Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tese
Pelotas, 2012
Lidiane Borges Dias de Moraes
Pelotas
Rio Grande do Sul - Brasil
2012
Banca examinadora:
.
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Wheat technological quality and flour end use are related to the protein content,
which is strongly influenced by both the environment and the protein composition,
which in turn is determined by genetic and environmental factors. The aim of the
experiments was to study the effects of nitrogen (N) fertilization managements, and
nitrogen (N) and sulfur (S) combined fertilization on the bread making quality of
wheat cultivated in the Medium Plateau region in Rio Grande do Sul in a two-year
period. The applicability of the glutomatic system to predict the wheat end use was
also assessed. Onix, Quartzo and Mirante wheat cultivars (Triticum aestivum L.)
were used in the experiments. In the study of N fertilization managements, doses of
36, 100 and 120 kg ha-1 were applied at sowing, tillering and flowering. In order to
study N and S combined fertilization, was applied urea, ammonium sulfate and urea
+ elemental S as top-dressing at flowering. The applicability of the glutomatic system
was tested through correlation analyses using samples from the previous
experiments. Laboratory tests were performed in a totally randomized design with
four repetitions. The analyzed parameters were the following: grain yield, hectoliter
mass (HW), thousand kernel weight, grain hardness index (HI), sulfur, total protein,
proteins of gliadin, glutenin, albumin and globulin fractions, amino acids,
sedimentation volume (SDS), gluten strength (W), tenacity (P), extensibility (L), water
absorption, dough stability, wet gluten (WG), dry gluten (DG), gluten index (GI),
bread specific volume (VE), and bread firmness. The results were analyzed through
the use of variance analysis; in significant models, the means were compared
through Tukey test at a 5-percent probability level. Variations between yearly
precipitation patterns determine the dynamics of fertilizers in the soil and their
availability to the plants, thus having a influence on wheat quality parameters. Grain
yield did not vary with N concentrations higher than 100 kg ha -1. Wheat fertilization
with doses of 120 kg ha-1 of N did not cause S deficiency in the grains. N and S
fertilization managements applied at flowering showed effects on wheat rheological
quality parameters, except for gluten strength. Ammonium sulfate applied at
flowering led to larger accumulation of proteins and sulfur in the grains if compared to
urea and the urea + elementary S combination. The glutomatic system, through the
determinations of wet and dry gluten, is an effective indicator of bread volume,
however, the gluten index did not allow for the prediction of wheat end use when
used in cultivars with similar genetic characteristics, regardless the fertilization
management employed. The fertilization management strategy of using higher N
doses split at sowing, tillering and flowering improved grain technological properties,
thus contributing to cultivars being categorized as suitable for bread making.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 - Dados climáticos de temperatura média (A) e precipitação mensal (B) no
ano e região onde o experimento de campo foi realizado ........................ 61
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.3 - Resumo da análise de variância para caracteres relacionados aos grãos
de três cultivares de trigo fertilizadas com diferentes manejos de N ........ 68
Tabela 1.4 - Desempenho médio para caracteres relacionados aos grãos de três
cultivares de trigo fertilizadas com diferentes manejos de Na ................... 70
Tabela 1.10 - Conteúdo de glúten úmido e glúten seco da farinha, volume e firmeza
do pão de três cultivares de trigo fertilizadas com diferentes manejos de
Na .............................................................................................................. 83
Tabela 2.3 - Produtividade e índice de dureza dos grãos das cultivares de trigo Ônix,
Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos de N e S, nos anos
agrícolas 2009 e 2010a. .......................................................................... 101
Tabela 2.4 - Conteúdo de proteínas e enxofre dos grãos das cultivares de trigo Ônix,
Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos de N e S, nos anos
agrícolas 2009 e 2010a ........................................................................... 104
Tabela 2.6 - Aminoácidos lisina, metionina, cisteína e treonina presentes nos grãos
de trigo das cultivares Ônix, Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes
manejos de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010a ............................. 110
Tabela 2.7 - Resumo da análise de variância para glúten úmido, índice de glúten,
força de glúten (W), tenacidade (P), extensibilidade (L) e estabilidade (E)
da massa das cultivares de trigo Ônix, Quartzo e Mirante fertilizadas com
diferentes manejos de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010 .............. 112
Tabela 2.8 - Glúten úmido e índice de glúten da farinha das cultivares de trigo Ônix,
Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos de N e S, nos anos
agrícolas 2009 e 2010a ........................................................................... 113
Tabela 2.9 - Força de glúten (W), tenacidade (P), extensibilidade (L) e estabilidade
da massa das cultivares de trigo Ônix, Quartzo e Mirante fertilizadas com
diferentes manejos de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010 a............. 116
Tabela 3.1 Resultados médio, máximo, mínimo e desvio padrão dos parâmetros de
qualidade tecnológica de três cultivares de trigo fertilizadas com diferentes
manejos de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010. .............................. 134
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18
Introdução .............................................................................................................. 21
Farinografia......................................................................................................... 39
Alveografia .......................................................................................................... 40
Mixografia ........................................................................................................... 41
Extensografia ...................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 85
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 120
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 142
INTRODUÇÃO GERAL
segregar o trigo de acordo com sua qualidade de uso final. Do contrário, a mistura
de grãos que receberam diferentes níveis de tecnificação e investimento na lavoura
e, que por consequência originaram trigos com aptidões variadas pode dificultar a
formação de lotes com qualidade específica a cada segmento de mercado. Existem
vários métodos capazes de determinar as propriedades físicas da massa preparada
a partir de farinha de trigo, como farinografia, alveografia, extensografia, mixografia.
Os métodos mencionados, aceitos pelas instituições de pesquisa e nas relações de
comercialização requerem grande quantidade de amostras, são morosos e pouco
acessíveis às unidades de armazenamento de trigo. O sistema glutomatic
representa um procedimento simples e seguro, emprega pequena quantidade de
amostra, dispensa a aplicação de reagentes químicos e pode ser utilizado na
determinação simultânea de quantidade e qualidade do glúten. (MATKOVIC et al.
2000; CURIC et al. 2001).
Nesse contexto, o trabalho foi realizado com o objetivo geral de avaliar os
efeitos de diferentes manejos de nitrogênio e enxofre na melhoria da qualidade de
trigo cultivado na região do Planalto Médio do RS, Brasil, pelo período de dois anos.
Os objetivos específicos visaram avaliar os efeitos de doses, épocas e
parcelamentos de fertilização nitrogenada sobre a produtividade e a qualidade
tecnológica e de panificação de cultivares de trigo; verificar a resposta do N e S,
aplicados em cobertura na época de floração das plantas de trigo, em função da
genética e das condições ambientais da região do Planalto Médio do estado do Rio
Grande do Sul; correlacionar os valores de glúten e índice de glúten, determinados
pelo sistema glutomatic, com parâmetros físicos, químicos e reológicos empregados
para predizer o uso final do trigo, bem como comparar o método oficial e modificado
de determinação do índice de glúten como critério indicador de qualidade da farinha
de trigo.
18
REFERÊNCIAS
AYOUB, M.; QUERTIN, S.; LUSSIER, S.; SMITH, D. L. Timing and levels of nitrogen
fertility effects on wheat yield in Eastern Canada. Crop Science, v. 34, p.748-756,
1994.
CURIC, D.; KARLOVIC, D.; TUSAK, D.; PETROVIC, B.; DUGUM, J. Gluten as a
standard of wheat flour quality. Food Technology Biotechnology, v.39, n.4, p.353-
361, 2001.
Introdução
O trigo foi uma das primeiras espécies a ser cultivada no mundo, originário
do cruzamento de outras gramíneas silvestres que existiam próximas aos rios Tigre
e Eufrates (SILVA et al., 2000). Botanicamente o trigo faz parte da família Poaceae
(gramíneas) pertencendo ao gênero Triticum, com número cromossômico básico de
sete, incluindo espécies diplóides (2n=2x= 14, genoma AA), tetraplóides (2n=4x= 28,
genomas AABB) e hexaplóides (2n=6x= 42, genomas AABBDD) (SLEPER e
POEHLMAN, 2006).
Existem diversas espécies de trigos silvestres ou cultivados, porém
atualmente duas apresentam grande importância econômica, o trigo comum
hexaplóide, Triticum aestivum L., com 95% do cultivo mundial e o trigo duro
tetraplóide, Triticum turgidum L., com apenas 5% do cultivo mundial (DELCOUR et
al., 2012). A grande produção de trigo Triticum aestivum L. é explicada por sua
adaptabilidade em diferentes ambientes e também pelas exclusivas propriedades
biomecânicas das massas proveniente destes grãos.
Os trigos hexaplóides (Triticum aestivum L.) podem também ser
classificados em duros, semiduros e brandos, quanto à aptidão de uso final. Assim,
os trigos duros e semiduros possuem aptidão para panificação, enquanto os brandos
são usados para produção de biscoitos. Por outro lado os trigos tetraplóides
(Triticum durum) são conhecidos como “duros” ou “candeal” com aptidão para
produção de macarrão “massas” e possuem o endosperma muito duro e cristalino
(BORGHI et al., 1997).
A espécie Triticum aestivum está entre as espécies vegetais de maior
importância para a alimentação humana, ocupando o segundo lugar em volume,
com 32% da produção mundial de grãos. Dentre os maiores produtores de trigo
encontramos União Européia (27 países), China, Índia, Rússia, EUA e Canadá,
sendo que EUA e Canadá também são os maiores exportadores e China, Índia,
Rússia, Japão e Brasil os maiores importadores do produto (CONAB, 2012). No
Brasil, o trigo é cultivado nas regiões Sul (RS, SC e PR), Sudeste (MG e SP) e
Centro-oeste (MS, GO e DF). Segundo o nono levantamento da safra Brasileira de
Grãos, realizado em Junho de 2012, a área cultivada com trigo na safra 2012/13
deve ficar em torno de 1.921 mil hectares, 11,3% menor do que a área cultivada na
safra 2011/12, que foi de 2.166,2 mil hectares, distribuídos em três regiões e oito
22
Proteínas do trigo
Farinografia
Alveografia
Mixografia
Extensografia
Sistema Glutomatic
REFERÊNCIAS
ALTENBACH, S. B.; DUPONT, F. M.; KOTHARI, K. M.; CHAN, R.; JOHNSON, E. L.;
LIEU, D. Temperature, Water and Fertilizer Influence the Timing of Key Events
During Grain Development in a US Spring Wheat. Journal of Cereal Science, v. 37,
p.9-20, 2003.
ANDERSON, O. D.; GREENE, F. C. The α-gliadin gene family. II. DNA and protein
sequence variation, subfamily structure, and origins of pseudogenes. Theoretical
and Applied Genetics, v. 95, p.59 - 65, 1997.
AYOUB, M.; QUERTIN, S.; LUSSIER, S.; SMITH, D. L. Timing and levels of nitrogen
fertility effects on wheat yield in Eastern Canada. Crop Science, v. 34, p.748-756,
1994.
BRANLARD, G.; DARDEVET, D. Diversity of grain protein and bread wheat quality.
II. Correlation between high molecular weight subunits of glutenin and flour quality
characteristics. Journal of Cereal Science, v. 3 p.345-354, 1985.
BROWN, L.; SCHOLEFIELD, D.; JEWKES, E. C.; PREEDY, N.; WADGE, K.;
BUTLER, M. The effect of sulphur application on the efficiency of nitrogen use in two
contrasting grassland soils. Journal of Agricultural Science, v. 135, p.131-138,
2000.
CURIC, D., KARLOVIC, D., TUSAK, D., PETROVIC, B., DUGUM, J. Gluten as a
standard of wheat flour quality. Food Technology Biotechnology, v.39, n.4, p.353-
361, 2001.
DELCOUR, J. A.; JOYE, I. J.; PAREYT, B.; WILDERJANS, E.; BRIJS, K.; LAGRAIN,
B. Wheat Gluten functionality as a quality determinant in cereal-based food products.
Annual Review of Food Science and Technology, v. 3, p.469-492, 2012.
ECKHOFF, J. Response of durum and spring wheat to applied nitrogen and sulfur.
Fertilizer Facts, n. 30, 2003.
ERCOLI, L.; ARDUINI, I.; MARIOTTI, M.; LULLI, L.; MASONI, A. Management of
sulphur fertiliser to improve durum wheat production and minimise S leaching.
European Journal Agronomy, v. 38, p.74- 82, 2012.
GAN, Z.; ELLIS, P. R.; SCHOFIELD, J. D. Gas cell stabilization and gas retention in
wheat bread dough. Journal of Cereal Science, v. 21, p.215-230 1995.
HARPER, J. E. Nitrogen metabolism. In: BOOTE, K. J.; Bennett, J. M.; Sinclair, T. R.;
Paulsen, G. M. (ed) Physiology and determination of crop yield. Madison:
American Society of Agronomy, 1994. cap.11A, p.285-302.
HOSENEY, R. C. Principles of Cereal Science and Technology (2nd ed.). St. Paul,
Minnesota: American Association of Cereal Chemists, Inc. 1994.
JEREZ, A.; PARTAL, P.; MARTÍNEZ, I.; GALLEGOS, C.; GUERRERO, A. Rheology
and processing of glúten based bioplastics. Biochemical Engineering Journal, v.
26, n. 2/3, p.131-138, 2005.
KAHRAMAN, K.; SAKIYAN, O.; OZTURK, S.; KOKSEL, H.; SUMNU, G.; DUBAT, A.
Utilization of mixolab to predict the suitability of flours in terms of cake quality.
European Food Research and Technology, v.227, n.2, p.565-570, 2008.
KOKSEL, H.; KAHRAMAN, K.; SANAL, T.; OZAY, D. S.; DUBAT, A. Potential
Utilization of mixolab for quality evaluation of bread wheat genotypes. Cereal
Chemistry, v.86, n.5, p.522-526, 2009.
LANA, R. M. Q.; FARIA, M. V.; LANA, A. M. Q.; BONOTTO, I.; PEREIRA, D. M.;
TREVISAN, L. R. Uso de fertilizantes contendo inibidor de nitrificação e
micronutrientes via semente e foliar na cultura do milho. In: CONGRESSO
NACIONAL DE MILHO E SORGO, 26. 2006, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte:
ABMS, 2006. (CD – ROM).
LASZTITY, R. Wheat proteins. in: The chemistry of Cereal Proteins. CRC Press:
Bpcaa Raton, FL. 1984. p.73-89.
LUO, C.; BRANLARD, G.; GRIFFIN, W. B.; MCNEIL, D. L. The effect of nitrogen and
sulfur fertilisation and their interaction with genotype on wheat glutenins and quality
parameters. Journal of Cereal Science, v. 3, p.1185-1194, 2000.
MCGRATH, S. P.; ZHAO, F. J. Sulphur uptake, yield responses and the interactions
between nitrogen and sulphur in winter oilseed rape (Brassica napus). Journal of
Agricultural Science, v. 126, p.53-62, 1996.
MANN, G.; DIFFEY, S.; ALLEN, H.; PUMPA J.; NATH, Z.; MORELL, M. K.; CULLIS,
B.; SMITH, A. Comparison of small-scale and large-scale mixing characteristics:
correlations between small-scale and large-scale mixing and extensional
characteristics of wheat flour dough. Journal of Cereal Science, v.47, n.1, p.90-100,
2008.
NGUYEN, M. L.; GOH, K. M. Status and distribution of soil sulphur fractions, total
nitrogen and organic carbon in camp and non-camp soils of grazed pastures supplied
with long-term superphosphate. Biology and Fertility of Soils, v. 14, p.181-190,
1992.
OZTURK, A.; AYDIN, F. Effect of water stress at various growth stages on some
quality characteristics of winter wheat. Journal of Agronomy and Crop Science, v.
190, p.93-99, 2004.
PAYNE, P. I. Genetics of wheat storage proteins and the effect of allelic variation on
bread-making quality. Annual Review of Plant Physiology, v. 38, p.141-153,
1987a.
PRESTON, K. R.; KILBORN. R. H. Dough Rheology and the Farinograph. In: D'
Appolonia, B. L. & Kunerth, W. H. (ed.), The Farinograph Handbook, Third Edition,
Revised and Expanded. AACC. USA. 1984. p.38-42.
RANDALL, P. J.; FRENEY, J. R.; SMITH, C. J.; MOSS, H. J.; WRIGLEY, C. W.;
GALBALLY, I. E. Effect of additions of nitrogen and sulfur to irrigated wheat at
heading on grain yield, composition and milling and baking quality. Australian
Journal of Experimental Agriculture, v. 30, p.95-101, 1990.
SAINT PIERRE, C.; PETERSON, C. J.; ROSS, A. S.; OHM, J. B.; VERHOEVEN, M.
C.; LARSON, M.; HOEFER, B. Winter wheat genotypes under different levels of
nitrogen and water stress: Changes in grain protein composition. Journal of Cereal
Science, v. 47, p.407-416, 2008.
SAPIRSTEIN, H. D.; SUCHY, J. SDS-Protein gel test for prediction of bread loaf
volume. Cereal Chemistry, v. 76, p.164-172, 1999.
SIMMONDS, N. W. The relation between yield and protein in cereal grain. Journal of
the Science of Food and Agriculture, v. 67, p.309-315, 1995.
SMITH, C. J.; SHERLOCK, J. R. F.; BALLY, I. E. G. The fate of urea nitrogen applied
in a foliar spray to wheat at heading. Fertilizer Research, v. 28, p.129-138, 1991.
SOLBERG, E. D.; MALHI, S. S.; NYBORG, M.; GILL, K. S. Fertilizer type, tillage, and
application time effects on recovery of sulfate–S from elemental sulfur fertilizers in
fallow field soils. Communications in Soil Science and Plant Analysis, v. 34,
p.815-830, 2003.
55
SOWERS, K. E.; PAN, W. L.; MILLER, B. C.; SMITH, J. L. Nitrogen use efficiency of
split nitrogen applications in soft white winter wheat. Agronomy Journal, v. 86,
p.942-948, 1994.
TEA, I.; GENTER, T.; NAULET, N.; LUMMERZHEIM, M.; KLEIBER, D. Interaction
between nitrogen and sulfur by foliar application and its effects on flour bread-making
quality. Journal of the Science of Food and Agriculture, v. 87, p.2853-2859, 2007.
TRIBOI, E.; ABAD, A.; MICHELENA, A.; LLOVERAS, J.; OLLIER, J. L.; DANIEL C.
Environmental effects on the quality of two wheat genotypes: 1. Quantitative and
qualitative variation of storage proteins. European Journal of Agronomy, v.13, n.1,
p.47-64, 2000.
VESTRENG, V.; MYHRE, G.; FAGERLI, H.; REIS S.; TARRASON, L. Twenty-five
years of continuous sulphur dioxide emission reduction in Europe. Atmospheric
Chemistry and Physics, v. 7, p.3663-3681, 2007.
WEN, G., SCHOENAU, J.J., MOOLEKI, S.P., INANAGA, S., YAMAMOTO, T.,
HAMAMURA, K., INOUE, M., AN, P. Effectiveness of an elemental sulfur fertilizer in
an oilseed-cereal-legume rotation on the Canadian prairies. Journal of Plant
Nutrition and Soil Science, v. 166, p.54-60, 2003.
WIESER, H.; KIEFFER, R. Correlations of the amount of gluten protein types to the
technological properties of wheat flours determined on a micro-scale. Journal of
Cereal Science, v. 34, p.19-27, 2001.
ZELENY, L., A simple sedimentation test for estimating the bread-baking and gluten
qualities of wheat flour. Cereal Chemistry, v. 24, p.465-474, 1947.
ZHAO, F. J.; WITHERS, P. J. A.; EVANS, E. J.; MONAGHAN, J.; SALMON, S. E.;
SHEWRY, P. R.; MCGRATH, S. P. Sulphur nutrition: an important factor for the
quality of wheat and rapeseed (Reprinted from Plant nutrition for sustainable food
production and environment). Soil Science and Plant Nutrition, v. 43, p.1137-1142,
1997.
ZORB, C.; STEINFURTH, D.; SELING, S.; LANGENKAMPER, G.; KOEHLER, P.;
WIESER, H.; LINDHAUER, M. G.; MUHLING, K. H. Quantitative Protein Composition
and Baking Quality of Winter Wheat as Affected by Late Sulfur Fertilization, Journal
of Agricultural and Food Chemistry, v. 57, p.3877-3885, 2009.
1.1 INTRODUÇÃO
20,0 250,0
climatoógica
200,0
15,0
150,0
10,0
100,0
5,0 50,0
0,0 0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês Mês
(A) (B)
Figura 1.1 - Dados climáticos de temperatura média (A) e precipitação mensal (B) no
ano e região onde o experimento de campo foi realizado
Fonte: adaptado de Embrapa Trigo, 2011.
M0 36 0 0
M1 36 64 0
M2 36 84 0
M3 36 64 20
-1 -1 -1
M0 = 36 kg ha de N na base; M1 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha de N no perfilhamento; M2
-1 -1 -1
= 36 kg ha de N na base + 84 kg ha de N no perfilhamento; M3 = 36 kg ha de N na base + 64 kg
-1 -1
ha N no perfilhamento + 20 kg ha de N na floração.
Na área útil de cada parcela foi realizada a colheita mecânica dos grãos,
seguida dos procedimentos de pré-limpeza e secagem em secador estacionário,
com ventilação de ar forçado, marca Bandeirante, modelo 20sc, Brasil, até obter 13
g 100 g-1 de água. A determinação de produtividade dos grãos foi realizada pela
empresa Biotrigo Genética Ltda., através da pesagem dos grãos, sendo os
resultados expressos em kg ha-1. As amostras de trigo (2 kg) foram embaladas em
sacos de algodão e conduzidas para maturação em câmara seca, na temperatura de
20 oC e umidade relativa de 55±5%, pelo período de dois meses. A limpeza dos
grãos foi realizada em separador de impurezas marca Intecnial, modelo Sintel, Brasil
e a moagem para obtenção de farinha integral foi feita em moinho tipo ciclone,
marca UDY Corporation, modelo Sample Mill, EUA, com peneira de 0,05 mm de
abertura.
Para produção da farinha empregada nas determinações analíticas, os grãos
foram previamente condicionados a 15 g 100 g-1 de água e após 24 h conduzidos
para a moagem em moinho experimental marca Chopin, modelo CD1, França, de
acordo com o método no 26-10 da AACC (2000).
As avaliações de qualidade tecnológicas do trigo foram realizadas nos
Laboratórios de Cereais e físico-química do Centro de Pesquisa em Alimentação
(CEPA) da Universidade de Passo Fundo, Laboratório de Controle de Qualidade de
63
1.2.2.4 Enxofre
1.2.2.9 Alveografia
massa pelo aparelho, foram formados discos, os quais foram inflados em bolhas. A
variação de pressão dentro de cada bolha foi registrada em gráficos na forma de um
alveograma. A altura máxima da curva forneceu uma estimativa da tenacidade da
massa (P), que mede a sobrepressão máxima exercida na expansão da massa em
mm. O comprimento da curva foi determinado como a extensibilidade da massa (L),
expressa em mm. A área da curva correspondeu ao trabalho mecânico necessário
para expandir a bolha até a ruptura (W), expresso em 10-4 J.
1.2.2.11 Glúten
biológico e misturou-se por mais seis minutos. A massa foi retirada da misturadora,
dividida em porções de 150 g e deixada em descanso por dez minutos. Após
moldagem dos pães, estes foram introduzidos em formas de tamanho padrão e
levados para fermentação em câmara marca Multipão, regulada na temperatura de
301C e umidade relativa de 80%. O monitoramento foi realizado pelo uso de
termo-higrógrafo. O cozimento dos pães foi realizado no forno, marca Labor
Instruments, modelo QA 226, regulado na temperatura de 220C por 18 minutos.
-----------------------------Quadrado médio-------------------------------
Tabela 1.4 - Desempenho médio para caracteres relacionados aos grãos de três
cultivares de trigo fertilizadas com diferentes manejos de Na
Produtividade Enxofre
b
PH MMG Índice de
Efeito -1
(kg ha a 13 g 100 (g 100 g-1
(kg 100 L-1) (g) dureza
g-1 de água) bs)
Manejob
----------------------------Quadrado médio-------------------------
tanto com a elevação (M0, M1 e M2) quanto com o parcelamento da mesma dose de
N (M2 e M3, respectivamente) (Tab. 1.6). Estes resultados indicam que para obter-
se alta eficiência de uso do N, a qual pode traduzir-se em maior custo benefício para
os produtores, tão importante quanto à dose, é a definição da época de aplicação.
As três cultivares apresentaram resposta positiva as estratégias de
fertilização com relação ao conteúdo de proteínas totais, o que reforça a importância
de definição de manejos visando alcançar o desempenho de produtos finais, de
acordo com genótipos que pertençam ao mesmo grupo de qualidade.
Manejo b Cultivar
Ônix Quartzo Mirante
Proteínas totais (g 100 g-1) em base seca
M0 A 12,50 c B 12,24 d C 11,81 d
M1 A 13,40 b B 12,78 c B 12,67 c
M2 A 13,50 ab B 13,12 b B 13,20 b
M3 A 13,69 a B 13,39 a AB 13,50 a
Gliadinas (g 100 g-1)
M0 AB 4,76 c A 4,79 d B 4,68 d
M1 A 5,24 b B 5,08 c AB 5,18 c
M2 AB 5,31 b B 5,26 b A 5,45 b
M3 B 5,41 a B 5,36 a A 5,52 a
Gluteninas (g 100 g-1)
M0 A 5,48 c B 5,17 c C 4,84 d
M1 A 5,84 b B 5,43 b C 5,19 c
M2 A 5,90 ab B 5,58 ab B 5,43 b
M3 A 6,02 a B 5,74 a B 5,68 a
a
Letras minúsculas distintas na mesma coluna e maiúsculas na mesma linha representam,
respectivamente, diferenças significativas entre os manejos e as cultivares, de acordo com o teste de
Tukey a 5% de significância.
b -1 -1 -1
M0 = 36 kg ha de N na base; M1 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha de N no perfilhamento; M2
-1 -1 -1
= 36 kg ha de N na base + 84 kg ha de N no perfilhamento; M3 = 36 kg ha de N na base + 64 kg
-1 -1
ha N no perfilhamento + 20 kg ha de N na floração.
75
Efeitob SDS (mL) W (10-4J) P (mm) L (mm) E (min) Abs (g 100 g-1)
Manejo
M0 9,63 c 201 c 69 b 74 b 18,05 b 54,49 c
M1 10,81 b 224 b 72 ab 78 ab 18,65 ab 54,98 b
M2 11,09 ab 234 b 75 ab 81 ab 18,69 ab 55,34 ab
M3 11,50 a 250 a 77 a 85 a 19,28 a 55,75 a
Cultivar
Ônix 11,45 a 250 a 77 a 81 a 20,36 a 55,57 a
Quartzo 10,56 b 217 b 67 b 87 a 16,85 c 54,62 b
Mirante 10,26 b 215 b 75 a 70 b 18,79 b 55,22 a
a
Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey a 5% de significância.
b -1 -1 -1
M0 = 36 kg ha de N na base; M1 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha de N no perfilhamento; M2
-1 -1 -1
= 36 kg ha de N na base + 84 kg ha de N no perfilhamento; M3 = 36 kg ha de N na base + 64 kg
-1 -1
ha N no perfilhamento + 20 kg ha de N na floração.
Fonte de
GL GU GS IG VE Firmeza do pão
variação
----------------------------Quadrado Médio---------------------------
Tabela 1.10 - Conteúdo de glúten úmido e glúten seco da farinha, volume e firmeza
do pão de três cultivares de trigo fertilizadas com diferentes manejos de Na
Manejo b Cultivar
1.4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ABBAD, A.; LLOVERAS, J.; MICHLENA, A. Nitrogen fertilization and foliar urea
effects on Durum wheat yield and quality and on residual soil nitrate in irrigated
Mediterranean conditions. Field Crops Research, v. 87, p.257-269, 2004.
ABEDI, T.; ALEMZADEH, A.; KAZEMEINI, S. A. Wheat yield and grain protein
response to nitrogen amount and timing. Australian Journal of Crop Science, v.5,
n.3, p.330-336, 2011.
ASTM. (2008). Amercian Society for Testing and Materials - Standard D4239 - 08.
Standard Test Methods for Sulfur in the Analysis Sample of Coal and Coke Using
High-Temperature Tube Furnace Combustion Methods. In Annual Book of ASTM
Standards. ASTM International. West Conshohocken, PA 19428-2959, United
States.
AYOUB, M.; QUERTIN, S.; LUSSIER, S.; SMITH, D. L. Timing and levels of nitrogen
fertility effects on wheat yield in Eastern Canada. Crop Science, v. 34, p.748-756,
1994.
BAKHT, J.; SHAFI, M.; JAN, M. T.; SHAH, Z. Influence of crop residue management,
cropping system and N fertilizer on soil N and C dynamics and sustainable wheat
(Triticum aestivum L.) production. Soil and Tillage Research, v.104, n.2, p.233-240,
2009.
BORGHI, B.; CORBELLINI, M.; MINOIA, C.; PALUMBO, M.; DI FONZO, N.;
PEREZIN, M. Effects of Mediterranean climate on wheat bread-making quality of
wheat (Triticum Aestivum L.). European Journal Agronomy, v. 4, p.37-45, 1997.
BUSHUK, W. Flour proteins: structure and funcionality in dough and bread. Cereal
Foods World, Saint Paul, v.30, n.7, p.447-451, 1985.
DONNELLY, P. J.; PONTE, J. G. Pasta: Raw materials and processing. In: Kulp, K.
and Pont, J.G. (2ed). Handbook of Cereal Science and Technology. New York:
Marcel Dekker, p.647-666, 2000.
DUPONT, F. M.; HURKMAN, W. J.; VENSEL, W. H.; CHAN, R.; LOPEZ, R.;
TANAKA, C. K.; ALTENBACH, S. B. Differential accumulation of sulfur-rich and
sulfur-poor wheat flour proteins is affected by temperature and mineral nutrition
during grain development. Journal of Cereal Science, v. 44, p.101-112, 2006.
ERCOLI, L.; LULLI, L.; ARDUINI I.; MARIOTTI, M.; MASONI, A. Durum wheat grain
yield and quality as affected by S rate under Mediterranean conditions. European
Journal Agronomy, v. 35, p.63-70, 2011.
FINLAY, G. J.; BULLOCK, P. R.; SAPIRSTEIN, H. D.; NAEEM, H. A.; HUSSAIN, A.;
ANGADI, S. V.; DEPAUW, R. M. Genotypic and environmental variation in grain,
flour, dough and bread-making characteristics of western Canadian spring wheat.
Canadian Journal of Plant Science, v.87, n.4, p.679-690, 2007.
ICC. 2006. Approved Standard 173. International Association for Cereal Science and
Technology: Vienna.
LI, C.; CAO, W.; DAI, T. Dynamic characteristics of floret primordium development in
wheat. Field Crops Research, v. 71, p.71-76, 2001.
LUO, C.; BRANLARD, G.; GRIFFIN, W. B.; MCNEIL, D. L. The effect of nitrogen and
sulfur fertilisation and their interaction with genotype on wheat glutenins and quality
parameters. Journal of Cereal Science, v. 3, p.1185-1194, 2000.
MICELI, F.; MARTIN, M.; ZERBI, G., Yield, quality and nitrogen efficiency in winter
wheat fertilized with increasing N levels at different times. Journal Agronomy and
Crop Science, v. 168, p.337-344, 1992.
OLMOS, S.; DISTELFELD, A.; CHICAIZA, O.; SCHLATTER, A. R.; FAHIMA, T.;
ECHENIQUE, V.; DUBCOVSKY, J. Precise mapping of a locus affecting grain protein
content in durum wheat. Theoretical and Applied Genetics, v. 107, p.1243-1251,
2003.
SMITH, C. J.; SHERLOCK, J. R. F.; BALLY, I. E. G. The fate of urea nitrogen applied
in a foliar spray to wheat at heading. Fertilizer Research, v.28, p. 129-138, 1991.
TEIXEIRA FILHO, M. C. M.; BUZETTI, S.; ANDREOTTI, M.; ARF, O.; BENETT, C.
G. S. Doses, fontes e épocas de aplicação de nitrogênio em trigo irrigado em plantio
direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.45, n.8, p.797-804, 2010.
TRIBOI, E.; ABAD, A.; MICHELENA, A.; LLOVERAS, J.; OLLIER, J. L.; DANIEL C.
Environmental effects on the quality of two wheat genotypes: 1. Quantitative and
qualitative variation of storage proteins. European Journal of Agronomy, v.13, n.1,
p.47-64, 2000.
VAN LILL, D.; SMITH, M. F. A quality assurance strategy for wheat (Triticum
aestivum L.) where growth environment predominates. South African Journal of
Plant and Soil, v. 14, p.183-191, 1997.
VARGA, B.; SVECNJAK, Z. The effect of late-season urea spraying on grain yield
and quality of winter wheat cultivars under low and high basal nitrogen fertilization.
Field Crops Research, v. 96, p.125-132, 2006.
ZHAO, F. J.; WITHERS, P. J. A.; EVANS, E. J.; MONAGHAN, J.; SALMON, S. E.;
SHEWRY, P. R.; MCGRATH, S. P. Sulphur nutrition: an important factor for the
quality of wheat and rapeseed (Reprinted from Plant nutrition for sustainable food
production and environment). Soil Science and Plant Nutrition, v. 43, p.1137-1142,
1997.
ZHU, J.; KHAN, K. Effects of genotype and environment on glutenin polymers and
breadmaking quality. Cereal Chemistry, v. 78, p.125-130, 2001.
91
2.1 INTRODUÇÃO
atuam estabilizando a rede de glúten. A deficiência deste mineral tem efeito sobre a
produtividade de grãos e composição do glúten, com aumento na síntese de
proteínas pobres em S como ω-gliadinas e subunidades de glutenina de alta massa
molecular (HMW-GS) as expensas das proteínas ricas em S como α e γ-gliadinas e
subunidades de gluteninas de baixa massa molecular (LMW-GS) (ZHAO et al., 1997,
ZHAO; HAWKESFORD; MCGRATH, 1999). Estas modificações composicionais nos
grãos foram associadas com aumento na tenacidade e redução na extensibilidade
da massa, volume e aparência do pão (LERNER et al., 2006).
Há uma forte interdependência entre N e S no metabolismo das plantas e
estas tendem a manter uma relação constante. As proteínas do trigo requerem
aproximadamente 1 parte de S para cada 15 partes de N por peso. Withers e
Sinclair (1992) reportaram que o pico de absorção de S é durante a antese e
maturidade, o que significa que a disponibilidade de S deve ser mantida durante
todo o ciclo de desenvolvimento da cultura. Para Zorb et al. (2009) o parcelamento
de aplicação de S é importante por dois motivos principais: alta demanda deste
componente durante o período de enchimento de grãos e susceptibilidade a
lixiviação, especialmente em solos arenosos.
Em estudos realizados no sul da Europa por Garrido-Lestache; Lópes-
Bellido; Lópes-Bellido (2004, 2005) a aplicação foliar de N na forma de uréia na
emergência afetou o conteúdo de proteínas dos grãos e o índice alveográfico força
de glúten (W), mas não a produtividade, em contraste a aplicação de fertilizantes
contendo S, tanto no solo quanto através de fertilização foliar não demonstraram
efeito sobre os índices de qualidade das proteínas. TEA et al. (2007) relataram que
N e S aplicados no estágio de antese, foram transportados e acumulados nos grãos,
provendo suporte para a síntese de proteínas. Além disso, o efeito sinérgico destes
componentes melhorou a extensibilidade e absorção de água da massa, sem
alterações na produtividade dos grãos. Para SALVAGIOTTI et al. (2009), a adição
de S aumenta a eficiência de uso do N, principalmente por aumentar a recuperação
do N do solo, ou seja, a relação entre o N aplicado e absorvido. Já Godfrey et al.
(2010) verificaram que a farinha resultante dos grão cultivados com a mesma dose
de N, com e sem a adição de enxofre mostraram propriedades funcionais
semelhantes, no entanto, a força da massa das amostras sem S, medida através do
extensógrafo, foi similar aquelas amostras cultivadas com baixo conteúdo de N.
94
Temperatura (°C)
ano (2009)
400 20,0
Normal climatoógica
350
300 15,0
250
200 10,0
150
100 5,0
50
0 0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês Mês
(A) (B)
Temperatura média (°C)
Precipitação mensal (mm)
300,0 ano (2010) 25,0 ano (2010)
TPrecipitação pluvial (mm)
Temperatura (°C)
250,0 20,0
climatoógica
200,0
15,0
150,0
10,0
100,0
50,0 5,0
0,0 0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mês Mês
(C) (D)
Figura 2.1 - Dados climáticos de precipitação mensal e temperatura média no ano
de 2009 (A,B) e 2010 (C,D) na região onde o experimento de campo foi realizado
Fonte: adaptado de Embrapa Trigo, 2009, 2010.
2.2.2.3 Glúten
2.2.2.6 Alveografia
2.2.2.7 Farinografia
Fonte de
GL Produtividade Índice de dureza Proteínas Enxofre
variação
------------------------------Quadrado médio------------------------------
Tabela 2.3 - Produtividade e índice de dureza dos grãos das cultivares de trigo Ônix,
Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos de N e S, nos anos agrícolas
2009 e 2010a.
Manejo de fertilizaçãob
Cultivar
Ônix 4665 b 4686 b 81,80 a 77,61 a
Quartzo 5230 a 5102 a 72,15 b 72,26 b
Mirante 4395 b 4815 ab 69,32 c 65,16 c
a
Para cada ano as médias seguidas pelas mesmas letras na coluna para manejo e cultivar não
diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância.
b -1 -1 -1
M1 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) + 20 kg ha de N na floração
-1 -1 -1
(uréia); M2 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) + 20 kg ha de N na
-1 -1
floração (sulfato de amônio); M3 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) +
-1 -1
20 kg ha de N (uréia) e 23 kg ha de S elementar na floração.
conjunto com N, não exerceu efeito sobre a dureza dos grãos. Thomasson et al.
(2008) analisando o efeito do N e S sobre as características físicas dos grãos de três
cultivares de trigo verificaram que a aplicação de N na floração e de S na elongação
não tiveram consistente influência sobre a dureza dos grãos. No entanto Moss et al.
(1981) verificaram, de acordo com diferentes métodos, que grãos contendo baixo
conteúdo de S são significativamente mais duros
Nos dois anos de estudo a cultivar Ônix apresentou índice de dureza
superior, seguido pela Quartzo e Mirante (Tab. 2.3). Estes resultados demonstram o
forte controle genético das cultivares sob este parâmetro. Segundo Pascha, Anjum e
Morris (2010) a variação observada na textura dos grãos (moles ou duros) é inerente
e controlada geneticamente por um simples lócus, que compreende três genes (Pin
a, Pin b e Gsp-1), referido como hardness (Ha). No entanto, Turnbull e Rahman
(2002) descreveram que vários fatores ambientais, físicos e químicos afetam a
dureza dos grãos, dentre eles, o conteúdo de proteínas, vitreosidade e tamanho do
grão, pentosanas solúveis em água, umidade e conteúdo de lipídeos dos grãos.
Garrido-Lestache, López-Bellido e López-Bellido (2005), Makowska et al. (2008) e
Mattas, Uppal e Singh (2011) relataram em seus estudos que os trigos contendo
maior conteúdo de proteínas corresponderam aqueles com superior dureza dos
grãos. Já para Miller, Pomeranz e Afework (1984); Martin et al. (2001) e Pascha,
Anjum e Butt (2009) o conteúdo de proteínas nos grão não apresentou relação com
a dureza. Neste estudo a relação entre o conteúdo de proteínas e a dureza dos
grãos foi oposta, no ano de 2009 o conteúdo de proteínas foi menor e o índice de
dureza dos grãos foi maior e em 2010, o conteúdo de proteínas foi maior e o índice
de dureza menor. Provavelmente fatores relacionados ao clima, como o excesso de
chuvas registrado em 2009 (Fig. 2.1), devem ter desencadeado modificações na
composição físico-química dos grãos, principalmente ligadas ao teor de água destes
e com isto alterado sua textura.
Em geral, os grãos de trigo obtidos neste estudo, independente do manejo
de fertilização aplicado, de acordo com os dados descritos na tabela de classificação
de textura dos grãos da AACC (2000) (Tab. 2.1), são considerados duros. Com
relação às cultivares, nos dois anos de estudo a Quartzo e Mirante demonstraram
característica de textura de grãos duros, enquanto a cultivar Ônix, de grãos muito-
duros em 2009 e duros em 2010. Segundo Martin et al. (2001), a textura do
endosperma influencia certas propriedades físicas, tais como, o tamanho da
104
Tabela 2.4 - Conteúdo de proteínas e enxofre dos grãos das cultivares de trigo Ônix,
Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos de N e S, nos anos agrícolas
2009 e 2010a
2009 2010
Pasinato e Cunha, (2009) não foi adequada para o desenvolvimento do trigo naquele
ano.
Resultado semelhante reportando redução no conteúdo de proteínas
decorrente do excesso de chuva também foi descrito por Hirano (1976), o qual
relacionou este efeito à menor acumulação de matéria seca nos grãos ocorrida
devido à redução da fotossíntese e absorção de nutrientes pelas plantas de trigo.
Por outro lado, assim como Gooding e Davis (1997) que registraram aumento no
conteúdo de proteínas nos grãos sob condições de média para baixa incidência de
chuvas, em nosso estudo também foi observado superior conteúdo de proteínas nos
grãos no ano de 2010, em que as variáveis climatológicas de precipitação e
temperatura foram consideradas normais para o cultivo de trigo (Fig. 2.1C,D). Estas
condições de clima em 2010 possivelmente permitiram melhor eficiência de uso dos
fertilizantes aplicados em cobertura na floração, os quais foram absorvidos pelas
plantas e redistribuídos para os grãos na forma de aminoácidos para a síntese de
proteínas.
Enquanto a cultivar Ônix apresentou conteúdo de proteínas
significativamente superior às demais em 2010 (Tab. 2.4), a cultivar Quartzo,
independente do ano agrícola, apresentou conteúdo de proteínas significativamente
inferior. Este último resultado, provavelmente seja consequência do efeito de
diluição, pois embora no ano de 2010, de acordo com a Anova, não tenha ocorrido
diferença significativa na produtividade de grãos entre as cultivares Quartzo e
Mirante, a primeira obteve superior produtividade em relação às demais nos dois
anos de estudo e, portanto, a relação proteínas:amido para esta cultivar foi menor.
Le Gouis et al. (2000) citaram que diferenças genéticas na absorção e utilização do
N para aumento no conteúdo de proteínas tem sido verificadas para trigo.
Com relação ao conteúdo de enxofre nos grãos, as cultivares Quartzo e
Mirante em 2009 e a Ônix, Quartzo e Mirante em 2010 apresentaram valores
significativamente superiores para este componente em M2 quando comparados a
M1 e M3 (Tab. 2.4). Estes resultados apresentaram relação com as alterações
ocorridas no conteúdo de proteínas dos grãos, e provavelmente devem-se ao fato de
que mais de 90% do S presente no trigo está na forma orgânica, relacionado
principalmente a composição das proteínas dos grãos (ZHAO; HAWKESFORD;
MCGRATH, 1999). Ercoli et al. (2011) citaram que a resposta para a fertilização com
S no trigo varia entre locais e anos, devido as diferenças no solo ou condições
107
foi maior quando S foi aplicado com altas doses de N, revelando um sinergismo
entre estes nutrientes. Para estes autores, a adição de S, além de aumentar a
eficiência de uso do N, principalmente pelo aumento do N recuperado do solo
anterior a antese, contribuiu para a redução do potencial de poluição de nitrato
residual no solo.
Assim como observado por Ercoli et al. (2011, 2012), foi possível verificar
que, para o particular solo em que os trigos foram cultivados, a aplicação de alta
dose de N como 120 kg ha-1 (M1) não induziu a deficiência de S nos grãos e permitiu
manter um eficiente balanço entre N e S. Nos dois anos de estudo, os similares
resultados entre M1(uréia) e M3 (uréia + S elementar) quanto a produtividade de
grãos, conteúdo de S, proteínas, glúten e força de glúten (W) não deram suporte a
hipótese de Moss et al. (1981), Zhao, Hawkesford e McGrath (1999) e Flaete et al.
(2005) de que altas concentrações de S nos grãos somente poderiam ocorrer
quando N e S fossem suplementados em altos níveis.
Entre as cultivares, nos dois anos agrícolas, a Ônix apresentou conteúdo de
S significativamente superior a Quartzo.
Fonte de
GL Lisina Metionina Cisteína Treonina
variação
------------------------Quadrado médio---------------------
Tabela 2.6 - Aminoácidos lisina, metionina, cisteína e treonina presentes nos grãos
de trigo das cultivares Ônix, Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos
de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010a
2009 2010
Tabela 2.7 - Resumo da análise de variância para glúten úmido, índice de glúten,
força de glúten (W), tenacidade (P), extensibilidade (L) e estabilidade (E) da massa
das cultivares de trigo Ônix, Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos
de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010
Fonte de
GL GU IG W P L E
variação
-------------------------------------Quadrado médio---------------------------------
Tabela 2.8 - Glúten úmido e índice de glúten da farinha das cultivares de trigo Ônix,
Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes manejos de N e S, nos anos agrícolas
2009 e 2010a
Manejo de fertilização
M1 23,51 a 28,27 b 97,44 a 98,61 a
M2 23,88 a 29,44 a 97,83 a 98,00 a
M3 23,89 a 28,62 b 97,95 a 98,07 a
Cultivar
Ônix 24,43 a 30,09 a 97,79 a 98,35 a
Quartzo 23,31 b 27,36 b 97,45 a 98,27 a
Mirante 23,26 b 27,35 b 97,77 a 98,11 a
a
Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey a 5% de significância.
b -1 -1 -1
M1 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) + 20 kg ha de N na floração
-1 -1 -1
(uréia); M2 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) + 20 kg ha de N na
-1 -1
floração (sulfato de amônio); M3 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) +
-1 -1
20 kg ha de N (uréia) e 23 kg ha de S elementar na floração.
irrigação ou muito ruins, como déficit hídrico e estress térmico possam reduzir o
índice de glúten, a cultivar é o principal fator a influenciar este parâmetro. Bonfil e
Posner (2012) estudando o emprego do índice de glúten como critério de
determinação da qualidade da farinha para produção de pão observaram que o
índice de glúten não demonstrou correlação com o conteúdo de proteína do grão,
valor de sedimentação da farinha e volume do pão, devendo, portanto ser
empregado com cautela, juntamente com outros métodos, para avaliar a qualidade
do trigo.
Embora os valores médios globais de 97,70 e 98,23 de índice de glúten
obtidos, respectivamente, nos anos de 2009 e 2010 (Tab. 2.10) tenham apresentado
variação significativa, na prática esta diferença foi muito pequena para afirmar que
as condições climáticas tiveram efeito prejudicial sobre este parâmetro. No entanto,
os elevados valores de índice de glúten (Tab. 2.8) confirmam a adequação genética
destas cultivares para a panificação. Em estudos realizados por Curic et al. (2001)
na Europa Central, valores de índice de glúten entre 75 e 90 são considerados
ótimos para cultivares destinadas a panificação. Já em Israel, onde além do
conteúdo de proteína do grão e massa de hectolitro, o índice de glúten é um dos
parâmetros de qualidade que o mercado atual de trigo utiliza para comercialização
dos grãos, os valores desejáveis de índice de glúten para trigos tipo pão devem ser
entre 55 e 100 (BONFIL e POSNER, 2012).
Os índices alveográficos força de glúten (W), tenacidade (P) e
extensibilidade da massa (L) e o parâmetro promilográfico estabilidade da massa (E)
apresentaram variação significativa para o fator cultivar. O manejo de fertilização
demonstrou efeito significativo sobre todos os índices reológicos de qualidade de
panificação, exceto para a força de glúten (W). A influência do ano foi significativa
para força de glúten, extensibilidade e estabilidade da massa, não sendo verificada
variação significativa para tenacidade da massa (Tab. 2.10), parâmetro este que
segundo Garrido-Lestache, López-Bellido e López-Bellido (2004) e Fuertes-
Mendizábal et al. (2010), a pesar de apresentar variação frente aos manejos de N,
está mais intimamente ligado a cultivar. Enquanto as interações manejo x ano e
cultivar x ano foram significativas para P e E e para W, L e E, respectivamente, a
interação manejo x cultivar e a tripla interação manejo x ano x cultivar não foram
significativas para nenhum dos parâmetros analisados (Tab. 2.7).
116
Tabela 2.9 - Força de glúten (W), tenacidade (P), extensibilidade (L) e estabilidade
da massa das cultivares de trigo Ônix, Quartzo e Mirante fertilizadas com diferentes
manejos de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010a.
Manejo de fertilização
M1 193 a 250 a 72 a 77 a 64 b 85 b 8b 18 b
M2 198 a 237 a 72 a 66 b 74 a 93 a 12 a 19 a
M3 194 a 239 a 71 a 70 b 70 a 91 a 11 a 19 a
Cultivar
Ônix 241 a 264 a 82 a 76 a 77 a 84 b 16 a 20 a
Quartzo 172 b 226 b 64 b 63 c 72 a 97 a 7c 17 c
Mirante 172 b 234 b 70 b 71 b 59 b 85 b 10 b 19 b
a
Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey a 5% de significância.
b -1 -1 -1
M1 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) + 20 kg ha de N na floração
-1 -1 -1
(uréia); M2 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) + 20 kg ha de N na
-1 -1
floração (sulfato de amônio); M3 = 36 kg ha de N na base + 64 kg ha N no perfilhamento (uréia) +
-1 -1
20 kg ha de N (uréia) e 23 kg ha de S elementar na floração.
2.4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ALTENBACH, S. B.; DUPONT, F.; KOTHARI, K.; CHAN, R.; JOHNSON, E. L.; LIEU,
D. Temperature, water and fertilizer influence the timing of key events during grain
development in a US spring wheat. Journal of Cereal Science, v. 37, p.9-20, 2003.
ASTM. (2008). Amercian Society for Testing and Materials - Standard D4239 - 08.
Standard Test Methods for Sulfur in the Analysis Sample of Coal and Coke Using
High-Temperature Tube Furnace Combustion Methods. In Annual Book of ASTM
Standards. ASTM International. West Conshohocken, PA 19428-2959, United
States.
BONFIL, D. J.; POSNER, E.S. Can bread wheat quality be determined by gluten
index? Journal of Cereal Science, p.1-4, 2012.
CURIC, D., KARLOVIC, D., TUSAK, D., PETROVIC, B., DUGUM, J. Gluten as a
standard of wheat flour quality. Food Technology Biotechnology, v.39, n.4, p. 353-
361, 2001.
ERCOLI, L.; LULLI, L.; ARDUINI, I.; MARIOTTI, M.; MASONI, A. Durum wheat grain
yield and quality as affected by S rate under Mediterranean conditions. European
Journal Agronomy, v.35, p.63-70, 2011.
ERCOLI, L.; ARDUINI, I.; MARIOTTI, M.; LULLI, L.; MASONI, A. Management of
sulphur fertiliser to improve durum wheat production and minimise S leaching.
European Journal Agronomy, v. 38, p.74-82, 2012.
FINLAY, G. J.; BULLOCK, P. R.; SAPIRSTEIN, H. D.; NAEEM, H. A.; HUSSAIN, A.;
ANGADI, S. V.; DEPAUW, R. M. Genotypic and environmental variation in grain,
flour, dough and bread-making characteristics of western Canadian spring wheat.
Canadian Journal of Plant Science, v. p. 679-690, 2007
HAR GIL, D.; BONFIL, D. J.; SVORAY, T. Multi scale analysis of the factors
influencing wheat quality as determined by gluten index. Field Crops Research,
v.123, p.1-9, 2011.
HIRANO, J. Effects of rain in ripening period on the grain quality of wheat. Japan
Agricultural Research Quarterly, v.10, n.4, p.168-173, 1976.
JÄRVAN, M.; EDESI, L.; ADAMSON, A.; LUKME, L.; AKK, A. The effect of sulphur
fertilization on yield, quality of protein and baking properties of winter wheat.
Agronomy Research, v.6, n.2, p.459-469, 2008.
KIES, C.; FOX, H. M. Triticale and human nutrition. In C.C. Tsen (ed.) Triticale: first
man-made cereal, American Association of Cereal Chemists, St. Paul, MN. 1974.
p.202–211.
LE GOUIS, J.; BÉGHIN, D.; HEUMEZ, E.; PLUCHARD, P. Genetic differences for
nitrogen uptake and nitrogen utilisation efficiencies in winter wheat. European
Journal of Agronomy, v.12, p.163-173, 2000.
LI, C.; CAO, W.; DAI, T. Dynamic characteristics of floret primordium development in
wheat. Field Crops Research, v. 71, p.71-76, 2001.
LUO, C.; BRANLARD, G.; GRIFFIN, W. B.; MCNEIL, D. L. The effect of nitrogen and
sulfur fertilisation and their interaction with genotype on wheat glutenins and quality
parameters. Journal of Cereal Science, v. 3, p.1185-1194, 2000.
MILLER, B.S.; POMERANZ, Y.; AFEWORK, S. Hardness (texture) of hard red winter
wheat grown in a soft area and of soft red winter wheat grown in a hard wheat area.
Cereal Chemistry, v. 61, p.201-203, 1984.
MOSS, H. J.; RANDALL, P. J.; WRIGLEY, C. W. Alteration to grain, flour and dough
quality in three wheat types with variation in soil sulfur supply. Journal Cereal
Science, v.1, p.255-264, 1983.
124
TEA, I.; GENTER, T.; VIOLLEAU, F.; KLEIBER, D. Changes in the glutathione thiol-
disulfide status in wheat grain by foliar sulphur fertilization: consequences for the
rheological properties of dough. Journal of Cereal Science, v. 41, p.305-315, 2005.
TEA, I.; GENTER, T.; NAULET, N.; LUMMERZHEIM, M.; KLEIBER, D. Interaction
between nitrogen and sulfur by foliar application and its effects on flour bread-making
quality. Journal of the Science of Food and Agriculture, v.87, n.15, p.2853-2859,
2007.
TEIXEIRA FILHO, M. C. M.; BUZETTI, S.; ANDREOTTI, M.; ARF, O.; BENETT, C.
G. S. Doses, fontes e épocas de aplicação de nitrogênio em trigo irrigado em plantio
direto. Pesquisa agropecuária brasileira, v.45, n.8, p.797-804, 2010.
WIESER, H.; KIEFFER, R. Correlations of the amount of gluten protein types to the
technological properties of wheat flours determined on a micro-scale. Journal of
Cereal Science, v. 34, p.19–27, 2001.
ZHAO, F. J.; WITHERS, P. J. A.; EVANS, E. J.; MONAGHAN, J.; SALMON, S. E.;
SHEWRY, P. R.; MCGRATH, S. P. Sulphur nutrition: an important factor for the
quality of wheat and rapeseed (Reprinted from Plant nutrition for sustainable food
production and environment). Soil Science and Plant Nutrition, v. 43, p.1137-1142,
1997.
126
ZORB, C.; STEINFURTH, D.; SELING, S.; LANGENKAMPER, G.; KOEHLER, P.;
WIESER, H.; LINDHAUER, M. G.; MUHLING, K. H. Quantitative Protein Composition
and Baking Quality of Winter Wheat as Affected by Late Sulfur Fertilization, Journal
of Agricultural and Food Chemistry, v. 57, p.3877-3885, 2009.
3.1 INTRODUÇÃO
3.2.2.3 Alveografia
3.2.2.4 Farinografia
da massa, definida como a diferença de tempo entre o ponto em que o topo da curva
intercepta a linha média de 500 UP (unidade promilográfica).
3.2.2.5 Glúten
Tabela 3.1 Resultados médio, máximo, mínimo e desvio padrão dos parâmetros de
qualidade tecnológica de três cultivares de trigo fertilizadas com diferentes manejos
de N e S, nos anos agrícolas 2009 e 2010.
IGO IGM
Número de amostras 36 36
Média 98,17 a 98,29 a
Desvio padrão 1,07 1,16
a
Médias seguidas pelas mesmas letras na linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Tukey a 1% de significância.
3.4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BONFIL, D. J.; POSNER, E.S. Can bread wheat quality be determined by gluten
index? Journal of Cereal Science, p. 1-4, 2012.
CURIC, D., KARLOVIC, D., TUSAK, D., PETROVIC, B., DUGUM, J. Gluten as a
standard of wheat flour quality. Food Technology Biotechnology, v.39, n.4, p.353-
361, 2001.
HAR GIL, D.; BONFIL, D. J.; SVORAY, T. Multi scale analysis of the factors
influencing wheat quality as determined by gluten index. Field Crops Research,
v.123, p.1-9, 2011.
JURKOVIC, Z.; SUDAR, R.; GALONJA, M.; DREZNER, G. The use of the gluten
index for wheat quality determination. Brašno-kruh '97. Proceedings of First
Croatian Congress of Cereals Technologists, Opatija, Croatia, p.13-15, 1997.
PASHA, I. ANJUM, F. M.; BUTT, M. S.; SULTAN, J. I. Gluten quality prediction and
correlation studies in spring wheats. Journal of Food Quality, v. 30, p.438-449,
2007.
PERTEN, H. Rapid measurement of wet gluten quality by the gluten index. Cereal
Foods World, v. 35 p. 401-402, 1990.
TAYYAR, S. Variation in grain yield and quality of Romanian bread wheat varieties
compared to local varieties in north-western Turkey. Romanian Biotechnological
Letters, v.15, n.2, p.5189-5196, 2010.
CONSIDERAÇÕES FINAIS