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07/12/2021 10:10 Classificação das Contas Contábeis - Prof.

Mário Jorge - Curso e Apostila Preparatória para o Exame do CFC

Classificação das Contas


Contábeis
PROF. MÁRIO JORGE  17 DE JANEIRO DE 2019  COMENTE!  EXAME DE SUFICIÊNCIA

     

Hoje o objetivo aqui é falar sobre a Classificação das contas Contábeis. E porque falar sobre isso?

Muitos alunos, no exame, tem dificuldade para resolver aquelas questões que mencionam uma relação de
contas contábeis, e pedem para efetuar a classificação.

Então me mandam perguntas do tipo: Professor essa conta aqui, é do Resultado, é do Ativo, é Despesa, é
Receita?.

Essas dúvidas ficam sempre na cabeça do aluno, e por isso resolvi fazer esse post, essa videoaula, para
poder ajudar.

A primeira coisa que temos que pensar é o seguinte: Não tem como decorar um plano de contas, não dá pra
decorar todas as contas. O que precisamos fazer é entender a definição das contas, e entender as operações
contábeis que estão sendo registradas.

A partir do momento que você entende a natureza das contas e entende que operação é aquela que está
sendo contabilizada, você consegue classificar as contas envolvidas de uma maneira muito simples, muito
fácil.

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Para resolver isso o que precisamos fazer é ir para o conceito, e esse conceito está lá na NBC TG Estrutura
Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Isso mesmo, precisa entender a
NBC TG, não tem outro jeito.

Na verdade, em contabilidade não tem como você decorar nada, você precisa entender os conceitos, e esses
conceitos estão no conjunto s de Normas Contábeis, por isso é extremamente importante a leitura e
compreensão das NBC TGs.

Na sequência então vamos olhar os principais tópicos da NBC TG Estrutura Conceitual para a Elaboração e
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro que trata das definições das contas, e vamos tentar detalhar,
explicar cada um desses tópicos de uma maneira mais simples.

Elementos das demonstrações contábeis


4.2  As demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros
eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas características
econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis. Os
elementos diretamente relacionados à mensuração da posição patrimonial e financeira no balanço patrimonial
são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração
do desempenho na demonstração do resultado são as receitas e as despesas. A demonstração das mutações
na posição financeira usualmente reflete os elementos da demonstração do resultado e as alterações nos
elementos do balanço patrimonial. Assim, esta Estrutura Conceitual não identifica qualquer elemento que seja
exclusivo dessa demonstração.

As principais demonstrações contábeis estão refletindo as variações patrimoniais através da classificação das
contas contábeis em grupos e subgrupos, nessas demonstrações. O item menciona os grandes grupos do
Balanço Patrimonial, ou seja, Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. As contas que são classificadas nesses
grupos são conhecidas como contas patrimoniais.

O item fala também sobre as contas que representam o desempenho da empresa, ou seja, as Receitas e
Despesas. Estas contas são classificadas na Demonstração do Resultado do Exercício, e são conhecidas
como contas de Resultado.

Coisas importantes que foram ditas neste item: Todas as Contas Patrimoniais serão divididas em dois grandes
grupos: Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.

As Contas Patrimoniais estão divididas em Ativas, Passivas e Patrimônio Líquido (contas do Balanço
Patrimonial), e as de Resultado em Receitas e Despesas (Demonstração do Resultado do Exercício)

4.3.  A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado envolve um


processo de subclassificação. Por exemplo, ativos e passivos podem ser classificados por sua natureza ou
função nos negócios da entidade, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos usuários para fins
de tomada de decisões econômicas.

Aqui está falando sobre as subclassificações, tais como: Disponibilidades, Créditos, Curto Prazo, Longo
Prazo, Ativo Fixo etc.

Posição patrimonial e financeira


4.4.  Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os
ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:

(a)ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que
fluam futuros benefícios econômicos para a entidade;

(b)passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera
que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos;

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(c)patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus
passivos.

A partir deste item nós devemos entender o que vamos considerar como contas do Ativo, contas do Passivo e
Contas do Patrimônio Líquido

Normalmente aprendemos da faculdade que Ativo são Bens e Direitos, Passivo são Obrigações e Patrimônio
Líquido é a diferença entre Ativos e Passivos.

Isso não está errado obviamente, mas é uma definição muito simplória. As vezes essa definição muito simples
pode nos levar a algum equívoco (vamos ver mais a frente), então é importante entender as definições
exatamente como estão na NBC TG.

ATIVO
4.5.  As definições de ativo e de passivo identificam suas características essenciais, mas não procuram
especificar os critérios que precisam ser observados para que eles possam ser reconhecidos no balanço
patrimonial. Desse modo, as definições abrangem itens que não são reconhecidos como ativos ou como
passivos no balanço patrimonial em função de não satisfazerem os critérios de reconhecimento discutidos nos
itens 4.37 a 4.53. Especificamente, a expectativa de que futuros benefícios econômicos fluam para a entidade
ou saiam da entidade deve ser suficientemente certa para que seja observado o critério de probabilidade do
item 4.38, antes que um ativo ou um passivo seja reconhecido.

Neste momento a NBC TG está dando a definição e as características do que são os elementos patrimoniais,
Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, mas está deixando claro que não está esclarecendo sobre o
reconhecimento. O que isso quer dizer? Quer dizer que um item pode ser definido, identificado como Passivo
por exemplo, mas pode não ter todos os requisitos para ser reconhecido no Balanço Patrimonial como
Passivo, por exemplo: uma contingência, é uma possível obrigação proveniente de evento passado, mas
ainda falta algum acontecimento para termos a certeza de que necessitará a saída de recursos para a sua
liquidação.

Resumindo este item, você pode identificar um item, uma conta como sendo Ativo ou Passivo, mas para
reconhecê-los, contabilizá-los é necessário que tenhamos certeza absoluta da entrada ou saída de recursos
econômicos futuros.

4.6.  Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar
para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para sua forma legal. Assim, por
exemplo, no caso do arrendamento mercantil financeiro, a essência subjacente e a realidade econômica são a
de que o arrendatário adquire os benefícios econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da sua
vida útil, em contraprestação de aceitar a obrigação de pagar por esse direito valor próximo do valor justo do
ativo e o respectivo encargo financeiro. Dessa forma, o arrendamento mercantil financeiro dá origem a itens
que satisfazem à definição de ativo e de passivo e, portanto, devem ser reconhecidos como tais no balanço
patrimonial do arrendatário.

Desde 2008/2009, a partir da internacionalização das normas contábeis, a contabilidade trabalha com o
conceito da Essência sobre a Forma. 

O Arrendamento Mercantil exemplifica bem essa questão da Essência sobre a Forma, pois você não tem a
propriedade do bem, mas tem todo o controle sobre este bem e todos os seus benefícios, portanto apesar de
não ser de propriedade da empresa, tem as características de ativo, e deve assim ser contabilizado.

Um adendo neste item, a partir de 01.01.2019 não existe mais a separação do Arrendamento Mercantil em
Operacional e Financeiro. A partir de 2019, para o arrendatário, só existe o conceito de Arrendamento
Mercantil, ou seja, contratos que são ou contém Arrendamento Mercantil.

É extremamente importante que você entenda os novos conceitos de Arrendamento Mercantil, antes de fazer
o próximo Exame de Suficiência. Gravamos duas videoaulas sobre esse tema, veja aqui

4.8.  O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou
indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode ser
produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade. Pode também ter a

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forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou pode ainda ser capaz de reduzir as saídas de
caixa, como no caso de processo industrial alternativo que reduza os custos de produção.

Aqui a norma está apenas esclarecimento que o benefício futuro de que se refere a definição de ativo, não
necessariamente é dinheiro. O benefício pode vir através da produção, se estivermos falando de uma
máquina (ativo) por exemplo.

4.10.  Os benefícios econômicos futuros incorporados a um ativo podem fluir para a entidade de diversas
maneiras. Por exemplo, o ativo pode ser:

(a)usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviços a
serem vendidos pela entidade;

(b)trocado por outros ativos;

(c)usado para liquidar um passivo; ou

(d)distribuído aos proprietários da entidade.

Esclarecendo o item:

Na letra “a” seria um imobilizado por exemplo.

Na letra “b”, podemos imaginar um Contas a Receber, que na sequência é trocado por um caixa (dinheiro).

Na letra “c” o beneficio do ativo é a diminuição de uma dívida, como o pagamento através da entrega de
dinheiro, ou até mesmo a entrega de duplicatas a receber a um fornecedor para pagamento da dívida.

Na letra “d” quando da saída de um sócio por exemplo, podemos pagá-lo entregando bens do ativo

4.11.  Muitos ativos, como, por exemplo, itens do imobilizado, têm forma física. Entretanto, a forma física não
é essencial para a existência de ativo. Assim sendo, as patentes e os direitos autorais, por exemplo, são
considerados ativos, caso deles sejam esperados que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade e
caso eles sejam por ela controlados.

Quando falamos de Ativo, que a gente não pense somente em ativo fixo, imobilizado, mas sim em um item
que traga beneficio futuro, que não necessariamente seja um item que tenha obrigatoriamente forma física.

4.12.  Muitos ativos, como, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão associados a direitos legais,
incluindo o direito de propriedade. Ao determinar a existência do ativo, o direito de propriedade não é
essencial. Assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento mercantil será um ativo, caso a entidade
controle os benefícios econômicos que são esperados que fluam da propriedade.

Este item reforça o entendimento do item 4.6

4.13.  Os ativos da entidade resultam de transações passadas ou de outros eventos passados. As entidades
normalmente obtêm ativos por meio de sua compra ou produção, mas outras transações ou eventos podem
gerar ativos. Por exemplo, um imóvel recebido de ente governamental como parte de programa para fomentar
o crescimento econômico de dada região ou a descoberta de jazidas minerais. Transações ou eventos
previstos para ocorrer no futuro não dão origem, por si só, ao surgimento de ativos. Desse modo, por
exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à definição de ativo.

As transações passadas de que trata o item, não quer dizer apenas compra e produção mas pode ser outros
eventos tais como doação por exemplo, porém se for apenas uma intenção de doação, não podemos
considerar como ativo ainda.

PASSIVO
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4.15.  Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma obrigação
presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar uma dada tarefa de
certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de contrato ou de exigências
estatutárias. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por bens e serviços recebidos.
Entretanto, obrigações surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de
manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Desse modo, se, por exemplo, a entidade que
decida, por questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo
quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois da expiração do período da garantia, as
importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos constituem passivos.

Primeiro ponto importante neste item é que o Passivo deve ser obrigatoriamente uma Obrigação Presente.

Quando, neste item, é dito que “Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar
uma dada tarefa de certa maneira“, deixa claro que uma obrigação não gera necessariamente ou
obrigatoriamente o dever de pagamento, pois uma obrigação pode ser liquidada pela entrega de um bem
apenas, como por exemplo um adiantamento feito por um cliente (Adiantamento de Clientes – Passivo) para a
construção de uma máquina, a liquidação deste passivo será feita através da entrega da máquina.

Outro ponto importante neste item é com relação ao Passivo não ser obrigatoriamente uma obrigação de
forma legal, mas pode ser gerado um Passivo por uma política mercadológica adotada pela empresa por
exemplo.

4.16.  Deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente e compromisso futuro. A decisão da
administração de uma entidade para adquirir ativos no futuro não dá origem, por si só, a uma obrigação
presente. A obrigação normalmente surge somente quando um ativo é entregue ou a entidade ingressa em
acordo irrevogável para adquirir o ativo. Nesse último caso, a natureza irrevogável do acordo significa que as
consequências econômicas de deixar de cumprir a obrigação, como, por exemplo, em função da existência de
penalidade contratual significativa, deixam a entidade com pouca, caso haja alguma, liberdade para evitar o
desembolso de recursos em favor da outra parte.

Importante neste item: Intenção não gera nada na contabilidade, o que gera lançamentos contábeis são
ações, eventos, ou seja, algo concretizado, por isso tanto na definição de Ativo quanto de Passivo menciona
“eventos Passados”, lembrando que passado pode ser a um minuto atrás.

Quando se fala de um acordo irrevogável, ou uma intenção irrevogável, aí sim podemos considerar a
existência de um Passivo, pois o caráter irrevogável deixa claro que a obrigação já é líquida e certa.

4.18.  Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a aquisição de bens
e o uso de serviços dão origem a contas a pagar (a não ser que pagos adiantadamente ou na entrega) e o
recebimento de empréstimo bancário resulta na obrigação de honrá-lo no vencimento. A entidade também
pode ter a necessidade de reconhecer como passivo os futuros abatimentos baseados no volume das
compras anuais dos clientes. Nesse caso, a venda de bens no passado é a transação que dá origem ao
passivo.

4.19.  Alguns passivos somente podem ser mensurados por meio do emprego de significativo grau de
estimativa. No Brasil, denominam-se esses passivos de provisões. A definição de passivo, constante do item
4.4, segue uma abordagem ampla. Desse modo, caso a provisão envolva uma obrigação presente e satisfaça
os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu montante tenha que ser estimado. Exemplos
concretos incluem provisões para pagamentos a serem feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor
e provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria.

A provisão é uma obrigação presente, fruto de um evento passado, cujo valor ou data de liquidação ainda não
temos certeza. Nós gravamos algumas videoaulas sobre conceitos, contabilizações e exemplos de
Provisão, veja aqui

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
4.20.  Embora o patrimônio líquido seja definido no item 4.4 como algo residual, ele pode ter subclassificações
no balanço patrimonial. Por exemplo, na sociedade por ações, recursos aportados pelos sócios, reservas
resultantes de retenções de lucros e reservas representando ajustes para manutenção do capital podem ser
demonstrados separadamente. Tais classificações podem ser relevantes para a tomada de decisão dos
usuários das demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza sobre a
capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus recursos patrimoniais. Podem

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também refletir o fato de que determinadas partes com direitos de propriedade sobre a entidade têm direitos
diferentes com relação ao recebimento de dividendos ou ao reembolso de capital.

Resumidamente Patrimônio Líquido é tudo o que devemos para os sócios, ou seja, o Capital social mais tudo
o que foi gerado de resultado durante a sua existência.

O Patrimônio Líquido então é composto de Capital Social + Reservas

CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS NO
BALANÇO, SEGUNDO OS PRAZOS.

As contas de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido são classificadas no ativo considerando-se o critério de
prazo, ou seja, Curto Prazo, Longo Prazo ou Sem Prazo.

No Curto prazo vamos classificar tudo o que vence até o final do exercício seguinte ou o ciclo operacional,
dos dois o maior.

No Longo Prazo será tudo o que vence após o exercício seguinte ou ciclo operacional dos dois o maior.

E os grupos sem prazo, no Ativo, são: Imobilizado, Intangível e Investimentos, porque não foram adquiridos
com a intenção de realizá-los em dinheiro, ou seja, não tem prazo de realização. No Passivo o grupo que não
tem prazo é o Patrimônio Líquido, pois representa a dívida para com os sócios.

QUESTÕES RESOLVIDAS SOBRE


CLASSIFICAÇÃO DE CONTAS
(Q.9 – 01/11)

Uma entidade apresenta, em 31.12.2010, os seguintes saldos de contas:

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No Balanço Patrimonial, o saldo do Ativo Circulante é igual a:

a) R$24.300,00.

b) R$25.000,00.

c) R$27.200,00.

d) R$27.600,00.

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Sobre algumas contas

Ações em Tesouraria: Referem-se a ações da sociedade que foram adquiridas pela própria sociedade. As
operações com as próprias ações estão previstas no art. 30 da Lei no. 6.404/76

Ajustes de Avaliação Patrimonial (saldo devedor): Esta conta foi introduzida pela Lei 11.638/07, com o
objetivo de registrar a contrapartida dos aumentos ou diminuições contabilizadas nas contas Ativas e

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Passivas, em função da avaliação destas ao Valor Justo, antes de computar esses aumentos e diminuições
no resultado do exercício conforme o regime de competência.

Despesas Pagas Antecipadamente: São despesas cujos benefícios  ou prestação de serviços tem início
após o período de contratação e pagamento, como por exemplo Apólice de Seguros com vigência de 12
meses. Mesmo que a apólice venha a ser paga parceladamente, a apropriação da despesa será feita pelo
prazo do contrato, que é o prazo do benefício, e não pelas parcelas pagas.

(Q.03 – 01/12)

Uma sociedade empresária apresentou o seguinte Balancete de Verificação em 31.1.2012:

Considerando os dados do Balancete de Verificação, assinale a opção CORRETA.

 a) O Ativo Circulante totaliza R$519.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$237.500,00.

b) O Ativo Circulante totaliza R$519.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$242.000,00.

c) O Ativo Circulante totaliza R$489.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$242.000,00.

d) O Ativo Circulante totaliza R$489.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$267.500,00.

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Apenas para melhorar a explicação, vamos comentar algumas contas, em relação a sua classificação, a
saber:

Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa: Trata-se de uma conta redutora da conta
Duplicatas a Receber. Refere-se ao reconhecimento da possível perda no recebimento de duplicatas,
baseada em histórico existente nos últimos três exercícios.

Mútuo com Partes Relacionadas: De forma bem geral, refere-se a transações de empréstimo entre
empresas que participam do mesmo frupo econômico, ou na situação em que uma detem o controle de outra.
Este é um esclarecimento bem simplista, pois o objetivo aqui é simplesmente a classificação da conta no
Balanço Patrimonial. Para um entendimento mais profundo do tema é necessário buscar a legislação e as
normas pertinentes.

Ajuste de Avaliação Patrimonial: Refere-se ao ajuste feito quando da Avaliação do Ativo Imobilizado ao seu
Valor Justo. Esta conta é registrada diretamente no Patrimônio Líquido.

PERFOMANCE
4.25.  Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:

(a)receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de
recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio
líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;

(b)despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de
recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio
líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.

Esclarecendo a letra “a”

Receita tem relação com a definição de Ativo. Lá dizíamos que ativo tem a característica de trazer benefício
futuro. Quando esses benefícios se realizam, ou seja, quando entram na sociedade, aumenta o seu
Patrimônio, dando origem a receita. Por outro lado uma receita também pode provocar um aumento do ativo,
quando por exemplo é feita uma venda a prazo, gerando um contas a receber. A redução do Passivo também
pode gerar uma receita, quando por exemplo uma obrigação é anistiada.

Na última frase “…que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos
patrimoniais“, pode gerar alguma dúvida, mas aqui está explicando a afirmação anterior de que toda receita
aumenta o Patrimônio Líquido, mas nem todo aumento de Patrimônio Líquido é uma receita. Se os sócios
aumentarem o Capital (contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais), estaremos aumentando o
Patrimônio Líquido, mas aumento de Capital Social não é receita.

Esclarecendo a letra “b”

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As despesas representação redução de benefícios, e isso pode ser através da contratação de despesas, da
diminuição de um ativo, quando vendemos um imobilizado com perdas por exemplo, ou também por
assunção de dívida, quando por exemplo a empresa assume o pagamento de multas e juros sobre um
contrato.

Análogo a Receita, toda Despesa reduz o Patrimônio Líquido, mas nem toda redução de Patrimônio Líquido é
uma despesa, haja vista a distribuição de dividendos (que não estejam relacionados com distribuições aos
detentores dos instrumentos patrimoniais.) que reduz o Patrimônio Líquido aumentando o Passivo

4.27.  As receitas e as despesas podem ser apresentadas na demonstração do resultado de diferentes


maneiras, de modo a serem prestadas informações relevantes para a tomada de decisões econômicas. Por
exemplo, é prática comum distinguir os itens de receitas e despesas que surgem no curso das atividades
usuais da entidade daqueles que não surgem. Essa distinção é feita considerando que a origem de um item é
relevante para a avaliação da capacidade que a entidade tem de gerar caixa ou equivalentes de caixa no
futuro. Por exemplo, atividades incidentais como a venda de um investimento de longo prazo são improváveis
de voltarem a ocorrer em base regular. Quando da distinção dos itens dessa forma, deve-se levar em conta a
natureza da entidade e suas operações. Itens que resultam das atividades usuais de uma entidade podem
não ser usuais em outras entidades.

Para exemplificar o que está sendo dito neste item, vamos olhar abaixo uma DRE

Um forte abraço, a gente se vê nos próximos posts.

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