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Coeficiente global de

transferência de calor
ÇENGEL, Y. A.; GHAJAR, A. J. Transferência de
calor e massa. 3. ed. São Paulo: McGraw-
Hill/Artmed, 2009.
Coeficiente global de
transferência de calor

Diferença de

Q = U As ∆T
& temperatura

Taxa de Área de
transferência transferência
de calor de calor
No exemplo da figura, o calor é transferido do
fluido quente para a parede por convecção, através
da parede por condução e, a partir da parede, para
o fluido frio novamente por convecção.

os subscritos i e o representam
as superfícies interna (i) e
externa (o) do tubo interno. Duplo tubo
Efeitos de radiação, normalmente são
incluídos no coeficiente de transferência de
calor por convecção.
Na análise de trocadores de calor, é
conveniente combinar todas as
resistências térmicas no caminho do fluxo
de calor a partir do fluido quente para o
frio em uma única resistência R.

Cálculo da taxa de transferência


de calor utilizando o conceito de
resistência térmica:
∆T
Q& =
R
A resistência térmica da parede do
tubo é dada por

ln (Do Di )
R parede =
2 π kw L comprimento
do tubo

condutividade
térmica do material
da parede
A resistência térmica total torna-se:
R = Ri + R parede + Ro
Área da
1 ln (D0 Di ) 1 superfície
R= + + externa da
h i Ai 2π k L h o Ao parede que
separa os
Área da superfície dois fluidos.
interna da parede
que separa os dois
fluidos.
Quando um fluido escoa dentro de um
tubo circular e o outro fora dele, temos:
Taxa de transferência de calor entre
os dois fluidos:

∆T
Q=
& = UAs ∆T = U i Ai ∆T = U o Ao ∆T
R
Coeficiente global de área da superfície
transferência de
calor (W/m2.K)

Temos dois coeficientes globais


de transferência de calor (Ui e
Uo) para um trocador de calor.
Dividindo por ∆T:

∆T
Q=
& = UAs ∆T = U i Ai ∆T = U o Ao ∆T
R
Q& 1
= = UAs = U i A i = U o Ao
∆T R

1 1 1
R= = =
UAs U i Ai U o Ao
1 1
R= + R parede +
hi Ai ho Ao
As superfícies de transferência de calor, Ai
e A0, não são iguais entre si.

U i Ai = U o Ao

mas Ui ≠ Uo

pois Ai ≠ Ao
Deve ser especificado se o coeficiente global
utilizado é baseado na área externa ou interna.
Quando a espessura da parede do tubo é
pequena as superfícies interna e externa do
tubo são quase iguais: Ai ≈ A0 ≈ A t

Nesse caso, quando a resistência térmica do


tubo é desprezível, podemos considerar:
Rparede ≈ 0.

ln (Do Di )
R parede = ≈0
2π k L
A equação para o coeficiente global de
transferência de calor é simplificada,
neste caso, para:
1 1 1
R= = + R parede +
UA h i A i ho Ao

1 1 1
≈ +
U hi ho

Onde U ≈ Ui ≈ Uo.

Rparede ≈ 0 (Ai ≈A0 ≈At)


Os coeficientes individuais de
transferência de calor por
convecção dentro e fora do tubo, hi
e ho, são determinados com o uso
de relações de convecção de fluxo
forçado interno e externo.
Uso de superfícies aletadas
Quando um tubo é aletado de um lado, para
aumentar a transferência de calor, a superfície
total de transferência de calor no lado aletado
se torna:
As = Atotal = Aaleta + Anão aletada
área da superfície
das aletas

área da porção não


aletada da superfície
do tubo
Para aletas curtas de alta condutividade
térmica, podemos usar essa área total na
relação da resistência de convecção uma vez
que as aletas, neste caso, poderão ser
consideradas isotérmicas:

1
Rconv =
h AS
As = Atotal = Aaleta + Anão aletada
Caso contrário, deveremos determinar a
superfície efetiva a partir de:

As = Anão aletada + η aleta Aaleta

eficiência da aleta
Neste caso, a queda de
temperatura ao longo das
aletas é contabilizada
• Note que, para aleta isotérmica:
η aleta = 1
neste caso: As = Anão aletada + η aleta Aaleta
=1
E, então:
As = Anão aletada + Aaleta
Incrustações

O desempenho dos trocadores de calor


normalmente se deteriora, com o passar do
tempo, como resultado do acúmulo de
depósitos (incrustações) nas superfícies de
transferência de calor.
Incrustações
• diminuem a área disponível para o
escoamento.

• representam uma resistência adicional à


transferência de calor (diminuem a
transferência de calor).
O tipo mais comum de incrustação é a
precipitação de depósitos sólidos do fluido
nas superfícies de transferência de calor.

Para evitar esse problema potencial a água


deve ser tratada e seu conteúdo sólido
removido.
Em aplicações onde sua ocorrência é provável,
as incrustações devem ser consideradas no
projeto e na seleção dos trocadores de calor.
O fator de incrustação Rf é uma medida da
resistência térmica introduzida pelas
incrustações.
O fator de incrustação é obviamente zero
para um trocador de calor novo e aumenta,
com o tempo de serviço, à medida que os
depósitos sólidos se formam sobre a
superfície do trocador de calor.
O aumento da temperatura e a diminuição da
velocidade do fluido causam aumento da
incrustação.
A relação para o coeficiente global de
transferência de calor precisa ser modificada
para levar em conta os efeitos das
incrustações nas superfícies interna e externa
do tubo.
Para um trocador de calor não aletado, a resistência
à transferência de calor é dada por:

1 1 1
R= = = =
UAs U i Ai U o Ao fator de incrustação na
superfície externa
 Do 
ln 
1 R f ,i  Di  R f ,o 1
= + + + +
hi A i A i 2π k L A o ho A o

fator de incrustação na superfície


interna
A relação para o coeficiente global de transferência
de calor, baseada nas áreas externa e interna, é dada
por:
1 1 D0 ln (Do Di ) D0 D0
= + R fo + + R fi +
U o ho 2k w Di hi Di

1 Di Di Di ln (Do Di ) 1
= + R fo + + R fi +
U i ho Do Do 2k w hi
Fatores de incrustação representativos m2.K/W
(resistência térmica devida à
incrustação para unidade de
superfície)

Água destilada, água- Abaixo de 0,0001


marinha, águas fluviais, 50OC
água de alimentação de
caldeiras: Acima de 0,0002
50OC
Óleo combustível 0,0009
Vapor (livre de óleo)
0,0001
Refrigerantes (líquido)
0,0002
Refrigerantes (vapor)
0,0004
Vapores de álcool 0,0001
Ar 0,0004
Valores representativos de U em trocadores de calor
Tipo de trocador de calor U (W/m2.K)
Água – água 850 - 1700
Água – óleo 100 - 350
Água – gasolina ou querosene 300 – 1.000
Aquecedores de água de alimentação 1.000 – 8.500

Vapor – óleo combustível leve 200 - 400


Vapor – óleo combustível pesado 50 – 200
Condensador de vapor 1.000 – 6.000

Condensador de freon (resfriado a água) 300 – 1.000


Condensador de amônia (resfriado a água) 800 – 1400
Condensadores de álcool (resfriado a água) 250 – 700
Gás – gás 10 - 40
Água – ar em tubos aletados (água nos tubos) 30 – 60 (1)
400 – 850 (1)

Vapor – ar em tubos aletados (vapor nos tubos) 30 – 300 (1)


400 – 4.000 (2)

(1) Com base na superfície do lado do ar


(2) Com base na superfície do lado da água ou do vapor

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