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Aula 3
Métodos de IOR
Aquecimento eletromagnético
Vibração mecânica
Microbiológicos
Óleo preso por forças capilares: Devido às forças capilares que interagem com as
gotículas de óleo, de 20 – 30% do óleo do reservatório fica aprisionado nos poros ou
gargantas da rocha;
formação de fingers causados pelo óleo viscoso: Uma condição em que a interface de
dois fluidos, como óleo e água, desvia de seções do reservatório à medida que se
move, criando um perfil irregular ou com “dedos”. O fingering é uma condição
relativamente comum em reservatórios com poços de injeção de água. O resultado é
uma ação de varredura ineficiente que pode ignorar volumes significativos de óleo
recuperável e, em casos graves, uma penetração precoce de água em poços de
produção adjacentes;
óleo desviado devido à heterogeneidade / colocação do poço: caso o poço tenha sido
perfurado em uma posição ineficiente, ou devido a heterogeneidade de poros e
permeabilidade, o fluxo de óleo é desigual pelo reservatório, o que pode impedir a
produção de parte do óleo que pode ficar retido na rocha;
Óleo remanescente na matriz devido à falta de embebição: Caso a injeção de fluido
seja ineficiente, ou tenha um volume baixo, regiões do reservatório podem não ser
afetadas, ou pouco afetadas, pelo fluido injetado. Neste cenário, o óleo se mantém
retido na rocha pois não houve energia suficiente para mobilizar o óleo retido.
Os processos IOR significam um fator de recuperação (RF) mais alto; no entanto, nem sempre
significa taxas de óleo mais altas. Há muitos casos em que taxas de óleo altas são alcançadas
com um RF final muito baixo. Mais do que "qualquer prática após a recuperação primária", IOR
significa a combinação estratégica e sistemática sequencial de processos secundários e
terciários para maximizar a vida econômica e RF dos reservatórios de petróleo.
Relevância do Teste Piloto:
1. Definição de Objetivos
4. Poços de Observação
7. Coleta de Dados
9. Análise econômica
10. Reservas
Metodologia geral para avaliação e implementação de EOR:
Nos EUA, os principais métodos EOR são os métodos térmicos, injeção de flue gas (CO2) e
injeção de gas HC. As atividades de EOR eram mais comumente utilizadas no passado, onde, os
métodos termais eram os principais. Entre 2002 - 2006, a produção por injeção de gás HC
superou a produção por métodos termais nos EUA. A produção mundial total de petróleo
(incluindo condensado e líquidos de gás natural) é 84,5 milhões B / D (em 2008). A produção
mundial da EOR é de cerca de 2,5 milhões B / D (em 2008), o que é 2,96%. Para reservatórios
de óleo leve, EOR é geralmente aplicável após a recuperação secundária operações, e a meta
de EOR é ~ 45% OOIP. Óleos pesados e areias betuminosas respondem mal à recuperação
primária e secundária métodos, e a maior parte da produção de tais reservatórios vêm de EOR
métodos.
λD
M= [ SENDO λ=K /μ ]
λO
O óleo residual presente nas regiões varridas pela água (RSC) permanece como pequenos
volumes e gotas isoladas trapeadas nos poros da rocha. Após aplicação de EOR apenas
pequenas quantidades de óleo (saturação de óleo residual Sor) devem ser deixadas para atrás.
Devido ao alto custo do projeto EOR a Sor deve ser menor quando comparada com a utilização
de injeção de água por exemplo (RSC).
Aula 4
Macro escala: Escala que compreende o reservatório, a linha de produção, os poços (injetores
e produtores);
A eficiência do processo extrativo está ligada à produção acumulada em função do tempo C(t).
Se analisarmos a produção acumulada de um reservatório a partir de um instante T, temos que
a produção acumulada C(t) pode ser via C1 (natural), C2 (RSC) ou C3 (EOR). C1 corresponde a
depleção natural do reservatório. A energia necessária para escoar o óleo é a energia natural
do reservatório. C2 corresponde a produção acumulada em um cenário o qual métodos de
recuperação secundária foram empregados. Em geral, a produção acumulada aumenta em
relação ao método natural, visto que a energia para escoamento do fluido é incrementada
pelo método RSC. C3 corresponde ao uso de métodos EOR, que, por sua vez, incrementam a
produção acumulada visto que estes métodos aumentam a saturação do óleo residual, e
beneficiam a recuperação dessa porção. As jazidas podem ser explotadas com maior ou menor
eficiência no que diz respeito à quantidade final de óleo a ser extraída. Cada opção resulta em
uma acumulação final de fluidos diferente.
E=EV E D
A eficiência volumétrica (EV) depende, por sua vez, da eficiência de varrido areal (Ea), ou
horizontal, e da eficiência vertical (Eh). Ea é a razão entre a área invadida pelo fluido injetado,
Ainv, e a área total do meio poroso At:
A inv
Ea =
At
Malha de drenagem: Trata do número e localização dos poços de injeção e de produção mais
adequada ao reservatório de tal forma a maximizar o fator de recuperação minimizando
custos. Deve-se procurar minimizar o volume de fluido injetado, minimizar a produção do
fluido injetado ou maximizar sua permanência no reservatório, retardando o início do
breakthrough. Baseados na estrutura do reservatório tem-se:
injeção periférica: injeção no topo e injeção na base no qual poços de mesmo tipo, isto é,
poços de injeção ou de produção, se concentram em determinadas áreas dos reservatórios.
Não existem arranjos de poços predefinidos. Cada reservatório tem uma distribuição própria e
procura-se respeitar a distribuição natural dos fluidos. Este método potencializa “mecanismos
naturais” de produção e com o tempo poços são recompletados ou fechados.
injeção em malhas: cada modelo possui uma malha básica que se repete por todo o
reservatório, ou seja, os poços, tanto de um tipo quanto de outro, estão uniformemente
distribuídos em toda a área do reservatório. Neste caso, o fluido deslocante é injetado na
própria zona de óleo, alterando drasticamente a distribuição das saturações e a movimentação
natural dos fluidos do reservatório. Esse tipo de injeção é empregado em reservatórios com
grandes áreas e pequenas inclinações e espessuras.
Um projeto de injeção de água necessita dos valores, pelo menos aproximados, das vazões e
das pressões de injeção. Valores muito altos de pressões de injeção podem acarretar fraturas
na formação e prejudicar seriamente o deslocamento do óleo pela água. Por outro lado, é
necessária boa injetividade para garantir uma boa produtividade.
k d /μ d
M=
kd
∗μ
ko o
( k ¿ ¿ o / μo )= ¿
μd
μo
M=
μd
Se M<=1, a injeção é favorável, se M>>1, o processo é desfavorável. Isso se dá, pois, O
aumento da razão de mobilidades M resulta em aumento da digitação viscosa (viscous fingers)
e por tanto em caminhos preferenciais do fluido deslocante. Assim, quão menor M , maior é a
eficiência de deslocamento.
Para o reservatório 1⁄4 de five-spot contendo óleo e água conata, o volume inicial de óleo, Voi,
é
V oi =V p So =( A t h ϕ ) S o
h: espessura da formação
φ: porosidade da formação
A injeção de água durante um tempo t origina a região invadida pela água Ainv. Volume
máximo de óleo que pode ser deslocado ou removido, V DL
V DL=V p (S o−S¿ )
O volume total de água VwT é dado por (injetada + conata) contida na região invadida (Ainv) em
um determinado instante de tempo. Desta forma, obtemos
V winj =V wT −V wi =( Ainv h ϕ ) S w −( A w h ϕ ) S wi=V p (S w −S wi)
inv
Antes do breakthrough, o volume de água injetada Vwinj desloca igual volume de óleo VD, isto
é
O volume de óleo deslocado VD é a diferença entre o vol. de óleo existente antes e depois da
invasão pela água.
Reduzindo M é retardado o início do BT. Água fica retida no meio poroso por mais tempo
aumentando área invadida e com isso Ea. antes do breakthrough toda a água injetada
permanece no meio poroso deslocando igual volume de óleo, isto é Vwinj = VD.
A área vertical invadida depende da seção (vertical) que comunica injetor e produtor. Por
tanto, o conceito de eficiência em termos de volume (EV) é mais importante, EV =Ea x Eh. A
eficiência de varrido vertical é influenciado principalmente por: (i) segregação gravitacional, (ii)
heterogeneidade da permeabilidade (reservatórios estratificados), (iii) razão de mobilidades e
(iv) forças capilares.
A invvertical
Eh =
At vertical
A segregação vertical ocorre quando as densidades dos fluidos deslocante e deslocado são
diferentes. Se o fluido injetado é menos denso este se desloca pela parte superior do
reservatório (gravity override). Se o fluido injetado é mais denso este escoa preferencialmente
pela parte inferior da formação (gravity underride). Em ambos casos o breakthrough é
antecipado reduzindo a eficiência de varrido vertical.
De acordo com Craig et al. (1957) o processo é mais eficiente (Rv/g (razão
viscosidade/gravidade) elevado)
para:
Menor diferença de densidades dos fluidos envolvidos;
Menor espessura da formação (h) (formações delgadas);
Menor permeabilidade da formação.
2050 v μ o L
R v/ g=
k Δ ρh
v = fluxo (bbl/d.ft²)
μo = Viscosidade do óleo, cP
L = espessura da camada, ft
h = altura da camada, ft
k = permeabilidade, mD
Para baixos Rv/g e baixo a elevado M, é caracterizado por uma segregação gravitacional
intensa. Para moderado Rv/g e elevada M, dedos viscosos se formam ao longo da interface
com segregação gravitacional. Para elevada Rv/g e elevada M, escoamento é governado por
efeitos viscosos com digitação viscosa intensa e segregação gravitacional controlada.
AULA 5
Enquanto uma análise mais rigorosa não é possível, devido ao difícil acesso aos detalhes do
meio poroso, modelos simplificados permitem compreender a interação das forças envolvidas
na microescala.
A tensão superficial é um efeito físico que ocorre na interface entre duas fases químicas. Ela
faz com que a camada superficial de um líquido venha a se comportar como uma membrana
elástica. Esta propriedade é causada pelas forças de coesão entre moléculas semelhantes.
Caso não haja uma força externa, a força superficial tende a fazer um líquido tomar uma forma
de bolha.
Os ângulos de contato estáticas são medidas quando a gota está assentada na superfície e o
limite trifásico não está se movendo. Os ângulos de contato estáticos também são usados para
definir a energia livre superficial, isto é, a tensão superficial.
Pressão Capilar: A tensão interfacial agindo em uma interface curva entre dois fluidos causa
uma diferença de pressão entre as duas fases. A pressão do fluido localizado no lado concavo
da interface é maior do que a pressão do lado convexo. A diferença de pressão é proporcional
à tensão interfacial e inversamente proporcional ao raio de curvatura da interface. Quanto
menor o raio de curvatura da interface, maior a diferença de pressão entre as fases. Em um
meio poroso, o raio de curvatura das interfaces óleo-água é muito pequeno devido as
pequenas dimensões dos poros, tornando a diferença de pressão entre as duas fases grande.
Em um reservatório define-se pressão capilar como a diferença de pressão da fase não
molhante e a fase molhante.
Pc=Pnm – Pm
Po + ρ o gh=P a+ ρa gh
O lado concavo da interface corresponde a fase não molhante. Desta forma, a pressão da fase
não molhante será sempre maior do que a pressão da fase molhante. Admitindo que a
interface óleo ‘água é uma superfície esférica, a pressão capilar pode ser dada pela equação de
Laplace como:
2 σ ao
Pc=
R
onde: R é o raio de curvatura da superfície esférica, mas também podemos considerar que
r
R= sendo r o raio interno do tubo capilar. A equação acima, indica que o efeito da
cosθ
capilaridade é mais intenso quanto menor forem os poros da rocha reservatório. Além disso,
comparando-a com a equação dada pela condição de equilíbrio capilar gravitacional, temos:
2 σ ao cosθ
Pc= =( ρa−ρo )gh
r
Podemos concluir então que a água atinge alturas mais elevadas em capilares de menor
dimensão. Se o reservatório for considerado como sendo formado por um conjunto de
capilares de diferentes diâmetros, concluímos que a água estará presente em diferentes
profundidades, dependendo do tamanho dos poros da rocha.
A pressão capilar em qualquer ponto da interface dos fluidos pode ser obtida através da
equação de Laplace, dada por:
Pc=σ ao ( R1 − R1 )
1 2
onde R1 e R2 são os raios principais de curvatura da interface. Os raios são medidos em planos
perpendiculares. A expressão anterior nos leva às seguintes conclusões:
R 1↓ ⇒ Sa ↓⇒ Pc ↑
onde Sa = saturação de água = volume de água / volume total. A relação entre a pressão
capilar e a saturação é normalmente obtida através de experimentos de laboratório com
amostras de testemunho submetidas a processos de deslocamento de fluidos imiscíveis.
O efeito Jamin é o fenômeno que impe de o u dificulta, em certos casos, o fluxo d e fluidos em
um canal do meio poroso quando mais de uma interface estão presentes. Considere por
exemplo um canal de fluxo com raio uniforme contendo duas fases, óleo e água, em condições
est áticas, conforme ilustra do na Figura, onde uma gota de óleo encontra -se aprisionada no
seio da água.
Empregando - se o conceito de pressão capilar, ou seja, de que na interface entre dois fluidos
imiscíveis existe uma diferença de pressão que é exatamente a pressão capilar e de que a
pressão é sempre maior no fluido que não molha preferencialmente a rocha , pode - se
escrever que
p A + p c − pc = p B
A B
onde Pa e Pb são as pressões na água os pontos A e B, e Pca e Pcb pressões capilares na
interfaces A e B , respectivamente . Logo, a diferença entre as pressões na água nos pontos A e
B é:
p A − pB =p c − pc
B A
Neste caso, gradiente de pressão externo, causador do fluxo, modifica o raio de curvatura,
consequentemente, o angulo de contato, de modo imprimir à gota de óleo uma forma
aerodinâmica. O angulo de contato em A é maior que em B, a pressão capilar é menor que em
B. e consequentemente maior é a resistência ao fluxo. Como θA > θB, então pca<pcb e, por
tanto, pA – pB > 0. Assim, para que haja fluxo é necessária a aplicação de um diferencial de
pressão entre os pontos A e B. Ocorre que, quanto maior é o gradiente aplicado entre os
pontos A e B, na tentativa de se vencer as pressões capilares e provocar o fluxo, mais a gota se
de forma. Com isso, o ângulo de contato em A aumenta, enquanto em B diminui ainda mais,
crescendo então a resistência ao fluxo.
O snap off ocorre na presença de dois fluidos imiscíveis, quando o fluido não molhante
(normalmente óleo) se desloca através da garganta do poro. É um mecanismo de formação de
gotas de óleo que resulta na geração de emulsões no meio poroso, e leva a geração in-situ de
emulsões. É indesejada porque emulsões ficam trapeadas e quando conseguem ser produzidas
devem ser separadas em superfície. A separação não é simples. A fase não molhante é
envolvido por um colar da fase molhante na constrição a qual cresce continuamente
originando o snap off. Se a razão volume do poro / volume da garganta é grande (constrição
acentuada) tem-se snap off. Se a razão volume do poro / volume da garganta é pequena não
se origina snap off.
μw V
Ca=
σ wo
tipo de polímero;
concentração;
tamanho do banco de injeção;
salinidade.
No Brasil o método está ainda na fase de crescimento, é aplicado em grande escala na China.
Polímeros são utilizados em varias etapas da indústria do petróleo: fluidos de perfuração,
fluido para fraturamento hidráulico, correção da injetividade, etc. No contexto de EOR é
utilizado o parâmetro razão de mobilidades M. Esta redução na razão de mobilidades é obtida
principalmente pelo aumento da viscosidade da água de injeção ao adicionar polímeros e pela
diminuição da permeabilidade relativa à água. Contudo, projetos de injeção de polímeros são
bastante complexos por existirem fenômenos físicos que não são observados na tradicional
injeção de água, tais como: comportamento não-newtoniano da solução polimérica, retenção
do polímero no meio poroso, degradação, etc. Dessa forma, existe um elevado número de
incertezas no que se refere a projetos de injeção de polímeros.
k d ( Sd )
k d( Sd)
λd
M= =
[ ]=
μd
∗μ
ko ( Sd ) o
λo ko (Sd ) μd
μo [ ]
A permeabilidade do fluido deslocante kd é medido na saturação de óleo
b) efeitos microscópicos, série de complexas interações que ainda não são claramente
compreendidos/explicados.
Após a passagem da água, óleo fica retido no meio poroso por algum dos mecanismos
seguintes:
“Dead ends”: o óleo é trapeado em “curvas” nos poros, onde a água não consegue entrar;
Filme de óleo nas paredes: O óleo se adere às paredes, formando uma superfície oleosa, onde
a água não penetra, fazendo com que o óleo não seja carreado pela água;
Gotas de óleo nos grãos da rocha: o óleo fica aprisionado em gargantas de poros, de forma
que a água não consegue carrear, devia a formação de outras vias preferenciais para a água;
Polímeros são formados por moléculas muito grandes compostos por milhares de blocos
(monômeros). As massas moleculares (das cadeias de moléculas) variam de 0,5 a 30 milhões.
Polímeros mostram uma distribuição de pesos moleculares, o que é conhecido então é o peso
molecular médio do polímero. Pequenas concentrações (250 ppm – 0,025% a 4000 ppm –
0,4%) do polímero incrementam consideravelmente a viscosidade da solução resultante. As
instalações de superfície utilizadas para injetar água precisam poucas melhorias para injetar as
soluções poliméricas, normalmente a adição do sistema de mistura e de filtragem é suficiente.
Além de aumentar a viscosidade, as poliacrilamidas (HPAM) alteram a permeabilidade da
rocha o que também diminui a mobilidade do banco de água injetado após a solução
polimérica.
Polímeros não são tóxicos nem corrosivos e reduzem o BSW com isso mais óleo é produzido
com manuseio de menores volumes de água. A principal desvantagem (a depender do tipo de
polímero utilizado) é sua degradação química, por cisalhamento ou bacteriana. Isto é, as
propriedades projetadas em superfície são alteradas quando injetadas.
Poliacrilamida: É o polímero artificial mais utilizado pela indústria de petróleo. Eles possuem
cadeia flexível, que pode ou não conter grupos hidrolisados e recebem esse nome, pois
apresentam a acrilamida como cadeia principal. As poliacrilamidas são, em sua maioria,
aniônicas e as diferentes disposições dessas cargas pelo corpo do polímero, causadas por
processos de produção diferenciados, geram propriedades físicas diferentes quando imersos
em solução aquosa. As poliacrilamidas parcialmente hidrolisadas (HPAM-Partially Hydrolyzed
Polyacrylamide) tem grande dependência, sobre a sua viscosidade, da presença de sais, o grau
de hidrólise, temperatura da solução, peso molecular, estruturas tridimensionais e a qualidade
do solvente. Porém, é possível melhorar a sua estabilidade pela mudança de composição. Os
efeitos dos sais na viscosidade das soluções de poliacrilamida vêm sendo bastante estudados
devido a sua importância para a indústria, para avaliar os efeitos da adição de cloreto de sódio
(NaCl) na viscosidade das poliacrilamidas com diferentes graus de hidrólise, obtendo
resultados que corroboram com a queda da viscosidade, na presença de sal, de poliacrilamidas
iônicas e, para amostras não iônicas, não houve mudança com a presença de sais. Soluções
HPAM, além de perderem viscosidade com o aumento da salinidade e da dureza do meio,
ainda podem precipitar se essa concentração for muito alta.
A goma de xantana apresenta uma aceitação muito grande na indústria devido a sua vasta
gama de características favoráveis, se comparadas a outros polímeros. A principal
característica que agrega valor a utilização da xantana é a sua alta viscosidade obtida com
concentrações baixas, aliado a esse fator de elevada importância, ela ainda apresenta outras
propriedades reológicas de alto interesse como por exemplo: os altos níveis de
pseudoplasticidade, ou seja, a viscosidade diminui com o aumento da taxa de deformação,
mas recupera rapidamente a viscosidade na remoção da tensão de cisalhamento;
viscoelasticidade; tensão residual elevada; alta estabilidade em ambientes hostís de
temperatura, pH e presença de sais, sendo, no mercado, o polissacarídio com a maior
estabilidade. Todas estas características são variantes, elas dependem de alguns fatores, como
as diferentes cepas e colônias de bactérias utilizadas na produção, e os processos utilizados
para a sua fabricação.
Outra característica marcante da xantana é a alta solubilidade em água quente ou fria, sendo
estáveis em ambos os cenários. Elas apresentam, comparativamente a outros polímeros, altas
taxas de resistência à degradação pelo calor, mantendo-se a elevadas temperaturas por
prolongados períodos de tempo, sem nenhuma grande alteração de viscosidade. A goma
xantana é extremamente compatível com sais, apresentando, não só um incremento na
viscosidade com a adição de NaCl ou cloreto de potássio (KCl), como também um aumento da
resistência a degradação por calor sofrida pelo polímero.
A mistura água+polímero deve ser feita sob condições de máxima limpeza (contaminantes
reduzem sua viscosidade). Soluções poliméricas são adequados para reservatórios
moderadamente heterogêneos com razão de mobilidades variando entre 5 e 40 (2-300*). Em
reservatórios estratificados a frente de avanço é melhorada. O reservatório deve ter boa
permeabilidade uma vez que a solução injetada tem viscosidade elevada. A viscosidade é a
principal propriedade física no contexto de EOR. A viscosidade depende: do peso molecular do
polímero, da concentração, da salinidade, da temperatura, do grau de hidrólises, do pH, das
forças atuantes no escoamento.
A injetividade de polímero é uma medida de quão facilmente a solução de polímero pode ser
entregue na formação do reservatório. É uma tarefa crítica e um declínio na injetividade pode
virar negativamente o previsto fluxo de caixa do projeto de inundação de polímero. Isso se
deve basicamente ao atraso na produção de óleo ou ao alto custo de bombeamento. Ambos
os polímeros mencionados (xantana e HPAM) podem sofrer problemas de injetividade por
diferentes razões. A presença de microgéis e impurezas na xantana pode limitar sua
injetividade; Viscoelasticidade e retenção de HPAM são os principais fatores que restringem
sua injetividade. A xantana tem comportamento reológico pseudoplástico (diluição por
cisalhamento) em poros meios de comunicação. Quando o HPAM flui em meio poroso, é
exposto a cisalhamento e alongamento deformações à medida que é transportado através de
canais de fluxo convergentes-divergentes.
λw
Rr= antes
λw
depois
Δ Pw
Rr= antes
Δ Pw depois
Como a mobilidade da água é sempre maior que a mobilidade da solução polimérica, temos R
> 1, onde 3 ≤ Rr ≤ 5.
Se Rr = 3 significa que a mobilidade da água antes de injetar a sp é 3 vezes maior do que a
mobilidade de água após injetar a sp; Elevado Rr (= 5) é desejado uma vez que prolonga a
característica da solução polimérica. Significa que no banco de água injetado posteriormente
(w2) algumas características das soluções poliméricas estarão presentes quando as moléculas
adsorvidas sejam liberadas e arrastadas na corrente injetada. Água salgada reduz o fator de
resistência R. A vantagem dos polímeros no controle da mobilidade é indicada por elevados
valores do fator de resistência. Biopolímeros não são retidos na superfície da rocha por tanto
não mostram fator de resistência.