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FERTILIDADE DO SOLO
Carga horária: 60 horas
Prof.: Eng. Agr. Márcio S. de Oliveira – 28.01.2021
Apresentação
Módulos do Curso e Suas Cargas Horárias
Módulo Carga Horária
1 Introdução 2
2 Formação e Classificação do Solo 3
3 Água no Solo e na Planta 3
4 Degradação e Erosão 4
5 Prevenção a Erosão e Recuperação de Áreas Degradadas 3
6 Manejo do Solo – do preparo aos sistemas de cultivo 4
7 Sistemas de Agricultura 3
8 Revisão AV1 2
9 Amostragem do Solo 4
10 pH do Solo 2
11 Calagem e Adubação 4
12 Interpretação de análise do solo 9
13 Recomendação de Corretivos e Adubos 9
14 Nutrição Mineral das Plantas 6
15 Revisão AV2 2
Carga Horária Total 60
1
Orientações Gerais
Faltas
A legislação brasileira permite que o aluno seja aprovado com o mínimo de 75% de
presença nas aulas, portanto o mesmo poderá ter 25% de falta em toda a disciplina. Sendo
uma disciplina de carga horária total de 60hs o aluno poderá ter 12hs de falta sem
justificativa e cumprindo o requisito nota, estará aprovado.
Comportamento
O aluno deverá respeitar o prazo para a entrega dos trabalhos, que serão marcadas com
antecedência pelo professor, o não comprimento do prazo implicará ao não recebimento
do trabalho e perca da nota.
Aparelhos eletrônicos como celulares, notebook, tablet entre outros não necessários a aula
deverão permanecer desligado ou em modo SILENCIOSO durante o horário das aulas.
Em dia de avaliação ou apresentação de trabalho, indispensavelmente os aparelhos devem
estar desligados, caso não estejam desligado e perturbem o cumprimento dos mesmos, a
avaliação será retirado do aluno e sua nota ficará igual a zero (0). Ou utilização mediante
autorização em caso de prova a distancia está recomendação ficara suspença.
Dica Final
Evitar o entra e sai da aula, esta atitude pode atrapalhar a aquisição do conteúdo pelos
colegas e até mesmo atrapalhar ao professor. Desde já você está ciente do seu
COMPROMISSO com as aulas e está ciente dos seus horários. Portanto, evite marcar
qualquer outro compromisso neste mesmo horário. Ou sair para resolver problemas de
matrícula. Está recomendação também é valida para aulas a distância.
Módulo 1. Introdução
3
Daniela Amorim
Do Estadão,
O ser humano e animais em geral não são seres autotróficos (ser vivo que produz
o seu próprio alimento através da fixação biológica de carbono por meio de fotossíntese
ou quimiossíntese), então precisamos de outra fonte de alimento para podermos ingerir
os nutrientes necessários para nossa manutenção e desenvolvimento.
Pensando rapidamente, e observando as imagens a cima, exemplificando pratos
saborosos, podemos deduzir que está simples, tem salada em todos os pratos, isso é um
exemplo claro de se alimentar da planta, entretanto podemos observar também, o
hambúrguer e o churrasco, carne, o melhor exemplo de planta transformada que podemos
ter, além disso temos o óleo que foi utilizado para o cozimento e até mesmo o azeite
4
extraído da oliva para temperar a salada.
No geral, se analisarmos as plantas regem toda a alimentação do planeta, sem o
cereal não fabricamos ração que é chamado em geral como alimento concentrado (por
possuir um auto teor de proteína) e sem os vegetais não temos a pastagem, o volumoso,
sem alimento para os animais, não temos a carne, mas também não temos o leite nem os
ovos, estamos exemplificando apenas as matérias primas, imagina agora se não temos o
leite, o ovo e o trigo processado (farinha), não temos o bolo, pão, salgadinhos e outros
que está em sua mesa pela manhã.
Com esta simples reflexão vemos a importância de cuidarmos das nossas lavouras,
para alimentarmos o mundo com as plantas de forma direta ou indireta (subprodutos), e
vimos a necessidade de aumentarmos a produção, mesmo que não aumentemos a área
cultivada.
Apesar das plantas serem seres autotróficos elas necessitam de nutrientes para um
bom desenvolvimento, estes nutrientes em geral estão presentes no solo, sendo o solo a
fonte de alimentação nutricional para as plantas. Com isso, as plantas precisam se nutrir,
para que possam alimentar o mundo.
Para que possamos atingir todos os objetivos no cumprimento de alimentação
populacional, é preciso produzir, e para que se produza, temos fatores importantes da área
de produção vegetal que necessitam andar de mãos dadas.
6
No final dos 5 anos, o pesquisador retirou o solo e a planta do vaso e novamente
aferiu seus pesos, agora a planta estava com 82kg e o solo com 149,820kg, ou seja 180g
a menos de solo do que o do início do experimento, essa perda de solo foi atribuída a
perdas acidentais ocorridas nos 5 anos.
Ainda neste período, o naturalista Woodward realizou experimentos no qual
utilizou de diferentes fontes de água para irrigar vasos, dentre as fontes utilizadas para a
irrigação estavam, água de torneira, água da chuva, água de enxurrada e liquido de esgoto.
Este pesquisador observou que quanto mais suja a agua estava, mais as plantas se
desenvolviam, concluiu então que a terra e não a agua era o material formador das plantas.
Nos anos de 1775 e 1776, o dióxido de oxigênio (O2) foi descoberto por Joseph
Priestley que ainda percebeu que as plantas o emitia, o fisiologista e químico holandês
Ingenhouz, observou em seus ensaios que a luz era essencial para a liberação de O2 pelas
plantas.
Ocorreram grandes avanços nas descobertas no século XIX. Saussure observou
que as plantas conseguiam obter o carbono (C) do CO2 atmosférico, e que o hidrogênio
(H) e o oxigênio (O) eram assimilados na mesma proporção que estava na molécula de
água (2:1). Pode observar ainda que a massa seca das plantas era devido ao C, H e O
absorvido pelas plantas, ainda observou que as raízes das plantas absorviam elementos
derivados do solo, que são importantes para o desenvolvimento das mesmas.
Neste mesmo período Boussingault realizou experimentação a campo, e com isso,
comprovou que o solo é o fornecedor de minerais indispensáveis a vida das plantas, ainda
realizou trabalhos com solução nutritiva.
Em meados de 1840, Liebig, químico e inventor alemão, observou que elementos
minerais não estão casualmente presentes nas plantas, mas que são necessários para as
mesmas. Pode observar que as plantas necessitam de ao menos 10 elementos minerais:
C, H, O, nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre
(S), e ferro (Fe). Com exceção do C, H e O, os demais nutrientes citados provem do solo.
Este químico ainda constatou que espécies de plantas diferentes necessitam de
quantidades diferentes dos elementos, observou que os solos também tem diferença na
concentração destes elementos, alguns solos são deficientes em algum elemento mas o
químico observou a possibilidade de correção da concentração do nutriente através da
adubação, por fim ele constatou que os húmus não são utilizados diretamente pela planta,
mas, que estes húmus são fonte de nutrição para as mesmas.
No ano de 1843 os pesquisadores Lawes e Gilbert criaram a estação experimental
de Rothamsted, na Inglaterra, nesta época iniciaram trabalhos sobre fertilidade do solo e
nutrição de plantas, o interessante desta informação é que seus trabalhos forma
continuados por outros pesquisadores e até os dias atuais estão sendo realizados estes
trabalhos na área experimental.
Sachs e Knop, iniciaram trabalhos com solução nutritiva no ano de 1860,
estudaram a composição química da solução do solo como fonte principal de nutrientes
disponíveis para absorção pelas raízes das plantas. Em 1830 os pesquisadores já haviam
listado alguns elementos essenciais para as plantas, dentre os elementos presentes na lista
destacavam-se 10 elementos que são C, H, O, N, P, K, Ca, Mg, S e Fe. No ano de1954
foi estabelecido que haviam 16 elementos, adicionando a esta lista o manganês (Mn),
cobre (Cu), zinco (Zn), molibdênio (Mo), Boro (B) e o cloro (Cl).
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Contribuindo com as descobertas na área de fertilidade e nutrição de plantas várias
descobertas ocorreram, como a realizada por Epstein em 1972, que observou a presença
de carregadores de íons-enzima oriundas do substrato, o pesquisador pode ainda observar
a cinética enzimática, Marschner em 1991, observou a exsudação, os microrganismos, as
alterações no pH, o potencial redox e a disponibilidade de macro elementos,
microelementos assim como a presença de elementos tóxicos a planta. Barber em 1995
compreendeu o mecanismo de absorção radicular das plantas. Entre os contribuidores que
tivemos para o conhecimento adquirido sobre a fertilidade do solo e nutrição das plantas
ainda destacam-se os pesquisadores Mengel, Malavolta e Raij, que realizaram inúmeras
publicações que são até hoje utilizadas para a compreensão e tomada de decisão no setor
de nutrição de solos.
Os elementos de plantas atualmente são definidos em grupos de essencialidade.
Basicamente podemos dizer que temos três grandes grupos de elementos de plantas,
alguns elementos são essenciais, essa essencialidade se faz pois sem este elemento a
planta não desenvolve seu ciclo de vida. Dentre os elementos essenciais temos os
elementos minerais que são: N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn. Outros
elementos essenciais para as plantas são o C, H e O, entre tanto estes últimos três são
considerados como elementos orgânicos.
Os elementos úteis são elementos no qual a planta consegue viver sem, entretanto
a sua presença contribui no desenvolvimento, produção e até mesmo para se tornar mais
resistente a pragas e moléstias. Entre os elementos úteis temos: cobalto (Co), selênio (Se),
silício (Si) e sódio (Na).
Um outro grupo de elementos são os tóxicos, estes elementos são ruins para as
plantas, podem, dependendo da concentração na solução do solo até levar as plantas a
morte. Entre os elementos tóxicos temos o chumbo (Pb), arsênio (As), bário (Ba), cádmo
(Cd) e o alumínio (Al).
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Questões de fixação
4 – Quais são os elementos úteis para as plantas que são considerados orgânicos e
não minerais?
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Módulo 2. Formação e Classificação do Solo
Entende-se que os solos são uma grande fonte de recurso natural renovável. Com
grande utilização pelas atividades humanas para fins econômicos, tendo grande
importância nas práticas agrícolas e pecuárias para a geração de alimentos para toda a
sociedade.
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Com toda esta importância já conhecida, se pararmos para uma rápida análise
surge uma pergunta bem simples.
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Como visto anteriormente os solos são formados a partir da decomposição de
grupos rochosos, esta rocha originária dos solos é conhecida como rocha mãe. A
decomposição da rocha mãe ocorre pelos agentes do intemperismo (água, vento, clima,
degelo, insolação entre outros) e é lenta, leva muito tempo para que haja o desgaste e
fragmentação da rocha, inclusive neste momento este processo está ocorrendo. Para um
melhor entendimento a rocha começa a se quebrar, logo um pedaço grande se torna menor
e assim por diante até que suas partículas fiquem bem pequenas.
Com o tempo ocorre acumulo de material orgânico na superfície, sobre tudo sobre
os fragmentos de rochas que, estando muito pequenos compõem o que conhecemos como
solo recém formado. Este material orgânico decompõe-se e aos pouco ajudo no
enriquecimento deste solo. Mesmo após a formação do solo na camada superior, o
processo de desgaste da rocha continua, e com isso são formado solos mais profundos.
O solo, em estágio avançado de formação, passa a contar com uma profundidade
em seu perfil, os níveis de profundidade do perfil do solo são conhecidos como
“horizontes do solo”, além de apresentarem uma camada mais superficial orgânica
propícia para o plantio e a existência de vegetação.
O processo descrito pode ser visualizado no esquema a baixo, para que haja uma
melhor compreensão da formação dos solos.
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Contudo, podemos definir que solo é:
”Uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, liquidas e
gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos que
ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta,
contém matéria viva e podem ser vegetados na natureza onde ocorrem, e eventualmente,
terem sido modificados por interferência antrópica.” (SANTOS et.al, 2006)
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Este níveis categóricos são um conjunto de classes definidas segundo atributos
diagnósticos em um mesmo nível de generalização. O primeiro nível é denominado como
ordem, o segundo como subordem, o terceiro é caracterizado como grandes grupos, o
quarto nível é o subgrupos.
Dentre as principais ordens de solo existentes no território brasileiro temo:
Argissolos, Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Organossolos,
Luvissolos, Neossolos, Nitossolos, Planossolos, Plintossolos, Vertissolos e Latossolos.
Na região dos Cerrados brasileiros, a maior presença são de Latossolos e
Neossolos, podendo também haver outros tipos de ordens, entretanto os citados estão
como ordens predominantes neste bioma.
Os Latossolos são solos muito antigos, em geral, são solos homogêneos com
pouca diferenciação entre seus horizontes, geralmente ausente de horizonte A,
reconhecido facilmente pela cor quase homogênea do solo com a profundidade. O
horizonte B é extenso, tornando estes solos profundos, fáceis de serem mecanizados, são
bem drenados e com baixa capacidade de troca de cátions (CTC), possuem textura média
ou mais fina (argiloso, muito argiloso), e com mais frequência são solos pouco férteis. Na
figura abaixo podemos ver três diferentes perfis de latossolos.
Cor – Tem relação com a formação dos solos, normalmente solos com cores
avermelhadas indicam uma formação em regime climático mais seco; já as cores
amareladas indicam que esta formação ocorreu num regime mais úmido que o anterior; e
solos com cores pálidas ou acinzentadas indicam saturação por água (hidromorfismo) que
também pode ser caracterizada por mosqueados (pigmentações) vermelhas e amarelas ao
longo do perfil.
Hidromorfismo – Refere-se à superficialidade do lençol freático, indicando que
o solo está permanentemente ou sazonalmente saturado por água. Normalmente os solos
com esta característica, conforme já citado, tem coloração pálida ou acinzentada podendo
apresentar mosqueados; outro fator indicativo desta característica é a deposição de
material orgânico, que deixa a coloração dos solos muito escura, praticamente preta. Solos
com esta característica tem uma elevada fragilidade ambiental, recomendando-se na
grande maioria das vezes destiná-los à preservação.
Potencial Hidrogênio (pH) – Indica a acidez dos solos, tem relação direta com a
fertilidade, e consequentemente com a produção agrícola, pode ser facilmente corrigido
por meio de calagens (aplicação de calcário).
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Textura – Refere-se à proporção dos particulados do solo determinados de acordo
com suas dimensões (granulometria): areia (mais grosseira), silte (intermediário) e argila
(mais fina). Influi na velocidade de infiltração e na capacidade de retenção de água no
solo, em decorrência da porosidade.
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Considerações Finais
A atmosfera do solo tem teores mais baixos de oxigénio e mais altos de vapor de
água e dióxido de carbono, por comparação com a atmosfera. Um bom arejamento do
solo é indispensável para a respiração das raízes e organismos do solo. Em solos
compactados, com baixa porosidade, ou em solos alagados, geram-se condições de
anaerobiose (baixo potencial redox) que são toleradas apenas por algumas plantas e
organismos.
A gênese do solo envolve a alteração de minerais primários e a formação de
secundários, e origina camadas com diferentes cores e características, designadas por
horizontes do solo. Os pedologistas estudam seções verticais do solo (perfis) que expõem
os vários horizontes, para classificarem o solo.
Existem diversas nomenclaturas do solo, mas a classificação FAO, aceita por
todos os investigadores, permite dividir os solos existentes no globo em 28 unidades
principais.
Questões de fixação
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2 – O que é potencial hidrogênio dos solos?
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Módulo 3. Água no Solo e na Planta
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A água ocupa cerca de 70% do planeta Terra e circula continuamente entre a Terra
e a atmosfera, em diferentes estados (sólido, liquido ou gasoso). A água em estado sólido
está presente na forma de gelo no pico das montanhas e em outros locais do planeta, com
o aumento da temperatura ou mudança de estação, este gelo muda de estado se tornando
liquido, este fenômeno é conhecido como degelo. Esta água desce das montanhas para as
encostas através do escoamento superficial, podendo chegar aos rios e lagos. A água que
não escoa, infiltra no perfil do solo, ou seja, em vez de se locomover no sentido do
horizontal sobre o solo ela escorre no sentido vertical do solo, podendo atingir o lençol
freático, esta água é conhecida como água subterrânea.
Os oceanos, lagos e rios são grandes corpos de acúmulo de água no geral em
estado líquido. Com as altas temperaturas esta água que está líquida modifica seu estado
passando para fase gasosa e vai para atmosfera, este evento é conhecido como
evaporação. Outra maneira da água ser perdida para a atmosfera na forma de vapor é a
transpiração dos animais e a evapotranspiração das plantas.
Esta água na forma de vapor na atmosfera, em algum momento tende a condensar
e voltar para a terra através da precipitação (chuva). Basicamente este é o ciclo da água
entre a Terra e atmosfera.
A água é um mineral, elemento químico simples (H2O) fundamental para o
planeta. Forma oceanos, geleiras, lagos e rios. Cobre ¾ da superfície da Terra: um bilhão
340 milhões de quilômetros cúbicos. Abaixo da superfície, infiltrada no solo, á mais
quatro milhões de quilômetros cúbicos que contornam rochas, cavernas, formam poços,
lençóis e aquíferos. Em torno do planeta, na atmosfera terrestre, existe mais de cinco mil
quilômetros cúbicos de água, em forma de vapor. Sem água, a vida como conhecemos
seria impossível. Toda evolução dos seres vivos está associada e depende desse precioso
líquido.
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Embora exista muita água no planeta, 97,3% desta água está presente nos oceanos
e é salgada, apenas 2,7% da água do planeta é doce, a maior parte da agua doce do planeta
está na forma sólida e localizada nas regiões polares da Terra, apenas 0,7% da água doce
do planeta está armazenada no subsolo, dificultando sua utilização, restando então menos
de 1% da água doce da Terra disponível diretamente para a humanidade, disponível em
lagos, rios superficiais.
Embora exista muita água no planeta, 97,3% desta água está presente nos oceanos
e é salgada, apenas 2,7% da água do planeta é doce, a maior parte da agua doce do planeta
está na forma sólida e localizada nas regiões polares da Terra, apenas 0,7% da água doce
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limitante para a produtividade agrícola, pois mesmo que tenhamos materiais de alta
tecnologia e um excelente manejo sanitário e nutricional, a falta de água irá limitar a
produtividade da cultura.
Por ser uma molécula formada pela ligação do oxigênio a dois átomos de
hidrogênio, a molécula da água se torna uma excelente solvente devido a sua polaridade,
tendo cargas positivas nos átomos de hidrogênio e cargas negativa no átomo de oxigênio.
Esta dupla polaridade proporciona ligações com a maioria das moléculas conhecidas, e
suas propriedades térmicas resultam destas ligações. Entre as estruturas e propriedades
térmicas da água podemos enfatizar:
Calor específico – Calor necessário para aumentar a temperatura de uma
substância em uma quantidade específica, ajuda a tamponar as flutuações de temperatura
do ambiente.
Calor latente de vaporização – Energia necessária para separar moléculas da
fase líquida e levá-las para fase gasosa à temperatura constante, permite às plantas se
refrescarem por meio da evaporação de água, a transpiração é um componente importante
da regulação térmica.
As propriedades de adesão e coesão são devidas às ligações de pontes de
hidrogênio.
Adesão – Propriedade de união de duas moléculas ou substâncias iguais ou
diferentes quando entram em contato, e se mantém juntas por forças intermoleculares. A
água tende a atrair e ser atraída por outras moléculas polares.
Coesão – Capacidade que uma substância tem de permanecer unida, resistindo à
separação. As moléculas de água estão unidas através das pontes de hidrogênio, ligação
entre o hidrogênio e o oxigênio. Podemos observar essa coesão em uma gota de água
sobre uma superfície, formando uma espécie de película resistente, pois as moléculas
estão fortemente aderidas umas às outras.
Tensão Superficial – A força de atração entre as moléculas permite a ocorrência
deste fenômeno. No caso da água, é como se houvesse um filme de água na superfície,
por isso alguns insetos conseguem pousar sobre a água sem afundar. A água possui uma
tensão superficial maior que dos outros líquidos.
Capilaridade – é um fenômeno físico resultante a partir das interações entre as
propriedades de coesão, adesão e tensão superficial. A capilaridade permite com que a
água desliza através das paredes de tubos ou deslizar por entre poros de alguns materiais,
como o algodão, por exemplo. Esta capilaridade também é responsável pelo transporte
ascendente (de baixo para cima) da água do solo para o topo das plantas.
A água presente no solo precisa entrar na planta para que seja transportada por
toda ela. Existem na planta duas vias (canais) principais de transporte de solventes e
solutos. O xilema é a via responsável por um transporte ascendente (de baixo para cima),
ou seja, da raiz para a parte aérea e o floema é a via responsável pelo transporte
descendente (de cima para baixo), ou seja, da parte aérea para a raiz. O floema pode
também realizar transportes ascendente em pequenas distâncias, por exemplo, a folha que
está a baixo do fruto produz energia através da fotossíntese, estes açucares resultantes do
processo podem ser transportado de forma ascendente para o fruto que está a cima desta
folha. Para que ocorra toda a movimento da água do solo até a planta, passando através
da planta e chegando até a atmosfera ocorrem alguns processos de transporte, entre eles:
Difusão – Movimento de moléculas por agitação térmica aleatória, promove
movimento de moléculas de regiões de alta concentração para regiões de baixas
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concentrações, é rápida a curtas distâncias, mas extremamente lenta para longas
distâncias.
Fluxo de massa – Governado por pressão determina o transporte de água a longa
distância, movimento em conjunto de grupos de moléculas em resposta a um gradiente de
pressão.
Osmose - Refere-se ao movimento de um solvente através de uma membrana,
membranas vegetais são seletivamente permeáveis, a osmose ocorre espontaneamente em
resposta a uma força propulsora.
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de areia e outra se tornam maiores (macroporosidade), retendo a agua por um menor
tempo, havendo a perda desta água por percolação.
Questões de fixação
1 – Defina Hidrologia?
2 – O que é coesão?
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Módulo 4. Degradação e Erosão
Podemos definir que solo é a camada superficial da litosfera, formada por rocha
finamente decomposta, restos de vegetais e de animais, e seres vivos (bactérias, fungos,
algas, protozoários, vermes e insetos), constituindo um verdadeiro ecossistema.
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Os Húmus por sua vez, geralmente são as camada mais superficial do solo, onde
funciona a indústria da reciclagem, garantindo a perenidade dos ciclos biogeoquímicos e,
consequentemente, a fertilidade dos solos.
O resultado da decomposição total da matéria orgânica do solo são os húmus, uma
das maneiras de decomposição desta MO é a partir do processo digestório das minhocas
e outros animais, formando uma compostagem natural, agregando ao solo os restos de
animais e plantas mortas e também seus subprodutos.
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associados ao trato digestório compartimentados desses anelídeos(boca, faringe, papo,
moela, intestino, ânus), os detritos são macerados contra as partículas de terra também
ingeridas, sendo parte dos nutrientes absorvidos e a outra inaproveitada, eliminada
juntamente com a finíssima granulometria dos minerais.
Assim, o húmus é considerado o mais completo adubo, apresentando as seguintes
características físico-químicas: não possui cheiro(inodoro), uma substância asséptica, rico
em micronutrientes(ferro, boro, cobre, zinco, molibidênio, cloro) e macronutrientes
(potássio, nitrogênio, fósforo).
Diante dessas propriedades, a formação do húmus (chamado humificação) repõe
os minerais no solo, corrigindo a debilidade de nutrientes proporcionalmente às
necessidades dos vegetais, tornando a terra mais estável e apropriada para as mais diversas
culturas, ou seja, um excelente fertilizante.
Dentre os fatores que influenciam na formação dos solos podemos destacar:
Clima – Influencia na desagregação da rocha e formação do húmus.
Geologia – Contribui para a textura e composição química (fertilidade).
Tempo – Fator determinante relacionado às condições ambientais.
Vegetação – Responsável pela circulação de nutrientes e proteção dos solos.
O solo é composto por 45% de elementos minerais (areia, argila), 25% de ar, 25%
de água e 5% de matéria orgânica. A forma como os elementos minerais e a matéria
orgânica se estruturam, contribui para definir o teor de umidade, aeração e fertilidade dos
solos. Na agricultura é utilizado para a fixação e nutrição vegetal, armazenamento de água
para diversos fins, outras utilizações do solo seriam como fundação para edificações,
aterros, estradas, etc, matéria prima para construção e manufatura de bens,
armazenamento de combustíveis fósseis, receptor de resíduos sólidos e líquidos.
O processo de degradação do solo apresenta-se sob variados aspectos e
proporciona perda de produtividade e impactos na dinâmica socioambiental. Pode ocorrer
de várias maneiras diferentes, geralmente resultantes de seu mau uso e conservação por
parte das atividades humanas. A ocorrência dessas situações pode estar associada ao
esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, entre outros inúmeros fatores.
As principais formas de degradação do solo, isto é, os tipos com que esse problema
se apresenta, são:
Desertificação – Consiste no processo de degradação e esgotamento dos solos
que ocorre em regiões de clima árido, semiárido e subúmido, onde a pluviosidade não é
maior do que 1400mm anuais e, portanto, a evaporação é maior do que a infiltração.
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A desertificação recebe esse nome porque provoca uma mudança da paisagem
para algo próximo à paisagem de um deserto, embora não necessariamente a área formada
possa ser considerada como tal.
Arenização – Consiste na formação de bancos de areia em solos já de consistência
arenosa em regiões que, diferentemente das áreas que se desertificam, apresentam climas
mais úmidos e com maiores volumes de chuva, onde a infiltração e o escoamento da água
são superiores aos índices de evaporação.
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O processo de laterização é mais comum em áreas úmidas e quentes de climas
tropicais e pode ser intensificado por queimadas e desmatamentos, pois a vegetação ajuda
a proteger os solos do elevado desgaste proporcionado pela água das chuvas. Apesar de
ser importante para a formação dos latossolos, a laterização pode ser considerada um
problema de degradação ambiental, pois dificulta a penetração de raízes e diminui a
fertilidade.
Poluição Direta e Contaminação – Consiste na alteração química da composição
dos solos, tornando-os, muitas vezes, inférteis.
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A direita: Transporte de solo devido a energia cinética da gota da chuva (Conservando o solo);
A esquerda: Esquema da ocorrência de erosão em splash, com o impacto da água sobre o solo (Geografiamove).
Geografalando
Erosão Heólica – Causado pela ação dos ventos, que vão lentamente esculpindo
as rochas e transportando as partículas dos solos.
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Questões de fixação
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Módulo 5. Prevenção a Erosão e Recuperação de Áreas Degradadas
Revisão
Erosão, consiste no processo de desgaste, transporte e sedimentação das rochas e,
principalmente, dos solos. Ela pode ocorrer por processos naturais, que costumam ser
mais lentos e de menor impacto, e por processos antrópicos, o que caracteriza as erosões
aceleradas
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A erosão pluvial é causado pela ação da água das chuvas, essas erosões podem
se diferenciar em:
Erosão em splash: efeito gerado pelo impacto das gotas de chuva sobre o solo.
Erosão laminar: escoamento superficial das águas das chuvas “lava” o solo.
Erosão em sulcos: escoamento da água sobre os solos intensifica o seu desgaste
a ponto de formar pequenas “linhas” ou cortes no terrenos.
Ravinas: água das chuvas, com o tempo, vai abrindo cavidades maiores ao longo
da declividade do terreno.
Além da erosão pluvial, podemos citar diferentes fatores que podem acometer
erosões. A erosão fluvial é o desgaste provocado pelo leito dos rios tanto quando eles se
excedem e avançam sobre as margens quanto quando a vegetação ciliar é removida e
desprotege o relevo ao redor dos cursos d´água, já a voçoroca é resultante da combinação
de vários tipos de erosão, formando grandes crateras que costumam atingir o lençol
freático ou estruturas internas dos solos, a Erosão Marinha ocorre quando as rochas ou
o solo litorâneo são desgastados pela água das ondas do mar, a Erosão eólica é causado
pela ação dos ventos, a Erosão glacial é causada pela ação do gelo, tanto da neve quanto
das geleiras, em regiões montanhosas com acentuada declividade pode ocorrer a Erosão
por gravidade, e a Erosão geológica que é a erosão natural ou que não sofreu a
interferência humana podemos citar como um dos exemplos mais conhecidos
mundialmente o Canyon nos Estados Unidos.
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Prefeitura de João Pessoa-PB
A cima temos o antes e o depois de um trabalho de muitos
anos para a recuperação da preservação de uma área na cidade de
João Pessoa no estado da Paraíba. As fotos do processo foram cedidas pela prefeitura da
cidade.
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a ganhar maior velocidade a cada metro que percorrer, causando grandes danos em um
curto espaço de tempo.
Após os dados coletados e o planejamento realizado, chega a hora da execução,
solo bem drenado tende a acumular menor quantidade de agua em superfície, para a
redução da velocidade da água de escoamento a principal técnica a ser utilizada é a
confecção de terraços nivelados, que diminuirão a velocidade da enxurrada e o excesso
será armazenado em represas de contenção, que aos poucos irão penetrar no solo. Aliada
a essa pratica de conservação e manejo do solo e da água, a cobertura vegetal, como a que
é alcançada em sistema de plantio direto ou mesmo uma pastagem bem formada irão
proteger o solo do impacto das gotas da chuva.
Embrapa
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Conservando o Solo
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Questões de fixação
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Módulo 6. Manejo do Solo – do preparo aos sistemas de cultivo
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O objetivo do preparo do solo é a eliminação de plantas não desejáveis,
diminuindo a concorrência com a cultura implantada, obtenção de condições favoráveis
para a colocação de sementes ou partes de plantas no solo, permitindo a sua boa
germinação e emergência, além de bom desenvolvimento, e manutenção da fertilidade e
da produtividade ao longo do tempo, preservando a matéria orgânica do solo.
Outros fatores que podem ser destacados com o preparo do solo é a eliminação de
camadas compactadas para aumento da infiltração de água no solo e aeração,
incorporação e mistura no solo de calcário, fertilizantes e produtos agroquímicos, enterro
de restos vegetais e restivas agrícolas, nivelamento do terreno para conseguir uma boa
performance das máquinas e equipamentos, desde o plantio até a colheita e preparo da
superfície do terreno (diques, canais, nivelamento, sulcos) para usar a irrigação nas
lavouras.
Para que haja o maior aproveitamento da operação utilizando implementos
agrícolas, alguns fatores devem ser levados em consideração. O ponto ideal de entrada
com a máquina na área é determinado quando é possível um trator operar com o mínimo
esforço, dando-nos os melhores resultados nos serviços realizados, este momento ideal é
chamado de Ponto de Sazão, que é o ponto de encontro entre as curvas de adesão e de
coesão, ou seja, o ponto de umidade ideal para operações agrícolas.
Quando as operações são realizadas com muita umidade no solo ou o solo
extremamente seco, o prejuízo é eminente. Quando a operação ocorre em solos
encharcados ou com uma umidade excessiva ocorre dano físico na estrutura do solo como
compactação, além do solo se aderir com maior força aos implementos até o ponto de
inviabilizar a operação desejada.
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Por outro lado quando as operações ocorrem em solo muito seco, não ocorre dano
físico na estrutura, mas um maior número de passagens sobre o mesmo local será
necessário para alcançar o objetivo, como incorporar o corretivo do solo ou destruir os
torrões que ficam após a aração, assim permitindo efetuar a operação de semeadura de
forma adequada, com o maior número de passagens sobre o mesmo local há aumento do
gasto com combustível. Outro ponto de prejuízo é que o solo pode ficar muito solto
principalmente sobre a superfície e com isso facilitar o processo erosivo.
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As formas de preparo do solo vão variar conforme o sistema de cultivo que for
empregado pelo produtor. O preparo primário consiste numa operação mais pesada,
geralmente mais abrasiva, profunda e grosseira, entre as práticas estão a aração e
escarificação por exemplo, por se tratar de um processo mais grosseiro geralmente ficam
torrões sobre o solo, e após a realização do preparo primário do solo, há a necessidade de
que ocorra o preparo secundário.
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Outro sistema de cultivo que pode ser adotado é o conhecido como cultivo
mínimo. Este sistema é muito semelhante ao de cultivo convencional, entretanto, ocorre
a redução de uma ou mais operações de preparo do solo, podendo então também ser
conhecido como Preparo Reduzido do Solo.
Generalizando, podemos dizer que neste sistema, tanto as vantagens como as
desvantagens são as mesmas que as do Sistema Convencional, por motivo deste método,
se aproximar muito as técnicas utilizadas no cultivo mínimo. Porém, este sistema oferece
maiores problemas de perdas de solo por erosão que o sistema convencional. As rodas do
tratos compactam o sub solo e a grade deixa a superfície muito pulverizada, acarretando
graves danos de erosão, pois sua ação é mais superficial que a do arado.
Quando empregados outros métodos, este sistema se apresenta como
intermediário entre o preparo convencional e plantio direto no que diz respeito à erosão
do solo.
O Sistema de Plantio Direto (SPD) é outro sistema de cultivo, que se difere
totalmente dos abordados anteriormente. Este sistema de semeadura coloca a semente
diretamente no solo não revolvido, sobre a palha, utilizando máquinas especiais. Abre-se
apenas um pequeno sulco, de profundidade e largura suficiente para garantir uma boa
cobertura e contato da semente com o solo. O sistema prepara no máximo 25 a 30 % da
superfície do solo. O extermínio de ervas daninhas, antes e depois do plantio, é geralmente
feito com herbicidas.
São três operações fundamentais neste sistema:
Colher e esparramar os restos de cultura (picador de palha nas colheitadeiras);
Pulverizar herbicidas;
Plantar com equipamento especial.
Requisitos para este sistema:
Preparo do agricultor e mão-de-obra
Conhecimento e domínio por parte do agricultor de todas as fases do sistema.
Gerenciamento e mão-de-obra devem ser treinadas.
Preparo da área para implantação do SPD
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O preparo da área para iniciar a utilização do sistema de plantio direto basicamente
se faz com o primeiro ano sendo plantio convencional, onde é feita a descompactação do
solo em profundidade, assim como também se faz a correção do pH em profundidade.
A utilização das práticas do plantio convencional para implantação do SPD é
fundamental até mesmo para correção de outros fatores da área como: realizar a drenagem
em solos úmidos, descompactação do solo, nivelamento da superfície do terreno a fim de
eliminar sulcos de erosão, correção da acidez, aumentar os níveis de fertilidade
colocando-os na faixa média ou alta, correção de fósforo antes de iniciar o sistema.
Manejo da Resteva (restos culturais)
As restevas das culturas na superfície devem cobrir pelo menos 50 % do solo.
Caso falte, deverá ser obtida mediante adubação verde (6 toneladas de matéria seca por
hectare ano no mínimo), para o corte e distribuição da palha da cultura colhida é feito
pelo picador e distribuidor de palha da própria colhedeira.
Manejo das ervas daninhas e herbicidas.
O controle de plantas voluntárias na área deve ser realizado com a pulverização
de herbicida. É de suma importância a eliminação de ervas daninhas perenes, pois além
de serem de difícil controle, afetam o crescimento e rendimento nas lavouras. O manejo
eficiente das plantas infestantes é fundamental para não haver alta infestação de ervas
daninhas muito agressivas, o que remete a um esporádico aumento com o custo dos
herbicidas. Para um controle eficaz e sustentável deve-se identificar as ervas e realizar
um controle especifico por gleba. Por fim, a definição adequada do sistema de manejo
das ervas daninhas é de suma importância para controlar o custo de produção.
O SPD traz dentre as vantagens a cobertura do solo com a palha que é triturada e
espalhada pela colhedora, evita o impacto direto da gota da chuva, regula a temperatura
do solo, conserva a umidade do solo, produção de ácido poliurónico (auxilia na
estruturação do solo), melhoramento da estrutura do solo, reduz a compactação do solo,
fonte de energia para os microrganismos do solo, aumenta a atividade microbiológica do
solo, diminui a lixiviação aumentando a CTC, aumenta o teor de N no solo, diminui a
infestação de ervas daninhas, aumenta a disponibilidade de P no solo e diminui as taxas
de perdas por erosão e da água disponível às plantas.
Por outro lado este sistema tem algumas desvantagens como aumento da relação
C/N, pelo excesso de matéria orgânica (principalmente após gramíneas), aumento da
umidade pode prejudicar as culturas em locais de clima úmido ou em solos de pouca
permeabilidade, facilita a formação de geadas, o aumento de N pode causar acamamento
da cultura, aumento da incidência de pragas, doenças e alto custo de herbicidas, uso de
maquinas especificas para o sistema, enraizamento superficial das plantas, diminuição da
produção caso a infestação de ervas daninhas aumente e com ela a concorrência da cultura
e mão de obra técnica especializado em conhecimento sobre herbicidas, ervas daninhas,
equipamentos, etc.
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Questões de fixação
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Módulo 7. Sistemas de Agricultura
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Áreas que diferem na paisagem como, por exemplo, em declividade, drenagem,
cor e/ou tipo de solo, uso e tratamentos anteriores, devem ser amostradas separadamente.
Áreas ou manchas de aspecto excepcional não devem ser amostradas ou, se desejado,
devem ser amostradas separadamente.
Revisar o conteúdo de maneira oral na forma de bate papo, e até mesmo com
aplicação de um teste para fixar o conhecimento.
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Módulo 9. Amostragem do Solo
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Quanto maior a quantidade de amostras simples para formar uma amostra
composta melhor a qualidade dos resultados, entretanto pode-se trabalhar com os valores
descritos de 15 a 20 amostras simples para cada composta.
No campo, para retirar as amostras alguns fatores devem ser considerados. O ideal
é que não se amostre área maior que 10 hectares para cada amostra composta. A
topografia do terreno deve ser levada em consideração para a divisão das glebas
amostradas, pois o próprio declive do terreno pode interferir no acumulo ou ausência de
elementos no solo.
Cada gleba deve ser o mais homogênea possível, com relação à vegetação,
topografia, tempo de uso, produtividade e aplicações de calcário, gesso e fertilizantes. A
coleta deve ser realizada sempre fazendo um zig e zag na gleba amostrada, como
representado na figura abaixo.
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A amostragem pode ser feita com diversas ferramentas, utiliza-se enxadeco ou
enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (holandês, caneco, etc.), pá de
jardineiro, entre outros. Em qualquer caso é sempre necessário que as sub-amostras sejam
retiradas de maneira uniforme em volume e profundidade desejada para que não ocorra
uma sub ou superestimação dos atributos do solo dentro de um mesmo talhão.
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Alguns detalhes devem ser respeitados para que a amostra do solo represente
efetivamente a qualidade química do solo, por tanto, no momento da coleta das amostras
simples deve-se retirar as folhas, gravetos e demais restos culturais da superfície do solo
que possam comprometer a qualidade da amostragem, não retirar amostras simples
próximas a casa, depósito de adubo e corretivos, cerca, brejos, voçorocas, curva em nível,
árvores, sulcos de erosão, formigueiros, cupinzeiros, esterco, caminho, carreador, ou
qualquer outra mancha não representativa da área. As pessoas que fumam devem lavar
bem as mãos com água e sabão para evitar qualquer tipo de contaminação da amostra, ou
até mesmo utilizar luvas, o balde onde serão colocadas as amostras simples para que seja
feita a homogeneização deve ser livre de contaminantes e de preferência exclusivo para
essa finalidade, pode-se ainda utilizar sacos grandes e resistentes para realizar a mistura
das amostras simples, e o ideal é que para cada gleba utilize um saco específico, essas
medidas de cuidado são essenciais para evitar contaminação das amostras.
Após o solo misturada, pegar uma amostra de aproximadamente 500 gramas do
total coletado e já homogeneizado e passar para outro saco plástico menor (15 cm x 25
cm) já etiquetado com os dados de identificação do local onde a amostra representa.
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amostra, alguns cuidados devem ser tomados na hora de colocar a amostra simples no
recipiente. Os trados de rosca, calador, caneca e fatiador, serão utilizados o solo que está
aderido no próprio trado, já para o trado holandês e a pá de corte as extremidades da
amostra devem ser descartadas e utilizada apenas a parte central dessas amostras como
indicado na figura abaixo.
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Questões de fixação
1 – A pessoa que for amostrar um solo precisa de quantas amostras para obter a
amostra simples?
3 – Qual a quantidade ideal de amostras simples devem ser utilizadas para montar
uma amostra composta com qualidade para a representação efetiva da gleba amostrada?
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Módulo 10. pH do Solo
Fonte: IPNI
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As ligações elétricas são ligações que ocorrem entre elementos de cargas opostas,
ou seja, basicamente temos dois tipos de cargas que são as positivas e negativas, e para
que haja as ligações iônicas é necessário que eu possua dois íons de diferentes cargas, os
íons que possuem cargas positivas (+) são conhecidos como cátions e os íons com cargas
negativas (-) são os ânions. Por tanto, as ligações iônicas ocorreram sempre entre um
cátion e um ânion.
Os colóides do solo (Minerais e M.O) possuem cargas negativas, por tanto
realizam ligações iônicas com elementos catiônicos. Consequentemente, elementos como
potássio (K+), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), hidrogênio (H+), alumínio (Al3+) e
nitrogênio da amônia (NH4+) que são cátions carregados positivamente, são atraídos e
retidos na superfície de coloides do solo. Essa retenção é similar ao modo que um ímã
atrai e retém enchimentos de ferro.
Dentre os tipos de acidez no solo temos: acidez ativa, acidez potencial, acidez
trocável e acidez não trocável. Neste contexto podemos dizer que o pH do solo é a medida
de acidez ou alcalinidade do solo. A acidez ativa é mensurada pela atividade dos íons de
H+ presentes na solução do solo que é determinada pela leitura do pH. A acidez potencial
são os íons adsorvidos no colóide do solo, representada pelos íons de H+ não dissociados,
esta acidez é representada por H + Al no resultado da análise do solo.
A acidez trocável mede a quantidade de Al3+ e H+ retidos nos colóides do solo,
estes íons estão adsorvidos eletrostaticamente às cargas negativas dos argilominerais e da
matéria orgânica. A acidez não trocável por sua vez, corresponde aos íons de H+ionizáveis
ligados covalentemente aos ácidos existentes no solo e que não são facilmentedeslocados
para a solução por outros cátions e, portanto, não são trocáveis.
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Fonte: PPI, 1995
No esquema a cima, está evidente como as ligações iónicas ocorrem no solo, onde,
apenas elementos de cargas positivas (cátions) conseguem ficar adsorvidos aos colóides
do solo, os elementos de carga negativa (ânions) ficam livres na solução do solo (fase
líquida) podendo ser absorvido pela planta ou lixiviado pelo perfil do solo.
A escala de pH é dividida em três fatores, onde temos ácido, neutro e alcalino, se
tratando em escala de valores o pH pode ser dividido de 0 a 14 sendo 7 o valor que
representa a neutralidade. Valores de pH abaixo de 7 são considerados como ácidos e
valores a cima de 7 considerados como alcalinos, assim como está representado na figura
a baixo.
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colóides do solo ocupando o sítio que poderia ser ocupado por um outro elemento.
Portanto, o aumento de H+ no solo, representa um aumento na acidez do mesmo,
reduzindo o valor inicial do pH. O alumínio (Al3+) é um elemento tóxico a planta e que
também contribui para a acidez do solo, entretanto, por motivo de simplicidade iremos
restringir nosso conteúdo como o H+ sendo o responsável pela acidez do solo.
Os solos brasileiros em geral possuem limitações ao estabelecimento e
desenvolvimento dos sistemas de produção de grande parte das culturas, em decorrência
dos efeitos da acidez dos solos.
A faixa de pH ideal para o desenvolvimento de uma cultura, é variável, a baixo
podemos observar a distribuição de culturas pelas faixas de pH.
Faixa do pH
5.0 – 5.5 5.5 – 6.5 6.5 – 7.0
Mirtilos Cevada Alfafa
Batatas irlandesas Poa Alguns trevos
Batatas doces Milho Beterraba sacarina
Cotton
Algodão
Festuca
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Sorgo
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Faixa do pH
5.0 – 5.5 5.5 – 6.5 6.5 – 7.0
Amendoim
Arroz
Soja
Melancia
Trigo
61
plantas para manter o balanço eletromecânico dentro de seus tecidos. O resultado é uma
acidificação líquida do solo.
Acidificação do Subsolo
Mesmo se 15cm superiores do solo exibirem um pH acima de 6,0, o subsolo pode
ser extremamente ácido. Quando o pH do subsolo cai abaixo de 5,0, o alumínio e o
manganês no solo se tornam muito mais solúveis e alguns solos podem ser tóxicos para o
crescimento das plantas. O algodão e, em certo ponto, a soja, são exemplos de plantações
sensíveis a níveis de alumínio altamente solúvel no subsolo e as produções das plantações
podem ser reduzidas de acordo com as condições do baixo pH do subsolo. Se forem
observadas áreas de plantas de crescimento atrasado em seu campo, retire uma amostra
do subsolo nessas áreas. Se o pH do solo for extremamente ácido (abaixo de 5,2), a cal
deve ser aplicada no início do outono e virada o mais profundamente possível.
A importância do valor do pH de um solo agrícola é tão grande que abaixo
podemos observar uma tabela que representa a absorção pelas plantas dos nutrientes em
diferentes níveis de pH.
Fertilizantes
Acidez do Solo pH Nitrogênio Fosfato Potássio
Desperdiçados
Extremamente
4,5 30% 23% 33% 71,34%
Ácido
Ácido Muito Forte 5,0 53% 34% 52% 53,67%
Fortemente Ácido 5,5 77% 48% 77% 32,69%
Ácido Médio 6,0 89% 52% 100% 19,67%
Neutro 7,0 100% 100% 100% 00,0%
Fonte: Mosaic, 2019
62
Questões de fixação
1 – O que é pH do solo?
63
Módulo 11. Calagem e Correção do pH do solo
64
• Calcário Agrícola (comum) – PRNT mínimo de 45%
• Calcário Calcinado Agrícola – PRNT mínimo de 54%
• Cal Hidratada Agrícola – PRNT mínimo de 90%
• Cal Virgem Agrícola – PRNT mínimo de 120%
• Valor de referência para outros corretivos de acidez – PRNT mínimo de 45%
Materiais de cal contêm cálcio e/ou magnésio em formas que, quando dissolvidas,
vão neutralizar a acidez do solo. Nem todos os materiais que contêm cálcio e magnésio
têm capacidade de reduzir a acidez do solo. Por exemplo, o gesso (CaSO4) contém Ca em
quantidades consideráveis, mas não reduz a acidez do solo. Como ele hidrolisa no solo, o
gesso se converte em uma base sólida e um ácido forte como mostrado na equação a
seguir:
CaSO4 + 2H2O = Ca (OH)2 + H2SO4
O Ca (OH2) e H2SO4 formados se neutralizam um ao outro, resultando em efeito
de solo neutro. Por outro lado, quando cal calcítica (CaCO3) ou dolomítica (Ca Mg
(CO3)2) são adicionadas ao solo, ela se hidrolisa (dissolve em água) para uma base forte
e ácido fraco.
CaCO3 + 2H2O = Ca (OH)2 + H2CO3
O hidróxido de cálcio é uma base forte e rapidamente se ioniza para íons Ca++ e
OH. Os íons de cálcio substituem os íons de H absorvidos no coloide do solo e, portanto,
neutralizam a acidez do solo. O ácido carbônico formado (H2CO3) é uma ácido fraco e se
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ioniza parcialmente para íons de H+ e CO2-2. Assim, o efeito líquido é que mais Ca que
íons de H são liberados no solo e, consequentemente, a acidez do solo é neutralizada.
Calcário Calcítico
O calcário moído contém na maior parte carbonato de cálcio e geralmente tem
menos do que 1 a 6 % de Mg. Seu valor neutralizante depende de sua pureza e fineza de
trituração.
Calcário Dolomítico
O calcário moído é uma mistura de carbonato de cálcio e carbonato de magnésio.
Em alguns estados, ele deve conter pelo menos 6 % de Mg para ser classificada como cal
dolomítica. Seu efeito neutralizante também depende de sua pureza e fineza de trituração.
A qualidade da cal é medida por quão eficientemente ela neutraliza a acidez do
solo. Isso é determinado amplamente por sua pureza química e tamanho das partículas. A
pureza da cal é expressa como equivalente de carbonato de cálcio (CCE). Esta é uma
medida de quanto o material pode reagir com o solo para neutralizar a acidez em
condições ideais em comparação com o carbonato de cálcio puro. O calcário deve ter um
valor neutralizante de pelo menos 90%. Mesmo se o CCE da cal for satisfatório, ela não
vai neutralizar a acidez do solo a não ser que o calcário esteja moído finamente (valores
de PRNT).
66
Os cálculos de recomendação de calagem serão explicados nos próximos
módulos.
Corroborando com a explicação de como o calcário reage nos solos, e descrevendo
a importância de aumentar o pH dos solos agrícolas, o gráfico apresentado a baixo,
Malavolta (1979) demonstra a disponibilidade de nutrientes e a diminuição de Al3+
quando se tem o aumento do pH do solo após realizar a aplicação de calcário.
67
Questões de fixação
68
Módulo 12. Apresentação e Interpretação da análise do solo
Após realizar a coleta das amostras de solo conforme apresentado nos capítulos
anteriores, estas amostras são encaminhadas ao laboratório. Ao término das análises o
laboratório emite um relatório que quantifica os teores de elementos químicos e fração
física que contém no solo amostrado. Para que possamos recomendar as correções tanto
de pH quanto de nutrientes, precisamos primeiramente entender a análise e interpreta-la.
Neste módulo será apresentada uma análise de solo completa e como devemos interpretar.
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Logo abaixo do cabeçalho, são apresentados os resultados da análise de solo, a
quantidade de tabelas será em relação ao tipo de análise solicitado.
No exemplo apresentado neste módulo, observaremos uma análise química e
física completa. Os resultados são expressos na forma de tabela, compostas de linhas e
colunas. Para a correta leitura e posterior interpretação da análise de solo se faz necessário
a compreensão da tabela.
70
número do credenciamento no conselho profissional, e todo laudo deve ser assinado pelo
seu RT.
Após conhecer a disposição das informações presentes nos laudos, agora
precisamos entender o que os dados da análise de solo significam, para isso interpretamos
a análise, para então poder realizar a recomendação dos corretivos e fertilizantes.
Para a interpretação é necessário que se haja uma referência de dados para seguir,
que sirvam de parâmetros a fim de auxiliar a compreensão dos resultados da análise e
futuras recomendações.
Entre as referências a ser utilizadas como parâmetros existem várias literaturas
dispostas por região. Para solos do bioma Cerrado sugiro duas literaturas que podem ser
seguidas para interpretação e até como base para recomendação de corretivos e
fertilizantes para as culturas agrícolas. Entre as sugestões temos as literaturas
Recomendação para uso de corretivos e fertilizantes em Mina Gerais – 5º aproximação
(RIBEIRO et. al, 1999) e Cerrado: Correção do solo e adubação (Souza & Lobato, 2004).
71
Questões de fixação
72
Módulo 13. Recomendação de Corretivos e Adubos
(𝑽𝟐 – 𝑽𝟏)
𝑵𝑪 = [ ] . 𝑻 . 𝒇𝒄
𝟏𝟎𝟎
V1 = saturação por bases (Ca+Mg+K+Na) no solo natural (antes da correção) em % (a que está na análise)
V2 = saturação por bases visada no solo após a correção em % (a que deseja atingir após aplicação do calcário)
T = CTC do solo (S+H+Al) no estado natural (em cmolc.dm-3) (a que está na análise)
fc = Fator de Correção (geralmente é 100/PRNT do calcário, em %) pode servir para ajustar também à
profundidade (P/20) e/ou à superfície coberta pela calagem (SC/100 se for em % ou SCm2/10000m2 se
trabalhar com a área em m2)
73
NC. O V2 que é a saturação que queremos atingir, geralmente é elevada de 50 a 70% para
áreas que serão semeadas com culturas anuais.
74
Para o fator de correção (fc) utilizaremos neste exemplo o valor de PRNT do
calcário Dolomítico I, observa-se que tem uma variação na etiqueta deste calcário entre
85-90% para o PRNT. Quando tiver essa variação e não um valor exato, sugiro utilizar o
menor valor existente. Assim o FC para ser utilizado no cálculo seria:
100
𝑓𝑐 = → 𝑓𝑐 = 1,176470 → 𝒇𝒄 = 𝟏, 𝟏𝟖
85
Substituindo a fórmula de NC teremos:
75
indicados no capítulo de referência para a cultura, como está expresso na tabela a cima
para a adubação de semeadura.
Nota-se que a dose que deve ser utilizada para a adubação em semeadura tanto
para fósforo (P2O5) e potássio (K2O) será determinada pelo nível dos elementos presentes
no solo, que serão expostos no resultado da análise. O P2O5 e K2O são formulas dos
elementos minerais fosforo (P) e potássio (K). A baixo temos os dados da análise de solo
e a tabela de referência para a interpretação desta análise para estes elementos.
Para este solo podemos observar que o teor de P encontra-se adequado e o teor de
K está médio. Isto significa que a recomendação para adubação de semeadura na cultura
da soja deve ser igual a 40 kg ha-1 de P2O5 e 80 kg ha-1 de K2O.
76
77
Para exemplificar os cálculos iremos utilizar a tabela de simulação dos produtos
após cotação, iremos ainda simular que o frete será o mesmo para qualquer um dos
produtos expressos na tabela. Pela interpretação da análise e recomendando a adubação
com a referência mostrada anteriormente sabemos que devemos utilizar 40 kg ha -1 de
P2O5 e 80 kg ha-1 de K2O na adubação de semeadura, ou seja, no dia do plantio das
sementes.
Os produtos que estão expressos na forma de números representam os adubos
formulados que contém nitrogênio, fósforo e potássio, por exemplo, 00-25-15, significa
que o adubo é formulado N-P-K e possui em sua formulação 00% de N, 25% de P e 15%
deste formulado é correspondente ao K.
Deste modo já podemos eliminar alguns formulados da cotação, pois a
necessidade de adubação são para o P e K, na cultura da soja indica-se realizar a
inoculação das sementes com bactérias fixadoras de nitrogênio e não utilizar o adubo
nitrogenado nem em semeadura nem em cobertura segundo a recomendação de Ribeiro
et. al (1999). Sendo assim, os adubos que possuem valores superiores a 00 na primeira
casa da codificação dos formulados já podem ser descartados pois esta casa se refere a
quantidade de nitrogênio presente neste formulado.
Por tanto para finalidade dos cálculos de qual o melhor adubo a ser utilizado nesta
recomendação hipotética utilizaremos apenas os formulados 00-25-15 e 00-30-15 que são
ausentes do elemento N, e podemos também utilizar os adubos simples como o Super
Fosfato Simples (SFS) e Cloreto de Potássio, que irão fornecer os elementos desejados
em suas fórmulas individuais.
Tanto para adubos formulados ou para adubos simples a interpretação para o
cálculo da quantidade de cada produto necessária por hectare (ha) será o mesmo, se eu
tenho, por exemplo, 100 quilos do formulado 00-25-15, quer dizer que destes 100 kg eu
terei 25 Kg de P e 15 Kg de K, para os adubos simples eu interpreto da mesma maneira,
se o SFS possui 18% de P2O5 isso é o mesmo que dizer que em 100 Kg de SFS eu irei
aplicar 18 Kg de P2O5, para o Cloreto de Potássio o raciocínio é o mesmo.
Neste contexto, se desejo aplicar 40 kg ha-1 de P2O5 e 80 kg ha-1 de K2O vem uma
simples pergunta.
78
Com isso, descobrimos que para que seja fornecido 80 kg ha-1 de K2O utilizando
o formulado 00-25-15 teremos que aplicar 533,33 kg ha-1 de adubo. Para calcularmos a
quantidade de adubo simples a ser utilizado, o procedimento é o mesmo.
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Com a realização dos cálculos está definido os valores por hectares e o valor total
para a adubação de potássio na área de 50 hectares. Entre tanto, os cálculos não se
encerraram pois ainda temos mais um elemento a utilizar na adubação de semeadura que
é o fósforo. A recomendação é de uma aplicação de 40 40 kg ha-1 de P2O5. Sabemos que
o adubo formulado já contém P2O5 em sua formulação, e ao realizar os cálculos, poderá
ser observado que o volume total de formulado a ser aplicado será menor do que a
quantidade necessária para o potássio. Neste caso, a quantidade de formulado a ser
aplicado suprirá a necessidade de P, por tanto, caso utilize o formulado NPK do exemplo,
deverá ser mantida a dose encontrada para o elemento de mais necessidade (K), sendo a
dose de 533,33 Kg ha-1.
Outro fator, que deve ser comentado é que apesar de termos dois formulados
diferentes (00-25-15 e 00-30-15) os teores de K nos dois formulados são iguais, por isso
realizou-se apenas um cálculo para determinar o volume de formulado a ser aplicado por
hectare.
A fim de saber o valor final da adubação de semeadura e qual a melhor opção a
ser utilizada pelo produtor, necessita-se da realização de mais um cálculo, o da quantidade
de adubo que será utilizada para suprir a recomendação de fósforo nesta área.
80
81
Novamente, após encontrar a quantidade necessária do adubo para suprir a
recomendação, realiza-se os cálculos de custo por hectare e para a área total.
82
semeadora. Apesar de ter um trabalho a mais, a economia financeira do produtor será
muito relevante, além de aplicar exatamente a quantidade de adubo como recomendada.
Basicamente, a recomendação é feita da maneira descrita a cima, independente da
fonte ou do nutriente a ser utilizada, os princípios de cálculos serão os mesmos
Questões de fixação
2 – Uma análise de solo apresenta Saturação por base igual a 19 e CTC igual a
7,6. Calcule a necessidade de calagem para um calcário que possui PRNT igual a 90?
83
Módulo 14. Nutrição Mineral das Plantas
84
Na grande maioria os elementos em sua forma natural não são diretamente
aproveitado pelas plantas. Para que possam ser absorvidos e aproveitados há necessidade
de uma transformação prévia para formas combinadas, que posteriormente serão
dissociados no interior da planta. Na tabela adaptada de Hopkins (2000), pode-se observar
a diferenciação entre macro e micro elementos assim como as formas no qual a planta
absorvem os elementos.
O movimento de nutrientes no solo pode varia muito e com isso influenciar na
disponibilidade para as plantas. Se tratando da mobilidade dos nutrientes no solo, temos
os elementos considerados móveis, encontrados geralmente na solução do solo, essa
mobilidade confere a estes elementos uma disponibilidade direta para as plantas,
entretanto, podem ser perdidos por lixiviação (NO3-, SO42-, Cl- e H3BO3-). Os elementos
pouco móveis também são solúveis, em menor quantidade podem ser encontrados na
solução do solo, mas em geral estão adsorvidos nos colóides do solo promovendo uma
disponibilidade moderada as plantas (NH4+, K+, Ca2+, Mg2+ e MoO42-). Para os elementos
considerados imóveis, são elementos que estão fortemente ligados aos colóides do solo,
possuem uma maior dificuldade para serem liberados na solução do solo (Fe2+, Mn2+,
Zn2+, Ni2+, Cu2+, HPO42- e H2PO4-).
A mobilidade dos elementos na parte aérea também é fundamental para o
conhecimento, pois pode ser utilizada uma adubação por aplicação foliar (diretamente nas
folhas), para suprir alguma deficiência ou até mesmo, dependendo da cultura, como um
incremento nutricional em uma fase da vida de maior demanda. Abaixo está apresentada
uma tabela proposta por Malavolta (1980) descrevendo o nível de mobilidade dos
elementos aplicados na folha.
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Segundo Taiz, & Zeiger, (2013), há um relacionamento entre o crescimento ou
produtividade das plantas, a concentração dos nutriente no tecido das mesmas pode
evidenciar a ocorrência de três zonas.
A Zona de Deficiência é quando o teor do nutriente no tecido é baixo, reduzindo
o crescimento da cultura, nesta zona a adição de fertilizante produz incrementos na
produtividade. Uma Zona Adequada é quando o aumento no teor do nutriente não implica
em aumento do desenvolvimento ou da produtividade. Já a Zona de Toxicidade é quando
o nutriente acumulou em excesso e produz toxicidade.
86
planta pois é componente essencial de aminoácidos, ácidos nucleicos, nucleotídeos e da
clorofila.
O fósforo será absorvido pelas raízes das plantas na solução do solo. Após
absorção o P é rapidamente envolvido em processos metabólicos, por ser móvel na planta,
este elemento pode ser transportado via xilema ou floema. Constituinte essencial da
trifosfato de adenosina (ATP), da substância solúvel adenosina difosfato (ADP),
nucleotídeos, ácidos nucleicos e fosfolipídios. As principais funções do P na planta é no
armazenamento e transferência de energia em processos metabólicos, assim como na
manutenção da integridade das membranas.
O potássio é facilmente absorvido através das raízes. É o cátion mais abundante
nos tecidos vegetais e possui um papel fundamental nas funções biológicas e fisiológicas.
Possui alta permeabilidade de membrana e por isso se move em toda a planta. Esta
característica é importante para vários processos fisiológicos, como crescimento do
meristema, fotossíntese, estado de água e translocação de fotossintatos que são
influenciadas pela concentração de K+ nas plantas. Proporciona o aumento da área da
folha e os teores de clorofila, retarda a morte celular programada (senescência)
promovendo uma maior taxa fotossintética do dossel e desenvolvimento da cultura.
Fundamental para a retenção de água na planta, pois o K+ é um importante regulador
osmótico da abertura e fechamento das células estomáticas.
O cálcio é absorvido na forma de Ca2+ apenas pela coifa das raízes mais jovens.
Desempenha importante papel no alongamento e divisão celular. É constituinte essencial
do pectato de cálcio, componente importante da parede das células, estes pectatos de
cálcio se envolvem também na manutenção das biomembranas celulares. A presença de
Ca2+ na planta é fundamental, pois, ele é importante para que seja mantida a integridade
das membranas celulares e atua também como ativador enzimático, é responsável por
osmorregulação e fator fundamental para o equilíbrio catiônico-aniônico nas células.
O magnésio é um elemento presente em quantidade maiores do que a do K+ na
solução do solo, onde é absorvido pelas raízes das plantas. Entretanto a taxa de absorção
do Mg2+ é menor quando comparada a absorção de K+ pelas plantas. Essa menor taxa de
absorção pode estar relacionada a falta de um mecanismo especial de absorção e
transporte do Mg2+ através da membrana plasmática. Este elemento é ativador de várias
enzimas, constituinte da clorofila, com isso, o Mg2+ está envolvido na assimilação de CO2
e na síntese de proteínas. Assim como o Ca2+ atua no equilíbrio entre cátions e ânions e
auxilia na regulação do pH celular.
O enxofre pode ser absorvido tanto pelas raízes (quando presente na solução do
solo) ou pelas folhas através dos estômatos. É constituinte de componentes orgânicos e
está envolvido em processos enzimáticos. Após absorção ele é reduzido e facilmente
incorporado a moléculas orgânicas, é constituinte de aminoácidos essenciais (cisteína,
metionina e cistina), aminoácidos que estão envolvidos na produção de clorofila, portanto
é necessário para a síntese protéica, funções estruturais das plantas e em reações de
oxidação-redução.
O cobre possui uma baixa movimentação na planta, entretanto pode ser
translocado das folhas inferiores para folhas superiores. Desempenha papel fundamental
na metabolização de nitrogênio, proteínas e hormônios, fotossíntese e respiração, assim
como na formação de pólen. Envolve-se em diversas enzimas, as mais importantes
contendo cobre são as plastocianinas, superóxido dismutase amina oxidase. A fenolase e
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lacase são proteínas que contem cobre, estas proteínas estão envolvidas na produção de
lignina.
O ferro para ser absorvido pelas plantas precisa sofrer redução, e sua absorção e
muito influenciada na presença de outros elementos. Não é facilmente transferido para as
partes mais jovens das plantas, sendo o citrato férrico a principal forma em que o Fe pode
se translocar via xilema. Suas principais características são a importante capacidade que
o elemento possui de sofrer mudança de valência e a tendência para formar complexos
com quelatos. A função mais conhecida deste elemento ocorre em sistemas enzimáticos
dos grupos protéticos, onde desempenha papel semelhante ao do Mg2+ nas estruturas de
porfirina de clorofilas.
O manganês é um elemento imóvel que não será retranslocado nas plantas. Se
assemelha a outros elementos nas funções bioquímicas, está envolvido na ligação de ATP
com complexos enzimáticos tais como fosfocinases e fosfotransdeases. O Mn2+ é
considerado ativador da enzima de descarboxilação e desidrogenase no ciclo do ácido
tricarboxílico, entretanto, na maioria das vezes não é específico para estas enzimas, e pode
ser substituído por Mg2+.
Essencial para vários processos bioquímicos o zinco está presente na síntese de
citocromo e nucleotídeo, metabolismo do hormônio auxina, produção de clorofila e na
manutenção das membranas. Específico ativador da enzima anidrase carbónica. O Zn está
presente também em outras enzimas como desidrogenase de álcool, superóxido dismutase
e polimerase de RNA, onde o elemento está ligado.
O níquel é absorvido pelas plantas na forma de cátion divalente (Ni2+) em
concentrações muito pequenas na solução do solo. Atuante no metabolismo do N,
principalmente quando é realizada a adubação com uréia ou derivados (via folha). O Ni
aumenta a atividade da uréase foliar, impedindo a acumulação de teores tóxicos de ureia.
Atua no crescimento, metabolismo, envelhecimento e na absorção de Fe. Uma
característica deste elemento é que ele possui um papel importante na resistência de
plantas as doenças.
Considerado relativamente imóvel nas plantas o boro desempenha papel
importante no metabolismo de ácidos nucleicos, metabolismo de proteínas, fotossíntese,
biossíntese de carboidratos e na estabilidade das membranas das células. Está envolvido
na síntese de uracila que é componente essencial do RNA, e na sua ausência, os
ribossomos não podem ser formados. O B influencia importantes processo nos tecidos
meristemáticos, síntese de proteínas e de RNA assim como na formação de ribose, com
isso, os teores de boro irão afetar o crescimento dos meristemas.
O cloro é um cofator essencial na fotossíntese, realiza a ativação da enzima
responsável pela quebra da molécula de água e liberação de elétrons associados ao
fotossistema II. Em algumas plantas pode ter efeito sobre a regulação das células
estomáticas, que influencia indiretamente na fotossíntese dessas plantas. Provoca a
estimulação da ATPase localizada no tonoplasto, que provavelmente funcionam como
uma bomba que transporta íons de H+ e Cl- do citoplasma para o vacúolo, mantendo o
citoplasma com pH maior do que o do vacúolo. Por ser uma molécula bioquimicamente
inerte, o Cl- possui a capacidade de desempenhar papel osmótico e de neutralização de
cárions.
A absorção do molibdênio pode ser interferida por íons de sulfato. Possivelmente
ele se transloca na forma de complexos de aminoácidos e tem uma mobilidade
considerada moderada. Possui em geral baixos teores presentes na matéria seca das
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plantas. O Mo se envolve nos processos de fixação do N2, redução de nitratos e transporte
de compostos nitrogenados, desempenhando um papel fundamental no metabolismo do
nitrogênio nas plantas.
A falta dos elementos pode causar deficiência nas plantas como comentado
anteriormente. A baixo podemos observar alguns dos sintomas de deficiência dos
nutrientes nas plantas, e fotos dos sintomas na cultura do sorgo-sacarino segundo fotos
de Lima Filho (2014).
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Surgem manchas cloróticas intervenais seguidas de necrose marginal e
Molibidênio enrolamento foliar, interferindo na frutificação. Inicialmente, os
sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas
Apresentam estrias brancas em folhas novas, afeta os órgãos de reserva
e desorganiza os meristemas, causando a morte das extremidades
Boro
caulinares, e pecíolos quebradiços. A floração é completamente
suprimida ou originam-se frutos e sementes anormais.
Reduz o crescimento vegetal e provoca o aparecimento de folhas
Cloro murchas por clorose e necrose, bem como o atrofiamento das raízes.
Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas.
90
Questões de fixação
91
Módulo 15. Revisão AV2
92
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