Resumos de Psicologia
A perceção
O processo cognitivo a que chamamos perceção começa
com a sensação, ou seja se imaginássemos uma pessoa sem
órgãos sensoriais, nao poderíamos falar da perceção, a
sensação é a reação ao meio (cores, sons, aromas,
sabores).
Sensação - é o processo mediante o qual um estimulo
físico provoca num recetor sensorial como olhos ou
ouvidos, um impulso neuronal que no cérebro se traduz
em por exemplo num som ou imagem visual.
Exemplos: Quando olhamos para o rosto de uma pessoa
amiga, certas cores e certa luminosidade afetam a nossa
retina, por tanto temos de interpretar o significado
dessa informação para reconhecer o rosto da pessoa.
Componentes do processo percetivo:
Constância percetiva - é a tendência para percecionar os
objetos do mesmo modo, como invariáveis e consistentes,
apesar de os captarmos de ângulos e distancias
diferentes, ou seja significa estabilidade da perceção,
apesar das mudanças de aparência dos objetivos e do seu
ambiente físico.
Exemplo: Imagina que acaba a conversa com um amigo, e
ele desce na rua a medida que se afasta, a imagem do
amigo vai ficando menor, contudo nao vai por isso
concluir que diminuiu de tamanho.
A constância quanto á dimensão ou tamanho
Quando nos despedimos de alguém e essa pessoa se
afasta, a imagem que é projetada na nossa retina
diminui progressivamente, já quando uma pessoa pela
qual esperamos se aproxima, a imagem projetada na
retina vai progressivamente aumentando. Sem a
constância percetiva a nossa relação com estes seria
distorcida e nos deixava num estado de desorientação.
A constância quanto á forma
A constância quanto á forma é a tendência para
percecionar um objeto como tendo uma forma
constante, mesmo quando muda a imagem que projeta
na retina. é um processo percetivo que mantem
constante a forma de um objeto apesar da sua
orientação e posição mudarem. Por exemplo: Pegue numa
moeda e atire-a ao ar, sabe-se que a moeda é redonda,
mas a sua retina essa forma alternará com outras
formas, enquanto a moeda gira no ar.
A constância quanto á cor e brilho
A constância quanto a cor e brilho refere-se á
capacidade de percecionar a cor e brilho de objetos
familiares como constante, apesar de a sensação de cor e
de brilho mudar. Assim, quer esteja a ler um livro
As leis da perceção: o contributo da teoria
Os principais sistemas de memória: memória
da Gestalt
O principio fundamental do Gestaltismo enuncia-se do
seguinte modo, o todo não é igual á simples soma das
suas partes. Por exemplo: Quando vemos um filme , o
movimento que observamos nao pode ser encontrado no
dentro de casa ou em plena luz do sol, as paginas brancas
e os caracteres negros nao são percecionados de modo
diferente quanto a sua brancura ou negrura, este processo
resulta mais com objetos familiares.
A perceção de profundidade
A perceção de profundidade - é a capacidade de
percecionar os objetos tridimensionalmente.
Como sabemos que os objetos no espaço tridimensional
tem profundidade e como temos a noção de distancia se
as imagem projetadas na retina são planas e
bidimensionais? A resposta esta em dois tipos de
informação:
Os indicadores binoculares;
Os indicadores monoculares;
Os indicadores binoculares - São indicadores de
profundidade que dependem do funcionamento
simultâneo dos dois olhos. Este tipo de visão permite o uso
de dois indicadores de profundidade, a convergência e a
disparidade retinal.
Convergência - É o indicador que se refere ao facto de os
olhos se retraírem (parecem mover-se para dentro)
quando um objeto se aproxima-a e de se expandirem
(parecem mover-se para fora) ou divergirem quando um
objeto se afasta. Por exemplo: Segure num lápis e
lentamente aproxime-o do seu nariz.
Disparidade renal - É um indicador para a perceção da
profundidade de acordo com o qual quanto mais próximo
esta o objeto de quem o perceciona tanto mais diferente é
a sua imagem na retina. O cérebro organiza as duas
informações recebidas nas retinas, formando uma só
imagem que da a impressão de profundidade e distancia.
Os indicadores monoculares - São indicadores de
profundidade que se baseiam no funcionamento
independente de cada olho. Como temos a perceção de
profundidade em quadros e fotografias? Através de um
indicador monocular denominado tamanho relativo dos
objetos, ou seja a perceção de objetos mais afastados
criam uma imagem retinal menor do que os objetos mais
próximos.
A perspetiva linear, designa o facto de que quanto mais
longe esta um objeto menos espaço ocupa no nosso campo
visual, com distancias, as linhas paralelas de autoestradas,
quanto mais as linhas convergem maior é a distancia
percecionada
a curto prazo e memória a longo prazo
A memoria a curto prazo, é um sistema temporário de
armazenamento que conserva a informação durante em
que é utilizada, há duas grandes componentes da
memoria a curto prazo, a memória imediata e a memória
 q p
próprio filme, na pelicula no qual é projetada.
Leis da perceção (com a base na Gestalt):
0. Lei da proximidade, os elementos de estímulos
próximos são percebidos como um todo, por exemplo
nao vemos 6 círculos, mas um grupo de círculos.
0. Lei da semelhança, quando maior o semelhante,
maior a probabilidade de fazerem parte do mesmo
grupo.
0. Lei da continuidade, os elementos que fazem parte
de uma sequencia, tendem a agrupar-se, por exemplo
mostra linhas cruzadas que percecionamos como ula
linha reta intersetando uma linha curva em vez de
ângulos disjuntos.
0. Lei do fechamento, os objetos incompletos são visto
como complexos, por exemplo mostra-nos segmentos,
linhas desligadas, que fechamos mentalmente de
modo a ver um triangulo e um circulo.
Perceção
0. Lei da figura-fundo, e cultura
separemos figuras de um fundo.
"Vemos o que esperávamos ver" ex: as culturas que vivem
em casas angulares são mais suscetíveis a ilusão de
Muller-Lyer.
A memoria
Memoria - é um processo dinâmico que consiste na
codificação, armazenamento e recuperação
(reactualização) de conteúdos mnésicos ou de
informação:
O cérebro humano pode armazenar ate 1000 000
000 000 000 de bits de informação;
a google company acumula 15 exa bytes 15 000 000
000 000 000 000 = 15 000 cérebros humano.
Processos básicos da memoria:
0. Codificação- organiza a informação para poder ser
processada pelo sistema nervoso, é a primeira fase do
processo de informação.
0. Armazenamento, é o processo mediante o qual
mantemos na memoria a informação que foi
adquirida, a retenção ou armazenamento implica
manter durante determinado tempo na memoria a
informação codificada e adquirida.
0. Recuperação, a reactualização ou recordação é a
recuperação da informação adquirida e é também designada por memória implícita ou se registo.
armazenada de acordo com o modo como a
codificamos e armazenamos, trata-se de um
playback
acontecimentos, factos, pessoas. (Também designada de
memória explicita ou com registo).
Distinguem-se, neste tipo de memória, dois subsistemas:
Memória episódica que envolve as recordações. Daí
aparecer associada ao termo “autobiografia”, porque
se reporta a lembranças da tua vida pessoal. É então
uma memória pessoal que manifesta uma relação
intima entre quem recorda o que se recorda.
Memória semântica refere-se ao conhecimento geral
sobre o mundo. Neste tipo de memória não há
localização no tempo, não estando ligada a nenhum
conhecimento ou ação específicos, nem referenciado
e nenhum facto especifico do passado.
O esquecimento e a memória
t é d d d d d t
p
de trabalho.
A memória imediata, é um "armazém" de capacidade
muito limitada:
Se não pudermos registar a informação recebida, só
podemos reter sete itens ou peças informativas.
Se não pudermos registar a informação recebida só
podemos reter sete itens durante vinte a trinta
segundos.
A memória de trabalho, é a memoria que mantem a
informação enquanto ela nos é útil.
A memoria a longo prazo - é um vasto armazém ( a sua
capacidade é muitíssimo ampla, virtualmente ilimitada)
de conteúdos mnésicos permanentes ou relativamente
permanentes.
Na memória a longo prazo há diferentes modalidades de
armazenamento da informação para diferentes registos:
visual, auditivo, táctil e ainda da linguagem do
movimento, e visto que as memórias com origens diferentes
são armazenadas em áreas diferentes do cérebro, a perda
de uma área não tem repercussões nas outras.
Distinguem-se, geralmente, dois tipos de memória a longo
prazo que dependem de estruturas cerebrais diferentes:
a memória não declarativa;
a memória declarativa.
Memória não declarativa: memória automática, que
mantém as informações subjacentes á questão “Como?”
(como andar de bicicleta? Como lavas os dentes? Como
apertar as sapatilhas? Como conduzir um carro?)
Quando desenvolvemos estes comportamentos, não temos
consciência de que são capacidades que dependem da
memória. O exercício, o hábito, a repetição do conjunto
das práticas tornam essa atividade automática. Muitos
dos nossos comportamentos são essenciais á vida do dia a
dia, dispensando a nossa atenção. Para executarmos estas
atividades não é requerida a localização no tempo, nem
reconhecimento, a não ser que nos perguntem por exemplo
para explicarmos por palavras como se atam as
sapatilhas. A maior parte destes comportamentos
envolvem a atividade motora. A memória não declarativa
Memória declarativa: implica a consciência do passado,
d t t d
ansiedade, assegurando, assim, o equilíbrio psicológico. É
através do recalcamento que os conteúdos do inconsciente
seriam impedidos de aceder ao ego, á consciência. Esses
conteúdos esquecidos não podem ser recuperados através
de um ato de vontade.
Memória, aprendizagem e identidade pessoal
A memoria liga o passado ao presente e torna possível que
tenhamos uma historia pessoal, ao dotar-nos de um
sentido interior de continuidade que é vital para que se
possa falar de identidade pessoal, sem memória a nossa
ação quotidiana seria dolorosa, sufocante, uma terrível
provocação física e psíquica.
Interferência das aprendizagens, as investigações mais
t d li i t
O esquecimento é a incapacidade de recordar, de recentes tendem a explicar o esquecimento
reatualizar informações e experiencias que memorizamos. fundamentalmente através do processo de interferência:
Esta incapacidade pode ser permanente ou provisoria. as novas memórias interferem com a recuperação das
Razoes por que esquecemos: memórias mais antigas. Atualmente pensa-se que, mais do
O esquecimento como resultado de interferência, é que desaparecer, o que acontece ao material que não
um fenómeno que ocorre quando, ao tentarmos conseguimos recordar é ter sofrido modificações,
recordar algo, uma informação gravada antes ou geralmente por efeito de transferências de aprendizagens
depois da que tentamos recuperar impede o acesso a e experiencias posteriores. Muitas vezes, pensa-se que se
esta. esqueceu determinado conteúdo quando, o que se passa, é
que sofreu tantas transformações que não o
Há duas modalidades de interferência: reconhecemos.
a inibição pró-ativa, recordações anteriores vêm
perturbar a recordação e o reconhecimento de algo
que aprendemos e armazenamos depois. A
interferência provocada por aprendizagens
anteriores que perturbem a recuperação do que
aprendemos mais recentemente é pró-ativa.
Por exemplo, um turista francês, na sua viagem, prepara-
se para tomar banho, roda a torneira com a letra c e
como é obvio sai agua fria, ora o rececionista tinha-lhe
dito que c era a sigla de "cold" (frio), contudo, este
conhecimento foi perturbado por outra aprendizagem
anterior o C como "chaud" (quente).
a inibição retroativa, novas aprendizagens e
experiencias perturbam e impedem, a nossa
capacidade para recordar e reconhecer algo que já
tínhamos aprendidos, por exemplo fixado um novo
numero telefone temos dificuldades em relembrar o
anterior.
Esquecimento por perda de indícios, esta hipótese
explicativa consiste em afirmar que a informação
armazenada na memoria permanece intacta e disponível,
estando, contudo, perdida temporariamente, em muitos
casos, a pista adequada que a tornaria acessível.

Esquecimento motivado, esquecemos o que,

inconscientemente, nos convém esquecer. Os conteúdos
traumatizantes, penosos, as recordações angustiantes
seriam esquecidos para evitar a angústia e a