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ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
RODRIGO FERREIRA DE PAULA - OAB/MG 92.691

EXMO. SR . DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA


DE CORONEL FABRICIANO/MG.

22-3689-.7-63 2.21.1.

AUGUSTO COSTA DE OLIVERIA, brasileiro, casado, técnico em


eletrônica, inscrito no CPF sob o n° 047.304.876-05. residente e domiciliado na Rua
Geraldo Rodrigues Soares. n° 1475. Bairro *Mia Kubitschek, Coronel Fabriciano/MG,
CEP 35.171-099. vem perante Vossa Excelência, por seu advogado in fine assinado.
propor AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA em face de AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 05.800.071/0001-92, sediada na Av.
Getúlio Vargas. n° 254. sala 401. Bairro Funcionários. Belo Horizonte/MG. CEP
30.112-020, pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos que se seguem:

JUSTIÇA GRATUITA

O Autor necessita dos benefícios as Justiça Gratuita, nos termos da Lei


n° 1.060/50. eis que não dispõe de recursos para arcar com as despesas e ônus
processuais sem prejuízo da sua subsistência.

DOS FATOS

Conforme notificação (doc. 1). emitida pelo Tabelionato de Protestos


de Títulos de Coronel Fabriciano/MG, a Ré apontou a protesto o cheque de número

Av. Magalhães Pinto, 233, sala 110, Centro - Coronel Fabriciano/MG - CEP 35.170-096
E-mail: rodrigoferreira.adv©uol.com.br - Tel.: (31) 3841-4471
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000638, no valor de R$ 739,50 (setecentos trinta nove reais e cinqüenta centavos),
emitido pelo Autor em 05/12/2010

Na realidade trata-se de cobrança indevida, pois que o Autor nunca


realizou nenhum negócio com Requerida, empresa de factoring sediada em Belo
Horizonte.

O Autor emitiu este cheque de número 000638. juntamente com mais


outros 03 (três) cheques de números 000639. 000640 e 000641 cada um no valor
de R$ 739.50 (setecentos trinta nove reais e cinqüenta centavos), e os entregou ao
Sr. Sandoval, representante da empresa RHAJAN, para pagamento dos produtos do
pedido 000301 (doc. 2)

Porém, com a mercadoria não foi entregue e, após várias e infrutíferas


tentativas de receber os produtos pedidos. o Autor foi obrigado a dar uma contra
ordem de pagamento dos referidos títulos, conforme podemos constatar na
existência do carimbo com a alínea 21 na cópia do cheque (doc. 3). Nota-se que
tanto no pedido quanto no cheque consta a assinatura do Sr. Sandoval.

Após a sustação destes cheques. ante a não entrega dos produtos


pedidos ao Sr. Sandoval. representante da empresa RHAJAN, o Autor foi
surpreendido pela Ré, com o recebimento de uma cobrança do primeiro cheque
(doc. 4).

Ato seguido, o Autor ligou para o telefone (31) 3281-2573 fornecido na


carta de cobrança. informando a Ré. os motivos que a levaram a não pagar o
cheque. bem como ter requerido sua sustação.

Contudo, mesmo nunca tento realizado nenhum negócio com AGILIZA


FOMENTO MERCANTIL LTDA, bem como tento informado-a que não recebeu os
produtos pedidos a empresa RHAJAN, a Ré enviou a protesto este cheque de
número 000638.

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No último dia 04/04/2011, o protesto foi efetivado (doc. 5), causando
enormes problemas ao Autor, com todas as restrições oriundas deste protesto
indevido.

O Autor não pode efetuar o pagamento do referido cheque, pois


caracterizaria enriquecimento ilícito por parte da Ré, visto que a cobrança é
totalmente indevida, ante os fatos acima narrados.

Portanto, ante a inércia da Ré em resolver o seu equívoco, fez-se


necessário que o Autor acionasse o Judiciário, para cancelar este protesto, bem
como impedir que a Ré efetue os protestos dos outros cheques.

O Autor, homem de reputação ilibada, sentiu grande constrangimento e


humilhação, bem como está impossibilitando que o mesmo consiga crédito, pois está
sendo tratado como mau pagador, não obstante nunca em sua vida, tenha deixado
de cumprir com suas obrigações. A incúria da Ré foi, de fato, a causa de todos os
problemas do Autor, razão pela qual deve ser responsabilizada.

DO DIREITO

O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR consagra em seu artigo


14 caput que:

"0 fornecedor de serviço responde, independentemente da existência de culpa, pela


reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação
dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos".

O Código Civil preleciona em seu artigo 186 que:

"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar o


direito, ou causar prejuízo a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito".

Finalmente a Constituição Federal, no art. 5°, inc. X, encontramos mais


um grande pilar para está ação, qual seja:

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"são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação".

Trata-se de dano moral puro em que, sequer é exigível a comprovação


de prejuízos materiais, conforme vêm entendendo nossa jurisprudência:

"AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO ESPECIAL NÃO ADMITIDO - BANCO -


INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC - DANO MORAL - 1. Caracterizada a conduta
indevida do banco em anotar o nome do recorrido junto ao SPC, cabível é a
indenização por dano moral. 2. Em se tratando de indenização decorrente da
inscrição irregular no cadastro de inadimplentes, a exigência de prova de dano moral
(extrapatrimonial) se satisfaz com a demonstração da existência da inscrição irregular
nesse cadastro. (Resp. n° 165.727/DF, 4° Turma, Relator Ministro Sálvio de
Figueiredo Teixeira, DJ de 21/08/1998). 3. Agravo regimental improvido." (STJ - Ac.
1999004842 - AGA 244572 - SP - 3° T. - Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito -
DJU 17/12/1999 - P. 00367).

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - INCLUSÃO DO NOME NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO


AO CRÉDITO - DANO MORAL CABÍVEL - PROVA - DESNECESSIDADE -
NOTIFICAÇÃO PRÉVIA CORRETA - INOCORRÊNCIA - 'QUANTUM'
INDENIZATÓRIO - FIXAÇÃO. A inclusão indevida do nome do devedor no SPC gera
a obrigação de indenizar por danos morais, independentemente de comprovação dos
danos por ele sofridos. A inclusão do nome do cliente no SPC deverá ser precedida
de aviso prévio que demonstre, sem qualquer dúvida, a intenção do suposto credor
em incluir o seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, não sendo válida
notificação em que consta nome incorreto do credor. O 'quantum' indenizatório por
dano moral não deve ser causa de enriquecimento ilícito nem ser tão diminuto em
seu valor que perca o sentido de punição. (TJMG - Apelação Cb./e! N°
1.0521.04.036767-9/001 - Relator Des. Valdez Leite Machado - publicado em
06/11/2007).

DO DANO MORAL

O dano moral, sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor,


abriga-se no regime da responsabilidade objetiva, sem se indagar da culpa do
lesante. Por conseguinte, basta provar o liame causal entre o evento danoso e a
autora do dano, independentemente da existência da culpa.

Além disso, no caso em tela, o dano moral é presumido, bastando o


simples registro indevido do consumidor em banco de dados, conforme se vê da
decisão do Superior Tribunal de Justiça abaixo:

"RESPONSABILIDADE CIVIL - BANCO - SPC - DANO MORAL - I. A indevida


inscrição de devedor, pelo banco, nos cadastros do SPC ou do SERASA, acarreta

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indenização por dano moral. II. Ofensa ao art. 1° §§ 4° e 5° do Decreto-lei n° 911-69
não caracterizada. III. Recurso especial não conhecido." (STJ — Resp. 242181 — PB —
3' T. — Rel. Min. Antonio de Pádua Ribeiro — DJU 04/12/2000 — P. 00065).

A efetivação do protesto indevido pela Ré afetou o direito de crédito,


impedindo a realização de negócios e denegrindo a imagem do Autor, pois o mesmo
passou a ser visto no meio comercial, como mau pagador, como uma pessoa que
não honra seus compromissos e, por essa razão, não é merecedora de crédito.

"Na sociedade de consumo como conhecemos, o consumidor não existe sem crédito;
dele destituído, é um nada. Um bom histórico creditício é um patrimônio tão valioso
quanto um currículo exemplar, no momento em que se procura emprego. Irrecusável
que a influência dessas informações cadastrais nos destinos da vida do consumidor é
poderosíssima, não tendo ele praticamente nenhum controle pessoal sobre onde e
como seus antecedentes são fixados por terceiros que desconhece." (Código de
Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto — 7a Edição — Editora
Forense Universitária).

Já consagrado pela doutrina Consumerista e assentado pacificamente


nos nossos tribunais, é o entendimento de que a indenização por danos morais em
virtude de registro indevido tem uma importantíssima finalidade: inibir novas
condutas lesivas, fazendo com que o Estado, no exercício da uma de suas
obrigações insculpidas na nossa Constituição Federal (art. 170, inc. V), intervenha
nas relações econômicas, protegendo o consumidor, cada vez mais exposto num
mercado onde a massificação das informações, principalmente as que levam à
análise da capacidade de adimplência do consumidor, traz grande risco, visto que
qualquer procedimento negligente, desatencioso, pode colocar um consumidor
inocente no desgastante e indesejável rol dos inadimplentes.

DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA

De acordo com a doutrina de Humberto Theodoro Júnior:

"justifica-se a antecipação da tutela pelo princípio da necessidade, a partir da


constatação de que sem ela a espera pela sentença de mérito importaria denegação
da justiça, já que a efetividade da prestação jurisdicional restaria gravemente
comprometida" (Revista Jurídica — n° 232 — Fev/1997 — Doutrina "Tutela Antecipada —
págs. 5-20).

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PROCURAÇÃO

OUTORGANTE(S): AUGUSTO COSTA DE OLIVERIA, brasileiro,


casado, técnico em eletrônica, inscrito no CPF sob o n° 047.304.876-05,
residente e domiciliado na Rua Geraldo Rodrigues Soares, n° 1475,
bairro JK, Coronel Fabriciano/MG.
AM.

OUTORGADO: RODRIGO FERREIRA DE PAULA, brasileiro,


solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG sob o número 92.691, com
escritório na Av. Magalhães Pinto, n° 233, sala 110, Centro, CEP 35.170-
096, Coronel Fabriciano/MG.

Por este instrumento particular, o(s) OUTORGANTE(S), nomeia(m) como


sendo seu procurador o OUTORGADO, para representá-lo(s) em quaisquer atos em
que figure(m) como autor(es) ou réu(s), em conjunto ou isoladamente, em qualquer
que seja o juízo, instância ou tribunal, ou foro de eleição, bem como perante
quaisquer órgãos ou repartições públicas, conferindo-lhe os poderes para o foro em
geral e os poderes contidos na cláusula ad judicia et extra, mais os poderes
especiais de confessar, de transigir, de desistir, de insistir, de acordar, de discordar,
de interpor recurso, de variar de ação, de receber ou de dar quitação, de assinar
recibos, de firmar compromisso, de reconhecer a procedência do pedido, de
renunciar ao direito sobre o que se funda a ação, e inclusive substabelecer, no todo
ou em parte, com ou sem reservas, praticando, enfim, todos os atos necessários
para o bom e fiel desempenho do presente mandato, em especial ajuizar AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO em face de AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA.

Coronel Fabriciano/MG, 30 de março de 2011.

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Av. Magalhães Pinto, 233, sala 110, Centro - Coronel Fabriciano/MG - CEP 35.170-096
E-mail: rodrigoferreira.adv@uol.com.br - Tel.: (31) 3841-4471
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CÓDI GODO
TELEMAR NORTE LESTE S/A
CNPJ: 33.000.118/0003-30 - INSC. ESTADUAL: 062.149964.00 - 47 '
AV AFONSO PENA,4001 - BELO HORIZONTE - MG CEP: 30130-008 PAG.: 1/2
FIXO MATRIZ CNPJ: 33.000.118/0001-79

DATA DE EMISSAO TELEFONE


23/03/2011 3841-2743 O 1
CNPJ / CPF
GERALDINO VALENTE DE OLIVEIRA 00024439630634
AV GERALDO RODRIGUES SOARES, 1475 INSCRICAO ESTADUAL VALOR A PAGAR
1
TIPO DE TERMINAL R$ 83,37_j
JK RESIDENCIAL
35171-099 CORONEL FABRICIANO-MG COD. DEB. AUTOMATICO VENCIMENTO
871711399705
CODIGO DDD 08/04/2011
31

PLANO LOCAL: HISTORICO DO CONSUMO DE MINUTOS: 03/11: 46:54 02/11: 54:24 01/11: 47:54

BASICO 12/10: 32:18 11/10: 93:30 10/10: 73:06

(AG./LINHA DATA DESCRICAO TEL.ORIGEM TEL.CHAMADO HORARIO DURACAO TARIFA VAL—

CODIGO PROXIMO AO VALOR DO ITEM IDENTIFICA SERVICO REFATURADO, DESCONTO E/OU PARTICIPACAO EM PLANO PROMOCIONAL, CONFORME ABAIXO:
VD - VALOR COM DESCONTO
P0064 - FALE 31 PROFISSIONAL - TELEMAR

PRESTADORA TELEMAR NORTE LESTE S/A NFST N. 00001858578/SERIE /SUB-SERIE

TELEFONE 06139 3841-2743 O 1

SERVICOS MENSAIS
0001/01 23/03/2011 ASSINATURA USO RESIDENCIAL 01 A 30/03/11 40,53
SUBTOTAL 40,53
LIGACOES LOCAIS
0001'_ '3/03/2011 CONSUMO MINUTOS 46:54 FRANQUIA 200:00 MINUTOS ALEM DA FRANQUIA 0:00 0,00
0,00
LIGACOES LONGA DISTANCIA NACIONAL COM 31
0001/03 03/03/2011 MG BELO HORIZONTE 31 3281-2573 18:26:45 00:02:00 FLAT D3 P0064 1,03
SUBTOTAL 1,03
01 VELOX - SERVICOS MENSAIS E EVENTUAIS
0001/04 23/03/2011 ASS.01 VELOX RES 600K 01 A 30/03/11 501-2977 59,58% VD 39,90
SUBTOTAL 39,90
SUBTOTAL DO TELEFONE 06139 3841-2743 O 1 81,46
BASE DE CALCULO 1CMS 81,46 TOTAL NOTA FISCAL SERVICOS 81,46
ALIQUOTA 25%
VALOR 20,36

ISS

RESERVADO AO FISCO

e591.2775.aa59.e5a7.61c0.b943.bdc6.2770

PRESTADORA EMPRESA BRASILE RA DE TELECOMUN1CACOES S/A NFST N. 00000256968/SERIE U /SUB-SERIE 14


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Ls Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais

JuizadoEspecial Cível da Comarca de Cel. Fabriciano


rua. Boa Vista, O. 72 , Centro, te1:3842-1239, ramal 220

TERMO DE AUDIÊNCIA

AUTOS: 0036887-63.2011
AÇÃO: ORDINÁRIA
AUTOR(A):AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA
RÉU(A): AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA

Nesta Segunda-feira, 23 de Maio de 2011, às 14:42 hs, na sala de audiência do


Juizado Especial Cível, aberta a audiência de conciliação, apregoadas as partes
compareceram: O autor acompanhado de seu procurador Dr. Rodrigo Ferreira de Paula
OAB/MG 92.691 e a preposta da requerida Sra. Jéssica Coelho Anício Pereira, CPF
014.749.766-38 e seu procurador Dr. Gustavo Finocchio Lima OAB/MG 111.448, que juntou
carta de preposição, substabelecimento, procuração, atos constitutivos, contestação escrita e
requereu o cadastramento dos seguintes advogados Dr. Clelio Gomes dos Santos Junior
OAB/MG 86.951 e Dr. Juliano Copelio de Souza OAB/MG 102.572 para fins de publicações.

Infrutífera a tentativa de conciliação.

Segundo o enunciado 5° do ENCONTRO DOS JUIZES DOS JUIZADOS ESPECIAIS


DO ESTADO DE MINAS GERAIS, foi dada a palavra a parte requerida, que, apresentou
contestação escrita.

Em réplica, manifestou-se o autor: "Requeiro prazo para impugnar, tendo em vista a


complexidade da contestação apresentada".

Fica concedido o prazo de 10 dias para a parte autora impugnar. Caso a replica esteja
acompanhada de documentos, vista, por cinco dias, a parte requerida. Após, conclusos.

Indagadas as partes acerca da produção de provas, declararam não haver provas a


serem produzidas em audlêncla de instrucão e Julgamento.

Conciliador(a): Q càf 01 no, i) irnt


Procurador(a) do(a) Autor(a):

Preposto(a) do(a) Requerido(a)

Procurador(a) do(a) Requerido(a):


CARTA DE PREPOSIÇÃO

Pelo presente instrumento particular, nomeamos como


preposta a Sra Jéssica Coelho Anício Pereira, inscrita no CPF sob o n°
014.749.766-38, a quem outorgamos todos os poderes para representar a
empresa na Ação n ° 0036887-63.2011.8.13.0194, proposta por Augusto Coelho
de Oliveira, perante o Juizado Especial Cível da Comarca de Coronel Fabriciano -
MG.

Belo Horizonte, 17 de maio de 2011.

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Atin Z A OMENTO MERCANTIL LTDA.,
CNPJ sob o n° 05.800.071/0001-92, Rua
Getúlio Vargas, n° 254, Funcionários, Belo
Horizonte — MG, CEP: 30.112-020
AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA
RG M-1.715.879 SSP/MG
CPF 374.935.236-49
( ()peno • Gomes od
O ADVOGADOS ASSOCIADOS

SUBSTABELECIMENTO

Substabelecemos, com reserva de poderes iguais, na pessoa dos


advogados GUSTAVO FINOCCHIO LIMA, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na
OAB/MG sob o n° 111.448; WALACE HELENO MIRANDA DE ALVARENGA,
brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG sob o no. 125.438; FREDERICO
CORREA CAMPOS, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/MG sob o no.
125.439; JULIANO HENRIQUE BASTOS, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na
OAB/MG sob o n°. 130.191., com endereço profissional na Rua Diamantina, no 71 —
Conjunto 102 — Centro — Ipatinga - MG, CEP 35.160-019, todos os poderes
outorgados por AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA. nos autos da Ação
Declaratória de Inexistência de Débito n° 0036887-63.2011.8.13.0194, proposta por
Augusto Costa de Oliveira, em trâmite perante o Juizado Especial Cível da Comarca
de Coronel Fabriciano.

Belo Horizonte, 18 de maio de 2.011.

Clélio Gomes do G 86.951

Adiam, Copello de Souza — 0.18/MG 102.572

Av. Luiz Paulo Franco, 500 • 10° andar • Belvedere • Belo Horizonte • MG • CEP 30320-570 • www.copellogomes.adv.br • Tel.: (31) 3245.4510
opello • Gomes
ADVOGADOS ASSOCIADOS tf)

PROCURAÇAO

OUTORGANTE: AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA., sociedade empresária


inscrita no CNPJ sob o n° 05.800.071/0001-92, sediada na Rua Getúlio Vargas, n 0
254,FuncioársBelHznt—MG,CEP:30.12-repsntadloóci
AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA, brasileiro, casado sob o regime de comunhão

parcial de bens, portador do RG M-1.715.879 SSP/MG e do CPF 374.935.236-49.

OUTORGADOS: CLÉLIO GOMES DOS SANTOS JÚNIOR — OAB/MG 86.951 e


JULIANO COPELLO DE SOUZA — OAB/MG 102.572, únicos sócios do escritório
COPELLO & GOMES ADVOGADOS ASSOCIADOS, inscrito no CNPJ sob o n 0
08.857.704/0001 97 e na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais,
-

sob a OAB/MG 2.362, com endereço na Av. Luiz Paulo Franco, n° 500, Cj. 1006-
1007, 10° andar, Belvedere, Belo Horizonte — MG, CEP 30.320-570.

PODERES: São outorgados aos procuradores solidários todos os poderes das

cláusulas "AD JUDICIA ET EXTRA", bem como os poderes específicos para transigir,
desistir, receber e dar quitação, firmar compromisso arbitrai e substabelecer, com ou
sem reserva de poderes.

OBJETO: A procuração é conferida especialmente para representar o outorgante nos

Autos n° 0036887-63.2011.8.13.0194, proposta por Augusto Costa de Oliveira,


perante o Juizado Especial Cível da Comarca de Coronel Fabriciano — MG.

Belo Horizonte, 17 de Maio de 2011.

14 4 e741,

AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA.


AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA

Av. Luiz Paulo Franco, 500 • 10° andar • Belvedere • Belo Honzonte • MG • CEP 30320-570 • vAvvr.cooellogomes.adv.br • Tel.. (31) 3245 4510
-
QUARTA ALTERAÇÃO CONTRATUAL DE
AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA
CNPJ: 05.800.071/0001-92

AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA, brasileiro,• empresárrf - -cap0 isoh - o regime de comunhão parcial de bens,
residente na Rua Claudio Manoel, 750 aparbmèntb £103, .0 Fel itiohários em Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP:
30.140.100 cédula de identidade N°.. M--1, -715:8.79, -eypediçie pela SècreLás.- ia de Segurança Pública de Mina Gerais e
CPF.: 374.935.236-49

ALEA E CIA, empresa com sede na Avenida Getúlio Vargas r. 254, sala 403, Bairro Funcionários em Belo
Horizonte/MG., CEP-30.112-020, com contrato social registrado no Cartório do Registro Civel das Pessoas Jurídicas de
Belo Horizonte sob o n.120.559, no Livro A, em 08/02/2006, inscrita no CNN-07.850.445/0001-00, neste ato
representada pelo seu sócio e Diretor CRISTIANO LARA PARC:IRAS DE MORAIS, brasileiro, solteiro, maior,
nascido em 03 de Fevereiro de 1.973, empresário, residente na Rua CLiudio Manoel, n o: 750 Apto. 703, Bairro
Funcionários em Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP: 30.1140.100 cédula de identidade MG-5.079.235, expedida pela
Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais e CPF: 882.726.566 04,

Únicos componentes da sociedade empre ária limitada denominada "AGILIZA FOMENTO


MERCANTIL LTDA" com contrato de constituição arquivado na Jun a Comercial do Estado de Minas Gerais sob o No.
3120678663-3 em 17/07/2003, inscrita no CNPJ-05.800.071/0001- 2 resolvem alterar e consolidar o contrato social,
com base no novo Código Civil (Lei 10.406 de 10/01/2002) mediant as cláusulas e condições seguintes:

I - A sócia ALEA E CIA retira-se da so iedade, vendendo e transferindo a totalidade de


suas cotas pelo valor nominal de R$ 200.000,00 (Duzentos Mil Reai ) para o Sr. CRISTIANO LARA PARREIRAS DE
MORAIS, brasileiro, casado em comunhão parcial de bens, maior, ascido em 03 de Fevereiro de 1.973, empresário,
residente na Rua Claudio Manoel, n 0 : 750 Apto. 703, Bairro Fun ionários em Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP:
-

30.1140.100 cédula de identidade MG-5.079.235, expedida pela 5 cretaria de Segurança Pública de Minas Gerais e
CPF: 882.726.566-04, a ser pago no ato da assinatura deste cont ato, passando o capital a apresentar a seguinte
distribuição:

SOCIOS COTAS VALOR ]


AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA 200.000 R$ 200.000,00
CRISTIANO LARA PARREIRAS DE MORAIS 200.000 R$ 200.000,00
TOTAL 400.000 R$400.000,00

II - O capital social da empresa fica el afio para R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais)
sendo que o aumento no valor de R$200.000,00 (Duzentos mil rea s) será integralizado em moeda corrente no pais
até o dia 31/12/2009, dividido em 600.000 (Seiscentas mil) cotas o valor unitário de R$1,00 (Hum real), e assim
dividido entre os cotistas:

SOCIOS ■ COTAS VALOR


AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA 1 300.000 R$ 300.000,00
CRISTIANO LARA PARREIRAS DE MORAIS h 300.000 R$ .300.000 00
TOTAL 600.000 14600.000100
I
III - CONSOLIDACÃO DO CONTRATO SOCIAL

O contrato social consolidado passa ,, ,, gorar com a seguinte redação:

CLÁUSULA PRIMEIRA DENOMINAÇÃO, SEDE E FÔRO.

A sociedade gira sob a denominação sociail de "AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA",


com sede na Avenida Getúlio Vargas, No. 254, Sala 401, bairro Funcionários em Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP:
30.112-020, ficando eleito o foro da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, para dirimir quaisquer ações em torno
deste contrato.
CLÁUSULA SEGUNDA - OBJETIVO SOCIAL

A sociedade exercerá o ramo de prestaçã c;r .,erviço de gestão comercial executados em


caráter cumulativo e continuo adquirir direitos creditórios decorrent s de vendas mercantis a prazo ou prestação de
serviços, efetuar cobrança por conta própria ou de terceiros, cede r seus direitos a terceiros, efetuar Negócios de
factoring no Mercado Internacional de Importação ou de_ Exportação..

CLÁUSULA TERCEIRA - DA DURAÇÃO

O prazo de duração é por tempo indeterminado, podendo extinguir-se pela impossibilidade


de se manter ou por consenso dos sócios;
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Em caso de extinção da mesma, o acervo patrimonial será
distribuído entre os sócios, na proporção de suas quotas, cabendo a estes, por maioria de capital, escolher um ou mais
liquidantes para representá-los.
PARÁGRAFO SEGUNDO: No caso de c orte, impedimento, interdição ou extinção de
qualquer dos sócios, os seus herdeiros ou sucessores, a titulo surg i iar ou universal, sub-rogar-se-ão nos direitos e
obrigações patrimoniais do "de cucus", interditado, impedido ou ex tinto, podendo estes optar pela cessão de
quotas, observando-se, no caso, o direito de preempção, o valor e as condições previstas neste instrumento.
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(c,
c.) /I
#-""
QUARTA ALTERAÇÃO CONTRATUAL DE
AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA
CNPJ: 05.800.071/0001-92

CLÁUSULA QUARTA•- DO CAPITAL cral

O capital social é no -valor dê K$64)0:0 x),(20 ( -;èiscentos mil reais) divididos em 600.000
(Seiscentas mil) cotas no valor de 1,00 (Num real) cada, endo R$400.000,00 (Quatrocentos mil reais) já
integralizados e R$200.000,00 (Duzentos mil reais) a serem integralizados em moeda corrente no pais até
31/12/2009, e assim distribuído entre os sócios:

SOCIOS COTAS VALOR


AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA 300.000 R$ 300.000,00
CRISTIANO LARA PARREIRAS DE MORAIS 1 300.000 R$ 300.000 00
TOTAL 600.000 , R$600.000,00

PARÁGRAFO ÚNICO - Nos termos do nig° t052, do Código Civil, a responsabilidade de


cada sócio, é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respo4idern solidariamente pela integralização do capital
social.
CLAUSULA QUINTA - Do AUMENTO DE CAPITAL E DIREITO DE PREEMPÇÃO

O Capital Social poderá ser aumentado sempre que necessário, ou por interesse dos sócios
quotistas, através de subscrição e integralização de novas quotas em bens ou espécie, assim como pela incorporação
de reservas livres, na proporção de suas quotas-partes. O aumento de capital, será sempre efetivado em alteração
contratual, levado a registro junto ao órgão competente;
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Quando, porém, o aumento em que trata esta cláusula depender
de recursos financeiros de cada sócio, terá estes o direito de preferência ou preempção para participar do aumento na
proporção do valor da sua quota-parte no Capital Social;
I: Não exercendo, qualquer dos sócios, Rste direito, a parcela que lhe caberia no aumento
do Capital será absorvida pelo outro sócio;
II: Não havendo, também, interesses n exercício do direito de preferência por parte do
sócio remanescente, poderão, por maioria de capital, optar pela of rta para subscrição integral ou parcial de quotas a
terceiros.
III: A deliberação sobre a necessidade de aporte de Capital nos termos do que dispõe o
presente parágrafo, será sempre tomada por maioria de capital, devendo vir acompanhada de razões técnicas, firmada
por profissional hábil para tal parecer, indicado igualmente pela maioria do Capital Social.

CLÁUSULA SEXTA - DA RETIRADA DE SÓCIOS

Assiste ao sócio a faculdade de se retira da Sociedade, mediante o reembolso da quantia


correspondente ao valor de sua quota-parte, desde que, 60 (ses enta) dias antes, cientifique ao outro sócio, por
escrito, seu interesse de retirar-se;
PARÁGRAFO PRIMEIRO: O valor do reembolso da quota-parte do sócio retirante será
encontrado pela divisão do Patrimônio Liquido da Sociedade, apurado em Balanço especialmente levantado para este
fim, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da pré-citada cientificarão.
PARÁGRAFO SEGUNDO: O pagamento os haveres do sócio retirante far-se-á de acordo
com o que for avençado livremente entre as partes.
PARÁGRAFO TERCEIRO: As quotas não poderão ser transferidas a terceiros sem prévio e
expresso consentimento do outro sócio, que terá peremptori mente, o direito de preferência. O sobredito
consentimento será consignado no próprio instrumento de alteração u instrumento à parte.
PARÁGRAFO QUARTO: O sócio rem nescente terá preferência, em igualdade de
condições, para adquirir as quotas do sócio retirante. Se o sócio re anescente, não usar do direito de preferência que
lhe é assegurado, no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, con ados da data da comunicação, fica assegurado ao
sócio retirante o direito de ceder suas quotas a terceiros, valendo instrumento de cessão, depois de registrado no
Cartório de Títulos e Documentos, como prova plena de alteração de titularidade do Contrato Social, sendo, portanto,
ineficaz em relação à Sociedade a feitura de qualquer cessão ou 1 transferência de quotas com infração às regras
estabelecidas neste instrumento.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA IMPENHORAITLIDADE DAS QUOTAS

É expressamente vedado aos quotistas, egnstittar qualquer ónus sobre as quotas, sendo as
mesmas impenhoráveis, nos termos do artigo 649, inciso 1 do Códigd de Processo Civil.

CLÁUSULA OITAVA - DA ADMINISTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO SOCIAL

A sociedade será administrada pelos sócios AGNALDO CÉSAR DE OLIVEIRA e


CRISTIANO LARA PARREIRAS MORAIS, neste ato nomeados cordo administradores, que a representarão em todos
os seus atos quer em juizo ou fora dele, representação esta que s ra exercida isoladamente e indistintamente por
qualquer um dos membros da diretoria, competindo-lhes o uso da enominação Social, bem como praticar qualquer
ato administrativo no interesse social, representando-a ativa e passi amente, perante as pessoas físicas ou jurídicas,
quer sejam públicas ou privadas, inclusive perante estabelecimentos e crédito; exceto na venda de bens patrimoniais
imóveis e cessão de direitos de concessão de serviços contratados, quando será obrigatória a assinatura de todos os
quotistas.

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2
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...1■1.1■1101

QUARTA ALTERAÇÃO CONTRATUAL DE


AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA
CNP.]: 05.800.071/0001-92

PARÁGRAFO PRIMEIRO: A- Sociedade çoctera ter ainda outros administradores, na forma,


mandato, e competência que lhes atribuir a7Assêmbléia Geial deSócios, por 2/3 no mínimo da participação dos sócios
ou por unanimidade, consignando-se em Zita as atrfoutOes Mie Wenharii à sèr conferida, para os efeitos legais.
PARÁGRAFO SEGUNDO: Só será permitido o aval da Sociedade em operações de exclusivo
interesse desta, mediante declaração expressa de dois dos sócios representantes da quotista majoritária, ou
simplesmente que o aval contenha as suas assinaturas, sendo ei•pressamente vedado o uso da Denominação em
negócios de favores ou para terceiros.
PARÁGRAFO TERCEIRO: Os administr dores e/ou qualquer dos sócios que vierem a
prestar serviços à Sociedade, poderão fazer jus a um quantum re uneratório, que será, mensalmente, retirado ou
acumulado de acordo com a disponibilidade de caixa a titulo de r tirada pró-labore. Os valores serão previamente
discutidos, aprovados em reunião e reajustados sempre que houve interesse ou necessidade, podendo, todavia, ser
reduzido ou extinto por maioria do Capital votante.
PARÁGRAFO QUARTO: Os administrad0-es não responderão, no entanto, solidariamente
pelas obrigações patrimoniais da Sociedade.

CLÁUSULA NONA - DA REUNIÃO DOS SÓCIOS

As deliberações sociais serão tomadas em reunião, que deverá ser convocada por qualquer
um dos sócios, com expressa comunicação aos demais.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: A reunião dos sócios deve realizar -se ao menos uma vez por
ano, nos 4 (quatro) meses seguintes ao termino do exercício s ciai, com o objetivo de tomar as contas dos
administradores e deliberar sobre as demonstrações financeiras, esignar administradores, quando for o caso e
deliberar sobre outros assuntos da ordem do dia.
PARÁGRAFO SEGUNDO: Observados os quoruns mínimos de deliberação previstos nos
arts. 1.071 e 1076 da Lei 10.406 de 10.01.2002, as deliberaçõ s dos sócios, serão tomadas pelos votos que
representarem a maioria do capital social, dando cada quota direito uni voto, sendo que em relação a sociedade, a
quota é indivisível.
CLÁUSULA DECIMA - DO EXERCÍCIO SOCIAL

O Exercício Social coincidirá com o ano civil, quando será levantado o Balanço Geral da
Sociedade, cabendo à Assembléia de Sócios a sua aprovação e a lndicação do destino a ser dado nos resultados
apurados.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: Os sócios participarão nos lucros e perdas apurados anualmente
na proporção das quotas que possuírem.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA


- - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

a) Esta Sociedade poderá se transformar em qualquer outro tipo de Sociedade;


b) Os Administradores declaram, sob as penas da lei, que não e t:tão impedidos de exercer a administração da
sociedade, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena
que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; o por crime (alimentar, de prevaricação, peita ou
suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra normas de
defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade. (art. 1.011, § 1 0 ., CC/2002).
E, por estarem assim, justos e contratados, firmam o presente instrumento em três vias de
igual teor e forma, perante as duas testemunhas infranomeadas.

Belo Horizonte, 05 de Novembro de 2009.

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Aatti4 . ‘ (,4

AGNALDO ÉSAR DE OLIVEIRA CRISTIA O LARA PARREIRAS DE MORAIS

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ALEA E CIA
Cristiano Lara Parreiras de Morais.

Testemunhas

II
ANT•ERLINO ANDRADE MARC L• • EZENDf AM RIM
Cl: CI: MG-10. 57.311
CP 17'.20 .556-91 CPF: 062.4 5.336-30

3

Copello • Gomei'
O ADVOGADOS ASSOCIADO

EXCELENTÍSSIMO(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DE CORONEL FABRICIANO / MG.

Processo n°: 0036887-63.2011.8.13.0194

AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA., sociedade empresária já


qualificada nos autos em epígrafe, vem perante V.E ., por seus advogados, nos autos da
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA bE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO
POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE ANTEÇIPAÇÃO DE TUTELA em epígrafe,
ajuizada por AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA também já devidamente qualificado,
oferecer sua CONTESTACÃO com PEDIDO CONTRAPOSTO, pelas seguintes razões:

I — RELATÓRIO — DOS FATOS

1. AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA ajuizou a presente AÇÃO em face


de AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA., pleiteando a declaração de inexistência
da dívida proveniente dos cheques n ° 000638, 000639, 000640 e 000641, todos emitidos no
valor de R$ 739,50 (setecentos e trinta e nove reais e cinquenta centavos), contra o Banco
baú, o primeiro em 05/12/2010 e os demais em 20/12/2010. Todos os títulos foram pós-
datados, respectivamente, para os dias 05-02-2011, 05-03-2011, 05-04-2011 e 05-05-201 1 .

2. Sustentando que o protesto dos títulos seria indevido, pleiteou a condenação


da Ré em uma indenização por supostos danos morais experimentados, no valor equivalente a
R$ 21.800,00 (vinte e um mil e oitocentos reais).

3. O Autor afirma que celebrou contrato de compra e venda com a empresa


RHAJAN, dos produtos especificados pelo pedido n° 000301, constante de fls. 12 dos autos.

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O ADVOGADOS ASSOCIADOS

4. O Autor afirma que emitiu todos os cheques ao portador e os entregou à


RHAJAN, em pagamento do contrato de compra e' venda. Afirma que "nunca realizou
nenhum negócio com a Requerida. Entretanto, o Autor alega que a mercadoria comprada da
RHAJAN não foi entregue, razão pela qual o Autor procedeu à sustação de todos os títulos.

5. Os cheques mencionados foram entregues pela RHAJAN à AGILIZA


FOMENTO MERCANTIL, por tradição, em razão de operação de factoring. Tendo em vista
a devolução dos títulos pelo Banco Sacado, pelo motivo 21 da Resolução n° 1682 do Banco
Central do Brasil, a Factoring apontou a protesto os cheques n ° 000638, 000639 e 000640.

6. Estes são os fatos e fundamentos traz os pelo Autor, que ficam impugnado
de forma específica e fundamentada, pelas razões a seg ir expostas.

II — FUNDAMENTAÇÃO
ILL Da Relação Cambial entre o Autor e a Ré — Aplicação do Princípio da
Autonomia e da Inoponibilidade das Exceções Pessoais

7. A empresa RHAJAN passou à Ré os cheques n° 000638, 000639, 000640 e


000641, todos no valor de R$ 739,50 (setecentos e trinta e nove reais e cinqüenta
centavos), emitidos pelo Autor ao portador. A Ré. ao receber os cheques ao portador e de
boa-fé, se identificou como beneficiária no campo norninativo e apresentou ao banco sacado.

8. Os cheques foram devolvidos pelo Banco Sacado, pelo motivo da alínea 21


da Resolução n° 1682 do Banco Central do Brasil, que significa contra-ordem (revogação) ou
oposição (sustação) ao pagamento pelo emitente ou pelo portador. Em conseqüência disso, a
Ré protestou os títulos.

9. Em princípio, cumpre ressaltar os seguintes fatos incontroversos:

- O Autor celebrou contrato de compra e venda com a empresa RHAJAN;

- O AUTOR CONFIRMOU A EMISSÃO DOS CHEQUES AO


PORTADOR BEM COMO SUA ENTREGA À EMPRESA RHAJAN;

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- O Autor confirmou que não teve nenhuma relação ou contrato com a Ré,
AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA.

10. Estes fatos são afirmados pelo Autor e confirmados pela Ré, razão pela
qual são incontroversos e não carecem de prova, ao teor do art. 334, 111, do CPC.

11. Neste sentido, é importante ressaltar que os cheques ao portador, como


títulos de crédito, circularam por tradição, passando da empresa RHAJAN para a Ré em razão
de operação de Factoring, e esta preencheu o campo nominativo com seu nome empresarial, na
forma permitida pelo art. 16 da Lei n ° 7.357/85, abaixo transcrito:

Art . 16 Se o cheque, incompláo no ato da emissão, for completado


com inobservância do convencionado com a emitente, tal fato não
pode ser oposto ao portador, a 9ão ser que este tenha adquirido a
cheque de má-fé. I

12. Sendo assim, os cheques colocaram em contato o Autor e a Ré, por uma
relação cambial informada pelo princípio da inoponibilidade das exceções pessoais.

13. Aqui se aplica com maestria o princípio da INOPONIBILIDADE DAS


EXCEÇÕES PESSOAIS, enunciado no art. 25 da Le n ° 7.357/85, in verbis:

Art . 25 QUEM for demandado por obrigação resultante de


cheque não pode opor ao PORTADOR exceções fundadas em
relações pessoais com o emitente, ou com os PORTADORES
ANTERIORES, salvo se o portador o adquiriu conscientemente
em detrimento do devedor.

14. Assim, demandada pela obrigação assumida nos cheques 000638,


000639, 000640 e 000641, que circularam como títulos ao portador, ou seja, por tradição
manual, o Autor não pode opor à Ré as exceções fundadas nas relações pessoais com a
em presa RHAJAN.

Vide também os artigos 10 da Lei Uniforme de Genebra sobre Letras de Câmbio e Notas Promissórias e o art.
891 do Código Civil, sobre o preenchimento do título emitido em branco pelo Portador de boa-fé, bem como
sobre a inoponibilidade das exceções pessoais que o emitente tenha contra o portador anterior do título.
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2,u
Copello • Goit t(
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15. O princípio da INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES PESSOAIS foi


introduzido no Brasil pelo Decreto n ° 2.044, de 31 de dezembro de 1908, que dispunha no
art. 51: 'na ação cambial somente é admissível defesa fundada no direito pessoal do réu contra
o autor, em defeito de forma do título e na falta de requisito necessário ao exercício da ação'.
Posteriormente, o Código Civil de 1916, no seu art. 1.507, também o admitiu, ao dispor que
`ao portador de boa-fé, o subscritor, ou o emissor, não poderá opor outra defesa, além da que
assente em nulidade interna ou externa do título, ou em direito pessoal ao emissor, ou
subscritor, contra o portador'. O mesmo preceito foi absorvido pelo art. 17 da Lei Uniforme
de Genebra (Decreto n ° 57.663/66), segundo o qual 'as pessoas acionadas em virtude de
uma letra não podem opor ao portador as exceções fUndadas sobre as relações pessoais dela
com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra
tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor' e pelo art. 25 da Lei n°
7.357/85. O Código Civil de 2002 também segue a Mesma orientação, ao dispor no art. 906
que "O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal ou em
nulidade de sua obrigação." (Cf. REQU1ÃO. 2° volume: 2007, 378).

16. Este princípio é considerado pela doutrina em direito comercial como a


norma fundamental do direito cambiário e da disciplina dos títulos de crédito:

"É nas relações entre o devedor e terceiros que se afirma em toda a


sua nitidez e plenitude a au13onomia do direito cartular. (...) É o
princípio da inoponibilidade d s exceções — lenta e segura conquista
da prática cambial — que o direito acolheu como norma fundamental
dos títulos de crédito." (BORGES: 1983, 15)

"A inoponibilidade das exceções fundadas em direito pessoal do


devedor contra o credor constitui a mais importante afirmação do
direito moderno em favor da segurança da circulação e
negociabilidade dos títulos de crédito." (REQUIÃO. 2° volume:
2007, 378)

17. Por tal razão, o Autor não pode opor à Ré a defesa fundada na sua relação
pessoal com a RHAJAN. Apenas se provar que a Ré agiu de má-fé, ou que tinha a ciência do
descumprimento do contrato celebrado, ou seja, da suposta ausência de entrega dos produtos.

18.Assim, a Ré é qualificada como portadora dos cheques e 3a de boa-fé.

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19. É claro que o simples descumprimento do contrato celebrado entre o Autor


e a RHAJAN não constitui causa de nulidade dos cheques adquiridos 2 . A nulidade deve ser
alegada com base na forma do título ou na sua emissão (dolo, coação, etc).

20. Este é o entendimento do TJMG, em julgamento de casos análogos ao dos


presentes autos, hipótese clássica de aplicação do princípio da autonomia da obrigação
cambial ou da inoponibilidade das exceções pessoais, nos seguintes termos:

"CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CHEQUE - CIRCULAÇÃO
POR ENDOSSO - AUTONOMIA - INOPONIBILIDADE DE
i_j,
EXCEÇÕES CONTRA O ENDOSSATARIO PORTADOR -
NEGATIVAÇÃO - LICITU E - INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS - IMPROCEDÊNCI - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA -
RECURSO NÃO PROVIDO. - O cheque apresenta autonomia em
relação à causa que deu origem à sua emissão. - Em decorrência
desta autonomia decorre a inoponibilidade de exceções pessoais
contra o portador, mormente quando não comprovada a sua má-fé: -
Não sendo possível a oponibilidade de exceções pessoais em relação
ao terceiro adquirente do título, tem-se por lícita a negativação do
nome do emitente em decor4cia de contra ordem de pagamento. -
Recurso conhecido e não rovido." (APELAÇÃO CIVEL N°
1.0433.07.219145-8/001 — ir CÂMARA CIVEL — TJMG.
RELATORA: EXMA. SRA. DESEMBARGADORA MÁRCIA DE
PAOLI BALBINO, DATA P BLICAÇÃO 19/06/2009)

21. Com efeito, o caso merece uma análise detida por parte deste Juízo, para
que sejam aplicados os princípios e as regras legais acima citados, na forma do art. 126 do
CPC, já que, no julgamento da lide, cabe ao Juiz aplicar as normas legais.

11.2. Da Relação Contratual entre a Ré e a RHAJAN — Da Boa-Fé

2 Nestes sentido são as seguintes lições de Fábio Ulhoa Coelho: "Pelo princípio da autonomia das obrigações
cambiais, os vícios que comprometem a validade de uma relação jurídica. documentada em título de crédito, não
se estendem às demais relações abrangidas no mesmo documento. -
"Em decorrência do princípio da autonomia, quem transaciona o crédito ilegítimo do título (aquisição a non
domino) tem sua boa-fé tutelada pelo direito cambiário. Se há notícia do desapossamento da cambial — furto,
roubo ou extravio, quando se encontrava nas mãos de seu legítimo titular — o, exeqüente terá direito ao
recebimento, se demonstrar que, sob o ponto de vista formal. os atos cambiais lançados no documento poderiam
validamente ter-lhe transferido o direito creditício. O executado apenas se exonera da obrigação se provar que o
portador agiu de má-fé ou cometeu falta grave, deixando de adotar as cautelas minimamente recomendáveis no
comércio de títulos (LU, art. 16)." (COELHO. 1° volume: 2001. 369/370)
5

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(;, )

ADVOGADOS ASSOCIADOS

22. A Ré é sociedade empresária que tem por objeto o fomento mercantil,


conhecido por Factoring, que consiste na aquisição de Créditos de terceiros.

23. Neste caso específico, a Ré adquiriu os cheques por tradição real, em razão
de fomento mercantil celebrado com a empresa RHAJAN e sem a ciência de que esta
descumpriria o contrato celebrado com o emitente e Autor.

24. Importa ressaltar que os cheques foram apresentados pela Ré ao Banco


Sacado ao menos no dia do vencimento de cada título, e que todos estes foram devolvidos
pelo motivo da alínea 21 da Resolução n° 1682 do Banco Central do Brasil.

25. Com isso, fica comprovado que a erhpresa RHAJAN agiu de má-fé e que a
Ré agiu de boa-fé, ou seja, adquiriu o título sem a ciência de que aquela iria inadimplir a
relação fundamental e prometer a devolução dos títuloi ao Autor.

26. Desta feita, fica afastada a única hipótese legal em que seria possível a
oposição das exceções pessoais que o Autor teria contra a RHAJAN - a má-fé da Ré na
aquisição dos títulos, isto é, a ciência do inaiiiiiiplemento por parte da RHAJAN, prova
cujo ônus deve ser atribuído integralmente ar) Autor.

11.3. Do Protesto e da Cobrança dos Títulos emitidos pelo Autor.

27. Neste caso específico, cumpre asseverar a possibilidade do protesto do


título e de sua cobrança judicial, por meio do pedido contraposto promovido ao final desta
contestação.

28. Sobre o protesto de títulos de crédito e suas funções, cumpre citar a lição
da doutrina mais autorizada em direito comercial, de RUBENS REQUIÃO, sic:

"Nesse sentido, portanto, o protesto é obrigatório, com função


conservatória do direito; contrastando com esse temos, também, o
protesto facultativo, extracambiário, cuja função é simplesmente
probatória, constituindo em lmora o devedor. Battaglini, todavia,
atribui funções cambiárias tando a um como a outro. A primeira
6

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Copello • Gome
ADVOGADOS ASSOCIADOS

função — comenta ele — deriva do fato de que o ato é dirigido a


constatar algumas circunstânciás que são relevantes para a atuação dos
direitos cambiários, que constitui o processo escrito pelo oficial
público, da apresentação do título ao obrigado, e do resultado desta
apresentação. Através de segunda função (função conservatória), que
é posterior àquela típica do ato — prossegue o autor -, assegura, de um
lado, aos obrigados de regresso, a garantia necessária, e, de outro, ao
titular, um meio para obter o pagamento. Em terceiro lugar, indica
uma outra função, a de aferir a insolvabilidade do devedor (art. 94, I e
§3°, da Lei n° 11.101/2005, Lei de Falências).
Na doutrina brasileira prevalecem os dois efeitos e funções sob a
qualificação de protesto probatório ou facultativo e protesto
conservatório ou necessário" 3

29. É sabido que o protesto surgiu na Idade Média com a finalidade de provar a
impontualidade ou inadimplência do sacado, perante o sacador de uma letra de câmbio.
Porém. além da conservação dos direitos de regresso, o protesto admitiu outras
finalidades importantes, como a notificação cartorial do devedor, a instrução do pedido
de falência e a interrupção do prazo de prescrição da ação.

30. O protesto tem sido admitido até mesmo para sentença judicial.

1
31. Além do protesto do tipo obrigatório, necessário ou conservatório,
1
apontado para conservar o direito do portador do títlo contra os coobrigados de regresso
(endossantes e avalistas), há o protesto do tipo facultativo ou probatório.

32. E para ilustrar ainda mais a possibilidade jurídica do protesto de título


como exercício regular de direito pelo credor, cita-se o seguinte entendimento:

"Ocorre, no entanto, que o protesto poderá ser tirado pelo seu


portador sem que tenha função específica de conservação de direitos
— trata-se do protesto facultativo. Isso poderá ocorrer em casos
como: a) a letra já tenha sido protestada por falta de aceite; b) houver no
título cláusula sem protesto ou sem despesas; c) quando o título não
possuir coobrigados, mas apenas o devedor principal, como, por
exemplo, ocorre com a nota promissória sem endosso e sem aval."

3REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. 2° vol. 25 ed. nev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 448.
BERTOLDI, Marcelo M. Curso Avançado de Direito Comercial, 4a ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2008. p. 424.

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Çopello • Gome4
O ADVOGADOS ASSOCIADOS /

33. O protesto facultativo deve ser considerado como exercício regular de seu
direito de credor, na esteira do Acórdão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

"Alega a parte apelante que, por tratar o caso concreto de


PROTESTO FACULTATIVO - e não obrigatório -, não há que se
falar em PROTESTO indevido de cheque após o decurso do prazo de
30 (trinta) dias para sua apresentação, "posto que o PROTESTO em
comento tem efeitos extracambiários, ou seja, não tem o condão de
legitimar a cobrança do título contra os eventuais coobrigados e seus
avalistas, mas apenas de dar publicidade à cobrança e ao
inadimplemento do título" (fl. 111).

Razão lhe assiste.

O já transcrito artigo 48 da Lei n. 7.357/85 aplica-se apenas ao caso de


PROTESTO obrigatório, destinado a garantir a execução do título em
face dos endossantes e de seus avalistas.

Como no cheque levado a apontamento sequer figuram


endossantes, sem dúvida alguma, o fim almejado pela requerida
foi de efetuar o PROTESTO FACULTATIVO, como meio de
comprovar o não pagamento, o que caracteriza o EXERCÍCIO
REGULAR de seu DIREITO de CREDOR.

A propósito, eis a lição do doutOnador Wille Duarte Costa:

"Em algumas situações, o legislador dispensou o PROTESTO,


mesmo para assegurar a ação de regresso, mas não o impediu.
Conseqüentemente, ninguém será proibido de protestar o título de
crédito de que é possuidor. Erp muitos casos, o PROTESTO é até
interessante, pois registra o descumprimento da obrigação, fazendo
com que a qualquer momento, possa refletir no cadastro dos
devedores do título, impedindo-os de efetuar negócios inadiáveis. Isto
pode provocar a necessidade de liquidação do débito respectivo, por
parte do devedor. Na espécie, não se trata de abuso, mas do
EXERCÍCIO REGULAR de um DIREITO do credor. (...)

A dispensa do PROTESTO, embora prevista em nossa legislação,


não se resume em obrigação e não impede que o possuidor busque
realizar o PROTESTO cambial FACULTATIVO, mesmo sabendo
que dele não tenha necessidade para acionar o devedor. (...)

O PROTESTO pode ser FACULTATIVO quando a ação de


execução não depender dele para que sejam acionados os obrigados.
Será assim considerado o PROTESTO quando a ação dirigir-se
contra o obrigado principal e seus respectivos avalistas (...)" (in
Títulos de Crédito, Del Rey, Belo Horizonte, 2003, p. 255-256).

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Copello • Gomes
O ADVOGADOS ASSOCIADOS

De grande valia reiterar a inexistência de questionamento, por


parte da empresa apelada, acerca da emissão e validade do cheque
protestado.

Assim, não há que se falar em irregularidade do PROTESTO


FACULTATIVO, lavrado em 12/12/2007 (fl. 28), ainda que
decorridos 30 (trinta) dias da data da emissão do cheque, qual
seja, 28/6/2007." (TJMG, APELAÇÃO CÍVEL N°
1.0024.08.981696-1/001 - RELATOR: EXMO. SR . DES. JOSÉ
ANTÔNIO BRAGA, DATA DA PUBLICAÇÃO 24/08/2009)

34. Neste caso específico, o protesto ainda pode ter os seguintes fins:

1) Interrupção do prazo de prescrição das ações contra o Autor;


2) Prova da apresentação e da inadimplência do Autor, diante da
sustação/revogação efetuada na esfera bancária (administrativa);
3) Pedido de falência ou insolvência do Autor.

35. 1) Ora, já está definido pelo Código'Civil, art. 202, inc. III, que o protesto
cambial interrompe a prescrição das ações do Credor clinra o Devedor, vide:

"Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá


ocorrer uma vez, dar-se-á:
III — por protesto cambial;"

36. Portanto, o protesto dos cheques apontados pela Ré deve ser admitido
porque operou a interrupção da prescrição para a ação judicial cabível - a execução.

37. Desta forma, a Ré age no exercício regular do seu direito de crédito, ao


apontar os cheques sustados ou revogados ao protesto, seja para o simples efeito de
interromper a prescrição, na forma do referido art. 202, inc. III, do Código Civil, não
havendo que se falar ainda, em indenização por danos morais.

38. 2) Por outro lado, o protesto também foi requerido para provar, de urna vez
por todas, porque os cheques foram sustados pela primeira requerente, sem a apresentação de
qualquer fundamento relevante de direito, isto é, sem qualquer impugnação à existência,
9

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Copello • Gome
O ADVOGADOS ASSOCIADO J'?

validade ou legitimidade do crédito da Ré (portadora do título), principalmente diante da


aplicação do princípio da inoponibilidade das exceções pessoais, que determina que o Autor
não pode opor à Ré as defesas fundadas em relação pessoal com a empresa RHAJAN, na
forma já citada.

39. 3) Por fim, o protesto é necessário para instruir pedido de falência ou


de insolvência civil contra o Autor ou contra os coobrigados de regresso dos títulos,
neste caso a empresa RHAJAN, em ação própria, que obedeça o art. 94. inc. 1 e §3°, da
Lei n° 11.101/2005 (Nova Lei de Falências).

40. Por todo o exposto, diante da ausência de qualquer impugnação


quanto à existência, validade ou legitimidade do crédito da Ré, diante da possibilidade
jurídica do protesto e diante das finalidades do protesto apontadas nesta defesa,
principalmente quanto à interrupção do prazo de prescrição da ação contra o Autor,
requer sejam julgados totalmente improcedentes os pedidos de declaração de nulidade
do título e de indenização por danos morais, com a consequente condenação do Autor ao
pagamento do valor dos cheques de n ° 000638, 000639, 000640 e 000641 à legítima
credora, a Ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA.

41. Ressalte-se que, em casos semelhantes ao da presente demanda, o


Judiciário tem decidido de acordo com o entendimento explanado nesta contestação,
conforme se depreende das sentenças anexas, prolatadas nos autos
9035091.40.2010.813.0024, 9039463.32.2010.813.0024 e 9047607.92.2010.813.0024, da
Comarca de Belo Horizonte/MG.

III - DO PEDIDO CONTRAPOSTO

42. Diante dos fatos e fundamentos expostos e da prova documental


apresentada, a Ré vem formular PEDIDO CONTRAPOSTO, na forma do Art. 31 da lei
9.099/95, pleiteando a condenação do Autor ao pagamento do valor relativo aos cheques n°
000638, 000639, 000640 e 000641.

10

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Copello • (tomeZ
O ADVOGADOS ASSOCIADOS iç))

III - DOS PEDIDOS

43. Por todo o exposto, requer:

1. Sejam julgados totalmente improcedentes os pedidos de declaração de

inexistência da dívida proveniente dos cheques n° 000638, 000639,


000640 e 000641, e de indenização por danos morais, formulados pelo

Autor, ante a aplicação do princípio da autonomia dos títulos de

crédito e da inoponibilidade das exceções pessoais, que determinam

que o Autor não pode opor à Ré as defesas fundadas em sua relação


pessoal com a empresa RHAJAN, constituindo exercício regular de
direito o apontamento dos títulos a protesto, seja o obrigatório para

conservação do direito de regresso, seja o facultativo, para interrupção

da prescrição, prova da apresentação ao emitente e pedido de falência;

2. Requer seja julgado procedente o pedido contraposto formulado,

condenando o Autor ao pagamento do valor referente aos títulos n°

000638, 000639, 000640 e 000641;

3. Protesta e requer provar os fatos narrados por todos os meios de prova

em direito admitidos, notadamente documental, requerendo desde já o


julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, I, do CPC.

Nestes termos, Pede Deferimento.

Belo Horizonte, 17 de maio dç 2011.

Clélio G .951

Juliano Copello ouza - OAB/MG 102.572

Vitor Biccas Massoli - OAB/MG 130.237


11

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CORONEL FABRICIANO MG 1732
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CPF 047.304.876-05
Di MC; 11067326 SSP/MG
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Cliente Bancário
R CEI SILVINO PEREIRA 83 desde 03/2002
CORONEL FABRICIANO MC, ) )46 4'
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Tabeliã: Maria Márcia de Arruda Tabeliã: Mana Márcia de Arruda
Rosácea Comélio. 150 1408 Centro - Coronel Fabric ¡mio MG Rue José Cor4é110, 150 , t.j 08 Centro • Coronel Fatificiano MG

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MARIA MARC ARRUDA MAP I (4 M RC I A DE ARRUDA
Qualquer emende ou rasura sofá onsidereoo corno indicio do adulterecao ou tentativa do rreudi (luraram emenda ou,raaure semi wesalerado Corno indicio de adulterucào ou (entalou de fraude.

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TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS
CORONEL FABRICIANO INSTRUMENTO DE PROTESTO
MARIA MARCIA DE ARRUDA Lv.: ***A948 Fl.: **122
Tabeliã Interina
Registro N° : ***189122

No dia 29/03/2011, nesta cidade de Coronel Fabriciano - MG, em meu


Tabelionato, por AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNPJ
05.800.071/0001-92, sito à AV GETULIO VARGAS 254 SALA 402 -
FUNCIONARIOS - BELO HORIZONTE/MG - Cep:30112020, me foi apresentado
para ser protestado por FALTA DE PAGAMENTO, o título a seguir
caracterizado:

N° de Protocolo : 1390506
Credor/Sacador AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNPJ
05.800.071/0001-92
Cedente AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNPJ
05.800.071/0001-92
Espécie • CHEQUE
N° do Titulo ...: 000638 6 - EMITIDO EM 05/12/2010
Endosso • Sem Endosso
Data Vencimento : 05/12/2010
Valor • 739,50 (setecentos e trinta e nove reais e cinquenta
centavos)

Devedor(es) • AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA


CPF 047.304.876-05
RUA GERALDO RODRIGUES SOARES N 1.475, JULIA
KUBITSCHEK
Cep: 35171099 - CORONEL FABRICIANO - MG

Certifico que intimei o(s) responsável(is) através de Carta


Registrada com aviso de Recebimento N° RJ 34517496 8, conforme cópia em
anexo.

Coronel Fabriciano (MG),04 de Abril de 2011

Em Testemunho da verdade.

CO
MARIA mARCIA DE ARRUDA
TABELIÃ
Lei 15.424 de 30 dez de 2.004 Art.
1° e art. 35/37 da Lei 9.492/97
Tabela N° 03/08

Emolumentos R$ *73,31
Taxa Fiscalização R$ *24,44
PECG R$ **4,40

Total R$ 108,85

DECLARAÇÃO DE ANUËNCIA P/CANCELAMENTO DE PROTESTO


Sr. Tabelião de Protestos, autorizo(amos) V. Sa. a cancelar o protesto
acima nos termos da Lei 9.492/97, Art. 26 $1° e 2°.
Coronel Fabriciano (MG), de de

CREDOR (reconhecer firma em Cartorio de notas)

APRESENTANTE (em caso de Endosso Translativo)


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ITAÜ UNIBANCO S.A CPF 047.304.876-05 desde W32005
2
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CORONEL FABRICIANO MC, 1732 DI MG11067326 SSP/MG Cliente Bancário
R CEL SILVINO PEREIRA 83 40G 70 i), i desde 03/2001
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Oficio do 1 ° ,Tabelionato de Protesto de TIL de Divides ,.. 1 Oficio do 1° Tabelfonsto de Protesto de Tít. de Divides
Tabela: Marfa Márcia de Arruda Tabeeft: Maria Márcia de Arruda
Rua Jose Comello, 150 .14 06 Coruto - Coronel Febncieno MG Rua José Colmato. 160 , 08 Centro • Coronel Falseteiem° MG

1390936
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DESTINATÁRIO DO OBJETO / DESTINATA1RE
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AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA 1 iiiii 1
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I 1 *3 :I. '71 0,.P9
CEP / CODE POSTAL. FABRICA:AN() ,Ays

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ASSINATURA DO RECEBEDOR! SIGNATURE OU FtECEPTEUR DATA DE RECEBIMENTO CARIMBO DE ENTREGA
DATE OE LIVRATION UNIDADE DE DESTINO
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NOME LEONEL
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EBEDOR 1 NOM LISIBLE OU RECEPTEUR
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RECEBEDOR / ÓRGÃO EXPEDIDOR SIGNATURE DE LAGENT ∎


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TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS )113
CORONEL FABRICIANO INSTRUMENTO DE PROTESTO

MARIA MARCIA DE ARRUDA Lv.: ***A949 Fl.: **119


Tabeliã Interina
Registro N° : ***189319

No dia 15/04/2011, nesta cidade de Coronel Fabriciano - MG, em meu


Tabelionato, por AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNPJ
05.800.071/0001-92, sito à AV GETULIO VARGAS 254 SALA 401 -
FUNCIONARIOS - BELO HORIZONTE/MG - Cep:30112020, me foi apresentado
para ser protestado por FALTA DE PAGAMENTO, o título a seguir
caracterizado:

N° de Protocolo : 1390936
Credor/Sacador AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNPJ
05.800.071/0001-92
Cedente • AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA
Espécie CHEQUE
N° do Titulo ...: 000639 4 - EMITIDO EM 20/12/2010
Endosso • Sem Endosso
Data Vencimento : 20/12/2010
Valor 739,50 (setecentos e trinta e nove reais e cinquenta
centavos)

Devedor(es) • AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA


CPF 047.304.876-05
RUA GERALDO RODRIGUES SOARES N 1.475, JULIA
KUBITSCHEK
Cep: 35171099 - CORONEL FABRICIANO - MG

Certifico que intimei o(s) responsável(is) através de Carta


Registrada com aviso de Recebimento N° RJ 32559226 2, conforme cópia em
anexo.

Coronel Fabriciano (MG), 25 de Abril de 2011

Em Testemunho da verdade.

MARIA MÁRCIA DE ARRUDA


TABELIÃ
Lei 15.424 de 30 dez de 2.004 Art.
1' e art. 35/37 da Lei 9.492/9'
Tabela N° 03/0M

Emolumentos R$ *80,5'
Taxa Fiscalização R$ *26,8
PECG R$ **4,8

Total R$ 118,9

DECLARAÇÃO DE ANUÊNCIA P/CANCELAMENTO DE PROTESTO


Sr. Tabelião de Protestos, autorizo(amos) V. Sa. a cancelar o protest
acima nos termos da Lei 9.492/97, Art. 26 $1° e 2°.
Coronel Fabriciano (MG), de de

CREDOR (reconhecer firma em Cartorio de notas)

APRESENTANTE (em caso de Endosso Translativo)


PREENCHER COM LETRA DE FORMA
AK
DEàTNATÁR:0 DO OBJETO / DESTINATA1RE
•- - - - amer.: cnriet F 1-1111)ERr1NATAIRE
NOME OU RAZÃO SOCIAL D'

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ENDEREÇO ADRESS1

CEP / CODE POSTAL • -) 41,;

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DECLARAÇÃO DE CONTEI:h. , ENVIO! NATURE DE L'ENVOI


L j rNiurciTARIA/ PR1ORITAIRE
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n SEGURADO / VALEUR DECLARE


ASSINATURA DO RECEBEDOR / SIGNATURE DU RECEPTEUR DATA DE RECEBIMENTO CAR
DATE DE LIVRATION

EL DO RECEBEDOR / NbM L1S1BLE OU RÉDEPTEUR


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N" DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DO RUBRICA E MAT. DOE EGADO
RECEBEDOR / ORGÃO EXPEDIDOR SIGNATURE DE VA
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ENDEREÇO PARA DEVOLUÇÃO NO VERSO / A R = DE RETOUR DANS LE VERS


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PREENCHER COM LETRA DE FORMA
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TABELIONATO DE PROTESTO DE TÍTULOS
CORONEL FABRICIANO INSTRUMENTO DE PROTESTO 1
Í
MARIA MARCIA DE ARRUDA Lv.: ***A949 Fl.: **118
Tabeliã Interina
Registro N° : ***189318

No dia 15/04/2011, nesta cidade de Coronel Fabriciano - MG, em met


Tabelionato, por AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNPL
05.800.071/0001-92, sito à AV GETULIO VARGAS 254 SALA 401
FUNCIONARIOS - BELO HORIZONTE/MG - Cep:30112020, me foi apresentadc
para ser protestado por FALTA DE PAGAMENTO, o título a seguia
caracterizado:

N° de Protocolo : 1390935
Credor/Sacador AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA, CNP
05.800.071/0001-92
Cedente • AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA
Espécie • CHEQUE
N° do Titulo ...: 000640 8 - EMITIDO EM 20/12/2010
Endosso Sem Endosso
Data Vencimento : 20/12/2010
Valor • 739,50 (setecentos e trinta e nove reais e cinquenta
centavos)

Devedor(es) • AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA


CPF 047.304.876-05
RUA GERALDO RODRIGUES SOARES N 1.475, JULIF
KUBITSCHEK
Cep: 35171099 - CORONEL FABRICIANO - MG

Certifico que intimei o(s) responsável(is) através de Carta


Registrada com aviso de Recebimento N° RJ 32559225 9, conforme cópia er
anexo.

Coronel Fabriciano (MG), 25 --de Abril de 2011

Em Testemunho da verdade.

v- -.
MARIA MÁRCIA DE ARRUDA
TABELIÃ
Lei 15.424 de 30 dez de 2.004 Art
1° e art. 35/37 da Lei 9.492/9
Tabela N° 03/0

Emolumentos R$ *80,5
Taxa Fiscalização R$ *26,8
PECG R$ **4,8

Total R$ 118,9

DECLARAÇÃO DE ANUÊNCIA P/CANCELAMENTO DE PROTESTO


Sr. Tabelião de Protestos, autorizo(amos) V. Sa. a cancelar o protest
acima nos termos da Lei 9.492/97, Art. 26 $1° e 2°.
Coronel Fabriciano (MG), de de

CREDOR (reconhecer firma em Cartorio de notas)

APRESENTANTE (em caso de Endosso Translativo)


Comp. gamo I Agencia


341
SS
1 3058
1 ES
6

Numero da conta
25950-2
Numero do cheque
000641
álize 6 Rs4 A?" tit# 4,5j,
ayue pot este t: rt
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Cheque a quantia de .1,..kkri u4r t 1/41Y •■o
■■•■■■•••• e centavos acima

ou a sua ordem


de

STA DE OLIVEIRA irent;ira%


03 /2002
ITAU UNIBANCO S.A. C 7.304.876-05
CORONEL FABRICIANO MG 1732 Dl MG 11067326 SSP/MG Cliente Bancário
Mude 03/2002
R CEL SILVINO PEREIRA 83
CORONEL FABRICIANO MG

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, c 422.1e3
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS
PODER JUDICIÁRIO
BELO HORIZONTE
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL - UNIDADE RELAÇÕES DE CONSUMO (58 SECRETARIA)
RUACURITIBA, 632, CENTRO, BELO HOR - MG. FONE: (31) 3270 - 3550

SENTENÇA
PROCESSO: 9039463.32.2010.813.0024 - Procedimento do Juizado Especial Cível

PROMOVENTE(S):
ANGELA DE ABREU PEREIRA

PROMOVIDO(S):
MAVISA TURISMO
AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA

VISTOS, ETC.

Conforme autorizado pelo art. 38 da Lei 9.099/95,


dispenso o relatório, passando ao resumo dos fatos
relevantes do processo: a parte autora propôs a presente
ação alegando que celebrou contrato para aquisição de
pacote turístico junto à requerida,MAVISA TURISMO. Relata
que emitiu 12 cheques pré-datados em favor da requerida,
além da quantia de R$838,00. Afirma que houve problema com
um dos cheques emitidos, contudo realizou o pagamento da
quantia referente ao mesmo. Assevera que os serviços não
foram prestados. Informa que foi surpreendida com carta de
cobrança emitida pela ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA.
Narra transtornos diversos. Pleiteia a devolução dos
cheques; indenização por danos materiais e morais e em sede
de tutela antecipada a exclusão de seu nome dos cadastros
restritivos de crédito.

Concedida a antecipação dos efeitos da tutela.

Frustrada a tentativa de acordo na Audiência de


Conciliação, foi adotada a técnica de julgamento antecipado
da lide.

As rés apresentaram contestações, as quais foram


impugnadas pela parte autora.

Destarte, vieram-me os autos conclusos para decisão


cabível.

Decido.
Na presente lide há uma relação de consumo, envolvendo
a autora, destinatária final de produtos comercializados
pelas rés, enquadrando-se as partes nos conceitos de
consumidora e fornecedoras, constantes dos artigos 2° e 3°,
da Lei 8.078/90.

A ré MAVISA TURISMO apresentou contestação alegando


que ao constatar a fraude cometida pela empresa Wege Tours
comunicou a todos os clientes o ocorrido, orientando-os a
sustar os cheques emitidos para pagamento. Informa que
entrou em contato com as companhias aéreas para confirmar
as passagens, sendo que agiu dentro dos parâmetros de
confiabilidade, credibilidade e ética.

A ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA por sua vez, ao


apresentar defesa sustenta a inoponibilidade das exceções
pessoais. Pugnou pela improcedência do pedido inicial.
Pleiteou em pedido contraposto a condenação da autora ao
pagamento dos três cheques adquiridos pela ré.

Primeiramente cumpre esclarecer que analisarei o caso


em discussão individualmente quanto às requeridas.

Da responsabilidade da ré MAVISA TURISMO

O ponto fulcral da lide consiste no direito da autora


de ter restituídos os cheques emitidos em razão de contrato
de prestação de serviços rescindido, bem como na
configuração de danos a seu patrimônio subjetivo
decorrentes de conduta da requerida.

Pois bem, a autora celebrou contrato para prestação de


serviços junto à ré MAVISA TURISMO, ocasião em que pagou
antecipadamente a quantia de R$1.838,00, bem como emitiu 12
cheques para pagamento do pacote turístico.

Com efeito, a Constituição da República de 1988


consagrou a proteção do consumidor pelo Estado como
garantia fundamental individual em seu artigo 5°, XXXII, e
ainda, dispôs expressamente em seu artigo 170, V, que a
ordem econômica deverá observar o princípio da defesa do
consumidor.

A Lei n° 8.078, de 1990 é justamente o comando


infraconstitucional que veio regulamentar os mencionados
dispositivos. O CDC assegura o princípio da autonomia da
vontade, porém de forma relativa, por conter normas de
ordem pública e interesse social (art. 1°), que são
cogentes e inafastáveis pela vontade dos contratantes.

O CDC procura a harmonização dos interesses dos


consumidores e fornecedores na relação de consumo. É
preciso ter em vista a hipossuficiência objetiva do
consumidor, que é vulnerabilizado diante dos fornecedores.
Busca-se, assim, estabelecer a isonomia real entre os
participantes desse contrato (art. 4°, I, do CDC).

In casu, a consumidora/autora contratou os serviços da


requerida MAVISA TURISMO, quando emitiu 12 cheques, no
entanto, não houve a prestação integral do serviço
contratado.

Sendo assim, tenho para mim ser imprescindível a


devolução à autora dos valores por ela pagos pela viagem à
Nova York, bem como dos cheques emitidos, posto que a não
devolução implicaria em enriquecimento sem causa por parte
da ré, o que não se admite em nosso ordenamento jurídico.

O dano patrimonial equivale ao prejuízo suportado por


uma das partes em virtude do descumprimento de obrigação.
Assim, constatada a falha e demonstrado o dano, fazem jus a
autora à reparação integral, a teor do disposto no artigo
6°, VI, da Lei n° 8.078/90.

Afirma a autora que, em razão da falha nos serviços


prestados pela ré MAVISA TURISMO, sofreu prejuízos no
importe de R$4.086,31.

Dessa forma, configurado o nexo causal entre a falha


da parte ré e os danos materiais devidamente comprovados,
tenho que a autora faz jus à indenização por prejuízos
materiais no montante de R$4.086,31.

Passo à análise do pedido de indenização por danos


morais.

A Constituição da República de 1988 assegura o direito


à reparação pelo dano moral, em seu artigo 5°, incisos V e
X, previsão esta reproduzida no art. 6°, VI, da Lei
8.078/90. O dano moral surge quando há a lesão a bem
imaterial integrante da personalidade do indivíduo, tal
como a liberdade, a honra e a integridade da esfera íntima,
causando sofrimento, dor física e ou psicológica à vítima.
O artigo 14 do Código de Defesa do consumidor dispõe que o
fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação do serviço.

No caso vertente, restou cabalmente demonstrada a


falha na prestação de serviços por parte da requeridaMAVISA
TURISMO ao não prestar os serviços conforme prometido pela
demandante no momento da celebração do contrato.

Em que pese, como regra, a falha na prestação de


serviços não ensejar lesão ao patrimônio subjetivo, tenho
que, diante das particularidades do caso concreto, a
conduta da requerida resultou em transtornos que
ultrapassaram os limites ordinários do contrato celebrado
entre as partes, merecendo sanção pecuniária a eles
equivalente.

Ora é desnecessário muito esforço imaginar a quebra de


expectativa, aborrecimentos e raiva enfrentados pela
autora, que, teve frustrada a viagem programada com meses
de antecedência.

No que tange à fixação do dano moral, considerando os


princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, a
reparação deve servir como punição e alerta para a
ofensora, a fim de que proceda com maior cautela em
situações similares. Em contrapartida, não pode constituir
enriquecimento indevido da ofendida, devendo, pois, ser
reparado na medida mais próxima possível do abalo moral
efetivamente suportado.

Como resultado de tais ponderações, vejo por bem fixar


o valor em 05 salários mínimos, ou seja R$2.725,00, que
reputo suficiente para reparar o dano alegado, valendo
ressaltar que o elemento sancionador-pedagógico foi
preponderante no caso em espécie.
Da responsabilidade da ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL
LTDA

A aplicação das normas consumeristas na presente


demanda decorre da caracterização da autora como
"consumidora por equiparação", nos termos do artigo 17 da
lei n° 8.078/90.

O cheque é documento literal e abstrato. As exceções


pessoais, ligadas ao negócio subjacente somente podem ser
opostas a quem tenha participado do negócio. Assim, uma vez
endossado o título, em razão de sua livre circulabilidade,
válido o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais
a terceiros de boa fé.

Em relação ao terceiro de boa-fé não se pode alegar a


existência do contrato originário e nem o pagamento feito a
quem já não era mais credor (art. 17 do Dec. 57.663/66).
Com o endosso do cheque, a promovida AGILIZA FOMENTO
MERCANTIL LTDA passou a ser credora do mesmo.

No caso vertente, inexistem quaisquer provas de que a


ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA tivesse participado do
negócio firmado entre a autora e a requerida MAVISA
TURISMO e ainda de que tivesse conhecimento do desacordo
comercial que levou à sustação dos títulos.

Assim sendo, entendo ausente qualquer ato ilícito da


parte ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA ao cobrar os
cheques, pelo que não pode ser responsabilizada pelos danos
arguidos.

Ao se tornar credora do cheque a requerida AGILIZA


FOMENTO MERCANTIL LTDA pode adotar as medidas necessárias
para o recebimento do seu crédito, o que encontra respaldo
no art. 188, I, do CCB, e o protesto é levado a efeito,
para se resguardar seus direitos face ao coobrigado,
conforme o disposto nos artigos 1° e 12 da Lei 9.492/97, e
no art. 20 do Dec. 2.044/08.

Portanto, a promovida AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA


protestou os títulos da parte autora, por ser credora dos
mesmos. A parte autora não alegou qualquer vício na emissão
dos títulos, e todos os resultados danosos foram causados
exclusivamente pela sustação destes. A promovida AGILIZA
FOMENTO MERCANTIL LTDA é terceira de boa-fé, o que se
presume, não sendo demonstrado no presente processo, que
tenha agido de má-fé. O cumprimento da obrigação da parte
autora deveria ter ocorrido em face da requerida, e a
exceção de pagamento não pode ser oposta à mesma, eis que
passou a ser credora, não havendo qualquer prova de que
obteve a satisfação de seu crédito. No que respeita ao
terceiro, portador do título, não se pode opor esta
exceção, tendo em vista que o título adquire abstração e
autonomia.

Sendo assim, tenho que não há como prosperar os


pedidos feitos na inicial quanto à ré AGILIZA FOMENTO
MERCANTIL LTDA.

Consequentemente a procedência do pedido contraposto é


medida que se impõe.

Ante exposto e por tudo mais que dos autos


consta,JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido inicial para:

confirmar a decisão que antecipou os efeitos da


tutela, determinando que a requerida MAVISA
TURISMO proceda à exclusão do nome da autora dos
cadastros restritivos de crédito, no prazo de 05
(cinco) dias, sob pena de multa diária a ser
arbitrada em fase de execução;

condenar a requerida MAVISA TURISMO na obrigação


de pagar à autora a quantia de R$4.086,31 (quatro
mil e oitenta e seis reais e trinta e um
centavos), corrigida monetariamente pelos índices
da Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais
desde a data do desembolso, acrescida de juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês desde a data da
citação até o efetivo pagamento;

condenar a ré MAVISA TURISMO na obrigação de


devolver à autora os cheques n ° 850266, 850267,
850268 e 850291, no prazo de 10 (dez) dias, sob
pena de multa diária a ser arbitrada em fase de
execução;

• e condenar a ré MAVISA TURISMO na obrigação de


reparar a autora por danos morais na quantia de
R$2.725,00 (dois mil setectentos e vinte e cinco
reais), devidamente corrigida pela Tabela da
Contadoria da Corregedoria de Justiça de Minas
Gerais desde a data da prolação desta decisão,
acrescida de juros de mora de 1% (um por cento) ao
mês desde a data da prolação desta
decisão,analisando o feito com resolução do mérito
nos termos do art. 269, I, do CPC.

E julgo procedente o pedido contraposto para condenara


parte autora na obrigação de pagar à ré AGILIZA FOMENTO
MERCANTIL LTDA os valores correspondentes aos cheques
n ° 850265, 850269, 850270 e 850271, somados e corrigidos
monetariamente pela Tabela da Contadoria da Corregedoria de
Justiça de Minas Gerais desde a data da emissão, acrescidos
de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês desde a mesma
data.

Sem condenação em custas e honorários advocatícios


conforme preconiza o art. 55 da Lei 9099/95.
O não cumprimento voluntário da obrigação, no prazo de 15 (quinze)
dias, ensejará a incidência da multa prevista o art. 475-J do CPC,
considerando-se intimado o demandado dessa penalidade quando da
intimação da sentença.

P.R.I.

BELO HORIZONTE, 14 de Março de 2011

BEATRIZ JUNQUEIRA GUIMARAES


Documento assinado eletronicamente pelo(a) juiz(lza)
5(9
JUIZADO ESPECIAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO DA COMARCA DE
BELO HORIZONTE — MG.

AUTOS N° 9035091.40.2010.813.0024

AUTORA: MARCIA CRISTINA RIBEIRO DE MENEZES THEODORO

RÉUS: TURAZUL VIAGENS LTDA, WEGETOURS e AGILIZA FOMENTO


MERCANTIL

SENTENCA

Dispensado o relatório, nos termos do art. 38 da Lei n° 9.099, de 1995.

MARCIA CRISTINA RIBEIRO DE MENEZES THEODORO ajuizou ação em


face de TURAZUL VIAGENS LTDA, WEGETOURS e AGILIZA FOMENTO
MERCANTIL alegando, em síntese, que em 05/05/2010 contratou um pacote de
turismo fornecido por WEGETOURS, por intermédio da agência de viagens
TURAZUL, emitindo cinco cheques no valor de R$ 1.409,70 cada para pagamento.
Informou que em 14/05/2010 recebeu um comunicado da TURAZUL de que a
WEGETOURS havia falido, orientando-a a sustar quatro cheques dados em pagamento,
já que um havia sido compensado, tendo sido o valor do cheque compensado restituído
pela ré TURAZUL. Acrescentou que em 28/06/2010 recebeu um aviso da ré AGILIZA
que seu nome seria protestado tendo em vista o não pagamento do cheque n° SA000166,
que havia sido sustado. Requer declaração de inexigibilidade do débito, devolução dos
cheques n° SA000166, SA000167, SA000168 e SA000169, indenização por danos
morais e que seu nome não seja protestado.

A medida liminar foi concedida no evento 55.


Na audiência de conciliação (evento 116), a autora desistiu dos pedidos
formulados em face do réu WEGETOURS.

TURAZUL VIAGENS LTDA apresentou contestação escrita aduzindo que


tomou todas as providências que estavam a seu alcance, comunicando imediatamente a
autora quanto à falência da operadora de viagens WEGETOURS e a orientando a sustar
os cheques dados em pagamento, tendo reembolsado a autora da quantia já descontada.
Sustentou não ter sido responsável pelos danos sofridos pela autora, requerendo a
improcedência dos pedidos.

AGILIZA FOMENTO MERCANTIL também apresentou contestação escrita


em que aduziu ter recebido os cheques emitidos pela autora por endosso, sendo terceira
de boa-fé, não lhe sendo oponíveis as exceções pessoais existentes entre a autora e os
fornecedores. Formulou pedido contraposto de condenação da autora a lhe pagar o valor
dos cheques n° SA 000166, SA 000167, SA 000168 e SA 000169, no total de R$
5.638,80, acrescido das custas cartorárias no montante de R$ 135,78, ou,
eventualmente, de condenação das rés TURAZUL VIAGENS LTDA e WEGETOURS
a lhe pagarem tal valor.

A autora apresentou impugnação às contestações no evento 135.

São, em síntese, os fatos relevantes.

FUNDAMENTO E DECIDO.

I — DO MÉRITO

Presentes os pressupostos processuais, as condições da ação e não havendo


nulidades a sanar, passo ao exame do mérito.

Tendo em vista a existência nos autos de elementos suficientes para dirimir o


conflito de interesses, mostrando-se desnecessária, portanto, a produção de prova em
audiência, julga-se o feito antecipadamente, nos termos do art. 330, L do Código de
Processo Civil.

Anoto ser incontroverso que a autora, em 05/05/2010, contratou com a


ré TURAZUL VIAGENS LTDA um pacote de turismo que seria operado pela ré
WEGETOURS, emitindo cinco cheques no valor unitário de R$ 1.409,70, n°
SA000165, SA000166, SA000167, SA000168 e SA000169 em pagamento, repassando-
os para a ré TURAZUL VIAGENS LTDA.

Verifico, ainda, que em 14/05/2010 a ré TURAZUL VIAGENS LTDA enviou


um e-mail à autora afirmando que a operadora WEGETOURS havia falido e a
orientando a sustar quatro cheques dados em pagamento, n° SA000166, SA000167,
SA000168 e SA000169, tendo tal ré, TURAZUL VIAGENS LTDA, restituído o valor
de R$ 1.409,70 à autora relativo ao cheque n° SA000165 que já havia sido compensado.

Anoto, ainda, que o nome da autora foi protestado a pedido da ré AGILIZA


FOMENTO MERCANTIL junto ao cartório do 2° Ofício de Protestos de Belo
Horizonte, pelo não pagamento do cheque n° SA000166, no valor de R$ 1.409,70.

Inicialmente, ressalto que, de acordo com o enunciado n° 90 dos Juizados


Especiais, "A desistência do autor, mesmo sem a anuência do réu já citado, implicará
na extinção do processo sem julgamento do mérito, ainda que tal ato se dê em
audiência de instrução e julgamento". Sendo assim, o pedido de desistência formulado
pela autora em face do réu WEGETOURS no evento 116 deve ser homologado para que
surta seus efeitos jurídicos, nos termos do art. 158 do Código de Processo Civil,
prosseguindo o feito em face dos réus TURAZUL VIAGENS LTDA e AGILIZA
FOMENTO MERCANTIL.

Neste contexto, anoto que entre a autora e a ré TURAZUL VIAGENS LTDA há


uma relação de consumo, já que a autora é a destinatária final de um pacote de turismo
comercializado pela ré TURAZUL VIAGENS LTDA, enquadrando-se as partes nos
conceitos de consumidora e fornecedora, previstos nos artigos 2° e 3° do Código de
Defesa do Consumidor.

A autora adquiriu, na agência de turismo TURAZUL VIAGENS LTDA, um


pacote de turismo que não lhe foi devidamente prestado, entretanto, efetuou o
pagamento da quantia de R$ 7.048,50, por meio de cinco cheques de R$ 1.409,70 cada,
conforme recibo n° 000865 anexado ao evento 01. A autora afirmou que a ré
TURAZUL VIAGENS LTDA apenas lhe restituiu a quantia relativa ao primeiro cheque
dado em pagamento, o que é incontroverso nos autos.

Sendo assim, verifico que a autora pagou por um serviço/produto que não lhe foi
prestado, já que emitiu cinco cheques para pagamento de um pacote de viagens que não
foi oferecido. A ré TURAZUL VIAGENS LTDA efetivamente recebeu os cheques
emitidos pela autora, tendo intermediado a venda do pacote de turismo. Logo, recebeu
por um produto que não foi oferecido à autora, devendo restituir-lhe os cheques dados
em pagamento ou, na impossibilidade, os valores respectivos, conforme recibo n°
000865, posto que a não devolução implicaria em enriquecimento sem causa, o que é
inadmitido em nosso ordenamento jurídico.

Assim, constatada a falha na prestação dos serviços pela ré TURAZUL VIAGENS


LTDA e comprovado o dano advindo à autora, relativo aos quatro cheques dados em
pagamento que ainda não lhe foram devolvidos ou restituídos, no valor unitário de R$
1.409,70, deve a ré TURAZUL VIAGENS LTDA. lhe restituir os cheques n° SA000166,
SA000167, SA000168 e SA000169 que ainda não foram compensados ou, na
impossibilidade, pagar à autora o seu equivalente em dinheiro, no importe de R$
5.638,80.

Quanto aos alegados danos morais sofridos pela autora, verifico que a ré TURAZUL
VIAGENS LTDA comunicou à autora, em 14/05/2010, que a operadora de viagens que
havia sido contratada para prestar os serviços intermediados faliu, orientando-a a sustar os
cheques dados em pagamento. Logo, a ré TURAZUL VIAGENS LTDA não prestou
nenhum serviço defeituoso à autora que tenha acarretado danos aos seus direitos da
personalidade, aptos a ensejar reparação por danos morais, mas tão somente prestou um
serviço que acarretou à autora danos materiais que já foram devidamente analisados e que
lhe serão reparados.

A situação vivenciada pela autora lhe trouxe aborrecimentos, é certo, mas tais fatos
não são suficientes para acarretar uma indenização por danos morais, enquadrando-se corno
meros aborrecimentos comuns da vida em sociedade, do cotidiano, pelo simples fato de
vivermos em sociedade, servindo mais para escolher os profissionais no mercado de
consumo, razão pela qual entendo improcedente o pedido de reparação por danos morais
formulado em face da ré TURAZUL VIAGENS LTDA.

Lado outro, verifico que a ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL recebeu um


cheque emitido pela autora, n° SA000166, no valor de R$ 1.409,70, encaminhando-o
para protesto ante o não pagamento.

O cheque é um título de crédito literal e abstrato. Uma vez endossado, em razão


da sua livre circulação, incide o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais.
Assim, verifico que a ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL não participou do
contrato celebrado entre a autora e a ré TURAZUL VIAGENS LTDA., tendo recebido
tal título de crédito de boa-fé, já que não há provas de que a AGILIZA tivesse
conhecimento do desacordo comercial que acarretou a sustação do título. Assim, a
existência do contrato originário não pode ser alegada ao terceiro de boa-fé, assim como
o pagamento feito a quem não mais era credor.
Neste contexto, verifico que a ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL não
praticou qualquer ato ilícito ao cobrar o cheque n° SA000166 que lhe foi transmitido por
endosso, não podendo ser responsabilizada pelos alegados danos materiais e morais.

Lado outro, não há comprovação de que a ré AGILIZA FOMENTO


MERCANTIL tenha recebido o pagamento do cheque n° SA000166, no valor de R$
1.409,70, que se encontra em seu poder, sendo, indubitavelmente, credora do mesmo,
conforme documentos apresentados aos autos. Assim, merece prosperar o seu pedido de
condenação da autora a lhe pagar a quantia de R$ 1.562,82, relativa ao valor do cheque
n° SA000166 acrescido das despesas cartorárias com a sua cobrança.

Por outro lado, a ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL não comprovou que


está de posse dos cheques n° SA000167, SA000168 e SA000169 que foram dados pela
autora à ré TURAZUL VIAGENS LTDA em pagamento da viagem contratada em
05/05/2010, conforme recibo n° 000865, não havendo comprovação de que a AGILIZA
FOMENTO MERCANTIL é credora dos mesmos, razão pela qual o seu pedido de
condenação ao pagamento da quantia relativa a tais títulos de crédito é improcedente.

Por fim, o pedido formulado pela autora no evento 79 de aplicação da multa


fixada na medida liminar de evento 55 à ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL não
merece prosperar, uma vez que a ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL foi intimada
para cumprimento da medida liminar no dia 27/07/2010, conforme evento 71, e o
protesto discutido já havia sido lavrado em 01/07/2010, conforme documento de evento
79, não havendo que se falar em descumprimento da medida liminar por parte da ré
AGILIZA FOMENTO MERCANTIL.

II — DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, HOMOLOGO o pedido de desistência formulado pela autora


no evento 116, para fins do parágrafo único do art. 158 do Código de Processo
Civil, JULGANDO, em conseqüência, EXTINTO O PROCESSO, SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 267, VIII, do Código de Processo
Civil, em face do réu WEGETOURS.

Em seguida, nos termos do art. 269, 1, do Código de Processo Civil, JULGO


PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos formulados pela autora
para condenar a ré TURAZUL VIAGENS LTDA a lhe devolver os cheques n° SA000166,
SA000167, SA000168 e SA000169, no valor unitário de R$ 1.409,70, descritos no
recibo n° 000865, no prazo de 15 (quinze) dias ou, na impossibilidade, pagar à autora o
seu equivalente em dinheiro, no importe total de R$ 5.638,80, quantia esta que deverá ser
atualizada de acordo com os índices da Corregedoria Geral de Justiça deste Tribunal e
acrescida de juros de 1% (um por cento) ao mês a partir da presente sentença.

JULGO, AINDA, PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido contraposto


formulado pela ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL, condenado a autora a pagar à
ré AGILIZA FOMENTO MERCANTIL a quantia de R$ 1.562,82, relativa ao cheque n°
SA000166, quantia esta que deverá ser atualizada de acordo com os índices da
Corregedoria Geral de Justiça deste Tribunal e acrescida de juros de 1% (um por cento) ao
mês a partir da presente sentença.

Confirmo a medida liminar concedida no evento 55, devendo ser cancelado,


definitivamente, o protesto lavrado em desfavor da autora no 2° Tabelionato de
Protestos de Belo Horizonte, determinado a expedição de ofício para esta Serventia
para que seja cancelado o protesto lavrado no livro n" 3471, folha n 42, conforme
documentos de evento 79.

O não cumprimento voluntário das obrigações, no prazo de 15 dias, ensejará a


incidência da multa prevista no art. 475-J do CPC, considerando-se as partes intimadas
desta penalidade quando da intimação da sentença.

Sem custas e honorários advocatícios nesta fase, por força do art. 55 da Lei n°
9.099, de 1995.

P.R.I.

Belo Horizonte, 12 de abril de 2011.

Viviane Queiroz da Silveira Cândido

Juíza de Direito Substituta


Juizado Especial das Relações de Consumo

Comarca de Belo Horizonte

SENTENÇA

Processo n°: 9047607.92.2010.813.0024

Vistos, etc.

Dispensado o relatório, conforme autorizado pelo artigo 38 da Lei n°. 9099, de 1995,
passo à fundamentação:

I- FUNDAMENTAÇÃO:

Trata-se de ação declaratória de nulidade e inexigibilidade de título com


indenização por danos morais, proposta por GERALDA INICIA MOREIRA em face de
AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA.

Narra a autora que no dia 30.04.2010, celebrou contrato de prestação de serviços


junto a uma agência de turismo em que adquiriu dois pacotes de viagem para as netas.
Afirma que pagaria o valor total de R$ 3.448.00 (três mil quatrocentos e quarenta e oito
reais), sendo R$ 1.078,48 (mil e setenta e oito reais e quarenta e oito centavos) e duas
parcelas de R$ 1.185.00 (mil cento e oitenta e cinco reais) pagas através da emissão
de dois cheques pré-datados. Aduz que a viagem estava marcada para junho de 2010
e que no mês de maio de 2010 obteve a informação de que a empresa de turismo
.via encerrado suas atividades. Alega que como não houve a prestação do serviço
contratado, resolveu sustar os cheques. Sustenta que no dia 02.08.2010 recebeu uma
notificação do 2° Tabelionato de Protestos de Títulos informando que a ré distribuiu
para protesto um dos cheques dados em pagamento. Assevera que não contratou
qualquer negócio jurídico com a ré e que a apresentação do título para protesto se deu
em evidente má fé. Afirma ter sofridos inúmeros transtornos, pelo que pleiteia a
declaração de nulidade e inexigibilidade do cheque em questão; declaração definitiva
do protesto em questão. bem como indenização por danos morais. Pede ainda a
concessão de justiça gratuita.

Devidamente citada, a ré apresentou contestação, aduzindo que o título objeto da


lide foi cedido a ela através de endosso. sendo dispensável a notificação ao devedor.
Sustenta a aplicação do princípio da inoponibilidade das exceções pessoais por se
tratar de terceiro de boa fé. Alega não ter praticado qualquer ato ilícito, pugnando pela
improcedência dos pedidos iniciais. Apresentou pedido contraposto, pedindoa
condenação da autora ao pagamento da quantia de R$ 2.370,00 (dois mil trezentos'
setenta reais) relativo aos cheques n°. 000192 e 000193, acrescidos da quantia de R$
135,78 (cento e trinta e cinco reais e setenta e oito centavos) referente às despesas
cartorárias.

Do caderno probatório destaco contrato de prestação de serviços; recibo de


pagamento e certidão de distribuição de protesto.

Eis os fatos.

Quanto ao direito, é incontroversa a aplicação do Código de Defesa ao


Consumidor ao presente caso, estando o requerido e a autora, respectivamente,
investidos na qualidade de fornecedor de serviços e de consumidor.

Isso porque ainda que inexista relação jurídica entre as partes, o defeito ne
relação de consumo não afeta somente o consumidor, mas também terceiros estranhos
à mencionada relação, conforme prevê o artigo 17, da Lei n°. 8.078, de 1990.

Assim, em se verificando a condição de terceiro prejudicado, a autora deve sei


equiparada ao consumidor, merecendo, portanto, tutela das normas consumeristas.

Analisando os autos, verifico que no dia 30.04.2010 a autora contratou con -


empresa de turismo pacote de viagem, tendo efetuado o pagamento de um valor à viste
e mais dois cheques pré-datados no valor de R$1.185,00 (mil cento e oitenta e cincc
reais), cada.

Constato que a empresa de turismo contratada encerrou suas atividades, fazendc


com que a autora sustasse os cheques emitidos.

Observo ainda que em agosto/2010, a requerida encaminhou a protesto para o 2'


Tabelionato de Protestos de títulos de Belo Horizonte, um dos cheques emitido pela
autora.

Importante esclarecer que o cheque, como título de crédito que é, reveste-se da:
características de autonomia e abstração. Uma vez endossado, em razão de sua livr(
circulação, incide o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais.

O aludido princípio prescreve que é inoponível ao portador de boa-fé as exceçõe:


pessoais decorrentes do negócio jurídico que deu causa à emissão do título. Ou seja,
discussão da causa debendi, só é admissível entre as partes diretamente ligadas a(
negócio que originou o título cambiário, não podendo prejudicar terceiros de boa-fé.
Nesse sentido, pacífica é a jurisprudência:

DECLARATÓRIA - NULIDADE DE TÍTULOS - CHEQUES -PRINCIPIO bA


AUTONOMIA DO ENDOSSO - BOA-FÉ DO ENDOSSATÁRIO - NULIDADE -
IMPOSSIBILIDADE.

O cheque é título autônomo, que se desliga do negócio de que se originou, e


quando transferido seu domínio a endossatário de boa-fé, descabe ação
declaratória para anular o título em poder do terceiro, em função do princípio da
autonomia do endosso. O princípio da inoponibilidade de exceções pessoais ac
terceiro de boa-fé garante ao portador do cheque a segurança na aquisição de
tal título de crédito, quando colocado em circulação, não podendo o devedor
opor-se ao endossatário, uma vez que este exerce direito próprio, que não pode
ser atingido por vícios existentes em relações jurídicas havidas entre OE
anteriores possuidores do título e o seu emitente. (TJMG. Apelação Cível n.`
1.0118.05.003174-9/001, Décima Primeira Câmara Cível, Rel. Des. Duarte de
Paula, j. 19.09.2007). (grifei).

No caso em apreço, denoto que a ré não participou do contrato de prestação dE


serviço firmado entre a autora e a empresa de turismo, tendo recebido o cheque de boa
fé, pois não há qualquer prova de que a ré tivesse conhecimento do desacordc
comercial que acarretou a sustação do título. Assim, a existência de contrato originário
não pode ser alegada ao terceiro de boa fé.

Dessa forma, tenho que a ré não praticou qualquer ato ilícito ao cobrar o chequE
n°. AA 00192 que lhe foi transmitido por endosso, rão podendo ser responsabilizada
pelos alegados danos morais.

Ao se tornar credora do cheque endossado pela empresa de turismo, a requerida


e tornou credora do aludido título e partir daí, pode adotar as medidas necessárias.
para o recebimento de seu crédito, conforme preceitua o artigo 188, I, do Código Civi
de 2002 e o protesto é levado a efeito para se resguardar direitos face ao coobrigado.

Logo, a ré encaminhou a protesto o cheque da autora por ser credora do mesmo


Ressalto que a autora não alegou qualquer vício na emissão do título e todos os.
resultados danosos foram causados exclusivamente pela sustação deste.

Assim, a ré é terceira de boa fé e contra ela não pode ser oposta a exceção dE
não pagamento, pois passou a ser credora do título, não havendo qualquer prova dE
que obteve a satisfação de seu crédito.

Portanto, diante dos argumentos acima expostos, conclui-se que a ré nãc


praticou qualquer ato ilícito. sendo inarredável a improcedência do pedido dE
indenização por danos morais.
Da mesma forma, não há que se falar em declaração de nulidade oV
inexigibilidade de título.

Por fim, quanto ao pedido contraposto formulado pela ré, constato que não há
nos autos, qualquer comprovação de que a ré tenha recebido o pagamento do cheque
n°. AA 000192, sendo indubitavelmente, credora do mesmo.

Todavia, no que se refere ao cheque n°. AA00193, não há comprovação de que o


referido título tenha sido efetivamente endossado para a requerida. Portanto, como não
há comprovação de que a ré é credora do aludido cheque, o pedido contraposto nesse
ponto deve ser rejeitado.

Sendo assim, o pedido contraposto deve ser julgado parcialmente procedente


para condenar a autora ao pagamento da quantia de 1.185,00 (mil cento e oitenta e
cinco reais) relativo ao cheque n° AA 000192 acrescido das despesas cartorárias com
--sua cobrança no valor de R$ 135,78 (cento e trinta e cinco reais e setenta e oito
centavos).

Por fim, ante a existência de declaração de pobreza firmada pela autora, o pedido
de justiça gratuita merece ser acolhido, a teor da Lei n°. 1.060, de 1950

II- DISPOSITIVO:

Ante o exposto, julgo improcedentes os pedidos iniciais, resolvendo o mérito nos


termos do artigo 269, I, do Código de Processo Civil.

Julgo ainda, parcialmente procedente o pedido contraposto formulado pela ré,


nos termos do artigo 269, I, Código de Processo Civil para condenar a autora ao
j_gamento da quantia de R$ 1.320,78 (mil trezentos e vinte reais e setenta e oito
centavos), que deverá ser corrigida monetariamente de acordo com os índices da
Corregedoria Geral de Justiça do eg. TJMG e acrescido de juros de 1% ao mês a partir
do ajuizamento da ação.

Concedo a autora o benefício da assistência judiciária.

Sem custas e honorários, na forma do artigo 55 da Lei n. 9.999 de 1995.

P. R. I .

Belo Horizonte, 02 de maio de 2011.

Marina Rodrigues Brant


Juíza de Direito Substituta
AA ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
mar nei.
RODRIGO FERREIRA DE PAULA - OAB/MG 92.691
EXMO. SR . DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA
DE CORONEL FABRICIANO/MG.

PROCESSO: 0194 11 003688-7


AÇÃO: DECLARATÓRIA
AUTOR: AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA
RÉU: AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA

AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA, já qualificado nos autos do


processo em epígrafe, vem à presença de V. Exa., apresentar IMPUGNAÇÃO à,
contestação e documentos de fls. 27/65. o que faz mediante os seguinteí3
argumentos fáticos e jurídicos

DO MÉRITO

Trivial dizer-se, que embora o Autor não tenha participado de uma


relação direita com a Ré, o caso presente configura relação de consumo,
enquadrando-se naquele conceito plástico de consumidor por equiparação. Segundo
ensinamentos doutrinários,

(...) o art. 29 supera, portanto, os estritos limites da definição jurídica de consumidor


para imprimir uma definição de política legislativa. Para harmonizar os interesses
presentes no mercado de consumo, para reprimir eficazmente os abusos do poder
econômico, para proteger os interesses econômicos dos consumidores finais, o
legislador colocou um poderoso instrumento nas mãos daquelas pessoas (mesmo
agentes econômicos) expostas às práticas abusivas. Estas, mesmo não sendo
"consumidores stricto sensu", poderão utilizar as normas do CDC, seus princípios,

Av. Magalhães Pinto, 233, sala 110, Centro - Coronel Fabriciano/MG - CEP 35.170-096
E-mail: rodrigoferreira.adv@uol.com.br - Tel.: (31) 3841-4471
2) Amer
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RODRIGO FERREIRA DE PAULA - OAB/MG 92.691
sua ética de responsabilidade social no mercado, sua nova ordem pública, para
combater práticas comerciais abusivas. (Comentários ao Código de Defesa do
Consumidor, 2' ed. SP: RT. 2005 p.451, Cláudia Lima Marques).

Por conseguinte, antes de rebatermos as alegações da Ré e


mostrarmos a sua elevada culpa, é imperioso que, em se tratando de relação de
consumo, seja considerada a inversão do ônus da prova, previsto no art. 6° do CDC
e requerido na peça inicial .

Mesmo ciente da inversão do ônus da prova, a Ré não as apresentou,


pois ciente está. que estas seriam prejudiciais a sua defesa.

Nota-se que nenhuma prova foi anexada pela Ré , comprovando que


adquiriu os cheques da empresa RHAJAN através de operação de factoring, não
comprovando, assim, sua condição de terceiro de boa-fé.

Não pode ser aplicado o princípio da inoponibilidade das exceções


pessoais, pois a Ré estava ciente de que a RHAJAN não entregou as mercadorias
que o Autor comprou e pagou com os cheques 000638, 000639. 000640 e 000641.

Portanto a ré estava ciente (f. 15), que os cheques que estava


indevidamente protestando, foram sustados pelo Autor, devido a não entrega das
mercadorias compradas da RHAJAN.

Com isso, encontra o Autor, respaldo no artigo 25 da Lei 7.357, in


verbis:
Art. 25 — Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao
portador exceções fundada em relações pessoais com o emitente, ou com os
portadores anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em
detrimento do devedor.

Por conseguinte, o protesto é indevido, devendo ser cancelado, bem


como deve a Ré ser condenada a indenizar o Autor pelos danos morais sofridos.

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TJMG
Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais

jurnçA De v carAr4aA

U NIDADE JURISDICIONAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA COMARCA DE CORONEL FAIIRICIANO

Autos: 0036887-63.2011.8.13.0194
Requerente: Augusto Costa de Oliveira
Requerida: Agiliza Fomento Mercantil Ltda
Juizado Especial de Coronel Fabriciano/MG.

SENTENÇA

Cuidam os autos de ação declaratória de inexistência de débito cumulada com


indenização por dano moral, em que o autor requer a condenação da requerida nos
termos da inicial.
A requerida apresentou contestação, na qual pugnou pela improcedência dos
pedidos iniciais.
Em síntese, o que importa.
Compulsando detidamente os autos, tenho que os pedidos iniciais não
merecem ser acolhidos.
A negativação do nome do autor se deu em razão do não pagamento de quatro
cheques recebidos, ao portador, pela requerida, alegando, contudo, o requerente que
não mantinha nenhuma relação contratual com a mesma.
Ocorre que o cheque possui autonomia em relação à causa que deu origem à
sua emissão, o que acarreta a inoponibilidade de exceções pessoais contra o
portador.
Neste sentido, leciona Fábio Ulhoa Coelho:
"O princípio da autonomia se desdobra em dois subprincípios - o da
abstração e o da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros
de boa-fé". (...)
O subprincípio da abstração é uma formulação derivada do princípio
da autonomia, que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a
relação, ato ou fato jurídicos que deram origem à obrigação por ele
representada; o subprincípio da inoponibilidade das exceções
pessoais aos terceiros de boa-fé, por sua vez, é, apenas, o aspecto
processual do princípio da autonomia, ao circunscrever as matérias
que poderão ser argüidas comidefesa pelo devedor de um título de

Página 1
TJMG
Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais

jurnçA DEI. DurrANcIA

UNIDADE JURISDICIONAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO

crédito executado". (In Manual de Direito Comercial, Saraiva, São


Paulo - SP, 2003, p. 231).

Ademais, caberia ao autor comprovar que o requerido recebeu o cheque de


má-fé, ônus do qual não se desincumbiu.
Dessa forma, lícita se mostrou a negativação do nome do requerente, tendo em
vista o não pagamento dos cheques, não havendo que se falar, portanto, em
indenização por danos morais.
Sobre a matéria, colaciono o seguinte julgado:

APELAÇÃO CÍVEL. COMERCIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


CHEQUE. AUTONOMIA CAMBIAL. LIVRE CIRCULAÇÃO.
PORTADOR. TERCEIRO DE BOA FÉ. INOPONIBILIDADE DE
EXCEÇÃO PESSOAL. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA.
- Em face da autonomia cambial dos títulos de crédito, se os cheques
não são emitidos nominalmente ou se não inutilizada a expressão
neles contidas "ou à sua ordem", ficam sujeitos à livre circulação, cujos
direitos neles incorporados se transferem, em sua totalidade, ao
portador de boa-fé.
- O cheque é título de crédito autônomo e abstrato, passível de livre
negociação e circulação, representando a obrigação nele constante, de
forma que, mesmo em poder de terceiro de boa-fé, descabida é a
explicitação do negócio que lhe deu origem, na medida em que cada
relação é autônoma e independente.
- Inoponíveis a terceiro de boa-fé as exceções de caráter pessoal do
devedor.
- Recurso improvido. Unânime.

(20080110400376APC, Relator OTÁVIO AUGUSTO, 6 4 Turma Cível,


julgado em 23/09/2009, DJ 30/09/2009 p. 88)

Quanto ao pedido contraposto formulado pelo réu, tenho que merece ser
acolhido, pois não há qualquer comprovação de que a ré tenha recebido o pagamento
dos cheques, n. 9- 000638, 000639, 000640 e 000641, sendo evidentemente, credora
do mesmo.
Isso posto e por tudo o mais que dos autos constam, julgo improcedentes os
pedidos iniciais e extingo o processo com resolução de mérito, nos termos do art.269, I
do CPC.
TJ MG
Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais

lumes DE 1. earrANaw

UNIDADE JURISDICIONAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO

Julgo procedente o pedido contraposto e condeno o autor a pagar à requerida


o valor de R$ 2958,00(dois mil novecentos e cinqüenta e oito reais), relativo aos
cheques de n. 2 000638, 000639, 000640 e 000641, devendo ser devidamente
corrigido pelos índices da Corregedoria Geral de Justiça e acrescida de juros de 1%
ao mês, contados a partir da audiência de f. 20.
Deverá a parte ré apresentar os originais dos cheques retro, no prazo de dez
dias, contados da presente decisão, para serem juntados aos presentes autos.
Sem custas e honorários advocatícios, nos termos do art.55 da Lei 9099/95.
Com o trânsito em julgado, em nada sendo requerido, procedam-se as devidas
anotações, e após, arquivem-se.
P.R.I.

Coronel Fabriciano, 24 de agosto de 2011.

C • UDIO AL DE SOUZA
Juiz de Direito

Página 3
II A ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
RODRIGO FERREIRA DE PAULA - OAB/MG 92.691
EXMO. SR . DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA
DE CORONEL FABRICIANO/MG.

PROCESSO: 0194 11 003688-7


AÇÃO: INDENIZAÇÃO
AUTOR: AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA
RÉU: AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA

AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA, já qualificada nos autos do


processo em epígrafe, por seu procurador in fine assinado, vem mui
respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 41 da Lei 9.099/95,
interpor RECURSO INOMINADO para a Turma Julgadora, requerendo que seja
recebido, por próprio, hábil e tempestivo, mandando-o processar, e após as
providências legais o remeta à instância ad quem, com as costumeiras homenagens.

O Autor requereu os benefícios da justiça gratuita.

Termos em que,

Pede deferimento.

Coronel Fabriciano/MG, 11 de setembro de 2011.

Rodrigo de Paula
OAB 92.691

Av. Magalhães Pinto, 233, sala 110, Centro - Coronel Fabriciano/MG - CEP 35.170-096 1
E-mail: rodrigoferreira.adv@uol.com.br - Tel.: (31) 3841-4471
IA ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
me/ Ie. RODRIGO FERREIRA DE PAULA - OAB/MG 92.691

EGRÉGIA TURMA RECURSAL

RECORRENTE: AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA


RECORRIDA: AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA
AUTOS: 0194 11 003688-7

RAZÕES RECURSAIS

DA TEMPESTIVIDADE E DO PREPARO

A sentença de fls. 69/71, que julgou improcedente os pedidos do Autor


e procedente o pedido contraposto, na ação em epígrafe, foi publicada no dia 01 de
setembro do corrente ano. Portanto, este momento é oportuno para interposição do
presente recurso, tendo em vista que o prazo legal de 10 (dez) dias finda nesta data
de 12 de setembro.

Assim, manejado hoje, inquestionável a tempestividade do presente


recurso, pelo que requer seja o mesmo conhecido e apreciado em todos os seus
termos.

O Autor requereu os benefícios da justiça gratuita

DO EFEITO SUSPENSIVO

O Recorrente, com a autorização legal do art. 43 da Lei 9099/95,


requer a concessão de efeito suspensivo ao presente Recurso Inominado, eis que

Av. Magalhães Pinto, 233, sala 110, Centro - Coronel Fabriciano/MG - CEP 35.170-096
E-mail: rodrigoferreira.adv@uol.com.br - Tel.: (31) 3841-4471
1.5 vingo Estado de Minas Gerais A°\
Justiça de 1 ° Instância
UNIDADE JURISIDICIONAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO
Processo n9 0194.08.094246-0
Requerente: CANEDO E CANEDO LTDA
Requerida: DOMINGOS APARECIDA DA SILVA

SENTENCA

Vistos etc.

Trata-se de ação de cobrança ajuizada por CANEDO E CANEDO LTDA em face de


DOMINGOS APARECIDA DA SILVA.
De pronto, analiso os pressupostos processuais subjetivos da relação processual em
apreço. Dentre estes, está a capacidade de ser parte, ou seja, "a personalidade judiciária:
aptidão para, em tese, ser sujeito da relação jurídica processual (processo) ou assumir uma
situação jurídica processual (autor, réu, assistente, excipiente, excepto etc")
Sobre o tema, prescreve o §39 do art. 267 do CPC que "o juiz conhecerá de ofício, em
qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da
matéria constante dos ns. IV, V e VI". No inciso IV do citado dispositivo estão, justamente, as
questões relativas à ausência de pressupostos processuais, dentre os quais se enquadra a
capacidade de ser parte.
No microssistema dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais, há normas específicas
concernentes à matéria.
Uma delas é a do art. 8 4 da Lei n. 9099 de 1995, que prescreve:

Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o
preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da
União, a massa falida e o insolvente civil. § 1 4 Somente as pessoas físicas
capazes serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial,
excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas.

Complementa tal dispositivo o art. 74 da Lei 123 de 2006, que dispõe:

Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de que trata


esta Lei Complementar o disposto no § 10 do art. 8o da Lei no 9.099, de 26
de setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6o da Lei no 10.259, de
12 de julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas capazes,

DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil — Teoria- esso e Processo de Conhecimento. 8 ed.
Salvador. Jus Podium, 2007, V. 1, p. 199.

Cláu de Souz
de Di "+
TJMG
Tribunal de Justiça do
Estado de Unas Gerais

Justiça de 1° Instância
UNIDADE JURISIDICIONAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO
passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o Juizado
Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas.

Entretanto, recentemente foi aprovado o Enunciado n. 2 1 do ENJESP III — III Encontro


dos Juízes de Direito dos Juizados Especiais do Estado de Minas que, interpretando o citado
art. 74 com o art. 3, § 42, VIII, da Lei Complementar 123 de 2006, estabelece:

A pessoa jurídica que exerça atividade de factoring e de gestão de créditos e


ativos financeiros não será admitida a propor ação perante o Sistema dos
Juizados Especiais (art. 3, §4 9, VIII, da Lei Complementar n. 2 123, de 14 de
dezembro de 2006).

Filtrando-se o caso vertente pelos fundamentos acima colacionados, vê-se que a


ação proposta esbarra em inarredável óbice da Lei n 2 9099/95: na qualidade da pessoa
jurídica demandante, que é pessoa jurídica de direito privado que não se inclui no regime
diferenciado estabelecido pelo Estatuto Nacional da Micro Empresa ou Empresa de Pequeno
Porte, sendo-lhe vedado figurar como parte ativa nos processos sob o rito da mencionada
lei. Ausente, portanto, pressuposto processual de validade para desenvolvimento do
processo.
Diante do exposto, cancelo a audiência designada e julgo extinto o processo sem
resolução do seu mérito, ao talante do art. 267, IV do CPC, c/c art. 51, IV da Lei 9.099 de
1995.
Sem custas e honorários advocatícios por força dos art. 54 e 55, da Lei n 2 9.099
de 1995.
P.R.I.
Transcorrido o prazo recursal, arquive-se, dando baixa no mapa mensal.

Intime-se. Cumpra-se.

Coronel Fabriciano, 27 de junho de 2011.

Cláudio Alv e Souza


Juiz de Direito

2
TJMG
Tribunal de Justiça do
Estado de Panas Geras

Justiça de 1° Instância
JUIZADOS ESPECIAIS OVEIS E CRIMINAIS DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO
CONCLUSÃO
Aos 16 de agosto de 2011
Faço estes autos conclusos ao MM. Juiz de Direito
Dr. Cláudio Alves de Souza
Escrivão do Cível, o subscrevi.

Processo n° 0055598-19.2011.8.13.0194

Vistos, etc.

Dispensado o e relatório, por força do art. 38, da Lei 9.099 de 1995.


Decido, motivadamente.
Presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, e não havendo nulidades
a sanar, passo ao exame do mérito.
Trata-se de ação de execução extrajudicial movida pela pessoa jurídica "Comercial
Ópticos Duarte Ltda."
Pela certidão juntada aos autos à f. 4, a exeqüente comprova sua condição de
microempresa; qualificação tributária necessária ao acesso das pessoas jurídicas ao Juizado
Especial.
É que, conforme orientação do enunciado n.° 135 do FONAJE "o acesso da
microempresa ou empresa de pequeno porte no sistema dos juizados especiais depende da
comprovação de sua qualificação tributária atualizada e documento fiscal referente ao
negócio jurídico objeto da demanda."
Necessário ressaltar que a necessidade da apresentação do documento fiscal não
afronta a executividade ou os princípios que norteiam o instituto dos títulos executivos, antes
está diretamente atrelada ao enquadramento das empresas como ME ou EPP.
Com efeito, ao definir microempresa ou empresa de pequeno porte, a Lei
Complementar n.° 123 de 2006 o faz nos seguintes termos:
Art. 3° Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou
empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n 2 10.4.06, de 10 de janeiro de 2002,
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada,
aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00
(duzentos e quarenta mil reais);
II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela
equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta su 'or a R$ 240.000,00
(duzentos e quarenta mil reais) e igua erior a R$ 2.400. 00 (dois milhões e
quatrocentos mil reais). grifei
TJMG
Traxarial de Juslipt *dl;
Estede de Riem Gerais
Justiça de 1° Instância
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO

E continua a lei, no parágrafo primeiro do artigo acima, explicando de onde se extrai


os valores basilares ao enquadramento, que, uma vez, extrapolado, culmina na perda da
condição de ME ou EPP e consequentemente na ausência da qualidade que permite o acesso a
esta unidade jurisdicional:
§ 1 ° Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o
produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as
vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Desta feita, a venda ou o serviço não documentado devidamente desembocará na


impossibilidade de verificarão dos limites quantitativos a que estão sujeitas a ME e a
EPP, mascarando a qualificação tributária, causando prejuízos incalculáveis ao erário
público e por fim à população.
Assim, diante da ausência do documento fiscal, a extinção do processo é medida que
se impõe.
Isto posto, indefiro a inicial e determino a extinção do processo sem resolução do
mérito, na forma dos artigos 267, I c/c 283 e 284 do Código de Processo Civil.
Sem custas e honorários advocatícios por força do art. 55, da Lei 9.099 de 1995.
Autorizo, outrossim, o desentranhamento dos documentos acostados nos autos,
devendo a parte exequente retirá-los no prazo de 10 dias, mediante apresentação de
documento de identificação. Vale salientar que os referidos documentos deverão ser
substituídos por cópia e recibo nos autos.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Após, esgotados os prazos recursais, arquive e dando-se baixa no mapa mensal.
Coronel Fabriciano, 16 de agos • de 2011.

Cláudio e Souza
Juiz de/Direito
Y,3
TJ M G
Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais
Justiça de la Instância
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA COMARCA DE CORONEL FABRICIANO

CONCLUSÃO
Aos 21 de setembro de 2011
Faço estes autos conclusos ao MM. Juiz de Direito
Dr. Claudio Alves de Souza
Escrivão do Cível, o subscrevi.

Processo n° 0036887-63.2011.8.13.0194

Vistos etc.

Recebo o recurso, pois presentes os pressupostos


recursais e os requisitos de admissibilidade. Mas o faço
apenas no efeito devolutivo, pois não há risco de dano
irreparável ao recorrente, conforme art. 43 da Lei n°
9.099/95.

Vista à parte recorrida para contrarrazões.

Após, Remetam-se os presentes autos à Turma


Recursal dos Juizados Especiais, na Comarca de Ipatinga/MG.

Coronel Fabriciano, 21 de setembro de 2011.

Clau o Alve de Souza


Ju de Dir
Copello • Gomes
O ADVOGADOS ASSOCIADOS

Exmo. Sr. Juiz de Direito do JuiiTdo-Fyspecial Cível da Comarca de Coronel Fabriciano


/MG

Autos n° 0194.11.003.688-7

JESP C IV . CIM . CEL . FAB . 023328 1 0/OUT/11


AGILIZA FOMENTO MERCANTIL LTDA., já qualificada nos autos
da Ação em epígrafe, que lhe move, Augusto Costa de Oliveira, vem, por seus procuradores
ao final assinados, apresentar CONTRARRAZÕES ao RECURSO INOMINADO
interposto pelo Autor, pelas razões anexas.

Nestes termos, pede deferimento.

Belo Horizonte, 6 de outubro de 2011.

Clélio ..me Juliano Copello de Souza


OAB/MG 86. OAB/MG 102.572

Vitor Biccas Massoli


OAB/MG 130.237

Av. Luiz Paulo Franco. 500 • 10° andar • Belvedere • Belo Horizonte • MG • CEP 30320-570 • www.copellogomes.adv.br • Tel.: (31) 3245-4510

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