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CURSO:
ENGENHARIA CIVIL
ORGANIZADOR(ES):
SUMÁRIO
QUESTÃO N° 3
Autor(a): Prof. Dr. Dario de Araújo Dafico
QUESTÃO N° 4
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO N° 5
Autor(a): Prof. Me. Fábio Maurício Correa
QUESTÃO Nº 9
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 10
Autor(a): Núcleo Docente Estruturante do curso de Engenharia Ambiental
QUESTÃO Nº 11
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 12
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 13
Autor(a): Prof. Me. Epaminondas Luiz Ferreira Júnior
QUESTÃO Nº 14
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 15
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 16
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 17
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 18
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 19
Autor(a): Prof. Me. Antônio Claret de Almeida Gama Júnior
QUESTÃO Nº 20
Autor(a): Profa. Ma. Tatiana Renata Pereira Jucá
QUESTÃO Nº 21
Autor(a): Prof. Me. Fábio Maurício Correa
QUESTÃO Nº 22
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 23
Autor(a): Prof. Me. Marco Antônio de Oliveira
QUESTÃO Nº 24
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 25
Autor(a): Prof. Me. Marco Túlio Pereira de Campos
QUESTÃO Nº 26
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 27
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 28
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 29
Autor(a): Prof. Dr. Luiz Álvaro de Oliveira Júnior
QUESTÃO Nº 30
Autor(a): Prof. Dr. Tule Cesar Barcelos Maia
QUESTÃO Nº 31
Autor(a): Prof. Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos
QUESTÃO Nº 32
QUESTÃO Nº 3
O concreto como material construtivo deve ser submetido a controle de qualidade. Dado o
grande número de variáveis que influem nas suas características, é válido afirmar que, além
da rigorosa seleção dos materiais que o compõem e do competente estudo da dosagem
desses materiais, é indispensável o controle da execução e das características do produto final
concreto armado.
Considerando a atuação de um engenheiro civil responsável pelo projeto e execução de obras
em estrutura de concreto armado, cite e descreva os objetivos dos ensaios que devem ser
executados no concreto convencional nos estados fresco e endurecido para o atendimento
das especificações de qualidade.
Comentário:
Para o controle da execução e das características do produto final do concreto convencional
a NBR 12655 (ABNT, 2015) prescreve que, no mínimo:
Para o concreto fresco, no caso de concreto usinado, deve-se realizar o ensaio de
consistência (abatimento do tronco de cone ou slump test) a cada betonada. Esse ensaio,
apesar de todas as suas limitações, serve para medir a trabalhabilidade (adensabilidade,
mobilidade e estabilidade) do concreto plástico fresco. A sua conformidade também é um
indicativo de que a dosagem dos materiais foi realizada na proporção correta.
Para verificação do concreto endurecido deve-se moldar e romper à compressão (na idade
de controle) um número de corpos-de-prova suficiente para formar uma amostra
representativa de um lote. No caso de concreto usinado é recomendável a moldagem de
CP’s de todos os caminhões (amostragem total). Esse ensaio serve para verificar a
conformidade quanto a resistência à compressão, mas também serve como indicativo de
conformidade das outras propriedades físicas e mecânicas do concreto endurecido que
com ela se correlacionam.
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR12655 – Concreto de cimento
Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – Procedimento, Rio de Janeiro, 23 p.
QUESTÃO Nº 4
Um coletor de esgoto pode ser definido como a tubulação subterrânea da rede coletora que
recebe volume de esgotos em qualquer ponto ao longo de seu comprimento, sendo
dimensionado de modo a garantir o escoamento livre.
Suponha que um coletor de esgoto tem declividade de fundo de 0,04 m/m e transporta uma
vazão de 3,14 𝑚3 ∙ 𝑠 −1 , escoando à meia seção. Nessa situação, calcule o diâmetro desse
coletor, considerando um modelo hidráulico hipotético que rege o escoamento em canais dado
pela equação
𝑄 = 𝐾 ∙ 𝐴 ∙ 𝑅𝐻 ∙ 𝐼
em que 𝑄 é a vazão medida em 𝑚 ∙ 𝑠 −1 , 𝐴 é a área molhada medida em 𝑚2 , 𝑅𝐻 é o raio
3
Sabendo que 𝐾 = 100, 𝐼 = 0,04 𝑚/𝑚, 𝑄 = 3,14 𝑚3 /𝑠, então basta substituir essas informações
na equação do modelo que representa o escoamento e calcular o diâmetro.
𝑄 = 𝐾𝐴𝑅𝐻 𝐼
𝜋𝐷 2 𝐷
3,14 = 100 ∙
∙ ∙ 0,04
8 4
𝜋𝐷 3
3,14 =
8
Admitindo que 𝜋 = 3,14, dividem-se os dois lados da equação por esse valor, obtendo-se:
𝐷3
1= → 𝐷3 = 8 ∴𝐷 =2𝑚
8
Referências:
PORTO, R. M.. Hidráulica Básica. São Carlos: Editora da EESC-USP, 2ª edição, 2001. 540 p.
QUESTÃO Nº 5
O controle tecnológico nas obras de pavimentação é condição fundamental para que a vida
útil das estruturas seja garantida. Os controles baseiam-se na análise dos resultados obtidos
em campo, usando-se como referência valores de testes feitos em laboratório.
Com base nesse contexto, explique como deve ser feito o controle, em campo, da umidade
ótima, da massa específica aparente seca máxima e do grau de compactação, a partir dos
dados obtidos em laboratório.
QUESTÃO Nº 9
Gabarito: E
A curva I define um material de alto módulo de elasticidade, porém com pequeno nível de
deformação, já que o material se rompe com deformações relativamente pequenas, ou seja, o
módulo de elasticidade e o nível de deformação são, respectivamente, alto e pequeno.
A curva II define um material de alto módulo de elasticidade, porém com grande nível de
deformação, já que o material se rompe para deformações elevadas em comparação às
demais, ou seja, o módulo de elasticidade e o nível de deformação são, respectivamente, alto
e grande.
As curvas III e IV definem um material de baixo módulo de elasticidade, porém com grande
nível de deformação, já que o material se rompe para deformações elevadas em comparação
às demais, ou seja, o módulo de elasticidade e o nível de deformação são, respectivamente,
baixo e grande.
A curva V define um material de baixo módulo de elasticidade e pequeno nível de deformação,
já que o material se deforma pouco antes da ruptura, ou seja, o módulo de elasticidade e o
nível de deformação são, respectivamente, baixo e pequeno.
Desta forma, a única alternativa correta é a letra E, Curva V – baixo e pequeno.
Referências:
BEER, F.P. e JONHSTON, E.R. Resistência dos materiais. Trad. PEREIRA, C.D.M. São
Paulo: Editora Makron Books, 2004.
QUESTÃO Nº 10
QUESTÃO Nº 11
O sistema Toyota de produção apresenta-se como uma alternativa mais eficiente ao modelo
fordista de produção, que explora as vantagens de produção em série. O modelo toyotista
consiste em cadeia de suprimentos enxuta, flexível e altamente terceirizada, que prevê a
eliminação quase total dos estoques e a busca constante pela agilização do processo
produtivo.
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no
contexto brasileiro. São Paulo: Pearson, 2013 (adaptado).
O sistema logístico e produtivo conhecido como just in time é uma filosofia de administração
da produção baseada no modelo Toyota de produção. Esse novo enfoque na administração
da manufatura surgiu de uma visão estratégica e inovadora das pessoas envolvidas na gestão
empresarial, buscando vantagem competitiva por intermédio de uma melhor utilização do
processo produtivo.
Com base nas informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir, a respeito do sistema
produtivo just in time.
I. Estimula o desenvolvimento de melhorias constantes, não apenas dos procedimentos e
processos, mas também do homem dentro da empresa, o que permite desenvolver o
potencial humano dentro das organizações e ampliar a base de confiança obtida pela
transparência e honestidade das ações.
II. A implementação dos princípios da organização começa pela fábrica e suas repercussões
estendem-se por toda a empresa, o que caracteriza o princípio da visibilidade,
fundamentado no objetivo de tornar visíveis os problemas onde quer que possam existir.
III. Tem como objetivo administrar a manufatura de forma bem simples e eficiente, otimizando
o uso dos recursos de capital, equipamento e mão de obra, o que resulta em um sistema
capaz de atender às exigências do cliente, em termos de qualidade e prazo de entrega, ao
menor custo.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Gabarito: C
Comentário:
A proposição I tem relação com a segunda ideia básica do sistema Toyotista de produção: a
melhoria contínua (“kaizen”). “O just in time (JIT) fomenta o desenvolvimento de sistemas
internos que encorajam a melhoria constante, não apenas dos processos e procedimentos,
mas também do homem, dentro da empresa. A atitude gerencial postulada pelo JIT é: “nossa
missão é a melhoria contínua”. Isto significa uma mentalidade de trabalho em grupo, de visão
compartilhada, de revalorização do homem, em todos os níveis, dentro da empresa. Esta
mentalidade permite o desenvolvimento das potencialidades humanas, conseguindo o
comprometimento de todos pela descentralização do poder. O JIT precisa e fomenta o
desenvolvimento de uma base de confiança, obtida pela transparência e honestidade das
ações. Isto é fundamental para ganhar e manter vantagem competitiva” (ALVES, 1995).
A proposição II é falsa. O JIT emprega as ideias do programa 5S’s de melhoria da qualidade
e, neste contexto, na verdade o que começa pela fábrica e repercute por toda a empresa, é a
“organização do local de trabalho”, não a implantação dos princípios da organização
(missões e valores desta, por exemplo).
A proposição III se relaciona à terceira ideia do sistema JIT, que é “entender e responder às
necessidades dos clientes. Isto significa a responsabilidade de atender o cliente nos
requisitos de qualidade do produto, prazo de entrega e custo. O JIT enxerga o custo do cliente
numa visão maior, isto é, a empresa JIT deve assumir a responsabilidade de reduzir o custo
total do cliente na aquisição e uso do produto. Desta forma, os fornecedores devem também
estar comprometidos com os mesmos requisitos, já que a empresa fabricante é cliente dos
seus fornecedores. Clientes e fornecedores formam, então, uma extensão do processo de
manufatura da empresa” (ALVES, 1995).
Referências:
ALVES, J. M. O Sistema Just In Time Reduz os Custos do Processo Produtivo. In: IV
Congresso Internacional de Custos, UNICAMP, 16 a 20 de outubro de 1995. Disponível em:
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=32. Acesso em: 30 jun. 2019.
QUESTÃO Nº 12
Gabarito: A
Comentário: A lei de resfriamento de corpos de Newton diz que a taxa de variação (a derivada)
da temperatura de um corpo é proporcional à diferença entre a temperatura do corpo e a
temperatura ambiente, podendo ser esboçada pela equação diferencial dada em (1).
𝑑𝑇
= 𝑘 ∙ (𝑇 − 𝐴) (1)
𝑑𝑡
Contudo, como o resfriamento implica na redução gradual da temperatura, a equação deve ter
sinal negativo. Desta forma, reescreve-se a equação na forma da equação (2), eliminando as
alternativas B, D e E como candidatas a serem a resposta correta da questão.
𝑑𝑇
= −𝑘 ∙ (𝑇 − 𝐴) (2)
𝑑𝑡
Esta é uma equação diferencial ordinária que pode ser reescrita na equação (3).
𝑑𝑇
= −𝑘𝑑𝑡 (3)
𝑇−𝐴
Integrando ambos os lados da equação, encontramos (4).
1
∫ 𝑑𝑇 = ∫ −𝑘𝑑𝑡 → ln(𝑇 − 𝐴) = −𝑘𝑡 + 𝑐 (4)
𝑇−𝐴
Aplicando as propriedades do logaritmo, isto é, ln 𝑎 = 𝑥 ↔ 𝑎 = 𝑒 𝑥 , então podemos
reescrever a equação (4) da forma mostrada na equação (5).
𝑇(𝑡) − 𝐴 = 𝑒 −𝑘𝑡+𝑐 (5)
Passando a temperatura do ambiente 𝐴 para o segundo membro da equação e aplicando a
propriedade do exponencial 𝑎𝑛+𝑚 = 𝑎𝑛 ∙ 𝑎𝑚 , considerando que a base neperiana elevada à
constante 𝑐, resultará também em uma constante, aqui denominada 𝑄, reescrevemos:
𝑇(𝑡) = 𝑒 −𝑘𝑡 ∙ 𝑒 𝑐 + 𝐴 → 𝑇(𝑡) = 𝑄𝑒 −𝑘𝑡 + 𝐴 (6)
No início do resfriamento, quando 𝑡 = 0, a temperatura do corpo é 𝑇(0). Assim, substituindo
𝑡 = 0 em (6) temos (7):
𝑇(0) = 𝑄𝑒 −𝑘∙0 + 𝐴 (7)
Como o expoente da função exponencial resulta em zero, qualquer número elevado a este
valor será igual à unidade, então:
𝑇(0) = 𝑄 + 𝐴 ∴ 𝑄 = 𝑇(0) − 𝐴 (8)
Assim, substituindo o valor da constante 𝑄 na equação (6), teremos a equação (9), que é a
solução da equação diferencial do resfriamento de Newton, que confirma como resposta da
questão a alternativa (A).
𝑇(𝑡) = (𝑇(0) − 𝐴)𝑒 −𝑘𝑡 + 𝐴 (9)
Referências: -
QUESTÃO Nº 13
Os veículos espaciais apresentam estrutura externa constituída por um conjunto de blocos que
formam um escudo térmico, cuja função é proteger motores e demais componentes de
possíveis danos causados pelo calor, além de reduzir a temperatura interna do veículo.
Esses escudos térmicos são construídos com material:
A) metálico, dada sua leveza e elevada resistência ao calor.
B) polimérico, dada sua baixa resistência ao calor e à corrosão.
C) cerâmico poroso, dada sua elevada resistência mecânica à tração.
D) polimérico, em razão de sua alta massa específica e de sua resistência ao calor.
E) cerâmico poroso, em razão de seu baixo coeficiente de dilatação térmica e de sua baixa
condutividade térmica.
Gabarito: E
QUESTÃO Nº 14
B) E)
C)
Gabarito: A
Referências: -
QUESTÃO Nº 15
Suponha que determinado programa de computador seja executado por meio de 13 etapas,
com tempo médio de 50 segundos ao todo e dispersão relativa de 10% em torno da média.
Considere que uma equipe de engenharia propõe um novo algoritmo que reduz em 30% o
tempo de execução de todas as 13 etapas desse programa.
Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir, a respeito do tempo de execução do novo
algoritmo.
I. O tempo médio por etapa será de 32,5 segundos.
II. O desvio-padrão permanecerá inalterado.
III. A dispersão relativa em torno da média permanecerá inalterada.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Gabarito: B
Comentário:
A proposição I é falsa. A média dos tempos 𝑡𝑖 de execução das treze etapas do algoritmo
original é dada por:
𝑡1 + 𝑡2 + ⋯ + 𝑡13
𝜇0 = = 50 𝑠
13
Com o novo algoritmo, o tempo médio de execução de cada etapa reduz em 30%, então
podemos dizer que a média dos tempos de execução pelo novo algoritmo vale:
0,7 ∙ 𝑡1 + 0,7 ∙ 𝑡2 + ⋯ + 0,7 ∙ 𝑡13 𝑡1 + 𝑡2 + ⋯ + 𝑡13
𝜇𝑁 = = 0,7 ∙ = 0,7 ∙ 𝜇0 = 35 𝑠
13 13
Portanto, a média não é 32,5 s.
A proposição II também é falsa. O desvio padrão dos tempos de execução 𝑡𝑖 das treze etapas
do algoritmo original é dado por:
𝜎0
𝐶𝑉0 =
𝜇0
Para o novo algoritmo, termos:
𝜎𝑁 0,7 ∙ 𝜎0 𝜎0
𝐶𝑉𝑁 = = =
𝜇𝑁 0,7 ∙ 𝜇0 𝜇0
Portanto, a dispersão relativa dos dois algoritmos é exatamente a mesma. A alternativa correta
é a letra B.
Referências: -
QUESTÃO Nº 16
Gabarito: C
Comentário:
A respeito da recomendação feita sobre as lâmpadas, “uma lâmpada incandescente
comumente utilizada em residências é a lâmpada de 60 W. Em uma casa com 10 lâmpadas
ligadas em uma média de 6 horas diárias, por um período de cinco anos, estas lâmpadas
gastarão mais de 6.000 kWh, o que significa um grande consumo de energia elétrica
(ENERGIA LIMPA, 2009). As lâmpadas fluorescentes compactas de 15 W ou 18 W substituem
uma lâmpada incandescente de 60 W, porém com consumo em torno de 1.900 kWh,
considerando os mesmos padrões, bastante econômico quando comparada a incandescente
(ENERGIA LIMPA, 2009). Lâmpadas de LED equivalentes a 60 W da incandescente e a 15 W
da fluorescente necessitam apenas de 8 Watts para emitir luz, refletindo num gasto bem menor
que as demais, cerca de 1.000 kWh (ENERGIA LIMPA, 2009)” (SANTOS et al, 2015).
Os chuveiros, por sua vez, consomem grande quantidade de energia elétrica para aquecer a
água e a quantidade de corrente elétrica que entra no circuito dependerá da posição da chave.
Na indicação “inverno”, mais corrente elétrica percorre a resistência do chuveiro, de modo que
o consumo de energia é 30% maior, em média que na posição “verão”, portanto, utilizar o
chuveiro com a chave na posição inverno consome muito mais energia elétrica que utilizá-lo
com a chave na posição verão.
O ferro elétrico, tem funcionamento semelhante, mas consome muita energia a cada vez que
é acionado.
As tomadas múltiplas também devem ser evitadas porque sua sobrecarga, além de oferecer
risco de incêndio decorrente de curto-circuito, gera calor e desgaste dos fios.
Já os fios, devem ser utilizados no circuito com as bitolas adequadas conforme o
dimensionamento do circuito elétrico do qual fazem parte. Isto porque se com bitolas menores
que as necessárias, se submetidos a correntes maiores que as que conseguem suportar,
superaquecem.
Todas as recomendações feitas têm em comum a proposta de economizar energia por meio
da redução da energia elétrica convertida em energia térmica. Portanto, é correta a alternativa
C.
Referências:
SANTOS, T. S.; BATISTA, M. C.; POZZA, S. A.; ROSSI, L. S.. Análise da eficiência
energética, ambiental e econômica entre lâmpadas de LED e convencionais. Engenharia
Sanitária e Ambiental, v.20, n.4, out/dez, 2015, p. 595-602.
ENERGIA LIMPA. (2009) A reinvenção da luz. Revista Veja. Edição 2145 – ano 42 – n° 52.
30 de dezembro de 2009. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/radar/energia-limpa/.
Acesso em: 20 de junho de 2019.
CHUVEIRO NO MODO ‘VERÃO’ OU ‘INVERNO’ FAZ DIFERENÇA NA CONTA DE LUZ?
Disponível em: http://g1.globo.com/pernambuco/especial-publicitario/celpe/desligue-odesperd
icio/noticia/2016/05/chuveiro-no-modo-verao-ou-inverno-faz-diferenca-na-conta-de-luz.html.
Acesso em: 29 de junho de 2019.
QUESTÃO Nº 17
Gabarito: D
Referências: -
QUESTÃO Nº 18
O ensaio de flexão é utilizado em materiais frágeis ou de alta dureza, tais como cerâmicas
estruturais ou aços-ferramenta. Em uma de suas modalidades mais comuns, o ensaio de
flexão a três pontos, é provocada uma flexão ao se aplicar o carregamento em 3 pontos, o que
causa uma tensão de tração surgida no ponto central e inferior da amostra, onde a fratura do
material terá início.
Assumindo-se um comportamento de tensão-deformação linear, a tensão de flexão σ do
material pode ser obtida por meio da fórmula:
3𝐹𝑑
𝜎=
2𝑤ℎ2
em que 𝐹 é a carga, 𝑑 é a distância entre os pontos de apoio, 𝑤 é a largura do corpo de prova
e ℎ é a espessura do corpo de prova.
Considere dois corpos de prova A e B do mesmo compósito reforçado com fibras de vidro,
cuja resistência à flexão é de 290 MPa. O corpo de prova A tem o triplo de largura e a metade
da espessura do corpo de prova B e ambos são submetidos ao mesmo ensaio de flexão.
Nessa situação, qual porcentagem da força necessária para o rompimento do corpo de prova
B deverá ser aplicada ao corpo de prova A para que este também se rompa?
A) 50%.
B) 75%.
C) 100%.
D) 125%.
E) 200%.
Gabarito: B
Comentário: O enunciado informa que o corpo de prova A tem o triplo de largura e a metade
1
da espessura do corpo de prova B, isto é, 𝑤𝐴 = 3𝑤𝐵 e ℎ𝐴 = (2) ℎ𝐵 . Para que o corpo de prova
se rompa, a resistência à flexão do material deverá ser superada. Como os dois corpos de
prova foram produzidos com o mesmo compósito, então a ruptura deverá ocorrer na mesma
tensão, porém com forças diferentes em razão das seções transversais distintas de ambos.
Vejamos:
Escrevendo 𝜎𝐴 e 𝜎𝐵 em termos de suas dimensões, considerando as informações do
enunciado, temos:
3𝐹𝐴 𝑑 3𝐹𝐴 𝑑 𝐹𝐴 𝑑
𝜎𝐴 = = = (1)
2𝑤𝐴 ℎ𝐴2 ℎ 2
ℎ2
2(3𝑤𝐵 ) ( 2𝐵 ) 𝑤𝐵 2𝐵
3𝐹𝐵 𝑑
𝜎𝐵 = (2)
2𝑤𝐵 ℎ𝐵2
Igualando (1) e (2) para que a tensão de ruptura seja a mesma, temos:
𝐹𝐴 𝑑 3𝐹𝐵 𝑑 𝐹𝐴 𝑑 3𝐹𝐵 𝑑
2 = 2𝑤 ℎ2 ∙
1 𝑤𝐵 ℎ𝐵2 = ∙
2 𝑤𝐵 ℎ𝐵2
ℎ 𝐵 𝐵
𝑤𝐵 2𝐵 2
Dividindo os dois lados da igualdade pelo termo comum 𝑑/(𝑤𝐵 ℎ𝐵2 ), chegamos à condição:
𝐹𝐴 3𝐹𝐵
=
1 2
2
Após algumas simplificações e isolando 𝐹𝐴 , obtemos:
3𝐹𝐵 1 3𝐹𝐵
𝐹𝐴 = ∙ = = 0,75𝐹𝐵 = 75%𝐹𝐵
2 2 4
Assim, a força a ser aplicada no corpo de prova A deve corresponder à 75% da força aplicada
no corpo de prova B, de tal forma que a alternativa correta é a letra B.
Referências: -
QUESTÃO Nº 19
Gabarito: D
Referências: -
QUESTÃO Nº 20
Gabarito: D
Comentário: Os canteiros de obras, de acordo com a NBR 12.281, são áreas destinadas à
execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas
operacionais e áreas de vivência.
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.281 - Áreas de vivência em
canteiros de obras, Rio de Janeiro, 1991.
QUESTÃO Nº 21
Desde a década de 1960, utiliza-se o produto resultante da trituração de pneus para a adição
ao asfalto, o que é conhecido como asfalto modificado com borracha (AMB). Diversas
concessionárias de estradas utilizam o AMB também na manutenção dos pavimentos. No
dimensionamento de pavimentos flexíveis, considera-se o número de solicitações de um eixo-
padrão na vida útil do projeto, mas diversas condições podem determinar a antecipação de
sua vida útil, entre elas o excesso de cargas.
Em relação ao uso de pneus descartados na restauração de pavimentos flexíveis, é correto
afirmar que
A) as misturas betuminosas de AMB com maior fluência aumentam a vida útil do pavimento.
B) a utilização de AMB reduz riscos e a necessidade de precauções de segurança de
trabalhadores.
C) as misturas betuminosas de AMB de granulação aberta são indicadas para compor a capa
de rolamento.
D) a utilização de AMB aumenta a durabilidade do revestimento dos pavimentos e reduz a
necessidade de intervenções de manutenção.
E) quando utilizados no AMB, os agregados de granito apresentam maior adesividade ao
ligante asfáltico do que os agregados de basalto.
Gabarito: D
Comentário:
Em relação ao uso de pneus descartados na restauração de pavimentos flexíveis, é correto
afirmar que:
Na alternativa (A), as misturas betuminosas de AMB com maior fluência aumentam a vida útil
do pavimento. A utilização do AMB torna as misturas asfálticas mais viscosas, conforme a
figura a seguir, portanto diminuem a fluência.
QUESTÃO Nº 22
Com base nas figuras e considerando que Q1 = 10 kN/m e que as cargas estão concentradas
no meio do vão, avalie as afirmações a seguir.
I. A carga pontual P2 tem valor de 15,0 kN.
II. A carga uniformemente distribuída Q2 tem valor de 20,0 kN/m.
III. A reação vertical no apoio B tem valor de 30,0 kN.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Gabarito: B
Como se nota, Q1 atua até o meio do vão BC, então, determinando os cortantes à esquerda
e à direita de P1, temos:
𝑒𝑠𝑞
𝑄𝑃1 = 𝑄𝐵𝑑𝑖𝑟 − 𝑄1 ∙ 2 = 38,75 − 10 ∙ 2 = 18,75 𝑘𝑁
𝑑𝑖𝑟 𝑒𝑠𝑞
𝑄𝑃1 = 𝑄𝑃1 − 𝑃1 = 18,75 − 𝑃1 = −1,25 𝑘𝑁, então 𝑃1 = 20 𝑘𝑁.
Procede-se, então, ao cálculo dos cortantes à esquerda e à direita de C:
𝑒𝑠𝑞
𝑄𝐶 = −1,25 − 𝑄2 ∙ 2 = −41,25 𝑘𝑁, então 𝑄2 = 20 𝑘𝑁.
Então a proposição II é verdadeira. Assim, para finalizar a solução da questão, pode-se
utilizar o fato de que no meio do vão CD, temos momento positivo de 25 𝑘𝑁. 𝑚. Este momento
é o resultado da superposição do momento fletor negativo -30 𝑘𝑁. 𝑚 nos apoios C e D com os
momentos provocados por uma carga uniformemente distribuída Q2 e uma carga pontual P2.
Assim, tem-se a condição:
𝐿2 𝐿
−30 + 𝑄2 ∙ + 𝑃2 ∙ = 25
8 4
42 4
𝑄2 ∙ + 𝑃2 ∙ = 25 + 30 = 55
8 4
16
20 ∙ + 𝑃2 = 55 ∴ 𝑃2 = 55 − 40 = 15 𝑘𝑁.
8
Então, a proposição I é correta. Dessa forma, são corretas apenas as proposição I e II, de
modo que para acertar a questão, o estudante deveria marcar a alternativa B.
Referências:
MARTHA, L. F. Análise de Estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de Janeiro: Editora
Elsevier, 2ª tiragem, 2010, 524 p.
SORIANO, H. L. Análise de Estruturas: formulações clássicas. São Paulo: Editora Livraria da
Física, 1ª edição, 2016, 422 p.
QUESTÃO Nº 23
Sabe-se que, para as três alternativas, a geometria dos pórticos é idêntica em relação ao
comprimento dos elementos, e que os carregamentos uniformemente distribuídos nas vigas
têm a mesma intensidade. Além disso, considera-se um único tipo de perfil estrutural, tanto
para as vigas quanto para os pilares.
Nessas condições, a relação entre os momentos fletores (M) nos topos dos pilares e nas
extremidades das vigas é estabelecida por
A) 𝑀1 = 𝑀2 = 𝑀3 = 𝑀4 = 𝑀5 = 𝑀6 .
B) 𝑀1 = 𝑀2 < 𝑀3 = 𝑀4 < 𝑀5 = 𝑀6 .
C) 𝑀5 = 𝑀6 < 𝑀3 = 𝑀4 = 𝑀1 = 𝑀2 .
D) 𝑀3 = 𝑀4 < 𝑀5 = 𝑀6 < 𝑀1 = 𝑀2 .
E) 𝑀5 = 𝑀6 < 𝑀1 = 𝑀2 < 𝑀3 = 𝑀4 .
Gabarito: B
Comentário: Analisando os momentos fletores no topo e nas extremidades dos pilares, pode-
se observar que na alternativa 3 os momentos fletores serão maiores que aqueles que
ocorrerão nas alternativas 1 e 2, devido a que a viga, na região onde atua o carregamento,
está sujeita à flexão em torno do eixo de menor momento de inércia do perfil. Por sua vez, na
alternativa 1, os momentos fletores serão menores que os da alternativa 2, devido a que o
momento de inércia da viga, onde atua o carregamento, é maior que o momento de inércia
dos pilares. Finalmente, os momentos fletores na alternativa 2 se encontram entre os da
alternativa 1 e da alternativa 3, já que os momentos de inércia da viga e dos pilares são iguais.
Portanto, a resposta é a letra B.
Referências: -
QUESTÃO Nº 24
Gabarito: C
a proposição II correta. Na proposição III, não existe um círculo, de tal forma que os pares
[𝜎, 𝜏] são todos compostos por valores de tensão 𝜎 com 𝜏 = 0. Nesta condição, diz-se que o
solo está submetido apenas a uma pressão hidrostática, tornando a proposição III incorreta.
Por fim, na proposição IV, está representada uma situação na qual um ponto do círculo toca a
envoltória, configurando ruptura em plano único, solução possível no círculo de Mohr, de tal
forma que a proposição IV é correta. Assim, a alternativa que reúne as proposições corretas
é a D, já que foram corretas as proposições II e IV.
Referências: -
QUESTÃO Nº 25
Gabarito: B
Comentário: O número de golpes do SPT (NSPT) é definido como sendo a soma da quantidade
de golpes para penetração dos últimos 30 cm do amostrador. A tabela A mostra os valores do
NSPT desta análise do subsolo para cada metro de profundidade. Portanto a camada de silte
arenoso possui um NSPT variando entre 5 e 7 e a camada de argila arenosa variando entre 7 e
9. Analisando a Tabela 2 da questão 25, conclui-se que o silte arenoso é pouco compacto e a
argila arenosa é média. Assim, a resposta certa é a B: “silte arenoso pouco compacto e argila
arenosa média”.
Merece destaque o fato de que as tabelas fornecidas na questão estão erradas. Ao invés de
“argilas e siltes arenosos” na Tabela 2, deveria estar escrito “Argilas e siltes argilosos” como
está na tabela da ABNT NBR 6484:2001. Areias e siltes arenosos são solo granulares.
Portanto, falamos de COMPACIDADE (fofo a compacto). Argilas e siltes argilosos são solos
plásticos, portanto falamos da CONSISTÊNCIA (muito mole a dura).
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6484: Solo – Sondagens de
simples reconhecimentos com SPT - Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2001, 17 p.
QUESTÃO Nº 26
Gabarito: B
Comentário: Muros são estruturas de contenção de parede vertical ou quase vertical apoiadas
em uma fundação rasa ou profunda. A contenção do terrapleno se dá pelo peso próprio da
estrutura. Os muros podem ser construídos em seção plena, sendo denominados muros de
peso ou gravidade, ou em seção mais esbelta, sendo denominados muros à flexão. Os muros
à flexão requerem a inclusão de armadura para resistir aos momentos impostos pelo empuxo
do solo e podem ser projetados com ou sem contrafortes e/ou tirantes. É possível construir os
muros de arrimo com vários tipos de material: alvenaria (tijolos ou pedras), concreto, sacos de
solo-cimento, gabiões, pneus etc. (GERSCOVICH et al, 2016). Entre as opções de muros
fornecidas, apenas muro de gabião, muro de concreto ciclópico e muro de sacos de cimento
resistem ao empuxo horizontal exclusivamente pela ação do seu peso próprio. Portanto, a
alternativa B é a correta.
Referências:
GERSCOVICH, D.; DANZIGER, B. R.; SARAMAGO, R.. Contenções: teoria e aplicações em
obras. São Paulo: Oficina de Textos, 2016
QUESTÃO Nº 27
Gabarito: E
Comentário: Para determinar quantas vezes a vazão aumenta, mantida a perda de carga
unitária J se a tubulação tiver seu diâmetro quadruplicado, basta expressar a perda de carga
unitária J para o diâmetro inicial D, recalculá-la para um diâmetro quatro vezes maior, igualar
as duas expressões e isolar a vazão. Vejamos:
Perda de carga J para o diâmetro D antes do aumento do diâmetro:
𝐾𝑄𝐷2
𝐽𝐷 =
𝐷5
Perda de carga J para o diâmetro quadruplicado
2 2
𝐾𝑄4𝐷 𝐾𝑄4𝐷
𝐽4𝐷 = =
(4𝐷)5 (22 𝐷)5
Aplicando as propriedades da potenciação, temos:
2 2 2
𝐾𝑄4𝐷 𝐾𝑄4𝐷 𝐾𝑄4𝐷
𝐽4𝐷 = = =
(22 𝐷)5 (22∙5 ) ∙ 𝐷 5 210 ∙ 𝐷 5
O enunciado pergunta de quanto mudará o valor da vazão Q após quadruplicar o diâmetro se
for mantida a mesma perda de carga e os valores K, com n=2 e m=5. Então, basta igualar as
perdas de carga unitária antes e depois de quadruplicar o diâmetro, isto é:
𝐾𝑄𝐷2 𝐾𝑄4𝐷2
=
𝐷5 210 ∙ 𝐷 5
2
𝑄4𝐷
𝑄𝐷2 =
210
2
𝑄4𝐷 = 𝑄𝐷2 ∙ 210
QUESTÃO Nº 28
𝑄 = 𝐶𝑑 ∙ 𝐴(2𝑔𝐻)0,5
em que 𝐶𝑑 é o coeficiente de vazão ou de descarga do orifício e 𝑔 é a aceleração da gravidade.
A figura a seguir ilustra um orifício afogado de pequenas dimensões e parede fina.
Gabarito: A
Comentário: Porto (2001) diz que para propósitos práticos, a carga 𝐻 será assumida igual à
distância vertical desde a superfície livre do líquido até a linha de centro do orifício, se este for
vertical ou inclinado, ou até o plano do orifício, se este for horizontal. Os dois reservatórios
possuem, em relação à linha do orifício, cargas ℎ1 e ℎ2 , respectivamente, com ℎ1 = ℎ2 + ℎ.
Dessa forma, a carga será equivalente à diferença de nível entre os dois reservatórios, isto é,
ℎ.
Referências:
PORTO, R. M. Hidráulica básica. São Carlos: Editora da EEESC USP, 2ª Edição, 2001, p. 354.
QUESTÃO Nº 29
I. A zona de pressão é a área abrangida por uma subdivisão da rede, na qual somente as
pressões estáticas obedecem a limites pré-fixados.
II. O setor de manobra representa uma subdivisão da rede que pode ser isolada sem afetar o
abastecimento do restante da rede e tem por finalidade separar as águas fornecidas por
diferentes fontes, de forma a minimizar os problemas de qualidade da água.
III. O monitoramento do setor de medição permite o acompanhamento do consumo e das
perdas de água, por isso, na entrada dos setores de medição, deve haver macromedidores e,
nos consumidores finais, hidrômetros, o que permite a comparação entre a macromedição e a
micromedição, obtendo-se índices de perdas mais confiáveis para o gerenciamento.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Gabarito: D
Comentário:
A proposição I é falsa. Segundo o item 3.13 da ABNT NBR12218:1994, o setor de pressões é
a área abrangida por uma subdivisão da rede, na qual as pressões estática e dinâmica
obedecem a limites prefixados.
A proposição II é verdadeira. Segundo o item 3.2 da ABNT NBR12218:1994, setor de manobra
é a menor subdivisão da rede de distribuição, cujo abastecimento pode ser isolado, sem afetar
o abastecimento do restante da rede.
A proposição III é verdadeira. Segundo o item 3.3 da ABNT NBR12218:1994, o setor de
medição é a parte da rede de distribuição perfeitamente delimitada e isolável, com a finalidade
de acompanhar a evolução do consumo e avaliar as perdas de água na rede.
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12218: Projeto de rede de
distribuição de água para abastecimento público. Rio de Janeiro, 1994, 4f.
QUESTÃO Nº 30
Gabarito: D
Comentário:
O gráfico a seguir foi construído a partir dos dados da tabela fornecida no enunciado.
Observando o gráfico construído a partir dos dados, observa-se um volume 2.400 m³ entre as
estacas 0 + 0,00 a 3 + 0,00, outro de 3800 m³ entre as estacas 16 +0,00 e 18 + 0,00 e o último
de 4000 m³ entre as estacas 18 + 0,00 e 21 + 0,00. Os volumes são determinados pela
diferença entre as ordenadas dos pontos do intervalo considerado (+2.400-0)(0-(-
3.800))(+4.000-0). Todos os volumes mencionados são de corte devido a curva ser
ascendente nos trechos, observando no sentido do estaqueamento. Pode ser observado
também pela linha verde plotada no gráfico que, por estaca, mostra os volumes de aterro e a
laranja o corte, sendo acima da origem corte e abaixo aterro. Existe ainda um volume de aterro
de 6.200 m³ (-3.800 –(+2.400)) entre as estacas 7 + 10,00 e 12 explicado pela curva
descendente no sentido do estaqueamento e também observado pelas linhas indicando a
natureza dos volumes por estaca. A resposta considerada correta foi calculada pela soma das
áreas de corte de +2.400 m³, +3.800 m³ e +4.000 m³ igual a +10.200 m³. De acordo com o
enunciado não fica claro e nem foi mencionado que todo o corte deve ser considerado como
bota-fora. É comum fazer a compensação dos materiais de corte e aterro obtidos no projeto,
levando em conta uma distância de transporte econômica, e o excedente de corte é
considerado bota-fora. Assim, considerando o bota-fora de 10.200 m³ é necessário um
empréstimo de jazida no valor de 6.200 m³. Entretanto, analisando a posição de cada área de
corte em relação ao estaqueamento, e sem cálculo elaborado, e considerando o centroide da
primeira área na estaca 1, a segunda na estaca 17 e a última na 20, e para a área de aterro a
estaca 10, teremos as seguintes distâncias de transporte até esta última: 180m, 140m e 200m,
portanto todas menores do que a distância da jazida de empréstimo até a estaca de 8 + 15,00
no valor de 250 m. Portanto, a resposta da questão considerando todos os cortes como bota-
fora com valor igual a 10.200 m³ confunde o leitor, dado que é mais econômico usar o corte
de 2.400 m³, entre as estacas 1 a 3, e de 3.800 m³, entre as estacas 16 e 18, para a
compensação do aterro entre as estacas 7 + 10,00 e 12, conforme critério da distância de
transporte menor do que a da jazida. Portanto, a melhor resposta seria 4.000 m³ excedente da
compensação. No caso, considerando compensar o aterro de 6.200 m³, conforme resposta do
autor, teria que executar o empréstimo da jazida com uma distância de transporte acima de
250 m, maior do que as do bota-fora até o aterro. Esta condição seria uma boa solução caso
os materiais escavados não possuíssem características adequadas ao projeto e, portanto,
deveriam ser descartados em um local de recomposição de jazida e assim atenderia a solução
pensada pelo autor da questão que foi apresentada na prova.
Referências: -
QUESTÃO Nº 31
Atualmente, mais de 160 cidades pelo mundo implementaram 4200 km de bus rapid transit
(BRT) ou de corredores de ônibus de alta qualidade, que transportam, aproximadamente, 30
milhões de passageiros por dia.
Disponívem em: http://www.wri.org.
Acesso em: 18 jul. 2017 (adaptado).
Considerando os sistemas BRT, seu impacto socioecocnomico e ambiental e seu significado
na qualidade de vida dos habitantes urbanos, avalie as afirmações a seguir.
I. Um dos benefícios sociais importantes do BRT é a redução do tempo de viagem e de espera,
obtida pela criação de vias exclusivas para o tráfego dos ônibus do trânsito urbano, pelo
sistema de pré-tarifação, pela alta frequência do serviço e pelo gerenciamento do sistema de
semaforização.
II. Os sistemas BRT podem trazer melhorias para o meio ambiente por meio da redução das
emissões de gases poluentes – pelo uso de veículos com novas tecnologias, em substituição
aos modelos antigos, mais poluentes – e pela redução do VKT (vehicle-kilometers travelled),
ou quilometragem percorrida – pela utilização de veículos com alta capacidade.
III. Do ponto de vista econômico, conforme o grau de integração exigido com outros modais
de transporte, o custo de implantação de um sistema BRT e o custo operacional por passageiro
aumentam e, por consequência, o sistema torna-se inviável.
É correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Gabarito: C
Comentário:
I. Os tempos de viagem e de espera nos pontos de parada para atendimento são parâmetros
importantes na análise da eficácia de um sistema de transporte coletivo urbano. No caso
específico do BRT, devido à segregação dos ônibus do tráfego geral pelas faixas exclusivas
para circulação destes, a velocidade de operação aumenta consideravelmente e, em
decorrência disso, o tempo de viagem e de espera decrescem expressivamente. É inerente
ao BRT um sistema de bilhetagem eletrônica que possibilita a pré-tarifação, o que contribui
para agilizar a operação. A melhoria nestes parâmetros viabiliza o aumento da frequência de
atendimento na linha considerada. Somando-se a isso, a priorização da circulação dos ônibus
exige o emprego de sistemas eletrônicos que garantem o foco verde nos semáforos assim que
os ônibus se aproximam e, consequentemente, sensível melhoria na eficácia do sistema de
semaforização. Portanto, a AFIRMAÇÃO I é CORRETA.
II. Sob o ponto de vista ambiental, no BRT a emissão de poluentes é consideravelmente
reduzida pelo fato de ser um sistema que implica na utilização de veículos com características
físicas e design específico para o transporte de um número maior de pessoas, de maneira
segura e confortável, fabricados especialmente para o sistema, com tecnologia recente, como
também é o BRT, e que contemplam as exigências de um desenvolvimento urbano
sustentável, ou seja, com baixos níveis de ruído e de emissão de gases poluentes. Os veículos
que atendem o sistema BRT são de dimensões bem maiores que as dos ônibus convencionais,
são articulados ou até biarticulados e, portanto, tem maior capacidade de acomodação de
pessoas. Assim, utilizando-se veículos de alta capacidade pode-se transportar um número
bem maior de pessoas com deslocamentos menores. Logo, o VKT é reduzido
consideravelmente. Portanto, a AFIRMAÇÃO II é CORRETA.
III. A integração física do BRT se verifica com os modos carro e ônibus. Com o carro deve-se
garantir estacionamento para esses veículos individuais, o que já se verifica nos bolsões da
malha viária ou, em casos extremos, em estacionamentos localizados em áreas específicas
próximas às estações do BRT. Com os ônibus convencionais a integração ocorre, sem maiores
problemas, nas estações do sistema. Mas, no planejamento do BRT, todos esses aspectos
devem ser analisados previamente e, o sistema somente é implantado se for comprovada a
sua viabilidade econômica e financeira. Assim, considerando-se que o sistema apresenta
parâmetros de eficácia e eficiência contemplados pelas suas características, o BRT garantirá,
consequentemente, uma redução considerável no custo operacional do passageiro
transportado. Portanto, a AFIRMAÇÃO III é FALSA.
Assim, a alternativa que apresenta as afirmações corretas é a C.
Referências: -
QUESTÃO Nº 32
Nos últimos anos, a preocupação com o meio ambiente impulsionou o setor rodoviário a
desenvolver novas tecnologias no âmbito da pavimentação, como, por exemplo, as misturas
asfálticas mornas.
Sobre a utilização de misturas asfálticas mornas, avalie as asserções a seguir e a relação
proposta entre elas.
I. O uso de misturas asfálticas mornas resulta em menor emissão de poluentes ao meio
ambiente, em redução do consumo energético, em dissipação mais lenta de calor durante o
transporte entre a pista e a usina, e em menor exposição dos trabalhadores.
PORQUE
II. A viabilidade técnica das misturas asfálticas mornas é possível após a obtenção das
propriedades de trabalhabilidade e compactação em temperaturas menores em relação às
misturas a quente convencionais.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da
I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
Gabarito: B
Comentário: A asserção I diz respeito das vantagens ambientais das massas mornas no
processo de fabricação e na aplicação da mistura por parte dos trabalhadores. A asserção II
se refere a possibilidade de se ter uma mistura com propriedades mecânicas semelhantes as
misturas a quente, mas com a utilização de temperaturas menores sem prejuízo da qualidade
da massa.
A justificativa da asserção I se deve ao fato de que as temperaturas mais baixas na produção
de misturas mornas geram menores quantidades de poluentes lançados no ar e menor
quantidade de combustível utilizado na usinagem que deixa de ser queimado. Outro fator
ambiental se diz sobre a diminuição dos fumos de asfaltos a que os trabalhadores estão
expostos aliados a diminuição da temperatura de trabalho e ao odor.
A justificativa da asserção II se deve ao fato de se conseguir realizar a mistura ao se empregar
na composição da massa morna aditivos que permitem que os agregados não precisem ser
aquecidos a altas temperaturas para ocorrer a adesividade do ligante, em torno de 90ºC, ao
contrário da misturas a quente onde é necessário o uso da temperatura da ordem de 150ºC a
180°C. Sabe-se que as altas temperaturas têm efeito negativo sobre o asfalto e são capazes
de causar alterações reológicas substanciais no ligante, levando a um aumento de sua rigidez.
Por consequência, durante a vida de serviço do pavimento, a mistura asfáltica com este ligante
pode apresentar problemas precoces devido a trincamentos. Considerando-se todo o
processo de pavimentação, sabe-se que este envelhecimento do asfalto ocorre principalmente
durante a usinagem, devido aos maiores níveis de temperatura. Quando o ligante é mantido
em temperaturas acima de 150°C, mesmo que por tempos relativamente curtos (menores que
um minuto, como ocorre na usinagem), pode sofrer envelhecimento significativo com a
exposição ao ar e a perda de voláteis. Deste modo, a redução de temperatura nas misturas
mornas e semimornas poderia levar a um menor enrijecimento do ligante, tornando-o mais
flexível e resistente a trincas por fadiga em vida de serviço e elevando a durabilidade do
pavimento em longo prazo.
Referências:
Motta, Rosângela dos Santos - Estudo de misturas asfálticas mornas em revestimentos de
pavimentos para redução de emissão de poluentes e de consumo energético, São Paulo, 2011
QUESTÃO Nº 33
Gabarito: E
Comentário:
A questão trata da utilização da sobrelevação, também chamada de superelevação, nas
curvas de concordância horizontal com transição em espiral para contrabalançar os efeitos da
força centrífuga atuante nos veículos ao percorrerem essas curvas.
A sobrelevação é definida como sendo a declividade transversal da pista de rolamento nos
trechos em curva, orientada para o centro (lado interno) da curva, introduzida com a finalidade
de reduzir ou eliminar os efeitos das forças laterais atuantes nos veículos em movimento. Essa
declividade transversal da pista é medida em relação ao plano horizontal e expressa em
percentagem. O critério comumente utilizado para o posicionamento e distribuição da
sobrelevação é fazê-la passar do valor de sobrelevação zero, no início da curva de transição
(TS), até o valor da sobrelevação plena a ser adotada no trecho circular, variando linearmente
ao longo e até o final da curva de transição (CS).
Análise das alternativas:
a) Incorreta: a sobrelevação é implantada tanto no trecho circular quanto no trecho em espiral,
sendo constante no trecho circular e linearmente variável no trecho em espiral.
b) Incorreta: a sobrelevação faz os veículos se inclinarem para o lado interno e não para o lado
externo da curva.
c) Incorreta: a sobrelevação não é constante ao longo da curva de transição, mas sim
linearmente variável ao longo desta.
d) Incorreta: como pode ser observado na fórmula apresentada no enunciado da questão,
quanto menor for o raio da curva ou maior a velocidade, maior será o valor da força centrífuga
a atuar no veículo o que reduz o nível de segurança ao tráfego.
e) Correta: o ponto (TS) e o ponto (CS) são respectivamente o início e o final da curva de
transição. Como comentado acima, estes pontos são referências para o trecho onde ocorre a
variação do valor da sobrelevação, ou seja, para o acréscimo ou decréscimo das cotas do
bordo externo da via nos trechos de transição, sendo esta, portanto, a alternativa correta.
Referências: LEE, S. H. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. 4ª ed. Florianópolis: Ed.
da UFSC, 2013, Capítulo 5, item 5.2 e Capítulo 6, item 6.5.1.2
QUESTÃO Nº 34
Gabarito: D
𝐹
𝜎1 𝜋𝐷22 𝐹 𝜋𝐷22 1
= = ∙ = ∴ 𝜎1 = 0,25𝜎2
𝜎2 4𝐹 𝜋𝐷22 4𝐹 4
2
𝜋𝐷2
A proposição III é verdadeira, uma vez que a deformação longitudinal elástica corresponde
à variação de comprimento da barra relativamente ao comprimento inicial. Para que o cálculo
seja válido, é necessário que a força seja inferior à força na qual inicia a plastificação, uma vez
que nesta fase, a força se mantém constante enquanto as deformações aumentam.
Portanto, são corretas as proposições II e III (alternativa D).
Referências: -
QUESTÃO Nº 35
Gabarito: B
Marchioni e Silva (2011) apontam que sempre haverá um potencial de permeabilidade por
meio das juntas, o atendimento da distribuição granulométrica recomendada, possibilita atingir
o coeficiente de permeabilidade dos agregados na ordem de 3,5 ∙ 10−3 𝑚/𝑠, o que garante um
eficaz funcionamento do sistema.
Desta forma, B é a alternativa correta.
Referências:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Execução e Manutenção
de Pavimento Intertravado. Disponível em: http://www.rpu.org.br/Pavimento%20intertravado
%20%20execu%C3%A7%C3 %A3o%20e%20manuten%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em
03 de jul. 2013.
MARCHIONI, Mariana, SILVA,C.O., Pavimento Intertravado Permeável - Melhores
Práticas São Paulo, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), 2011.