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Relatório de GEO-36
Ensaio de determinação do coeficiente de permeabilidade de solos
granulares à carga constante
Componentes do grupo:
Alessandro Pimentel Mesquita
Rafaella Carmo dos Santos
Samara Cavalcante Lemos
Professores:
Paulo Hemsi e Schiavon
Sumário
1 Introdução 3
2 Materiais e métodos 4
3 Resultados 6
4 Conclusão 9
5 Referências Bibliográficas 10
1 Introdução
Tais instrumentos foram aferidos e se enquadram nos seguintes critérios, regidos pela
norma ABNT NBR 13292 [2]:
2. O Reservatório com filtro para manutenção de carga constante deve ser dotado de
um filtro, constituı́do por uma camada de areia fina, para retenção de parte do ar
contido na água de alimentação do sistema.
3. Funil: deve ser utilizado um funil grande, dotado de um bico com comprimento
superior à altura total do permeâmetro. O diâmetro do bico deve ser de 13 mm ou
25 mm, respectivamente, caso a dimensão dos grãos maiores seja de 2,0 mm ou 9,5
mm
4. Bomba de vácuo: deve ser utilizada uma bomba de vácuo capaz de aplicar um vácuo
de no mı́nimo 67 kPa (50 cm Hg).
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6. Peneiras: As peneiras devem ser de 19,0 mm, 9,5 mm, 2 mm e 0,075 mm.
7. Balanças: devem ser usadas balanças que permitem pesar nominalmente 2 kg, 10 kg
e 40 kg, com resoluções de 1 g, 2 g e 5 g, respectivamente, e que tenham sensibilidades
compatı́veis.
Q
v= (1)
St
H
i= (2)
L
2 Materiais e métodos
1. Permeâmetro
3. Funil
5. Bomba de vácuo
6. Tubos manométricos
7. Balanças
8. Barra de calibração
9. Peneiras
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Figura 1: Permeâmetro tipo 1.
material é submetido à uma peneira de 19 mm, cujo material passante deve ser suficiente
para preencher de forma homogênea o permeâmetro tipo 1, mostrado na figura a seguir:
A altura do corpo de prova será dada por A1 −A2 e sua massa será dada por M1 −M2 ,
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em que M2 é a massa restante na bandeja após a formação do corpo de prova. Em seguida,
o material granular é adicionado seguido do prato superior do permeâmetro. As ligações
no permeâmetro são então realizadas de acordo com a figura 3 e a realização do vácuo é
efetuada com o auxı́lio de uma bomba de vácuo a a partir de uma pressão crescente até
67 kPa. Após a aplicação do vácuo, abre-se a válvula da base para a saturação do solo
de modo a maximizar o gradiente hidráulico e, por fim, a redução gradual do vácuo até
que ele se anule.
3 Resultados
Foi analisada a vazão para dois casos de diferença de carga hidráulica, obtida pela
diferença entre as alturas indicadas no piezômetro da válvula superior e inferior do cilindro,
tais medidas estão apresentadas nas tabelas 1 e 3. Para cada um desses casos houve duas
medidas de vazão a partir dos valores de tempo de escoamento e massa de água liberada
nesse perı́odo. Tais dados se encontram nas tabelas 2 e 4 .
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Tabela 3: Dados do piezômetro para o caso de menor diferença de carga hidráulica
H maior (m) H menor (m) Diferença de carga
0,155 0,104 0,051
Fonte: Os autores
Além disso, a velocidade obtida será multiplicada por um fator de ajuste devido
à temperatura baseado na tabela da figura 3 para ser obtido a velocidade equivalente a
20ºC.
i = ∆H/L
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Figura 3: Tabela de conversão de velocidades baseado na razão de fatores de viscosidades
da água em diferentes temperaturas
Percebe-se que os valores estão coerentes com a teoria geotécnica referente à in-
fluência da carga hidráulica na intensidade da vazão, visto que para menores gradientes
hidráulicos, a vazão e velocidade são menores.
V20C = k20C · i
Sua natureza linear abrangendo a origem é assegurada pela teoria geotécnica [3] de
percolação que informa a dependência linear da vazão com o gradiente hidráulico sem a
presença de termos independentes.
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Figura 4: Aproximação linear da relação entre velocidade de percolação ajustada e
gradiente hidráulico
4 Conclusão
Por meio da prática experimental realizada, foi possı́vel a determinação com êxito
de parâmetros que possibilitaram o cálculo do coeficiente de permeabilidade da amostra
estudada, conforme a norma ABNT NBR 13292 [2]. O uso da norma atestou a qualidade
do ensaio, possibilitando a identificação de dados destoantes, a avaliação do resultado
obtido e a padronização da metodologia abordada.
Além disso, controles rigorosos de tempo e de processos levaram à uma maior con-
fiabilidade dos resultados obtidos, com ressalva para eventuais divergências de medições
decorrentes de operadores de instrumentação distintos, mas que, entretanto, não causaram
mudanças significativas.
Atesta-se, portanto, que o ensaio cumpriu com exatidão sua proposta inicial, apre-
sentando resultados coerentes com a teoria do assunto abordado, sendo uma prática ex-
perimental fundamental no ensino da disciplina GEO-36 (Engenharia Geotécnica I).
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5 Referências Bibliográficas
[1] NOGUEIRA, J. B. Mecânica dos Solos: Ensaios de laboratório. São Carlos, 2005.
[3] PINTO, C.S. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. 2. ed. com exercı́cios
resolvidos. São Paulo, 2002. 355 p.
[4] Haynes, William M.,, et al. CRC Handbook of Chemistry and Physics: A Ready-
reference Book of Chemical and Physical Data. 2016-2017, 97th Edition / Boca Ra-
ton, Florida, CRC Press, 2016.
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