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Aula 15

Departamento de Ciências Térmicas e Fluidos – DCTEF


Prof. Luiz Gustavo Monteiro Guimarães
Introdução aos Sistemas Térmicos
Condução de calor unidimensional e
em regime permanente
Condução unidimensional em regime
permanente
• Na última aula, obtivemos a equação da difusão
de calor em coordenadas cartesianas, cilíndricas e
esféricas.
• A partir de agora vamos resolver a equação
difusão para três domínios de interesse: parede
plana, cilindro e esfera.
• Inicialmente consideraremos que o termo de
geração interna de energia é nulo e
posteriormente vamos incluir seu efeito na
equação da difusão.
Equação da difusão de calor (difusão
térmica)
  T    T    T  T
k    k    k   q  c p
x  x  y  y  z  z  t
1   T  1   T    T  T
 kr  2  k    k   q  c p
r r  r  r     z  z  t

1   2 T  1   T 
 kr  2 2  k  
2
r r  r  r sen      
1   T  T
 2  ksen    q  c p
r sen      t
Condução unidimensional em regime
permanente
• Consideraremos inicialmente uma parede plana
como domínio:
Condução unidimensional em regime
permanente
• Utilizaremos a equação da difusão em
coordenadas cartesianas, considerando condução
na direção X, em regime permanente e
desprezando o termo de geração interna de
energia:
  T    T    T  T
k    k    k   q  c p
x  x  y  y  z  z  t

  T 
k 0
x  x 
Condução unidimensional em regime
permanente
• A solução desta equação, considerando as
condições de contorno dadas são:

T x  
T
s,2  Ts ,1 
x  Ts ,1
L
• A taxa de transferência de calor e o fluxo de calor
podem ser calculados pela Lei de Fourier:
dT kAtr
q  kAtr  Ts,1  Ts,2 
dx L
q dT k
''
q   k  Ts ,1  Ts , 2 
Atr dx L
Condução unidimensional em regime
permanente
• Observem que tanto a taxa de transferência de
calor quanto o fluxo de calor, para parede plana
com condução unidimensional, sem geração
interna de energia e em regime permanente são
CONSTANTES!
• Veremos agora uma analogia entre transferência
de calor e circuitos elétricos!
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Se observarmos a Lei de Fourier para o cálculo da
taxa de transferência de calor obtida
anteriormente:
kAtr kAtr
q Ts,1  Ts,2   T
L L
• Considerando a seguinte analogia: q  I
T  U
• Onde: I é a corrente elétrica e U é a diferença
de potencial
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Reescrevendo a equação anterior:
L L
T  q Rt ,cond 
kAtr kAtr

• Representando a resistência térmica:


q
L K 
Ts ,1 Ts ,2 Rt ,cond  W 
kAtr  
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• A analogia pode também ser aplicada
considerando o fluxo de calor:
L q L '' '' L
T   q R
t .cond  Rt ,cond Atr 
k Atr k k
• Representando a resistência térmica:
''
q 2
'' L m K 
Ts ,1 Ts ,2 R t ,cond   
k W 
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Se utilizarmos a Lei do Resfriamento de Newton,
podemos explicitar uma equação para a
resistência térmica de convecção:
T 1
q  hAs Ts  T   hAs T 
q hAs
q
1 Ts T
Rt ,conv 
hAs 1 K 
Rt ,conv  W 
hAs  
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Para o fluxo de calor:
T 1
q  hTs  T   hT
''
''

q h
''
q
'' 1 Ts T
R t ,conv 
h 1 m K  2
''
R t ,conv   
h W 
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Pela analogia da transferência de calor por
radiação e convecção:
T 1
q  hr As Ts  T   hr As T 
q hr As
q
1 Ts T
Rt ,rad 
hr As
1 K 
Rt ,rad  W 
hr As  
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Para o fluxo de calor:
T 1
q  hr Ts  T   hr T
''
''

q hr
''
q
'' 1 Ts T
R t , rad 
hr
2
'' 1 m K 
R t , rad   
hr  W 
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Vamos considerar agora uma parede plana
composta:
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Neste caso podemos pensar em um circuito
térmico com várias resistências, cada uma
associada a um modo de transferência de calor:

T ,1  Ts ,1 Ts ,1  T2 T2  T3 Ts , 4  T , 4
q    ... 
1 LA LB 1
h1 A kA A kB A h4 A
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Definimos a resistência total (resistência
equivalente) como o somatório das resistências
térmicas:
T 1
Rtotal   R t  
q U
Analogia com circuitos elétricos:
resistência térmica
• Definimos o coeficiente global de transferência de
calor como o somatório dos produtos das
resistências térmicas pela área de transferência de
calor:
1 1
U 
Rtotal A 1 h1   LA k A   LB k B   LC kC   1 h4 

• A taxa de transferência de calor pode ser


expressão por:
q x  UAT
Exemplo:
Resistência térmica de contato
• Em sistemas compostos, a interface de materiais
diferentes pode representar uma resistência
térmica considerável, não podendo ser
desprezada.
Resistência térmica de contato
• Valores de resistência de contato:
Resistência térmica de contato
• Valores de resistência de contato para interface
sólido-sólido:
Exemplo 1: Parede composta de um forno
A parede composta de um forno possui três materiais, dois dos quais
com condutividades térmicas conhecidas, kA = 25 W/m.K e kC = 50
W/m.K.
A espessuras dos 3 materiais são L A = 0,30 m e LB = L C = 0,15 m e a
área da superfície é de 1 m2. Em condições de regime permanente,
medições efetuadas revelam uma temperatura na superfície externa
do forno TS4 = 20oC, uma temperatura na superfície interna TS1 = 600
K e uma temperatura no interior do forno T∞ = 800 K.
Se o coeficiente de transferência de calor por convecção no interior
do forno é 15 W/m 2 .K e a emissividade do material A vale 0,7,
desenhe o circuito térmico equivalente e calcule o valor da
condutividade térmica do material B.
Solução:
Solução:
Solução:
Exemplo 2:

kC=?

Dados:
Exemplo 3:

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