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ATENÇÃO E ORIENTAÇÃO

Flávio Romero
Anna Katarina
ATENÇÃO

A atenção se refere ao conjunto de processos


psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar,
filtrar e organizar as informações em unidades
controláveis e significativas.
ATENÇÃO
Compõe-se por dois aspectos básicos e complementares:
a) Vigilância: refere-se ao estado de alerta para os estímulos
vindos do meio ambiente, ou do próprio organismo. É
definida como a qualidade da atenção que permite ao
indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro.
b) Tenacidade: refere-se à concentração da atenção ou o foco da
consciência. Ou seja, consiste na capacidade do indivíduo de
fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto. Consiste
nos aspectos cognitivos da atenção. Na tenacidade, a atenção
se prende a certo estímulo, fixando-se sobre ele.
ATENÇÃO
Quanto à natureza:
a) Atenção voluntária: exprime a concentração ativa e
intencional da consciência sobre um objeto.
b) Atenção espontânea: tipo de atenção suscitado pelo
interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou
aquele objeto.
ATENÇÃO
Quanto à direção da atenção:
a) Atenção externa: projetada para fora do mundo
subjetivo do sujeito, voltada para o mundo
exterior ou para o corpo, geralmente de natureza
mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos.
b) Atenção interna: é a que se volta para os
processos mentais do próprio indivíduo. É uma
atenção mais reflexiva, introspectiva e
meditativa.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
1) Hipoprosexia: é a diminuição global da atenção
(hipovigilância e hipotenacidade). Verifica-se uma
perda básica da capacidade de concentração, com
fatigabilidade aumentada, que dificulta a
percepção dos estímulos ambientais e a
compreensão; as lembranças tornam-se mais
difíceis e imprecisas, há dificuldade crescente em
todas as atividades psíquicas complexas.
2) Aprosexia: é a total abolição da capacidade de
atenção, por mais fortes e variados que sejam os
estímulos utilizados.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
3) Hiperprosexia: consiste em um estado de atenção
exacerbada, no qual há uma tendência incoercível a
obstinar-se, a deter-se indefinidamente sobre certos
objetos com surpreendente infatigabilidade.
4) Disprosexias (tenacidade versus vigilância):
 Hipervigilância com hipotenacidade.

 Hipertenacidade com hipovigilância.


ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
5) Distraibilidade (hipotenacidade sem
hipervigilância) ou incapacidade de concentração:
é um estado patológico que se exprime por
instabilidade marcante e mobilidade acentuada da
atenção voluntária, com dificuldade ou
incapacidade para fixar-se ou deter-se em qualquer
coisa que implique esforço produtivo. A atenção
do indivíduo é muito facilmente desviada de um
objeto para outro.
6) Inatenção seletiva: ocorre em estados neuróticos
em que a repressão inconsciente evita a percepção
de objetos que apresentam uma carga emocional
conflitiva ansiogênica.
ORIENTAÇÃO

É a capacidade de situar-se quanto a si mesmo


(autopsíquica) e quanto ao mundo, tempo e espaço
(alopsíquica). É um elemento básico da atividade mental.
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
1) Desorientação por redução do nível de consciência:
também denominada de desorientação torporosa ou
confusa, é aquela que o indivíduo está desorientado
por turvação da consciência. Impede que o indivíduo
apreenda a realidade de forma clara e precisa,
impedindo, assim, que integre a cronologia dos fatos.
Essa é a forma mais comum de desorientação.
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
2) Desorientação amnéstica: desorientação por déficit de
memória imediata e recente. Aqui, o indivíduo não
consegue reter as informações ambientais básicas em
sua memória. É típica da síndrome de Korsakoff (lesão
cerebral) onde podem ocorrer falsas orientações,
chamadas confabulações, que surgem como tentativas
de preencher vazios de memória com informações
imaginárias.
3) Desorientação demencial: ocorre a perda da memória
de fixação, o déficit do reconhecimento ambiental
(agnosias) e a perda e desorganização global das
funções cognitivas.
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
4) Desorientação apática ou abúlica: por falta de
motivação e interesse, o indivíduo não investe sua
energia no mundo, não se atém aos estímulos
ambientais e, portanto, torna-se desorientado.
5) Desorientação delirante: é comum a chamada dupla
orientação.
6) Desorientação por déficit intelectual: ocorre pela
incapacidade ou dificuldade em compreender o
ambiente e interpretar as convenções sociais que
padronizam a orientação do indivíduo no mundo.
ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
7) Desorientação por dissociação ou desorientação histérica:
normalmente acompanhadas de alterações da identidade
pessoal e de alterações de consciência secundárias à
dissociação histérica (crise pseudo-epiléptica).
8) Desorientação por desagregação: ocorre quando o
indivíduo, por uma desagregação profunda do pensamento,
apresenta toda a sua atividade mental gravemente
desorganizada, o que o impede de se orientar de forma
adequada quanto ao tempo, espaço e quanto a si mesmo.
9) Desorientação quanto à própria idade: é definida como uma
discrepância de cinco anos ou mais entre a idade real e
aquela que o paciente diz ter.

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