Você está na página 1de 6

ANAMNESE/EXAME PSÍQUICO

 NOME
 IDADE
 SEXO
 ESTADO CIVIL/OCUPAÇÃO
(Estabelecer uma conexão pessoal e acolhedora é importante para construir confiança).
 QUEIXA PRINCIPAL
(O motivo que levou o paciente a buscar ajuda psiquiátrica).
 HISTÓRICO DA DOENÇA ATUAL
1. Duração
2. Intensidade
3. Fatores Desencadeantes
 HISTÓRICO MÉDICA
1. Condições médicas anteriores
2. Histórico de tratamento psiquiátrico
3. Hospitalizações
4. Alergias, medicamentos e outras questões medicas relevantes
 HISTÓRICO FAMILIAR
(Explorar possíveis históricos de doenças mentais na família, uma vez que isso pode
ter implicações genéticas e ambientais na saúde mental do paciente).
 HISTÓRICO PSICOSSOCIAL
(Entender o ambiente familiar, educação, trabalho, relacionamentos, eventos
traumáticos passados e experiências significativas que podem impactar a saúde mental
do paciente).
 USO DE SUBSTÂNCIAS
1. Álcool
2. Drogas Ilícitas
3. Medicamentos prescritos, incluindo o padrão de uso
 EXAME MENTAL
(Esse exame mental permite ao profissional obter uma compreensão mais profunda
das características psicológicas e emocionais do paciente e pode ajudar no diagnóstico
e planejamento do tratamento).
Observação minuciosa, atenta e perspicaz do comportamento do paciente, o conteúdo
de seu discurso e seu modo de falar, sua mímica, postura, vestimenta, a forma como
reage, seu estilo de relacionamento com o entrevistador, assim como com outros
pacientes e com seus familiares.
Verificar atentamente aspectos do:
Cuidado pessoal da paciente higiene, trajes, postura geral, mímica;
Atitude global durante a entrevista (atitude calma, hostil, desconfiada, assustada,
apática, desinibida, indiferente, etc.)

*ATENÇÃO*
1. Normoprosexia (funcionamento normal da atenção);
2. Hipoprosexia (diminuição global da atenção e concentração);
3. Tenacidade (capacidade de concentração e manutenção da atenção sobre
determinado objeto);
4. Vigilância (capacidade de mudar de forma flexível de objeto para objeto);

Verificar se há diminuição global da atenção e dificuldade de


Concentração;
Distraibilidade e diminuição da capacidade de fixar a atenção são
típicos da síndrome maníaca (hipotenacidade e hipervigilância).

*ORIENTAÇÃO*

Verificar a orientação alopsíquica (quanto ao tempo e quanto ao espaço) e a


autopsíquica (quanto a si mesmo);
Os pacientes com desorientação temporal ou temporoespacial apresentam
frequentemente quadros de delirium (delirium = estado de confusão mental ou
síndrome orgânico cerebral aguda (delirium é latim para "estar fora de si").

*CONSCIÊNCIA*
Estado normal: vigil ou desperto.
1. Alterações quantitativas da consciência: obnubilação (não responder a
perguntas feitas; não conseguir se expressar), torpor (sentimento de
desânimo ou indolência; apatia ou prostração), sopor (sonolência, sono
pesado, letargia), coma (rebaixamento profundo do estado de
consciência).
2. Alterações qualitativas: estado dissociativo (desequilíbrio psicológico,
havendo alterações na consciência, memória, identidade, emoção,
percepção do ambiente, controle dos movimentos e comportamento),
estado hipnótico (o paciente não deixa de estar consciente, não sendo,
por isso, possível incutir-lhe qualquer sugestão contra a sua vontade ou
que contrarie os seus valores e princípios).

*VIVENCIA DO TEMPO E DO ESPAÇO*


1. A vivência do espaço no indivíduo em estado maníaco é a de um espaço
extremamente dilatado e amplo, que invade o das outras pessoas. O
paciente desconhece as fronteiras espaciais e vive como se todo o espaço
exterior fosse seu.
2. Quadros depressivos, o espaço exterior pode ser vivenciado como muito
encolhido, contraído, escuro e pouco penetrável pelo indivíduo e pelos
outros.
3. Já o paciente com quadro paranoide vivencia seu espaço interior como
invadido por aspectos ameaçadores, perigosos e hostis do mundo. O
espaço exterior é, em princípio, invasivo, fonte de perigos e ameaças.
4. No caso do indivíduo com agorafobia, o espaço exterior é percebido
como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.

*MEMÓRIA*

1. Memória imediata, recente e remota;


2. Memória de fixação (que implica percepção, registro e fixação);
3. Memória de evocação (a evocação (ou recuperação) envolve a organização dos traços
de memória em uma sequência coerente no tempo);
4. Pacientes com quadros demenciais devem sempre, por definição, apresentar algum
grau de dificuldade mnêmica.

CRIPTOMNÉSIA: é o nome dado a um fenômeno psicológico, caracterizado por um


distúrbio no processamento de memórias. Todos os seres humanos são suscetíveis a ele, de
modo que sob o seu efeito, informações esquecidas são trazidas à tona e, incapazes de
reconhecê-las como lembranças, a tomamos como ideias novas.

Fenômeno psicológico no qual uma pessoa acredita ter criado ou ter conhecimento de algo
novo, mas na verdade está apenas recordando algo que já foi visto ou ouvido
anteriormente.

ECMNÉSIA: evocação alucinatória de ocorrências do passado, com esquecimento de fatos


recentes.

*SENSOPERCEPÇÃO*

1. Ilusão (percepção deformada de um objeto real);


2. Alucinação (percepção sem a presença de objeto estimulante, estímulo percebido
como vindo de fora do corpo, de forma nítida e corpórea).

As ilusões e alucinações visuais são mais frequentemente de etiologia orgânica, enquanto


as auditivas estão mais associadas às psicoses funcionais (esquizofrenia, mania e depressão
psicóticas).

*PENSAMENTO*

Verificar o curso (velocidade e modo de fluir), a forma (estrutura do pensamento e o


conteúdo [temas principais]) do pensamento do paciente;
Verificar se o pensamento está lentificado (síndromes depressivas, delirium,
demências) ou acelerado (síndromes maníacas);
Verificar se o pensamento está desorganizado, incoerente ou de difícil compreensão
(fuga de ideias, descarrilamento, desagregação, pensamento confusional, etc.).

*JUÍZO DE REALIDADE*

1. Identificar se o juízo falso é ideia prevalente por importância afetiva, crença cultural
ou verdadeiro delírio.
2. Descrever as características do delírio: simples – um tema único, ou complexo –
vários temas entrelaçados; sistematizado – organizado, ou não sistematizado.
3. Verificar o grau de convicção, a extensão do delírio (em relação às várias esferas da
vida), a incompatibilidade com a realidade, a pressão (para agir) e a resposta afetiva
do paciente ao seu delírio.

*AFETIVIDADE*

Estado de humor basal, emoções e sentimentos predominantes. Descrever o humor


(depressivo, eufórico, irritado, exaltado, pueril, ansioso, apático).

*VOLIÇÃO*

Processo volitivo: fase de intenção ou propósito, deliberação, decisão e execução.

Verificar se o paciente realiza atos volitivos normais ou apresenta atos impulsivos


(“curto circuito” do ato volitivo).
Verificar se há redução da vontade (hipobulia = diminuição ou abulia = incapacidade).

*LINGUAGEM*

1. Alterações orgânicas da linguagem: afasias, alexias, agrafias. Nas afasias de


expressão, há diminuição da fluência verbal e frequentes erros gramaticais, sendo a
compreensão preservada. Nas afasias de compreensão, há fluência normal ou
aumentada, a fala é incompreensível e o paciente não entende o que lhe dizem.
2. Alterações psiquiátricas da linguagem: inibição da linguagem, mutismo, loquacidade
(aumento do fluxo sem incoerência), logorréia (aumento do fluxo com incoerência),
perseverações verbais, ecolalia, mussitação, neologismos.

*PSICOMOTRICIDADE*

Lentificação ou aceleração, estereotipias motoras (ações repetitivas ou ritualísticas vindas


do movimento, da postura ou da fala), maneirismos (gesticulação artificial, exagerada ou
ritualística de movimentos corporais), ecopraxias (repetição involuntária ou a imitação dos
movimentos de outras pessoas).

Se houver agitação psicomotora tentar caracterizar (agitação maníaca, confusional,


paranoide, epilética, etc.), assim como se houver quadro de estupor (falta de resposta
em que a pessoa somente pode ser despertada com estímulo físico vigoroso), tentar
caracterizar o seu tipo (estupor depressivo, esquizofrênico catatônico, psicogênico ou
orgânico).

*INTELIGÊNCIA*

Verificar se há deficiência intelectual.

*PERSONALIDADE*

Descrever a personalidade ao longo da vida.

Lembrar que a personalidade se caracteriza por ser estável, duradoura e corresponde


ao modo de ser do indivíduo após a adolescência, nas suas relações interpessoais e nas
formas de reagir ao ambiente. Os traços e alterações devem estar presentes mesmo
fora dos episódios psiquiátricos.

Você também pode gostar