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Fundamentos Exploração e

Produção de Petróleo e Gás


Mestrado em Direito e Gestão de Negócios de Petróleo e Gás .

Prof. MSC. Vita Mateso


Ocorrência do Petróleo
Aquisição Sísmica
Sumário

❑ O Reservatório
❑ Mecanismos de Condução no Reservatório
❑ OOIP e Reservas
❑ Recuperação Primária, Secundária e Terciária
❑ Métodos de Completação de poços
❑ Estimulação do poço
❑ Produção Artificial
❑ Gestão de Reservatórios
Capa de gás

GOC
Zona de óleo

OWC
água
Sonda de Perfuração
O Reservatório
❑ Reservatório: formação ou rocha porosa e
permeável que contém hidrocarbonetos.
❑ Porosidade é uma medida das aberturas (poros)
numa rocha. Aberturas nas quais o óleo e/ou
gás pode existir. Ex. Phi 30% significa que 70 % é
rocha e 30 % espaços abertos onde se
encontram os hidrocarbonetos.
❑ Permeabilidade: os poros da rocha têm que
estar interconectados por forma a que o
hidrocarboneto possa fluir de um poro ao outro.
A permeabilidade pode variar desde 1 md a
10,000 md.
Mecanismo de Condução
Ps

P = Pr – Ps

Pr > Ps

Pr
Mecanismo de Condução

Tipos de mecanismos
1. Condução pelo gás-dissolvido
2. Expansão da capa de gás
3. Water drive
1. Condução pelo gás-dissolvido

O gás liberta-se da solução, expande-se, e eleva o óleo para a superfície.

Óleo
2. Expansão da capa de gás que empurra o óleo movendo-o para
a superfície

Capa de Gás

GOC

Zona de óleo
3. Water Drive
A água debaixo do óleo desloca-o para cima

Óleo

OWC
water
Produção Artificial
❑ Depois de completado o poço, espera-se que o
fluído flua para a superfície pela própria energia
natural do reservatório por algum período de
tempo (produção primária).
❑ Alguns poços, contudo, podem requer alguma
forma de elevação artificial para ajudar o fluido
a mover-se para a superfície e obter a máxima
recuperação do óleo.
❑ Os métodos mais comuns de “Artificial lift” são
aqueles que usam gás (gás lift) e os que usam
bombas (bombas hidráulicas submersíveis,
bombas eléctricas submersíveis, ESP).
Fator de recuperação
A quantidade de óleo que é recuperável é determinada por uma
série de fatores, incluindo a permeabilidade das rochas, a força dos
impulsos naturais (a presença de gás, a pressão da água adjacente
ou gravidade), e a viscosidade do óleo.
O fluxo de petróleo é muitas vezes ajudado por pressões naturais ao
redor das rochas reservatório, incluindo o gás natural que pode estar
dissolvido no óleo, gás natural presente acima do petróleo, água
abaixo do petróleo e da força da gravidade.
A equipa do “Subsurface”, responsável pela avaliação da
localização dos poços e mecanismos de recuperação que serão
apropriados para um reservatório ou para estimar as taxas de
recuperação e reservas de petróleo anteriormente a produção real.
Factor de Recuperação
100

1- Gás-dissolvido
Pressão do Reservatório, % da Pressão Original
80

2- Capa de Gás
60 3 – Influxo de Agua
3

40

1 2
20

0
0 10 20 30 40 50 60
Factor de Recuperação, %OOIP
Tipos de Recuperação
Recuperação Primária
❑ Durante esta fase, a energia natural do reservatório, por
si só ou em combinação com uma assistência artificial
(gás lift por exemplo), desloca o hidrocarboneto dos
poros da formação para os poços de produção e daí
para a superfície.
Recuperação Secundária (Iniciado depois da depleção
primária)
❑ Injecção de água (waterflooding).
❑ Injecção de gás (gasflooding)
Recuperação Terciária
❑ Injecção de vapor
❑ Injecção de químicos
OOIP e Reservas
❑ Original Oil In Place (OOIP )
OOIP = A*H*Phi*So*(1/B)
A: Area de drenagem
H: Espessura do reservatorio
Phi: Porosidade
So: Saturacao do oleo
B: formation volume factor
❑ Reservas: óleo ou gás recuperável
Reservas = OOIP x FR
FR – factor de recuperação em %
❑ Reservas:
➢ Análise de declíneo
➢ Material Balance
➢ Uso de modelos de simulação
Gestão de Reservatórios

Objectivos

❑ Previsão da produção (débitos de óleo, gás e água)


❑ Dimensionamento de instalações para injecção de gás ou água.
❑ Comparar os benefícios da injecção de água versus injecção de gás.
❑ Infill drilling.
❑ Recondicionamento de poços (workover).
❑ etc
Gestão de Reservatórios
 Optimizar a recuperação de óleo e gás requer os seguintes 6 passos:
1. Identificar e definir todas as unidades de reservatórios num dado
campo e as suas propriedades fisicas (Modelo Geológico)
2. Deduzir o passado e prever a performance futura do reservatório
(Modelo de Simulação)
3. Minimizar a perfuração de poços desnecessários
4. Definir e modificar, se necessário, o poço e os sistemas de
superficie.
5. Iniciar o controlo das operações no tempo apropriado.
6. Considerar todos os factores económicos e legais pertinentes.
Gestão de Reservatórios

Problemas Relacionados com Reservatórios


❑ Coning: resulta da redução de
pressão próximo da zona de água.

➢ A redução do débito de produção


pode apenas minimizar a produção
de água
Gestão de Reservatórios

Problemas Relacionados com Reservatórios


(cont.)
❑ “Channeling” através de zonas de
altas permeabilidades: permite que
o fluido que desloca o óleo apareça
prematuramente no poço produtor
(elevado “water cut ou GOR),
fazendo “bypass” do óleo.
Gestão de Reservatórios

Problemas Relacionados
com Reservatórios (cont.)
❑ Fingering: quocientes de
mobilidade (k/) água/óleo
desfavoráveis (M>1) permite
que o fluido mais móvel faça
“finger” deixando para trás
quantidades consideráveis de
óleo.
Gestão de Reservatórios
❑ Recondicionamento de poços (workovers)

Razões para “workovers”


➢ Acção remedial em poços que apresentam problemas é usualmente
planeada para aumentar a productividade, eliminar produção
excessiva de água ou gas, ou reparar falhas mecânicas.
➢ Trabalho em poços que não apresentam problemas pode ser feito
para aumentar a produção através da estimulação, recompletação
ou completação múltipla para avaliar zonas potenciais de
produção.
Simulação de Reservatórios

➢ Ferramenta de gestão de reservatórios

➢ Processo de “imitar” ou inferir o comportamento do fluxo de


fluidos num sistema (reservatório -instalações de subsuperfície -
instalações de superfície ) através do uso de modelos
matemáticos.
➢ O simulador resolve equações de fluxo de massa e de energia
sobre uma malha (conjunto de celas) que representa o sistema
geológico.
Simulação de Reservatórios

➢ Etapas principais

1. “Dividir” o reservatório em blocos ou celas.


2. Estabelecer as equações matemáticas que governam o
fluxo de fluidos entre as celas.
3. Resolver as equações matemáticas para se obter a variação
com o tempo da pressão e saturação dos fluidos.
Simulação de Reservatórios

Team Multidisciplinar

Engenheiros de
Petróleos
Geocientistas
• Engs. De Reservatórios
• Geólogo
• Eng. De Produção
• Geofísico
Simulação de Reservatórios
Simulação de Reservatórios
 Previsões
➢ Gerar perfis de produção
➢ A previsão é geralmente feita para vários
planos alternativos de desenvolvimento.
PERFURAÇAO
Prospecção de Petróleo
Perfuração de poços
Poço de petróleo: estrutura que liga o reservatório
à superfície
A descoberta de uma jazida de petróleo é uma
tarefa que envolve um longo estudo e uma profunda
análise dos dados geológicos e geofísicos para que
se possa propor a perfuração de um poço.

Visto que, não se pode prever a presença do


petróleo e sim os locais mais favoráveis para
encontrá-lo.
Os mais antigos poços de petróleo foram perfurados
pelo método percusivo. Esse método logo se tornou
limitado, pois não atingiam grandes profundidades.
Multidisciplinaridade
Sistema de Circulação
Classificação do Poço

Quanto à finalidade
Quanto à profundidade
Quanto ao percurso
Quanto à Finalidade

❖ Exploratórios
1. Pioneiro
2. Estratigráfico
3. Extensão
4. Pioneiro Adjacente
5. Jazida mais Rasa
6. Jazida mais Profunda
Poços Exploratórios
Achar onde está o petróleo (exploração)
2
4. 1. 6. 5. 3.
.
Ciclo de Vida do Poço Exploratório
Quanto à Finalidade

❖ DESENVOLVIMENTO
1. PRODUÇÃO 7. 8.
2. INJECÇÃO
CICLO DE VIDA DO POÇO DEDESENVOLVIMENTO
Classificação do Poço
Profundidade Final
–Rasos (TVD < 1500 m)
–Médios (1500 m < TVD < 2500 m)
–Profundos (TVD > 2500 m)
Percurso
–Vertical
–Direcional
•Horizontal
•Grande Afastamento
(Afastamento Horizontal: > 2,5 X TVD ou > 4000 m)
•Multilaterais
55 Poço Vertical

12/17/2020
Poço Direcional
Poço Direcional: Horizontal
Poço Direcional: Grande Afastamento
Poço Direcional: Multilaterais
OPERAÇÕES BÁSICAS
Tempos Operacionais (%)
BlowOut
Tipos de Sondas
➢ SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração no Amazonas


Tipos de Sondas
➢ SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração no Amazonas


Tipos de Sondas
➢ SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração no Rio Grande do Norte


Tipos de Sondas

➢ SONDAS TERRESTRES

Sonda de Perfuração na Bolívia


Tipos de Sondas

➢ PERFURAÇÃO NO MAR
Tipos de Sondas
➢ SONDA MODULADA (SM)
Tipos de Sondas
➢ PLATAFORMA AUTO-ELEVÁVEL (PA)
Tipos de Sondas

➢ SONDA SEMI-SUBMERSÍVEL (SS)


Tipos de Sondas
➢ NAVIO SONDA (NS)
Fluidos de perfuração

• Definições

• Características

• Funções

• Propriedades
• Classificação
Fluidos de perfuração
• Definições

✓A tudo que escoa chamamos fluido independente da sua


utilização e propriedades.

✓Fluido de perfuração é um fluido circulante usado para tornar viável


uma operação de perfuração (API, American Petroleum
Institute,1991).

✓São dispersões complexas de sólidos, líquidos e gases, usualmente


constituídas de duas fases: uma dispersante (aquosa ou orgânica) e
outra dispersa, cuja complexidade depende da natureza dos
produtos dispersos, requisitos e funções necessárias.
Fluidos de perfuração
• Características e funções

✓Transmitir potência hidráulica, resfriar e lubrificar a broca.


✓Ser estável quimicamente.
✓ Aceitar qualquer tratamento físico ou químico.

✓Ser bombeável.
✓Reduzir o atrito entre a coluna e as paredes do poço.
✓Propiciar a coleta de informações geológicas do poço através
das análises dos cascalhos, testemunhos e perfis.
✓Possuir custos compatíveis com o empreendimento.
Fluidos de perfuração

Resfriar, limpar e lubrificar a broca

Jatos de fluido que


resfriam e limpam
a broca.

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