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Para conseguir vencer toda a resistência oferecida pelos canais porosos, com suas
tortuosidades e estrangulamentos, e se deslocar para os poços de produção, é necessário
que os fluidos contidos na rocha tenham uma certa quantidade de pressão, que é a
manifestação mais sensível da energia do reservatório. A situação atual do reservatório,
levando-se em conta todo o ambiente composto pela rocha-reservatório e seus fluidos,
bem como pelas suas vizinhanças, é que fornece a energia necessária para a produção de
fluidos.
Para que haja produção de fluidos é necessário que outro material venha a substituir o
espaço poroso ocupado pelos fluidos produzidos. De um modo geral a produção de
fluidos é devida a dois efeitos principais: (1) a descompressão (que causa a expansão dos
fluidos contidos no reservatório e a contração do volume poroso) e (2) o deslocamento de
um fluido por outro fluido (por exemplo, a invasão da zona de óleo pela água de um
aqüífero). Ao conjunto de fatores que fazem desencadear esses efeitos dá-se o nome de
mecanismos de produção de reservatórios.
PRINCIPAIS MECANISMOS
OUTROS MECANISMOS
• Suas fronteiras não permitem fluxos em qualquer sentido, impedindo a penetração de fluidos que
possam expulsar a mistura de hidrocarbonetos para fora da estrutura.
• Como está dissociado de grandes massas de água ou de gás, a produção de água é praticamente nula e a
produção de gás é resultado apenas do gás dissolvido no óleo.
• O FR desses reservatórios situa-se tipicamente abaixo de 20%. Sua energia se esgota rapidamente.
Possuem, portanto, uma vida surgente muito curta. O abandono é precoce, e assim, para ampliar a
recuperação de petróleo, são candidatos a algum tipo de projeto de elevação artificial.
𝑝 > 𝑝𝑏 𝑝 ≤ 𝑝𝑏
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
• Quando, a depender das condições de pressão e temperatura, o reservatório apresenta duas fases –
líquido e vapor – em equilíbrio. O gás é mais leve, e se acumula nas partes mais altas do reservatório,
formando uma capa de gás.
• Coloca-se a zona de líquido em produção, preservando-se a capa de gás. À medida que a pressão vai
caindo, o gás se expande e penetra nos poros anteriormente ocupados pelo líquido.
• Como o gás tem uma compressibilidade muito alta, sua expansão ocorre sem que haja uma queda
substancial da pressão. Quando maior o tamanho da capa de gás, melhor será a manutenção da
pressão. Poços atuando com esse mecanismos são surgentes por mais tempo.
• O FR desses reservatórios situa-se entre 20 a 30%. Nesse tipo de reservatório, para que este mecanismo
funcione apropriadamente, é necessário haver tempo suficiente para que a queda de pressão da zona
de líquido se transmita para o gás, e para que o gás atue se expandindo para a zona de líquido.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
• Para que esse tipo de mecanismo ocorra, é preciso que a formação esteja em contato com uma grande
massa de água – um aquífero – que pode se encontrar em uma posição abaixo ou lateral ao reservatório.
Aquíferos são grandes corpos porosos e permeáveis, saturados com água.
• Com a produção de hidrocarbonetos, a pressão do reservatório cai. Essa queda é transmitida, após certo
tempo, ao aquífero, que responde com uma expansão da água e uma redução do seu volume poroso.
Em decorrência disso, a água invade a zona de óleo, o que contribui para a manutenção da pressão do
reservatório. Essa invasão da água é denominada de influxo.
• Como tanto a compressibilidade do óleo como a da água são baixas, para que esse mecanismo funcione,
é preciso que o aquífero tenha grande tamanho, comparativamente ao reservatório.
• O FR desses reservatórios é normalmente alto, situando-se entre 20 a 30%, pois a surgência dos poços
produtores para esse tipo de mecanismo é alta.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
• Não é um mecanismo de produção propriamente dito, mas sim um agente que melhora o desempenho
de outros mecanismos.
• A gravidade provoca a segregação dos fluidos, isto é, faz com que as diferentes fases de fluidos tendam a
se arranjar dentro do meio poroso de acordo com a sua densidade, a mais densa em baixo e a mais leve
em cima.
• Por exemplo, no caso de mecanismo de solução, o gás em solução é liberado dentro da fase líquida,
contribuindo para o aumento da RGO, o que é ruim para a produção. A segregação gravitacional,
havendo para isso tempo suficiente, contribui para a formação de uma capa de gás secundária, o que é
bom para a produção.
• Em um outro exemplo, no caso do mecanismo de influxo de água, o efeito da gravidade ajuda a manter
o fluxo de água atrás (isto é, em baixo) do óleo, o que é bom para a produção.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
MECANISMO COMBINADO
• Quando mais de um mecanismo está presente, sem que nenhum deles exerça uma influência
preponderante.
• Importante lembar que, mais cedo ou mais tarde, todo reservatório de óleo recebe uma contribuição do
mecanismo de gás em solução.
• Isto porque, mesmo que o reservatório produza com um mecanismo que propicie uma boa manutenção
da sua pressão, em algum momento da sua vida produtiva a sua pressão terá caído o suficiente para se
encontrar abaixo da pressão de bolha. Com isso haverá o aparecimento de gás livre na zona de óleo, isto
é, haverá o aparecimento do mecanismo de gás em solução.
Fonte: ROSA, A. J.; CARVALHO, R.S.; XAVIER, J.A.D., Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.