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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Geológica

IIIº Nível

Petróleo e Gás e Modelação de Reservatórios

II° Grupo

Tema: Quantificação dos Fatores de Recuperação e Regimes de Escoamento dos


Fluídos

Discentes: Docente:

Atija Siza Rogério Paulo Nguenha, MSc

Carla Lino Adenego

Deroy Jacob Suplinho Fazenda

Jacinto Celestino Bizeque

Pemba, dezembro de 2022


Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Geológica

IIIº Nível

Petróleo e Gás e Modelação de Reservatórios

II° Grupo

Tema: Quantificação dos Fatores de Recuperação e Regimes de Escoamento dos


Fluídos

Trabalho de caracter avaliativo recomendado pelo


docente da cadeira de Petróleo e Gás e Modelação
de Reservatórios, a ser entregue e apresentado

Discentes: Docente:

Atija Siza Rogério Paulo Nguenha, MSc

Carla Lino Adenego

Deroy Jacob Suplinho Fazenda

Jacinto Celestino Bizeque

Pemba, dezembro de 2022


Índice

Introdução ........................................................................................................................... 5

1. Quantificação do Fator de Recuperação ................................................................... 6

1.1. Elementos que influenciam no fator de recuperação ............................................ 8

1.1.1. Recuperação primária ..................................................................................... 9

1.1.2. Recuperação secundária ................................................................................. 9

1.1.3. Recuperação melhorada.................................................................................. 9

1.1.4. Recuperação avançada.................................................................................. 10

1.2. Fatores geológicos que controlam a recuperação ................................................ 10

1.3. Efeitos da viscosidade na recuperação do óleo ................................................... 11

2. Regime de Escoamento dos Fluídos ....................................................................... 11

2.1. Regime de escoamento transitório ...................................................................... 12

2.2. Regime de escoamento pseudo-estacionário ....................................................... 13

2.3. Regime de escoamento estacionário ................................................................... 13

3. Efeito dos Regimes de Escoamento no Fator de Recuperação ............................... 14

Conclusão .......................................................................................................................... 15

Bibliografia ....................................................................................................................... 16

iii
Índice de Figuras

Fig. 1: o volume de óleo em um reservatório inundado de água pode ser divididos em categorias
de óleo residual, óleo produzido, reservas de petróleo, e não recuperável. Estes podem ser
ilustrados em uma torta de maturidade gráfico. Petróleo móvel não recuperado é o óleo
deixado para trás no final de vida no campo se nada for feito para direcioná-lo. O gráfico de
maturação de torta ilustra os volumes dos reservatórios do Mioceno da Área do Mioceno
Norte, Lago Maracaibo, Venezuela (modificado de Ambrose et al., 1997) citado em [3]
adaptado .................................................................................................................................. 7

Fig. 2: Regime de escoamento transitório. [5] .............................................................................. 12

Fig. 3: Regime de escoamento pseudo-estacionário. [5] .............................................................. 13

Fig. 4: Regime de escoamento estacionário. [5] ........................................................................... 13

Fig. 5: O gráfico mostra uma comparação da queda de pressão em função do tempo para esses
regimes de fluxo. [5] ............................................................................................................. 14

iv
Introdução

Há mais petróleo deixado para trás nos campos de petróleo do que será recuperado deles
até o final de sua vida útil. Numerosos fatores influenciam a recuperação de um campo de petróleo,
incluindo a complexidade geológica, as propriedades dos fluidos e a economia. Certas operações
podem ser realizadas para melhorar a recuperação de petróleo, alterando a natureza física e química
dos fluidos de formação. O fator de recuperação ou Recovery factor (RF) é um dos parâmetros
mais importantes para a justificativa econômica na indústria do petróleo. No entanto, existem
muitas incertezas nas estimativas Original oil-in-place (OOIP), principalmente devido a
informações imprecisas sobre a área de drenagem do reservatório. Em reservatórios não
convencionais, as estimativas de área de drenagem e OOIP são mais complicadas devido a fatores
desconhecidos, como redes de fraturas no sistema, pressões de reservatório, volumes de poros e
propriedades de hidrocarbonetos in situ. O fator de recuperação é tido como a quantidade
recuperável de hidrocarboneto inicialmente no local, normalmente expressa em percentagem. O
fator de recuperação é uma função do mecanismo de deslocamento.

O trabalho em causa tem como objetivo geral falar da quantificação do fator de recuperação
do petróleo e gás e regime de escoamento de fluidos e tem como objetivo específico, falar da
influência do escoamento do petróleo e gás no fator de recuperação. E para a síntese do trabalho
em questão recorreu-se a alguns métodos de pesquisa.

O método de pesquisa utilizado para a síntese deste trabalho, foi a pesquisa bibliográfica,
na qual se fez uma busca por livros, apostilas e web sites contendo informações inerentes ao tema
acima citado.

5
1. Quantificação do Fator de Recuperação

O fator de recuperação é tido como a quantidade recuperável de hidrocarboneto


inicialmente no local, normalmente expressa em percentagem. O fator de recuperação é uma
função do mecanismo de deslocamento. [1]

Fator de recuperação ou em inglês (recovery factor) é o procedimento que indica a


percentagem do volume de petróleo que foi extraído de um reservatório ou poço em relação ao
volume total nele existente. Se o fator de recuperação acusar baixos níveis de petróleo o poço é
abandonado para evitar grandes gastos em vão, o fator de recuperação pode mostrar os reais níveis
de petróleo disponíveis no poço, isso pode ser um problema, quanto uma oportunidade de
negócios. [2]

Apenas uma certa porcentagem do total de hidrocarbonetos será recuperada de um campo,


e isso é conhecido como o fator de recuperação. Os fatores de recuperação são maiores em campos
de gás do que estão em campos de petróleo. Fatores de recuperação típicos para gás são cerca de
50-80% (Jahn et al., 1998) citado em [3]

O mesmo autor ainda afirma que há mais escopo para melhorar a recuperação de petróleo.
Pressupõe-se que os Fatores globais de recuperação do petróleo estejam na faixa de 30-35%.

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Fig. 1: o volume de óleo em um reservatório inundado de água pode ser divididos em categorias de óleo residual, óleo
produzido, reservas de petróleo, e não recuperável. Estes podem ser ilustrados em uma torta de maturidade gráfico. Petróleo
móvel não recuperado é o óleo deixado para trás no final de vida no campo se nada for feito para direcioná-lo. O gráfico de
maturação de torta ilustra os volumes dos reservatórios do Mioceno da Área do Mioceno Norte, Lago Maracaibo, Venezuela
(modificado de Ambrose et al., 1997) citado em [3] adaptado

De acordo com [4], a fator de recuperação é dado por:

𝑁𝑝
𝐹𝑟 =
𝑁

Onde:

𝐹𝑟 é o fator de recuperação

𝑁𝑝 é o volume da reserva

𝑁 é o volume original de hidrocarbonetos, podendo ser dado por OOIP (Original Oil-In-
Place) ou OGIP (Original Gas-In-Place)

Neste âmbito, 𝑁𝑝 encontra-se com duas variáveis dependendo do hidrocarboneto em causa


e pode ser dado por:

7
7758 × 𝐴 × ℎ × ∅ × (1 − 𝑆𝑤 )
𝑂𝑂𝐼𝑃 =
𝐵𝑜𝑖

0,43
𝑂𝐺𝐼𝑃 = 43,560 × 𝐴 × ℎ × ∅ × (1 − 𝑆𝑤 ) × (𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × )
15

Onde:

7758 é o fator de conversão de acre-pé para bbl (Unidade de padrão de volume do Sistema
Americano que, para o caso específico do petróleo, equivale a 158,9873 litros)

𝐴 é a área do reservatório

ℎ é espessura do depósito do reservatório, em pés

∅ é a prosidade (decimal, e não percentual)

𝑆𝑤 é a saturação da água (decimal, e não percentual)

𝐵𝑜𝑖 é fator de volume de formação

[5] afirma que na indústria também é comumente utilizado para calcular o Fator de
Recuperação Final ou Último Esperado ao final da vida útil do reservatório, que é obtido da
seguinte forma:

𝑃𝑟𝑜𝑑 𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑡𝑟ó𝑙𝑒𝑜 𝑜𝑢 𝑔á𝑠 (𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑁𝑝, 𝐺𝑝)


𝐹𝑟 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑡𝑟ó𝑙𝑒𝑜 𝑜𝑢 𝑔á𝑠 𝑛𝑜𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 (𝑁, 𝐺)

1.1. Elementos que influenciam no fator de recuperação

O valor ou estimativa do fator de recuperação de uma jazida é função do tempo que esteve
em produção, considera-se também que é função de vários parâmetros da mesma jazida ou jazida,
é também função da exploração, estágio em que se encontra e das práticas operacionais com as
quais a jazida ou jazida foi explorada. Está também relacionado com a tecnologia utilizada para a
sua exploração e por fim, os custos de produção e o preço do petróleo também influenciam para
se obter o valor máximo do fator de recuperação. [6]

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As etapas de exploração em que se encontra o campo ou jazida e as práticas operacionais
que são realizadas para sua exploração, também são tidas como elementos. Tradicionalmente, os
processos de exploração foram divididos em três categorias, de acordo com sua ordem
cronológica: Primários, Secundários e Avançados. Atualmente, está sendo considerada uma quarta
etapa de exploração, definida como Recuperação Avançada. [5]

1.1.1. Recuperação primária

Esta etapa se inicia desde o início da exploração de um campo ou jazida e é aquela em que
é utilizada a energia natural disponível no campo. Nesta fase, pode-se considerar o uso de
tecnologias no poço, como o uso de sistemas artificiais de produção de vários tipos, fraturamento
hidráulico da formação, bem como na área de perfuração, o uso de poços horizontais e
multilaterais. [5]

1.1.2. Recuperação secundária

Nessa etapa, o objetivo é injetar energia adicional no reservatório, seja por meio de injeção
de água ou gás natural, ambos processos para manutenção de pressão, ou como métodos de
deslocamento de fluido dentro do reservatório. Nesta etapa também podem ser utilizadas
tecnologias como sistemas artificiais de produção, fraturamento hidráulico da formação, poços
horizontais e/ou multilaterais.

1.1.3. Recuperação melhorada

Nesta fase, é necessário implementar outros métodos de exploração para aumentar os


Fatores de Recuperação de óleo e gás. Esses métodos injetam materiais que normalmente não estão
presentes no reservatório, ou materiais que estão comumente no reservatório, mas são injetados
em condições específicas, a fim de alterar consideravelmente o comportamento físico-químico dos
fluidos do reservatório. Esses métodos são classificados como: Térmicos (injeção de vapor ou
injeção de ar), químicos (injeção de polímeros ou tensoativos, para reduzir a tensão interfacial) ou
gases miscíveis (como CO2 e nitrogênio, este último como processo miscível ou imiscível). [5]

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1.1.4. Recuperação avançada

Recuperação avançada refere-se a qualquer técnica de recuperação usada para aumentar a


recuperação de petróleo e gás por qualquer meio possível. Tais técnicas podem incluir métodos de
recuperação secundária e EOR; no entanto, eles também abrangem uma ampla gama de atividades
de engenharia de petróleo, como estratégias operacionais relacionadas ao aumento da eficiência
de varredura com furos de enchimento, poços horizontais, polímeros de controle de mobilidade,
bem como caracterização avançada de reservatórios e práticas de gerenciamento. [5]

1.2. Fatores geológicos que controlam a recuperação

Uma variável chave que controla a quantidade de óleo recuperado de um campo é o grau
de heterogeneidade geológica. O petróleo tenderá a ficar preso em becos sem saída e intervalos
rochosos de baixa permeabilidade como consequência dessa heterogeneidade. Um exemplo de
beco sem saída deposicional é um arenito de barreira traseira afinando e beliscando mergulho
ascendente dentro de um xisto lagunar. Padrões de becos sem saída deposicionais como este
comumente se repetem em diferentes campos com ambientes deposicionais semelhantes. [3]

O mesmo autor ainda afirma que o tipo de ambiente deposicional tem uma grande
influência sobre o fator de recuperação em um reservatório. Quanto menos complexo os ambientes
deposicionais mais contínuos, como ilhas-barreira e deltas dominados por ondas comumente
mostram fatores de recuperação de mais de 50%. Em contraste, os ambientes mais complexos,
como deltas dominados por fluviais, apresentam fatores de recuperação entre 20 e 40%. Os
carbonatos tendem a apresentar fatores de recuperação mais baixos do que os sedimentos de
reservatórios siliclásticos.

Outro fator tomado em consideração pelo autor é a Diagênese, processo que modificar
sedimentos após a deposição, pode criar barreiras e defletores dentro de um reservatório, além
daquelas resultantes da heterogeneidade deposicional primária. Volumes moderados de cimento
podem não causar muitos problemas com a recuperação de reservatórios em camadas espessas e
contínuas, intervalos de arenito. No entanto, em sistemas deposicionais onde os caminhos de fluxo
no reservatório são tortuosos e através de aberturas restritas de areia sobre areia, o cimento de

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preenchimento de poros pode destruir a conectividade em larga escala. O resultado pode ser um
reservatório com numerosos compartimentos pequenos e desconectados.

1.3. Efeitos da viscosidade na recuperação do óleo

A viscosidade do óleo tem um impacto no fator de recuperação. A água deslocará


facilmente o óleo de baixa viscosidade para formar uma frente de inundação estável. O óleo é
empurrado à frente de uma extensa almofada de água. Onde o óleo é mais pesado e mais viscoso,
o a água tenderá a passar pela coluna de óleo em uma forma irregular, rompendo os poços produção
rapidamente. Grandes volumes de água devem ser circulou pelo reservatório a fim de obter
recuperação econômica de óleo. Isso pode não ser prático offshore dados os altos índices de
produção necessários para manter a ifraestrutura rentável, Onshore, é mais eficiente usar métodos
como inundação de vapor ou combustão in-situ para recuperar óleos pesados e viscosos. [3]

2. Regime de Escoamento dos Fluídos

No início da exploração de um reservatório, há uma queda inicial de pressão entre o poço


e os limites do reservatório. Essa queda de pressão diminui com o passar do tempo e, da mesma
forma, a produção do reservatório. Este fenômeno pode ser explicado considerando vários
períodos ou regimes de fluxo. [5]

O autor anteriormente citado afirma que existem basicamente três tipos de períodos ou
regimes de fluxo em função da pressão e do tempo que devem ser identificados para classificar o
fluxo de fluidos em meios porosos:

• Fluxo transiente (não contínuo)


• Fluxo estável (contínuo)
• Escoamento pseudoestacionário (semicontínuo)

E ainda [5] ilustra um exemplo que permite descrever o que acontece num poço:

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Jogue uma pedra em um lago. Assim que atingir a água, uma série de ondulações circulares
concêntricas será criada. Um fenômeno semelhante ocorre quando um poço é colocado em
produção. Ou seja, o estado de equilíbrio do reservatório é alterado, gerando uma resposta na
pressão do poço.

A perturbação de pressão se propaga gradualmente sob qualquer uma das geometrias de


fluxo longe do furo de poço; os fluidos da formação experimentam essa mudança de pressão e
começam a se mover na direção do poço. Com o passar do tempo, a perturbação de pressão
eventualmente atinge os limites do reservatório.

À medida que o tempo avança e mais fluidos são removidos da formação, a pressão média
do reservatório diminuirá. O tempo necessário para a onda de pressão atingir o limite (ou primeiro
limite, dependendo da geometria da área de drenagem) é chamado de comportamento infinito ou
estado transitório. Se isso ocorrer em reservatórios com contornos fechados, é conhecido como
estado pseudoestacionário. Se as bordas estiverem abertas, é chamado de estado estacionário.

2.1. Regime de escoamento transitório

Pode ser definido como condições de fluxo em que a mudança de pressão em relação ao
tempo em qualquer posição no reservatório é diferente de zero e não constante. Considerando o
limite do reservatório, o período de fluxo transiente pode ser definido como o tempo em que o
limite não afetou o comportamento da pressão e o reservatório se comporta como infinito. [5]

𝜕𝑝
= 𝑓(𝑥, 𝑡) ≠ 0
𝜕𝑡

Fig. 2: Regime de escoamento transitório. [5]

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2.2. Regime de escoamento pseudo-estacionário

Uma vez que os limites do reservatório são atingidos, a região drenada total começa a ser
deprimida. Tal queda de pressão no reservatório se deve ao fato de que o volume de fluido extraído
do reservatório resultante da produção não é substituído por outro. Isso se deve ao fato de que nas
bordas do reservatório não há entrada de um fluido para substituí-lo. Assim, a variação da pressão
em relação ao tempo é constante. [5]

𝜕𝑝
= 𝑐𝑡𝑒
𝜕𝑡

Fig. 3: Regime de escoamento pseudo-estacionário. [5]

2.3. Regime de escoamento estacionário

Assim como o escoamento pseudo-estacionário, o escoamento estacionário ocorre quando


os limites são atingidos, mas, neste caso, a pressão em qualquer ponto do reservatório e por
qualquer tempo permanece constante, ou seja, não varia com o tempo. Isso se deve ao fato de que
o volume de fluido extraído do reservatório resultante da produção é substituído por outro (um
aquífero muito ativo ou um processo de manutenção de pressão). [5]

𝜕𝑝
=0
𝜕𝑡

Fig. 4: Regime de escoamento estacionário. [5]

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Fig. 5: O gráfico mostra uma comparação da queda de pressão em função do tempo para esses regimes de fluxo. [5]

3. Efeito dos Regimes de Escoamento no Fator de Recuperação

O Fator de Recuperação associado ao estado transitório será muito diferente daquele


associado ao estado estacionário ou pseudo-estacionário, devido ao efeito que os contornos têm no
comportamento do reservatório. [5]

O autor [5] continuou dizendo que no estado transitório, o reservatório mantém a pressão
inicial na fronteira. Quando a onda de pressão atinge a borda e não há fluido para manter a pressão
do reservatório (estado pseudo-estacionário), ela diminui, fazendo com que o reservatório forneça
fluidos com cada vez menos força. Em estado estacionário temos um fluido que substitui o volume
de óleo produzido, o que permite uma maior varredura da área impregnada, deixando uma
saturação de óleo residual muito menor do que em um estado pseudo-estacionário. Portanto, haverá
um Fator Final de Recuperação Esperado maior em um reservatório com comportamento
estacionário do que em um com comportamento pseudo-estacionário.

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Conclusão

O trabalho em causa teve os objetivos traçados dados alcançados e nesse contexto permitiu
concluir que o valor ou a estimativa do fator de Recuperação de um campo ou reservatório está
em função de fatores geológicos, físicos, técnicos, operacionais, entre outros. Esses fatores
mudam com o tempo, então não pode ser considerado um Fator de Recuperação único ou definitivo
em um projeto de exploração e permitiu também concluir que o Fator Final de Recuperação
Esperado é maior em um reservatório com comportamento estacionário do que em um com
comportamento pseudo-estacionário.

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Bibliografia

[1] “Explore the Energy Glossary,” Schuberger | Energy Glossary, [Online].


Available: https://glossary.slb.com/en/Terms/r/recovery_factor.aspx. [Acedido em 30
Novembro 2022].

[2] Felipo, “O Que É Fator De Recuperação Ou Recovery Factor,” Dicionário do


Petróleo, 12 maio 2021. [Online]. Available:
https://dicionariodopetroleo.com.br/fator-de-recuperacao-recovery-factor/. [Acedido
em 30 novembro 2022].

[3] M. Shepherd, “Factors influencing recovery from oil and gas fields,” em
Factors influencing recovery from oil and gas fields, AAPG Memoir, 2009, pp. 37-46.

[4] C. O. F. Trujillo, C. R. Ramirez , J. L. P. Hernández , R. O. López e A. L.


Garcia, “Cálculo de las reservas de hidrocarburos en diferentes etapas de la explotación
de un yacimiento petrolero,” Cálculo de las reservas de hidrocarburos en diferentes
etapas de la explotación de un yacimiento petrolero, pp. 15-16, Dezembro 2017.

[5] D. A. M. Garcia , ““EL FACTOR DE RECUPERACIÓN; LA


INCERTIDUMBRE EN SU CÁLCULO”,” UNIVERSIDAD NACIONAL
AUTÓNOMA DE MÉXICO, México , 2016.

[6] Comisión Nacional de Hidrocarburos, FACTORES DE RECUPERACIÓN DE


ACEITE Y GAS EN MÉXICO, Cidade do México: SENER, 2010.

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