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Aula 16

Departamento de Ciências Térmicas e Fluidos – DCTEF


Prof. Luiz Gustavo Monteiro Guimarães
Introdução aos Sistemas Térmicos
Condução de calor unidimensional e
em regime permanente (continuação)
Sistemas radiais
• Frequentemente faz-se necessário o estudo da
transferência de calor por condução na direção
radial de sistemas radiais (cilindros e esferas).
• Esta análise é realizada via condução
unidimensional.
• De modo análogo ao que fizemos para a parede
plana, resolveremos a equação da difusão em
coordenadas cilíndricas e esféricas para regime
permanente e sem geração interna de energia.
Equação da difusão de calor (difusão
térmica)

1   T  1   T    T  T
 kr  2  k    k   q  c p
r r  r  r     z  z  t

1   2 T  1   T 
 kr  2 2  k  
2
r r  r  r sen      
1   T  T
 2  ksen    q  c p
r sen      t
O cilindro

1   T  1   T    T  T
 kr  2  k    k   q  c p
r r  r  r     z  z  t
O cilindro
1 d  dT 
• Equação diferencial resultante:  kr 0
r dr  dr 

T r  r1   Ts ,1
• Condições de contorno: 
T r  r2   Ts , 2

Ts ,1  Ts , 2
r
• Solução: T  ln   Ts , 2
 r1   r2 
ln 
 r2 
O cilindro
dT
• Taxa de transferência de calor: q  kAtr 
dr
dT 2Lk Ts ,1  Ts , 2 
q  k 2Lr   q
dr  r2 
ln 
 r1 
• Observem que a taxa de transferência de calor é
constante no cilindro com condução
unidimensional, em regime permanente e sem
geração interna de energia.
O cilindro
'' dT '' k Ts ,1  Ts , 2 
• Fluxo de calor: q  k q  
dr r  r2 
ln 
 r1 
• Observem que o fluxo de calor depende da
posição radial, para condução unidimensional,
em regime permanente e sem geração interna de
energia!
O cilindro
• Podemos desenvolver uma expressão para o
cálculo da resistência térmica de condução na
direção radial do cilindro:

2Lk Ts ,1  Ts , 2 
q 
 r2 
ln 
 r1 

 r2   rext   Dext 
ln  ln  ln 
T  r1   rint   Dint 
 Rt ,cond   
q 2Lk 2Lk 2Lk
O cilindro
• As resistências térmicas de convecção e radiação
são calculadas pelas mesmas expressões
desenvolvidas para parede plana:

T 1 1
 Rt ,conv  
q hAs 2hLr

T 1
 Rt ,rad 
q 2hr Lr
O cilindro
A esfera

1   2 T  1   T 
 kr  2 2  k  
2
r r  r  r sen      
1   T  T
 2  ksen    q  c p
r sen      t
A esfera
1 d  2 dT 
• Equação diferencial resultante: 2  kr 0
r dr  dr 

T r  r1   Ts ,1
• Condições de contorno: 
T r  r2   Ts , 2

 1 1  Ts ,1  Ts , 2 
• Solução: T      Ts ,1
 r r1  1  1
r1 r2
A esfera
dT
• Taxa de transferência de calor: q  kAtr 
dr
dT 4k Ts ,1  Ts , 2 

q  k 4r 2

dr

 q
1 1

r1 r2
• Observem que a taxa de transferência de calor é
constante na esfera com condução
unidimensional, em regime permanente e sem
geração interna de energia.
A esfera
• Podemos desenvolver uma expressão para o
cálculo da resistência térmica de condução na
direção radial do cilindro:

4k Ts ,1  Ts , 2 
q 
1 1

r1 r2

1 1 1 1
 
T r1 r2 rint rext
 Rt ,cond  
q 4k 4k
A esfera
• As resistências térmicas de convecção e radiação
são calculadas pelas mesmas expressões
desenvolvidas para parede plana:

T 1 1
 Rt ,conv  
q hAs 4hr 2

T 1
 Rt ,rad 
q 4hr r 2
Exemplo 1: Circuito térmico: cilindro
Um fluido quente escoa no interior de um tubo cilíndrico de aço AISI
304, de raio interno igual a 10 cm e raio externo igual a 12 cm e 2 m
de comprimento. O coeficiente total de transferência de calor
(convecção + radiação) entre o fluido quente e a superfície interna do
tubo é 25 W/m2.K. Para diminuir as perdas térmicas para o ambiente
a 15oC, o tubo foi revestido por uma manta de fibra de vidro
(emissividade 0,85), de 2,5 mm de espessura O coeficiente convectivo
externo é igual a 20 W/m2.K. Se a superfície externa do revestimento
se encontra a 80oC, determine:
a) A taxa total de calor trocada entre o fluido quente e o ambiente
externo;
b) A temperatura do fluido quente.

K aço = 14,9 W/m K e K fibra de vidro = 0,038 W/mK


Exemplo 1: Circuito térmico: cilindro
Exemplo 2: espessura crítica de
isolamento
Uma tubulação é utilizada para transporte de gases
que se encontram a elevada temperatura. Pretende-
se aplicar uma camada de isolamento sobre a
tubulação de modo a diminuir a taxa de
transferência de calor para o ambiente. Você, como
engenheiro responsável, foi questionado se haveria
um valor ótimo para a espessura de isolante a ser
colocado na tubulação.
Exemplo 2: espessura crítica de
isolamento
Exemplo 2: espessura crítica de
isolamento

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