ESCOLA POLITÉCNICA – UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA (2019.2)

1a PROVA – ENG-358 – FENÔMENOS DE TRANSPORTE II
PROF. CRISTIANO FONTES.
ALUNO –
NÃO É PERMITIDO NENHUM TIPO DE CONSULTA DURANTE A REALIZAÇÃO DA PROVA.

1a QUESTÃO (valor=5,0)
A Figura a seguir mostra uma parede composta de 3 materiais diferentes: tijolo (kt=1,52
W/mK), espuma (ke=1,11 W/mK) e madeira (km=3,17 W/mK). O meio à direita está na
temperatura de 20oC (T∞) e o coeficiente convectivo (h) é igual a 15 W/m2K. Considere que há
geração de calor na parede de tijolo a uma taxa volumétrica Qg=2260 W/m3. Todo o conjunto
possui 50 cm de profundidade. A temperatura T1 é igual a 65 oC, y1=0,4 m; y2=0,2 m; L1=1,2
m e L2=0,2 m (considere o referencial indicado na figura).
Determine:
a) A temperatura T2;
b) A temperatura máxima de todo o conjunto;
c) A taxa de calor dissipado apenas pela parede de madeira.
T2
T1

espuma y2
Qg
h,T∞
tijolo
madeira y1

y2
espuma

x L2

L1

2a QUESTÃO (valor=5,0)
A Figura a seguir mostra um cilindro maciço (diâmetro igual a 15 cm) composto de duas
seções (I e II) constituídas de diferentes materiais. A seção I recebe um fluxo de calor na sua
extremidade à esquerda (q0), possui isolamento térmico lateral e comprimento (L1) igual a 20
cm. A Seção II possui comprimento (L2) igual a 50 cm, condutividade térmica igual a 150
W/mK. A extremidade livre da seção II NÃO é adiabática e sua temperatura (Ts) não pode ser
superior a 40 oC. O meio se encontra a 25oC (T∞) e o coeficiente convectivo é de 50 W/m2K (h).
Determine:
a) O valor máximo admissível para o fluxo de calor q0;
b) Na condição de fluxo de calor máximo (letra a), qual a condutividade térmica da seção
I de modo que a temperatura T0 seja igual a 120 oC ??
c) A eficiência e a efetividade da seção II, enquanto dissipador de calor, e o percentual de
calor dissipado na extremidade livre da seção II em relação à taxa total de calor
dissipado.
LEI DE FOURIER (fluxo de calor unidimensional):
dT W
q x  k qx     FLUXO DE CALOR.
dx  m2 
LEI DE NEWTON DO RESFRIAMENTO:
q  A  h   T  T  q  taxa de calor
EQUAÇÃO DO CALOR EM COORDENADAS RETANGULARES:
T   T    T    T 
ρ  Cp 
 k   k   k    q
t x  x  y  y  z  z 
EQUAÇÃO DO CALOR EM COORDENADAS CILÍNDRICAS:
T 1   T  1   T    T 
ρ  Cp    k r   k   k   q
t r r  r  r 2 φ  φ  z  z 

EQUAÇÃO DO CALOR EM COORDENADAS ESFÉRICAS:

1   2 T  1   T  1   T  T
kr   k  senθ  k   q  ρ  c p 
r 2 r  r  r 2senθ θ  θ  r 2sen 2θ φ  φ  t
RESISTÊNCIA TÉRMICA:
ΔT diferença de temperatura K
Rt   
Q taxa de calor W
RESISTÊNCIAS TÉRMICAS
r 
ln  e 
 ri   1 1 1
Rt   Rt   
2πLk  k  4  π  ri re
RESISTÊNCIA TÉRMICA DA PAREDE PLANA e DA CONVECÇÃO:
L 1
Rt  Rt 
kA hA
BALANÇO DIFERENCIAL DE ENERGIA EM UMA ALETA:
d 2θ hP
 m2  θ  0 m , A c  área seção transversal, P  perímetro, k  condutividade térmica.
dx 2 kA c
θ  x   T  x   T , solução geral:θ  x   C1  e mx  C 2  e  mx
ex  e x ex  e x dcoshx dsenhx
senhx  e coshx   senhx e  coshx
2 2 dx dx
SOLUÇÕES ESPECÍFICAS:
1. TAXA DE CALOR POR CONDUÇÃO NA EXTREMIDADE DA ALETA = TAXA DE CALOR PARA O FLUIDO
POR CONVECÇÃO:
θ coshm   L  x    h mk  senhm   L  x 

θb coshmL   h mk   senhmL

m
Taxa total de calor dissipado: Q  kA c  θ b    senhmL   h mk   coshmL 
coshmL   h mk   senhmL
2. ALETA COM EXTREMIDADE ADIABÁTICA:
 coshm  L  x  
θ  x   θb   
 coshmL 
 
Taxa total de calor dissipado: Q  k  Ac  m  θb  tanhmL
3. TEMPERATURA NA EXTREMIDADE DA ALETA É CONHECIDA:
θ L  senhmx  θ b  senhm   L  x  k  Ac  m
θx  Taxa total de calor dissipado: Q   θ b  coshmL  θ L 
senhmL senhmL
4. ALETA LONGA:
  x   b  e  m x Qt  b  k  h  P  Ac
taxa de calor transferido
EFICIÊNCIA DE UMA ALETA: eficiência 
taxa de calor máximo transferido (aleta sem resistência térmica)
taxa de calor transferido
EFETIVIDADE DE UMA ALETA: efetividade 
taxa de calor sem aleta