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PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS

ATENÇÃO
ATENÇÃO

A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado


de concentração da atividade mental sobre determinado objeto.

Willian James (1890) dizia que: “Milhões de itens que são


apresentados aos meus sentidos nunca ingressam propriamente em
minha experiência. Por quê? Porque esses itens não são de interesse
para minha pessoa. Minha experiência é aquilo que eu consigo
captar… todos sabem o que é atenção. É tomar posse pela mente, de
modo claro e vívido, de um entre uma diversidade enorme de objetos
ou correntes de pensamentos simultaneamentes dados. Focalização,
concentração da consciência são a sua essência. Ela implica abdicar de
algumas coisas para lidar eficazmente com outras.”
NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO

A atenção resulta da interação de


diversas áreas do Sistema Nervoso,
sendo as principais o sistema reticular
ativador ascendente, que possibilita o
nível de consciência básico para os
processos de atenção e de áreas
corticais, principalmente pré-frontais,
que por meio de seleção e concentração,
estabelecem critérios hierárquicos para
a consciência, direcionando e
selecionando o foco da atenção.
NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO

A porção anterior do Giro do Cíngulo é


particularmente importante para o
processo de controle da atenção
realizado pelas estruturas frontais.

Diversas estruturas límbicas


mesotemporais envolvidas com o
interesse afetivo, principalmente relativo
à atração, motivação e carga emocional
que este ou aquele objeto desperta na
mente, participam também da atenção.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO
Pode-se dividir a atenção em dois tipos básicos:

Atenção Voluntária – exprime a concentração ativa e intencional da


consciência sobre um objeto;

Atenção Espontânea – é o tipo de atenção suscitado pelo interesse


momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto.

A atenção espontânea está aumentada nos estados mentais nos quais o


indivíduo tem pouco controle voluntário sobre sua atividade mental.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO
Em relação à direção da atenção, Podemos discriminar duas formas
básicas:

Atenção Externa: projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito,


voltada para o mundo exterior ou para o corpo, geralmente de natureza
mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos.

Atenção Interna: se volta para os processos mentais do próprio


indivíduo. É uma atenção mais reflexiva, introspectiva e mediativa.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO

Em relação à amplitude da atenção temos:

Atenção Focal – se mantém concentrada sobre um determinado


campo e relativamente delimitado e restrito da consciência;

Atenção Dispersa – não se concentra em um campo


determinado, espalhando-se por um campo menos delimitado.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO
Outros tipos de classificação da atenção temos:

Atenção Seletiva: capacidade de seleção de estímulos e objetos


específicos, determinando uma orientação atencional focal, um
estado de concentração das funções mentais, assim como o
estabelecimento de prioridades da atividade consciente do
indivíduo diante de um conjunto amplo de estímulos ambientais.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO
Outros tipos de classificação da atenção temos:

Atenção Sustentada: manutenção da atenção seletiva sobre


determinado estímulo ou objeto, permitindo a execução de
tarefas específicas e a obtenção de objetivos fixados.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO
Outros tipos de classificação da atenção temos:

Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre


determinada área ou objeto. Na tenacidade, a atenção se prende
a determinado estímulo, fixando-se sobre ele.

Vigilância: é definida como a qualidade da atenção que permite


ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro.
PSICOLOGIA DA ATENÇÃO
Outros tipos de classificação da atenção temos:

Atenção Flutuante: conceito desenvolvido por Freud (1856-


1939), relativo ao estado de como deve funcionar a atenção do
psicanalista durante uma sessão analítica. É um estado artificial
de atenção, cultivado por necessidade técnica do processo
psicanalítico. A atenção do analista deve permanecer livre para o
que realmente emerge na experiência mútua (analista –
analisando) da situação analítica.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
Algumas anormalidades da atenção:

Hipoprosexia: é a mais comum e menos específica alteração da


atenção. Verifica-se uma perda básica da capacidade de
concentração, com fagabilidade aumentada, o que dificulta a
percepção de estímulos ambientais e a compreensão; as
lembranças se tornam mais difíceis e imprecisas, há dificuldade
crescente em todas as atividades psíquicas complexas como o
pensar, o raciocinar, a integração da informação etc..
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
Algumas anormalidades da atenção:

Aprosexia: é a total abolição da capacidade de atenção, por mais


fortes e variados que sejam os estímulos que se utilizem.

Hiperprosexia: é um estado da atenção exacerbada, no qual há


uma tendência incoercível a obstinar-se, a se manter
indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente
infatigabilidade.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
Algumas anormalidades da atenção:
Distração: é um sinal, não de déficit, mas de superconcentração
ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, com
a inibição de tudo o mais. Há uma certa hipertenacidade e
hipovigilância.

Distraibilidade: é um estado patológico que se exprime por


instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção
voluntária, com dificuldade ou incapacidade para se fixar ou se
manter em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A
atenção do indivíduo é facilmente desviada de um objeto para
outro.
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO
Observamos alterações da atenção nos estados depressivos e nos
estados maníacos.

Há nos quadros maníacos diminuição da atenção voluntária e


aumento da atenção espontânea, com hipervigilância e
hipotenacidade.

Nos quadros depressivos, há uma diminuição geral da atenção,


ou seja, uma hipoprosexia. Em casos graves, há uma fixação da
atenção em certos temas depressivos (hipertenacidade), com
rigidez e certa diminuição da capacidade de mudar o foco da
atenção (hipovigilância).
ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO

Pacientes esquizofrênicos costumam ter alterações da atenção,


particularmente dificuldade em filtrar e “anular” adequadamente
estímulos sensoriais irrelevantes, enquanto realizam determinada
tarefa; são assim muito suscetíveis de se distraírem com
estímulos visuais e auditivos externos.
Em busca de compreender a consciência

Todas as manhãs acordamos e recuperamos a consciência — este


é um facto maravilhoso — mas o que é isso, exatamente, que nós
recuperamos? O neurocientista António Damásio usa esta
simples pergunta para nos dar um vislumbre de como os nossos
cérebros criam o nosso sentido do eu.

https://www.ted.com/talks/antonio_damasio_the_quest_to_und
erstand_consciousness?language=pt

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