Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Terapia Cognitivo-
Comportamental:
Práticas Baseadas em
Evidências na
Intervenção em Saúde
Mental
TCC nas intervenções em
Transtornos de Humor:
intervenções
comportamentais e
cognitivas para
modulação do afeto,
elações e depressões
PROFESSORA:
Ma. Renata Gomes Netto
EMENTA
O modelo cognitivo para entendimento dos diversos transtornos de
humor. Utilizando os testes e outras avaliações; Formulação cognitiva
dos casos de TH; Intervenções comportamentais e cognitivas.
Prevenção à recaídas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I - Conceitos
1.1. Definindo transtornos do humor
1.2. Aspectos epidemiológicos
1.3. Modelos de classificação
UNIDADE II - Transtorno Bipolar e Transtornos Relacionados
2.1. Tipos de transtornos
2.2. Escalas para avaliação
2.3. TCC para o Transtorno Bipolar
UNIDADE III - Transtornos Depressivos
3.1. Sintomas
3.2. Escalas e inventários diagnósticos
3.3. TCC para Transtornos Depressivos
3.4. Formulação Cognitiva de Caso
UNIDADE IV Prevenção de recaídas
4.1. Abordagem de prevenção de recaída
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Lembretes:
• MEUS OBJETIVOS
• Compartilhar conhecimento e experiência;
• Trazer atividades e conteúdos motivadores;
• Contribuir com o crescimento de todos.
O que você pode fazer para que participar da
disciplina de TCC nas intervenções em Transtornos
do Humor seja uma ótima experiência?
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I – Conceitos
Dalgalarrondo, 2008
Panorama
Humor ou estado de ânimo
O humor, ou estado de ânimo, é definido como o tônus afetivo do
indivíduo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a
pessoa em determinado momento. É a disposição afetiva de fundo
que penetra toda a experiência psíquica, a lente afetiva que dá às
vivências do sujeito, a cada momento, uma cor particular, ampliando
ou reduzindo o impacto das experiências reais e, muitas vezes,
modificando a natureza e o sentido das experiências vivenciadas.
Dalgalarrondo, 2008
Panorama
O homem atormentado pela depressão sempre existiu.
Concepções milenares buscam explicações na ciência e em
divindades que protegem ou castigam. Ideias e práticas de um
passado distante resistem ao tempo e permanecem ativas em
nossa mente, guiando o imaginário, os atos e novos
questionamentos.
Botega, 2018
Panorama
Botega, 2018
• Os transtornos do humor são
transtornos de saúde mental
nos quais as alterações
Panorama emocionais consistem em
períodos prolongados de
tristeza excessiva (depressão),
de exaltação excessiva ou de
euforia (mania), ou ambos.
• A depressão e a mania
representam os dois extremos
opostos, ou polos, dos
transtornos do humor.
Panorama
Os transtornos do humor também são conhecidos como transtornos
afetivos. Afeto significa estado emocional que se expressa por meio
de gestos e expressões faciais.
Tristeza e alegria são parte da vida cotidiana. A tristeza é uma
resposta universal à derrota, aos desapontamentos e a outras
situações adversas. A alegria é uma resposta universal ao sucesso, à
realização e a outras situações encorajadoras.
MSD, 2018
Panorama
❖ Nos transtornos do humor, ocorre desregulação de áreas cerebrais
relacionadas ao humor, ao prazer, à energia, aos impulsos, aos
pensamentos, e à psicomotricidade.
Juízo de
Movimentação realidade
física
Cognição
CID-10
DSM-5
DSM
APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• Esquizofrenia
• Transtorno esquizoafetivo
• TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS
• TRANSTORNO DEPRESSIVO
• Transtorno de ansiedade
• Transtorno obsessivo compulsivo e transtornos relacionados
• Transtornos relacionados ao trauma e estressores
APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• No DSM-IV havia um capítulo Transtorno de Humor, contendo Transtorno Bipolar,
Depressão, Distimia e Eutimia.
• O DSM-5 faz uma separação dos grupos diagnósticos. Temos um capítulo para
Transtorno Bipolar com Transtornos Relacionados e um novo capítulo com
Transtornos Depressivos.
• Esses capítulos foram separados, principalmente, em razão de não apresentarem as
mesmas características genéticas, apesar de compartilharem sintomas (Fava e Melo,
2015). Do ponto de vista genético, o transtorno bipolar é mais parecido com a
esquizofrenia do que com a própria depressão.
APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• Todos os capítulos apresentam um sub-capítulo “outro”, em que são
apresentados os diagnósticos menores, as condições mais clínicas que
fazem parte do modelo dimensional. Ex.: um indivíduo tem que estar há
duas semanas deprimido para poder fechar critério, mas se o clínico
julgar que tem prejuízo e sofrimento com 8 dias de humor deprimido,
poderá encontrar aqui diagnósticos que são compatíveis com esta porta
de entrada.
APA, 2014
DSM
Mudanças entre o DSM-IV e o DSM-5
• Crítica ao modelo dimensional: risco grande de se subjetivar demais o
diagnóstico. Um profissional pode enquadrar no diagnóstico, e outro
não. O manual endossa esse tipo de definição, dizer que sim ou que não,
e existe um grande risco de se patologizar demais os sintomas e fazer
mais diagnósticos. Estima-se que 50% da população esteja dentro do
DSM-5 porque o manual permite este tipo de condição.
DSM
Botega, 2010
Críticas gerais às classificações
❖A depressão tem várias faces:
- Em idosos tem mais sintomas somáticos, como dores e
alterações do apetite e da digestão, e menos sintomas psíquicos,
como tristeza e ideação depressiva.
Botega, 2010
Críticas gerais às classificações
Botega, 2010
Críticas gerais às classificações
❖Critérios amplos: pessoa entristecida devido à perda recente de
um ente querido pode preencher os critérios diagnósticos para
depressão.
❖Não é porque um paciente alcança os critérios de major
depression que ele deve ser medicado ou automaticamente
incluído em um ensaio clínico de antidepressivos.
❖A “uniformização” do diagnóstico de major depression, por ser
muito abarcante, passou a incluir milhões de pessoas que se
tornaram um alvo atraente para a indústria farmacêutica.
Botega, 2010
Podemos fazer diagnóstico?
Transtorno Depressivo Maior
Lei 4.119 de 1962, que regulamenta a profissão de psicólogos no Brasil, em seu §1º do artigo 13
estabelece que:
Procedimentos para codificação e registro ❖ Especificar:
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Resolução CFP Nº 015/1996
| RESOLUÇÃO CFP Nº 023/2007 |
Ementa: Institui e regulamenta a concessão de atestado Psicológico
para tratamento de saúde por problemas psicológicos.
O Conselho Federal de Psicologia, no uso de suas atribuições legais e regimentais:
Considerando
Procedimentosque opara
psicólogo é um profissional
codificação e registro que atua também na área da saúde, com fundamento,
❖ Especificar:
inclusive, na caracterização efetuada pela OIT, OMS e CBO;
Considerando que o parágrafo 1º. artigo 13º da Lei nº.- 4.119
Com sintomas
de 27 ansiosos
de agosto de 1962 estabelece que
❖Ao registrar o nome de um diagnóstico, - Com características mistas
é função do psicólogo a elaboração de diagnóstico psicológico;
os termos devem ser listados na seguinte - Com características melancólicas
Considerando que o psicólogo pode diagnosticar condições - Commentais que atípicas
incapacitem o paciente para o
ordem: transtorno
trabalho e/ou estudos;
depressivo maior, características
episódio único ou recorrente, - Com características psicóticas congruentes com o
Considerando que o psicólogo pode diagnosticar condições humor mentais que ofereçam riscos para o
especificadores de
paciente e para o próprio meio ambiente onde se insere; - Com características psicóticas incongruentes com o
gravidade/psicótico/remissão, seguidos humor
Considerando que para o devido restabelecimento do equilíbrio mental do paciente é muitas vezes
pelos seguintes especificadores sem
necessário seu afastamento das atividades laborais ou de - Com catatonia. Nota para codificação: Use o código
estudos;
código que se aplicam ao episódio atual. adicional 293.89 (F06.1).
Considerando que tal medida visa, sobretudo, a promover - Com ainício
saúde mental, garantir as condições de
no periparto
trabalho necessárias ao bem estar individual e social, valorizando
- Com padrãoossazonal
direitos do cidadão;
(somente episódio recorrente)
Considerando, ainda a ampla repercussão da resolução nº. 07/94, as discussões ocorridas em várias
instâncias e o deliberado no II Congresso Nacional de Psicologia.
APA, 2014
Resolve:
Art. 1º É atribuição do psicólogo a emissão de atestado psicológico circunscrito às suas atribuições
Transtorno Depressivo Maior
profissionais e com fundamento no diagnóstico psicológico produzido.
Parágrafo Único - Fica facultado ao psicólogo o uso do Código Internacional de Doenças - CID, ou
outros Códigos de diagnóstico, científica e socialmente reconhecidos, como fonte para enquadramento
de diagnóstico. ❖ Especificar:
Procedimentos para codificação e registro
Art. 2º Quando emitir atestado com a finalidade de afastamento para tratamento de saúde, fica o
psicólogo obrigado a manter em seus arquivos a documentação técnica
- Com sintomas que fundamente o atestado por
ansiosos
ele❖Ao registrar oe nome
concebido a de um diagnóstico,
registrar as situações - Com
decorrentes
características da
mistas emissão do mesmo.
os termos devem ser listados na seguinte - Com características melancólicas
Parágrafo
ordem:Único - Os Conselho
transtorno Regionaismaior,
depressivo poderão a qualquer tempo suscitar
- Com características atípicaso psicólogo a apresentar
a documentação que se refere o caput para comprovação da fundamentação
- Com científica
características psicóticas do atestado.
congruentes com o
episódio único ou recorrente,
Art. 3º No caso de o afastamento para tratamento de saúdehumorultrapassar a 15 (quinze) dias o paciente
especificadores
deverá ser encaminhado pela empresa à Perícia de da Previdência Social, para
- Com características efeito
psicóticas de concessão
incongruentes com ode
auxílio-doença.
gravidade/psicótico/remissão, seguidos humor
Art.pelos
4º O atestado
seguintesemitido pelo psicólogosem
especificadores deverá ser fornecido
- Com catatonia.aoNota
paciente, que porUse
para codificação: sua vez se
o código
incumbirá
códigodequeapresentá-lo a quem
se aplicam ao de atual.
episódio direito para efeito de 293.89
adicional justificativa
(F06.1). de falta, por motivo de
tratamento de saúde. - Com início no periparto
Art. 5º O psicólogo será profissionalmente responsável pelos
- Com termos
padrão sazonalcontidos no atestado
(somente episódio emitido,
recorrente)
devendo cumprir seu mister com zelo e competência sob pena de violação, dentre outros, do art. 2º,
alínea "m" do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Art. 6º Os casos omissos serão resolvidos pelos Conselhos Regionais.
Art. 7º
APA,Esta
2014Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Transtorno Depressivo Maior
https://site.cfp.org.br/contato/psicoterapia/
Procedimentos para codificação e registro ❖ Especificar:
APA, 2014
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Perda do
Incurabilidade
Livre-Arbítrio
Incapacidade
Desfiguramento da
Segregação social
Personalidade
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Basco, 2013
Modelo Cognitivo THB
Basco, 2013
Modelo Cognitivo THB
Basco, 2013
Modelo Cognitivo THB
Basco, 2013
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Pródromos da mania/hipomania
(Miklowitz (2002) e Colom e Vieta (2006)
FALAR MAIS RÁPIDO, DIRIGIR INICIAR NOVOS PROJETOS AUMENTO DO DESEJO SEXUAL
MAIS RÁPIDO
IRRITABILIDADE IMPACIÊNCIA
Pródromos da mania/hipomania
(Miklowitz (2002) e Colom e Vieta (2006)
Botega, 2018
Transtorno Bipolar
❖Elevação do humor (exaltação, alegria, euforia, irritabilidade,
hostilidade).
❖Diminuição da necessidade de sono.
❖Aceleração do pensamento, com muitas ideias e planos grandiosos.
❖Fala rápida, com pressão para falar, com frequentes mudanças de
assunto.
❖Hiperatividade, com aumento da energia.
❖Ideias de grandeza, com autoestima e otimismo exagerados.
❖Desinibição, indiscrição, maior interesse sexual.
❖Impulsividade, gastos insensatos ou exagerados.
Botega, 2018
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio Maníaco
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida
a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente
na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a
hospitalização se fizer necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Álcool, drogas de abuso,
• Critérios diagnósticos medicamentos ou
doenças comuns não
Episódio Maníaco foram responsáveis pelos
sintomas.
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados É uma tempestade química que produz
uma superexcitação: isso sobrecarrega
• Critérios diagnósticos todo o sistema cardiovascular, isso
afeta a imunidade, favorecendo várias
doenças, a vigilância imunológica sofre
Episódio Maníaco mutações, diminui a imunidade e o
• A. Um período distinto de humor anormal ecorpo não consegue acompanhar
persistentemente a
elevado, expansivo
excitação
ou irritável e aumento anormal e persistente cerebral. dirigida
da atividade O corpo manda
a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma semana sinais de fadiga e o cérebro
e presente nanão
maior parte
do dia, quase todos os dias (ou qualquer entende
duração,porqueseestá superexcitado. O se fizer
a hospitalização
necessária). paciente começa a definhar
fisicamente porque ele não se
• B. Durante o período de perturbação doalimenta,humor não e dorme
aumento e nãoda energia ou
sente
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas
cansaço, ele está (quatro se o humor é
sempre energizado.
apenas irritável) estão presentes em grau significativo **Memória e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados É mais que apenas bom humor.
Significa se sentir no topo do
• Critérios diagnósticos mundo como se você não
pudesse se sentir melhor, ou se
Episódio Maníaco sentir como se estivesse sob o
efeito de drogas, sem as ter
• A. Um período distinto de humor anormal e usado.
persistentemente elevado,
Humor irritável expansivo
que leva a
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma discussões,
semana e brigas, e sensação
presente de parte
na maior
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, nãoseseaaguentar.
hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados A questão do humor vai a
extremos, extremos de euforia,
• Critérios diagnósticos
mas ao mesmo tempo, quanto
mais alto, maior a altura, maior é
Episódio Maníaco o tombo quando este humor cai,
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado,
pode ir para os outros expansivo
extremos
ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou
de raiva, de irritabilidade e
da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se depressão.
a hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Os sintomas específicos devem
ocorrer juntos na mesma época.
• Critérios diagnósticos Se os sintomas de mania incluem
fala rápida, hiperatividade e
Episódio Maníaco humor eufórico, devem ocorrer
simultaneamente e durar um
• A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo
ou irritável e aumento anormal e persistente datempo mínimo
atividade para serem
dirigida a objetivos ou
da energia, com duração mínima de uma semanaconsiderados importantes
e presente na sob o parte
maior
do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração,aspecto clínico.
se a hospitalização se fizer
necessária).
• B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou
atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é
apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma
mudança notável do comportamento habitual.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Maníaco
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas
de sono).
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a
objetivos).
• 7. Envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou
investimentos financeiros insensatos).
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Como é o funcionamento em
casa? E no trabalho?
Como era antes dos sintomas
• Critérios diagnósticos
começarem?
Episódio Maníaco O que a família e os amigos
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade. dizem?
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado
Alguém na família com apenas
já passou portrês horas
de sono). isso?
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a
objetivos).
• 7. Envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou
investimentos financeiros insensatos).
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Maníaco
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo
acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de
hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem
características psicóticas.
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.
• Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo mas
que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse
tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, portanto, para um
diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
• Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio
maníaco na vida é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I.
APA, 2014
“Após a ida dele à última consulta, voltou aparentando ter consciência do seu estado de saúde
e reconhecendo o diagnóstico de transtorno bipolar, conforme folheto que o senhor lhe
entregou.
Espertamente, levantou a bandeira do diagnóstico para afirmar a todos à sua volta, inclusive no
ambiente de trabalho, que é uma pessoa doente e que, portanto, todos têm que aceitar e
respeitar sua condição. Com isso são obrigados a não incomodá-lo e acatar tudo o que ele
disser, sem oposição. A cada eventual contrariedade, reage em tom alto, muitas vezes aos
gritos, com sentimento de superioridade sobre tudo e sobre todos.
Continua instável e sente que tem um dom especial de curar por meio de rezas. Permanece na
fábrica até altas horas da madrugada e, quando chega em casa, não tem sono. Fica ligando para
as pessoas de madrugada – ‘contatos importantes’, segundo ele – e vai para a cama só às três
da madrugada, e às sete já está de pé, a mil.
No aspecto financeiro, tem demonstrado preocupações, porém, em seguida, vive a euforia da
riqueza, de poder, etc. Deu, por exemplo, cem reais de gorjeta para um manobrista do
estacionamento. Deixa os diretores e as chefias totalmente envergonhados com
comportamentos como esse. E agora deu de fazer insinuações sensuais dirigidas às funcionárias
e com certas revelações de sua intimidade. Me contaram isso...”
Botega, 2018
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Euforia,
irritabilidade,
expansividade
Autoestima
inflada Prolixidade
EPISÓDIO
Atividade dirigida a
objetivos MANÍACO Fuga de ideias
Agitação Redução do
psicomotora sono
Alteração de
atenção
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Euforia,
irritabilidade,
Expansividade
Autoestima
inflada Prolixidade
EPISÓDIO
Atividade dirigida
a objetivos MANÍACO Fuga de ideias
Agitação Redução do
psicomotora sono
Alteração de
atenção
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Euforia,
irritabilidade,
Expansividade
Autoestima
inflada Prolixidade
EPISÓDIO
Atividade dirigida
a objetivos MANÍACO Fuga de ideias
Agitação Redução do
psicomotora sono
Alteração de
atenção
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Hipomaníaco
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Hipomaníaco
• 1. Autoestima inflada ou grandiosidade.
• 2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas
de sono).
• 3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
• 4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
• 5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
• 6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja
sexualmente) ou agitação psicomotora.
• 7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências
dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
• Critérios diagnósticos
Episódio Hipomaníaco
• C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é
característica do indivíduo quando assintomático.
• D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras
pessoas.
• E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no
funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo
características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco.
• F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento, outro tratamento).
• Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo,
mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do efeito fisiológico desse
tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio hipomaníaco.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio Hipomaníaco
• Grau de comprometimento funcional: no hipomaníaco não “salta aos olhos”, a pessoa pode
parecer estranha, ser chata, inconveniente, impertinente, podemos ter uma má impressão
dela e afastar, mas pode não ser percebida como uma pessoa doente. “Ela é assim, tem
essas características que não me agradam, é inconveniente”.
• Quem a conhece sabe que normalmente ela não é assim, que está diferente do jeito dela,
que tem algo errado, ´pois ela não diria estas coisas, não se vestiria deste jeito, não faria
esses comentários, mas para quem não a conhece pode considerá-la uma pessoa
inconveniente, este é o hipomaníaco.
• Também pode perder o emprego, pode perder a namorada(o), não terminar a faculdade,
não ter uma vida social adequada, uma série de comprometimentos.
Progressão da Mania Não tratada
• Isso vale também para depressão. Existem vários estudos de patologias mentais crônicas associadas
à atrofia de regiões cerebrais e existem estudos mostrando que a psicoterapia pode reverter
parcialmente esta atrofia.
Episódio
THB Episódio
anormal e
persistentemente
hipomaníaco misto
TIPO I elevado, expansivo ou
irritável e aumento
anormal e persistente da
atividade ou da energia,
com duração mínima de
uma semana e presente
Episódio na maior parte do dia,
depressivo quase todos os dias.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco
Episódio
THB Episódio - Pelo menos um episódio
hipomaníaco com
hipomaníaco misto
TIPO I duração mínima de
quatro dias consecutivos
e presente na maior
parte do dia
Episódio
depressivo
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco
Episódio
THB Episódio - Sintomas presentes no
período de duas
hipomaníaco misto
TIPO I semanas e representar
uma mudança em
relação ao
funcionamento anterior
Episódio
depressivo
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco
Episódio
THB embora típicas e mais
- não
Episódiofrequentes, Sintomas
são presentes no
período
hipomaníaco mistoimprescindíveis para o de duas
TIPO I semanas
diagnóstico formal de e representar
THB. uma mudança em
relação ao
funcionamento anterior
Episódio
depressivo
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
maníaco Diagnóstico THB T1:
Episódio
THB Episódio
Tem sintomas de euforia e
ao mesmo tempo tem
hipomaníaco misto
TIPO I anedonia, humor
rebaixado, lentidão
psicomotora, ideação
suicida.
Um episódio dentro do
outro. Ao mesmo tempo
Episódio que tem o humor
depressivo expansivo, tem também
anedonia.
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Anedonia
Humor triste
Ideação
suicida
Sentimento de Sono
culpa
EPISÓDIO
MISTO
Atenção Fadiga
indecisão
Atividade Peso
psicomotora
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados Consequências Funcionais
Episódio
THB Episódio
muito aquém da recuperação dos
sintomas, em especial em
hipomaníaco misto
TIPO I relação à recuperação
funcionamento profissional. Os
do
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
depressivo
THB
TIPO II
Episódio
hipomaníaco
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
APA, 2014
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
Episódio
depressivo
O que se observa na prática clínica
Episódio
depressivo
Episódio
depressivo
Episódio
hipomaníaco
Botega, 2018
Transtorno Ciclotímico
• Quadro de difícil diagnóstico, porque a intensidade dos sintomas é bastante leve,
de forma que em nenhum momento o paciente tenha apresentado episódios de
hipomania ou de depressão e, desta maneira, a maioria dos portadores consegue
se manter funcional e com as atividades e relações de vida constantes, apesar da
continuidade de oscilações.
• Queixa clínica: problemas nas relações interpessoais, sem que se identifique que
muitas destas dificuldades vêm de oscilações de humor.
- Variações leves de humor no mesmo dia: manhã com lentificação e torpor, baixa
produção verbal, baixa autoestima e noites com maior excitação.
Ep.
Depressivo
Ep.
Hipomaníaco
“Na minha vida é tudo meio desgovernado, uma bagunça. Reajo muito forte a pequenos
problemas. Tenho momentos de descontrole em que perco as estribeiras, e momentos em
que eu me sinto a última das pessoas, entocada num canto escuro. Alguns dias de um jeito,
alguns dias de outro. Agora mesmo, terminei um noivado de dois anos, faz cinco dias. Não
aguentava mais ele!
Quero arrumar todas as minhas coisas, ser independente, mas trabalho num serviço público
e não dá muito retorno financeiro. Penso muito, mas fico perdida. Como agora, que entrei e
saí desse Facebook umas quinze vezes em sete dias.
Já recebi o diagnóstico de depressão, porque tem época que fico para baixo, sentindo que
não tenho capacidade. Então me isolo, só quero chorar... Ou dormir e comer, comer, comer...
É muito difícil controlar, até meus horários, pois à noite perco o sono e de manhã não quero
sair da cama!
Tem época que fico empolgada, acho que vou conseguir tudo, mas me perco e desisto no
meio do caminho. Aí minha válvula de escape é gastar! Estouro o cartão, perco tudo. Já
comprei cinco pares do mesmo sapato em cores diferentes. Depois desabo e penso em
morrer. Sei lá, não estou bem! Queria me sentir mais equilibrada.”
Escalas avaliativas
• https://kandelscreen.com/welcome/
Diagnóstico diferencial
Irritável
Hostil/Agressivo
Transtorno do Impulsivo TDAH
Humor Bipolar Inquieto
Distraído
Diagnóstico diferencial
Irritável
Transtorno do Hostil/Agressivo
Impulsivo TDAH
Humor Bipolar
Inquieto
Distraído
Diagnóstico diferencial
Transtorno do Humor Bipolar X TDAH
• Componentes que mais auxiliam no diferencial:
- humor expansivo/eufórico que é mais do bipolar. O hiperativo em geral não tem esse
humor, pelo contrário, ele tem tantas consequências negativas da hiperatividade que ele
geralmente apresenta uma tendência à depressão, baixa autoestima, auto conceito
deficitário.
- Hiperativo é hiperativo sempre, e o bipolar tem episódios.
Verdadeiro ou falso?
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
❖Verdadeiro ou falso
❖Verdadeiro ou falso
❖Verdadeiro ou falso
❖Verdadeiro ou falso
4. Tudo o que você precisa para ficar bem é tomar a sua medicação todos os
dias.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
❖Verdadeiro ou falso
5. Não existe nada que você possa fazer para parar a depressão ou a mania
depois que iniciam.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
❖Verdadeiro ou falso
❖Verdadeiro ou falso
7. Para lidar com o transtorno bipolar, você tem que desistir do que é
emocionante na vida.
Transtorno Bipolar e
Transtornos Relacionados
❖Verdadeiro ou falso
❖Verdadeiro ou falso
9. Você pode lidar com a doença sozinho. Você não precisa de ajuda.
“E então por que eu iria querer ter alguma coisa a ver com essa doença?
Porque acredito sinceramente que, em consequência dela, senti mais coisas e
com maior profundidade; tive mais experiências, mais intensas; amei mais e
fui mais amada; ri mais vezes por ter chorado mais vezes; apreciei mais as
primaveras apesar de todos os invernos; vesti a morte ‘bem junto ao corpo
como calça jeans’, aprendi a apreciá-la, e à vida, mais; vi o que há de melhor e
mais terrível nas pessoas e aos poucos aprendi os valores do afeto, da
lealdade e de ir até o fim. Conheci os limites da minha mente e do meu
coração, e percebi como os dois são frágeis e como, em última análise, são
incognoscíveis. Em depressão, engatinhei para poder atravessar um quarto e
fiz isso meses a fio. No entanto, normal ou maníaca, corri mais, pensei mais
rápido e amei mais do que a maioria das pessoas que conheço. E creio que
boa parte disso está relacionada à minha doença – à intensidade que ela
confere às coisas e à perspectiva que ela me impõe. Creio que ela me fez
testar os limites da minha mente (que, embora deficiente, está firme) bem
como os limites da minha criação, família, formação e dos meus amigos.”
(Kay Redfield Jamison – Uma mente inquieta)
Tratamento do Transtorno Bipolar
• VARIÁVEIS PESSOAIS
1) Ocorre a remissão dos sintomas e não vê a necessidade de continuar
o tratamento.
Tratamento do 2) A medicação termina e não pede outra receita.
3) Nega ter um transtorno/estigma crônico associado á doença bipolar.
THB 4) Esquecimento.
• VARIÁVEIS DO TRATAMENTO
ADESÃO 1 )Efeitos secundários da medicação.
2) O programa de medicação não se ajusta ao programa pessoal do
paciente.
3) O paciente é encaminhado para outros médicos, que muda o
tratamento.
• VARIÁVEIS COGNITIVAS
ADESÃO 1) O paciente não gosta da ideia de ter de depender dos
fármacos.
2) O paciente acredita que deveria ser capaz de controlar, por
si mesmo as mudanças e humor.
3)O paciente atribui erroneamente os sintomas do TB a outra
fonte.
4) O paciente suspeita das intenções do psiquiatra.
Estrutura das sessões
Tratamento do
THB • Revisão do humor (sintomas apresentados
durante a semana – olhar a lista de sinais e
sintomas).
Intervenções • Adesão à medicação.
• Eventos importantes.
TCC • Tarefa de casa.
• Definição da agenda.
• Direcionar para os tópicos escolhidos.
• Concluir retomando os tópicos discutidos.
• Nova tarefa de casa.
Diagrama de Conceituação cognitiva
• Fase depressiva
• Eutimia
• Fase maníaca
Tratamento do
THB • Pode-se pensar que são três pessoas totalmente
diferentes, porque ele tem crenças complemente
diferentes, ele segue regras diferentes, ele tem
estratégias diferentes, tudo diferente:
Desfiguramento de personalidade.
Avaliação cognitiva, comportamental e
interpessoal
PSICOEDUCAÇÃO
ADESÃO AO TRATAMENTO
Tratamento do
THB INTERVENÇÕES COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS
PROBLEMAS PSICOSSOCIAIS
- Procurar o psiquiatra.
- Aumentar o número de horas de sono (mínimo de 10h).
- Estabelecer atividades essenciais e se é necessário
pedir ajuda.
- Atividades estimulantes não devem durar mais de
6h/dia.
- Não curar a impulsividade com exercícios físicos; quanto
mais atividade fizer, mais estimulado ficará e pior será o
episódio.
- Evitar ambientes estimulantes (boates, etc.) e procurar
ambientes relaxantes.
- Evitar bebidas estimulantes.
- Limitar os gastos (deixar outra pessoa responsável por
contas pessoais e cartões de crédito), por, no mínimo,
48h.
- Nunca tomar decisões importantes nesses momentos.
- Não se permitir “ir além” nesses momentos, “quanto
mais alto subimos, maior a queda”.
Medidas terapêuticas para uma crise depressiva:
Pai (83)77777-66666
Mãe (83)44444-55555
Recomendações:
• Estabilizar o Humor:
PSICOEDUCAÇÃO tratar os episódios de mania, hipomania, mistos
tratar a depressão
tratar a ciclagem rápida
prevenir novas crises
Tratamento do • Tratamento Farmacológico
THB
• Tenho que tomar medicação quanto tempo?
PSICOEDUCAÇÃO • Estou bem e ainda assim preciso tomar remédio?
• Estou engordando.
• Estou impotente.
• Não é raro que as pessoas com TB tenham tido
experiências ruins com a medicação no passado,
especialmente se os seus sintomas foram tão
graves que necessitaram de uma hospitalização ou
Tratamento do um tratamento de emergência, ou se o diagnóstico
THB não estava claro no momento em que foi iniciado o
tratamento. Este tipo de experiência pode fazer
com que os pacientes tenham algumas suspeitas
sobre as intenções de seus psiquiatras e sobre a
utilidade da farmacoterapia.
Contrato de adesão: parte1
1.Aderência à medicação:
• Quando eu falei sobre a medicação, o que veio a sua
Tratamento do mente?
THB
2.Psicoeducando sobre THB e terapêutica:
• Qual é a sua ideia e da sua família sobre THB?
Intervenções TCC
3.Redução dos sintomas maníacos/ hipomaníacos:
• Reconhecer sinais precoces, regular sono e
alimentação
Tratamento do
●Revisar os tipos de pensamentos que possam servir
THB de indicadores do início da mania (pensamentos
irritáveis, pensamentos de desejar assumir um número
maior de atividade, pensamentos de maior
Intervenções autoconfiança ou grandiosidade...)
TCC ●Treinar os pacientes para identificar alterações
positivas do humor e pensamentos associados aos
episódios maníacos ou hipomaníacos.
●Reestruturação cognitiva para as cognições distorcidas
pela hipomania.
●Ensinar métodos para avaliar os planos antes de
colocá-los em prática.
• Mudanças Cognitivas na Mania: teste de
realidade dos pensamentos
Tratamento do
THB • RPD
• Identifique os tipos de pensamentos arriscados,
hipomaníacos
Intervenções - “Sou invencível”
- “Tudo vai dar certo de algum jeito”
TCC - “Tenho que agir de acordo com os meus sentimentos”
Substitua-os por:
•Planejamento cuidadoso
•Análise dos prós e contras
•Revisão das experiências anteriores
• Mudanças Cognitivas na Mania: teste de
realidade dos pensamentos – reduzir impulsividade
Tratamento do
THB • Planejamento ativo (priorizar e reduzir).
• Priorizar as atividades.
Intervenções • Usar um período de espera reflexiva entre
pensamentos e ações, e entre as emoções e as
TCC ações.
• Nunca tomar grandes decisões na vida quando as
emoções estão mais intensas.
• Sentar e escutar; Não se isolar nem destoar; não
dominar conversações.
• Estimular controle (reconhecer situações de risco e
evitá-las).
Mudanças Cognitivas na Mania: teste de realidade dos
Tratamento do pensamentos – reduzir impulsividade
THB
Substituir padrões arriscados de pensamento por:
• Planejamento cuidadoso: Prever as possíveis consequências,
Intervenções Imaginar o que poderia dar errado, Visualizar as piores hipóteses;
• Analisar os prós e contras;
TCC
• Revisar as experiências anteriores para aprender lições;
• Abordar as Crenças Disfuncionais;
• “Quanto mais intensamente eu sinto algo, mais preciso tomar uma
atitude a esse respeito, o quanto antes melhor.”
• “Quanto mais intensamente eu me sinto mal, mais os outros são
obrigados a me ajudar e ignorar minha atuação.”
Ensaio Cognitivo
Tratamento do
THB • Imaginar o procedimento de uma tarefa a ser
realizada na imaginação.
• Prestando atenção aos detalhes de tal execução,
Intervenções neutraliza a tendência de a mente vagar.
• Sistema pré-programado para executar atarefa.
TCC
• Identificar obstáculos potenciais (cognitivos,
comportamentais ou ambientais) que impeçam a
realização da tarefa.
• Ex.: uma paciente com dificuldade de ir uma
entrevista de emprego. Fazer todo o processo na
imaginação.
Treino Assertivo e Dramatização
Tratamento do
THB • Técnicas de Modelagem
• Treinamento e ensaio Comportamental
• Dramatização: papéis representados por paciente
Intervenções e terapeuta com o objetivo de melhorar e
TCC entender melhor as relações sociais.
• Assim procura-se esclarecer cognições
autoderrotistas ou interferentes.
Intervenções TCC “Por outro lado, já conversamos sobre como está sua
impulsividade. A restrição quanto a dirigir, além de
temporária, é para protegê-lo e evitar acidentes. Todos
nós contamos com a sua compreensão e
colaboração!.”
Modular o afeto
Tratamento do
• Relaxamento e controle da respiração.
THB • Classificar a intensidade da emoção.
• Ensinar o paciente a observar e documentar
pensamentos e comportamentos que acompanham
Intervenções os sentimentos extremos.
TCC • Vá atrás dos esquemas que influenciam esses
pensamentos e comportamentos.
• Ensinar aos pacientes como resistir contra agir
impulsivamente com suas emoções. Institua um
período de espera.
• Ajudar o paciente a gerar e usar imagens agradáveis.
• Evocar memórias específicas e agradáveis.
• Um dos obstáculos mais frequentes para uma boa
Tratamento do comunicação é a EMOÇÃO. Esta constitui um filtro pela
qual as mensagens podem ser distorcidas.
THB
• O THB caracteriza-se por mudanças emocionais
extremas acompanhadas por mudanças na visão de si
Intervenções e dos outros. Tanto as mudanças cognitivas ou de
TCC atitudes quanto as mudanças emocionais afetarão o
envio e a recepção das mensagens: tensão e conflitos.
Basco, 2013
Tratamento do THB
Intervenções TCC
Basco, 2013
Tratamento do THB
Intervenções TCC
Basco, 2013
Tratamento do THB
Intervenções TCC
Basco, 2013
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE III - Transtornos Depressivos
3.1. Sinais e sintomas
3.2. Escalas e inventários diagnósticos
3.3. TCC para Transtornos Depressivos
3.4. Formulação Cognitiva de Caso
Definições da depressão
Três níveis diferentes:
Sintomatologia
Sindrômico
Nosológico
Nível sintomatológico
Nível Sindrômico
Dificuldade de sentir.
Dificuldade de chorar.
Dificuldade de expressar.
Epidemiologia
Ministério da Saúde
Estranheza de si
❖Eu não era assim, não sou mais eu!
❖Acordo, levanto meu cadáver, visto a armadura e vou trabalhar.
❖Estou desconectado do mundo, parado no tempo.
❖Agora eu me sinto fraco, vulnerável...
❖Perdi a confiança, encaro minhas vitórias como farsas.
❖Me sinto oco, fui comido por cupim!
❖Tenho medo de enlouquecer, de ficar que nem a minha mãe...
❖Meu Deus, não me abandone.
Mudança nos afetos e prazeres
❖Sinto uma tristeza profunda.
❖Estou de mal com o mundo, sem alegria de viver.
❖Não me animo mais com as coisas.
❖O tempo todo segurando o choro...
❖Sinto medo de tudo, medo de viver e medo de morrer.
❖Sexo?! Silêncio total no front...!
❖Me esforço, recebo meus netos, ponho a mesa, mas não é como antes...
❖Estou implicante e mal-humorado, explodindo com as pessoas.
❖Eu me irrito só de ouvir a TV ligada.
Inibição e bloqueio
❖Está tudo difícil e complicado.
❖Leio e não consigo assimilar, emburreci!
❖Me sinto amarrada, não consigo fazer nada.
❖Tenho que me arrastar para o trabalho.
❖Algo me paralisa, vivo insegura, com travas e medos.
❖Só penso em voltar atrás no negócio, isso fica martelando o tempo
todo.
❖Estou mais apagado, meio paradão...
❖Não tenho mais coragem de mexer com as plantas.
❖Carrego um monte de “eu tenho que...”, mas cadê o botão de start?
Sofrimento do corpo
❖De madrugada começa o martírio.
❖Já acordo cansado, a pata de um elefante afundando meu peito...
❖Um peso nas pernas, uma canseira nos braços...
❖Dá um nó, não consigo engolir a comida.
❖Sinto esse amargor na boca, a língua grossa, sem paladar.
❖Emagreci sete quilos, estou pele e osso!
❖O estômago embrulhado, não faz digestão...
❖Não consigo achar apoio no chão.
❖Se puder, durmo o dia todo.
Negativismo
❖Tenho esse sentimento de que sou má.
❖O tempo todo ruminando: será que vai dar certo?
❖Uma simples conta de luz já me põe a nocaute.
❖Tenho pensamentos horríveis, só penso em doença.
❖Eu me culpo pelos erros do passado.
❖Se me descobrissem um câncer, seria melhor.
❖Três dias de UTI e não morri; até nisso eu falhei.
❖A roupa bonita que vi na vitrine, parece que ela não é para mim.
❖Por que não me atiro por aquela janela?
Comportamento inusitado
❖Não tenho mais atitude, fico adiando tudo o que tenho que fazer.
❖Grudei na esposa, só durmo se ela segurar a minha mão.
❖Procuro desculpas pra não sair, não quero ver gente.
❖Faz uma semana que não lavo o cabelo.
❖Só penso em me afundar nas cobertas.
❖Para conseguir dar conta, bebo uma garrafa de vinho.
❖Estou sem freio, explodindo por qualquer coisinha...
❖Ando ríspida, impositiva, sarcástica.
❖Fico ressentido com a alegria dos outros.
❖O shopping fechando, eu sozinha no meu carro, o choro no caminho de casa...
Epidemiologia
❖De acordo com a OMS, a depressão situa-se em 4º lugar entre as
principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus
acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar
quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da
vida (11,9%).
❖A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida,
mas pode começar em qualquer idade. Estudos mostram
prevalência ao longo da vida em até 20% nas mulheres e 12% para
os homens.
Ministério da Saúde
Epidemiologia 1996
Ministério da Saúde
Epidemiologia
❖Em quase todas as culturas contemporâneas que foram estudadas, as
mulheres têm maior probabilidade de sofrer de depressão do que os homens
– probabilidade duas vezes maior, em média, uma discrepância que aparece
na adolescência e desaparece em idade mais avançada. Pode haver inúmeras
razões para isso, desde as alterações hormonais femininas até o fato de que
as mulheres tendem a ter menos poder na sociedade do que os homens,
colocam maior ênfase em agradar aos outros e talvez tenham maior
inclinação para ruminação. Contudo, mulheres e homens podem obter os
mesmos benefícios com TCC e medicamentos.
Leahy, 2015
A depressão é uma
epidemia mundial
que priva as vidas
de significado
e alegria,
e pode até matar.
Leahy, 2015
Por que estamos mais deprimidos que
nunca?
❖ Aumento no individualismo.
Leahy, 2015
Fatores de risco
❖ Existem inúmeros fatores que contribuem para um risco mais elevado:
- Ficar viúvo
- Divorciar-se ou separar-se são preditores importantes de depressão
- Conflito sério no relacionamento.
Leahy, 2015
Fatores de risco
Teoria Diátese/Estresse de Beck
❖ Existem inúmeros fatores que contribuem para um risco mais elevado:
- Ficar viúvo Muitos tipos de experiência podem
ativar os esquemas depressivos, mas
- Divorciar-se ou separar-se são preditores importantes de depressão
principalmente aquelas que são
- Conflito sério no relacionamento. estressoras.
Leahy, 2015
Fatores de risco
Leahy, 2015
Fatores de risco
Fatores de estresse que
❖Estar desempregado também é umexperimentamos
fator: para muitos,
interagemdesemprego
com
significa não só uma perda de renda,vulnerabilidades
mas também uma perda de
cognitivas
identidade, de contato e de sentimento de estimulando
específicas, realização.a ocorrência
da depressão.
❖O desemprego não precisa conduzir à depressão; mas se você está
deprimido, tende a encará-lo a partir de uma perspectiva negativa –
como um sinal de vergonha, de fracasso e de impotência.
Leahy, 2015
Dados
Quanto tempo dura a depressão?
❖Risco de recorrência
- Aumenta na razão de 16% a cada
novo episódio de TDM.
- Diminui à medida que o paciente
for capaz de permanecer bem por
um período maior.
Leahy, 2015
Dados
Isso é só depressão?
Leahy, 2015
• A depressão e a bipolaridade são
transtornos com etiologia multifatorial
(APA, 2014; Beck e Bredemeier, 2016).
Acredita-se que existam fatores
biológicos (risco genético e variáveis
neuroquímicas), psicológicos (crenças e
distorções cognitivas características) e
sociais (estressores ambientais e sociais)
que contribuem para o
desenvolvimento dessas doenças.
Transtornos Depressivos
❖Já tive pacientes com Transtorno Depressivo? Qual foi minha maior
dificuldade?
https://www.menti.com/etay7frean
Transtornos Depressivos
❖Transtorno disruptivo da desregulação do humor
❖Transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior)
❖Transtorno depressivo persistente (distimia)
❖Transtorno disfórico pré-menstrual
❖Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento
❖Transtorno depressivo devido a outra condição médica
❖Outro transtorno depressivo especificado (outros diagnósticos menores)
❖Transtorno depressivo não especificado
APA, 2014
Transtornos Depressivos
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
A palavra maior não é para designar
uma depressão terrível ou do pior tipo
possível; é apenas uma distinção.
❖Representa a condição clássica desse grupo de
Dentro do Transtorno Bipolar pode ser
transtornos. chamada de Depressão Bipolar, e de
❖Caracterizado por episódios distintos deDepressão
pelo menosUnipolar nos casos em que
duas
semanas de duração, embora a maioria nunca
doshouve episódio de mania ou
episódios
hipomania.
dure um tempo consideravelmente maior.
❖Envolve alterações nítidas no afeto, na cognição e em
funções neurovegetativas, e remissões interepisódicas.
❖O diagnóstico baseado em um único episódio é possível,
embora transtorno seja recorrente na maioria dos casos.
APA, 2014
Diferenças clínicas entre depressão bipolar e unipolar
Sintomas Bipolar Unipolar
História familiar de transtorno bipolar +
ou dependência química.
-
Idade de início
‹ 30 anos › 30 anos
Modo de início Abrupto Insidioso
Comorbidade com TDAH + -
Duração dos episódios
‹ 6 meses › 6 meses
Número de episódios depressivos Muitos Poucos
prévios
Sintomas depressivos mais comuns Humor lábil ou misto Humor deprimido e energia
Sintomas no sono Excesso de sono Falta de sono
Sintomas no apetite Aumento de apetite Falta de apetite
Outros sintomas depressivos Atípicos, psicóticos, culpa patológica Sintomas vegetativos
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
LUTO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Procedimentos para codificação e registro
Especificador da gravidade/curso Episódio único Episódio recorrente
Leve 296.21 (F32.0) 296.31 (F33.0)
Moderada 296.22 (F32.1) 296.32 (F33.1)
Grave 296.23 (F32.2) 296.33 (F33.2)
Com características psicóticas 296.24 (F32.3) 296.34 (F33.3)
Em remissão parcial 296.25 (F32.4) 296.35 (F33.41)
Em remissão completa 296.26 (F32.5) 296.36 (F33.42)
Não especificado 296.20 (F32.9) 290.30 (F33.9)
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Procedimentos para codificação e registro Sempre que houver presença de ideia
Especificador da gravidade/curso suicida,
Episódioestamos
único falando derecorrente
Episódio um
quadro grave. Sempre!
Leve 296.21 (F32.0) 296.31 (F33.0)
Moderada 296.22 suicida
Ideação (F32.1) é grave: prioridade
296.32 (F33.1)
–
Grave tem que(F32.2)
296.23 estar vivo para fazer(F33.2)
296.33 as
outras metas que se quer fazer com
Com características psicóticas 296.24
ele. (F32.3) é manter296.34
A prioridade (F33.3)
o paciente
Em remissão parcial vivo.
296.25 (F32.4) 296.35 (F33.41)
Em remissão completa 296.26 (F32.5) 296.36 (F33.42)
Não especificado 296.20 (F32.9) 290.30 (F33.9)
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido
ou (2) perda do interesse ou prazer.
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por
relato subjetivo ou observação feita por outros. Nota: Em crianças e
adolescentes, pode ser humor irritável interesse ou prazer acentuadamente
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
atividades.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma alteração a partir do
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido
ou (2) perda do interesse ou prazer.
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, indicado por
relato subjetivo ou observação feita por Esta regra por vezes engana, porque
outros. Nota: Em crianças e
algumas
adolescentes, pode ser humor irritável interesse oupessoas
prazerpassam por períodos
acentuadamente
tão longos de depressão que isso
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
passou a ser o seu estado normal e
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
atividades. elas esqueceram de como eram.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Humor deprimido, triste,
Critérios diagnósticos desesperançado, desencorajado ou
“na fossa”, vazio, sem sentimentos ou
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes
com sentimentos durante
ansiosos. Alguns o
mesmo período de 2 semanas e representam umaqueixas
enfatizam alteração a partir
somáticas em vezdo
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humordedeprimido
de relatar sentimentos tristeza.
ou (2) perda do interesse ou prazer. Humor triste não regride mesmo que
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos
algo bom os dias,ouindicado
aconteça; tem humor por
relato subjetivo ou observação feita por outros.reativo, seNota:
animamEm crianças
enquanto um e
adolescentes, pode ser humor irritável interesse
eventoou prazer
ocorre, acentuadamente
e quando termina, o
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
humor rapidamente volta ao estado
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
deprimido.
atividades.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Menor interesse por passatempos,
“não se importar mais” ou falta de
Critérios diagnósticos
prazer com qualquer atividade
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram anteriormente considerada
presentes durante o
mesmo período de 2 semanas e representam uma prazerosa. alteração a partir do
A depressão
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é maior é vivenciada
(1) humor deprimido
ou (2) perda do interesse ou prazer. principalmente como uma mudança
(1) Humor deprimido na maior parte do dia, quasena emoçãotodose noosdesejo.
dias, Se você estápor
indicado
relato subjetivo ou observação feita por outros.feliz e temNota:
outros sintomas de
Em crianças e
depressão
adolescentes, pode ser humor irritável interesse maior, apresenta
ou prazer maior
acentuadamente
diminuídos por todas ou quase todas as atividades.
probabilidade de ter outro problema,
(2) Interesse ou prazer acentuadamente diminuídoscomo por
umatodas
disfunção
ou na tireóide
quase ou as
todas
atividades. um diabetes sem controle adequado,
ou um vírus.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
Insônia: intermediária ou terminal;
(3) Perda ou ganho significativo de peso semestar em mais raro: inicial.
dieta, ou diminuição
ou aumento do apetite quase todos os dias. Nota: Em crianças, considerar
falha em apresentar os ganhos de peso esperados.
(4) Insônia ou hipersonia quase todos os dias.
(5) Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por
outros, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais
lento).
(6) Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior Incapacidade de ficar sentado quieto, ficar
andando sem parar, agitar as mãos, puxar ou
esfregar a pele, roupas ou outros objetos.
Critérios diagnósticos Retardo psicomotor: discurso, pensamento ou
movimentos corporais lentificados, maiores
(3) Perda ou ganho significativo de pesopausas
sempara responder;
estar em dieta,fala diminuída em
ou diminuição
ou aumento do apetite quase todos termos
os dias.de volume,
Nota: Em quantidade ou variedade
crianças, de
considerar
falha em apresentar os ganhos de peso esperados. conteúdos, ou mutismo.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros)
Avaliações irrealistas e negativas do próprio
(9) pensamentos de morte recorrentes (nãovalor, apenas medo decheias
preocupações morrer), ideação
de culpa ou
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa
ruminações de pequenos
acerca de suicídio fracassos
ou planodo
específico para cometer suicídio. passado. Sentimento de desvalia.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
Distração, dificuldades de memória.
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva
Desejo deounão
inadequada (que
acordar, crença pode
de que os ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente) outros estariam melhor se estivesse morto,
pensamentos e planos de suicídio.
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada (que pode ser
delirante), quase todos os dias (não meramente auto recriminação ou culpa por
estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou indecisão, quase todos
os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outros).
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer), ideação
suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano
específico para cometer suicídio.
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Critérios diagnósticos
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior.
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas por
um desastre natural, uma doença médica grave ou incapacidade) podem incluir os
sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite
e perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio
depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados
apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta
normal a uma perda significativa, também deve ser cuidadosamente considerada.
Essa decisão requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico baseado na
história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no
contexto de uma perda.*
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Prevalência
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Desenvolvimento e curso
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Desenvolvimento e curso
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
Desenvolvimento e curso
APA, 2014
Transtorno Depressivo Maior
• Entendimento dos quadros depressivos: a imensa
maioria dos transtornos mentais tem uma etiologia, uma
causa multifatorial, não se fala de um único fator, mas
um conjunto de fatores: biológicos, psicológicos, sociais
e outras variáveis que podem impactar na saúde do
indivíduo levando-o a ter um episódio depressivo e assim
por diante.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)
Características diagnósticas
❖Forma mais crônica de depressão, pode ser diagnosticada quando a
perturbação do humor continua por pelo menos dois anos em adultos e um
ano em crianças.
❖Depressão maior pode preceder o transtorno depressivo persistente, e
episódios depressivos maiores podem ocorrer durante o transtorno
depressivo persistente.
❖Indivíduos cujos sintomas satisfazem os critérios para transtorno depressivo
maior por dois anos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo
persistente, além de transtorno depressivo maior.
APA, 2014
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)
Características diagnósticas
APA, 2014
Transtorno Depressivo Persistente (Distimia) – 300-4 (F34.1)
Desenvolvimento e curso
APA, 2014
Objetivos Gerais da Avaliação
⤋
Depressão decorrente das próprias cognições e esquemas cognitivos
disfuncionais: os pacientes com depressão acreditam e agem como se as coisas
estivessem piores do que realmente são.
INDIVÍDUO
COGNIÇÕES
SI MESMO NEGATIVAS MUNDO
Eu não mereço
Meus colegas me
estar aqui.
acham estúpido.
INDIVÍDUO
COGNIÇÕES
SI MESMO NEGATIVAS MUNDO
Eu serei
FUTURO reprovado.
Young et al, 2009
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo
Si mesmo
“...Não sei se vale a pena o investimento na minha pessoa... Acho que nada vale a pena e que minha
vida não tem jeito... Perdi a fé em mim... Nunca mais tinha me sentido tão feia e desleixada... E gorda...
Nunca me sinto adequada... Estou péssima, desnorteada, sem chão... Me sinto pior do que uma
prostituta. Já cheguei a me sentir tão desvalorizada, humilhada, um nada, como elas... Me sinto
culpada... Perdi o norte, o rumo, me sinto à deriva.”
Mundo
“Minhas colegas me decepcionaram Futuro
profundamente... Me sinto como uma criança
assustada que se perdeu dos pais numa cidade
estranha... A vida de todos que conheço
acontece e a minha parece que congelou... “...Juntando ao sentimento de que eu não vou
Meus encontros afetivos são horríveis. conseguir vencer e que não adianta nada eu
Ninguém permanece comigo... Fora o fato de lutar... Tenho medo do meu futuro! Tenho
estar aqui neste apartamento... Que aumentou medo de acabar só e na miséria! Meus sonhos
muito as despesas... Me sinto moralmente talvez nunca aconteçam... Tenho medo de ficar
sem ter com quem contar. Até minha mãe está em busca de um homem que eu ame e que me
impaciente comigo.” ame, o qual nunca virá.”
Visão de si:
- - Sou vulnerável; Sou solitário; Sou defeituoso;
Não sou amado; Sou incompetente para me
relacionar com as pessoas.
- + Sou inteligente; Sou esforçado.
Beck, 2013
Depressão e TCC
Distorções Cognitivas
Beck, 2013
Depressão e TCC
Modelo Cognitivo
❖Pacientes deprimidos distorcem constantemente suas interpretações de eventos,
de forma que mantêm visões negativas de si mesmos, do ambiente e do futuro: São
os pensamentos distorcidos, ideias e imagens a base dos sintomas da depressão.
❖Qualquer detalhe é usado para confirmar a sua crença, não interessa uma
justificativa plausível, o contato com a realidade.
Correlação e não
causalidade
Comportamento Emoção
“Eu faço” “Eu sinto”
COMPORTAMENTO
EMOÇÃO
-------------------------------------------------
Visão de si
SITUAÇÃO PENSAMENTOS Visão do mundo
AUTOMÁTICOS
-------------------------------------------------
Visão do futuro
Beck, 2013
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Gilbert, 2019
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Gilbert, 2019
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
❖A TCC não é mostrar às pessoas que elas estão sendo irracionais ou erradas
em seu pensamento, mas investigar como e onde elas ficaram presas e
envolvidas em maneiras compreensíveis, mas inúteis de tentar, da melhor
maneira que podem, entender seus problemas e ficar (ou permanecer)
seguras.
Gilbert, 2019
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Gilbert, 2019
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA
TCC
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Sazonalidade: flor é só
na época de flor, maçã Jaqueira só vai dar
é só na época de maçã. jaca.
Sofrem muita
influência do
ambiente imediato. São os mais
aparentes.
Os produtos são o
que a árvore mais
tem. Os produtos não dão a
“shape” da árvore, mas
são o que mais vende.
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Exercício
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
346
Wright, Basco, Tase, 2008
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
349
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
351
Neufeld e Cavenage, 2010
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
352
Neufeld e Cavenage, 2010
Depressão e TCC
Conceitualização cognitiva
Tríade Categorias a Área da vida Área da Vida II Área da Vida III Área da vida IV
cognitiva serem I Trabalho Rel. amoroso Rel. amigos
levantadas Família
Situação I Quando avalia que não fez tudo o que Ao iniciar um relacionamento e
pode no trabalho ou nos estudos enfrentar qualquer dificuldade
o que fazer
Significado do PA O futuro é incerto. Tenho que me O futuro é incerto, tendendo ao
esforçar fracasso
354
Tríade Categorias a serem Área da vida I Área da Vida II Área da Vida III
cogni levantadas Família Trabalho Rel. amoroso
tiva
Situação I Mãe vai ajudá-la em casa com Pensar sobre o retorno ao Marido pergunta se ela dormiu
o bebê. trabalho. enquanto a filha dormia.
Pensamento - Minha está vindo obrigada. Meus pacientes não Por que não pergunta se eu
Automático Estou dando muito trabalho. reconhecem o meu trabalho. descansei? Pensa que eu sou
Não consigo cuidar da minha uma funcionária dele, que deve
filha sozinha. Não mereço satisfação de produtividade.
apoio.
Significado do PA Sou incapaz, não sou Sou incompetente. Sou ineficiente.
suficiente, sou fraca. Não sou boa o suficiente para Sou um fracasso.
Sobre si
- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo. “Significa que ele é quem manda.”
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. (Se for verdade, o que isso significa?)
Estratégias Compensatórias ou de Manutenção de Crenças
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 360
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)
Crenças nucleares são afirmações do tipo “tudo ou nada”
você mesmo, os outros e o mundo. Não é um
sobre
pensamento “Às vezes sou incompetente”, é uma crença de
Crenças-Regra
que
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) “Sou
nuclear(es)? incompetente” (de forma absoluta).
Qual a contraparte negativa desse pressuposto? (negativamente ativada)
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer meu trabalho.
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não possoNossas
aumentar ocrenças
preço da minha consulta. são
nucleares ativadas quando
experimentamos estados de humor fortes ou temos
- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo. experiências que são muito positivas ou muito negativas.
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. Quando estamos nos sentindo bem, nossas crenças nucleares
positivas estão ativas (“Sou inteligente”), quando temos
- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho,estados
sendo inconveniente.
de humor negativos, nossas crenças nucleares
- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém.
negativas são ativadas (“Sou estúpido”).
Depois de ativadas, nossas crenças nucleares afetam a forma
Estratégias Compensatórias ou devemos
como Manutenção de Crenças
as coisas, dando origem a pensamentos
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
automáticos (positivos ou negativos) e pressupostos
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
relacionados.
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 361
Crenças Nucleares
Quais são as crenças mais nucleares do paciente a respeito de si mesmo?
- Eu sou incompetente. Sou fraca. Sou dependente. Não mereço atenção. (aparecem nos pensamentos automáticos)
Crenças-Regra
Que pressuposto positivo o ajudou a lidar com sua(s) crença(s) nuclear(es)?
Qual a contraparte negativa desse pressuposto?
- Se eu fizer uma consulta mais longa, então meus pacientes vão reconhecer meu trabalho.
- Se eu não fizer uma consulta mais longa, então não possoQuando
aumentarestamos com
o preço da umconsulta.
minha humor positivo e cometemos um
erro, podemos pensar “Se cometi um erro, posso consertá-lo
- Se eu fico calada, ninguém fica chateado comigo. porque sou inteligente”. Quando cometemos um erro em um
- Se não fico calda, então posso magoar as pessoas. dia em que estamos com um humor negativo, podemos
pensar “Se cometi um erro, isso mostra o quanto sou
- Se as pessoas me ajudam, então eu estou dando trabalho,estúpido”.
sendo inconveniente.
- Se as pessoas não me ajudam, então não incomodo ninguém.
Estratégias Compensatórias ou de Manutenção de Crenças
Que comportamentos o ajudaram a lidar com a(s) crença(s) nuclear(es)?
- Desenvolver altos padrões de atendimento - Procurar por falhas e corrigir
- Trabalhar com afinco - Evitar pedir ajuda
- Preparar-se excessivamente 362
Tríade Categorias a serem Área da vida I Área da Vida II Área da Vida III
cogni levantadas Família Trabalho Rel. amoroso
tiva
Situação I Mãe vai ajudá-la em casa Pensar sobre o retorno ao Marido pergunta se ela dormiu
com o bebê trabalho. enquanto o filho dormia.
Comportamento Chora. Não aumenta o preço da Fica calada, não conversa sobre
Não pede ajuda quando consulta. o assunto.
precisa. Consulta longa. Chora no banho.
Não pede ajuda.
Como construir um pensamento alternativo:
- As sessões iniciais são também dirigidas à definição dos problemas dos pacientes,
elaborando-se a conceituação cognitiva ou formulação do caso. Nessas sessões, o
terapeuta ajudará o paciente a identificar:
1) as crenças disfuncionais específicas associadas à depressão;
2) as distorções cognitivas mais comuns e a caracterização dos pensamentos
automáticos;
3) as reações fisiológicas, emocionais e comportamentais consequentes aos
pensamentos;
4) que comportamentos foram desenvolvidos para enfrentar as crenças disfuncionais;
5) como as experiências anteriores têm contribuído na manutenção das crenças do
paciente.
Powell et al, 2008
Aplicação da TCC na Depressão
❖ Uma vez que o paciente tenha conhecimento sobre os fatores mantenedores
do comportamento depressivo, serão aplicadas nas sessões intermediárias
técnicas que auxiliem o paciente no manejo dos sintomas.
O que promove?
Como Construir:
○ Defina o problema;
○ Formule a tarefa/atividade (da mais simples para a mais complexa);
○ Faça a observação imediata das experiências bem sucedidas;
○ Identificar e avaliar dúvidas, reações negativas e minimizações das realizações pelo
paciente (intervenha);
○ Incentive uma avaliação realista do resultado e do desempenho;
○ Ênfase no esforço do paciente;
○ Desenvolver de forma colaborativa novas atividades mais complexas.
Solicitar ao paciente para listar atividades que lhe deem prazer ou que ele aprecia:
○ Que tipo de coisas você gostava de aprender antes de estar deprimido?
○ O que você gostava de fazer com outras pessoas?
○ O que você gosta de fazer que custe até R$...?
Como parte do plano de ação o paciente pode separar as atividades do quadro da seguinte
forma:
○ Quais as atividades que tem relação com os meus valores de vida?
○ O que estou fazendo para me sentir melhor?
○ Nos dias em que me senti melhor o que eu estava fazendo?
- Fazer juntamente com o cliente uma lista de atividades prazerosas que ele
poderá realizar ao longo do tratamento.
- A proposta é que ele possa realizar uma por dia, apontando na frente da
atividade realizada como se sentiu ao fazê-la.
- Após trinta dias de atividades registradas, avaliar quais foram as dez que
provocaram as maiores mudanças de humor. Essas atividades seriam alvo para
a promoção do reforçamento positivo e de seus efeitos “antidepressivos”.
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Quando a depressão se estabelece, muitas vezes nos afastamos de
muitas atividades em virtude da baixa energia e da falta de interesse.
Embora essa reação seja compreensível, ela frequentemente leva a
sintomas de depressão mais graves.
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Muitos de nós esperamos nos sentir melhor para podermos voltar às
coisas de que gostávamos. Porém, é muito mais eficiente começar a
fazer atividades agradáveis aos poucos, mesmo que não tenhamos
vontade. O interesse nas atividades virá depois. Essa abordagem é a
fundação da ativação comportamental para depressão.
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ O primeiro passo da ativação comportamental é determinar o que é
importante para nós em cada domínio particular que estamos tentando
mudar. O que valorizamos nessa área? Quando há clareza sobre nossos
valores, temos mais probabilidade de encontrar atividades
recompensadoras oriundas deles.
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Valores
❖Dentro da concepção
comportamental, são
regras aprendidas na
história do indivíduo. O
cliente é convidado a listar
em uma tabela os valores
pessoais em que esteve
envolvido, ou que gostaria
de se envolver.
Abreu e Abreu, 2015
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖ Olhe para seus objetivos: Passo 1 – Defina seus valores para cada área.
- Em que áreas estão e o que você valoriza em cada uma dessas áreas?
- Nossos valores podem nos ajudar a criar atividades que os apoiam, e
atividades que achamos recompensadoras podem nos indicar o que
valorizamos.
- A palavra valor pode significar coisas diferentes. Em ativação
comportamental, ela simplesmente se refere ao que é importante para
você. Ela ajuda a dividir seus valores em áreas da vida para torná-los
mais fáceis de reconhecer.
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
❖Valores não têm ponto de chegada e, ao contrário de objetivos e
atividades, continuam indefinidamente.
❖Eles tendem a empregar verbos de sentido mais amplo. Por exemplo,
ser um bom amigo, desfrutar de tempo na natureza e aprender sobre o
mundo. Por sua vez, matricular-se numa aula de botânica é uma
atividade com um fim.
❖Valores muitas vezes estão ligados a nosso autoconceito, já que refletem
o tipo de pessoa que queremos ser.
❖Podem ser tão grandiosos ou modestos quanto você quiser que sejam.
❖Valores são pessoais e variam muito entre indivíduos.
Gillihan, 2021
Área Listar Valor Grau de importância O quanto seus comportamentos foram
(0-10) consistentes com esse valor na última
semana?
Rel. familiares
Rel. sociais
Rel. íntimos
Educação/treinamento
Emprego/carreira
Hobbies/recreação
Serviço voluntário
Hábitos de saúde
Espiritualidade
Questões psicológicas
Abreu e Abreu, 2015
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Gillihan, 2021
Depressão e TCC
Estratégias: Ativação Comportamental
Passo 2: Identifique atividades revitalizantes.
❖Pense em atividades que se enquadram em cada um dos valores
identificados e adicione-as ao formulário em que registrou seus valores.
Gillihan, 2021
Técnicas cognitivas
❖Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD)
❖Psicoeducação
❖Continuum Cognitivo
❖Diálogo Socrático
❖Seta descendente
REGISTRO DE PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS
Quando você perceber o seu humor se alterando, pergunte a si mesmo “O que está passando pela minha cabeça
agora?” e, assim que possível, anote o pensamento ou imagem no espaço para Pensamento Automático.
Quando você perceber o seu humor se alterando, pergunte a si mesmo “O que está passando pela minha cabeça
agora?” e, assim que possível, anote o pensamento ou imagem no espaço para Pensamento Automático.
Quando você perceber o seu humor se alterando, pergunte a si mesmo “O que está passando pela minha cabeça
agora?” e, assim que possível, anote o pensamento ou imagem no espaço para Pensamento Automático.
Leahy, 2015
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Perfeccionismo mal-adaptativo versus adaptativo
Mal-adaptativo adaptativo
1- Minhas metas são tão altas que quase 1- Minhas metas são altas, mas realistas.
nunca consigo atingi-las.
2- Não suporto cometer erros. 2- Não gosto de erros, mas posso aceita-los.
3- Foco em meus aspectos negativos em vez 3- Equilibro meus aspectos negativos com os
de nos positivos. positivos.
4- Nada do que faço parece ser 4- Consigo obter satisfação com meu
suficientemente bom. trabalho.
Leahy, 2015
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Lidar com os erros
Leahy, 2015
Depressão e TCC
Estratégias Cognitivas
❖ Levantamento de evidências
- Identificar o pensamento a ser avaliado.
- Testar o pensamento negativo com uma versão positiva dele. “Eu sou um
fracasso” por “Tive alguns sucessos”.
- Listar as evidências contra e a favor da validade do pensamento.
- Incluir “evidências” emocionais e irracionais, porque isso ajudará a entender
como você está pensando a respeito dessas coisas.
- Pesar evidências contra e a favor da validade do pensamento, dividindo 100
pontos entre as duas. O resultado é 50/50? 60/40? Ou alguma outra
proporção?
Powell et al, 2008
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo
Continuum Cognitivo
Não vou me sair Pode não dar certo Nunca vou me sair bem
bem na apresentação dessa vez, mas podem no meu trabalho.
gostar da minha
apresentação.
Diálogo Socrático
- Um bom modo de refletir sobre algum assunto é partir de uma pergunta.
Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Um bom modo de refletir sobre algum
É umassunto
método édepartir de uma
descoberta pergunta.
guiada.
Um dos pilares
- O terapeuta ajuda o cliente a identificar da TCC: é uma
as principais técnica?e a adotar
cognições
perspectivas mais realistas e adaptativas, o que leva o cliente a se sentir
Trazer à tona o que o cliente está pensando: não é o que o
melhor emocionalmente, se comportar com está
terapeuta mais funcionalidade e/ou
pensando.
diminuir sua excitação psicológica.
Ao invés de falar, PERGUNTE!
Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Após identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais do cliente,
busca-se que ele, de forma mais ativa e direta, busque uma interpretação
alternativa e menos geradora de sofrimento.
Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Após identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais do cliente,
busca-se que ele, de forma mais ativa e direta, busque uma interpretação
alternativa e menos geradora de sofrimento.
Pensamentos não são fatos!
Beck, 2013
Diálogo Socrático
- Auxilia o cliente a reconhecer e modificar o pensamento desadaptativo.
Beck, 2013
Diálogo Socrático
- O cliente necessita de um método estruturado para avaliar seu pensamento;
de outra forma, suas respostas aos pensamentos automáticos poderão ser
superficiais, além de não operarem melhora no seu humor ou funcionamento.
- A avaliação deve ser imparcial. Você não quer que o cliente, por exemplo,
ignore evidências que apoiam um pensamento automático, invente uma
explicação alternativa que não seja provável ou adote uma visão positiva
irrealista do que poderia acontecer.
Beck, 2013
Estratégias Cognitivas
Diálogo socrático (Descoberta guiada)
Beck, 2013
Diálogo Socrático
Diálogo socrático (Descoberta guiada)
Beck, 2013
Estou baseando este pensamento em fatos ou
sentimentos? É uma emocionalização?
Ou é uma “verdade” por que estou sofrendo por
isso?
Este pensamento é “tudo ou nada?”
Ou é mais complexo que isso?
Beck, 2013
Diálogo Socrático
Terapeuta: Qual é o efeito de você acreditar neste pensamento automático?
cliente: Quando eu acredito, eu fico muito triste e frustrado...
Terapeuta: Qual poderia ser o efeito de mudar o seu pensamento?
cliente: eu me sentiria mais aliviado...
Terapeuta: Você poderia fazer algo com relação à isso?
cliente: eu poderia tentar pensar de uma forma diferente.
Terapeuta: Se um amigo estivesse na mesma situação e tivesse esse pensamento o que você
diria a ele?
cliente: eu diria à ele que muitas vezes é coisa da nossa cabeça e que não devemos ficar
acreditando tanto nesses pensamentos ruins...
Beck, 2013
Diálogo Socrático
PA - “Eu não mereço coisas boas”
Terapeuta: Quais as evidências que comprovam que o seu PA é verdadeiro?
cliente: Bem. Eu já perdi de ano 2 vezes. Minha mãe me abandonou quando eu era pequeno.
Terapeuta: Quais as evidências que comprovam que o seu PA não é verdadeiro?
cliente: Ah sei lá...As vezes as pessoas falam que sou uma pessoa boa, prestativa, mas não
acredito muito nelas...Eu também adotei uma criança, acho que pelo menos neste ponto eu
consigo ser alguém que merece ser feliz.
Beck, 2013
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Cronicidade Critérios diagnósticos plenos mantidos durante mais de dois anos seguidos.
Vázquez et. Al., 2012
Recaídas e recorrências
❖Os episódios sucessivos parecem cada vez mais autônomos ou
menos ligados a fatores estressantes. Passa a existir uma espécie
de sensibilização: quantidades cada vez menores de estímulos
estressantes podem disparar reações de intensidade comparável.
Leahy, 2015
Prevenção de recaídas
❖A TCC é mais eficaz do que o uso de medicamentos na prevenção
de recaída para pacientes que melhoram e depois descontinuam
seu tratamento.
Leahy, 2015
Prevenção de recaídas
Leahy, 2015
Prevenção de recaídas
❖Evite ruminar
Leahy, 2015
Muito Obrigada!