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A psicologia aplicada em Portugal

Dados para o trabalho


Psicologia Aplicada
Não é possível pensar a Psicologia sem a componente aplicada, isto é, sem
intervenção: a Psicologia tem uma dimensão prática que se integra em vários
contextos e instituições sociais. Hoje podemos dizer que não há área de
atividade em que a Psicologia não esteja presente: escolas, empresas,
hospitais, fábricas, tribunais ...
Introdução
Ramo da Psicologia que se dedica essencialmente à investigação e resolução
de problemas práticos
Como as outras ciências, a Psicologia apresenta duas dimensões:
• dimensão teórica – investiga e explica o comportamento e os estados
mentais (conceções e teorias)
• dimensão prática – componente interventiva da psicologia em vários
contextos sociais: escolas, hospitais, empresas, prisões, associações,
etc.
• A dimensão teórica e a dimensão prática estão intimamente ligadas

níveis de intervenção

A atividade dos psicólogos é, frequentemente, confundida com a de outros


profissionais ligados à saúde mental, pelo que é conveniente esclarecer as
suas áreas de intervenção
Os níveis de intervenção vão desde o indivíduo à comunidade, passando pelos
grupos e organizações.
O desenvolvimento da Psicologia e a complexidade dos problemas da
sociedade contemporânea têm conduzido a uma progressiva especialização da
Psicologia Aplicada, que se organiza em várias áreas. De entre as várias áreas
de intervenção, vamos tratar de forma mais aprofundada as áreas mais
presentes na sociedade portuguesa: a psicologia educacional, a psicologia do
trabalho e das organizações, a psicologia de orientação vocacional e
profissional, a psicologia clínica, a psicologia criminal/forense e a psicologia
desportiva e do exercício.
Os psicólogos podem intervir ao nível de um indivíduo, de grupos de
indivíduos, de organizações ou instituições ou em comunidades. Qualquer
que seja o seu contexto de intervenção ou os seus objetivos específicos,
prevenção, diagnóstico, estimulação ou remediação, a finalidade última do seu
trabalho é a de promover o desenvolvimento e a qualidade de vida das
pessoas. A sua intervenção passa pela criação de situações que, quer
envolvam um indivíduo ou dois, ou grupos ou parcerias alargadas, estimulem
a autonomia das pessoas de tal modo que deixem de ser necessários.

A PSICOLOGIA CLÍNICA

Podemos encontrar o psicólogo clínico a trabalhar em:


 Hospitais gerais e psiquiátricos;
 Clínicas privadas;
 Centros de saúde mental;
 Instituições de educação especial;
 Centros de apoio à luta contra a toxicodependência;
 Escolas (onde pode intervir em problemas de adaptação ao meio
escolar).

A Psicologia Clínica – objetivo essencial


O seu objetivo essencial é o diagnóstico, prevenção e tratamento de problemas
emocionais e comportamentais ( dificuldades na vida conjugal e na adaptação
a novas situações, delinquência juvenil, conflitos Familiares e neuroses).
O psicólogo clínico recorre a processos terapêuticos, de tipo psicológico, mas
não farmacológico ou cirúrgico.
A Psicologia Clínica – funções
O psicólogo clínico tem, entre outras, a função de promover a capacidade de
os indivíduos gerirem situações de mudança porque os problemas psíquicos e
as perturbações emocionais e comportamentais derivam em muitos casos de
incapacidade ou de grande dificuldade em lidar com mudanças de estatuto, de
papel, etc.
Não tendo de ser formado em Medicina, o psicólogo clínico é um especialista
na prevenção, diagnóstico e tratamento de problemas psicológicos e de
perturbações ou distúrbios comportamentais.
Psicanalista
Tanto um psiquiatra como um psicólogo clinico podem ser psicanalistas,
adquirindo esta competência quando fazem uma formação complementar
em psicanalise, método de estudo e de intervenção terapêutica criado por
Freud e que consiste na interpretação de conteúdos inconscientes, latentes
em palavras e ações (atos falhados).
Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Princípios gerais
Os princípios gerais são, por natureza, aspiracionais. Ou seja, pretendem ser
orientações
para os profissionais no sentido de os guiar e inspirar para uma atuação
centrada nos ideais da intervenção psicológica.
Estes princípios gerais são derivados daquilo que se pode denominar como
moral comum da Psicologia, ou seja, a moral compartilhada pelos/as
psicólogos/as Portugueses/as. Estes devem ser considerados como agentes
promotores de ligações entre a teoria e a prática, podendo ser
generalizados, já que são conceptualizados como obrigações primas facie. Ou
seja, mesmo quando não decisivos, os princípios devem ser tomados em
consideração, uma vez que providenciam uma coerência intelectual que torna
as normas morais mais flexíveis.
Por isso mesmo, quando os princípios estabelecidos entram em conflito, cabe
ao profissional, em última análise, decidir sobre como resolver o dilema ético
surgido, a partir do seu raciocínio ético. Neste processo os/as psicólogos/as
podem, e devem, recorrer ao Código Deontológico ou ao Direito. Devem
informar -se sobre os procedimentos usuais em circunstâncias idênticas,
consultar a Comissão de Ética da instituição onde trabalham, colegas e
superiores hierárquicos. Os princípios gerais constituem um conjunto de
pressupostos de atuação consensuais na sua aceitação, já que são
construídos e inspirados nas características naturais da pessoa, resultantes de
um raciocínio filosófico secular e com base na natureza da intervenção
psicológica. Trata -se, pois, de um conjunto de princípios sentidos como
intuitivamente corretos que se flexibilizam na resolução de dilemas éticos.

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