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Gené tica

Hereditariedade: Totalidade de características e comportamentos


biologicamente transmitidos pelos pais à seu descencência.

A informaçã o genética encontra-se no DNA (constituindo o genoma)


constituido por genes e que se apresenta sob a forma de cromossomas em todas
as células do ser humano. Os genes sã o unidades elementares que contêm
informaçã o determinadora ca constituiçã o orgâ nica de cada ser vivo. Aquando a
fecundaçã o, os cromossomas presentes nos gâ metas provenientes do pai e da mã e,
passam a constituir a informaçã o genética um só indivíduo.

Hereditariedade específica: Transmissã o à s geraçõ es seguintes das


características comuns a todos os individuos da mesma espécie, determinando
características físicas e comportamentais que permitam a distinçã o entre espécies.

Hereditariedade individual: Conjunto ú nico de características herdadas


responsá veis pelas características individuais, torna o indivíduo ú nico.

O genótipo é o conjunto de genes que constituem o patrimó nio hereditá rio


de cada indivíduo, nã o sã o caractéres visíveis mas sim de natureza química; o
fenótipo é o conjunto de características físicas e comportamentais que se
manifestam como resultado do genó tipo em interaçã o com o meio ambiente.

O preformismo assume uma posiçã o determinista do desenvolvimento.


Defende que o desenvolvimento individual procegue um rumo predeterminado,
inscrito no có digo genético. A epigénese assume uma posiçã o construtiva no
desenvolvimento, que se processa atrvés da açã o recíproca estabelecida entre
genética e ambiente.

A filogénese refere-se à evoluçã o de uma espécie, desde os ancestrais mais


elementares – é a histó ria evolutiva de uma espécie. A ontogénese é
desenvolvimento do indivíduo desde a fecundaçã o até à velhice.

O programa fechado é uma sequência organizada de comportamentos


rígidos, predefinidos no patrimó nio genético da espécie e apenas atualizados por
mecanismos inaptos. O programa aberto é uma sequência de comportamentos a
definir pela interaçã o entre patrimó nio genético, meio ambiente e disponibilidades
de aprendizagem.

Relacionar prematuridade e neotenia:

A espécie humana é a espécie com a infâ ncia mais longa, é dependente


durante mais tempo, tempo esse em que aprende com os adultos atuaçõ es bá sicas,
uteis na sobrevivência e na adaptaçã o ao meio. Esta prematuridade remete-nos
para a neotenia que é a manutençã o de características juvenis na idade adulta,
característica do ser humano.

A neotenia confere ao Homem um cará ter de inacabamento, que lhe


permite aprender durante toda a sua vida, de modo contínuo, devido à sua “eterna”
prematuridade. É esta plasticidade comportamental, conseguida devido à
imaturidade, que possibilita a sobrevivência da espécie. O cará ter inacabado do
Homem nã o é a sua fragilidade mas sim a razã o da sua força, na medida em que
passamos a ser capazes de imaginar soluçõ es e descobrir estratégias para as mais
diversas vicissitudes.
Cé rebro

Corpo celular: contém o nú cleo que é o armazém de energia da célula. Fabrica


proteínas sob o controlo do ADN presente no nú cleo celular. É o centro metabó lico
do neuró nio.

Dendrites: sã o extensõ es do corpo celular. Graças à s dendrites, o neuró nio


apresenta uma maior superfície de receçã o e emissã o de mensagens. Estas
ramificaçõ es mú ltiplas recebem e transmitem informaçã o de e para outras células
com as quais o neuró nio estabelece contactos.

Axónio: prolongamento mais extenso do neuró nio e transmite mensagens de um


neuró nio a outro (ao corpo celular ou as dendrites) ou entre um neuró nio e uma
célula efectora muscular ou glandular. Há axó nios que estã o envolvidos por
camadas de mielina, que é uma substâ ncia branca de matéria gorda; outros sã o só
constituídos por substâ ncia cinzenta. O axó nio, e certas dendrites de um neuró nio,
constituem uma fibra nervosa. Ao conjunto de fibras nervosas envolvidas por uma
membrana dá -se o nome de nervos.

Elementos estruturais e funcionais do sistema nervoso : O sistema


nervoso é constituído por um conjunto de estruturas que, integradas, sã o
responsá veis pelos nossos comportamentos: desde os mais simples (os reflexos)
aos mais complexos, como o pensamento, a memó ria, a imaginaçã o e a linguagem.

 Mecanismos de receção: sã o os ó rgã os que recebem os estímulos do meio


externo ou interno. Sã o, entre outros, os ó rgã os dos sentidos (visã o,
audiçã o, tato, etc.)
 Mecanismos de coordenação: sã o o sistema nervoso central e o sistema
nervoso periférico. Sã o estes dois sistemas formados por um conjunto
complexo de estruturas que coordenam as informaçõ es recebidas pelos
recetores e determinam as respostas concretizadas pelos efectores.
 Mecanismos de reação: sã o sobretudo os mú sculos e as glâ ndulas, que sã o
os responsá veis por efetuarem as respostas, isto é, concretizam a reaçã o aos
estímulos.

Neurónio: No caso particular do sistema nervoso podemos encontrar dois tipos


principais de células: os neuró nios e as células gliais. Os neuró nios sã o células
especializadas responsá veis por grande parte das funçõ es do sistema nervoso.

Células gliais: facultam os nutrientes, como o oxigénio e a glicose, que


alimentam, isolam e protegem os neuró nios; se lesionadas, podem reproduzir-se.
[…] controla o desenvolvimento dos neuró nios ao longo da vida. […] influenciam de
forma decisiva a comunicaçã o cerebral, o funcionamento das sinapses e outras
funçõ es que afetam o funcionamento do sistema nervoso. […] determinam também
quais os neuró nios que estã o aptos a funcionar corretamente e asseguram a
manutençã o do ambiente químico que rodeia os neuró nios.

Sinapse: Ligaçã o funcional entre dois neuró nios para passagem do influxo
nervoso. É proporcionada pelos neurotransmissores, que, segregados pelas
vesículas pré-siná pticas, vã o preencher a fenda siná ptica. É um processo
eletroquímico.

Influxo nervoso: Energia ou impulsos elétricos que circulam nos neuró nios.

Nervos sensoriais (aferentes): Transportam as informaçõ es dos ó rgã os


sensoriais até à espinal medula e cérebro para aí serem processadas.

Nervos motores (eferentes): Transportam as impressõ es dos ó rgã os centrais


para os vá rios ó rgã os periféricos do corpo, isto é, mú sculos e glâ ndulas.

Como se efetua a comunicação no sistema nervoso?


A informaçã o tem que circular, de modo que o cérebro receba informaçõ es
acerca do que se passa no organismo. Os nervos sã o o veículo de mensagens entre
o sistema nervoso central, os ó rgã os sensoriais, os mú sculos e as glâ ndulas.

Ao nível dos nervos, a mensagem circula pelos neuró nios, mais


concretamente, é recebida pelas dendrites e processada no corpo celular,
posteriormante é transportada pelo axó nio até à s telodendrites, que libertam
neurotranmissores para a fenda siná ptica permitindo a sua ligaçã o à s dendrites do
neuró nio pó s siná ptico, onde continua a propagaçã o da mensagem.
Funções da espinal medula: Coordenaçã o – é responsá vel pela
coordenaçã o das atividades reflexas, que sã o comportamentos automá ticos e
involuntá rios; e Conduçã o – transmite/conduz mensagens do cérebro para o resto
do corpo e vice-versa.

Funções do cérebro: assegura a superioridade humana na medida em


que responde a todas as atividades que requerem soluçõ es mais complexas.

Áreas primárias e áreas secundárias: As á reas primá rias sã o as á reas do SN


em que a mensagem é recebida e as á reas secundá rias sã o as á reas em que a
mensagem é processada, com recurso à memó ria e à s aprendizagens.

Lobo occipital – responsá vel pela visã o


Lobo temporal – responsá vel pela audiçã o
Lobo parietal – responsá vel pelas sensaçõ es do corpo
Lobo frontal – responsá vel pelos movimentos

As áreas pré frontais controlam os comportamentos que se consideram


ú nica ou especificamente humanos: reflexã o, atençã o, imaginaçã o, previsã o,
planificaçã o, deliberaçã o... Dependem das á reas pré frontais o controlo dos
comportamentos necessá rios à vida social, a compreensã o dos padrõ es éticos e a
previsã o das consequências da tomada de certas atitudes.
Função vicariante: capacidade que as zonas cerebrais possuem de
exercer a funçã o que competia a determinada á rea, mas que esta nã o pode
desempenhar por ter sido lesada.
Segundo a teoria de Damá sio o cérebro nã o funciona como um todo
indiferenciado, havendo zonas que dã o um cotributo específico para o
comportamento – ESPECIALIZAÇÃO; e funçõ es complexas como a linguagem, a
memó ria, a aprendizagem, o amor envolvem a coordenaçã o de vá rias á reas do
cérebro – INTEGRAÇÃO. Dizendo que há uma unidade funcional no cérebro ou
que o cérebro funciona de forma sistémica que dizer que existe uma atuaçã o
diferenciada mas sincronizada.

O ser humano é o ser com a infâ ncia mais longa, demorando largos anos a
ultrapassar a sua imaturidade e dependência dos outros. A lentificação no ritmo
de desenvolvimento possibilitou a complexificação a nível de organizaçã o e
funcionamento do nosso cérebro por isso pode-se dizer que o processo da
lentificaçã o nã o é uma perda de tempo no desenvolvimento humano. Esta também
possibilita a individuação, que é o processo de singularidade e autonomia
operado em correlaçã o com a complexificaçã o e que permite a cada ser humano
tornar-se apto a comportar-se de modo original.

Plasticidade cerebral – alteraçõ es fisioló gicas dos neuró nios, nomeadamente


ao nível do aumento da quantidade de dendrites, proporcionado pela
aprendizagem e memó ria, o que se traduz em mudanças facilitadoras da
transmissã o de informaçã o através da sinapse, o que aumenta as capacidades de
aprendizagem.
Cultura
As crianças selvagens sã o crianças que cresceram privadas de todo o
contacto humano ou cujo contacto com os outros seres foi mínimo. Sã o crianças
que nunca chegaram a dominar a linguagem e nunca conseguiram comportar-se
como seres humanos, dado que, em vez de conviverem com pessoas, imitando-as,
contactaram sempre com modos de comportamento animal. Estes casos apelam
para a grande importâ ncia do meio social no tornar-se humano.

Socialização: Processo pelo qual os individuos se integram no grupo, adquirindo


as atitudes, as crenças e os valores mais significativos da cultura, vindo a assumi-
los como pertença sua.

Cultura: Herança social constituida por condutas, ideias, costumes, sentimentos,


atitudes e tradiçõ es duradouras, comuns a uma coletividade e transmitida à
geraçã o seguinte; traduz-se por padrõ es de comportamento e pensamento.

Padrões culturais: O mesmo que modelos culturais, sociais ou de conduta. Formas


coletivas de comportamento que permitem aos seres humanos aferir a sua conduta
individual e prever, até certo ponto, a conduta dos outros. Contribuem para facilitar a
adaptação dos indivíduos numa comunidade; por outro lado podem ser fonte de
preconceito.
Papel dos significados atribuídos à experiência: Tudo o que acontece ao
longo da vida vai deixando marcas no nosso modo particular de ser. Cada pessoa
tem um modo particular de sentir, construindo objetivamente os significados com
que faz uma leitura pessoal dos acontecimentos. A pessoa projeta-se nas situaçõ es,
atribuindo-lhes significados pessoais. Todas as experiências significativas sã o
assumidas e interiorizadas, passando a ser parte integrante da identidade de cada
um.
Assim cada ser humano vai construindo de modo pessoal a sua histó ria, à
custa das situaçõ es por que passa e dos acontecimentos que vivencia.

A formaçã o da pessoa exige uma permanente reorganização de


elementos vividos. Todas as circunstâ ncias têm que ser assumidas como suas,
passando a fazer parte integrante da identidade pessoal. Auto-organizarse
significa a capacidade que o indivíduo tem de se autorregular, escolhendo os
objetivos que se propõ e atingir e as normas de comportamento que lhe vã o
permitir atuar para atingir esse fim. Fazendo isto, a pessoa segue uma trajetó ria
pessoal para se singularizar.

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