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EXERCÍCIO DE REVISÃO DE PSICOPATOLOGIA

1 Delirium é o termo atual mais adequado para designar a maior parte das síndromes confusionais
agudas (o termo “paciente confuso”, muito usado em serviços de emergência e enfermarias médicas,
refere-se a tais síndromes confusionais). Cabe ressaltar que esses termos (síndrome confusional e
paciente confuso) dão ênfase ao aspecto confuso do pensamento e do discurso do paciente (fala
incongruente, com conteúdos absurdos e sem articulação lógica), um dos traços do delirium, mas não
necessariamente o mais importante ou mais freqüente. Dessarte, assinale a opção que NÃO apresenta
características do delirium.

a) Apresenta vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhados
de desorientação temporoespacial.
b) Apresenta dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou
lentificação psicomotora.
c) Apresenta discurso ilógico e confuso e ilusões e/ou alucinações, quase sempre visuais.
d) Trata-se de um quadro que oscila muito ao longo do dia. Geralmente, o paciente está com o sensório
claro pela manhã e no início da tarde e seu nível de consciência “afunda” no final da tarde e à noite,
surgindo, então, ilusões e alucinações visuais e intensificando-se a desorientação e a confusão do
pensamento e do discurso.
e) Apresenta idéia delirante; alteração do juízo de realidade encontrada principalmente em psicóticos
esquizofrênicos.

2 A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade
mental sobre determinado objeto (Cuvillier, 1937). Os termos “consciência” e “atenção” estão
estreitamente relacionados. A determinação do nível de consciência é essencial para a avaliação da
atenção (Cohen; Salloway; Zawacki, 2006). Dessarte, assinale a opção ERRADA quanto aos tipos de
atenção em relação à direção e à amplitude do processo atencional.
a) A atenção externa é projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior
ou para o corpo, geralmente de natureza mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos.
b) A atenção interna se volta para os processos mentais do próprio indivíduo. É uma atenção mais
reflexiva, introspectiva e meditativa.
c) A atenção focal se mantém concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e
restrito da consciência.
d) A atenção dispersa não se concentra em um campo determinado, espalhando-se de modo menos
delimitado.
e) Atenção flutuante consiste em deixar funcionar livremente sua própria atividade mental, consciente e
inconsciente, deixando livre a atenção e suspendendo ao máximo as motivações, os desejos e os planos
próprios.

3 A atenção se refere ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de
selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. As alterações
da atenção podem ocorrer tanto em distúrbios neurológicos e neuropsicológicos como em transtornos
mentais. Assinale a opção ERRADA quanto às alterações da atenção.
a) A distração é, ao contrário da distraibilidade, um estado patológico que se exprime por instabilidade
marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-
se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo.
b) Hipoprosexia é uma perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, o que
dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão.
c) Aprosexia é a total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os
estímulos utilizados.
d) A hiperprosexia consiste em um estado da atenção exacerbada, no qual há uma tendência incoercível
a obstinar-se, a deter-se indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente infatigabilidade.
e) A distração é um sinal, não de déficit propriamente, mas de superconcentração ativa da atenção sobre
determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais.

4 A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é elemento básico da


atividade mental. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das
perturbações do nível de consciência. Além disso, as alterações da orientação também podem ser
decorrentes de déficits de memória (como nas demências) e de qualquer transtorno mental grave que
desorganize o funcionamento mental global. Quanto aos conceitos de orientação, assinale a opção que
completa CORRETAMENTE as lacunas.

A orientação ___________ é a orientação do indivíduo em relação a si mesmo. Revela se o sujeito


sabe quem é: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil, etc. Já a orientação __________diz
respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, isto é, quanto ao espaço (orientação espacial) e
quanto ao tempo (orientação temporal).
Em relação à orientação_________, é importante verificar claramente se o paciente sabe o tipo de
lugar em que está, se pode dizer o nome do lugar e onde se situa esse lugar.A ________ trata-se de
orientação mais sofisticada que a espacial e a autopsíquica. A orientação _______indica se o paciente sabe
em que momento cronológico está vivendo, a hora do dia, se é manhã, tarde ou noite, o dia da semana, o
dia do mês, o mês do ano, a época do ano, bem como o ano corrente.

a) Autopsíquica; alopsíquica; espacial; temporal; temporal.


b) Alopsíquica; espacial; temporal; temporal; autopsíquica.
c) Espacial; temporal; temporal; autopsíquica; alopsíquica.
d) Temporal; temporal; autopsíquica; alopsíquica; espacial.
e) Temporal; autopsíquica; alopsíquica; espacial; temporal.

5 [...] donde provém a alma e qual é a sua natureza e quais são essas coisas que, vindo ao encontro
da gente acordada, mas abalada pela doença ou mergulhada no sono, aterrorizam os espíritos, dando-
nos a ilusão de que estão diante de nós, e os podemos ouvir, aqueles cujos ossos tocados pela morte se
encontram recobertos de terra. (Lucrécio, 1973, p. 41) Quanto às alterações da percepção, assinale a
opção
ERRADA.
a) Nas alterações quantitativas, as imagens perceptivas têm intensidade anormal, para mais ou para
menos, configurando hiperestesias, hiperpatias, hipoestesias, anestesias e analgesias.
b) As alterações qualitativas da sensopercepção são as menos importantes em psicopatologia.
Compreendem as ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudoalucinação.
c) A hiperestesia, no sentido psicopatológico, é a condição na qual as percepções encontram-se
anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração.
d) Define-se alucinação como a percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo
sensorial respectivo.
e) O fenômeno descrito como ilusão se caracteriza pela percepção deformada, alterada, de um objeto real
e presente

6 Embora as alucinações sejam mais comuns em indivíduos com transtornos mentais graves,
podem ocorrer em pessoas que não os apresentem. Um estudo de Tien (1991) revelou que alucinações
de qualquer tipo ocorrem na população normal com a incidência anual de 4 a 5%, sendo as visuais mais
comuns que as auditivas. Dessa forma, indivíduos sem transtornos mentais podem ter visões ou ouvir
vozes, sobretudo a de parentes próximos já mortos, devido ao desejo intenso de reencontrálos
(Behrendt; Young, 2004). Nesse estio, assinale a opção ERRA quanto aos tipos de alucianção:
a) As alucinações cinestésicas são vivenciadas pelo paciente como sensações alteradas de movimentos
do corpo, como sentir o corpo afundando, as pernas encolhendo ou um braço se elevando.
b) Denominam-se alucinações funcionais as verdadeiras alucinações desencadeadas por estímulos
sensoriais. A alucinação funcional difere da ilusão, pois enquanto esta é a deformação de uma
percepção de um objeto real e presente, aquela é uma alucinação (ausência do objeto) apenas
desencadeada por um estímulo real.
c) Alucinação autoscópica é uma alucinação visual (que também pode apresentar componentes táteis e
cenestésicos) na qual o indivíduo enxerga a si mesmo, vê o seu corpo, como se estivesse fora dele,
contemplando-o.
d) A alucinação denominada alucinose é o fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como
estranha à sua pessoa.
e) As alucinações hipnapômpicas se manifestam no momento em que o indivíduo está adormecendo. Não
são sempre fenômenos patológicos, podendo ocorrer em pessoas sem transtornos mentais.

7 A memória é a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já ocorridos.


A capacidade de memorizar relaciona-se intimamente com o nível de consciência, com a atenção e com
o interesse afetivo. Tudo o que uma pessoa aprende em sua vida depende intimamente da capacidade
de memorização. Assinale a opção CORRETA quanto às alterações quantitativas da memória.
a) Na hipomnésia as representações (elementos mnêmicos) afluem rapidamente, em tropel, ganhando em
número, perdendo, porém, em clareza e precisão.
b) Denomina-se hipermnésia, de forma genérica, a perda da memória, seja a da capacidade de fixar ou a
da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
c) Na amnésia psicogênica, há perda de elementos mnêmicos focais, os quais têm valor psicológico
específico (simbólico, afetivo). O indivíduo esquece, por exemplo, um evento de sua vida (que teve
um significado especial para ele), mas consegue lembrar de tudo que ocorreu ao seu “redor”.
d) Na amnésia retrógrada, o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento
que lhe causou o dano cerebral.
e) Na amnésia anterógrada, o indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início da doença
(trauma).

8 As alterações qualitativas da memória envolvem sobretudo a deformação do processo de


evocação de conteúdos mnêmicos previamente fixados. O indivíduo apresenta lembrança deformada
que não corresponde à sensopercepção original. Assinale a opção CORRETA quanto às alterações
qualitativas da memória.
a) Pseudologia fantástica. Neste caso, há o acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de
memória.
b) Alucinações mnêmicas. São verdadeiras criações imaginativas com a aparência de lembranças ou
reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança
verdadeira.
c) Criptomnésias são invenções, produtos da imaginação do paciente, que preenchem um vazio da
memória. O paciente não tem intenção de mentir ou enganar o entrevistador.
d) Ecmnésia. Trata-se de um falseamento da memória, em que as lembranças aparecem como fatos novos
ao paciente, que não as reconhece como lembranças, vivendo-as como uma descoberta.
e) As fabulações (ou confabulações). Trata-se da recapitulação e da revivescência intensa, abreviada e
panorâmica, da existência, uma recordação condensada de muitos eventos passados, que ocorre em
breve período.

9 A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas.
Sem afetividade, a vida mental torna-se vazia, sem sabor. Afetividade é um termo genérico, que
compreende várias modalidades de vivências afetivas, como o humor, as emoções e os sentimentos.
Assinale a opção ERRADA quanto às alterações da afetividade.
a) Distimia, em psicopatologia geral, é o termo que designa a alteração básica do humor, tanto no sentido
da inibição como no sentido da exaltação.
b) O termo disforia, por sua vez, diz respeito à distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva
desagradável, mal-humorada.
c) A puerilidade é uma alteração do humor que se caracteriza pelo aspecto infantil, simplório, regredido.
d) Na irritabilidade patológica, há hiper-reatividade desagradável, hostil e, eventualmente, agressiva a
estímulos (mesmo leves) do meio exterior.
e) O sintoma distimia é equivalente a o transtorno distimia, que, segundo as classificações da CID-10 e
do DSMV, é um transtorno depressivo leve e crônico.

10 Os afetos acoplam-se a idéias, anexando a elas um colorido afetivo. Seriam, assim, o componente
emocional de uma idéia. Em acepção mais ampla, usa-se também o termo afeto para designar, de modo
inespecífico, qualquer estado de humor, sentimento ou emoção. Embora muitos autores utilizem os
termos ansiedade e angústia como sinônimos, cabe ressaltar algumas diferenças sutis entre tais
conceitos. Assinale a opção que preenche CORRETAMENTE as lacunas.
A _______ é definida como estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro,
inquietação interna desagradável. O termo ______ relaciona-se diretamente à sensação de aperto no peito
e na garganta, de compressão, sufocamento. Assemelha-se muito à ________, mas tem conotação mais
corporal e mais relacionada ao passado. Cabe ressaltar que o _______, caracterizado por referir-se a um
objeto mais ou menos preciso, diferencia-se da _________ e da_________, que não se referem a objetos
precisos.
a) Ansiedade; angústia; ansiedade; medo; ansiedade; angústia.
b) Angústia; ansiedade; medo; ansiedade; angústia; ansiedade.
c) Ansiedade; medo; ansiedade; angústia; ansiedade; angústia.
d) Medo; ansiedade; angústia; ansiedade; angústia; medo.
e) Medo; ansiedade; angústia; ansiedade; angústia; ansiedade.

11 A semiologia, tomada em um sentido geral, é a ciência dos signos, não se restringindo obviamente à
medicina, à psiquiatria ou à psicologia. É campo de grande importância para o estudo da linguagem
(semiótica lingüística), da música (semiologia musical), das artes em geral e de todos os campos de
conhecimento e de atividades humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois
interlocutores por meio de um sistema de signos. Quanto aos conceitos da semiologia assinale a opção
CORRETA:
( ) Entende-se por semiologia médica o estudo dos sintomas e dos sinais das doenças,
( ) Semiologia psicopatológica é o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais.
( ) Os sintomas médicos e psicopatológicos têm, como signos, uma dimensão dupla. Eles são tanto um
índice (indicador) como um símbolo.
( ) O sintoma como índice indica uma disfunção que está em outro ponto do organismo ou do aparelho
psíquico; porém, aqui a relação do sintoma com a disfunção de base é, em certo sentido, de contigüidade.
( ) Os sintomas psicopatológicos, ao serem nomeados pelo paciente, por seu meio cultural ou pelo
médico, passam a ser “símbolos lingüísticos” no interior de uma linguagem.

a) VVVVV
b) FVVVV
c) VFFFF
d) VVFFF
e) VVVVF
12 Entende-se que a semiologia médica é o estudo dos sintomas e dos sinais das doenças, estudo este
que permite ao profissional de saúde identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos
observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas, enquanto a semiologia psicopatológica
é, por sua vez, o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. Nesse esteio, assinale a opção
CORRETA quanto ao modo de subdivisão da semiologia médico-psicopatológica.

a) Semântica, responsável pelo estudo das relações entre os signos e os objetos a que tais signos se
referem; a sintaxe, que compreende as regras e as leis que regem as relações entre os vários signos de
um sistema de signos.
b) O ícone é um tipo de signo no qual o elemento significante evoca imediatamente o significado, isso
graças a uma grande semelhança entre eles, como se o significante fosse uma “fotografia” do
significado. O símbolo, por sua vez, é um tipo de signo totalmente diferente do ícone e do indicador.
c) Sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente, e os sintomas, isto
é, as vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito
experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém.
d) A semiotécnica refere-se a técnicas e procedimentos específicos de observação e coleta de sinais e
sintomas, assim como à descrição de tais sintomas. A semiogênese, por sua vez, é o campo de
investigação da origem, dos mecanismos, do significado e do valor diagnóstico e clínico dos sinais e
sintomas.
e) A semiogênese, por sua vez, é o campo de investigação da origem, dos mecanismos, do significado e
do valor diagnóstico e clínico dos sinais e sintomas. Sinais comportamentais objetivos, verificáveis
pela observação direta do paciente.

13 Campbell (1986) define a psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial
da doença mental – suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de
manifestação. Nesse esteio, assinale a opção ERRADA quanto ao conceito de psicopatologia.

a) Nem todo estudo psicopatológico segue a rigor os ditames de uma ciência sensu strictu.
b) O psicopatólogo não julga moralmente o seu objeto, busca apenas observar, identificar e compreender
os diversos elementos da doença mental.
c) Como conhecimento que visa ser científico, inclui critérios de valor, e aceita dogmas ou verdades a
priori.
d) Rejeita qualquer tipo de dogma, seja ele religioso, filosófico, psicológico ou biológico.
e) O conhecimento que busca está permanentemente sujeito a revisões, críticas e reformulações.

14 O estudo da doença mental, como o de qualquer outro objeto, inicia pela observação cuidadosa
de suas manifestações. A observação articula-se dialeticamente com a ordenação dos fenômenos. Isso
significa que, para observar, também é preciso produzir, definir, classificar, interpretar e ordenar o
observado em determinada perspectiva, seguindo certa lógica. Nesse esteio, assinale a opção que
completa CORRETAMENTE as lacunas.

______________, isto é, sua estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes
(alucinação, delírio, idéia obsessiva, labilidade afetiva, etc.), e
___________, ou seja, aquilo que preenche a alteração estrutural (conteúdo de culpa, religioso, de
perseguição, etc.). Este último é geralmente mais __________, dependendo da história de vida do
paciente, de seu universo cultural e da personalidade prévia ao adoecimento. De modo geral,
_______________________estão relacionados aos temas centrais da existência humana, tais como
sobrevivência e segurança, sexualidade, temores básico.

a) A forma dos sintomas; seu conteúdo; pessoal; os conteúdos dos sintomas.


b) Os conteúdos dos sintomas; a forma dos sintomas; seu conteúdo; pessoal.
c) Pessoal; os conteúdos dos sintomas; a forma dos sintomas; seu conteúdo.
d) Seu conteúdo; pessoal; os conteúdos dos sintomas; a forma dos sintomas.
e) A forma dos sintomas; pessoal; os conteúdos dos sintomas; a forma dos sintomas.

15 Para Aristóteles, o problema da classificação está intimamente ligado ao da definição e do


conhecimento de modo geral. Segundo ele, definir é indicar o gênero próximo e a diferença específica.
Isso quer dizer que definir é, por um lado, afirmar a que o fenômeno definido se assemelha, do que é
aparentado, com o que deve ser agrupado e, por outro, identificar do que ele se diferencia, a que é
estranho ou oposto. Portanto, na linha aristotélica, o problema da classificação é a questão da unidade
e da variedade dos fatos e dos conhecimentos que sobre eles são produzidos. Classicamente, distinguem-
se tipos de fenômenos humanos para a psicopatologia. Assinale a opção com a definição CORRETA.

a) Fenômenos semelhantes em todas as pessoas. De modo geral, todo homem sente fome, sede ou sono.
Aqui se inclui o medo de um animal perigoso, a ansiedade perante uma prova difícil, o desejo por uma
pessoa amada, etc. Embora haja uma qualidade pessoal própria para cada ser humano essas
experiências são basicamente semelhantes para todos.
b) Fenômenos em parte semelhantes e em parte diferentes. São fenômenos que o homem comum
experimenta, mas sempre são semelhantes aos que o doente mental vivencia.
c) Fenômenos qualitativamente novos, diferentes. São praticamente comuns a todas as doenças e estados
mentais
d) Fenômenos semelhantes em todas as pessoas. Embora haja uma qualidade pessoal própria para cada
ser humano essas experiências são muito diferentes para todos.
e) Classicamente, distinguem-se apenas dois tipos de fenômenos humanos para a psicopatologia:
Fenômenos semelhantes em todas as pessoas e Fenômenos semelhantes em todas as pessoas.

16 Umas das principais características da psicopatologia, como campo de conhecimento, é a


multiplicidade de abordagens e referenciais teóricos que tem incorporado nos últimos 200 anos. Tal
multiplicidade é vista por alguns como “debilidade” científica, como prova de sua imaturidade. Os
psicopatólogos são criticados por essa diversidade de “explicações” e teorias, por seu aspecto híbrido
em termos epistemológicos. Nesse esteio, marque a opção ERRADA quanto às abordagens
psicopatológicas.

a) A psiquiatria descritiva, interessa fundamentalmente a forma das alterações psíquicas, a estrutura dos
sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica como sintoma mais ou menos típico.
b) a psiquiatria dinâmica, interessa o conteúdo da vivência, os movimentos internos de afetos, desejos e
temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em
sintomas previamente descritos.
c) Na perspectiva existencial, a doença mental não é vista tanto como disfunção biológica ou psicológica,
mas, sobretudo, como um modo particular de existência, uma forma trágica de ser no mundo, de
construir um destino, um modo particularmente doloroso de ser com os outros.
d) Na visão comportamental, o homem é visto como um conjunto de comportamentos observáveis,
verificáveis, que são regulados por estímulos específicos e gerais, e por certas leis e determinantes do
aprendizado.
e) Na visão psicanalítica, os sintomas e síndromes mentais são considerados formas de expressão de
conflitos, predominantemente conscientes, de desejos que podem ser realizados, de temores aos quais
o indivíduo tem acesso.

17 O diagnóstico em psicopatologia é baseado preponderantemente nos dados clínicos e não em


possíveis mecanismos causais supostos pelo entrevistador. Do ponto de vista clínico e específico da
psicopatologia, embora o processo diagnóstico em psiquiatria siga os princípios gerais das ciências
médicas, há certamente alguns aspectos particulares que devem ser observados. Assinale a opção
ERRADA quanto à preponderância dos dados clínicos no diagnóstico em psicopatologia.

a) O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados


clínicos.
b) Os exames complementares (semiotécnica armada) não substituem o essencial do diagnóstico
psicopatológico: uma história bem-colhida e um exame psíquico minucioso, ambos interpretados com
habilidade.
c) O diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psicoorgânicos (delirium, demências,
síndromes focais, etc.), é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo
entrevistador.
d) De modo geral, não existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado
transtorno mental. Além disso, não há sintomas patognomônicos em psiquiatria.
e) O diagnóstico psicopatológico repousa sobre a totalidade dos dados clínicos, momentâneos (exame
psíquico) e evolutivos (anamnese, história dos sintomas e evolução do transtorno). É essa totalidade
clínica que, detectada, avaliada e interpretada com conhecimento (teórico e científico) e habilidade
(clínica e intuitiva), conduz ao diagnóstico psicopatológico.

18 Uma entrevista bem-conduzida é aquela em que o profissional fala muito pouco e ouve
pacientemente o enfermo. Há, contudo, certas situações que exigem intervenção mais ativa do
entrevistador. Nesse sentido, assinale a opção ERRADA quanto aos aspectos que devem ser observados
ao se conduzir uma entrevista.

a) A habilidade do entrevistador se revela pelas perguntas que formula, por aquelas que evita formular e
pela decisão de quando e como falar ou apenas calar.
b) É atributo essencial do entrevistador a capacidade de estabelecer uma relação ao mesmo tempo
empática e tecnicamente útil do ponto de vista humano.
c) Além de paciência e respeito, o profissional necessita de certa têmpera e habilidade para estabelecer
limites aos pacientes invasivos ou agressivos, e, assim, proteger-se e assegurar o contexto da entrevista.
d) É fundamental que o profissional possa estar em condições de acolher o paciente em seu sofrimento,
de ouvi-lo realmente, escutando-o em suas dificuldades e idiossincrasias.
e) Deve apresentar atitude excessivamente neutra ou fria, que, muito freqüentemente em nossa cultura,
transmite ao paciente sensação de distância e desprezo.

19 O termo consciência origina-se da junção de dois vocábulos latinos: cum (com) e scio (conhecer),
indicando o conhecimento compartilhado com outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado
consigo mesmo”, apropriado pelo indivíduo. A consciência pode se alterar tanto por processos
fisiológicos, normais, como por processos patológicos. Nesse esteio, assinale a opção ERRADA quanto
aos quadros patológicos de alteração da consciência.

a) Obnubilação ou turvação da consciência. Trata-se do rebaixamento da consciência em grau leve a


moderado.
b) Sopor. É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser despertado
apenas por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o paciente sempre se mostra
evidentemente sonolento.
c) Coma. É o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência. No estado de coma, não é
possível qualquer atividade voluntária consciente.
d) Obnubilação ou turvação da consciência. É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o
paciente pode ser despertado apenas por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o
paciente sempre se mostra evidentemente sonolento.
e) O delirium diz respeito aos vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência,
acompanhados de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade,
ansiedade em graus variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso e
ilusões e/ou alucinações, quase sempre visuais.

20 Além dos diversos estados de redução global do nível de consciência, a observação


psicopatológica registra uma série de estados alterados da consciência, nos quais se tem mudança
parcial ou focal do campo da consciência. Uma parte do campo da consciência está preservada, normal,
e outra parte, alterada. De modo geral, há quase sempre, nas alterações qualitativas da consciência,
algum grau de rebaixamento (mesmo que mínimo) do nível de consciência (Sims, 1995). Assinale a
opção CORRETA que preenche as lacunas.

I. __________. É um estado patológico transitório no qual uma obnubilação da consciência (mais


ou menos perceptível) é acompanhada de relativa conservação da atividade motora coordenada.
II. ___________. Tal expressão designa a fragmentação ou a divisão do campo da consciência,
ocorrendo perda da unidade psíquica comum do ser humano.
III. ___________. É um estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, que
pode ser induzido por outra pessoa.
IV. ____________. Estado de dissociação da consciência que se assemelha a
sonhar acordado, diferindo disso, porém, pela presença de atividade motora automática e estereotipada
acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários.

a) Estados crepusculares; Dissociação da consciência; Estado hipnótico; Transe.


b) Transe; Estados crepusculares; Dissociação da consciência; Estado hipnótico.
c) Estado hipnótico; Transe; Estados crepusculares; Dissociação da consciência.
d) Dissociação da consciência; Estado hipnótico; Transe; Estados crepusculares.
e) Estado hipnótico; Dissociação da consciência; Transe; Estados crepusculares.

21 Entende-se que a semiologia médica é o estudo dos sintomas e dos sinais das doenças, estudo este
que permite ao profissional de saúde identificar alterações físicas e mentais, ordenar os fenômenos
observados, formular diagnósticos e empreender terapêuticas, enquanto a semiologia psicopatológica
é, por sua vez, o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. Nesse esteio, assinale a opção
CORRETA quanto ao modo de subdivisão da semiologia médico-psicopatológica.

a) Semântica, responsável pelo estudo das relações entre os signos e os objetos a que tais signos se
referem; a sintaxe, que compreende as regras e as leis que regem as relações entre os vários signos de
um sistema de signos.
b) O ícone é um tipo de signo no qual o elemento significante evoca imediatamente o significado, isso
graças a uma grande semelhança entre eles, como se o
significante fosse uma “fotografia” do significado. O símbolo, por sua vez, é um tipo de signo totalmente
diferente do ícone e do indicador.
c) Sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente, e os sintomas, isto
é, as vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas e narrativas, aquilo que o sujeito
experimenta e, de alguma forma, comunica a alguém.
d) A semiotécnica refere-se a técnicas e procedimentos específicos de observação e coleta de sinais e
sintomas, assim como à descrição de tais sintomas. A semiogênese, por sua vez, é o campo de
investigação da origem, dos mecanismos, do significado e do valor diagnóstico e clínico dos sinais e
sintomas.
e) A semiogênese, por sua vez, é o campo de investigação da origem, dos mecanismos, do significado e
do valor diagnóstico e clínico dos sinais e
sintomas. Sinais comportamentais objetivos, verificáveis pela observação direta do paciente.

22 FAEPU-MG-2010/ Adaptada) Em avaliações psicológicas no contexto hospitalar, o psicólogo


avaliou diversos pacientes relatando tudo no prontuário. Em seus relatos, encontramos termos como
“obnubilação”, “alucinação”, “delírio”. As funções do exame a que estes termos se referem,
respectivamente, são:
a) pensamento, sensopercepção, consciência
b) sensopercepção, pensamento, consciência
c) consciência, pensamento, sensopercepção
d) consciência, sensopercepção, pensamento
e) consciência, afeto, pensamento.

23 Em acepção mais ampla, usa-se o termo afeto para designar, de modo inespecífico, qualquer
estado de humor, sentimento ou emoção. Embora muitos autores utilizem os termos ansiedade e
angústia como sinônimos. Os afetos acoplam-se a idéias, anexando a elas um colorido afetivo. Seriam,
assim, o componente emocional de uma idéia. Assinale a opção que preenche CORRETAMENTE as
lacunas.

Na ________, o indivíduo, apesar de saber da importância afetiva que determinada experiência deveria ter
para ele, não consegue sentir nada. O paciente tornase_________, é um “tanto faz quanto tanto fez” para
tudo na vida. A ________do afeto consiste na incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva de
acordo com a situação existencial, indicando rigidez na sua relação com o mundo. A _________é uma
reação completamente incongruente a situações existenciais ou a determinados conteúdos ideativos,
revelando desarmonia profunda da vida psíquica, _________profunda entre a esfera ideativa e a afetiva.
f) Apatia; hiporreativo; hipomodulação; paratimia; contradição.
g) Hiporreativo; hipomodulação; paratimia; contradição; apatia.
h) Hipomodulação; paratimia; contradição; apatia, hiporreativo.
i) Paratimia; contradição; apatia, hiporreativo; hipomodulação.
j) Contradição; apatia, hiporreativo; hipomodulação; paratimia.

24 A cidade enlouquece sonhos tortos/na verdade nada é o que parece ser/ As pessoas enlouquecem
calmamente/Viciosamente, sem prazer/A maior expressão da angústia/ Pode ser a depressão/Algo que
você pressente/Indefinível/Mas não tente se matar/ Pelo menos essa noite não/ As cortinas transparentes
não revelam/O que é solitude, o que é solidão/ Um desejo violento bate sem querer/ Pânico, vertigem,
obsessão. (Lobão, 1989). Assinale a opção ERRADA quanto às alterações das emoções e doa
sentimentos.

a) Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo. Perda progressiva e patológica das vivências


afetivas. Há, aqui, o empobrecimento relativo à possibilidade de vivenciar alternâncias e variações
sutis na esfera afetiva.
b) O embotamento afetivo é observável, constatável por meio da mímica, da postura e da atitude do
paciente. Ocorre tipicamente nas formas negativas, deficitárias de esquizofrenia
c) A apatia (incapacidade de sentir afetos) e a anedonia (incapacidade de sentir prazer) são fenômenos
muito próximos que ocorrem, na maioria das vezes, de forma simultânea.
d) O paciente com distimia não consegue mais sentir prazer sexual, não consegue desfrutar de um bom
papo com os amigos, de um almoço gostoso com a família, de um bom filme.
e) A labilidade e a incontinência afetiva podem ocorrer em quadros de depressão ou mania, estados graves
de ansiedade e esquizofrenia. Deve-se sempre lembrar que tanto a labilidade como a incontinência
afetiva são sintomas que podem estar associados a quadros psico-orgânicos.

25 Socorro, não estou sentindo nada/ Nem medo, nem calor, nem fogo/ Não vai dar mais pra chorar,
nem pra rir/ Socorro, alguma alma, mesmo que penada/ Me entregue suas penas/ Já não sinto amor,
nem dor, já não sinto nada/ Socorro, alguém me dê um coração/ Que esse já não bate, nem apanha/ Por
favor, uma emoção pequena/ Qualquer coisa/ Qualquer coisa que se sinta/ Em tantos sentimentos/ Deve
ter algum que sirva/ Socorro, alguma rua que me dê sentido/ Em qualquer cruzamento, acostamento,
encruzilhada/ Socorro, eu já não sinto nada, nada. (Cássia Eller) Assinale a opção que completa
CORRETAMENTE as lacunas quanto às alterações d vontade.

Geralmente, a _______ encontra-se associada à ______ (indiferença afetiva), à fadiga fácil, à dificuldade
de decisão, tão típicas dos depressivos graves. A ______não se confunde com a__________, que é um estado
de indiferença volitiva e afetiva desejada e buscada ativamente pelo indivíduo. Trata-se aqui do estado de
imperturbabilidade almejada por místicos, ascetas e filósofos da chamada escola estóica.
a) Hipobulia; apatia; abulia; ataraxia.
b) Apatia; abulia; ataraxia; indiferença.
c) Abulia; ataraxia; indiferença; hipobulia
d) Ataraxia; indiferença; hipobulia, abulia.
e) Indiferença; hipobulia, abulia, ataraxia.

26 Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia
ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado
tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro
completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de
saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar
a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa
mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que
é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o
resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.
(Clarice Lispector) Assinale a opão ERRADA quanto aos conceitos de atos impulsivos.

a) Em oposição à ação voluntária, há os atos impulsivos, que são uma espécie de curto circuito do ato
voluntário, da fase de intenção à fase de execução.
b) Os impulsos patológicos são tipos de atos impulsivos, nos quais predominam as ações psicomotoras
automáticas, sem reflexão, ponderação ou decisão prévias, de tipo instantâneo e explosivo.
c) A compulsão é geralmente uma ação motora complexa que pode envolver desde atos compulsivos
relativamente simples, como coçar-se, picar-se, arranhar-se.
d) O ato impulsivo apresenta as seguintes características: 1. É realizado sem fase prévia de
intenção,eliberação e decisão. 2. Egossintônico. 3. É geralmente associado a impulsos patológicos, de
natureza inconsciente, ou à incapacidade de tolerância à frustração e necessária adaptação à realidade
objetiva.
e) Os atos e os rituais compulsivos apresentam as seguintes características: 1. Há a vivência freqüente de
desconforto subjetivo por parte do indivíduo que realiza o ato compulsivo. 2. São egossintônicos. 3 Há
a tentativa de resistir (ou pelo menos adiar) à realização do ato compulsivo. 4. Há a sensação de alívio
ao realizar o ato compulsivo. 5. Ocorrem freqüentemente associados a idéias obsessivas muito
desagradáveis,representando, muitas vezes, tentativas de neutralizar tais pensamentos.

27 Dos meus cortes, sangue escorre/ E assim percorre/ Caindo no chão/ Parecendo meu coração/
Frágil e pequeno/ Gritando comigo/ Quer ser meu amigo/ Mas para mim ele já morreu/ Mas ele ainda
não percebeu/ Ele continua lutando/ Uma luta em vão/ Cheia de ódio, dor e desilusão/ E eu cortando/
Para minha mente aliviar/ Porque sei que não voltarei a amar.(Cris, 2012). Quanto aos tipos de impulsos
e compulsão patológica, assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas.

_______ consiste no impulso patológico de destruir os objetos que circundam o indivíduo.______ é o


impulso (ou compulsão) seguido de comportamento de autolesão voluntária. ________ É o impulso de atear
fogo a objetos, prédios, lugares, etc.

a) Frangofilia; automutilação; piromania.


b) Frangomania; heteromutilação; pirofilia.
c) Automutilção; piromania; frangofilia.
d) Pirofilia; frangofilia; automutilação
e) Piromania, automutilação, frangofilia.

28 Laura já foi despedida por passar muito tempo no banheiro. No colégio, conta que assistia à aula
de Filosofia no fundo da sala para se masturbar ao som da voz do professor. Ela esclarece que seu
apetite sexual é sensibilizado por percepções de momento. “Uma vez durante uma manifestação em
julho de 2013 eu fui presa com alguns manifestantes. Estávamos no ônibus da PM e toda aquela
adrenalina me despertou uma vontade enorme de sexo. Eu transei com uma garota no fundo ônibus
com dezenas de pessoas vendo, inclusive alguns eram meus professores. Mas isto nunca mais se repetiu,
nem nada parecido”, relata.
(http://www.reporterunesp.jor.br/a-vida-e-o-tormento-de-uma-ninfomaniaca/) Assinale a opção
CORRETA quanto aos conceitos de atos impulsivos.

( ) Potomania é a compulsão de beber água ou outros líquidos sem que haja sede exagerada
( ) Dipsomania ocorre como impulso ou compulsão periódica para ingestão de grandes quantidades de
álcool.
( ) Poriomania. É o impulso e o comportamento de andar a esmo, viajar, “desaparecer de casa”,
“ganhar o mundo”, como se diz na linguagem popular.
( ) Negativismo. É a oposição do indivíduo às solicitações do meio ambiente. Verifica-se uma resistência
automática e obstinada a todos ou quase todos os pedidos que a equipe médica ou a família faz ao
paciente.

a) VVVV
b) FVVV
c) FFVV
d) FVFV
e) VVFF

29 Quando o enterro passou/ Os homens que se achavam no café/ Tiraram o chapéu


maquinalmente/ Saudavam o morto distraídos/ Estavam todos voltados para a vida/ Absortos na vida/
Confiantes na vida./ Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado/ Olhando o esquife
longamente/ Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade /Que a vida é traição/ E saudava
a matéria que passava/ Liberta para sempre da alma extinta. (Manuel Bandeira) Assinale a opção que
completa CORRETAMENTE as lacunas.

Dentre todas as alterações da psicomotricidade, a _____________é uma das mais comuns. Implica a
aceleração e exaltação de toda a atividade motora do indivíduo, em geral secundária a __________
acentuado. Comumente se associa à hostilidade e à heteroagressividade. Por sua vez, a ________ reflete a
lentificação de toda a atividade psíquica (_______). Toda a movimentação voluntária torna-se lenta, difícil,
“pesada”, podendo haver período de latência entre uma solicitação ambiental e a resposta motora do
paciente. O que se denomina classicamente em psicopatologia de______________ é um estado acentuado
e profundo de lentificação psicomotora, com ausência de respostas motoras adequadas, sem que haja
paralisias ou déficit motor primário. Já o______ é a perda de toda a atividade espontânea, que atinge o
indivíduo globalmente, na vigência de um nível de consciência aparentemente preservado

a) estupor; agitação psicomotora; taquipsiquismo; lentificação psicomotora; bradipsiquismo; inibição


psicomotora;
b) taquipsiquismo; lentificação psicomotora; bradipsiquismo; inibição psicomotora; estupor; agitação
psicomotora.
c) agitação psicomotora; taquipsiquismo; lentificação psicomotora; bradipsiquismo; inibição
psicomotora; estupor
d) lentificação psicomotora; bradipsiquismo; inibição psicomotora; estupor; agitação psicomotora;
taquipsiquismo.
e) bradipsiquismo; inibição psicomotora; estupor; agitação psicomotora; taquipsiquismo; lentificação
psicomotora.

30 Eu sou, eu existo; isso é certo; mas por quanto tempo? A saber, por todo o tempo em que eu
penso; pois poderia ocorrer que, se eu deixasse de pensar, eu deixaria ao mesmo tempo de ser ou de
existir. Agora eu nada admito que não seja necessariamente verdadeiro: portanto, eu não sou,
precisamente falando, senão uma coisa que pensa [...] (Descartes,1641) Assinale a opção ERRADA
quanto aos elementos do processo de pensar.

a) O curso do pensamento é o modo como o pensamento flui, a sua velocidade e seu ritmo ao longo do
tempo.
b) A forma do pensamento é a sua estrutura básica, sua “arquitetura”, preenchida pelos mais diversos
conteúdos e interesses do indivíduo.
c) O conteúdo do pensamento pode ser definido como aquilo que dá substância ao pensamento, os seus
temas predominantes, o assunto em si.
d) Os momentos do pensamento são: o curso do pensamento, a forma ou estrutura do pensamento e o
conteúdo ou temática do pensamento.
e) O curso do pensamento pode ser definido como aquilo que dá substância ao pensamento, os seus temas
predominantes, o assunto em si.

31 Os elementos constitutivos do pensamento, que, segundo a tradição aristotélica, são o conceito, o


juízo e o raciocínio, das diferentes dimensões do processo de pensar, delimitadas como curso, forma e
conteúdo do pensamento. Assinale a opção que completa ADEQUADAMENTE as lacunas.

Os _______ se formam a partir das representações. Ao contrário das percepções (e, em certo sentido,
também das representações), o _______ não apresenta elementos de sensorialidade, não sendo possível
contemplá-lo, nem imaginá-lo. O_____tem, por função básica, formular uma relação unívoca entre um
sujeito e um predicado. Na dimensão lingüística, os conceitos se expressam geralmente por palavras; e os
juízos, por frases ou proposições. O processo do _____ representa um modo especial de ligação entre
conceitos, de seqüência de juízos, de encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros.

a) Conceitos; juízo; raciocínio; conceitos.


b) Juízos; raciocínio; conceitos, conceito
c) Raciocínios; conceitos, conceito, juízo
d) Conceitos; conceito; juízo; raciocínio.
e) Pensamentos; conceito; juízo; raciocínio

32 O tipo e estilo do pensamento comum, do indivíduo sem doença mental, é apenas precariamente
lógico. Normalmente as pessoas tendem a usar estereótipos, as decisões são tomadas sem as evidências
factuais necessárias, havendo geralmente um salto de impressões vagas para conclusões aparentemente
certas. Um grande número de crenças preconceituosas, sociais ou pessoais, é mantido de forma
insistente, por um número considerável de pessoas. Tudo isso torna difícil a discriminação entre o
normal e o patológico, principalmente quanto aos tipos de pensamento e ao estilo do pensar. (Nobre de
Melo) Assinale a opção CORRETA quanto às alterações do pensamento e dos seus elementos
constitutivos:

a) Condensação dos conceitos ocorre quando os conceitos sofrem um processo de perda de seu
significado original. Segundo Paim (1986), os conceitos se desfazem, e uma mesma palavra passa a
ter significados cada vez mais diversos.
b) Desintegração dos conceitos ocorre quando dois ou mais conceitos são fundidos, o paciente
involuntariamente condensa duas ou mais idéias em um único conceito, que se expressa por uma nova
palavra.
c) Juízo deficiente ou prejudicado é um tipo de juízo falso que se estabelece porque a elaboração dos
juízos é prejudicada por deficiência intelectual e pobreza cognitiva do indivíduo. Aqui, os conceitos
são inconsistentes; e o raciocínio, pobre e defeituoso.
d) No pensamento dereístico é o tipo de pensamento que fere frontalmente os princípios da lógica formal,
bem como os indicativos e imperativos da realidade.
e) Pensamento mágico é o pensar volta-se muito mais ao mundo interno do sujeito, suas fantasias e seus
sonhos, manifestando-se como um devaneio, no qual tudo é possível e favorável ao indivíduo.

33 Juízos falsos podem ser produzidos de inúmeras formas, sendo ou não patológicos. Em
psicopatologia, a primeira distinção essencial a se fazer é entre o erro não determinado por processo
mórbido (por transtornos mentais) e as diversas formas de juízos falsos determinados por transtornos
mentais, sendo a principal delas o delírio. Assinale a opção que completa CORRETAMENTE as
lacunas.

A primeira constatação é que não existe limite nítido, fácil e decisivo entre o erro e o delírio. O ______
se origina da ignorância, do julgar apressado e com base em premissas falsas. Segundo a escola
psicopatológica de Jaspers (1979), os erros são psicologicamente ___________, pois admite-se que
possam surgir e persistir em virtude de ignorância, fanatismo religioso ou político, enquanto o ______
tem como característica principal a incompreensibilidade. Nessa concepção, não se pode compreender
psicologicamente o_______.

a) Erro, compreensíveis, delírio, delírio.


b) Compreensíveis, delírio, delírio, erro
c) Delírio, delírio, erro, compreensíveis.
d) Delírio, erro, compreensíveis, delírio.
e) Erro, imcompreensíveis, delírio, delírio.

34 O gato preto cruzou a estrada/ Passou por debaixo da escada/ E lá no fundo azul/ Na noite da
floresta/ A lua iluminou/ A dança, a roda, a festa. Vira! Vira! Vira! Homem/ Vira! Vira! Lobisomem
(Ney Matogrosso) Os tipos de erros mais comuns, não determinados (necessariamente) por transtorno
mental, são os preconceitos, as crenças culturalmente sancionadas, as superstições e as chamadas ideias
prevalentes. Assinale a opção que apresenta o conceito CORRETO.

a) As superstições tratam-se, geralmente, de um juízo a priori, sem reflexão, um ajuizamento apressado


com base em premissas falsas, “uma opinião precipitada que transforma-se numa prevenção” (Paim,
1993).
b) Preconceitos são descritos como partilhadas por um grupo cultural (religioso, político, étnico, grupo
de jovens, grupo místico ou outro agrupamento social).
c) As crenças culturalmente sancionadas são, de modo geral, motivadas por fatores afetivos (desejos,
temores, etc.).
d) São idéias que, por conta da importância afetiva que têm para o indivíduo, adquirem predominância
enorme sobre os demais pensamentos, conservando-se obstinadamente em sua mente: “Não consigo
pensar em outra coisa” é um exemplo de queixa típico de quem experimenta essas idéias. As idéias
prevalentes diferem das idéias obsessivas, pois são egodistônicas, aceitas pelo indivíduo que as produz.
e) Os erros são passíveis de serem corrigidos pela experiência, pelas provas e pelos dados que a realidade
oferece. Uma boa parte dos erros de ajuizamento, de apreciação, é determinada por situações afetivas
intensas ou dolorosas, que impedem que o indivíduo analise a experiência de forma objetiva e lógica.

35 Segundo Karl Jaspers (1883-1969) (1979), as idéias delirantes, ou delírio, são juízos
patologicamente falsos. Dessa forma, o delírio é um erro do ajuizar que tem origem na doença mental.
Sua base é mórbida, pois é motivado por fatores patológicos. Assinale a opção que NÃO corresponde
aos índices externos de identificação do delírio.
a) O doente apresenta uma convicção extraordinária (ausserge wöhnlinche Überzeugung), uma certeza
subjetiva praticamente absoluta (subjektive Gewissheit). A sua crença é total; a seu ver, não se pode
colocar em dúvida a veracidade de seu delírio.
b) É impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva, por provas explícitas da realidade,
por argumentos lógicos, plausíveis e aparentemente convincentes. Assim, diz-se que o delírio é
irremovível.
c) O delírio é, quase sempre, um juízo falso; o seu conteúdo é impossível (Unmöglichkeit des Inhalts).
Embora este seja o aspecto mais evidente do delírio, mais fácil de caracterizar, é, também, o aspecto,
do ponto de vista psicopatológico, mais frágil.
d) O delírio é uma produção associal, idiossincrática em relação ao grupo cultural do doente. Geralmente
se trata de uma convicção de um só homem. O delírio, no mais das vezes, não é nem produzido, nem
compartilhado ou sancionado por um grupo religioso, político ou de outra natureza.
e) Grau de convicção. Este grau determina até que ponto o paciente está convencido da realidade de suas
idéias delirantes.

36 Kendler e colaboradores (1983) propuseram uma série de dimensões ou vetores da atividade


delirante que, além de serem dimensões do delírio, servem como indicadores de sua gravidade.
Posteriormente, Appelbaum, Robbins e Roth (1999) estudaram essas dimensões do delírio nos
diferentes transtornos mentais. Assinale a opção de NÃO corresponde às dimensões do delírio.
a) Grau de convicção. Este grau determina até que ponto o paciente está convencido da realidade de suas
idéias delirantes.
b) Extensão. Trata-se da extensão com que as idéias delirantes envolvem diferentes áreas da vida do
paciente.
c) Bizarrice ou implausibilidade. Trata-se do grau em que as crenças delirantes se distanciam das
convicções culturalmente compartilhadas pelo grupo social de origem do paciente, ou seja, do quanto
seu delírio se distancia da realidade consensual, do quão implausível, impossível de suceder é o delírio.
d) Desorganização. Aqui se verifica até que ponto as idéias delirantes são consistentes internamente, têm
lógica própria e em que grau são sistematizadas, com ordem interna.
e) É impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva, por provas explícitas da realidade,
por argumentos lógicos, plausíveis e aparentemente convincentes. Assim, diz-se que o delírio é
irremovível.

37 Durante o período em que esteve internado, Arthur Bispo do Rosário retirou-se do círculo dos
vícios e buscou um refúgio para a reconstrução de um novo mundo. Mundo esse só de ouro, prata e
bronze, apenas com planícies, sem doenças mentais, violência, muito menos, sofrimento. Como foi
apontado anteriormente, os médicos lhe atribuíam um diagnóstico de Esquizofrenia Paranóide, e entre
seus sintomas delírios místicos e de grandeza. Ele, contudo, afirmava que obedecia a ordens celestes. A
sua prática poder-se-ia denominar de terapia, desígnios divinos ou ainda urgência existencial. O que se
sabe, de fato, é que através dos seus trabalhos, Arthur Bispo do Rosário ergueu o seu castelo (Hidalgo,
1996). Assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA quanto aos conteúdos do delírio.
( ) DELÍRIO PERSECUTÓRIO OU DE PERSEGUIÇÃO. O indivíduo acredita que é vítima de um
complô e está sendo perseguido por pessoas conhecidas ou desconhecidas, tais como máfias, vizinhos,
polícia, pais, esposa ou marido, chefe ou colegas do trabalho (ou do ambiente estudantil).
( ) DELÍRIO DE REFERÊNCIA (DE ALUSÃO OU AUTO-REFERÊNCIA). Aqui o indivíduo
apresenta a tendência dominante a experimentar fatos cotidianos fortuitos, objetivamente sem maiores
implicações, como referentes à sua pessoa. Diz ser alvo freqüente ou constante de referências
depreciativas, caluniosas.
( ) DELÍRIO DE INFLUÊNCIA OU CONTROLE (TAMBÉM DENOMINADO VIVÊNCIAS DE
INFLUÊNCIA) O indivíduo vivencia intensamente o fato de estar sendo controlado, comandado ou
influenciado por força, pessoa ou entidade externa. Esse tipo de delírio é, no mais das vezes, também
um delírio com conteúdo de colorido persecutório.
( ) DELÍRIO DE RELAÇÃO O indivíduo delirante constrói conexões significativas (delirantes) entre
os fatos normalmente percebidos. Essas conexões novas surgem geralmente sem motivação
compreensível.
( ) DELÍRIO DE RUÍNA (OU NIILISTA) Neste caso, o indivíduo vive em um mundo repleto de
desgraças, está condenado à miséria, ele e sua família irão passar fome, o futuro lhe reserva apenas
sofrimentos e fracassos. Em alguns casos, o paciente acredita estar morto ou que o mundo inteiro está
destruído e todos estão mortos.
a) VVVVV
b) FVVVV
c) FVVVF
d) VFVFV
e) FFFFF

38 Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a
te querer e te querendo eu vou tentando te encontrar Vou me perdendo Buscando em outros braços
seus abraços Perdido no vazio de outros passos Do abismo em que você se retirou E me atirou e me
deixou aqui sozinho. (Fernando Mendes / José Wilson / Lucas). Assinale a opção ERRADA quanto ao
diagnóstico diferencial para delírio.
a) A diferenciação entre idéias prevalentes e delirantes baseia-se sobretudo em observar cuidadosamente
se os indícios externos do delírio estão ou não presentes. Assim, para considerar uma ideação como
delirante (e não como idéia prevalente), deve haver: convicção extraordinária (a certeza subjetiva
praticamente absoluta), impossibilidade de modificação da idéia pela experiência, franca falsidade ou
impossibilidade da idéia sustentada, bem como o caráter associal, não-compartilhado pelo grupo
cultural do sujeito, do juízo afirmado.
b) O elemento diferencial entre idéias obsessivas e as delirantes é que, no delírio, falta, de modo geral, a
crítica ao caráter absurdo do juízo em questão.
c) Para diferenciar alucinação de delírio sugere-se que se opte por classificar o fenômeno por meio do
caráter predominante da experiência: quando sensorial, considera-se comodelírio, quando ideativa ou
de caráter mais interpretativo, como alucinação.
d) As pessoas com pseudologia fantástica têm uma enorme ânsia pela estima dos outros, uma tendência
à vida imaginativa muito intensa e, em contraposição, o sentido de realidade relativamente frágil. O
delírio se diferencia pelo marcante componente de convicção, tal convicção sendo praticamente
absoluta e não modificável por provas de realidade ou confrontações.
e) Na mitomania, prevalece o componente de mentira e manipulação (principalmente na mitomania
maligna), e, na pseudologia fantástica, o autoengano, a auto-sugestão e a busca por estima alheia.

39 Cebolinha é um garoto de cabelos espetados que, quando fala, troca o “R” pelo “L”. Inteligente
e malandrinho, está sempre arquitetando planos infalíveis para derrotar a Mônica e se tornar o dono
da rua. O problema é que os planos sempre dão errado, o que resulta sempre em coelhadas no final da
história. Assinale a opção ERRADA quanto às alterações da linguagem.
a) Dislalia é a alteração da linguagem falada que resulta da deformação, da omissão ou da substituição
dos fonemas, não havendo alterações identificáveis nos movimentos dos músculos que participam da
articulação e da emissão das palavras.
b) A gagueira é um tipo freqüente de disfemia. Trata-se da dificuldade ou da impossibilidade de
pronunciar certas sílabas, no começo ou ao longo de uma frase, com repetição ou intercalação de
fonemas (ga, gue, qui, que, etc.) ou somente trepidação na elocução (chamada gagueira clônica),
conseguindo o paciente, ao final, terminar a frase normalmente.
c) Alexia É a perda, de origem neurológica, da capacidade previamente adquirida para a leitura. Dá-se
associada às afasias e às agrafias. Pode ocorrer forma pura e isolada.
d) Dislexia é uma disfunção leve de leitura, encontrada principalmente em crianças que apresentam
dificuldades diversas no aprendizado da linguagem escrita.
e) Ecolalia é a repetição, de forma monótona e sem sentido comunicativo aparente, de palavras, sílabas
ou trechos de frases.

40 No tronco do ser humano,/ Nos “finar” mais derradeiro/ Tem uma rosquinha enfezada/ Que
quando tá inflamada/ Incomoda o corpo inteiro/ Se tossir, se faz presente/ E se chorar se faz também/
O “cabra” não pode nada/ Com nada se entretém/ Eu lhe digo, meu “cumpade”/ Não desejo essa
“mardade” pra rosca de seu ninguém/ Não sei o nome da cuja/ Desta cuja eu tiro o já/ O que resta é
quase nada/ Bote o nada na parada/ Quero ver tu agüentar. (Jessier Quirino) Assinale a opção que
apresenta ERRO em sua definição.
a) A verbigeração é a repetição, de forma monótona e sem sentido comunicativo aparente, de palavras,
sílabas ou trechos de frases.
b) A mussitação, fenômeno próximo à verbigeração, é a produção repetitiva de uma voz muito baixa,
murmurada, em tom monocórdico, sem significado comunicativo.
c) A coprolalia é a emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas, vulgares ou relativas a
excrementos.
d) Na logorreia, existe a produção aumentada e acelerada (taquifasia) da linguagem verbal, um fluxo
incessante de palavras e frases, freqüentemente associado ao taquipsiquismo geral, podendo haver
perda da lógica do discurso.
e) Bradifasia é uma alteração da linguagem oposta à taquifasia. O paciente fala muito rapidamente, as
palavras seguem-se umas às outras de forma veloz e difícil

41 A alteração dessa dimensão da consciência do Eu é a perda da sensação de oposição e fronteira


entre o Eu e o mundo. Os pacientes identificam-se completamente com os objetivos do mundo externo.
O indivíduo sente que seu eu se expande para o mundo exterior e não mais se diferencia deste. Complete
as lacunas CORRETAMENTE.
A experiência de sentir-se transformado em um animal, denominada _______ ou licantropia. A vivência
de________________, que pacientes esquizofrênicos experimentam, é relatada de várias maneiras: “seus
pensamentos se extravasam”, “fazem-se conhecidos de toda a gente”, são como que “publicados”. A
publicação do pensamento muitas vezes vem associada a vivências de _______________(o indivíduo tem a
experiência de “ouvir” os próprios pensamentos, no exato momento em que os pensa) e de
___________(fenômeno no qual um pensamento original é percebidos de forma repetida, segundos após
ter sido pensado pela primeira vez).
a) Transitivismo; publicação do pensamento; sonorização do pensamento; eco do pensamento.
b) Publicação do pensamento; sonorização do pensamento; eco do pensamento, trasitivismo.
c) Sonorização do pensamento; eco do pensamento, trasitivismo, licantropia.
d) Eco do pensamento, Trasitivismo, licantropia; sonorização do pensamento.
e) Trasitivismo, licantropia; sonorização do pensamento, publicação do pensamento.
42 Eu, filho do carbono e do amoníaco,/ Monstro de escuridão e rutilância,/ Sofro, desde a epigênesis
da infância,/ A influência má dos signos do zodíaco./ Profundíssimamente hipocondríaco,/ Este
ambiente me causa repugnância... / Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia/ Que se escapa da boca
de um cardíaco./ Já o verme — este operário das ruínas —/ Que o sangue podre das carnificinas/ Come,
e à vida em geral declara guerra,/ Anda a espreitar meus olhos para roê-los,/ E há-de deixar-me apenas
os cabelos,/ Na frialdade inorgânica da terra! (Psicologia de um vencido, Augusto dos Anjos). Assinale
a opção ERRADA quanto às alterações do eu corporal e sua relação com as psicopatologias
a) O deprimido vive seu corpo como algo pesado, lento, difícil, fonte de sofrimento e não de prazer. Na
astenia sente-se fraco, esgotado, incapaz de fazer frente às exigências da vida.
b) No delírio de negação de órgãos, no qual o indivíduo sente que seu fígado, cérebro ou coração não
estão mais lá ou apodreceram. Sente que não tem mais sangue, que seu corpo secou, que os membros
estão se esfarelando como areia, que está fisicamente morto, etc. (síndrome de Cottard).
c) O paciente maníaco vive seu corpo como algo extremamente ativo, poderoso e vivo. Sente-se forte e
ágil, não conseguindo parar e repousar por período mais longo.
d) Alguns pacientes esquizofrênicos experimentam diversas e profundas alterações do esquema corporal.
Aqui têm destaque as vivências de influência sobre o corpo. O paciente tem a sensação de que alguém,
algo ou uma força externa desconhecida age sobre seu corpo, manipulando-o ou controlando.
e) O paciente com quadro obsessivo compulsivo é frequente a despersonalização corporal e a sensação
de morte iminente, sensação de que o corpo irá entrar em colapso.

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