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DADOS

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Participantes do Manejo da Cultura:

1. Atividades desenvolvidas no manejo da mandioca

2. Qual o tamanho da propriedade?

3. Qual o tamanho da área destinada ao cultivo?

4. Qual espécie/variedade é cultivada na propriedade?

5. A cultura é adaptada para a região?

6. Quais as exigências climáticas para o cultivo da cultura?

7. Qual a quantidade de plantas cultivadas?

8. Qual a situação da propriedade em relação à produção orgânica?


( ) Toda a propriedade já é orgânica
( ) Área em conversão parcial
( ) Toda a área em conversão

9. Atividades orgânicas desenvolvidas no cultivo da mandioca


( ) Cultivos consorciados
( ) Rotação de cultura
( ) Adubação verde
( ) Adubo orgânico
( ) Sucessão de culturas
( ) Cultivos em faixas
( ) Cobertura do solo com matéria orgânica
( ) Outros:____________________________________

10. As práticas utilizadas promovem a conservação do solo?


( ) Sim
( ) Não

11. Quais melhorias foram observadas no solo?

12. Qual fonte de água é utilizada?


( ) Cisterna
( ) Açude
( ) Rio ou riacho
( ) Águas subterrâneas

13. Realiza análise da água para determinação de sua qualidade?


( ) Sim
( ) Não

14. Qual método de plantio utilizado na cultura?

15. Como realiza o manejo do solo para melhorar sua fertilidade?


( ) NPK
( ) NPK + Adubo orgânico
( ) Cobertura morta
( ) Compostagem
( ) Biofertilizantes
( ) Outros:_____________________________

16. Quais pragas e doenças presentes na cultura? Como são


controladas?

17. Há ocorrência de plantas espontâneas no cultivo? Como são


controladas?
18. Sobre os tratos culturais:

Período das podas:


Período de adubação:
Tipo de irrigação utilizada:
Limpeza da área:

19. Qual o período de colheita da cultura?

20. Qual a produtividade alcançada pela propriedade?


CULTIVO ORGÂNICO DA MACAXEIRA

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um tubérculo altamente


energético, originário da América do sul e pertencente à família das
Euphorbiaceae. sendo cultivada em diversas regiões brasileiras, devido a sua
capacidade adaptativa de se desenvolver em solos empobrecidos
nutricionalmente, condições climáticas adversas, rusticidade, bem como a
capacidade de cultivo em pequenas áreas com baixo nível tecnológico
(CARVALHO et al, 2017).
Segundo SHINOHARA, et al (2014) a mandioca é um alimento base,
sendo cultivada principalmente na região Nordeste. É dividida em duas
variedades, as variedades bravas que necessitam passar por um tratamento
cuidadoso de moagem, prensagem e lavagem, para se tornar segura e palatável
devido a produção ácido cianídrico (HCN) em maior quantidade pelas células de
defesa. Após o processo de transformação, pode ser destinada à indústria para
extração de amido e ser utilizada comercialmente na forma de farinha, fécula e
etanol. As variedades mansas, são as normalmente encontradas em feiras e
mercados, podendo ser consumidas in natura, ou seja, sem ser adicionado
outros ingredientes, após serem cozidas, fritas ou assadas.
Caracterizada por ser uma espécie perene, cuja propagação vegetativa
ocorre através de partes do caule denominados manivas, a mandioca é
caracterizada como importante alimento, podendo ser matéria-prima para
diversos produtos industriais. Além de ser utilizada na alimentação humana,
possui a capacidade de ser utilizada na alimentação, podendo as suas folhas e
hastes serem fornecidas na forma de silagem ou feno (GABRIEL, et al. 2014)
A colheita da mandioca quando planejada e feita no período correto pode
possibilitar raízes com características desejáveis ao produtor e consumidor,
assim quando realizado o correto manejo para a variedade, as raízes da
mandioca podem ser colhidas de 6 a 24 meses. Nos Trópicos Úmidos, as raízes
podem ser colhidas entre 6 a 7 meses após o plantio, já em regiões com
prolongado período de seca ou frio,
os agricultores normalmente realizam a colheita após 18 a 24 meses. Uma
característica importante dessa cultura, é o fato das raízes poderem ser deixadas
no campo, sem colher por um longo
período, se tornando um cultivo de segurança contra a fome (ALVES 1990;
GABRIEL, et al. 2014; DUTRA, 2019)
No que se refere ao seu cultivo, é sabido que a mandioca por ser
conduzida em grande parte por sistemas convencionais de preparo de solo em
larga escala, com a utilização de defensivos químicos principalmente para o
controle de pragas e doenças, de forma que se tornam capazes de promover
riscos a natureza e a sociedade quando utilizados de forma errônea. O plantio
da mandiocultura através do sistema de produção orgânica possibilita a
produção de tubérculos saudáveis, bem como a conservação dos atributos
físicos, químicos e biológicos do solo (BORGES et al. 2006)
Experimentos tem sido realizado a fim de demonstrar que cultivos
orgânicos de mandioca podem possibilitar boas produções, a partir de métodos
que reduzam o uso de agroquímicos e seja ambientalmente correto, como
trabalho realizado por DE OLIVEIRA, (2007) que ao cultivar oito variedade
diferentes em solos ricos em matéria orgânica com disponibilidade de nutriente
reduziram a produção do cianeto, permanecendo nos níveis de limites
recomendados para o consumo.
ALBUQUERQUE et al. (2007), ao realizar o plantio de mandioca em
consórcio com feijão BRS MG Talismã, para redução dos riscos de erosão,
proteção vegetativa do solo e redução de plantas espontâneas sem a
necessidade da utilização de químicos, percebeu que ao utilizar fileiras duplas
de mandioca e uma linha de feijão obteve uma produção equivalente a
produções com sistema de monocultivo.
Em trabalho realizado por OLIVEIRA et al. (2009), foi observado em
campo que o uso de leguminosas como cobertura morta, conjuntamente com
esterco e manipueira associados ou não ao fósforo, possibilitou o aumento da
produtividade da mandiocultura na região de Santa Cruz Cabrália. Assim, é
possível perceber a importância da matéria orgânica para a cultura.
BORGES et al. (2006) ao avaliar as características do solo cultivado com
mandioca sob sucessão de crotalária e uso de compostos orgânico, pode
discorrer que houve um melhor desenvolvimento das plantas, bem como a
melhoria da estruturação física e microbiológica do solo, possibilitando a
conservação do solo. Da mesma forma, outros trabalhos têm demonstrado que
o uso de compostos orgânicos e restos agroindustriais tem permitido a formação
de Matéria orgânica no solo e consequentemente a disponibilidade de nutrientes,
promovendo aumentos da CTC, e dos macronutrientes (STAUT, 2012 Apud
MANTOVANI et al., 2005; ROCHA et al., 2004; SIMONETE et al., 2003)
Para DEVIDE & CASTRO (2010) a utilização de adubação verde em
consórcios da cultura pode ajudar na disponibilidade de Nitrogênio durante a fase
inicial do desenvolvimento da mandioca que é a mais exigente no nutriente, além
de permitir o controle de ervas daninhas e reduzir os riscos de erosão hídrica
pois o solo estará coberto em pouco tempo devido ao crescimento satisfatório
da cultura.
No que se refere a implantação do sistema orgânico em uma área, é
preciso ressaltar que para uma área cujo sistema de produção empregado é o
convencional, a mudança para o sistema orgânico deve ocorrer gradativamente.
Experimento realizado por SOUZA & CAMPOS, 2019 demonstrou que
adubações organominerais, ou seja, utilização de técnicas de produção orgânica
como uso de Biofertlizantes e Matéria Orgânica em conjunto com fertilizantes
NPK, promovem boas influências na produtividade da mandioca. Assim, durante
a transição não haveria perdas de produtividade para o produtor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, J. D. A. A. D., SEDJIYAMA, T., Alves, J. M. A., SILVA, A. A. D.,


& UCHÔA, S. C. P. Cultivo de mandioca e feijão em sistemas consorciados
realizado em Coimbra, Minas Gerais, Brasil. Revista Ciência Agronômica, 43,
532-538, 2012.

AlVES, A. A. C. Fisiologia da mandioca. EMBRAPA-CNPMF. 1990

BORGES, C. D., da SILVA, R. F., PADOVAN, M. P., ROSCOE, R., & MERCANTE,
F. M. Atributos microbiológicos, físicos e químicos do solo em cultivos de
mandioca sob manejo orgânico. REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO
SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 27. 2006

CARVALHO, A. V.; CUNHA, E. F. M.; DE FARIAS NETO, J. T. Caracterização


físico-química de genótipos de macaxeira cultivados no Estado do Pará. 2017.

DEVIDE, A. C. P., & CASTRO, C. D. Mandioca: múltiplos usos na transição


agroecológica. Pesquisa & Tecnologia, 7 (2). 2010

DUTRA, F. V. ÉPOCAS DE COLHEITA E MANEJO DA COPA DE MANDIOCA


DE MESA. 2019
DE OLIVEIRA, L. A. et al. Composição físico-química de variedades de mandioca
de mesa cultivadas no sistema orgânico, 2007

GABRIEL, L. F., Streck, N. A., UHLMANN, L. O., SILVA, M. R. D., & SILVA, S. D.
D. (2014). Mudança climática e seus efeitos na cultura da mandioca. Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 18, 90-98, 2014.

OLIVEIRA, A. M. G., de OLIVEIRA, J. L., DO NASCIMENTO MAIA, L. E., &


SANTOS, G. S. Aplicação de insumos orgânicos no cultivo de mandioca. Revista
Raízes e Amidos Tropicais, 5, 222-223. 2009.

SHINOHARA, N. K. S. et al. Macaxeira na cultura alimentar pernambucana.


Revista Eletrônica “Diálogos Acadêmicos”. v. 07, nº 2, p. 86-102, JUL-DEZ, 2014.

STAUT, L. A. Resposta agronômica e econômica da cultura da mandioca a doses


de composto orgânico. 2012.

SOUZA, B. C. M. D., & CAMPOS, R. S. D. Adubação organomineral na cultura


da mandioca (manihot esculenta crantz). 2019.

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