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••

111- SEGVNlJO PRINCíPIO [lA TERMODlN.ÁIVIICA

•• I. GENERALIDADES

•• o Primeiro Princípio da Tennodinãmic<l (PPTD) afirma a conversão de energia:


quando 3 cnergiZl transita de um corpo :I outro, dOll quando rIa se canvelte de uma
modalidade para outra, essa energia. não aUlllenta nem diminui; a energia do

•• universo permanece J mesma.


O Segundo Princípio da Termodinâmica (Sl'rlJ) estabelece niterios quantitativos

••
de '\'onvcrtibilidade" de energia: da energia degradada (calor) oferecida em certas
condi~.t)cs. qual ~ a maior fração nh.~l'aniZ3\'d~ Qual é a cota de sacriticio que,
rcbs prúprias cOlldições da natureza, indepcndc do progresso tt.:cnológico? É esse

••
o assul1to desse capitulo .

•• ~. ~CI!~(2UNAS Tb:R\lICAS

~d~íqllill:1Stcnnicas sjo dispositi\'os que operam em CICLOS, "rL~cebendo" calor e

•• traballw. Podt:tll ser mOlor~s, refrigeradores e lennobombas.


Uma lransll)rmaçào aberta começa, transcorre.: c cessa: não há continuidade.:. Já

••
ullla 0lh:ra~ào incessante só pode constituir no encadeamento de ciclos, conforme
indicl a FI(;. I.

•• p
MOTOR
p
REFRIGERADOR

••
•• V L-
área ::= 1

....Jv

••
FlG. I: Trabalho de deformação volumétrica em ciclo de transformações .

Todo corpo do qual o sistema "recebeI! calor é uma fonte de calor; salvo expressa

•• citação contrária, admite-se que a lemperatura da fonte seja invariável,


independente do colnr que ela ceda. Todo corpo do qual o sistema "recebe"
trabalho é uma fonte de trabalho.

•• As fontes de calor são: uma quente ( T, ) c, outra, fria ( T, , com T, < T, ). A


máquina "recebe" o calor Ql da fonte quente, O calor 02 da fonte fria e o trabalho
1 do fonte de trabalho .

••
• 87
eIllI
o motor ténnico opera segundo a FIG. 2. O chamado "calor quente" Q, é valioso:
ele provém de combustões, da energia nuclear, do sol, do interior da terra, ...
••
Dadas as fontes quente e fria, o motor transfomla em trabalho uma parte do calor
extraido da fonte quente. O "calor frio" Q, é inútil, quota de sacrificio.
T, Q,
••
••
MOTOR TÉRMICO
••
••
••
FIG. 2: t = Q, - Q,
••
O refrigerador e a termobomba operam confonne ilustrado na FIG. 3. O trabalho ••
••
provém de uma fonte de trabalho, a qual pode ser um motor elétrico, um motor
ténnico, um motor hidráulico, etc. Às custas do trabalho t, dada a fonte quente
cria-se a fonte fria em refrigerador. Dada a fonte fria cria-se a fonte quente em
temobomba. O que interessa é o Ilcalor frio" Q2 em refrigerador. o "calor quente"
Q, em tennobomba.
•.1
••
••
REFRlGERADOR
ou
TERMOBOMBA
••
••
••
FIG.3: Q, = Q, - t ••
88 ••
••
•• Para o motor térmico define-se rendimento térmico, (11):

•• 11 =
t

Q,
(I)

•• 11 = Q, - Q, (2)

••
ou
Q,

•• com 11< I

•• Para refrigerador
eficiência) (CD):
e lermobomba define-se o coeficiente de desempenho (ou de

•• CD =
Q,
(3 )

••
t

Q, -t
CD = (4)

••
ou
t

com CD> I

•• Os ciclos termodinâmicos são muitos: cada um recebe o nome do pesquisador com


méritos destacados na sua concepção. Citamos Rankine, alto, Diesel, etc. Em

•• teoria, destaca-se o ciclo de Carnal.

•• 3. CICLO DE CARNOT COM GÁS PERFEITO

•• Chama-se ciclo de Carnal lodo ciclo reversível


transformações isotérmicas em temperaturas
que se compõe de duas
desiguais, e duas transformações

•• adiabáticas. Intervém duas fontes de calor em temperaturas invariáveis e uma


fonte de trabalho. O corpo operante pode ser qualquer gás perfeito. É o ciclo
fundamental da termodínâmica .

•• Pode ser ciclo motor ou ciclo refrigerador. A reversibilidade faculta a conversão

••
de um no outro, através dos mesmos estados. Para fixar as idéias estudaremos o
ciclo motor, representado na FIG. 4 .

• 89
••
••
••
••
••
FIG. 4: Ciclo de Camot com gás perfeito.
••
••
••
ESTADOS: A=(T, , PA • VA)
B = (T, • PB , VB)
C=(T1, Pc, Vc)

Sabemos que:
D=(T1 , Po , Vo)

••
(5)
••
EXPANSÃO ISOTÉRMICA AB:
••
_ n.R.T,.ln [V V
B] (6)
••
••
'AR -
A

(7)

••
EXPANSÃO ADIABÁTICA BC:

(8)
••
'BC = - n.CV.(T1 - T,) (9) ••
••
90

••
•• COMPRESSÃO ISOTÉRMICA CO:

•• TCD = n.R.T,.ln [~~] (10)

•• COMPRESSÃO ADIABÁTICA DA:

(11)

•• (12)

•• Observe que:

•• O trabalho no ciclo é:

••
•• :. t = tAS +lCO

•• T = n.R.T,.ln [~:] + n.R.T,.In [~~]

•• T = n.R.(T, - T,). In V.
VA
(13)

•• Aplicando a equação (I), temos o rendimento térmico do ciclo de Carnal:

•• '1 = -
T

•• Q,

•• '1 =
n.R.(T, - T,).ln(V./VA)
n.R.T,.ln(V./VA)

•• (14)

••
• 91
Fazendo (2) = (14), temos: .•• ,

Q, = Q2
T, T2
(15)
••
lnvertendo-se o sentido das transformações, o ciclo motor toma-se refrigerador,
••
com coe ti ciente de desempenho (CO) dado pela equação (3):

Q2
••
CO =
t
••
CO = ~
T,-T2
(16)
••
••
4. SEGUNDO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA (SPTD)
••
Camot deu-lhe um enunciado específico para o motor térmico:

"A transformação de calor em trabalho em um processo permanente só pode


••
ocorrer em ciclos, nos quais o corpo operante (sistema) ganha cator de uma fonte
quente, perde calor para uma fonte fria e transforma essa diferença em trabalho"
(FIG. 1).
••
Invertendo cada troca de energia resulta na FIG. 2. A extração de calor de uma ••
fonte fria requer trabalho, que se soma àquele calor, e deve ser fornecido a uma
fonte quente.
••
Os enunciados de Kelvin e Cláusius são sucintos e enfáticos:
••
Kelvin: Não existe máquina térmica que
extrai calor de uma fonte e o converte no
trabalho eouivalente, sem outro efeito.
••
••
••
92 ••
•• o imprescindível
•• "outro efeito" é a cessão de calor residual à fonte fria. É por isso
que o calor é uma fonna de energia degradada: por sua própria natureza, é
impossível a mecanização integral do calor extraído de uma fonte .

•• Vejamos o enunciado de Clàusius:

•• Cláusius: Não existe máquina térmica que


extrai calor de uma fonte e o transporta
ara outra mais uente sem outro efeito .

••• o imprescindível "outro efeito" é o trabalho de acionamento que a máquina


recebe .

••
•• 5. TEOREMA DE CARNOT

•• Chama-se ciclo de Camot todo ciclo reversível que se compõe de duas


transformações ísotérmicas em temperaturas desiguais, e duas transformações
adiabáticas .

•• O corpo operante é qualquer .

•• TEOREMA
térmicos
DE CARNOT: Dos
que operam entre as mesmas
motores
fontes,

•• nenhum tem um rendimento maior do que o


motor de Carnal.

•• Sendo 1', e 1', as temperaturas das fontes, as trocas de calor só se efetuam nas
temperaturas 1', e 1',. As transformações adiabáticas asseguram as variações de

•• temperatura do corpo operante, de 1', para 1', e de 1', para 1'" porém sem troca de
calor. Dadas duas máquinas térmicas operando entre as mesmas fontes, uma C de

••
Carnot e outra X não de Carnal (a diferença essencial entre elas consiste na
reversibilidade da primeira e na irreversibilidade da última) .

••
••
•• 93
••
Consideremos os motores C e X, que em cada ciclo realizam trabalho igual
••
.,
(FIG. 5). Demonstraremos o teorema por redução ao absurdo: admitindo 'lx > 'lc,
decorre contradição com o SPTD, logo é forçoso ser'lx ~ 'lc.


••
Q"

C ( 'lc )
t t
X(Tl,) ••
••
T2

FIG. 5: Os calores e trabalhos figuram em valor absoluto.

Hipótese:
T2 Q'2

.,
••
••
'lx > 'lc ..
t
->-
Q'\ Q,
t

••
••
Invertamos C (reversibilidade!) e acoplemos as máquinas (FIG.6)
••
Q,

t
TI

X
Q'\

--
[£]0"C+X
••
••
i
•••
T2 T2 Q'2 T2 Q2-Q'2
Q2

FIG. 6: As máquinas C e X acopladas eqüivalem à máquina C + X.

Q, - Q', = (Q, - t) - (Q',-t)


••
••
94 •

------------------------------ ---

I.
••
Portanto, a máquina (C + X) eqüivale a (não C): o enunciado de Cláusius nega a
possibilidade fisica da máquina representada por (C + X). Logo é impossível ser
'lx > 'lc'

•• Conclusão:

(17)

••
'lx " 'lc

Se a máquina X for reversível, é o motor de Carnot, e então 'lx = 'lc. Se a

•• máquina X for irreversível, a irreversibilidade implica em dissipação, portanto,


desperdício, e temos, nesse caso, 'lx < 'lc .

•• COROLARIO: Todos os motores


Carnat que operam entre as mesmas fontes
de

••
possuem rendimentos térmicos iguais .

Sejam as máquinas C, e C,. Pela demonstração supra:

•• C, - motor ]
'l,"'h
••
C, - refrigerador

C, - refrigerador]

•• C, - motor 'l, " 'l,

•• Logo:

'l, ='l, ( 18)

•• Em nada influem a natureza do corpo operante, os pormenores de construção da

••
máquina, a extensão das transformações isotérmicas: o rendimento do ciclo de
Camot depende só das temperaturas das fontes:

•• (19)

Para o cálculo de 'lc, o Teorema de Camot dá toda liberdade na escolha do corpo

•• operante. O gás perfeito faculta a solução mais simples, e a conclusão tem


validade geral.

••
••
• 95
••
o ciclo de Camot
e T, (T, > T,):
tem rendimento máximo dentre todos entre duas temperaturas T,
••
'lc-
__ T, - T,
T,
=
1_ T,
T,
(20)
••
Do calor Q, extraído da fonte quente, o maior trabalho que se pode obter é
realizado pelo ciclo de Camot, ele é:
••
(21 )
••
Em processo real sempre há dissipação, logo o trabalho extraído é menor.
••
O corpo operante "recebe" das fontes os calores Q, e Q" respectivamente. Em
valor absoluto é: ••
IQ,I
T,
= IQ,I
T,
(22) ••
Na prática, T, é a temperatura mais baixa disponível no ambiente próximo da ••
••
máquina. Quanto mais elevada for a temperatura T I da fonte quente, maior é o
rendimento do ciclo. A temperatura absoluta dá fonte quente é índice de qualidade
do calor que ela fornece.

••
••
••
••
••
••


• 1

96
L-__________________ •
••
••
6) EXERCicIOS RESOLVIDOS

I. Uma máquina térmica ideal opera em ciclos de Carnot entre as temperaturas T,

•• = 400 K e T, = 300 K.
a) Operando como motor, a máquina recebe da fonte quente, em cada ciclo, o
calor Q, = 1500 J. Determinar o calor Q, cedido à fonte fria, o trabalho r do

•• motor e o seu rendimento térmico .


b) Operando como refrigerador, a máquina retira da fonte fria em cada ciclo o

••
calor Q, = 1500 J. Determinar o calor Q, cedido à fonte quente, o trabalho r
consumido e o coeficiente de desempenho (CO) .

••
Solução:
a) Motor
Q, = Q,

•• T, T,

1500 = Q,

•• 400 300

•• r = 1500-1125 .. Ir = 375JI

•• T] =
r
=
375

•• b) Refrigerador
Q, 1500

•• ÇJ.
T,
=
Q',
T,

•• Q',
400
=
1500
300
-- IQ'\ =- 2000 JI

•• Q', = r' + Q',

•• r' = 2000 -1500 .. Ir' = 500 JI

•• CO = Q',
"[I
= 1500
50
ICD = 3,01

••
• 97
••
2. Dois motores de Camot operam entre fontes quentes diferentes e mesma fonte
fria, conforme o esquema anexo. As temperaturas são T, = 600 K, T, = 400 K e
T = 300 K. Em um ciclo cada motor cede à fonte fria o calor Q = 300 1. Para um
••
ciclo, determinar:
a) o calor que o par de motores extrai das fontes quentes;
b) o trabalho do par de motores;
••
c) o rendimento térmico do sistema.
••
Q, Q2
••
'I '2 ••
Q Q ••
T
••
Solução:

a) Q, Q
.. Q,
= -
300
.. =
••
••
= IQ, 60011
T, T 600 300

••
Q2 Q Q2 300
= .. = - .. IQ, = 40011
T2 T 400 300

b)" = Q,-Q = 600-300 .. h = 1


3001 ••
'2 = Q2 -Q = 400-300 .. h = 10011
••
, = " +" = 300 + 100 . , I, = 40011
••
c) '1 =
,
Q, +Q,
=
400
600 +400
.. h= 40%1

.'•••
••
98

••
•• 3. Motor ideal e motor real: Um motor térmico fisicamente perfeito opera em
ciclos de Camot entre as temperaturas T, = 500 K e T, = 400 K. Em cada ciclo,

•• a.máquina recebe da fonte quente o calor Q, = 2000 J .


a) Determinar o calor Q, cedido á fonte fria, o trabalho do motor e o
rendimento térmico .

•• b) Em igualdade das demais condições, um motor real opera com a metade do


rendimento; qual é o trabalho que ele realiza em cada ciclo?

•• Solução:

•• a) 2L
T,
Q
,
= 2000 . 400
500
IQ, = 1600 J I

•• , = Q, -Q,

,
= 2000-1600 I, = 400 J I

•• '1
400
2000
1'1 = 20%1

•• b)'1' = .!.''1
2
!ri' = 10%1

•• " = '1'.Q, = 0,10.2000 I,' = 200 J I

•• 4. Um corpo de gás perfeito monoatômico descreve, reversivelmente, o ciclo de

•• transformações esquematizado; a transformação AB é adiabática (Cv = 3.R12) .


a) Detenninar o calor e o trabalho em cada transformação e no ciclo .
b) Calcular o rendimento térmico no ciclo, e O maior rendimento que se poderia

•• obter com as mesmas fontes .

P (atm)

•• 10
A

••
•• • C:
B

V ( litro )
16 48

•• 99
••
Solução:
••
AB ---- adiabática:

10.16\{3 = P •. 48\{3
y = 5/3
••
••
P. = Pc = 1,602 atm

QAB = O

tAB = ••
_ n.~.R.[48.1,602
2 n.R
- 10.16]
n.R
••
t AB = - 124,656 atm.litro ••
••
!lUAB = 0-(124,656)
••
!lU AB = - 124,656 atm.lilro

N ••
BC ---- [SOBÁRICA: toe = área =

tBC = - 51,264 atm.litro


-1,602.(48-12)

••
••
U
'U
BC
-
-
~ R.[ 1,602.16 -1,602.48]
n..
2
------
n.R n.R
••
!lU BC = - 76,896 atm.litro ••
••
Qoe = -51,264+(-76,869)
••
••
QBC = -128,16 atm.litro

100

••
•• CA ----- ISOMÉTRICA:

••
•• AU
ti CA
= ~ R [10.16
n...
2
----- -1,602.16J
n.R n.R

•••
""UCA = 201,552 atm.l

•• QCA = 0+201,552

•• QCA = 201,552atm.1

•• ClCLO: to;'"~ = L tj = 124,656+(-51,264)+0

' .• t"", = 73,392 atm.!

•• Q"", = 73,392 atm.! (confere)

•• 73,392
'1 = 36,41%

•• 201,552

••
•• 'lmáx. =
10.16
-----
n.R
1,602.16

10.16
n.R
'lmax. ;;:
160- 25,632
160

•• n.R

••
'lmk = 83,98%

•• 101
••
5. Na região antártica monta-se um laboratório ("container"). A temperatura é -
33'C no exterior e deve ser mantida a 27'C no interior. Nessas condições, o ••
laboratório perde calor para o ambiente com uma potência de 18,0 KW. Esse
calor deve ser reposto por uma termo bomba acionada por um motor Diesel:
Determinar o menor consumo teórico de energia para a termo bomba.
•el
Solução: ••
LABORATóRrc
r, = )00 K
o menor
Camot:
consumo ocorre em um ciclo de
••
Q)
~
T,
= Q2
T, ••
TERMO
BOMBA

Q2
- 1
18
300

IQ,
= Q2
240

= 14,4 KJ I
••
••
AMBIENTE
T2=240 K
1 = Q, -Q, = 18-14,4
••
••
1 = 3,6 KJ

••
••
••
••
••
••
••
102

••
•• 7) EXERCíCIOS PROPOSTOS

•• I. As temperaturas de três fontes de calor são T, = 500 K, T, e T, = 300 K,


respectivamente. Um motor de Carnal "operaentre TI e Tz; o calor que ele retira

•• aciona outro motor de Camot, que opera entre T, e T,. Os motores realizam
trabalhos idênticos. Determinar T, .

•• 2. O diagrama anexo representa o ciclo térmico percorrido por n maIs de um gás


perfeito em certa máquina reversivel. A transformação
Detenninar:
AB é adiabática .

•• a) os estados A, B e C;
b) o rendimento térmico do ciclo .

•• p

3,328
(atm)

--- A

••
•• c;
B
V (I)

•• 8 12

J. O gráfico anexo representa o ciclo térmico por n maIs de um gás perfeito (C, =

•• 5.R/2), monoalômico,
Dctenninar:
em certo motor. A transformação AB é adiabática.

••
a) os estados A, B e C;
b) o rendimento térmico do ciclo;
c) o rendimento da máquina de Camot que funcionasse entre as temperaturas

•• extremas do ciclo .

P (alm)

•• 8,32 --- A

••
•• ,B

V (1)

•• J 12

• IOJ
4. Um corpo de gás perfeito (Cp = 5.R12) percorre um ciclo reversível ABCA,
••
sendo as transformações AB, BC c CA respectivamente isobárica, isométrica e
adiabática. Dados: PA = 4 atm, V A = 2 litros e VR = 4 litros. Determinar:
a) o rendimento térmico do ciclo;
••
b) o rendimento térmico do motor de Camot que operasse entre as temperaturas
extremas do ciclo. ••
5. As fontes quente e fria de um motor a ar estão nas temperaturas 1500'C e 10'C,
••
respectivamente. O trabalho produzido por esse motor é empregado para
acionar uma termobomba, cuja fonte fria está a 10'C c a fonte quente é um
recinto a 40'C. Ambas as máquinas são supostas reversíveis. Determinar:
••
a) o rendimento térmico do motor, o coeficiente de desempenho da
termobomba; ••
••
b) a razão entre o calor que o motor recebe da fonte quente e o calor que a
termo bomba fornece á sua fonte quente.

6. O sistema esquematizado compõe-se das máquinas de Camot R, e R" operando


em série e efetuando ciclos simultaneamente. A temperatura é T, = 1200 K na
••
fonte quente de R, e é T" sendo T, = 300 K. na fonte fria de R,. Em cada ciclo
R, recebe 400 J da fonte quente e R, cede 100 J para a fonte fria. As duas
máquinas possuem rendimentos iguais. Determinar:
••
a) a temperatura T em que se efetua a troca de calor entre as duas máquinas;
b) o trabalho de cada máquina em um ciclo;
c) o rendimento térmico da máquina de Carnot equivalente do sistema.
••
••
••
••
••
••
••
••
104


••
•• 7. Dois motores térmicos de Carnot são acoplados, operando o par entre as
temperaturas T, = 1200 K e T2 = 400 K. Os rendimentos térmicos estão na razão
11,/'h = 2,00. Em um ciclo temos '2 =1001. Pedem-se:
••
•• a) a temperatura intermediária T;

•• b) o calor Q, extraído à temperatura T,;

••
" c) o calor Q2 fornecido à temperatura T2;

d) o trabalho ',;

•• e) o rendimento total.

••
••
•• 8. O esquema e o diagrama anexos referem-se a um sistema de dois motores

•• térmicos de Carnot, sendo Q, = 100 J e Q'2 = 50 J. Determinar:


a)" ; Q2 ; 11,;

••
b) '2 ; Q, ; 112;
c) o rendimento térmico do sistema .

•• 1200 K

••
••
••
••
• 105
p
.,.l•
••
••
••
v ••
••
••
••
••
9. O esquema anexo realiza o trabalho total t = 2500 J por ciclo e é constituído
por um motor M, real, que opera com um rendimento '1, = 20%. e um motor
M, ideal. Determinar:
a) os trabalhos t, e t,
realizados por cada motor;
b) a temperatura T, e o calor Q',. sabendo-se que um motor ideal de Camot.
entre as mesmas fontes TI e T2, tem um rendimento 11', ;:;; 3. lll;
••
c) T, ; Q, ; '1, ••
••
••
•••
••
••
106

••
••
•• Q, 3000 J

••
•• Q'I

••
••
••
••
••
••
••
•• 10. No esquema estão representados dois motores de Carnal. O motor M, opera
segundo o ciclo ASCO e o motor M, segundo o ciclo representado por EFGH.

•• O rendimento do motor M, é '11 ; 50% e o calor Q, = 3 . Q,. Determinar:


a) QI , Q, e Q, ;
b) T, ' T) , '1, e Q4 ;

•• c) t, e o rendimento '1 do sistema .

••
••
• 107
••
'I = 4 KJ '2 ••
TI
Ql
M,
QS
M2
Q4
T4 ••
Q2 Q3 =2 KJ ••
P QI
T2 T3
••
••
•••
••
••
••
V

••
••
••
••
••
••
108 ••
••
•• 8. EXERCÍCIOS

Assunto:
PARA ENTREGAR

SEGUNDO PRINCÍPIO DA TERMODINÂMICA

•• Nome: .Número

•• Professor:

Data: .Horário: Turma:

•• Campus:

•• I. Dois motores de Camot M, e M, operam segundo os ciclos esquematizados a

•• seguir, O rendimento do motor M, é 'h = 40%. Os calores Q, , Q, e Q, valem,


respectivamente, 2000 , 300 e 360, em joules. As temperaturas são TI = 500 K e
T J = 200 K. Detenninar:

•• a)'l, ' ti e Q;
b) t, ' Q', e T,;

•• c) o rendimento do sistema .

•• Q

'
••.
•• p

••
••
••
•• v

•• 109
1- -

••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
110
~ •
~
••
••
2. Um 1110torM, e um refrigerador R de Carnot operam segundo os ciclos ASCD
e EFGH, conforme o diagrama anexo. O rendimento do molar M vale a melade
do rendimento do refrigerador R. As temperaturas são T, = 500 K e T, = 700 K .

•• O calor fornecido Q, vale 2000 J. Delenninar:


a) T, ; t e Q',;
b)Q', e Q, .

•• t Q)

••
•• p

••
••
•• F T)

•• fi
G
T,
T2

•• V

••
••
••
••
•• •
•• 1I1
.l.' I

.:

.•• ,

••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
••
•• •
112

••
••
•• 9) RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I) T, = 400 K

•• 2) a) TA= 9,984/n.R
Ta = 3,962/n.R ;
Pu = 0,330 alm = Pc
Te = I,OO/n.R

•• b) '1"d" = 42,88%

•• 3) a) T, = 24,96/n.R ; Pu = Pc = 0,825 alm

•• Tu = 9,905/n.R

b) '1~icl() = 44.94°/0
; Te = 2,475/n.R

c) 'lóclo = 90,080/0

••
•• 4) a) '1,id" = 17,8%
b) '1,idu = 68,5%

•• 5) a) '1m",,,, = 84,04% CD = 9,433

••
b)Q,/Q, = 0,1137 = 11,37%

6) a)T = 600 K

•• b)" = 2001
c) 'lcamol = 75%
" = 1001

•• 7) a) T = 548,91 K
e)Q, = 805,85 1
b) Q, = 268,62 J
d)" = 437,231

•• e) '1 = 66,67%

8)a)',=501 Q, = 501 '1, = 50%

•• b)" = 501
e) '1 = 66,67%
Q) = 501 '1, = 50%

•• 9) a) ',= 6001
" = 19001
b) T, = 240 K
Q', = 24001

•• c) T, = 72 K

•• Q, = 27001
'1, = 70,37%

• 113
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10) a) O, = 8000 J ; O, = 1000 J ; O, = 3000 J
b)T,=TJ=400K '], = 37,5% ; O, = 6125 J
c)"= 1875J 'I = 58,75%

••
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10) RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PARA ENTREGAR

I) a)'1,=60%; ',=1200J; 0=500J


b)" = 240J ;
c) 'I = 68,57%
O', = 100J ; T, = 120K
••
2) a) T, = 388,89K
b) O, = 555,56J e
,=
O',
444,44 J e
= 1555,56J
O', = 1000 J
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114

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r.
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.1.'
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Av. 0rMIea Romono. 308 • V. Arlu6lil1
CEP ~ • SIo Ilemonlo do Compo. SP

1° sem. 2014 ••
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