempo dura a depressão?

❖Risco de recorrência
- Aumenta na razão de 16% a cada
novo episódio de TDM.
- Diminui à medida que o paciente
for capaz de permanecer bem por
um período maior.

Leahy, 2015
Dados
Isso é só depressão?

❖75% das pessoas com depressão sofrem de outro problema psicológico.


❖59% também tem transtornos de ansiedade.
❖24% também têm transtornos causados por abuso de substâncias.
❖Indivíduos deprimidos têm cinco vezes mais probabilidade de abuso de
drogas.

Leahy, 2015
• A depressão e a bipolaridade são
transtornos com etiologia multifatorial
(APA, 2014; Beck e Bredemeier, 2016).
Acredita-se que existam fatores
biológicos (risco genético e variáveis
neuroquímicas), psicológicos (crenças e
distorções cognitivas características) e
sociais (estressores ambientais e sociais)
que contribuem para o
desenvolvimento dessas doenças.
Transtornos Depressivos
❖Já tive pacientes com Transtorno Depressivo? Qual foi minha maior
dificuldade?

https://www.menti.com/etay7frean
Transtornos Depressivos
❖Transtorno disruptivo da desregulação do humor
❖Transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior)
❖Transtorno depressivo persistente (distimia)
❖Transtorno disfórico pré-menstrual
❖Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento
❖Transtorno depressivo devido a outra condição médica
❖Outro transtorno depressivo especificado (outros diagnósticos menores)
❖Transtorno depressivo não especificado

APA, 2014
Transtornos Depressivos

❖Transtorno disruptivo da desregulação Presença


Semelhanças: do humor de humor triste, vazio
❖Transtorno depressivo maior
ou (incluindo episódio depressivo
irritável, acompanhado maior)
de alterações
❖Transtorno depressivo persistente
somáticas e cognitivas que afetam
(distimia)
significativamente a capacidade de
❖Transtorno disfórico pré-menstrual
funcionamento
❖Transtorno depressivo induzido por do indivíduo.
substância/medicamento
Diferenças: aspectos de duração,
❖Transtorno depressivo devido a outra condição médica
momento ou
etiologia presumida.
❖Outro transtorno depressivo especificado (outros diagnósticos menores)
❖Transtorno depressivo não especificado

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior

❖Representa a condição clássica desse grupo de


transtornos.
❖Caracterizado por episódios distintos de pelo menos duas
semanas de duração, embora a maioria dos episódios
dure um tempo consideravelmente maior.
❖Envolve alterações nítidas no afeto, na cognição e em
funções neurovegetativas, e remissões interepisódicas.
❖O diagnóstico baseado em um único episódio é possível,
embora transtorno seja recorrente na maioria dos casos.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
A palavra maior não é para designar
uma depressão terrível ou do pior tipo
possível; é apenas uma distinção.
❖Representa a condição clássica desse grupo de
Dentro do Transtorno Bipolar pode ser
transtornos. chamada de Depressão Bipolar, e de
❖Caracterizado por episódios distintos deDepressão
pelo menosUnipolar nos casos em que
duas
semanas de duração, embora a maioria nunca
doshouve episódio de mania ou
episódios
hipomania.
dure um tempo consideravelmente maior.
❖Envolve alterações nítidas no afeto, na cognição e em
funções neurovegetativas, e remissões interepisódicas.
❖O diagnóstico baseado em um único episódio é possível,
embora transtorno seja recorrente na maioria dos casos.

APA, 2014
Diferenças clínicas entre depressão bipolar e unipolar
Sintomas Bipolar Unipolar
História familiar de transtorno bipolar +
ou dependência química.
-
Idade de início
‹ 30 anos › 30 anos
Modo de início Abrupto Insidioso
Comorbidade com TDAH + -
Duração dos episódios
‹ 6 meses › 6 meses
Número de episódios depressivos Muitos Poucos
prévios
Sintomas depressivos mais comuns Humor lábil ou misto Humor deprimido e energia
Sintomas no sono Excesso de sono Falta de sono
Sintomas no apetite Aumento de apetite Falta de apetite
Outros sintomas depressivos Atípicos, psicóticos, culpa patológica Sintomas vegetativos

Tavares e Moreno, 2019


Transtorno Depressivo Maior

❖Atenção especial: diferenciação da tristeza e do luto normais em relação a


um episódio depressivo maior. O luto pode induzir grande sofrimento, mas
não costuma provocar um episódio de transtorno depressivo maior.
❖Quando ocorrem em conjunto, os sintomas depressivos e o prejuízo
funcional tendem a ser mais graves, e o prognóstico é pior comparado com
o luto que não é acompanhado de transtorno depressivo maior.
❖A depressão relacionada ao luto tende a ocorrer em pessoas com outras
vulnerabilidades a transtornos depressivos, e a recuperação pode ser
facilitada pelo tratamento com antidepressivos.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
LUTO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

• Sentimentos de Vazio e Perda • Incapacidade de antecipar prazer ou


●“Dores do luto” felicidade
●Emoções e humor positivo podem •Humor deprimido persistente
acontecer •Infelicidade e angustia generalizadas
●Preocupações com pensamentos e •Ruminações autocríticas e pessimistas
lembranças do falecido •Sentimentos de desvalia e aversão a si
●Autoestima preservada mesmo
●Morte como forma de “se unir” ao falecido •Acabar com a vida pela desvalia ou
incapacidade de suportar a dor da depressão

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Procedimentos para codificação e registro
Especificador da gravidade/curso Episódio único Episódio recorrente
Leve 296.21 (F32.0) 296.31 (F33.0)
Moderada 296.22 (F32.1) 296.32 (F33.1)
Grave 296.23 (F32.2) 296.33 (F33.2)
Com características psicóticas 296.24 (F32.3) 296.34 (F33.3)
Em remissão parcial 296.25 (F32.4) 296.35 (F33.41)
Em remissão completa 296.26 (F32.5) 296.36 (F33.42)
Não especificado 296.20 (F32.9) 290.30 (F33.9)

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Procedimentos para codificação e registro Sempre que houver presença de ideia
Especificador da gravidade/curso suicida,
Episódioestamos
único falando derecorrente
Episódio um
quadro grave. Sempre!
Leve 296.21 (F32.0) 296.31 (F33.0)
Moderada 296.22 suicida
Ideação (F32.1) é grave: prioridade
296.32 (F33.1)

Grave tem que(F32.2)
296.23 estar vivo para fazer(F33.2)
296.33 as
outras metas que se quer fazer com
Com características psicóticas 296.24
ele. (F32.3) é manter296.34
A prioridade (F33.3)
o paciente
Em remissão parcial vivo.
296.25 (F32.4) 296.35 (F33.41)
Em remissão completa 296.26 (F32.5) 296.36 (F33.42)
Não especificado 296.20 (F32.9) 290.30 (F33.9)

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido
ou (2) perda do interesse ou prazer.
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por
relato subjetivo ou observação feita por outros. Nota: Em crianças e
adolescentes, pode ser humor irritável interesse ou prazer acentuadamente
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
atividades.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido
ou (2) perda do interesse ou prazer.
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por
relato subjetivo ou observação feita por Esta regra por vezes engana, porque
outros. Nota: Em crianças e
algumas
adolescentes, pode ser humor irritável interesse oupessoas
prazerpassam por períodos
acentuadamente
tão longos de depressão que isso
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
passou a ser o seu estado normal e
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
atividades. elas esqueceram de como eram.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Humor deprimido, triste,
Critérios diagnósticos desesperançado, desencorajado ou
“na fossa”, vazio, sem sentimentos ou
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes
com sentimentos durante
ansiosos. Alguns o
mesmo período de 2 semanas e representam umaqueixas
enfatizam alteração a partir
somáticas em vezdo
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humordedeprimido
de relatar sentimentos tristeza.
ou (2) perda do interesse ou prazer. Humor triste não regride mesmo que
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos
algo bom os dias,ouindicado
aconteça; tem humor por
relato subjetivo ou observação feita por outros.reativo, seNota:
animamEm crianças
enquanto um e
adolescentes, pode ser humor irritável interesse
eventoou prazer
ocorre, acentuadamente
e quando termina, o
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
humor rapidamente volta ao estado
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
deprimido.
atividades.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Menor interesse por passatempos,
“não se importar mais” ou falta de
Critérios diagnósticos
prazer com qualquer atividade
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram anteriormente considerada
presentes durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma prazerosa. alteração a partir do
A depressão
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é maior é vivenciada
(1) humor deprimido
ou (2) perda do interesse ou prazer. principalmente como uma mudança
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quasena emoçãotodose noosdesejo.
dias, Se você estápor
indicado
relato subjetivo ou observação feita por outros.feliz e temNota:
outros sintomas de
Em crianças e
depressão
adolescentes, pode ser humor irritável interesse maior, apresenta
ou prazer maior
acentuadamente
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
probabilidade de ter outro problema,
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídoscomo por
umatodas
disfunção
ou na tireóide
quase ou as
todas
atividades. um diabetes sem controle adequado,
ou um vírus.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos

(3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, ou diminuição


ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar
falha em apresentar os ganhos de peso esperados.
(4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
(5) Agitação ou retardo psicomotor quaseAlgunstodosrelatam
os dias (observáveis
precisar por
se esforçar para
outros, não meramente sensações subjetivas se de inquietação
alimentar. ou de comer
Outros podem estar mais
mais
lento). ou demonstrar avidez por alimentos
específicos.
(6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
Insônia: intermediária ou terminal;
(3) Perda ou ganho significativo de peso semestar em mais raro: inicial.
dieta, ou diminuição
ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar
falha em apresentar os ganhos de peso esperados.
(4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
(5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por
outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais
lento).
(6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior Incapacidade de ficar sentado quieto, ficar
andando sem parar, agitar as mãos, puxar ou
esfregar a pele, roupas ou outros objetos.
Critérios diagnósticos Retardo psicomotor: discurso, pensamento ou
movimentos corporais lentificados, maiores
(3) Perda ou ganho significativo de pesopausas
sempara responder;
estar em dieta,fala diminuída em
ou diminuição
ou aumento do apetite quase todos termos
os dias.de volume,
Nota: Em quantidade ou variedade
crianças, de
considerar
falha em apresentar os ganhos de peso esperados. conteúdos, ou mutismo.

(4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias.


(5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por
outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais
lento).
(6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos

(3) Perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta, ou diminuição


ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar
falha em apresentar os ganhos de peso esperados.
(4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
Fadiga persistente sem esforço físico.
(5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por
Diminuição na eficiência para realizar tarefas.
outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais
lento).
(6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros)
Avaliações irrealistas e negativas do próprio
(9) pensamentos de morte recorrentes (nãovalor, apenas medo decheias
preocupações morrer), ideação
de culpa ou
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa
ruminações de pequenos
acerca de suicídio fracassos
ou planodo
específico para cometer suicídio. passado. Sentimento de desvalia.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
Distração, dificuldades de memória.
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva
Desejo deounão
inadequada (que
acordar, crença pode
de que os ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente) outros estariam melhor se estivesse morto,
pensamentos e planos de suicídio.
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior.
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas por
um desastre natural, uma doença médica grave ou incapacidade) podem incluir os
sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite
e perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio
depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados
apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta
normal a uma perda significativa, também deve ser cuidadosamente considerada.
Essa decisão requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico baseado na
história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no
contexto de uma perda.*

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Prevalência

❖7% com acentuadas diferenças por faixa etária.


❖ A prevalência em indivíduos de 18 a 29 anos é três
vezes maior do que a prevalência em indivíduos
acima dos 60 anos.
❖O sexo feminino experimenta índices 1,5 a 3 vezes
mais altos do que as do masculino, começando no
início da adolescência, porém não existem
diferenças claras entre os gêneros em sintomas,
curso, resposta ao tratamento ou consequências
funcionais.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Desenvolvimento e curso

❖Pode aparecer pela primeira vez em qualquer idade: a probabilidade de


início aumenta sensivelmente com a puberdade.
❖Pico: na década dos 20 anos. Surgimento na idade avançada não é
incomum.
❖Curso variável: alguns raramente experimentam remissão (dois meses ou
mais sem sintomas ou apenas 1 ou 2 sintomas), enquanto outros
experimentam muitos anos com poucos ou nenhum sintoma entre
episódios discretos.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Desenvolvimento e curso

❖Importante: distinguir os indivíduos que se apresentam para tratamento


durante uma exacerbação de uma doença depressiva crônica daqueles
cujos sintomas se desenvolveram recentemente. A cronicidade dos
sintomas depressivos aumenta de modo substancial a probabilidade de
transtornos de personalidade, ansiedade e abuso de substâncias e diminui a
probabilidade de que o tratamento seja seguido pela resolução completa
dos sintomas. Investigar com o indivíduo o último período de pelo menos
dois meses durante os quais estiveram inteiramente livres de sintomas
depressivos.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Desenvolvimento e curso

❖Recuperação: 2/5 começa a se recuperar dentro de três meses após o início


e 4/5 um ano após o início. O início recente é um forte indicador da
probabilidade de recuperação em curto prazo. Indivíduos que estiveram
deprimidos por apenas alguns meses se recuperam espontaneamente.
❖Recorrência: risco se torna menor ao longo do tempo, à medida que
aumenta a duração da remissão. O risco é maior em indivíduos cujo episódio
anterior foi grave, em indivíduos mais jovens e naqueles que já
experimentaram múltiplos episódios. A persistência dos sintomas, mesmo
leves, durante a remissão é um forte preditor de recorrência.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
• Entendimento dos quadros depressivos: a imensa
maioria dos transtornos mentais tem uma etiologia, uma
causa multifatorial, não se fala de um único fator, mas
um conjunto de fatores: biológicos, psicológicos, sociais
e outras variáveis que podem impactar na saúde do
indivíduo levando-o a ter um episódio depressivo e assim
por diante.

• As influências destes fatores são importantes para que se


possa pensar em modelos de intervenção que permitam
atacar todas estas esferas. Para poder ter um maior
sucesso tenho que pensar em outras variáveis também.
Transtorno Depressivo Maior
Risco de suicídio
❖O risco de tentativas suicídio é maior em mulheres,
embora o risco de suicídio completo seja mais baixo:
mulheres tentam mais, mas tentam métodos menos
efetivos.
❖A possibilidade de comportamento suicida existe
permanentemente durante os episódios depressivos
maiores.
❖A maioria dos suicídios completados não é precedida
por tentativas sem sucesso.
❖Risco aumentado de suicídio completado: sexo
masculino, ser solteiro ou viver sozinho e ter
sentimentos proeminentes de desesperança.
APA, 2014
Filme: Cachorro Preto
283
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)

❖A característica essencial do transtorno depressivo


persistente (distimia) é um humor depressivo que
ocorre na maior parte do dia, na maioria dos dias,
por pelo menos dois anos, ou por pelo menos um
ano para crianças e adolescentes.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)

Características diagnósticas
❖Forma mais crônica de depressão, pode ser diagnosticada quando a
perturbação do humor continua por pelo menos dois anos em adultos e um
ano em crianças.
❖Depressão maior pode preceder o transtorno depressivo persistente, e
episódios depressivos maiores podem ocorrer durante o transtorno
depressivo persistente.
❖Indivíduos cujos sintomas satisfazem os critérios para transtorno depressivo
maior por dois anos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo
persistente, além de transtorno depressivo maior.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)

Características diagnósticas

❖Humor: triste ou “na fossa”.


❖Investigação cuidadosa dos
sintomas, que se de origem
precoce, podem não ser relatados
– “Sempre fui assim”.

APA, 2014
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)

Desenvolvimento e curso

❖Com frequência apresenta início precoce e


insidioso (na infância, na adolescência ou no
início da fase adulta) e, por definição, um
curso crônico: maior probabilidade de
transtornos da personalidade e de
transtornos por uso de substâncias
comórbidos.

APA, 2014
Objetivos Gerais da Avaliação

Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Exploração de sintomas Identificação e exploração de sintomas


depressivos emocionais, motivacionais,
cognitivos, comportamentais e somáticos

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação

Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Diagnósticos Trata-se de um transtorno depressivo?


Trata-se de um quadro provocado por
medicamentos, substâncias psicoativas ou por
uma doença física?

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação

Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Consequências no Mal-estar subjetivo


funcionamento psicossocial Relações interpessoais
Área socioprofissional
Lazer e tempo livre
Grau de incapacidade

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação
Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Análise da demanda Motivo de consulta expresso.


Lista de problemas e análise descritiva deles:
intensidade, frequência, duração.
Atribuição causal do problema.
Lócus de controle sobre o problema.
Motivação para a mudança.
Soluções anteriores tentadas.
Expectativas de mudança.
Vazquez et al, 2012
Objetivos Gerais da Avaliação
Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Histórico do problema Duração do problema.


Episódios anteriores e recaídas.
Tratamentos anteriores.
Possíveis razões de fracassos/sucessos
terapêuticos anteriores.

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação
Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Análise de fatores Acontecimentos vitais estressantes.


associados ao início e/ou Estímulos estressantes crônicos.
manutenção do problema Mudança de vida.
Fatores de vulnerabilidade.
Antecedentes próximos e remotos dos
problemas psicológicos, sociais e biológicos.

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação
Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Características do paciente e Estilo de enfrentamento habitual aos problemas.


de seu contexto relevantes Nível de resistência ou autodeterminação.
para a compreensão e Estilo interpessoal. Habilidades sociais.
tratamento do caso Recursos positivos (aspectos funcionais).
Rede social e apoio social percebido.

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação
Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Formulação de caso e Integração da informação obtida com modelos


entrevista de devolução psicopatológicos da depressão.
Contraste da formulação com o paciente por
meio de devolução estruturada, resumida e
compreensível.
Proposta de tratamento.

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação

Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Avaliação do processo Consecução de objetivos.


terapêutico

Vazquez et al, 2012


Objetivos Gerais da Avaliação
Objetivos da avaliação Áreas a avaliar/trabalhar

Avaliação da eficácia do Dificuldades surgidas no processo de tratamento.


tratamento Manutenção e generalização das mudanças
conseguidas em terapia.

Vazquez et al, 2012


Características Clínicas
Nível de análise Características

- Falta de autocuidado e asseio pessoal.


A nível - Agitação ou retardo psicomotor.
comportamental - Choro.
- Agressividade verbal e/ou física, comportamentos suicidas.
- Comportamentos de esquiva diante de tarefas cotidianas e/ou interações
sociais.
- Estratégias inadequadas de manejo de emoções (beber).
- Linguagem: verbalizações constantes sobre seus problemas, dificuldades
e sintomas; diminuição da comunicação.
- Esfera corporal: postura caída, abatida, voz apagada.
- Esfera interpessoal: isolamento, solidão, passividade, comportamentos
submissos nas relações com os outros, busca de validação externa,
atividades de lazer reduzidas.
Vazquez et al, 2012
Características Clínicas
Nível de análise Características

- Pensamentos automáticos negativos (acerca de si, dos outros e do


A nível cognitivo futuro).
- Crenças distorcidas.
- Percepção alterada do grau de responsabilidade nos acontecimentos:
lócus de controle externo sobre os acontecimentos negativos ou alta
responsabilidade pessoal (culpa).
- Desvios de atenção e de memória (atenção e abstração seletiva para
aspectos negativos, dificuldades na recuperação de lembranças positivas).
- Ideação suicida.
- Dificuldade de concentração e problemas de memória.

Vazquez et al, 2012


Características Clínicas
Nível de análise Características

- Alteração do sono (insônia ou hipersonia).


A nível - Alterações no apetite (excessivo ou reduzido).
psicofisiológico - Diminuição do desejo sexual.
- Males físicos.

Vazquez et al, 2012


Características Clínicas
Nível de análise Características

- Emoções negativas: tristeza, desamparo. Desesperança, rancor,


A nível emocional autodesprezo, frustração, fracasso, vazio, vergonha, irritação, tédio, afeto
e motivacional embotado.
- Anedonia (incapacidade para expressar emoções positivas).
- Ausência de reatividade perante recompensas/reforçamentos.
- Abulia (dificuldade para iniciar tarefas/atividades, diminuição do interesse
social, do interesse por atividades de lazer, etc.
- Anergia, fadiga.

Vazquez et al, 2012


Inventários e Escalas Diagnósticas
❖A ausência de marcadores biológicos consistentes faz com
que a maioria dos diagnósticos psiquiátricos se baseie na
presença de síndromes e sintomas clínicos.
❖Para fechar um diagnóstico é preciso considerar a
presença ou a ausência de uma série de características
clínicas do transtorno depressivo: presença padrão de
sinais e sintomas, sua duração e seu curso.
❖As escalas de avaliação ajudam a quantificar e estimar a
gravidade dos sintomas de um paciente já diagnosticado
com depressão. Devem ser consideradas como estimativas
aproximadas.
Inventários e Escalas Diagnósticas

EXEMPLOS DE ESCALAS DE AVALIAÇÃO DE DEPRESSÃO


SATEPSI
BDI - II Inventário de Depressão de Beck
EBADEP A - Escala Baptista de Depressão (versão adulto)
Inventário de Ansiedade Beck (BAI)
Escala de Desesperança Beck (BHS)
Escala de Ideação Suicida Beck (BSI)
Escala de Pensamentos Depressivos (EPD)
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Inventário de Depressão de Beck (BDI)
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Inventário de Depressão de Beck (BDI)
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Escala Baptista de Depressão
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Escala Baptista de Depressão
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Escala Baptista de Depressão
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Escala Baptista de Depressão
Inventários e Escalas Diagnósticas
❖ Escala Baptista de Depressão
Inventários e Escalas Diagnósticas
Outras...
Inventários e Escalas Diagnósticas
Outras...
Inventários e Escalas Diagnósticas
Outras...
Inventários e Escalas Diagnósticas
Outras...
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo

❖O modelo cognitivo parte da premissa de que a cognição, o comportamento


e a bioquímica são todos componentes importantes dos transtornos
depressivos – são níveis diferentes de análise.
❖Cada abordagem de tratamento tem seu próprio “foco de conveniência”. O
farmacoterapeuta intervém em nível bioquímico. O terapeuta cognitivo
intervém nos níveis cognitivo, afetivo e comportamental.
❖Quando alteramos cognições depressivas, mudamos simultaneamente o
humor característico, o comportamento e, como sugerem algumas evidências,
a bioquímica da depressão.

Young et al, 2009


Depressão e TCC
Modelo Cognitivo

A depressão como resultante de hábitos de pensamentos extremamente


arraigados, que juntamente com crenças distorcidas levam a humor e
comportamentos negativos.


Depressão decorrente das próprias cognições e esquemas cognitivos
disfuncionais: os pacientes com depressão acreditam e agem como se as coisas
estivessem piores do que realmente são.

Young et al, 2009


Depressão e TCC
Modelo Cognitivo de Beck

Se consideram Sufocante, com


inúteis, obstáculos
inadequados, não insuperáveis,
amáveis e resultando em
deficientes. fracasso e perda.

INDIVÍDUO

COGNIÇÕES
SI MESMO NEGATIVAS MUNDO

Sem esperança. Seus esforços


não serão suficientes para mudar
o rumo insatisfatório da sua vida.
Ideação suicida e tentativas reais
FUTURO de suicídio.
Young et al, 2009
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo de Beck Esquema negativo: Eu
não consigo fazer nada
bem!

Eu não mereço
Meus colegas me
estar aqui.
acham estúpido.
INDIVÍDUO

COGNIÇÕES
SI MESMO NEGATIVAS MUNDO

Eu serei
FUTURO reprovado.
Young et al, 2009
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo
Si mesmo
“...Não sei se vale a pena o investimento na minha pessoa... Acho que nada vale a pena e que minha
vida não tem jeito... Perdi a fé em mim... Nunca mais tinha me sentido tão feia e desleixada... E gorda...
Nunca me sinto adequada... Estou péssima, desnorteada, sem chão... Me sinto pior do que uma
prostituta. Já cheguei a me sentir tão desvalorizada, humilhada, um nada, como elas... Me sinto
culpada... Perdi o norte, o rumo, me sinto à deriva.”

Mundo
“Minhas colegas me decepcionaram Futuro
profundamente... Me sinto como uma criança
assustada que se perdeu dos pais numa cidade
estranha... A vida de todos que conheço
acontece e a minha parece que congelou... “...Juntando ao sentimento de que eu não vou
Meus encontros afetivos são horríveis. conseguir vencer e que não adianta nada eu
Ninguém permanece comigo... Fora o fato de lutar... Tenho medo do meu futuro! Tenho
estar aqui neste apartamento... Que aumentou medo de acabar só e na miséria! Meus sonhos
muito as despesas... Me sinto moralmente talvez nunca aconteçam... Tenho medo de ficar
sem ter com quem contar. Até minha mãe está em busca de um homem que eu ame e que me
impaciente comigo.” ame, o qual nunca virá.”
Visão de si:
- - Sou vulnerável; Sou solitário; Sou defeituoso;
Não sou amado; Sou incompetente para me
relacionar com as pessoas.
- + Sou inteligente; Sou esforçado.

Tríade Cognitiva: Visão dos Outros/Mundo:


- - As pessoas abandonam; Os outros são
Visão de si
perigosos; As pessoas machucam.
Visão dos Outros/Mundo - + Meu pai se preocupa comigo.
Visão do futuro
Visão do futuro:
- - O futuro depende de como me tratam; O futuro
é assustador.
- + Serei um bom profissional; Poderei ajudar as
pessoas.

Piccoloto e Wainer, 2011


Depressão e TCC
Modelo Cognitivo

❖Modelo Vulnerabilidade Cognitiva - Estresse

• Beck propõe a hipótese de vulnerabilidade cognitiva como a pedra fundamental do novo


modelo.
• Depressivos “sofrem” de uma vulnerabilidade cognitiva que os levam a cometer três erros
de processamento:
a. Sistematicamente distorcem o processamento do real, aplicando um viés negativo.
b. Processam seletivamente certos recortes do real que combinam com sua negatividade,
descartando outros.
c. Uma vez cometida uma distorção, depressivos resistem à desconfirmação.
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo

❖Categorias e premissas (não é um pensamento, é uma forma de entender o


mundo)

1. "Para ser feliz devo ser aceito por todas as pessoas".


2. "Para ser feliz devo obter sucesso em tudo que faço".
3. "Se eu errar, isso significa que sou incapaz".
4. "Não posso viver sem uma outra pessoa".
5. "Se alguém discorda de mim, isso significa que não gosta de mim".
6. "Meu valor como pessoa depende do que os outros pensam de mim".
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo

❖Categorias e premissas (não é um pensamento, é uma forma de entender o


mundo)
As premissas estão
vinculadas às crenças, aos
1. "Para ser feliz devo ser aceito por todas as pessoas".
nossos esquemas mentais e
2. "Para ser feliz devo obter sucesso em tudo que faço".
darão origem às distorções
3. "Se eu errar, isso significa que sou incapaz".
cognitivas, que estão
4. "Não posso viver sem uma outra pessoa". vinculadas aos
pensamentos.
5. "Se alguém discorda de mim, isso significa que não gosta de mim".
6. "Meu valor como pessoa depende do que os outros pensam de mim".
Depressão e TCC
Distorções Cognitivas

❖As distorções cognitivas, são como erros sistemáticos na percepção e no


processamento de informações, ocupando lugar central na depressão. As
pessoas com depressão tendem a estruturar suas experiências de forma
absolutista e inflexível, o que resulta em erros de interpretação quanto ao
desempenho pessoal e ao julgamento das situações externas.
❖As distorções decorrem de regras e pressupostos, que são padrões estáveis
adquiridos ao longo da vida do indivíduo com depressão. Essas regras e
crenças são sensíveis à ativação de fontes primárias como o estresse e
frequentemente levam a estratégias interpessoais ineficazes.

Beck, 2013
Depressão e TCC
Distorções Cognitivas

❖As distorções cognitivas mais comuns nos pacientes deprimidos são:


- inferência arbitrária (conclusão antecipada e com poucas evidências);
- abstração seletiva (tendência da pessoa a escolher evidências de seu mau
desempenho);
- supergeneralização (tendência a considerar que um evento ou desempenho
negativo ocorrerá outras vezes); e
- personalização (atribuição pessoal geralmente de caráter negativo).

Beck, 2013
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo
❖Pacientes deprimidos distorcem constantemente suas interpretações de eventos,
de forma que mantêm visões negativas de si mesmos, do ambiente e do futuro: São
os pensamentos distorcidos, ideias e imagens a base dos sintomas da depressão.

❖Qualquer detalhe é usado para confirmar a sua crença, não interessa uma
justificativa plausível, o contato com a realidade.

❖A capacidade de questionamento na depressão vai estar totalmente comprometida


e isso vai fazer com que o indivíduo faça interpretações cada vez mais negativas do
que ele deveria ser, fazer, ter... vai gerar interpretações negativas sobre aquele fato.

❖A terapia cognitiva busca tratar a depressão a partir do entendimento de que os


sintomas são o resultado de distorções cognitivas, isto é, de um modelo cognitivo
disfuncional.
Young et al, 2009
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo

• Profecia autorrealizável: indivíduo acaba agindo de maneira a confirmar suas


crenças. O padrão comportamental do paciente depressivo está diretamente
ligado à manutenção das crenças autodepreciativas que distorcem os
aspectos importantes do mundo, das coisas ao seu redor e também do futuro.
• O paciente deprimido elabora sua experiência de maneira negativa e antecipa
resultados desfavoráveis para seus problemas. Esta forma de interpretar os
eventos e as expectativas funcionam como uma espécie de propulsor de
comportamentos depressivos que, por sua vez, ratificam, após nova
interpretação, os sentimentos pessoais de inadequação, baixa autoestima e
desesperança.

Young et al, 2009


Pensamento
“Eu penso”

Correlação e não
causalidade

Comportamento Emoção
“Eu faço” “Eu sinto”
COMPORTAMENTO

EMOÇÃO

-------------------------------------------------
Visão de si
SITUAÇÃO PENSAMENTOS Visão do mundo
AUTOMÁTICOS
-------------------------------------------------
Visão do futuro

CRENÇAS Crença básica disfuncional


INTERMEDIÁRIAS

CRENÇAS CENTRAIS Esquemas


(representação verbal do Experiências de vida relevantes
esquema)
Modelo Cognitivo
Hipóteses fundamentais:

1. Hipótese da vulnerabilidade cognitiva (processa evidências que combinam com a


sua negatividade);
2. hipótese da negatividade (aumento do pensamento negativo autorreferente).
3. Hipótese da primazia das cognições;
4. Hipótese da especificidade do conteúdo cognitivo; (perfil cognitivo típico na
depressão);
5. Modelo cognitivo de diátese-estresse.
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

❖O eixo central da TCC para o tratamento da depressão consiste em modificar


as crenças desadaptativas que geram estes pensamentos distorcidos,
ocasionando comportamentos disfuncionais e emoções negativas.

❖As emoções e o comportamento do paciente deprimido são mantidos através


dos pensamentos e crenças disfuncionais. Assim, os pacientes agem e
acreditam que as coisas estão sendo piores do que realmente são, partindo
de erros cognitivos que processam sua mente.

Rodrigues e Horta, 2011


Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
❖A Conceitualização Cognitiva está baseada nos dados que o paciente apresenta, nas próprias
palavras dele. Deve-se considerar as hipóteses como provisórias até que sejam confirmadas pelo
paciente.
❖Ajuda a entender
- como as experiências anteriores contribuíram para o desenvolvimento de crenças nucleares
sobre si, o seu mundo e os outros.
- Como desenvolveu determinados pressupostos ou regras de vida para ajuda-lo a enfrentar suas
crenças nucleares dolorosas.
- Como esses pressupostos levaram ao desenvolvimento de estratégias de enfrentamento ou
padrões de comportamento que podem (ou não) ter sido adaptativos naquele momento, mas
que já não são mais adaptativos em muitas situações.
❖Vai sendo aprimorada e reavaliada durante todo o tratamento, só estará concluída com o término
deste.

Beck, 2013
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

❖Formulação de caso: processo individualizado que busca compreender a


natureza, as fontes, os fatores de manutenção e os fatores de atenuação das
dificuldades das pessoas.

❖Precisa estar inserida no contexto atual e passado da pessoa e deve ser


baseada em um entendimento das funções das emoções, dos
comportamentos e dos pensamentos dessa pessoa.

Gilbert, 2019
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

❖O significado de uma depressão em alguém que, pelo menos na superfície,


parece ter um casamento e um emprego relativamente bons é bem diferente
de uma depressão no contexto de pobreza e violência doméstica ou de abuso
sexual infantil anterior.

❖Embora ambas as pessoas possam ter sintomas e crenças similares de “ser


fraco e um fracasso” quando deprimidas, suas crenças podem ter origens e
funções muito diferentes.

Gilbert, 2019
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

❖A TCC não é mostrar às pessoas que elas estão sendo irracionais ou erradas
em seu pensamento, mas investigar como e onde elas ficaram presas e
envolvidas em maneiras compreensíveis, mas inúteis de tentar, da melhor
maneira que podem, entender seus problemas e ficar (ou permanecer)
seguras.

❖As pessoas com frequência desenvolvem crenças em torno de


comportamentos de segurança que fortalecem, em vez de testar ou
enfraquecer, essas crenças.

Gilbert, 2019
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

❖Comportamentos de segurança são entrincheirados por:

1- benefícios/reforços de curto prazo experimentados (por exemplo, alívio); e


2- crenças que os mantêm.

Os comportamentos e estratégias de segurança visam evitar ameaças/danos


externos e internos e, portanto, são importantes reguladores (do sistema) de
autoproteção contra ameaças.

Gilbert, 2019
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA
TCC
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Sazonalidade: flor é só
na época de flor, maçã Jaqueira só vai dar
é só na época de maçã. jaca.
Sofrem muita
influência do
ambiente imediato. São os mais
aparentes.

Os produtos são o
que a árvore mais
tem. Os produtos não dão a
“shape” da árvore, mas
são o que mais vende.
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

Exercício
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

346
Wright, Basco, Tase, 2008
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

Wright, Basco, Tase, 2008


Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

Dobson e Dobson, 2010


Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

349
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

Neufeld e Cavenage, 2010


Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

351
Neufeld e Cavenage, 2010
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva

352
Neufeld e Cavenage, 2010
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Tríade Categorias a Área da vida Área da Vida II Área da Vida III Área da vida IV
cognitiva serem I Trabalho Rel. amoroso Rel. amigos
levantadas Família
Situação I Quando avalia que não fez tudo o que Ao iniciar um relacionamento e
pode no trabalho ou nos estudos enfrentar qualquer dificuldade

Pensamento Se não fizer tudo corretamente não Não consigo me manter em um


Automático terei boas oportunidades no futuro relacionamento duradouro, não sei
Sobre o futuro

o que fazer
Significado do PA O futuro é incerto. Tenho que me O futuro é incerto, tendendo ao
esforçar fracasso

Emoção Ansiedade e medo Ansiedade e desânimo

Comportamento Esforça-se cada vez mais Hipervigilância e sinais de algo que


possa estar errado no
relacionamento atual
353
Neufeld e Cavenage, 2010
Dados relevantes da História
Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da(s) crença(s) nuclear(es)?
- Nasceu em família simples, caçula de três irmãos. Pais esforçaram-se para que ela e os irmãos estudassem, trabalhando muito.
Infância tranquila com irmãos e primos. Foi bolsista em escola particular, se sentia obrigada a ter boas notas para honrar isso.
Foi aprovada em Universidade Federal, fez Nutrição.
- Relacionamentos afetivos instáveis durante a adolescência, traição, não ser levada a sério. Também aproveitou, saiu, se
divertiu.
- Esforçada profissionalmente, tem especialização sólida, é referência em sua especialidade, embora não se veja assim. Quer
deixar de atender convênio, mas teme esvaziar o consultório. Está insatisfeita com o tempo de duração das suas consultas,
mas não consegue mudar, sempre acha que precisa atender diversas necessidades dos pacientes, investiga mais coisas do que
necessário, faz mais intervenções do que necessário.
- Sente-se cansada com frequência, sem ânimo para fazer atividades que importam para ela.
- Casada há 5 anos. Com a maternidade sofreu baby blues, e depois recaída quadro de distimia. Resistência inicial com a
mediação, adesão posterior.

354
Tríade Categorias a serem Área da vida I Área da Vida II Área da Vida III
cogni levantadas Família Trabalho Rel. amoroso
tiva
Situação I Mãe vai ajudá-la em casa com Pensar sobre o retorno ao Marido pergunta se ela dormiu
o bebê. trabalho. enquanto a filha dormia.
Pensamento - Minha está vindo obrigada. Meus pacientes não Por que não pergunta se eu
Automático Estou dando muito trabalho. reconhecem o meu trabalho. descansei? Pensa que eu sou
Não consigo cuidar da minha uma funcionária dele, que deve
filha sozinha. Não mereço satisfação de produtividade.
apoio.
Significado do PA Sou incapaz, não sou Sou incompetente. Sou ineficiente.
suficiente, sou fraca. Não sou boa o suficiente para Sou um fracasso.
Sobre si

(Desamparo) ser valorizada. Sou fraca.


Não sou boa o suficiente para (Desvalorização)
ser amada. (Desamor)
Não tenho valor. Não mereço
receber atenção. (Desvalor)
Emoção Tristeza Ansiedade, cansaço, Tristeza
frustração
Comportamento Chora. Não aumenta o preço da Fica calada, não conversa sobre
Não pede ajuda quando consulta. o assunto.
precisa. Consulta longa. Chora no banho.
Não pede ajuda.
Tríade Categorias a serem Área da vida I Área da Vida II Área da Vida III
cogni levantadas Família Trabalho Rel. amoroso
tiva 1. Identificar um PA chave que ele suspeita
Situação I poder
Mãe vai ajudá-la em casa com Pensar sobreser diretamente
o retorno ao Maridoderivado dedormiu
pergunta se ela uma
o bebê trabalho. enquanto o filho dormia.
Pensamento - Minha está vindo obrigada.
crença disfuncional.
Meus clientes não reconhecem Por que não pergunta se eu
Automático Estou dando muito trabalho. 2. o Perguntar
meu trabalho. ao paciente o sentido
descansei? Pensa que eudessa
sou
Não consigo cuidar da minha cognição, supondouma funcionária que odele, PA que deveé
filha sozinha. satisfação de produtividade.
Significado do PA Sou incapaz, não sou
verdadeiro, e continua
Sou incompetente.
a fazer isso até
Sou ineficiente.
suficiente, sou fraca. que
Não eleo suficiente
sou boa tenhapara revelado uma ou mais
Sou um fracasso.
(Desamparo) ser valorizada. Sou fraca.
crenças importantes.
Sobre si

Não sou boa o suficiente para (Desvalorização)


ser amada. (Desamor) 3. Perguntar o que um PA significa para o
Não tenho valor. Não mereço paciente revela, com frequência, uma
receber atenção. (Desvalor)
crença intermediária.
Emoção Tristeza 4. Ansiedade,
Perguntar cansaço,o que issoTristezasugere sobre o
frustração
Comportamento Chora. paciente
Não usualmente
aumenta o preço da Fica explicita a crença
calada, não conversa sobre
Não pede ajuda quando central.
consulta. o assunto.
precisa. Consulta longa. Chora no banho.
Não pede ajuda.
T: Você estava em casa quando sua mãe chegou para fazer
Tríade Categorias a Área da vida I Área da Vida II Área da Vida III
companhia a você e te ajudar a cuidar da Antonella, para
cogni serem levantadas Família Trabalho Rel. amoroso
poder descansar, quando teve o PA: “Estou dando trabalho
tiva
Situação I
para a minha mãe. Não consigo fazer nada sozinha" e sentiu-
Mãe vai ajudá-la em casa com Pensar sobre o retorno ao Marido pergunta se ela dormiu
se triste.o bebê trabalho. enquanto o filho dormia.
PensamentoP: Foi isso. Fico está
- Minha pensando que ela estáMeus
vindo obrigada. vindo obrigada,
clientes que já
não reconhecem Por que não pergunta se eu
Automático tem o trabalho
Estou dando e os problemas
muito trabalho. dela, e ainda
o meu tem que me
trabalho. descansei? Pensa que eu sou
ajudar. Não consigo cuidar da minha uma funcionária dele, que deve
T: Daquifilha
a sozinha.
pouco vamos checar as evidências sobre esse satisfação de produtividade.
Significado do PA Sou incapaz,
pensamento, não sou
mas vamos entender porSou
queincompetente.
esse pensamento, Sou ineficiente.
que é um suficiente, sou fraca.
Pensamento Automático, Não sou boatão
te deixou o suficiente para
triste. Se Sou um fracasso.
(Desamparo)
verdade, Carla, que você ser nãovalorizada. Sou fraca.
Sobre si

isso fosse dá conta de fazer


Não souque
nada sozinha, boavocê
o suficiente para que
dá trabalho, (Desvalorização)
sua mãe é obrigada
ser amada. (Desamor)
a vir te ajudar... O que isso diz sobre você?
Não tenho valor. Não mereço
P: Estou dando trabalho, minha mãe sair da casa dela para
receber atenção. (Desvalor)
ficar comigo, eu não mereço isso.
Emoção Tristeza Ansiedade, cansaço, Tristeza
TT: Está certo. Se for verdade que você está dando trabalho e
frustração
não merece,
Comportamento Chora.o que isso significa? Não aumenta o preço da Fica calada, não conversa sobre
P: Que euNãonãopedemereço apoio, que euconsulta.
ajuda quando não mereço atenção e o assunto.
cuidadoprecisa.
dos outros. Diz da minha incompetência,
Consulta longa. como em Chora no banho.
tudo. Não pede ajuda.
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)
“Estou dando muito trabalho. Não consigo cuidar da minha
 filha sozinha”.
(Se for verdade, o que isso significa sobre mim?)
Crenças-Regra
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear(es)?
Qual a contraparte negativa desse pressuposto? “Significa que eu não consigo fazer nada sozinha, que sempre
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer
preciso meu
de alguém, detrabalho.
ajuda. Eu acho que não mereço ajuda,
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não posso aumentar o preço da que
minha consulta.
dou trabalho.”
(Se for verdade, o que isso significa sobre mim?)
- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo.
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. “Significa que sou dependente”
(Se for verdade, o que isso significa sobre mim?)
- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho, sendo inconveniente.
- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém. “O que você quer ouvir? Já falei que me sinto incapaz e
fracassada cuidando da minha filha. Já falei que não gosto de

dar trabalho, que acho que não mereço amor, apoio, atenção
Estratégias Compensatórias ou de Manutenção de das
Crenças
pessoas”
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 358
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)

Crenças-Regra
“Meu marido não se preocupa comigo. Pensa que sou
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear(es)?
Qual a contraparte negativa desse pressuposto? funcionária dele, que devo dar satisfação sobre a
produtividade”.
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer meu trabalho.
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não posso aumentar o(Se forda
preço verdade, o que isso significa?)
minha consulta.

- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo. “Significa que ele é quem manda.”
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. (Se for verdade, o que isso significa?)

- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho,“Significa


sendo inconveniente.
que ele é quem sabe sobre a rotina da Antonella,
- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém. que ele sabe mais que eu”
(Se for verdade, o que isso significa?)

Estratégias Compensatórias ou de Manutenção “Quede ele
Crenças
é competente”
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 359
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)

Crenças-Regra
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear(es)?
Qual a contraparte negativa desse pressuposto?
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer meu trabalho.
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não posso aumentar o preço da minha consulta.

- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo.


- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas.

- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho, sendo inconveniente.


- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém.


Estratégias Compensatórias ou de Manutenção de Crenças
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 360
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)
Crenças nucleares são afirmações do tipo “tudo ou nada”
 você mesmo, os outros e o mundo. Não é um
sobre
pensamento “Às vezes sou incompetente”, é uma crença de
Crenças-Regra
que
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) “Sou
nuclear(es)? incompetente” (de forma absoluta).
Qual a contraparte negativa desse pressuposto? (negativamente ativada)
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer meu trabalho.
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não possoNossas
aumentar ocrenças
preço da minha consulta. são
nucleares ativadas quando
experimentamos estados de humor fortes ou temos
- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo. experiências que são muito positivas ou muito negativas.
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. Quando estamos nos sentindo bem, nossas crenças nucleares
positivas estão ativas (“Sou inteligente”), quando temos
- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho,estados
sendo inconveniente.
de humor negativos, nossas crenças nucleares
- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém.
negativas são ativadas (“Sou estúpido”).

Depois de ativadas, nossas crenças nucleares afetam a forma
Estratégias Compensatórias ou devemos
como Manutenção de Crenças
as coisas, dando origem a pensamentos
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
automáticos (positivos ou negativos) e pressupostos
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
relacionados.
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 361
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)

Crenças-Regra
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear(es)?
Qual a contraparte negativa desse pressuposto?
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer meu trabalho.
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não possoQuando
aumentarestamos com
o preço da umconsulta.
minha humor positivo e cometemos um
erro, podemos pensar “Se cometi um erro, posso consertá-lo
- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo. porque sou inteligente”. Quando cometemos um erro em um
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. dia em que estamos com um humor negativo, podemos
pensar “Se cometi um erro, isso mostra o quanto sou
- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho,estúpido”.
sendo inconveniente.
- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém.


Estratégias Compensatórias ou de Manutenção de Crenças
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 362
Tríade Categorias a serem Área da vida I Área da Vida II Área da Vida III
cogni levantadas Família Trabalho Rel. amoroso
tiva

Situação I Mãe vai ajudá-la em casa Pensar sobre o retorno ao Marido pergunta se ela dormiu
com o bebê trabalho. enquanto o filho dormia.

Pensamento - Minha mãe está vindo


T: Essa é a única forma de pensar sobre a vinda da sua mãe à
Meus clientes não reconhecem Por que não pergunta se eu
Automático
sua casa?
obrigada. Estou dando muito o meu trabalho. descansei? Pensa que eu sou
P:
trabalho. Não consigo cuidarNão. Eu sei como ela está feliz comfuncionária
uma a chegadadele,
da netinha.
que deve
do meu filho sozinha. Ela fica muito feliz de poder cuidar dela e estar presente.
satisfação de produtividade.

Significado do PA Não mereço apoio. T: E pensando assim, como você seSou


Sou incompetente. sente?
ineficiente.
Sobre si

Não mereço atenção. P: é Não sou melhor


muito boa o suficiente
pensarpara Sou um
que para elafracasso.
é um prazer estar
aqui.ser valorizada. Sou fraca.
(Desvalorização) (Desvalorização)
T: O único prazer dela é cuidar da neta?
Emoção Tristeza Ansiedade, cansaço, Tristeza
P: Ah... Não. Ela fica feliz de me ajudar e apoiar também.
frustração

Comportamento Chora. Não aumenta o preço da Fica calada, não conversa sobre
Não pede ajuda quando consulta. o assunto.
precisa. Consulta longa. Chora no banho.
Não pede ajuda.
Como construir um pensamento alternativo:

●Você teve alguma experiência que mostra que este


pensamento não é completamente verdadeiro o tempo
todo?
● Se o seu melhor amigo tivesse este pensamento, o que
você diria para ele?
● Se o seu melhor amigo soubesse que você está tendo
esse pensamento, o que ele diria para você?
● Quando não está se sentindo deste modo você pensa
sobre esta situação de forma diferente? Como?
● Quando você se sentiu deste modo no passado, sobre
o que pensou que o ajudou a se sentir melhor?
Como construir um pensamento alternativo:

• Você já esteve nesse tipo de situação antes? O que aconteceu?


Há alguma diferença entre esta situação e as situações
anteriores? O que aprendeu nas experiências prévias que
poderia ajudá-lo agora?
• Existem algumas pequenas coisas que contradizem seus
pensamentos que você possa estar descartando como não
sendo importantes?
• Daqui a cinco anos, se olhar para trás em relação a esta
situação, você olhará de forma diferente?
• Existe algum ponto positivo ou forte em você, ou na situação,
que você possa estar ignorando?
• Será que você pode estar se culpando por algo sobre o qual não
tem controle total?
Tríade Cognitiva da Depressão:

Os pacientes deprimidos geralmente têm


uma visão negativa de si mesmos, de seu
ambiente e do futuro. Eles se consideram
inúteis, inadequados, não amáveis e
deficientes. Esses pacientes veem o
ambiente como algo sufocante, que
apresenta obstáculos insuperáveis e que
resulta continuamente em fracasso e
perda. Sua visão de futuro também é sem
esperança. Eles acreditam que seus
próprios esforços serão insuficientes para
mudar o rumo insatisfatório de suas
vidas. Essa visão negativa do futuro
geralmente leva à ideação suicida e a
tentativas reais de suicídio.
O que eu espero do meu
paciente/cliente?
O que ele espera de mim?
Aplicação da TCC na Depressão
❖É um processo de tratamento que ajuda os pacientes a modificar crenças e
comportamentos que produzem certos estados de humor. As estratégias
terapêuticas da abordagem cognitivo-comportamental da depressão
envolvem trabalhar três fases:
1) foco nos pensamentos automáticos e esquemas depressogênicos;
2) foco no estilo da pessoa relacionar-se com outros; e
3) mudança de comportamentos a fim de obter melhor enfrentamento da
situação problema.

Powell et al, 2008


Aplicação da TCC na Depressão
❖Reestruturação cognitiva

- As sessões iniciais são também dirigidas à definição dos problemas dos pacientes,
elaborando-se a conceituação cognitiva ou formulação do caso. Nessas sessões, o
terapeuta ajudará o paciente a identificar:
1) as crenças disfuncionais específicas associadas à depressão;
2) as distorções cognitivas mais comuns e a caracterização dos pensamentos
automáticos;
3) as reações fisiológicas, emocionais e comportamentais consequentes aos
pensamentos;
4) que comportamentos foram desenvolvidos para enfrentar as crenças disfuncionais;
5) como as experiências anteriores têm contribuído na manutenção das crenças do
paciente.
Powell et al, 2008
Aplicação da TCC na Depressão
❖ Uma vez que o paciente tenha conhecimento sobre os fatores mantenedores
do comportamento depressivo, serão aplicadas nas sessões intermediárias
técnicas que auxiliem o paciente no manejo dos sintomas.

Powell et al, 2008


Aplicação da TCC na Depressão
❖ Técnicas cognitivas e comportamentais
e gravidade da depressão:

- A gravidade dos sintomas indica


quais estratégias psicoterápicas
terão maio probabilidade de ajudar.
Como regra geral, quanto mais grave
o caso, maior a necessidade de
utilizar como intervenções de primeira
escolha a ativação comportamental.
- Quando os sintomas começam a a entrar em remissão, o tratamento começa a ganhar um
aspecto mais cognitivo. O trabalho com as distorções cognitivas e o monitoramento de
pensamentos automáticos disfuncionais vai ganhando maior volume nas intervenções
terapêuticas (Beck
Beck e Alford, 2011
Uso de técnicas

Estratégias comportamentais
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

❖ Técnicas comportamentais são incorporadas na TCC com o objetivo de facilitar a relação


com o ambiente;
❖ Estratégia utilizada geralmente nos casos de depressão com o objetivo de mudar o viés
negativo sobre si pela falta de esforço, talento ou habilidade;
❖ Contribui para novos aprendizados e valores de vida;
❖Criar sensação de realização e prazer e diminuir a evitação;
❖ Aumentar a energia do paciente e concentrar a sua atenção em explicações alternativas
para experiências de fracasso;
❖ Pode ser feita de algumas formas como, por exemplo, através da programação de
atividades e atribuição de tarefas graduais (Beck, Alford, 2011)

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

O que promove?

❖ Contraria a falta de motivação do paciente, no foco de ideias depressivas e


conceitos negativos sobre si;
❖ Facilita a motivação e previne o retorno a inatividade;
❖ Fornece dados para avaliar as capacidades realistas do paciente.

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades

Alguns princípios devem ser considerados pelo terapeuta e esclarecidos ao


paciente:

○ Não é possível realizar todos os planos propostos, ninguém pode realizar


tudo;
○ Focada em ações a fazer e não na quantidade a se fazer;
○ Fatores externos e subjetivos podem interferir e é preciso aceitar esse
princípio;
○ Necessário reservar tempo para programar o dia seguinte.

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades

Como Construir:

○ Após a entrevista inicial, o paciente preenche o quadro de atividades hora/hora


para verificar como está utilizando o seu tempo;
○ O segundo passo é usar esse quadro para programar as atividades discutidas em
sessão. Considere obstáculos e eventos inesperados e se houver falha não é
necessário compensar o que não foi feito;
○ Escolher atividades prazerosas e de domínio;
○ Usar atividades da rotina do paciente quando ele não estava deprimido;
○ Construa uma hierarquia do mais simples para o mais complexo.

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Horário Atividade Satisfação (0-10) Importância (0-10)
5:00-6:00
6:00-7:00
8:00-9:00
10:00-11:00
12:00-13:00
14:00-15:00

Minha avaliação de humor para hoje (0-10): ______________________

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades
Como Construir:

○ Defina o problema;
○ Formule a tarefa/atividade (da mais simples para a mais complexa);
○ Faça a observação imediata das experiências bem sucedidas;
○ Identificar e avaliar dúvidas, reações negativas e minimizações das realizações pelo
paciente (intervenha);
○ Incentive uma avaliação realista do resultado e do desempenho;
○ Ênfase no esforço do paciente;
○ Desenvolver de forma colaborativa novas atividades mais complexas.

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades
Para aumentar o prazer

Solicitar ao paciente para listar atividades que lhe deem prazer ou que ele aprecia:
○ Que tipo de coisas você gostava de aprender antes de estar deprimido?
○ O que você gostava de fazer com outras pessoas?
○ O que você gosta de fazer que custe até R$...?

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades
Para aumentar o prazer

Como parte do plano de ação o paciente pode separar as atividades do quadro da seguinte
forma:
○ Quais as atividades que tem relação com os meus valores de vida?
○ O que estou fazendo para me sentir melhor?
○ Nos dias em que me senti melhor o que eu estava fazendo?

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades

Segundo Beck (2011) domínio “é o resultado de engajar-se em uma atividade


construtiva ou criativa que é difícil para o paciente no momento, ou ele
resiste em desempenhar, ou não se sente motivado a tentar.” (pag. 209).
Lembre-se que esse conceito é relativo e por esse motivo é o próprio paciente
que classifica o grau de domínio em cada atividade listada.

Beck e Alford, 2011


Esta é minha “postura Quando você está deprimido o jeito que
de deprimido” você fica faz muita diferença.

A pior coisa que você pode fazer é ficar


Então, se você acha legal ficar
ereto e levantar a cabeça, porque aí você
deprimido, tem que ficar assim...
começa a melhorar.
Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades
Fazer uma lista com o paciente de atividades que tragam sensação de domínio:
○ O que você pode fazer por volta das 16hs que lhe dê a sensação de satisfação?
○ Que atividades eram satisfatórias para você antes de estar deprimido?

Como parte do plano de ação o paciente pode separar as atividades do quadro da


seguinte forma:
○ Quais as atividades que atingem um objetivo?
○ O que posso fazer para executar ou resolver as atividades ou coisas que venho
evitando.

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades
❖ Agendamento e monitoramento de atividades
- Registro de atividades a cada hora, durante alguns dias. O registro é feito na medida
do possível nas situações, a fim de evitar as distorções decorrentes do humor
depressivo e de dificuldades de memória. Fornece ao paciente e ao terapeuta dados
sobre o funcionamento do paciente.
- Usado para monitorar as atividades (corrigir distorções sobre o modo como o
paciente pensa que está passando seu tempo e para avaliar as atividades associadas
ao domínio e ao prazer), para agendar atividades prazerosas e atividades
produtivas (particularmente para os pacientes deprimidos que se permitem essas
atividades); para identificar as atividades ligadas a afetos muito positivos ou muito
negativos; e para planejar tarefas comportamentais e registrar os resultados (Isto
desfaz a necessidade do paciente tomar decisões quanto ao que fazer – as
atividades que deve experimentar já estão decididas).
Powell et al, 2008
Depressão e TCC
Estratégias: Programação de atividades
Fazer uma lista com o paciente de atividades que tragam sensação de domínio:
○ O que você pode fazer por volta das 16hs que lhe dê a sensação de satisfação?
○ Que atividades eram satisfatórias para você antes de estar deprimido?

Como parte do plano de ação o paciente pode separar as atividades do quadro da


seguinte forma:
○ Quais as atividades que atingem um objetivo?
○ O que posso fazer para executar ou resolver as atividades ou coisas que venho
evitando.

Beck e Alford, 2011


Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

❖ Agendamento e monitoramento de atividades


- Dá ao paciente controle sobre seu tempo, reconhece seus esforços no sentido
de realizar atividades e registra as realizações verdadeiras.
- Pode representar um apoio poderoso a ser usado com os pacientes em
tratamento farmacológico, pois estes podem registrar os efeitos colaterais, as
atividades e as mudanças nos sintomas: mostrar a relação entre os sintomas
depressivos e a falta de comportamentos propositados e positivos, abrindo,
assim, caminho para a resolução de problemas.

Powell et al, 2008


Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Agenda dos eventos prazerosos

- Fazer juntamente com o cliente uma lista de atividades prazerosas que ele
poderá realizar ao longo do tratamento.
- A proposta é que ele possa realizar uma por dia, apontando na frente da
atividade realizada como se sentiu ao fazê-la.
- Após trinta dias de atividades registradas, avaliar quais foram as dez que
provocaram as maiores mudanças de humor. Essas atividades seriam alvo para
a promoção do reforçamento positivo e de seus efeitos “antidepressivos”.
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Quando a depressão se estabelece, muitas vezes nos afastamos de
muitas atividades em virtude da baixa energia e da falta de interesse.
Embora essa reação seja compreensível, ela frequentemente leva a
sintomas de depressão mais graves.

❖Para nos sentirmos bem, precisamos de um equilíbrio entre coisas


agradáveis e importantes para fazer: “precisamos de experiência de
prazer e maestria” (Beck).

❖Se buscarmos apenas coisas divertidas e negligenciarmos nossas


responsabilidades, vamos nos privar de um senso de conquista. Por
outro lado, precisamos equilibrar nosso trabalho com lazer.
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Dois fatores poderosos levam ao evitamento de atividades:

1- Uma sensação imediata de alívio por nos esquivarmos do que achamos


que será difícil.
2- Não experimentar a recompensa de nos envolvermos na atividade,
diminuindo, assim, nossa motivação para ela.
A ativação
Convites para almoçar
comportamental é
Efeitos de curto prazo Efeitos de longo prazo
Recusar
pensada para quebrar
Alívio, pouco esforço Isolamento, depressão
Aceitar essesmuito
Ansiedade, padrões.
esforço Diversão, apoio

Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Muitos de nós esperamos nos sentir melhor para podermos voltar às
coisas de que gostávamos. Porém, é muito mais eficiente começar a
fazer atividades agradáveis aos poucos, mesmo que não tenhamos
vontade. O interesse nas atividades virá depois. Essa abordagem é a
fundação da ativação comportamental para depressão.

Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ O primeiro passo da ativação comportamental é determinar o que é
importante para nós em cada domínio particular que estamos tentando
mudar. O que valorizamos nessa área? Quando há clareza sobre nossos
valores, temos mais probabilidade de encontrar atividades
recompensadoras oriundas deles.

Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Valores
❖Dentro da concepção
comportamental, são
regras aprendidas na
história do indivíduo. O
cliente é convidado a listar
em uma tabela os valores
pessoais em que esteve
envolvido, ou que gostaria
de se envolver.
Abreu e Abreu, 2015
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Olhe para seus objetivos: Passo 1 – Defina seus valores para cada área.
- Em que áreas estão e o que você valoriza em cada uma dessas áreas?
- Nossos valores podem nos ajudar a criar atividades que os apoiam, e
atividades que achamos recompensadoras podem nos indicar o que
valorizamos.
- A palavra valor pode significar coisas diferentes. Em ativação
comportamental, ela simplesmente se refere ao que é importante para
você. Ela ajuda a dividir seus valores em áreas da vida para torná-los
mais fáceis de reconhecer.

Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖Valores não têm ponto de chegada e, ao contrário de objetivos e
atividades, continuam indefinidamente.
❖Eles tendem a empregar verbos de sentido mais amplo. Por exemplo,
ser um bom amigo, desfrutar de tempo na natureza e aprender sobre o
mundo. Por sua vez, matricular-se numa aula de botânica é uma
atividade com um fim.
❖Valores muitas vezes estão ligados a nosso autoconceito, já que refletem
o tipo de pessoa que queremos ser.
❖Podem ser tão grandiosos ou modestos quanto você quiser que sejam.
❖Valores são pessoais e variam muito entre indivíduos.
Gillihan, 2021
Área Listar Valor Grau de importância O quanto seus comportamentos foram
(0-10) consistentes com esse valor na última
semana?

Rel. familiares

Rel. sociais

Rel. íntimos

Educação/treinamento

Emprego/carreira

Hobbies/recreação

Serviço voluntário

Hábitos de saúde

Espiritualidade

Questões psicológicas
Abreu e Abreu, 2015
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

Valores: Áreas abordadas


❖Relacionamentos familiares. (Que tipo de irmão/irmã, filho/filha,
pai/mãe você gostaria de ser? Quais qualidades são importantes
nos relacionamentos com essas pessoas na sua família?)
❖Relacionamentos sociais. (O que seria um relacionamento ideal
para você? Quais áreas poderiam ser melhoradas nos
relacionamentos com os seus amigos?)

Abreu e Abreu, 2015


Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

Valores: Áreas abordadas


❖Relacionamentos íntimos. (Qual o seu papel em um
relacionamento íntimo? Você está atualmente envolvido em um
tipo de relacionamento íntimo, ou gostaria de estar?)

❖Educação/treinamento. (Você gostaria de se engajar em algum tipo


de curso ou receber algum treinamento especializado? O que você
gostaria de aprender melhor?)

Abreu e Abreu, 2015


Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

Valores: Áreas abordadas


❖Emprego/Carreira. (Que tipo de trabalho você gostaria de ter? Que
tipo de profissional você gostaria de ser?)
❖Hobbies/Recreação. (Há algo especial que você gostaria de fazer,
ou novas atividades que você gostaria de tentar?)
❖Serviço voluntário/caridade/Atividades políticas (Quais
contribuições você gostaria de dar à comunidade mais ampla?)
Abreu e Abreu, 2015
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental

Valores: Áreas abordadas

❖Atividades físicas/Hábitos de saúde. (Você gostaria de mudar a sua


dieta, sua rotina de sono ou fazer exercícios?)

❖Espiritualidade. (O que a espiritualidade representa para você?


Você está satisfeito(a) com essa área da sua vida?)

❖Questões psicológicas/Emocionais. (Quais são os seus objetivos


para esse tratamento? Existiriam outras questões além da
depressão que você gostaria de tratar?)
Abreu e Abreu, 2015
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖Relacionamentos
Valor: Ser uma mãe presente.
Atividade: ______________________________
Atividade: ______________________________
Valor: Ser uma boa amiga.
Atividade: ______________________________
Atividade: ______________________________

Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Passo 2: Identifique atividades revitalizantes.
❖Pense em atividades que se enquadram em cada um dos valores
identificados e adicione-as ao formulário em que registrou seus valores.

Valor: Ser uma mãe presente.


Atividade: Jogar uma vez durante a semana.
Atividade: Fazer uma refeição junto todos os dias.
Valor: Ser uma boa amiga.
Atividade: Ligar para minhas amigas uma vez por mês.
Atividade: Ligar nas datas de aniversário. (não vale mensagem)
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Passo 3: Classifique a dificuldade de cada atividade.
❖Três níveis de dificuldades: 1 para fácil, 2 para moderado e 3 para difícil.
Pode também fazer uma avaliação decrescente de 10 até 1.
Valor: Ser uma mãe presente.
Atividade: Jogar uma vez durante a semana. – Dificuldade: 2
Atividade: Fazer uma refeição junto todos os dias. – Dificuldade: 1
Valor: Ser uma boa amiga.
Atividade: Ligar para minhas amigas uma vez por mês. – Dificuldade: 2
Atividade: Ligar nas datas de aniversário. (não vale mensagem) –
Dificuldade: 3
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Passo 4: Planeje a ordem de realização
❖Planejar com quais atividades começar.

Valor: Ser uma mãe presente.


Atividade: Jogar uma vez durante a semana. – Semana 1
Atividade: Fazer uma refeição junto todos os dias. – Semana 1
Valor: Ser uma boa amiga.
Atividade: Ligar para minhas amigas uma vez por mês. – Semana 1
Atividade: Ligar nas datas de aniversário. (não vale mensagem) – Semana
3
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Passo 5: Agende as atividades em um calendário
❖Seja específico em agendar e executar seu plano, para tornar mais provável a
execução.
❖Escolha um horário para cada atividade que você pretende fazer e coloque-a em seu
calendário. Busque combinar a atividade com o melhor momento do dia para você.
Por exemplo, agendar uma atividade física logo pela manhã pode funcionar para uma
pessoa matutina, mas não ser a melhor escolha para alguém noturno ter sucesso.
❖Planeje com pelo menos um dia de antecedência para, quando acordar, saber o que
está na sua agenda do dia.
❖Marque os eventos mais para a frente se exigirem planejamento com antecedência,
como uma viagem.
❖Tarefas maiores podem precisar ser divididas em passos menores e agendadas de
acordo com isso.
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Passo 6: Complete as atividades
❖Quando chegar a hora de suas atividades planejadas, faça todos os esforços para
cumpri-las. Pode ser especialmente difícil no início, quando a motivação ainda está
baixa. Lembre-se de que cada atividade valorizada que você completa o leva para
mais perto de seus objetivos.
❖Antes de completar cada atividade, estabeleça a intenção de estar o mais presente
possível nela. Por exemplo, se estiver na academia, esteja mesmo na academia: veja
o que há ao seu redor, sinta o que sente, note o que ouve. Permita-se estar inteiro na
experiência. Esse nível de presença lhe ajudará a tirar o máximo de cada atividade, e
traz o benefício extra de tornar mais difícil ficar preso a mentalidades problemáticas
como a preocupação obsessiva.

Gillihan, 2021
Técnicas cognitivas
❖Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD)
❖Psicoeducação
❖Continuum Cognitivo
❖Diálogo Socrático
❖Seta descendente
REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS

Quando você perceber o seu humor se alterando, pergunte a si mesmo “O que está passando pela minha cabeça
agora?” e, assim que possível, anote o pensamento ou imagem no espaço para Pensamento Automático.

❖ Registro de pensamentos disfuncionais

Situação Pensamento Automático Emoção Comportamento


(distorções cognitivas)
Que situação real, fluxo 1. Quais foram os pensamentos 1. Que emoção(ões) você O que eu fiz?
de pensamento, automáticos que passaram sentiu? (raiva, medo,
devaneios ou pela sua cabeça? ansiedade, tristeza, etc.)
recordações levaram a
2. Quanto você acredita em cada 2. Qual a intensidade desta
esta emoção
um deles? (de 0a 100%) emoção? (de 0a 100%)
desagradável?
REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS

Quando você perceber o seu humor se alterando, pergunte a si mesmo “O que está passando pela minha cabeça
agora?” e, assim que possível, anote o pensamento ou imagem no espaço para Pensamento Automático.

❖ Registro de pensamentos disfuncionais

Situação Pensamento Emoção Intensidade Comportamento


Automático
(distorções cognitivas)
Meu chefe me O que eu fiz de errado? Ansiedade Ansiedade 8 Falei que estava passando
chamou para
mal e fui embora mais
conversar
Serei demitido cedo.
REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS

Quando você perceber o seu humor se alterando, pergunte a si mesmo “O que está passando pela minha cabeça
agora?” e, assim que possível, anote o pensamento ou imagem no espaço para Pensamento Automático.

❖ Registro de pensamentos disfuncionais


Situação Emoção Pensamento(s) Resposta Racional Resultado
(ções) Automático(s)
Descreva: 1- Especifique: 1- Escreva o(s) 1- Escreva resposta 1- Reavalie a crença em
1- Evento real que
triste/ansioso/irritado, pensamento(s) racional ao pensamentos automáticos.
leve à emoção
desagradável ou etc. automático(s) que pensamento 0 a 100%
2- Sequência de 2- Classifique o grau da precede(m) a(s) automático. 2- Especifique e classifique
pensamentos, emoção. 1-100 emoção(ções). 2- Classifique a emoções subsequentes. 0-
fantasias ou
2- Classifique a crença na resposta 100%
lembrança que leve à
emoção desagradável crença nesse racional. 0-100%
pensamento(s)
automático(s). 1-
100%
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Desafiando a sua autocrítica

- Identifique seus pensamentos negativos. Por exemplo, sua autocrítica está


vinculada à ruminação ou à indecisão?
- Defina seus termos. Se você está se dizendo que é um fracasso, o que, na sua
opinião, constitui um “fracasso”?
- Examine as evidências. Sua autocrítica está baseada em fatos?
- Pergunte-se qual é a vantagem de se criticar. O que você espera ganhar?
- Em vez de se criticar, corrija seus erros.

Leahy, 2015
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Perfeccionismo mal-adaptativo versus adaptativo

Mal-adaptativo adaptativo

1- Minhas metas são tão altas que quase 1- Minhas metas são altas, mas realistas.
nunca consigo atingi-las.
2- Não suporto cometer erros. 2- Não gosto de erros, mas posso aceita-los.

3- Foco em meus aspectos negativos em vez 3- Equilibro meus aspectos negativos com os
de nos positivos. positivos.
4- Nada do que faço parece ser 4- Consigo obter satisfação com meu
suficientemente bom. trabalho.
Leahy, 2015
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Lidar com os erros

- Erros fazem parte da vida de todos: perfeição não existe.


- Um erro não é o fim do mundo.
- Deixe que o suficientemente bom seja suficientemente bom.
- Abra espaço para os erros.

Leahy, 2015
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Levantamento de evidências
- Identificar o pensamento a ser avaliado.
- Testar o pensamento negativo com uma versão positiva dele. “Eu sou um
fracasso” por “Tive alguns sucessos”.
- Listar as evidências contra e a favor da validade do pensamento.
- Incluir “evidências” emocionais e irracionais, porque isso ajudará a entender
como você está pensando a respeito dessas coisas.
- Pesar evidências contra e a favor da validade do pensamento, dividindo 100
pontos entre as duas. O resultado é 50/50? 60/40? Ou alguma outra
proporção?
Powell et al, 2008
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo

❖O que poderia acontecer ente 0 e 100?


❖Qual o pior, o melhor e o mais provável de acontecer?
❖Caso o pior ocorresse, o que você poderia fazer?
❖Daqui há um ano, que importância isso terá em sua vida?
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo
❖Avaliar os pensamentos extremados e diminuir a discrepância entre
eles. Mudar a perspectiva de pensamento.

Não vou me sair Pode não dar certo Nunca vou me sair bem
bem na apresentação dessa vez, mas podem no meu trabalho.
gostar da minha
apresentação.
Diálogo Socrático
- Um bom modo de refletir sobre algum assunto é partir de uma pergunta.

- O terapeuta ajuda o cliente a identificar as principais cognições e a adotar


perspectivas mais realistas e adaptativas, o que leva o cliente a se sentir
melhor emocionalmente, se comportar com mais funcionalidade e/ou
diminuir sua excitação psicológica.

Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Um bom modo de refletir sobre algum
É umassunto
método édepartir de uma
descoberta pergunta.
guiada.

Um dos pilares
- O terapeuta ajuda o cliente a identificar da TCC: é uma
as principais técnica?e a adotar
cognições
perspectivas mais realistas e adaptativas, o que leva o cliente a se sentir
Trazer à tona o que o cliente está pensando: não é o que o
melhor emocionalmente, se comportar com está
terapeuta mais funcionalidade e/ou
pensando.
diminuir sua excitação psicológica.
Ao invés de falar, PERGUNTE!

Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Após identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais do cliente,
busca-se que ele, de forma mais ativa e direta, busque uma interpretação
alternativa e menos geradora de sofrimento.

- Uma das principais técnica da TCC, porque a TCC é argumentativa, assim


como esse é o objetivo da técnica.

Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Após identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais do cliente,
busca-se que ele, de forma mais ativa e direta, busque uma interpretação
alternativa e menos geradora de sofrimento.
Pensamentos não são fatos!

- Uma das principais técnica da TCC,Pensamentos


porque a TCC é argumentativa,
são ideias que podem ser assim
como esse é o objetivo da técnica. questionadas.

Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Auxilia o cliente a reconhecer e modificar o pensamento desadaptativo.

- Pode ser usado para reconhecer um PA.

- É uma série de perguntas para gerar curiosidade no cliente de checar as


evidências desse pensamento.

Beck, 2013
Diálogo Socrático
- O cliente necessita de um método estruturado para avaliar seu pensamento;
de outra forma, suas respostas aos pensamentos automáticos poderão ser
superficiais, além de não operarem melhora no seu humor ou funcionamento.
- A avaliação deve ser imparcial. Você não quer que o cliente, por exemplo,
ignore evidências que apoiam um pensamento automático, invente uma
explicação alternativa que não seja provável ou adote uma visão positiva
irrealista do que poderia acontecer.

Beck, 2013
Estratégias Cognitivas
Diálogo socrático (Descoberta guiada)

- O cliente necessita de um método estruturado para avaliar seu pensamento;


de outra forma, suas respostas aos pensamentos automáticos poderão ser
superficiais, além de não operarem melhora no seu humor ou funcionamento.
- A avaliação deve ser imparcial. Você não quer que o cliente, por exemplo,
ignore evidências que apoiam um pensamento automático, invente uma
explicação alternativa que não seja provável ou adote uma visão positiva
irrealista do que poderia acontecer.

Beck, 2013
Diálogo Socrático
Diálogo socrático (Descoberta guiada)

- O cliente necessita de um método estruturado para avaliar seu pensamento;


Escolha um pensamento para desafiar.
de outra forma, suas respostas aos pensamentos automáticos poderão ser
superficiais, além de não operarem melhora no seu humor ou funcionamento.
Não sou capaz
- A avaliação de entender
deve isso!
ser imparcial. VocêElenão quer que o cliente, por exemplo,
não se importa comigo!
ignore evidências que apoiam um pensamento automático, invente uma
explicação alternativa que não
Não vou conseguir seja
colocar provável
isso em prática. ou adote uma visão positiva
irrealista do que poderia acontecer.
Eu serei reprovada no processo seletivo.

Beck, 2013
Estou baseando este pensamento em fatos ou
sentimentos? É uma emocionalização?
Ou é uma “verdade” por que estou sofrendo por
isso?
Este pensamento é “tudo ou nada?”
Ou é mais complexo que isso?

Outras pessoas pensariam da mesma forma que


eu?

Estou valorizando muito esse pensamento? Estou


exagerando?

Alguém me disse esse pensamento? É uma fonte


confiável?
Ex: Paciente muito triste e ansiosa por ter gritado com os
filhos pela manhã. Diz ser uma péssima mãe.

•O que faz você pensar ser uma péssima mãe?


•Quanto você acredita nisto neste momento?
•Numa escala de 1 a 10, onde você se coloca?
•Quais são os critérios para se ser uma boa mãe?
•E para ser uma péssima mãe?
•Então, mães que gritam com seus filhos são péssimas?
•Mães que não gritam com seus filhos são ótimas?
Como identificar um pensamento:

• O que estava passando pela sua cabeça instantes antes de


você se sentir deste modo?
• O que isso diz ao seu respeito?
• O que isso significa em relação a você, a sua vida e ao seu
futuro?
• O que você teme que possa acontecer?
• O que de pior pode acontecer se isso for verdade?
• O que isso significa em termos do modo como as pessoas
pensam a seu respeito?
• O que isso significa em relação às pessoas em geral?
• Quais imagens ou lembranças tenho nesta situação?
Diálogo Socrático
PA - “Eu não mereço coisas boas”
Terapeuta: Há uma explicação alternativa?
cliente: Na verdade, eu me coloco demais p/ baixo. Se tanta gente vive dizendo que sou uma
pessoa boa é por que devo ser. Talvez eu mereça ser feliz.
Terapeuta: Qual é o pior que poderia acontecer?
cliente: Ué... Eu ser uma pessoa infeliz.
Terapeuta: Qual é o melhor que poderia acontecer?
cliente: eu ficar bem e feliz...
Terapeuta: Qual o resultado mais realista?
cliente: Eu não sou perfeito, mas também não sou a pior pessoa do mundo.

Beck, 2013
Diálogo Socrático
Terapeuta: Qual é o efeito de você acreditar neste pensamento automático?
cliente: Quando eu acredito, eu fico muito triste e frustrado...
Terapeuta: Qual poderia ser o efeito de mudar o seu pensamento?
cliente: eu me sentiria mais aliviado...
Terapeuta: Você poderia fazer algo com relação à isso?
cliente: eu poderia tentar pensar de uma forma diferente.
Terapeuta: Se um amigo estivesse na mesma situação e tivesse esse pensamento o que você
diria a ele?
cliente: eu diria à ele que muitas vezes é coisa da nossa cabeça e que não devemos ficar
acreditando tanto nesses pensamentos ruins...

Beck, 2013
Diálogo Socrático
PA - “Eu não mereço coisas boas”
Terapeuta: Quais as evidências que comprovam que o seu PA é verdadeiro?
cliente: Bem. Eu já perdi de ano 2 vezes. Minha mãe me abandonou quando eu era pequeno.
Terapeuta: Quais as evidências que comprovam que o seu PA não é verdadeiro?
cliente: Ah sei lá...As vezes as pessoas falam que sou uma pessoa boa, prestativa, mas não
acredito muito nelas...Eu também adotei uma criança, acho que pelo menos neste ponto eu
consigo ser alguém que merece ser feliz.

Beck, 2013
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE IV Prevenção de recaídas


4.1. Abordagem de prevenção de recaída
O que é recair?

A recaída é uma repetição, um retorno das


manifestações clínicas da doença após o
enfraquecimento ou o desaparecimento temporário.

Vázquez et. Al., 2012


Recaídas e recorrências

Por que falar sobre isso?


Recaídas e recorrências

É importante saber sobre o seu processo, sobre as


possibilidades, sobre como funciona o tratamento e o
seu quadro: desde o início do tratamento.
Recaídas e recorrências
❖Cerca de 35% dos pacientes apresentam um novo episódio de
depressão antes de dois anos de transcorrido o anterior e 60%
antes de passados 12 anos.
❖75% terá algum episódio adicional, e em 40% dos casos haverá
três ou mais episódios depressivos.
❖Os primeiros episódios costumam ter uma duração menor, para
depois a duração se estabilizar.

Vázquez et. Al., 2012


Definições de curso
Curso Características
Resposta ao tratamento Redução de mais de 50% da gravidade de sintomas em relação à linha base.

Remissão parcial Sintomas menores, mas ainda presentes.


Já não atendem aos critérios diagnósticos.
Transcorreram menos de dois meses desde o último episódio.
Remissão total Ausência de sintomas significativos durante pelo menos os dois últimos meses.
Critérios diagnósticos não são atendidos.
Recuperação Remissão mantida durante mais de seis meses.
Retorno ao funcionamento normal.
Critérios diagnósticos não são atendidos.
Recaída Reaparecimento de sintomatologia depressiva durante o período de remissão.

Recorrência Surgimento de sintomas de um novo episódio.

Cronicidade Critérios diagnósticos plenos mantidos durante mais de dois anos seguidos.
Vázquez et. Al., 2012
Recaídas e recorrências
❖Os episódios sucessivos parecem cada vez mais autônomos ou
menos ligados a fatores estressantes. Passa a existir uma espécie
de sensibilização: quantidades cada vez menores de estímulos
estressantes podem disparar reações de intensidade comparável.

Vázquez et. Al., 2012


Recaídas e recorrências
Fatores que aumentam a probabilidade da recorrência
e/ou recaída na depressão
1- Histórico de episódios maníacos ou 6- Início tardio do primeiro episódio.
hipomaníacos. 7- Idade avançada.
2- Antecedentes de cronicidade anterior. 8- Poucas semanas ou meses transcorridos
3- Maior número de episódios anteriores. desde o último episódio.
4- Maior gravidade do episódio inicial. 9- Presença de estímulos estressantes
5- Má resposta ao tratamento agudo. psicossociais crônicos.
10- Presença de distorções cognitivas não
tratadas
Vázquez et. Al., 2012
Recaídas e recorrências
❖As recorrências sucessivas implicam em um progressivo
agravamento e piora do paciente, visto que supõem um pior
funcionamento geral e uma maior necessidade assistencial.

❖Necessidade: intervenções psicológicas com maior eficácia que


as farmacológicas.

Vázquez et. Al., 2012


Recaídas e recorrências
❖A maioria das pessoas não busca ajuda durante seu primeiro
episódio, mas em episódios sucessivos, e, portanto, seu estado de
funcionamento costuma já estar muito comprometido quando
finalmente procuram atendimento por uma depressão.

Vázquez et. Al., 2012


Prevenção de recaídas

Leahy, 2015
Prevenção de recaídas
❖A TCC é mais eficaz do que o uso de medicamentos na prevenção
de recaída para pacientes que melhoram e depois descontinuam
seu tratamento.

❖Pacientes em TCC que fazem sua tarefa de casa de autoajuda têm


mais probabilidade de permanecer bem depois que
descontinuam o tratamento. Eles têm as habilidades para
continuar a se ajudar. Portanto, manter a sua autoajuda é
importante para continuar bem.
Leahy, 2015
Prevenção de recaídas
❖O que desencadeou o último episódio?
❖Existe um padrão?
❖Ela é desencadeada por conflitos em seus relacionamentos,
dificuldades em atingir seus objetivos ou um sentimento de solidão?
❖O que desencadeia sua depressão?
❖O que você pode fazer da próxima vez que o desencadeante surgir?
❖Que pensamentos negativos estão presentes quando o
desencadeante aparece e como você pode responder a eles?

Leahy, 2015
Prevenção de recaídas

❖Quais são os sinais da sua depressão?

❖Como o seu comportamento muda?

❖O que você faz de diferente quando está deprimido?

❖Em que o seu pensamento muda?

Leahy, 2015
Prevenção de recaídas
❖Evite ruminar

❖Desenvolva seus relacionamentos positivos


❖Crie a sua comunidade
❖Continue seu tratamento
❖Pratique mindfulness
❖Exercite a Compaixão e a Autocompaixão

Leahy, 2015
Muito Obrigada!

Renata Gomes Netto


@renatagnetto.psi
renatagnetto@gmail.com
(38)98825-9453
Referências utilizadas
✓ Abreu, P. R. (2006). Terapia analítico-comportamental da depressão: uma antiga ou uma nova ciência aplicada?. Revista de Psiquiatria Clínica.
33(6): 322-328. file:///C:/Users/Renata_2/Downloads/-Terapia%20anal%C3%ADtico-comportamental%20da%20depress%C3%A3o-
%20uma%20antiga%20ou%20uma%20nova%20ci%C3%AAncia%20aplicada.pdf
✓ APA. American Psychiatric Association (2004). Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais – DSM-5. (5ª. Ed.). Porto Alegre:
Artmed. (Original Publicado em 2013).
✓ Beck, J. S. (2013). Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. (2ª. Ed.). Porto Alegre: Artmed.
✓ Beck, A. T.; Alford, B. A. (2011). Depressão: causas e tratamento. (2ª. Ed.). Porto Alegre: Artmed.
✓ Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. (2ª. Ed.) Porto Alegre: Artmed.
✓ Leahy, R.L. (2006). Técnicas de Terapia Cognitiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed.
✓ Lotufo Neto, F.. Fobias específicas. In Rangé, B. (2011). Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: Um diálogo com a Psiquiatria. (2ª. ed.) Porto
Alegre: Artmed.
✓ Nunes, P.; Bueno, R.; Nardi, A.E. (2005). Psiquiatria e saúde mental: conceitos clínicos e terapêuticos fundamentais. São Paulo: Editora Atheneu.
✓ Powell, V. B. et al (2008). Terapia cognitivo-comportamental da depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria 30(Supl II):S73-80.
http://www.scielo.br/pdf/rbp/v30s2/a04v30s2
✓ Rodrigues, V. S.; Horta, R. L. Modelo cognitivo-comportamental da depressão. In Andretta, I.; Oliveira, M. S. (orgs.) (2011). Manual prático de
terapia cognitivo-comportamental. São Paulo: Casa do Psicólogo.
✓ Wright, J. et al (2010). Terapia cognitivo-comportamental para doenças mentais graves. Porto Alegre: Artmed.

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