psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. ATENÇÃO Compõe-se por dois aspectos básicos e complementares: a) Vigilância: refere-se ao estado de alerta para os estímulos vindos do meio ambiente, ou do próprio organismo. É definida como a qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro. b) Tenacidade: refere-se à concentração da atenção ou o foco da consciência. Ou seja, consiste na capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto. Consiste nos aspectos cognitivos da atenção. Na tenacidade, a atenção se prende a certo estímulo, fixando-se sobre ele. ATENÇÃO Quanto à natureza: a) Atenção voluntária: exprime a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto. b) Atenção espontânea: tipo de atenção suscitado pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto. ATENÇÃO Quanto à direção da atenção: a) Atenção externa: projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior ou para o corpo, geralmente de natureza mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos. b) Atenção interna: é a que se volta para os processos mentais do próprio indivíduo. É uma atenção mais reflexiva, introspectiva e meditativa. ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO 1) Hipoprosexia: é a diminuição global da atenção (hipovigilância e hipotenacidade). Verifica-se uma perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, que dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão; as lembranças tornam-se mais difíceis e imprecisas, há dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas. 2) Aprosexia: é a total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os estímulos utilizados. ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO 3) Hiperprosexia: consiste em um estado de atenção exacerbada, no qual há uma tendência incoercível a obstinar-se, a deter-se indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente infatigabilidade. 4) Disprosexias (tenacidade versus vigilância): Hipervigilância com hipotenacidade.
Hipertenacidade com hipovigilância.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO 5) Distraibilidade (hipotenacidade sem hipervigilância) ou incapacidade de concentração: é um estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A atenção do indivíduo é muito facilmente desviada de um objeto para outro. 6) Inatenção seletiva: ocorre em estados neuróticos em que a repressão inconsciente evita a percepção de objetos que apresentam uma carga emocional conflitiva ansiogênica. ORIENTAÇÃO
É a capacidade de situar-se quanto a si mesmo
(autopsíquica) e quanto ao mundo, tempo e espaço (alopsíquica). É um elemento básico da atividade mental. ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO 1) Desorientação por redução do nível de consciência: também denominada de desorientação torporosa ou confusa, é aquela que o indivíduo está desorientado por turvação da consciência. Impede que o indivíduo apreenda a realidade de forma clara e precisa, impedindo, assim, que integre a cronologia dos fatos. Essa é a forma mais comum de desorientação. ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO 2) Desorientação amnéstica: desorientação por déficit de memória imediata e recente. Aqui, o indivíduo não consegue reter as informações ambientais básicas em sua memória. É típica da síndrome de Korsakoff (lesão cerebral) onde podem ocorrer falsas orientações, chamadas confabulações, que surgem como tentativas de preencher vazios de memória com informações imaginárias. 3) Desorientação demencial: ocorre a perda da memória de fixação, o déficit do reconhecimento ambiental (agnosias) e a perda e desorganização global das funções cognitivas. ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO 4) Desorientação apática ou abúlica: por falta de motivação e interesse, o indivíduo não investe sua energia no mundo, não se atém aos estímulos ambientais e, portanto, torna-se desorientado. 5) Desorientação delirante: é comum a chamada dupla orientação. 6) Desorientação por déficit intelectual: ocorre pela incapacidade ou dificuldade em compreender o ambiente e interpretar as convenções sociais que padronizam a orientação do indivíduo no mundo. ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO 7) Desorientação por dissociação ou desorientação histérica: normalmente acompanhadas de alterações da identidade pessoal e de alterações de consciência secundárias à dissociação histérica (crise pseudo-epiléptica). 8) Desorientação por desagregação: ocorre quando o indivíduo, por uma desagregação profunda do pensamento, apresenta toda a sua atividade mental gravemente desorganizada, o que o impede de se orientar de forma adequada quanto ao tempo, espaço e quanto a si mesmo. 9) Desorientação quanto à própria idade: é definida como uma discrepância de cinco anos ou mais entre a idade real e aquela que o paciente diz ter.