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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

NBR 13292: DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE DE


SOLOS GRANULARES À CARGA CONSTANTE

Goiânia
2023
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

NBR 14545: DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE DE


SOLOS GRANULARES À CARGA VARIÁVEL

Relatório entregue ao professor João Carlos de Oliveira,


como atividade avaliativa da disciplina de Mecânica dos Solos II.

Sara Matos dos Santos


1. Introdução:

Este relatório tem como objetivo descrever e conceituar as etapas e resultados


referentes ao ensaio de permeabilidade de solos granulares à carga constante, regido
pela Norma NBR 14545, realizado no dia 15/08/2023, no Instituto Federal de Goiás –
Câmpus Goiânia, pelo Técnico do laboratório de mecânica dos solos Alexandre.

O coeficiente de permeabilidade é uma constante de proporcionalidade relacionada


com a facilidade pela qual o fluído “escoa”, estando então, relacionado com a
capacidade de escoamento, viscosidade, do solo.
O ensaio de carga variável é indicado para solos argilosos e silto-argilosos de baixa
permeabilidade. Alguns fatores podem influenciar a permeabilidade tais como:
temperatura, estrutura, índice de vazios, homogeneidade, tamanho dos grãos e grau
de saturação.
O ensaio de determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos à carga
variável fundamenta-se na lei de Darcy, pressupondo, portanto, a existência de
proporcionalidade direta entre as velocidades de percolação e os gradientes
hidráulicos. Admite-se, adicionalmente, a continuidade do escoamento, sem variações
de volume do solo, durante o ensaio, e a saturação total do corpo de prova.
Este ensaio para obtenção do coeficiente de permeabilidade pode ser realizado
utilizando-se dois métodos: o método A e o método B. No método A, utiliza-se a
contrapressão, o que assegura uma efetiva saturação do corpo de prova e, portanto,
o seu uso é o mais recomendável, uma vez que o coeficiente de permeabilidade
decresce com o aumento da quantidade de ar presente no material.
O segundo ensaio Método B consiste em moldar o corpo de prova indeformado ou
compactado para ser instalado em câmara de parede rígida, o processo de montagem
envolve a utilização de elementos de vedação de baixa permeabilidade, comumente
utilizado a parafina para envolver o corpo de prova e a bentonita para confinar o corpo
de prova as paredes do permeâmetro. A aplicação das cargas é feita por , cuja a
obtenção da vazão é obtida através da variação da coluna em intervalos de tempo.
2. Materiais e equipamentos:

- Permeâmetro;

- Reservatório com filtro;


- Funil;
- Sapata metálica de 5cm de diâmetro (para compactação, caso necessário);
- Bomba de vácuo;
- Tubos manométricos;
- Balanças;
- Barra de calibração;
- Peneiras;
- Reservatório de água;
- Concha metálica;
- Termômetro;
- Cronômetro;
- Proveta de vidro (com capacidade de 250 cm e resolução de 2 cm³);
- Repartidor de amostras;
- Bandejas metálicas;
- Paquímetro.
- Bureta
3. Procedimentos:

O método de ensaio consiste em manter a vazão constante para variação de


incrementos de gradiente hidráulico, durante o ensaio consiste preenche-se o
permeâmetro de carga constante na condição de compacidade desejada e depois,
usando o vácuo, elimina-se o ar. Em seguida é realizada a saturação do corpo de
prova e após a saturação são ajustadas as válvulas manométricas para validação do
equilíbrio do sistema. Quando alcançado o equilíbrio, é aplicada variação de gradiente
e realizada as medições de vazão, temperatura e da variação da altura manométrica
entre base e topo do corpo de prova.

 Determina-se o diâmetro interno do tubo de carga;


 Permite-se que a água percole pelo corpo de prova durante algum tempo;
 Após a saturação do corpo de prova, inicia-se o ensaio;
 Realiza-se a leitura inicial na escala do tubo manométrico (hi);
 Faz-se variar a carga hidráulica, e realiza-se a contagem de tempo com o
auxilio do cronômetro, a partir da leitura inicial do tubo de carga.
 Quando o volume d’água atingir um plano da marca inferior no tubo de carga,
para-se a contagem do tempo e realiza-se a leitura final (hf)
 Repete-se os últimos itens, pelo menos 3 vezes.
 Após desmontagem do corpo de prova, retiram-se amostras do seu interior (em
posições diferentes) para a determinação de pelo menos 3 teores de umidade.
4. Cálculos e resultados

Antes de iniciar o ensaio deve ser calculado a altura, diâmetro, área, volume,
massa e teor de umidade do corpo de prova, além de medir o diâmetro e altura da
bureta. Depois, calculam-se os índices físicos.
- O coeficiente de permeabilidade é calculado pela seguinte equação:
K = 2,3 * a * L * log h1
A*t h2

Onde:
k = Coeficiente de permeabilidade (cm/s);
a = Área interna do tubo de carga (cm²);
hi = Altura da carga no instante inicial (cm);
hf = Altura da carga no instante final (cm);
L = Altura do corpo de prova (cm);
A = Área da secção do corpo de prova (cm²);
t = Tempo decorrido para a água percolar no corpo de prova, na variação da carga,
(s)

Feito isso, é calculado o coeficiente de permeabilidade a temperatura de 20°C


(k20), através da relação:
k20 = kt * nt
n20

Onde:
k20 = Coeficiente de permeabilidade a 20º C;
kt = Coeficiente de permeabilidade a temperatura T em que é realizado o ensaio;
n20 = Viscosidade do fluido na temperatura de 20º C, que corresponde a 0,01005;
nT = Viscosidade do fluido na temperatura T.

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