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Ar quente
subindo
Sem correntes
convectivas
c) Condução
𝜕𝑇
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 = −𝑘𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ቚ (3)
𝜕𝑦 𝑦=0
O calor é, então, transportado por conversão para longe da superfície como resultado do movimento
do fluido.
Observe que a transferência de calor por convecção a partir de uma superfície sólida para um
fluido é simplesmente a transferência de calor por condução a partir da superfície, portanto,
𝜕𝑇
podemos igualar as equações (2) e (3), de fluxo de calor, h(Ts- T)= −𝑘𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 𝜕𝑦ቚ , para obter:
𝑦=0
𝜕𝑇
−𝑘𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ቚ
𝜕𝑦 𝑦=0
ℎ= (4)
𝑇𝑠 −𝑇∞
Expressão que pode ser utilizada para determinação do coeficiente de transferência de calor por
convecção quando a distribuição de temperatura no fluido é conhecida.
Figura. Desenvolvimento da camada limite para escoamento ao longo de uma placa plana e os diferentes regimes de escoamento
Transferência de calor e quantidade de movimento em escoamento turbulento.
A maioria dos escoamentos encontrados na prática de engenharia são turbulentos, portanto é
importante compreender a forma como a turbulência afeta a tensão de cisalhamento na parede e a
transferência de calor. O escoamento turbulento é complexo, pois é dominado por flutuações
aleatórias. Por isso, embora haja muitos trabalhos realizados nessa área, a teoria de escoamentos
turbulentos ainda não foi completamente desenvolvida, e portanto temos de confiar nos experimentos
e nas correlações empíricas ou semiempíricas desenvolvidas para diferentes situações.
Figura. A intensa mistura em escoamentos turbulentos coloca partículas de fluido de Figura. Flutuações da componente de velocidade u com o
diferentes temperaturas em contato próximo, aumentando, portanto, a transferência de calor. tempo em um local especificado no escoamento turbulento.
Camada limite térmica
99%T
δT
Ele é uma homenagem a Ludwing Prandtl, que introduziu o conceito de camada limite em 1904 e fez
importantes contribuições para essa teoria. O número de Prandtl dos fluidos varia de menos de 0,01 para
metais líquidos até mais de 100 mil para óleos pesados. O número de Prandtl é da ordem de 10 para água e
aproximadamente unitário para gases.
Os metais líquidos são uma classe especial de fluídos com números de Prandtl muito baixos. Isso ocorre
por causa da alta condutividade térmica dos fluidos já que o calor específico e a viscosidade de metais são
comparáveis às de outros fluidos comuns. O interesse em metais líquidos tem aumentado devido ao seu
potencial uso como refrigerante em aplicações que requerem que grandes quantidades de calor devam ser
removidas de um espaço relativamente pequeno, como em um reator nuclear.
𝒉𝑳𝒄
𝐍𝐮 =
𝒌
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑣 ℎ𝑇 ℎ𝐿
Significado físico do Número de Nusselt: = = =Nu
𝑞ሶ 𝑐𝑜𝑛𝑑 𝑘𝑇/𝐿 𝑘
O Número Reynolds (Re)
É um número adimensional usado em mecânica dos fluidos para caracterizar o regime de escoamento. É
utilizado em projetos de aeronaves, foguetes, embarcações e tubulações etc.
No exemplo abaixo: Re=VD/, calculado para escoamento envolta de um cilindro (de diâmetro D).
V
Equação de conservação da energia
O balanço de energia para qualquer sistema submetido a qualquer processo é expresso como
Eent-Esai=E, demonstrando que a mudança na quantidade de energia do sistema durante o processo
é igual a diferença entre energia que entra e a energia que sai. Durante o processo de escoamento
permanente, a quantidade total de energia do volume de controle permanece constante, portanto,
E=0, e a quantidade de energia que entra no volume de controle e todas as formas devem ser iguais
a quantidade que sai. Então, a quantidade geral de energia na forma de taxa para processo de
escoamento permanente reduz a é Eent-Esai=0.
Observando que a energia pode ser transferida apenas por calor, trabalho e massa; o balanço de energia do volume de
controle de escoamento permanente pode ser escrito explicitamente como
A energia total dos escoamomento por unidade de massa é eescoa= h + ke + pe, onde h é a entalpia (que é a soma da energia
interna e da energia do escoamento), pe=energia potencial e ke e a energia cinética. A energia do fluido por unidade de
massa pode ser expressa como eescoa = h= cpT.
(II)
Repetindo esse procedimento para direção y e adicionando os resultados, a taxa líquida de energia transferida para o
volume de controle pela massa é
(III)
(IV)
Repetindo esse procedimento para direção y e adicionando os resultados, a taxa de energia transferida para o volume de
controle por condução de calor se torna
(V)
Outro mecanismo de transferência de energia para e a partir do fluido no volume de controle é o trabalho realizado pelas
forças de corpo e de superfície. O trabalho realizado por força de corpo é calculado multiplicando-se essa força pela
velocidade em sua direção e pelo volume do elemento fluido. Esse trabalho tem de ser considerado apenas na presença de
efeitos importantes gravitacionais, elétricos ou magnéticos. As forças de superfície são constituídas de forças devidas a
pressão do fluido e as tensões de cisalhamento viscoso. O trabalho realizado pela pressão (trabalho do escoamento) já foi
contabilizado na análise acima, utilizando entalpia para energia microscópica, em vez da energia interna. As tensão de
cisalhamento que resultam dos efeitos viscosos são geralmente pequenas e, em muitos casos, podem ser desprezadas. Este é
o caso das aplicações que envolvem velocidades baixas ou moderadas.
Então, a equação de energia para escoamento permanente bidimensional do fluido com propriedades constantes e tensão de
cisalhamento desprezível é obtida pela substituição das equações (III) e (V) na equação (I):
(VI)
Para o caso específico de fluido estacionário, u=v=0, a equação da energia se reduz, como o esperado, a equação da
condução de calor permanente e bidimensional
Quando as tensões viscosas de cisalhamento não são desprezíveis, seu efeito é representado na equação da energia como
(VII)
Dissipação viscosa pode desempenhar papel dominante nos escoamentos de alta velocidade, especialmente quando a
viscosidade do fluido é elevada (como escoamento de óleo em mancais). Manifesta-se como um aumento significativo da
temperatura do fluido em virtude da conversão de energia cinética em energia térmica. A dissipação viscosa também é
importante para voos de avião em alta velocidade
Como se calcula o coeficiente de transferência de calor por convecção?
As superfícies que estão ligeiramente curvadas, como
O problema de convecção de calor sobre uma placa plana pás de turbinas, também podem ser aproximados
como placas planas, com razoável precisão.
Considere o escoamento laminar de um fluído sobre uma placa plana, como
mostrado na figura ao lado. A coordenada x é medida ao longo da superfície da
placa, a partir do bordo de ataque da placa, na direção do escoamento, e y é
medida a partir da superfície da placa, na direção normal. O fluido aproxima-se da
placa na direção x, com velocidade uniforme a jusante, o que é equivalente a
velocidade do escoamento livre V.
Percebendo que a forma geral do perfil de velocidade permanece a mesma ao longo da placa, Blasius
imaginou que o perfil de velocidade admissional u/V devia permanecer inalterado quando traçado
contra a distância adimensional y/ , onde é a espessura local da camada limite hidrodinâmica para
dado x. Isto é, embora e u para dado y variem com x, a velocidade u para valor fixo y/ permanece
constante. Blasius também estava ciente, a partir do trabalho de Stokes, de que era proporcional a
raiz 𝜈𝑥/𝑉, portanto ele definiu a variável adimensional de similaridade como:
𝜂 = 𝑦 𝑉/𝜈𝑥
Então, u/V=função (). A seguir ele introduziu a função de corrente (x,y) como:
De tal forma que a equação da conservação da massa é automaticamente satisfeita, e , assim, eliminada (isso pode ser
facilmente verificado por substituição direta). Depois ele definiu a função () como variável dependente:
que é uma equação diferencial não linear de terceira ordem. Portanto, o sistema de duas equações diferenciais parciais é
transformado em uma única equação diferencial ordinária com o uso da variável de similaridade.
Usando as definições de f e , as condições de contorno com relação às variáveis de similaridade
podem ser expressas como:
Tabela 1. Função de similaridade f e suas derivadas para
camada limite laminar ao longo de uma placa plana
Os perfis de temperatura do escoamento sobre a placa plana isotérmica são semelhantes, tal como os
perfis de velocidade, portanto deve existir uma solução de similaridade para temperatura. Além
disso, a espessura da camada limite térmica também é proporcional a raiz 𝜈𝑥/𝑉, exatamente como
a espessura da camada limite hidrodinâmica. Portanto, a variável de similaridade é e =().
Usando a regra da cadeia e substituindo as expressões de u e v na equação da energia, obtém-se:
Simplificando e observando que Pr=/, temos:
Os valores obtidos com a equação acima concordam bem com dados experimentais e são válidos
para escoamento laminar sobre placa plana isotérmica. As propriedades devem ser avaliadas na
temperatura de película, definida como Tf=(Ts+T)/2.
O coeficiente de local de convecção varia ao longo da superfície como resultado das mudanças nas
camadas limites na direção do escoamento. Porém, estamos geralmente interessados na taxa de
transferência de calor para toda a superfície, que pode ser determinada com base no coeficiente
médio de convecção, chamado de coeficiente global. Por isso, apresentamos correlações para os
coeficientes locais (identificados com o subscrito x) e globais de convecção. Quando as relações dos
coeficientes locais convectivos estão disponíveis, os coeficientes globais de convecção podem ser
determinados como segue:
1 𝐿
Nu = න Nu𝑥 𝑑𝑥
𝐿 0
ℎ𝐿 1/2
Nu= 𝑘 =0,664Pr1/3 Re𝐿 Pr > 0,6 𝑒 Re𝐿 < 5 × 105