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Aula 01 - Fundamentos de Convecção

Capítulo 06 do Livro de Referência


Lei de Newton do resfriamento
Apesar da complexidade da convecção, observa-se que a taxa de transferência de calor por convecção é
proporcional à diferença de temperatura e a área de superfície de um corpo, conforme a lei de Newton do
resfriamento:

𝑄ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣=h As(Ts- T) (1)

h é coeficiente de transferência de calor por convecção, W/m2-K.


As é a área de transferência de calor.
Ts é a temperatura de superfície, ºC.
T é a temperatura do fluido suficientemente longe da superfície, ºC.

O fluxo de calor pode ser expresso como:

𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣=h(Ts- T) (2)


a) Convecção forçada

Ar quente
subindo

Mecanismo físico da convecção


b) Convecção livre

Sem correntes
convectivas

c) Condução

Figura 1. Transferência de calor a partir de uma superfície


quente para um fluido ao redor por convecção e condução.
Devido a condição de não deslizamento, a camada de fluido adjacente a um parede sólida é imóvel,
por isso, a transferência de calor entre a superfície sólida e a camada de fluido adjacente ocorre por
condução pura e pode ser expressa como:

𝜕𝑇
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = −𝑘𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ቚ (3)
𝜕𝑦 𝑦=0

Figura 2. Um fluido escoando sobre uma superfície


estacionária tende ao repouso completo na superfície
em decorrência da condição de não deslizamento.
Onde T representa a distribuição de temperatura do fluido
e 𝜕𝑇/𝜕𝑦ȁ𝑦=0 é o gradiente de temperatura na superfície.

O calor é, então, transportado por conversão para longe da superfície como resultado do movimento
do fluido.
Observe que a transferência de calor por convecção a partir de uma superfície sólida para um
fluido é simplesmente a transferência de calor por condução a partir da superfície, portanto,
𝜕𝑇
podemos igualar as equações (2) e (3), de fluxo de calor, h(Ts- T)= −𝑘𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝜕𝑦ቚ , para obter:
𝑦=0
𝜕𝑇
−𝑘𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ቚ
𝜕𝑦 𝑦=0
ℎ= (4)
𝑇𝑠 −𝑇∞

Expressão que pode ser utilizada para determinação do coeficiente de transferência de calor por
convecção quando a distribuição de temperatura no fluido é conhecida.

O coeficiente de transferência de calor por convecção em geral varia ao longo da direção do


escoamento (ou direção x), ou seja, h=h(x). >Isso é o que o livro informa, na verdade: h=h(x,y,z,t).
Um valor médio do coeficiente de transferência de calor por convecção, h, em tais casos, é
determinado pela média do coeficiente local instantâneo de transferência de calor por convecção ao
longo de x, y, z e t.
Camada limite hidrodinâmica
Quando um fluido escoa sobre uma superfície sólida, o fluido adjacente a parede adere à mesma. Existe um
aumento da velocidade, de zero na superfície até o valor do escoamento externo (V). Esta região é chamada de
camada limite (região do escoamento onde as forças de atrito são importantes). A espessura da camada limite,
δv , é definida como a distância vertical, a partir do corpo, em que a velocidade alcança 99% da velocidade na
corrente livre (V).

Figura. O desenvolvimento da camada


limite sobre uma superfície é devido a
condição de não deslizamento e ao atrito

Figura. Desenvolvimento da camada limite para escoamento ao longo de uma placa plana e os diferentes regimes de escoamento
Transferência de calor e quantidade de movimento em escoamento turbulento.
A maioria dos escoamentos encontrados na prática de engenharia são turbulentos, portanto é
importante compreender a forma como a turbulência afeta a tensão de cisalhamento na parede e a
transferência de calor. O escoamento turbulento é complexo, pois é dominado por flutuações
aleatórias. Por isso, embora haja muitos trabalhos realizados nessa área, a teoria de escoamentos
turbulentos ainda não foi completamente desenvolvida, e portanto temos de confiar nos experimentos
e nas correlações empíricas ou semiempíricas desenvolvidas para diferentes situações.

Figura. A intensa mistura em escoamentos turbulentos coloca partículas de fluido de Figura. Flutuações da componente de velocidade u com o
diferentes temperaturas em contato próximo, aumentando, portanto, a transferência de calor. tempo em um local especificado no escoamento turbulento.
Camada limite térmica

A região do fluido em que os gradientes de temperatura existem é chamada de camada limite


térmica. A sua espessura, δT , é definida como a distância vertical, a partir do corpo, até o local
em que a temperatura é de 99% da temperatura de corrente livre (não influenciada pela placa).

99%T

δT

Figura. O desenvolvimento da camada térmica.


Em estudos de convecção é prática comum adimensionalizar as equações e combinar as
variáveis que se agrupam em números adimensionais para reduzir o número total de
variáveis.
O Número de Prandtl (Pr)
É um número adimensional que aproxima a razão de difusividade de quantidade de movimento e a difusividade
térmica de um fluido, expressando a relação entre a difusão molecular de quantidade de movimento e a difusão
molecular térmica dentro do próprio fluido, sendo uma medida da eficiência destas transferências nas camadas
limites hidrodinâmica e térmica.

𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝜈 𝜇𝑐𝑝


Pr= = =
𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 𝛼 𝑘

Ele é uma homenagem a Ludwing Prandtl, que introduziu o conceito de camada limite em 1904 e fez
importantes contribuições para essa teoria. O número de Prandtl dos fluidos varia de menos de 0,01 para
metais líquidos até mais de 100 mil para óleos pesados. O número de Prandtl é da ordem de 10 para água e
aproximadamente unitário para gases.
Os metais líquidos são uma classe especial de fluídos com números de Prandtl muito baixos. Isso ocorre
por causa da alta condutividade térmica dos fluidos já que o calor específico e a viscosidade de metais são
comparáveis às de outros fluidos comuns. O interesse em metais líquidos tem aumentado devido ao seu
potencial uso como refrigerante em aplicações que requerem que grandes quantidades de calor devam ser
removidas de um espaço relativamente pequeno, como em um reator nuclear.

Tabela. Faixas típicas do número de Prandtl de fluidos comuns

O calor se difunde rapidamente em metais líquidos e muito


lentamente em óleos pesados em relação à quantidade de
movimento. Portanto, a camada limite térmica é muito
mais espessa para metais líquidos é muito mais fina para
óleos em relação a camada limite hidrodinâmica.
O Número de Nusselt (Nu)
É a forma adimensional do coeficiente convectivo de troca de calor h, definido como:

𝒉𝑳𝒄
𝐍𝐮 =
𝒌

Onde k é a condutividade térmica do fluido Lc é o comprimento característico. O número de Nusselt é


assim chamado em homenagem a Wilhelm Nusselt, que trouxe contribuições importantes para transferência
de calor por convecção na metade do século XX.

𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 ℎ𝑇 ℎ𝐿
Significado físico do Número de Nusselt: = = =Nu
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑘𝑇/𝐿 𝑘
O Número Reynolds (Re)
É um número adimensional usado em mecânica dos fluidos para caracterizar o regime de escoamento. É
utilizado em projetos de aeronaves, foguetes, embarcações e tubulações etc.
No exemplo abaixo: Re=VD/, calculado para escoamento envolta de um cilindro (de diâmetro D).

V
Equação de conservação da energia
O balanço de energia para qualquer sistema submetido a qualquer processo é expresso como
Eent-Esai=E, demonstrando que a mudança na quantidade de energia do sistema durante o processo
é igual a diferença entre energia que entra e a energia que sai. Durante o processo de escoamento
permanente, a quantidade total de energia do volume de controle permanece constante, portanto,
E=0, e a quantidade de energia que entra no volume de controle e todas as formas devem ser iguais
a quantidade que sai. Então, a quantidade geral de energia na forma de taxa para processo de
escoamento permanente reduz a é Eent-Esai=0.
Observando que a energia pode ser transferida apenas por calor, trabalho e massa; o balanço de energia do volume de
controle de escoamento permanente pode ser escrito explicitamente como

𝐸ሶ 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟


+ 𝐸ሶ 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
+ 𝐸ሶ 𝑒𝑛𝑡 − 𝐸ሶ 𝑠𝑎𝑖 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎
=0 (I)

A energia total dos escoamomento por unidade de massa é eescoa= h + ke + pe, onde h é a entalpia (que é a soma da energia
interna e da energia do escoamento), pe=energia potencial e ke e a energia cinética. A energia do fluido por unidade de
massa pode ser expressa como eescoa = h= cpT.

Figura X. Transferências de energia por calor e


fluxo de massa associadas ao volume de
controle diferencial na camada limite térmica
para escoamento permanente bidimensional.
A energia é uma quantidade escalar, portanto as interações de energia em todas as direções podem ser combinadas em uma
equação. Observando que a vazão mássica do fluido que entra no volume de controle pela esquerda é 𝜌𝑢(𝑑𝑦 ∙ 1), a taxa de
transferência de energia para o volume de controle pela massa na direção x é, a partir da figura X,

(II)

Repetindo esse procedimento para direção y e adicionando os resultados, a taxa líquida de energia transferida para o
volume de controle pela massa é

(III)

Uma vez que u/x + v/y = 0, a partir da equação de continuidade.


A taxa líquida de condução de calor para elemento de volume na direção x é

(IV)
Repetindo esse procedimento para direção y e adicionando os resultados, a taxa de energia transferida para o volume de
controle por condução de calor se torna

(V)

Outro mecanismo de transferência de energia para e a partir do fluido no volume de controle é o trabalho realizado pelas
forças de corpo e de superfície. O trabalho realizado por força de corpo é calculado multiplicando-se essa força pela
velocidade em sua direção e pelo volume do elemento fluido. Esse trabalho tem de ser considerado apenas na presença de
efeitos importantes gravitacionais, elétricos ou magnéticos. As forças de superfície são constituídas de forças devidas a
pressão do fluido e as tensões de cisalhamento viscoso. O trabalho realizado pela pressão (trabalho do escoamento) já foi
contabilizado na análise acima, utilizando entalpia para energia microscópica, em vez da energia interna. As tensão de
cisalhamento que resultam dos efeitos viscosos são geralmente pequenas e, em muitos casos, podem ser desprezadas. Este é
o caso das aplicações que envolvem velocidades baixas ou moderadas.
Então, a equação de energia para escoamento permanente bidimensional do fluido com propriedades constantes e tensão de
cisalhamento desprezível é obtida pela substituição das equações (III) e (V) na equação (I):

(VI)

Para o caso específico de fluido estacionário, u=v=0, a equação da energia se reduz, como o esperado, a equação da
condução de calor permanente e bidimensional
Quando as tensões viscosas de cisalhamento não são desprezíveis, seu efeito é representado na equação da energia como

(VII)

Onde a função de dissipação viscosa é obtida após longa análise como:

Dissipação viscosa pode desempenhar papel dominante nos escoamentos de alta velocidade, especialmente quando a
viscosidade do fluido é elevada (como escoamento de óleo em mancais). Manifesta-se como um aumento significativo da
temperatura do fluido em virtude da conversão de energia cinética em energia térmica. A dissipação viscosa também é
importante para voos de avião em alta velocidade
Como se calcula o coeficiente de transferência de calor por convecção?
As superfícies que estão ligeiramente curvadas, como
O problema de convecção de calor sobre uma placa plana pás de turbinas, também podem ser aproximados
como placas planas, com razoável precisão.
Considere o escoamento laminar de um fluído sobre uma placa plana, como
mostrado na figura ao lado. A coordenada x é medida ao longo da superfície da
placa, a partir do bordo de ataque da placa, na direção do escoamento, e y é
medida a partir da superfície da placa, na direção normal. O fluido aproxima-se da
placa na direção x, com velocidade uniforme a jusante, o que é equivalente a
velocidade do escoamento livre V.

Quando a dissipação viscosa é desprezível, o fluido possui propriedades


constantes ao longo da placa, o escoamento é laminar e incompressível, então as
equações de conservação da massa, da quantidade de movimento e da energia,
para regime estacionário se reduzem a: Figura. Condições de contorno do escoamento sobre
a placa plana.
A solução de Blasius para o problema de convecção de calor sobre uma placa plana
O problema de convecção de calor sobre uma placa plana foi resolvido pela primeira vez em 1908,
pelo engenheiro alemão H. Blasius, aluno de L. Prandtl. Isso foi feito pela transformação das duas
equações diferenciais parciais em uma única equação diferencial ordinária, introduzindo uma nova
variável independente, chamada variável de similaridade. A obtenção de tal variável, admitindo que
exista, é mais arte do que ciência, e necessita que se tenha boa visão do problema.

Percebendo que a forma geral do perfil de velocidade permanece a mesma ao longo da placa, Blasius
imaginou que o perfil de velocidade admissional u/V devia permanecer inalterado quando traçado
contra a distância adimensional y/ , onde  é a espessura local da camada limite hidrodinâmica para
dado x. Isto é, embora  e u para dado y variem com x, a velocidade u para valor fixo y/ permanece
constante. Blasius também estava ciente, a partir do trabalho de Stokes, de que  era proporcional a
raiz 𝜈𝑥/𝑉, portanto ele definiu a variável adimensional de similaridade como:

𝜂 = 𝑦 𝑉/𝜈𝑥
Então, u/V=função (). A seguir ele introduziu a função de corrente (x,y) como:

De tal forma que a equação da conservação da massa é automaticamente satisfeita, e , assim, eliminada (isso pode ser
facilmente verificado por substituição direta). Depois ele definiu a função () como variável dependente:

Então, os componentes de velocidade tornaram-se:

Ao diferenciar essas relações de u e v, as derivadas dos componentes de velocidade são

Substituindo essas relações na equação da conservação de quantidade de movimento e simplificando, obtemos:

que é uma equação diferencial não linear de terceira ordem. Portanto, o sistema de duas equações diferenciais parciais é
transformado em uma única equação diferencial ordinária com o uso da variável de similaridade.
Usando as definições de f e , as condições de contorno com relação às variáveis de similaridade
podem ser expressas como:
Tabela 1. Função de similaridade f e suas derivadas para
camada limite laminar ao longo de uma placa plana

A equação transformada com suas condições de contorno associadas


não pode ser resolvido analiticamente. Deste modo é necessário um
método alternativo de solução. O problema foi resolvido
originalmente por Blasius por meio de uma expansão em série de
potência e ficou conhecida como solução de Blasius. O problema
foi resolvido posteriormente com mais precisão com diferentes
métodos numéricos. O resultado de uma solução numérica é
apresentado na tabela ao lado. O perfil de velocidade adimensional
pode ser obtido traçando u/V contra  . Os resultados obtidos por
essa análise simplificada estão excelente acordo com resultados
experimentais.
Equação da energia
Conhecendo o perfil de velocidade, pode-se agora resolver equação da energia para determinação da
distribuição de temperatura para o caso da temperatura de parede constante Ts.
Primeiro, se defini uma temperatura adimensional  :

Observando que Ts e T são constantes, a substituição na equação da energia fornece:

Os perfis de temperatura do escoamento sobre a placa plana isotérmica são semelhantes, tal como os
perfis de velocidade, portanto deve existir uma solução de similaridade para temperatura. Além
disso, a espessura da camada limite térmica também é proporcional a raiz 𝜈𝑥/𝑉, exatamente como
a espessura da camada limite hidrodinâmica. Portanto, a variável de similaridade é  e =().
Usando a regra da cadeia e substituindo as expressões de u e v na equação da energia, obtém-se:
Simplificando e observando que Pr=/, temos:

Com as condições de contorno (0)=0 e ()=1. A obtenção da equação


para  como função única de  confirma que os perfis de temperatura são
semelhantes (existe solução de similaridade). Mais uma vez a solução
analítica não pode obtida e um método numérico deve ser empregado.

Para Pr=1, a equação da energia se reduz a uma equação equivalente a de


u/V. As condições de contorno para  e df/d também são idênticas.
Assim, as camadas limites hidrodinâmica e térmica coincidem e os perfis Figura. Quando Pr=1 as camadas limite
adimensionais de velocidade e de temperatura são idênticos sobre placa hidrodinâmica e térmica coincidem e os perfis
adimensionais de velocidade e temperatura são
plana isotérmica. Isso para escoamento laminar, permanente e idênticos para escoamento laminar permanente e
incompressível de um fluido com propriedades constantes e Pr=1. incompressível sobre placa plana.

O valor do gradiente de temperatura na superfície (y=0), neste caso, é


d/d=d2f/d2=0,332; a partir da tabela 1 (slide24).
A equação da energia foi resolvida para vários valores do número de Prandtl. Para Pr>0,6; o
gradiente adimensional de temperatura na superfície sempre foi proporcional a Pr1/3:
𝑑𝜃
ቤ = 0,332Pr1/3
𝑑𝜂 𝜂=0
O gradiente de temperatura na superfície é:
𝑑𝑇 𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝜂 𝑑𝑇 𝑉
ቚ = 𝑇∞ − 𝑇𝑠 ቚ = 𝑇∞ − 𝑇𝑠 ቚ ቚ , logo: ቚ = 0,332Pr1/3 𝑇∞ − 𝑇𝑠
𝑑𝑦 𝑦=0 𝑑𝑦 𝑦=0 𝑑𝜂 𝜂=0 𝑑𝑦 𝑦=0 𝑑𝑦 𝑦=0 𝜈𝑥

Então, o coeficiente local de convecção é dado por:


𝑑𝑇
−𝑘 𝑑𝑦ቚ
𝑞ሶ 𝑠 𝑦=0 𝑉
ℎ𝑥 = = = 0,332Pr1/3 𝑘
𝑇𝑠 −𝑇∞ 𝑇𝑠 −𝑇∞ 𝜈𝑥

E o número de Nusselt local (Nux):


ℎ𝑥 𝑥 1/2
Nu𝑥 = =0,332Pr1/3 Re𝑥 Pr > 0,6
𝑘

Os valores obtidos com a equação acima concordam bem com dados experimentais e são válidos
para escoamento laminar sobre placa plana isotérmica. As propriedades devem ser avaliadas na
temperatura de película, definida como Tf=(Ts+T)/2.
O coeficiente de local de convecção varia ao longo da superfície como resultado das mudanças nas
camadas limites na direção do escoamento. Porém, estamos geralmente interessados na taxa de
transferência de calor para toda a superfície, que pode ser determinada com base no coeficiente
médio de convecção, chamado de coeficiente global. Por isso, apresentamos correlações para os
coeficientes locais (identificados com o subscrito x) e globais de convecção. Quando as relações dos
coeficientes locais convectivos estão disponíveis, os coeficientes globais de convecção podem ser
determinados como segue:
1 𝐿
Nu = න Nu𝑥 𝑑𝑥
𝐿 0

O número de Nusselt global (Nu):

ℎ𝐿 1/2
Nu= 𝑘 =0,664Pr1/3 Re𝐿 Pr > 0,6 𝑒 Re𝐿 < 5 × 105

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