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UNIZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


Curso Engenharia Mecatrônica

Transferência de Calor
Aplicada

TEMA 2. Transferência de calor por Convecção.

Docente: Mestre Eng.ª Beatriz Reyes Collado


e-mail: beatriz50.c@uzambeze.ac.mz cell: 847300421
Plano de aulas

1. Introdução à Convecção
2. Camada limite de velocidade (C.L.V)
3. Camada limite de térmica (C.L.T)
4. Escoamentos Laminar e Turbulento
5. Número de Reynolds (Re)
6. Número de Nusselt (Nu)
7. Número de Prandtl (Pr)
8. Equações da camada limite laminar
9. Solução da Equação Diferencial para uma Placa Plana

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1. Introdução à Convecção

Convecção:
Transferência de energia entre uma superfície e um fluido em movimento
sobre essa superfície.
A convecção inclui a transferência de energia pelo movimento global do fluido
(advecção) e pelo movimento aleatório das moléculas do fluido (condução ou
difusão)

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1. Introdução à Convecção

O calor transferido de uma superfície quente para um fluido pode acontecer


por convecção e por condução.

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1. Introdução à Convecção

Tambem pode ser:

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1. Introdução à Convecção

Tipos de escoamentos

 Escoamentos Viscosos Vs. Invíscidos


 Escoamentos Internos Vs. Externos
 Escoamentos Compressíveis Vs. Incompressíveis
 Escoamentos Laminares Vs. Turbulentos
 Escoamentos Naturais (livres) Vs. Forçados
 Escoamentos Permanentes Vs. Transientes
 Escoamentos Uni, Bi ou Tridimensionais

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1. Introdução à Convecção
Fatores que influenciam a convecção:
1. Propriedades do fluido: massa específica, viscosidade, condutividade
térmica, calor específico.
2. Propriedades do escoamento: velocidade (laminar, turbulento),
temperatura.
3. Geometria: escoamento externo, interno, rugosidade da superfície

Propriedades físicas:

1. ρ - Massa específica kg/m³


2. μ - Viscosidade dinâmica Ns/m²k
3. k- Condutividade térmica W/m²K
4. Cp- Calor específico J/kgK
5. Ѵ- Viscosidade cinemática m²/s
6. α- Difusividade térmica m²/s

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1. Introdução à Convecção

Convecção – lei de resfriamento de Newton

Taxa de calor:

Fluxo de calor:

Onde:
h - coeficiente de transferência de calor por convecção, W/m2oC;
As - superfície de transferência de calor, m2 ;
Ts - temperatura da superfície, oC;
T∞ - temperatura do fluído suficientemente perto da superfície, oC.
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2. Camada limite de velocidade (C.L.V)

Região de escoamento afetada cinematicamente pela presença do corpo


Perfil de velocidade (ação viscosa)

ẟ espessura da c.l.: valor de


y para u=0,99 u∞

Com aumento de x efeitos de


viscosidade penetram na
corrente livre e C.L. aumenta
( ẟ aumenta com x)

• Parede: condição de não-deslizamento


• Corrente livre: escoamento irrotacional • maneira na qual u varia com y através
(inviscido) da camada limite
• Aparecimento do perfil de velocidades: • gradientes de velocidade e Ƭ são
origem da força de arraste consideráveis

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2. Camada limite de velocidade (C.L.V)

C.L.V na mecânica dos fluidos: fornece a base para o cálculo do coeficiente de


atrito.

Para escoamento externo

O gradiente de
velocidade na superfície
depende da distância x
da aresta frontal da placa

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3. Camada limite de térmica (C.L.T)
ẟt espessura da c.l.: valor de y
para: (Ts-T)/(Ts-T∞ ) = 0,99

Com aumento de x efeitos da


transferência de calor
penetram na corrente livre e
C.L. aumenta
(ẟt aumenta com x)

• Se desenvolve, se houver diferença de temperatura entre a temperatura da


superfície, Ts, e a da corrente livre de fluido, T∞
• Região do escoamento afetada termicamente pela presença do corpo
• Parede: não deslizamento (condução pura)
• Corrente livre: irrotacional (isotérmico)
• Na camada limite: perfil de temperatura (condução + advecção), T = T(x, y)

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3. Camada limite de térmica (C.L.T)

A relação entre as condições na camada limite térmica e o coeficiente de


transferência de calor por convecção, h, pode ser demonstrada.
Sobre a transferência de calor, a condição de não deslizamento (condução pura)
leva a:
Fluxo térmico na superfície local

Lei de resfriamento de Newton

As condições na c.l.t. que influenciam o gradiente de temperatura na superfície


determinam a TC na através da camada
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∂T/∂y|y=0 diminui com o aumento de x, q e h diminuem
3. Camada limite de térmica (C.L.T)

hlocal e hmédio

O fluxo térmico na superfície e o coeficiente de transferência de calor


convectivo variam ao longo da superfície

ℎ = ℎ(ρ, μ, Cp, k, Ts-T∞, V, geometria) 13


4. Escoamentos Laminar e Turbulento

• Escoamento laminar: movimento altamente ordenado


• Escoamento turbulento: altamente irregular e caótico, resulta em flutuações de
velocidade e de pressão
• Subcamada viscosa: transporte dominado pela difusão, grandes gradientes de
velocidade
• Região turbulenta: transporte dominado pela mistura turbulenta, perfil de
velocidades plano
Ƭ maiores na porção turbulenta da c.l. que na porção laminar
A turbulência afeta a espessura da C.L. e o perfil de velocidades 14
5. Número de Reynolds (Re)

A ocorrência de um regime laminar ou turbulento, e a transição entre eles, está


associada à relação entre as forças de inércia e viscosas no escoamento

Número de Reynolds, Re = Forças de inércia/ Forças viscosas

onde:
Lc - dimensão característica,
V - velocidade e
𝜈 - viscosidade cinemática do fluído.

• Re << as forças de inércia são insignificantes em relação às viscosas e os


distúrbios são dissipados e o escoamento permanece laminar.
• Re>> as forças de inércia são suficientes para amplificar a transição para a
turbulência.
Para escoamento sobre placa plana: Recr ≡ 5x105
• A turbulência intensifica a transferência de calor, mas às custas de um aumento
nas perdas por atrito
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6. Número de Nusselt (Nu)
Para compreender o sentido físico do número de Nusselt, considere-se um
escoamento de espessura L com a diferença de temperatura ΔT=T2-T1.
A transferência de calor para o escoamento será por convecção quando o
escoamento estiver em movimento e por condução quando o escoamento
estiver em repouso. O fluxo de calor num e noutro caso será:

A razão entre os dois dá:

A partir de Nu o h local pode ser determinado e o fluxo térmico local.


O coeficiente médio é obtido por integração ao longo da superfície e
independente da variável espacial x*

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7. Número de Prandtl (Pr)
A espessura relativa das camadas limite fluidodinâmica e térmica descreve-se
pelo número adimensional de Prandtl, parâmetro, definido como:
Medida relativa da efectividade com que
quantidade de movimento e calor são
transferidos pela acção molecular(difusão).

A difusividade de quantidade de
movimento e a difusividade
termica. Esta relacionado ao
crescimento entre as camada
limites fluidodinamica e termica.

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8. Equações da camada limite laminar

1. Equação da conservação da massa – equação da continuidade

- Coordenadas cartesianas x e y
- Bidimensional
- Fluido incompressível
- ρ constante

Coordenadas cilíndricas
- ρ massa específica
- u e ν velocidades nas direções x e y
- W largura

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8. Equações da camada limite laminar

2. Equação de momentum

- Coordenadas cartesianas x e y
- Bidimensional
- Fluido incompressível
- ρ constante

Força da Estresse Transferir impulso Força Taxa de


gravidade viscoso de armazenamento
pressão de impulso

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8. Equações da camada limite laminar
3. Equação da conservação de energia
Equação de balanço para um volume de
controle toma o seguinte aspecto

- Coordenadas cartesianas x e y
- Bidimensional
- Fluido incompressível
- ρ constante

Para um caso especial em que o fluído é estacionário u = ν = 0

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9. Solução da Equação Diferencial para uma Placa Plana
3. Equação da conservação de energia

Para o fluxo constante, incompressivel e


laminar, de um fluído com propriedades
constantes sobre uma placa plana.

Condições de contorno para o escoamento


sobre uma placa plana.

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9. Solução da Equação Diferencial para uma Placa Plana
3. Equação da conservação de energia
Conhecendo o perfil da velocidade, pode-se então resolver a equação da
energia para o caso da temperatura constante da parede Ts.

A temperatura adimensional na forma:

Quando Pr=1, as camadas limites


fluidodinâmica e térmica coincidem, e os
perfis da velocidade e de temperatura
adimensionais são idênticos para o
escoamento permanente, incompressivel
e laminar sobre uma placa plana.

Dai o coeficiente local de convecção e o


número de Nusselt para Pr˃0,6 passam a
ser: Válidas para escoamentos
laminares sobre uma placa plana
isotérmica: Tf = (Ts+T∞)/2
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