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ROZENDO ADVOCACIA 3

Situado no Estácio e em Campo Grande, ambos no Rio de Janeiro/RJ.


Tels.: (21) 3377-6745 (fixo) 97913-8153 / 98533-2607 – E-mail: rozendoadvocacia@gmail.com

EXCELLENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUÍZADO ESPCIAL CÍVEL DA


COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

VANESSA SEVILHA SANTOS, brasileiro(a), solteiro(a), do lar(a), portador(a) da identidade


nº 273360222, inscrito no CPF/MF, sob o nº 14580910745, residente na Rua Paulino do Sacramento,
105 - Bangu - Rio de Janeiro/RJ - CEP.: 21853-060, vem captado(a) pelo meios legais, através de seu
advogado com instrumento de procuração em anexo, indicando para fins do artigo 39, inciso I, do CPC,
os endereços de seus escritórios profissionais situados na Rua Estácio de Sá, n° 13 Fundos, Estácio e na
Estrada Santa Maria, 1818 – Campo Grande, ambos na cidade do Rio de Janeiro/RJ, para onde deverão
ser encaminhadas todas as publicações, vem a V. Exa., propor com fulcro no Art. 5º, X, XXXIV e XXXV, “a”
da CRFB/88, C/C a Lei 8.078/90, pelo rito sumário propor:

AÇÃO DO CONSUMIDOR, NEGATIVAÇÃO INDEVIDA, INEXISTENCIA DE DÉBITO, COM


C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS:

em face de TELEMAR, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº


33.000.118/0001-79, endereço: Rua do Lavradio, 71, Centro, Rio de Janeiro/RJ, CEP.: 20230-070, pelos
fatos e fundamentos legais a seguir:

I - DOS FATOS:

1. A parte autora, ao tentar adquirir um crediário, fora surpreendida ao saber que tal aprovação foi
negada tendo em vista "suposta negativação" no SPC e SERASA, causando vexame e humilhação.

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2. Indignada, a parte autora realizou consulta (extrato em anexo), onde verificou que, a ré (dentre
outras empresas que serão objeto de demandas), promoveu indevidamente o seu Nome e CPF
em tais cadastros restritivos (primeira e mais antiga negativação).

3. Vale destacar que, a parte autora é pessoa humilde e de pouco estudo, PORÉM, honra com suas
obrigações, e que, DESCONHECES AS SUPOSTA DÍVIDA (fato negativo), citada no SPC/Serasa nos
valores de R$ 106,87 e R$ 147,18, vencidas em 06.03.2012 e 06.02.2012.

4. Assim, visando estabelecer a verdade, fora em uma de sua agência/loja para informações mas não
obteve êxito sobre a natureza e legalidade da suposta dívida.

5. Registra-se que, NÃO HÁ PRÉVIO AVISO da suposta dívida e ou da inclusão de seus dados no SPC
e SERASA conforme determina a lei, e só foi notícia vexatoriamente em tentativa de crédito.

6. Além disso, é, nítida a ausência de transparência e de informação e da abusividade do ato, uma


vez que a parte autora encontra-se impedida e humilhada para obtenção de crédito.

7. Diante do exposto, vem a parte autora neste órgão de justiça, fazer valer seu direito, para que seja
reparada pela situação vexatória e que uma punição contra a ré ocorra.

II - DO DIREITO E SEUS FUNDAMENTOS E APLICAÇÃO DO CDC:

Oportunamente, vem a parte autora em seu direito, invoca os seguintes dispositivos


legais para fundamentação do feito, requerendo a manifestação do Juízo em caso de improcedência dos
pedidos e fins de pré-questionamento: CFRB/88; Art. 5º, inc. V e X.; Código Civil; Art. 186 e Art. 927;
CDC, Art. 6º, VI e Art. 14 e Art. 43, § 2º; Lei Estadual – RJ nº 3.244/99, Art. 1º.

No mérito o caso em tela demonstra cristalinamente a devida e pertinente aplicação da


lei Código de Defesa do Consumidor (CDC), ainda que por equiparação.

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Tal negativação promovida pela ré, afronta os princípios consumerista que em seu
art. 39 e incisos expressamente veda "Praticas abusivas, bem com impedem as empresas se
prevalecerem da fraqueza e ignorância do consumidor e de exigir vantagem excessiva"

Além disso, ré assume o risco do negócio e sua RESPONSABILIDADE será sempre


OBJETIVA, conforme art. 14 do CDC, respondendo independente de culpa e pelo risco da atividade.

B) DA APLICAÇÃO DA SÚMULA 54 DO STJ:

Assim diz a súmula 54:

"Os juros moratórios fluem A PARTIR DO


EVENTO DANOSO, em caso de responsabilidade
EXTRACONTRATUAL"

Portanto, ao final da fase probatória, restar comprovado, não existir relação entre as
partes, o TERMO INICIAL DOS JUROS MORATÓRIOS, deverá observar o que determina a súmula supra,
ou seja, os juros deverão fluir a partir do EVENTO DANOSO.

C) - DOS DANOS MORAIS E DO CARATER PUNITIVO:

O dano moral é o fruto de uma evolução jurisprudencial, todo o cidadão tem de ser
indenizado por violação de ordem subjetiva, conforme o arts. 186, 187 e 927 do Código Civil Brasileiro
de 2002 e pelo art. 6°, VI e VII do CDC.

No Caso em tela, além de toda humilhação, frustração e vexame experimentados ao ter


noticia de negativação indevida e todo o trabalho que tal conduta ocasionou a autora na busca de seus
direito, entre eles a contratação de advogado.

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O dano moral neste particular (Negativação) é IN RE IPSA, bastando a comprovação da


negativação conforme, jurisprudência pacífica do STJ. conforme o julgado, no RESP 718618, abaixo:

STJ - Resp 718618 - RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. REGISTRO NO


CADASTRO DE DEVEDORES DO SERASA. EXISTÊNCIA DE OUTROS REGISTROS.
INDENIZAÇAO. POSSIBILIDADE. A existência de registros de outros débitos do
recorrente em órgãos de restrição de crédito não afasta a presunção de existência do DANO
MORAL, QUE DECORRE IN RE IPSA, vale dizer, do PRÓPRIO REGISTRO DE FATO
INEXISTENTE . Precedente. Hipótese em que o próprio recorrido reconheceu o erro em
negativar o nome do recorrente. Recurso a que se dá provimento.

Configurado o dano moral para a determinação do quantum indenizatório o douto


magistrado deverá atribuir o critério pedagógico objetivando evitar que tais atos sejam repetidos.

III - DOS PEDIDOS:

Diante dos fatos e direitos vem a parte autora requerer o que segue:

1. A citação da ré para apresentar defesa;

2. A inversão do ônus da prova, conforme art. 6º, VIII do CDC;

3. A Declaração de inexistência e cancelamento da suposta dívida, desconstituição da relação,

em face da parte autora, referente aos registros R$ 106,87 e R$ 147,18, vencidas em 06.03.2012 e

06.02.2012;

4. Oficie ao SPC E SERASA para que Exclua o Nome e CPF da autora;

5. Condene a ré, em Dano Moral, pelo CONSTRAGIMENTO, HUMILHAÇÃO experimentados

diante da negativação indevida, bem como, uma punição pedagógica o valor de R$ 13.000,00;

6. A incidência de JUROS DESDE O EVENTO DANOSO na forma da Súmula 54 do STJ;

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7. Que as Publicações e anotações de praxe em nome do Dr. ANDRÉ DE OLIVEIRA ROZENDO,

OAB/RJ 170.925, sob pena de nulidade.

IV - DAS PROVAS:

Protesta pelo meio de provas legais, autorizados pelo artigo 332, do CPC, c/c art. 32 da lei
9.099/95, em especial a documental suplementar e que a ré apresente o(s) suposto(s) contrato(s)
origina(is) sob pena de preclusão e impugnação se for por cópia simples, bem como, o depoimento
pessoal pelo réu.

V - DO VALOR DA CAUSA:

Dá-se a causa, o valor de R$ 13.254,05.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2015.

ANDRÉ DE OLIVEIRA ROZENDO


OAB/RJ 170.925

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