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Curso de

Apresentação
das
Demonstrações
Contábeis e o
SPED)

2.017
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 2

Lúcio Tomaz

Formado em Ciências Contábeis, com Especialização em Metodologia de Ensino,


Contador, com especialização em Planejamento Tributário com ênfase em MBA,
Instrutor/Palestrante/Professor; Congressista nas áreas Tributária, Societária, Jurídica e
Contábil; Articulista de sites Jurídicos e Contábeis.

Sumário

1) Preparativos de Encerramento do Exercício Social.............................................................03


2) 07 dicas para um bom Encerramento de Exercício Social..................................................06
3) As mudanças no Cenário Contábil até a Lei nº 12.973/2.014..............................................09
4) Princípios Fundamentais da Contabilidade e a NBC TG nº 1.000.......................................58
5) ECD (Escrituração Contábil Digital) ......................................................................................90
4) ECF (Escrituração Contábil Fiscal) .....................................................................................122
5) Referências Bibliográficas....................................................................................................192

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I – Preparativos para o Encerramento do Exercício Social

Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento


do Balancete de Verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e
conferir sua exatidão.

No Balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer


Patrimoniais quer de Resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos.

TIPO DE CONTAS

PATRIMONIAIS RESULTADO
GRUPOS

ATIVO PASSIVO RECEITAS DESPESAS

DEMONSTRAÇÕES

BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO


RESULTADO DO
EXERCÍCIO

Conforme se pode observar na figura acima, fato da prática de análise das


Demonstrações Contábeis estar predominantemente focada no Balanço Patrimonial e na
Demonstração do Resultado do Exercício, explica-se pelo motivo de que tais Demonstrações
apresentam de forma clara e objetiva toda a perspectiva patrimonial e de resultado da empresa,
o que resulta em uma boa relação de tempo, custo e benefício.

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As contas do Balancete, no fim do exercício, sejam Patrimoniais ou de Resultado, nem


sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações
patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica
patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve.

Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor,


sem que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das Receitas e Despesas,
recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao
custo do período.

Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das Contas Patrimoniais e de


Resultado, na data do levantamento do Balanço, para que elas representem, em realidade,
os componentes do Patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício.

Reconhecimento:

Reconhecimento é o processo que consiste em incorporar na demonstração contábil um


item que atenda a definição de Ativo, Passivo, Receita ou Despesa e satisfaz os seguintes
critérios:

a) For provável que algum benefício econômico futuro referente ao item flua para
ou da entidade;

b) Tiver um custo ou valor que possa ser medido em bases confiáveis.

Probabilidade de benefícios econômicos futuros

O conceito de probabilidade é usado no primeiro critério de reconhecimento para se


referir ao grau de incerteza que os futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão de
ou para a entidade. As avaliações do grau de incerteza ligado aos fluxos de futuros benefícios
econômicos são efetuadas com base na evidência disponível quando as demonstrações
contábeis são elaboradas. Essas avaliações são efetuadas individualmente significativas e para
grupo ou população de itens individualmente insignificantes.

Anotações:
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Mensuração:

Trata-se de quantificar as unidades monetárias de um Ativo, um Passivo, uma Receita


ou uma Despesa. Comumente dois são os principais critérios aplicáveis no processo de
mensuração:

a) Custo Histórico: para os Ativos significa a quantidade de caixa ou equivalente de


caixa paga. Para os Passivos representa a quantidade de recursos que se espera que
sejam pagos para liquidar um passivo no curso normal;

b) Valor Justo: para os Ativos é o valor pelo qual um ativo ou passivo poderia ser trocado
entre partes independentes com reconhecimento do negócio e interessados em
realizá-lo, em uma transação em que não há favorecidos;

Anotações:___________________________________________________________________
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Exemplos de Mensuração e Reconhecimento:

Os Ativos e Passivos básicos são mensurados pelo custo histórico amortizado


deduzido de perda por dedução ao valor recuperável com exceção dos investimentos em ações
preferenciais e ordinárias não resgatáveis por decisão do portador que são negociados em bolsa
de valores que são avaliadas a valor justo.

Os Ativos não financeiros como imobilizadas pelo menor valor entre o custo depreciado
e o seu valor recuperável. Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o
preço de venda estimado menos as despesas de produção e venda.

Os Investimentos em coligadas e em empreendimentos controlados em conjunto (joint


ventures) quando não relevantes são mensurados a valor justo.

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Os Passivos não financeiros são mensurados pela melhor estimativa da quantia que
seria necessária para liquidar a obrigação.

Como e quando reconhecer??????

ATIVOS, PASSIVOS,
RECEITAS e DESPESAS Regime de Competência

Provável que benefícios econômicos futuros fluirão e que o


ATIVOS custo puder ser determinado de maneira confiável.

Seja provável que recursos sejam utilizados para liquidação


PASSIVOS e que possa ser mensurado de maneira confiável.

Quando houver aumento nos benefícios econômicos


RECEITAS futuros através de aumento de ativo ou redução de passivo
e possa ser mensurado de maneira confiável.
Quando houver redução nos benefícios econômicos
DESPESAS futuros através de diminuição de ativos ou aumento de
passivo e possa ser mensurado de maneira confiável.
MÉTODO Custo histórico, exceto quando outro for indicado.

Anotações:
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II – 07 Dicas para um bom Encerramento de Exercício Social

1ª) O mais importante é a apuração do


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

2ª) O conhecimento profundo de


CONTABILIDADE e LEGISLAÇÃO.

3ª) A Conciliação dos SALDOS


CONTÁBEIS.

4ª) A Verificação e adequações das


PROVISÕES.

5ª) O ENCERRAMENTO do RESULTADO


do EXERCÍCIO.

6ª) A elaboração das DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS.

7ª) A transcrição do
LIVRO DIÁRIO.

Anotações:
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1ª) O mais importante é a apuração do


BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.

Balancete de Verificação:

O primeiro passo para o fechamento do Balanço é o levantamento do Balancete de


Verificação, é através dele que iremos notar se há algo errado com nossa Contabilidade. O
Balancete é a ordenação das contas segundo a natureza de seus saldos, de um lado os saldos
devedores e de outro os saldos credores.

Os atuais sistemas de Contabilidade por processamento eletrônico de dados impedem o


levantamento do Balancete nos casos em que o somatório dos valores devedores não seja igual
ao dos valores credores. Deve-se identificar as diferenças e efetuar ajustes sempre que não
existir igualdade entre a soma dos valores devedores e a dos valores credores do Balancete.

Falta de Documentação para Contabilização:

Infelizmente é comum as empresas não receberem, em tempo hábil, toda a


documentação necessária ao fechamento do Balanço, principalmente os documentos que
suportam a contabilização de diversas operações bancárias. Deve-se insistir com as instituições
financeiras a fim de que elas forneçam a documentação relativa a juros, taxas e outras despesas
debitadas em conta bancária.

Na ausência da documentação pode-se efetuar as contabilizações, tendo por base os


valores constantes dos extratos de movimentação bancária e controles internos que assegurem
a origem e a natureza do valor a ser contabilizado, levando-se em conta a sua materialidade.

Diferenças Entre Saldos Devedores e Credores:

Para procurar eventuais diferenças entre saldos devedores e credores, pode-se seguir as
seguintes pistas:

a) Verificar a correta inclusão das contas segundo a natureza do saldo;


b) Verificar as somas efetuadas;
c) Verificar a inclusão dos lançamentos que movimentam grande número de contas (por
exemplo, os lançamentos da folha de pagamento);
d) Verificar nos lançamentos se a soma dos valores debitados corresponde à soma dos
valores creditados.

Anotações:
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III – Mudanças no Cenário Contábil até Lei nº 12.973/2.014

2ª) O conhecimento profundo de


CONTABILIDADE e LEGISLAÇÃO.

Relacionamento Contabilidade e Fisco:

Breve Histórico

A MP nº 627/13 convertida em Lei 12.973/2.014, antes de trazer novidades em relação a


temas ainda não desenvolvidos pela Legislação Tributária Brasileira, fez modificações em
normativos já existentes.

O primeiro dele foi o Decreto-Lei nº 1.598/77, aquele primeiro normativo que


regulamentou a Lei nº 6.404/76.

Até 12/07 foram 30 anos de influência do fisco sobre a contabilidade.

Um ano depois da Lei nº 6.404/76, houve a publicação do Decreto-lei nº 1.598/77,


integrando cálculo do imposto de renda com a contabilidade societária, mas com a
aplicação de regras fiscais na contabilidade.

Neste tempo a inflação elevada contribui para o atraso no desenvolvimento da


Contabilidade Brasileira.

A partir de 1.995 inicia-se um lento processo de modernização da Contabilidade


Brasileira (Projeto Lei nº 3.741/00), cujo o produto final (ou inicial) foi a lei nº 11.638/2.007.

Anotações:
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As Normas Internacionais da Contabilidade

Com o advento do Capitalismo como sistema econômico e político foi introduzida uma
radical mudança na maneira de organização da sociedade: passou-se do coletivismo ao
individualismo da economia de subsistência ao acumulo de capital e o teocentrismo ao
antropocentrismo. Estas mudanças aceleraram o desenvolvimento do Comércio e da Indústria,
onde as fronteiras geográficas foram sendo rompidas dentro do cenário histórico, especialmente
após o Renascimento.

Gradativamente foi-se percebendo que para dar sustentáculo à tamanha expansão


tornar-se-ia indispensável uma ferramenta de controle do patrimônio que estava para ser gerado
pelas companhias cada vez maiores. Neste momento que efetivamente a Contabilidade atinge a
sua maior relevância dentro do contexto da humanidade. As multinacionais rompem todas as
barreiras e limites e buscam seus consumidores em todas as partes do planeta. Nasce aqui à
necessidade de uma linguagem padrão, única e compreensível a todos.

Com as Companhias cada vez maiores e presentes em muitos países, sendo


necessário reportar suas Demonstrações Contábeis às suas matrizes, tornou-se que uma
missão impossível fazer tudo isso dentro de realidades totalmente distintas entre si.

Foi com o Acordo de Capitais de Basiléia II que se deu o primeiro passo rumo a uma
harmonização de normas internacionais. Percebe-se aqui a força do Sistema Financeiro
Internacional, que por sua vez, dá o passo decisivo na concretização de algo em comum, uma
maneira única, uma linguagem universal.

Antes de efetivamente fazer referências às Normas Internacionais de Contabilidade é


importante destacar alguns pontos à compreensão de tal processo.

Primeiro é mister destacar que ao longo da história da humanidade foram gerados dois
grandes segmentos de interpretação contábil.

Aspectos históricos:

“CODE LAW “ “COMMON LAW “

O primeiro CODE LAW, do qual o Brasil fazia parte, possui um modelo muito voltado à
questão legal, onde os principais usuários são os credores e o Governo, sedimentando-se
prioritariamente dentro do aspecto legal, também conhecida de Contabilidade pró-fisco. Este
modelo possui suas raízes no mais antigo código que se tem registro o chamado Código de
MANU o qual mais tarde originou o famoso Código de Hamurabi que muito influenciou a
maneira de se fazer Contabilidade.

O segundo bloco COMMON LAW, é formado por países predominantemente europeus,


que possuem uma linha de reflexão complemente distinta do primeiro. Aqui, a forma é deixada
em segundo plano e o que passa a ser destacado é a essência sobre a forma. Onde a
interpretação possui muito mais relevância que a lei, e ainda, o principal usuário é o investidor e
possui seu berço inspiração a Inglaterra.

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A implantação e adoção do IFRS a nível internacional se inicia no ano 2.001, quando a


Comunidade europeia recomendou o seu uso a partir do ano 2.005, deixando assim um período
de adequação a tal modelo. No ano de 2.003 IASB (International Accounting Standards
Board) de Londres publicou o IFRS 01.

Seguir o modelo
americano (FASB) Seguir o modelo
europeu (IFRS)

No Brasil o processo de convergência às Normas Internacionais da Contabilidade é


de longa data, principalmente considerando as aspirações de determinados segmentos. Porém,
a tendência predominante durante muitos anos foi de aderir ao modelo americano o qual era
considerado o de melhor adequação da realidade brasileira, e, até mesmo por exigências das
grandes Companhias que reportavam suas Demonstrações dentro deste padrão.

Diversos fatores foram decisivos a adesão do Brasil ao modelo IFRS, especialmente


por força dos inúmeros escândalos provocados em Companhias Americanas, as quais revelaram
diretamente ao mundo a fragilidade do Modelo Americano. Outro fator predominante à adesão
de inúmeros países ao IFRS está diretamente ligado as questões econômicas, onde a economia
americana se encontrava em crise, enquanto a Comunidade Europeia mantinha-se em
crescimento constante. Foi um duelo, uma verdadeira queda de braço entre o Modelo
Americano (FASB) e o Modelo Europeu (IASB).

O projeto de Lei nº 3.741/2.000 foi o marco divisor demonstrando claramente a


intenção do Brasil em convergir suas demonstrações contábeis ao modelo proposto pelo IFRS.
Depois de decorridos aproximadamente sete anos foi que ocorreu a determinação legal de
adequação da Contabilidade Brasileira ao modelo denominado de IFRS – International
Financial Reporting Standards, fato este, apresentado a comunidade contábil através da lei nº
11.638/2.007. A praticidade para implantação se dá através da criação do Comitê de
Pronunciamento Contábeis (CPC), órgão ligado ao Conselho Federal de Contabilidade, o
qual ficou incumbido do objetivo de liderar a convergência das Normas Brasileiras de
Contabilidade para o IFRS.

A primeira reação da Classe Contábil foi de espanto diante das dificuldades de


interpretação dos conhecidos IAS´s ou no Brasil os CPC´s. Assim, diversos segmentos

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representativos da Classe Contábil manifestaram-se publicamente sobre o assunto, alguns


favoravelmente outros de maneira contrária, entre estes, o de maior expressão talvez seja o
saudoso Dr. Antônio Lopes de Sá, que teceu duras críticas ao modelo IFRS.

A adoção das Normas Internacionais de Contabilidade representa para os contabilistas


do Brasil uma verdadeira quebra de paradigmas, onde por centenas de anos a cultura contábil
encontrava-se fundamentada no direito positivo, agora se torna necessário rever tais conceitos e
pensar a contabilidade dentro da máxima fenomenológica da essência sobre a forma.

Ser a favor ou contra a cultura IFRS pouco importa no contexto em que o Brasil se
encontra, uma vez que, o caminho já pode ser considerado sem volta. O que se pode
argumentar é relativo aos principais motivos que levaram a tal decisão através de texto legal, o
que entre outros pode assim ser destacado:

Maior volume de
investimentos Exigência de
internacionais procedimentos padrões
únicos em nível mundial

Maior confiança nas


Demonstrações Contábeis
Captação de Recursos
com juros menores

Era necessário inserir o


Brasil no mercado
globalizado e competitivo, Diante do crescente
fato que aconteceu mercado de capitais, a
tardiamente. queda das fronteiras

Anotações:
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F-CONT e o RTT (Regime Transitório Tributário)

A finalidade deste regime era neutralizar os novos efeitos contábeis da Lei 11.638/2.007
e os artigos nº 37 e 38 da Lei nº 11.941/2.009, ou seja, que modificaram os critérios de
reconhecimento de receitas, custos e despesas computadas na escrituração contábil para a
apuração do lucro de exercício definido no artigo nº 191, da Lei nº 6404/76, não terão efeitos
para apuração do Imposto de Renda (IRPJ) Lucro Real e da Base de Cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica sujeita ao RTT,
devendo ser considerados para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31
de Dezembro 2.007.

Obrigatoriedade:

Estavam obrigados a entrega do FCONT, a pessoa jurídica que atendiam,


cumulativamente, dois requisitos (do artigo 7º da IN RFB nº 949/2.009):

a) Seja tributada com base no Lucro Real;

b) Tenha optado pelo regime tributário de transição – RTT.

A elaboração do FCONT é obrigatória, mesmo no caso de não existir lançamentos com


base nos métodos, critérios diferentes daqueles descritos pela legislação tributária, baseado nos
critérios contábeis vigentes em 31 de Dezembro de 2.007.

Escrituração Comercial a Escrituração Comercial


partir da Lei nº critérios vigentes até
11.638/2.007. 31/12/2.007.

Área Comum das duas


escriturações

“ FCONT “

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Cruzamentos DIPJ x LALUR x FCONT

FCONT

DIPJ LALUR

SPED CONTÁBIL

Transição das Duas Contabilidades

A contabilidade passou a ter critérios refinados de registros das receitas e despesas:


AVP – Ajuste a Valor Presente, AVJ – Ajuste a Valor Justo, Depreciação, Arrendamento
Mercantil, Teste de Recuperabilidade – IMPAIRMENT e etc.

O Fisco se manifestou na Lei nº 11.941/09, criando o RTT com o objetivo de


“NEUTRALIDADE FISCAL”, para calcular IR, CSLL, PIS e COFINS valeriam métodos e critérios
vigentes em Dezembro/2.007.

Tendo sua entrada em vigor (deveria ser em 2.010), quanto sua extinção (deveria
ser em 2.015), a lei usou o artificio da opção do regime (?)

Quadro ilustrativo do RTT – Regime Tributário de Transição

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Quadro Resumo histórico

Apuração no Resultado

“ CONTABILIDADE = SUBJETIVA “
(Emoção)

“ FISCO = OBJETIVO “
(Razão)

Até 2.007 2.008 à 2.014 A partir de 2.015

Forte influência fiscal na Contabilidade pela Lei nº Contabilidade pela Lei nº


operação do resultado contábil 6.404/76 e as Alterações 6.404/76 e as Alterações

LALUR X X

Fisco pela Lei nº 6.404/76 Fisco pela Lei nº 6.404/76 com


Original e RTT (F-Cont) as Alterações + Lei nº
12.973/2.014, E-LALUR (ECF)

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Mecânica das Apurações do Resultado

Antes da Lei nº 11.941/09 Lei nº 11.941/09 (RTT) Lei nº 12.937/2.014


(RTT)

Livro Contábil Livro Contábil Livro Contábil


(Padrão 2.007) (Padrão IFRS) (Padrão IFRS)

Livros Fiscais Livro Fiscais Livro Fiscais


Ajustes (LALUR) Ajustes (FCONT) Ajustes (e- IRPJ / ECF)

Lucro Livro Contábil Lucro


Tributável (Padrão 2.007) Tributável

Livro Fiscais
Ajustes (LALUR)

Lucro
Tributável

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Matérias tratadas pela Lei 12.973 de 14 de Maio de 2.014:

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 18

Vigência da Lei 12.973 de 14 de Maio de 2.014 (MP 627/2.013):

A Lei 12.793/2.014 (MP 627/2.013) entra em vigor em 1º de janeiro de 2.015.

Art. 119. Esta Medida Provisória entra em vigor em 1º de janeiro de 2.015, exceto os
artigos 3°, 72 a 75 e 93 a 119, que entram em vigor na data de sua publicação.
§ 1º Aos contribuintes que fizerem a opção prevista no art. 75, aplicam-se, a partir de 1º de
janeiro de 2.014:
I - Os artigos 1° e 2° e 4° a 70; e
II - As revogações previstas nos incisos I a VI, VIII e X do caput do art. 119.
§ 2º Aos contribuintes que fizerem a opção prevista no art. 96, aplicam-se, a partir de 1º de
janeiro de 2.014:
I - Os arts. 76 a 92; e
Até 2.014 aplica-se o RTT (Neutralidade da Lei 11.941/2.009)

Art. 64. Para as operações ocorridas até 31 de dezembro de 2.013, para os optantes
conforme art. 75, ou até 31 de dezembro de 2.014 para os não optantes, permanece a
neutralidade tributária estabelecida nos arts. 15 e 16 da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2.009, e
a pessoa jurídica deverá proceder, nos períodos de apuração a partir de janeiro de 2.014, para
os optantes conforme art. 75, ou a partir de janeiro de 2.015 para os não optantes, aos
respectivos ajustes nas bases de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP
e da COFINS, observado o disposto nos arts. 66 e 67. (Vigência)

Exceções:

1: Em vigor na data da publicação:

- Art. 93 (Parcelamento especial) e arts. 93 a 100;

- Dividendos, JCP e MEP dos arts. 72, 73 e 74

2: Opcionalmente, o disposto nos arts. 1° e 2° e 4° a 70 (ajustes de IFRS) em 2.014 (Lei


12.973/2.014 art. 75)

Apenas até 2.013 aplica-se o RTT (Neutralidade da Lei 11.941) (art. 76 § 1º)

3: Opcionalmente, o disposto nos arts. 76-92 (Lucros no Exterior) em 2.014 (Lei


12.973/2.014 art. 96)

Art. 96. A pessoa jurídica poderá optar pela aplicação das disposições contidas nos arts.
76 a 92 desta Lei desta para o ano-calendário de 2.014.
§ 1º A opção de que trata o caput será irretratável e acarretará a observância de
todas as alterações trazidas pelos arts. 76 a 92 a partir de 1º de Janeiro de 2.014.
§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil definirá a forma, o prazo e as
condições para a opção de trata o caput.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 19

§ 3º Fica afastado, a partir de 1º de Janeiro de 2.014, o disposto na alínea “b” do §1º,


no § 2º e no § 4º do art. 1º da Lei nº 9.532, de 10 de Dezembro de 1.997, e no art. 74 da
Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2.001, para as Pessoas Jurídicas que
exerceram a opção de que trata o caput.
Anotações:
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Opção em 2.014 pela Aplicação dos artigos 1° e 2° 4° a 70 e arts. 76 a 92 da Lei 12.973 de


2.014

Os arts. 1º e 2º e 4º a 70 da Lei nº 12.973 de 2.001; e

Os arts. 76 a 92 da Lei nº 12.973 de 2.014.

As opções são independentes e deverão ser manifestadas na Declaração de Débitos e


Créditos Tributários Federais (DCTF) referente aos fatos geradores ocorridos no mês de Agosto
de 2.014 redação dada pela IN RFB 1.484 de 31 de Julho de 2.014.

No caso de início de atividade ou de surgimento de nova pessoa jurídica em razão de


fusão ou cisão, no ano-calendário de 2.014, as opções de que trata o caput deverão ser
manifestadas na DCTF referente aos fatos geradores ocorridos no 1º (primeiro) mês de
atividade.

As opções serão irretratáveis e acarretarão a observância, a partir de 1º de Janeiro de


2.014
O exercício ou cancelamento da opção de que trata este artigo não produzirá efeito
quando a entrega da DCTF ocorrer fora do prazo

(Instrução Normativa RFB nº 1.469, de 28 de Maio de 2.014 DOU de 29.5.2.014).

Opção pelos Efeitos da Lei 12.973/2.014 em 1° de Janeiro de 2.014

A pessoa jurídica poderá optar pela aplicação das disposições contidas nos arts. 1° e 2°
e 4° a 70 desta Lei para o ano-calendário de 2.014, observado o seguinte: (art.75 da Lei nº
12.973/2.014):

a) a opção será irretratável e acarretará a observância de todas as alterações


trazidas pelos arts. 1º e 2º e 4º a 70 e os efeitos dos incisos I a VI, VIII e X do caput do art.
117 da Lei nº 12.973/2.014 a partir de 1º de janeiro de 2.014.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 20

b) a Secretaria da Receita Federal do Brasil definirá a forma, o prazo e as


condições da opção de que trata o a letra “a” acima.

Quadro Resumo da opção de adoção

2.013 RTT (Regime Transitório Tributável) aplicável.

Optante: Antecipa os efeitos da lei nº 12.973/2.014 para o


ano-calendário 2.014 (Extinção do RTT).

Anos- 2.014 Não optante: Manutenção do RTT para 2.014.


Calendários
Opção pela antecipação dos efeitos será irretratável,
formalização, prazo e condições a serem definidos pela RFB.

Dispositivos da Lei nº 12.973/2.014 aplicáveis (extinção do


RTT) inclusive para os não optantes.
2.015
Exceções aplicáveis para alguns dispositivos.

Anotações:
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Adoção Inicial: 2.014 ou 2.015:

A Lei 12.973/2.014 estabeleceu que a adesão ao novo regime (em 1°/01/2.014 para os
optantes e em 1°/01/2.015 para os não optantes) implicará à conciliação de valores contábeis
dos ativos e dos passivos existentes na contabilidade do contribuinte.

Havendo diferença positiva entre os saldos mantidos pelos patrões contábeis


internacionais e os saldos mantidos pelo antigo padrão contábil, esta deverá ser adicionada
ao IRPJ e a CSLL no momento da adesão, salvo se o contribuinte mantiver o controle de
subcontas dos ativos, dos ativos, nos termos da regulamentação a ser editada pela Secretaria da
Receita Federal, caso em que a diferença positiva será adicionada à medida da realização dos
ativos e dos passivos.

Caso a diferença seja negativa, esta não será dedutível para IRPJ e CSLL, salvo se o
contribuinte mantiver controle em subcontas distintas situação em que tais valores
poderão ser deduzidos na medida da realização dos respectivos ativos e passivos.

Artigos 66 e 67 da Lei 12.973/2.014.

O disposto nos artigos 64 a 67 será disciplinado pela Secretaria da Receita Federal do


Brasil, que poderá instituir controles fiscais alternativos à evidenciação contábil de que tratam os
arts. 66 e 67 e instituir controles fiscais adicionais. (Artigo 68 da Lei 12.973/14).

Anotações:
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Vigência e Adoção Inicial da Lei nº 12.973 de 2.014


Saldos do RTT em 31/12/2.013 e 31/12/2.014

Optante Não Optante

Adição em Janeiro 2.014 salvo se Adição em Janeiro 2.015 salvo se


houver evidenciação contábil dessa houver evidenciação contábil dessa
ATIVO diferença vinculada ao ativo para ser diferença vinculada ao ativo para ser
adicionada a medida de sua adicionada a medida de sua
realização. realização.
Diferenças
Positivas Não poderá ser excluído salvo se Não poderá ser excluído salvo se
houver evidenciação contábil dessa houver evidenciação contábil dessa
PASSIVO diferença vinculada ao passivo para diferença vinculada ao passivo para
ser excluída a medida de sua baixa ou ser excluída a medida de sua baixa ou
liquidação. liquidação.

Não poderá ser excluído salvo se Não poderá ser excluído salvo se
houver evidenciação contábil dessa houver evidenciação contábil dessa
ATIVO diferença vinculada ao ativo para ser diferença vinculada ao ativo para ser
excluída a medida de sua realização. excluída a medida de sua realização.

Diferenças
Negativas Adição em Janeiro 2.014 salvo se Adição em Janeiro 2.015 salvo se
houver evidenciação contábil dessa houver evidenciação contábil dessa
PASSIVO diferença vinculada ao passivo para diferença vinculada ao passivo para
ser adicionada a medida de sua baixa ser adicionada a medida de sua baixa
ou liquidação. ou liquidação.

Anotações:
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Permanência da Neutralidade Tributária

Para as operações ocorridas até 31 de dezembro de 2.013, para os optantes conforme o


art. 75, ou até 31 de dezembro de 2.014, para os não optantes, permanece a neutralidade
tributária estabelecida nos arts. 15 e 16 da Lei no 11.941, de 27 de maio de 2.009, e a pessoa
jurídica deverá proceder, nos períodos de apuração a partir de janeiro de 2.014, para os optantes
conforme o art. 75, ou a partir de janeiro de 2.015, para os não optantes, aos respectivos ajustes
nas bases de cálculo do IRPJ, da CSLL, da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS,
observado o disposto nos arts. 66 e 67.

Mas um fato que é inegável, é que do ponto de vista do FISCO, a ECD (Escrituração Contábil
Digital) e ECF (Escrituração Contábil Fiscal) vão desempenhar um papel formidável de
FUNCIONAMENTO nos seguintes princípios.

RASTREABILIDADE REALIZAÇÃO

ATENÇÃO:

Rastreabilidade na Escrituração Contábil Digital (ECD) e


Escrituração Contábil Fiscal (ECF):

RAS – Razão Auxiliar das SUBCONTAS (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido
pelo titular da escrituração). O livro Z um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do
livro Diário Auxiliar não se mostrar adequado.

É uma “tabela” onde o titular da escrituração define cada coluna e seu conteúdo. O artigo
1.185 do Código Civil estabelece que o empresário ou sociedade empresária que adotar o
sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro de Balancetes
Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para
aquele, bem como controle das SUBCONTAS.”

Anotações:
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Ótica da aplicação da Contabilidade Contemporânea

A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um


controle permanente do Patrimônio da empresa.

Contabilidade é um instrumento da função administrativa que tem como finalidade:

- Controlar o patrimônio das entidades;


- Apurar o resultado das entidades;
- Prestar informações sobre o patrimônio e sobre o resultado das entidades aos
diversos usuários das informações contábeis.

O Patrimônio empresarial não é estático, alterando-se a cada operação, e sabendo que o


volume de transações requer um controle próprio, da Contabilidade se exigirá que este trabalho
seja:

- Confiável: o usuário da informação tenha segurança nas informações fornecidas;


- Ágil: se não for apresentado em tempo hábil perde o sentido da informação;
- Elucidativo: cada usuário da informação tem um grau de conhecimento; identificá-
lo é primordial;
- Fonte para a tomada de decisão: nenhuma decisão que envolva negócios é
tomada a esmo.

A função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da contabilidade


para a tomada de decisões. Ressalta-se, entretanto, que, em nosso país, em alguns segmentos
de nossa economia, principalmente na pequena empresa, a função do contador foi distorcida
(infelizmente), estando voltada exclusivamente para satisfazer às exigências do fisco.

A principal finalidade da Contabilidade é fornecer informações sobre o Patrimônio,


informações essas de ordem econômica e financeira, que facilitam assim as tomadas de
decisões, tanto por parte dos administradores ou proprietários, como também por parte daqueles
que pretendem investir na empresa.

O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-


administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os
Municípios, e demais as Autarquias. O objetivo das Demonstrações Contábeis é oferecer
informação sobre a posição financeira (Balanço Patrimonial), o desempenho (Resultado) e fluxo
de caixa da entidade, úteis para a tomada de decisão por vasta gama de usuários que não em
posição de exigir relatórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares de
informação.

Anotações:
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Por isso propõe-se, a discussão do papel da Contabilidade na prevenção de ações


aéticas e a análise do impacto ocorrido na Legislação e nos procedimentos de controle
contra práticas de manipulação de dados contábeis após a grande divulgação de
escândalos que, inclusive, colocam em xeque as próprias empresas responsáveis pela
Auditoria Externa, que deveriam validar as informações contábeis divulgadas aos
usuários.

Contabilidade Criativa:

É a manipulação dos dados contidos nas Demonstrações Financeiras aproveitando-se


das omissões legais e ambigüidades contidas na forma de interpretação das referidas leis.

Segundo KRAEMER (apud Jameson, 1.988) “A Contabilidade Criativa é essencialmente


um processo de uso das Normas Contábeis, que consiste em dar voltas às Legislações
para buscar uma escapatória baseada na flexibilidade e nas omissões existentes dentro
delas para fazer com que as Demonstrações Contábeis pareçam algo diferente ao que
estava estabelecido em ditas Normas.”

Uma com mera estratégia contábil resultante de vasto conhecimento em determinada


matéria que permite um gerenciamento de resultados.

A outra como forma de interpretação, por sua vez, a considera uma manipulação
propriamente dita das Demonstrações Financeiras com a finalidade de transformar os dados
contábeis favoravelmente ao interesse dos manipuladores.

Assim sendo, apesar da Contabilidade Criativa, nomeação nova para o antigo


“EMBELEZAMENTO DE BALANÇO”, não ser uma prática legalmente caracterizada como
CRIME, é considerada fraudulenta e aética visto que prejudica a consistência e a credibilidade
das informações apresentadas aos usuários destas, como: Clientes, Fornecedores, Instituições
Financeiras, Acionistas, Empregados, Governo e Comunidade.

Ética Profissional

Considerando as definições elaboradas por conceituados autores da literatura contábil


e as disposições do Código de Ética do Contabilista, chega-se à conclusão de que a
Contabilidade Criativa não está de acordo com os objetivos reais da Contabilidade, visto
que não oferece aos usuários dos Relatórios Contábeis informações fidedignas que
seriam utilizadas para TOMADA DE DECISÃO por estes e, além disso, seria inadmissível
concordar com a manipulação de peças contábeis e sua posterior divulgação.

Esse posicionamento tem como propósito ressaltar a falta de ética envolvida nos
escândalos citados apesar de que, em alguns deles, as práticas cometidas não estavam
explicitamente condenadas pela Legislação vigente à época.

Assim, percebe - se que nem tudo que não está condenado pelos dispositivos
legais é ético, porém fica evidenciada a necessidade de preenchimento das lacunas
deixadas pelas normas a fim de atender a um anseio da sociedade por práticas mais
confiáveis e transparentes.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 26

Classificação e Estrutura do Balanço Patrimonial

Estruturação e Classificação de Grupos do Ativo

De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações (S.A.), as
contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez (capacidade de
pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas de acordo com o prazo das
exigibilidades.

Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um instrumento


contábil que indica em um determinado momento a situação financeira, econômica e patrimonial
de uma entidade e no qual as contas são classificadas nos seguintes grupos:

Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em dinheiro, no
prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível, realizável a curto prazo,
estoques e despesas antecipadas.

Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas de caixa,


bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no mercado aberto. Exemplo:
caixa, bancos e fundo de aplicação financeira.

Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até 12 (doze) meses.
Exemplo: impostos a recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-) perdas de estimativas de
liquidez de devedores duvidosa. Estas duas últimas contas representam contas retificadoras da
conta duplicatas a receber ou clientes e são classificadas no ativo, tendo saldos credores, por
isso são demonstradas com o sinal (-).

A PECLD é uma conta patrimonial representativa, por ser considerada uma fonte
de proteção contra o risco de crédito, fator inerente às atividades de financiamento. Além
disso, é importante destacar a possibilidade da sua utilização no gerenciamento de
resultados, dado ao elevado grau de discricionariedade utilizado pela gestão
e consequentemente facilitando a manipulação dos dados contábeis.

De acordo com o referido CPC, se existir evidência objetiva de que se tenha incorrido
em perda no valor recuperável de contas a receber, essa quantia é medida pela diferença entre
a quantidade contabilizada e o valor do fluxo de caixa estimado, excluindo-se as perdas de
créditos futuros que ainda não incorreram e que sejam resultado de um ou mais eventos
ocorridos após o reconhecimento inicial do ativo financeiro.

Perdas futuras esperadas que ainda não ocorreram, a partir de então não podem mais
ser reconhecidas por meio de estimativas, é preciso que o evento tenha efetivamente ocorrido
para que possa ser registrada a referida perda (CPC 38).

No entanto, conforme documento de controle interno do CFC (pronunciamento


85/2.012), a metodologia de cálculo tem por base uma média percentual dos recebimentos
ao longo dos três últimos exercícios anteriores, do qual se inferirá o percentual de
inadimplência, a ser aplicado sobre o saldo final dos créditos a receber.

Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo com a atividade da
entidade. Exemplo: produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas e
mercadorias.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 27

O Pronunciamento estabelece em seu item 9, que os estoques devem ser


mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável, dos dois o menor.

O valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e
localização atuais, ou seja, além de incluir o preço de compra, deve incluir os impostos de
importação e outros tributos (não recuperáveis pela Entidade), custos de transporte, seguro,
manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes são deduzidos na
determinação do custo de aquisição (item 10, CPC 16 R).

Com relação aos critérios de valoração dos estoques, o Pronunciamento esclarece


que podem ser aumentados pelo método específico PEPS (“Primeiro que entra, primeiro
que sai”) ou custo médio ponderado. A redução do valor de custo dos estoques para o valor
realizável líquido visa atender o princípio de que os ativos não devem ser escriturados por
valores superiores aos que se espera realizar com a sua venda ou seu uso. As estimativas do
valor realizável líquido são baseadas nas evidências mais confiáveis disponíveis no momento em
que são feitas e levam em consideração a finalidade para a qual o estoque é mantido. Por
exemplo, o valor realizável líquido da quantidade de estoque mantido para atender contratos de
venda ou de prestação de serviços é baseado no preço do contrato.

Anotações:
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Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente que serão


consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. Exemplo: seguros a
vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

Ativo Não Circulante

Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão recebidos após o término
do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Exemplo: duplicatas a receber (+12 meses),
aluguéis a receber e contas a receber. Independente do prazo, ainda são classificadas neste
grupo, de acordo com a Lei nº 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios,
adiantamentos à acionistas, empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc.
Compreende os bens fixos necessários para que a entidade alcance seus objetivos. Divide-se
nos subgrupos: investimentos, imobilizado e intangível.

Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por finalidade o objetivo
principal da entidade. Exemplo: imóveis para aluguel, terrenos para expansão, ações em outras
empresas, participação em empresas coligadas, participação em empresas controladas e obras
de arte.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 28

Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais que servem de


meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem depreciação, os
bens imateriais sofrem amortização e os terrenos sofrem exaustão. Exemplo: veículos, máquinas
e equipamentos, imóveis, embarcações, marcas e patentes e direitos autorais.

Conceito de Ativo:

“É um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual


se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade. “

O ativo é um recurso do qual a entidade possui controle e que se originou de resultados


e eventos passados e somente faz razão de existir porque dele a entidade espera receber
benefícios econômicos futuros.

Dos ativos se espera benefícios econômicos futuros, assim quanto mais um ativo tiver
potencial de gerar tais benefícios, maior será o seu valor. É possível associar os ativos à
geração de fluxos de caixas, os quais serão gerados pelo uso dos ativos ou pela sua liquidação.

Também é importante deixar claro que ativos podem ser tangíveis e intangíveis.

Monetários: Físicos:
Caixa; “Ativos Tangíveis “ Hardware;
Devedores; Equipamentos
Investimentos. Unidades de
Produção.

“Ativos Intangíveis “
Capital Capital de
Humano Relacionamento

Capital de
Estrutural

Bens tangíveis:

“São aqueles que podem ser tocados, que têm existência física, tais como
terrenos, edifícios, máquinas, instalações, e assim por diante. ”

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 29

Bens Intangíveis:

“São aqueles não monetários identificáveis sem substância física, o qual se


identificado quando for separável, ou seja, puder ser dividido ou separado da entidade e
vendido transferido, licenciado, alugado ou trocado individualmente ou junto com
contrato relacionado, ativo ou passivo; ou quando for proveniente de direitos serem
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
Características do Ativo Imobilizado:

Imobilizado são ativos tangíveis, corpóreos, que a entidade mantém para uso na
produção, ou fornecimento de bens e serviços para aluguel a terceiros ou para fins
administrativos e que espera que sejam utilizados durante mais de um período. Também são
considerados como imobilizados as propriedades para investimento cujo o valor não pode ser
mensurado de maneira confiável sem custo ou esforço excessivo pelo valor justo.

O reconhecimento de um imobilizado somente deve ser feito quando for provável que
algum benefício econômico futuro flua para entidade e tiver um custo ou valor que possa ser
medido em bases confiáveis, ou seja: quando a entidade assume os RISCOS, BENEFÍCIOS e o
CONTROLE do imobilizado, com ou sem a transferência da titularidade.

“Riscos “

“Benefícios “ “Controle “

Ativo de uma
entidade

Características Essenciais de um Ativo imobilizado:

1ª São Bens tangíveis.

2ª São Bens Corpóreos.


3ª São Bens em nome da empresa ou
entidade.

4ª Em uso da empresa ou entidade.

5ª Expectativa de utilização por mais


de um período.

6ª Haja expectativa de auferir benefícios


econômicos futuros.
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 30

BENS TANGÍVEIS

“BENS MÓVEIS “ “BENS IMÓVEIS “

São móveis os bens passíveis de remoção São imóveis os bens que não podem ser
sem danos, seja por força própria ou por força retirados de seu lugar natural (solo e subsolo)
alheia. Ou seja, objetos concretos, palpáveis, sem destruição ou dano, ou seja, aqueles que,
físicos, que não são fixos ao solo. para serem deslocados, terão de ser total ou
parcialmente destruídos (pois são fixos ao
Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, solo).
máquinas, estoques, animais (que possuem
movimentos próprios, semoventes), etc. Ex.: árvores, edifícios, terrenos,
construções, etc.

Anotações:
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A questão do valor, desde da Lei nº 6.404/76, assim era entendido:

“Ativo
Imobilizado “

Valor acima de Vida útil acima


R$ 326,61. de 1 período.

Com o advento da MP 627/2.013, convertida na Lei nº 12.973/2.014 a interpretação


ficou assim:

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 31

“Art. 15. O custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível
não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor
unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não
superior a um ano. “

“Ativo
Imobilizado “

Valor acima de Vida útil acima


R$ 1.200,00. de 1 período.

Anotações:
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Classificação das Contas do Ativo Imobilizado:

1 – Bens em operação: os bens que são imobilizados que já entram em operação de forma
direta logo após a sua aquisição;

2 – Imobilizações em andamentos: aplicações de recursos no imobilizado que ainda não


entraram em operação.

A segregação se faz necessária para análise das operações da empresa em


relação à apuração de índices e comparações entre a receita e ativo imobilizado.

Desta forma podemos estabelecer índices vinculados a operações de receitas e o ativo


imobilizado que está em operação.

Custo Contábil de Ativo Imobilizado, segundo o CPC nº 27:

a) "custo" é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de


qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou
construção, ou, ainda, se for o caso, o valor atribuído ao ativo quando inicialmente

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 32

reconhecido de acordo com as disposições específicas de pronunciamentos que não o


Pronunciamento Técnico CPC nº 27, objeto deste procedimento.

Custo de Ativo Imobilizado compreende:

1º) Seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e impostos não


recuperáveis sobre a compra, após deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

2º) Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

3º) Custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local no qual este está
localizado.
Tais custos representam a obrigação em que uma entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de o usar durante um determinado período para
finalidades diferentes da produção de estoques durante esse período.

Vejamos a seguir exemplos de custos diretamente atribuídos:

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

• Custos de benefícios aos empregados;


• Custos de preparação do local;
• Custos iniciais de frete e de manuseamento;
• Custos de instalação e montagem;
• Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente,
• Honorários profissionais, contratados para fazer funcionar o equipamento.

Peças de reposição, manutenção ou sobressalentes:

Quando adquirido em quantidade maior e de uso não imediato, deve ser contabilizado
inicialmente em Estoque de Material de Manutenção, e pelas requisições serem transferidos
para conta de Despesas de Manutenção.

Anotações:
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Exemplos de custos diretamente não atribuíveis são:

• Custos de Introdução de novo produto ou serviço;


• Custos de Propaganda e Atividades Promocionais;

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 33

• Custos de Administração dos negócios em novo local ou nova classe de clientes;


• Custos Administrativos;
• Custos Indiretos;
• Custos de Empréstimos.

Os custos acima a empresa ou a entidade deve reconhecê-los como despesa quando


eles forem incorridos.

Cessação da atribuição do custo no Ativo Imobilizado

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do Ativo Imobilizado cessa


quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item


não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes:

a) Custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas


condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está
sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;

b) Prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos


produtos do ativo é estabelecida; e

c) Custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da


entidade.

Anotações:___________________________________________________________________
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“Uma condição para continuar operando um item do ativo imobilizado (por exemplo, ônibus)
pode ser a realização de importantes inspeções regulares em busca de falhas,
independente das partes desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção
importante é efetuada, seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo
imobilizado como substituição caso os critérios de reconhecimento sejam atendidos.

Qualquer valor contábil do custo remanescente da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é
baixado. Isso é feito independemente do custo da inspeção relevante anterior ter sido
identificado na transação em que o item foi adquirido ou construídos. ”

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 34

Depreciação, Amortização e Exaustão

Os elementos que integram o Ativo Imobilizado têm período limitado de vida útil
econômica com exceção de terrenos e outros itens. Portanto o custo dos ativos imobilizados
deve ser alocado de maneira sistemática aos exercícios beneficiados por seu uso no decorrer de
sua vida útil estimada de acordo com seu uso na empresa.

O artigo nº 183, da Lei nº 6.404/76, estabelece:

“A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será


registrada periodicamente nas contas de: (também na Redação dada pela lei nº
11.941/2.009) ”

a) DEPRECIAÇÃO, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;

b) AMORTIZAÇÃO, quando corresponder à perda de valor do capital aplicado na


aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros
com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) EXAUSTÃO, quando corresponder à perda do valor decorrente da sua exploração,


de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados
nessa exploração.

Depreciação pela ótica contábil: O conceito contábil de depreciação é simples; Depreciação é


a parte do caixa investido na aquisição ou construção do ativo que não será recuperado com
caixa, quando da venda desse ativo.

Podemos constatar que a depreciação é o pedaço do caixa investido que precisa ser
recuperado pelo caixa a ser produzido pela atividade da empresa.

a) Valor depreciável: O valor depreciável, amortizável ou exaurível de um ativo


imobilizado é determinado pela diferença entre o custo pelo qual está reconhecido
na contabilidade deduzindo do valor residual. Este valor depreciável deve ser
apropriado ao resultado do período.

b) Valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada
exercício, e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve
ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento
Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

Métodos de Depreciação:

Com as alterações impostas pelo comitê de pronunciamento contábil, aprovado pela


comissão de valores imobiliários (CVM) alteram as regras do imobilizado. A nova forma
modifica os cálculos da depreciação do ativo imobilizado. Nesse novo tempo empresa deverá
primeiramente estipular por meio de cálculos os prazos estimados para depreciação, e informar
por meio estimativa o valor residual após a depreciação.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 35

De fato, o valor residual apurado é o valor que se espera obter na venda do bem.
Repiso a matéria no intuito de chamar a atenção ao tratamento dado a depreciação, após
alterações da Lei nº. 6.404/76 da pela Lei nº. 11.638/07 e MP nº. 449/08.

Com a leitura da lei observamos que o valor depreciável de um ativo é determinado


após a dedução de seu valor residual.

“Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso
imaterial para o cálculo do valor depreciável”. Seguindo por esse caminho, o nosso trabalho
não aborda o quesito valor residual devido a sua insignificância econômica.

Conforme leitura dos artigos 176, § 5º, inciso IV, alínea a, Art. 183, inciso V e § 2º,
alínea a, obtemos a informação que os principais critérios dos cálculos de depreciação devem
ser informados através de notas explicativas, que nos balanços, os elementos do ativo serão
avaliados conforme os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do
saldo.

A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada
periodicamente nas contas de depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos
que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência.

Do enunciado deduzimos que a depreciação é um fenômeno natural aplicado


exclusivamente aos bens que estão em atividade, que acarreta a diminuição dos valores dos
bens registrados no ativo imobilizado.

Tem como partida o desgaste ou a perda da utilidade, pelo uso ação da natureza e
obsolescência.

Observando por outro ângulo, deduzimos que se o bem não estiver em uso não sofrerá
depreciação, permanecendo os seus registros contábeis inalterados. Vale ressaltar que não
serão depreciados os seguintes bens registrados no ativo imobilizado:

1. Terrenos, salvo para os gastos com melhoramentos


2. Bens que aumentam o valor com o passar do tempo. Exemplo: obras de arte, etc.
3. Bens que são amortizados ou exauridos. Exemplos: Minas, lavouras, contratos,
direitos de propriedade, marcas e patentes.
4. Prédios e construções não alugados nem utilizados por seus proprietários na
produção, e por fim, temos aquele destinado para venda. É entendimento
remansoso na doutrina que os encargos oriundos da depreciação poderão de
contabilizados como custo ou despesa.

O divisor de águas está no fato que a depreciação dos ativos, aplicados na produção,
será contabilizada como CUSTOS, já para os demais bens a contabilização deverá ser feita em
contas de DESPESA OPERACIONAL.

Temos:

D- Despesas/custo de depreciação
C- Depreciação acumulada.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 36

O momento para o início da contabilização da depreciação é aquele em que o bem é


posto em funcionamento, até lá o bem fica contabilizado no ativo sem sofrer nenhuma
alteração de valor relacionado aos fatores de depreciação.

O método da depreciação deve espelhar o padrão pelo qual se espera consumir os


benefícios econômicos futuros do ativo, entre os principais métodos estão: linha reta (linear),
saldos decrescentes (soma dos dígitos), baseado no uso e unidades produzidas.

“Método Linear ou Quotas


Constantes “

“Método dos Saldos


decrescentes ou Soma dos
dígitos”

“Método das Horas


de Trabalho na Produção”

“Método das Unidades


Produzidas”

Anotações:
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Teste de Recuperabilidade dos Ativos – IMPAIRMENT

Segundo as novas normas a maioria dos ativos devem ser submetidos a redução do
valor recuperável:

Existindo a impossibilidade de avaliar item a item é permitido agrupar itens da mesma


linha que possuem utilizações similares desde que sejam produzidos e vendidos na mesma área
geográfica.

Por ocasião da publicação se ficar evidenciado que ouve uma valorização nos estoques,
e em período anterior, tiver sido realizada a redução por desvalorização, deve-se então reverte a
desvalorização.

Outros Ativos: Se, e apenas se, o valor recuperável do ativo for menor que seu valor
contábil, a entidade deve reduzir o valor contábil do ativo para o seu valor recuperável. Esta
perda por desvalorização deve ser reconhecida imediatamente no resultado a cada divulgação.

A avaliação do valor recuperável do ativo quando não for possível ser avaliada
individualmente a entidade deve fazê-la através da unidade geradora de caixa, onde pode ser
necessário fazer a mensuração utilizando-se da projeção de fluxos de caixa, até porque alguns
ativos não são capazes de gerar fluxos de caixa isoladamente.

Exceções dos ativos ao teste de recuperabilidade:

a) Tributos diferidos;
b) Ativos Financeiros tratados como instrumentos financeiros;
c) Propriedade de Investimentos avaliada pelo valor justo;
d) Ativos Biológicos ou Produtos agrícolas avaliados pelo valor justo;
e) Ativos provenientes de benefícios a empregados.

Anotações:
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Indicadores de desvalorização de um Ativo Imobilizado:

Redução sensível, além do esperado, no


valor de mercado do ativo.

O valor contábil do ativo líquido é maior


que o valor justo estimado.

Obsolescência ou
Dano físico de ativo.

Mudanças significativas que afetam o


ativo.

Informações internas (entidade) que


espelhem desempenho econômico pior
que o esperado.

O valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor


entre o valor justo menos as despesas para vender (valor líquido de venda) e o seu valor
de uso. Se qualquer um destes valores exceder o valor contábil, o ativo não sofre
desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor.

Anotações:
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O reconhecimento da perda por desvalorização para uma unidade geradora de caixa


deve ser realizado apenas se o valor recuperável da unidade for menor que o valor contábil da
unidade. A ordem de alocar a redução dos valores contábeis de diversos elementos
pertencentes a uma unidade geradora de caixa é: ágio por expectativa de rentabilidade
futura (goodwill).

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 39

A unidade geradora de caixa não deve ter seus valores reduzidos inferiores ao
seu valor líquido de venda, seu valor em uso (quando for possível determinar) e a zero.
Lembrando que o ágio sempre está ligado a algum ativo, assim ele somente poderá ser avaliado
conjuntamente com outro ativo, logo de unidade geradora de caixa.

O ágio adquirido através da combinação de negócios deve ser alocado a unidade


geradora de caixa que melhor reflita o uso da sinergia daquele. Quando não for possível
relacionar o ágio adquirido a uma unidade especifica, deve ser avaliada a entidade com um todo
ou até mesmo o grupo da entidade.

Fórmula de Fixação da Redução ao Valor Recuperável dos Ativos:

“Valor Justo – (despesas para venda) =


Valor líquido de venda “ “Valor de Uso “

Entre os dois resultados sempre


o MAIOR.

“ O valor líquido de venda deve ser “O valor de uso é o valor presente dos
considerado entre partes conhecedoras fluxos de caixa futuros que se espera
e interessadas. “ obter do ativo. “

Anotações:
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O objetivo dessa Norma é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus
valores de recuperação.

O valor contábil de um bem do Ativo Imobilizado ou de um grupo de bens idênticos do


Ativo Imobilizado deve ser revisado periodicamente a fim de avaliar se o valor recuperável
declinou para um nível abaixo do valor contábil.

O IMPAIRMENT deve ser realizado com base em laudos de engenheiros ou pode


ser feito diretamente por pessoal interno da empresa?????....

a) O teste de recuperabilidade pode ser feito diretamente por pessoas da empresa;


b) Não há nada que exija a realização de laudos externos;
c) Entretanto, deve haver documentação sobre o procedimento de realização desse
teste, mesmo que realizado internamente.

O valor contábil do ativo imobilizado deve ser revisado periodicamente e quando o valor
recuperável for menor que o valor contábil deve ser constituído provisão para perdas.

A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores


registrados no imobilizado, a fim de que sejam:

I - Registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de


interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação
desse valor; ou

II - Revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil


econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

O teste de recuperabilidade definido em norma específica do CPC nº 01 exige que a


entidade, periodicamente de seus ativos. Um ativo que está reconhecido no balanço, mas que
não possa ter fluxos de caixas futuros que recuperem o seu valor ou que não tenha indicações
que deem a ele uma garantia de recuperabilidade deverá ter seus valores reduzidos.

A Lei nº 6.404/76, parágrafo 3º, do artigo 183 determina que a companhia deve avaliar
periodicamente a recuperabilidade dos valores registrados no imobilizado e no intangível. Já a
doutrina contábil não faz a limitação do teste de IMPAIRMENT, logo ele se aplicaria a todos os
ativos indistintamente.

O CPC nº 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos – o qual se tornou


obrigatório através da Resolução CFC nº 1.110/07 determina que se os ativos estiverem
avaliados por valor superior ao valor recuperável por meio do uso ou da venda, será necessário
reduzir esses ativos ao valor recuperável através do reconhecimento de uma perda por
desvalorização no resultado.

Não existe uma regra rígida a ser adotada para o caso do imobilizado e do intangível,
porém o CPC nº 27 determina que a entidade deve aplicar o CPC nº 01 para fins desta análise.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 41

O que é preciso deixar claro que o objetivo da doutrina contábil é evitar que qualquer
ativo que figure no Balanço Patrimonial por valor acima do recuperável.

Exemplo prático:

A seguir será apresentado um caso prático o qual ilustrará principalmente os


lançamentos a serem realizados:

a) Reconhecimento inicial do ativo R$ 30.000,00;


b) Depreciação acumulada R$ 10.000,00;
c) Valor contábil R$ 20.000,00.

A entidade percebeu que o valor de mercado deste Ativo diminuiu


consideravelmente e assim irá fazer o teste de IMPAIRMENT.

Observe os laudos de Recuperabilidade – IMPAIRMENT:

IMPAIRMENT pelo VALOR DE VENDA


Valor da Venda do Ativo R$ R$ 15.000,00

Custo de Venda R$ (R$ 1.000,00)

Valor Líquido da Venda do Ativo R$ R$ 14.000,00

IMPAIRMENT pelo FLUXOS DE CAIXA FUTUROS


Períodos Futuros Fluxos Caixa estimado Valor Presente

X1 R$ 7.500,00 R$ 6.696,43

X2 R$ 4.000,00 R$ 3.200,00

X3 R$ 2.700,00 R$ 1.928,57

X4 R$ 1.200,00 R$ 764,33

X5 R$ 900,00 R$ 511,36

Total R$ 13.100,69

O teste realizado revelou que a vida útil do ativo será de 5 anos, assim os fluxos de
caixa serão projetados dentro deste tempo. Foi considerada uma taxa de juros de 12% a.a.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 42

Aqui a entidade deve utilizar o laudo de maior que neste caso é o valor de venda que
resultou em R$ 14.000,00, sendo assim contabilizado:

Contabilização
Valor contábil do Ativo R$ 20.000,00

Valor máximo recuperável R$ 14.000,00

Perda por desvalorização R$ 6.000,00

D = Perda por desvalorização (Resultado) R$ 6.000,00


C = Perda estimadas por valor não recuperável R$ 6.000,00
(Redutora do Ativo)

Passos a seguir no teste de IMPAIRMENT:

RECONHECIMENTO MENSURAÇÃO

APURAR COMPARAR CONTABILIZAR

Valor de Uso (UGC) Valor Contábil


X Perda de
Ou Valor de Uso (UGC) desvalorização
Fatores internos ou Externos que
influenciaram a desvalorização do Valor de venda e/ou Diferença entre o
Ativo ou Unidade Geradora de (Venda menos os Valor contábil e
Fluxo de Caixa custos da mesma) Valor Contábil maior dos dois
X
Valor Contábil Valor de Venda

Anotações:
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3ª) A Conciliação dos SALDOS


CONTÁBEIS.

Conciliações dos Saldos Contábeis:

A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com uma


informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do
saldo em análise. As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis
são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de
cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc.

Nas conciliações das contas do disponível deve-se ter uma atenção especial à
contabilização dos valores recebidos ou pagos pelas empresas com a utilização de cheques pré-
datados.

Anotações:
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(AVP) - Ajuste a Valor Presente

A AJUSTE a VALOR PRESENTE tem por objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o
valor presente de um fluxo de caixa futuro.

O AVP encontra-se determinado na literatura contábil através do Pronunciamento


Técnico CPC nº 12, e, também pela legislação comercial através da Lei nº 11.638/2.007 onde
de maneira expressa ficou estabelecido o desconto a valor presente o para CONTAS À
RECEBER e a PAGAR DE LONGO PRAZO em alguns casos para as contas de curto prazo.

Às operações de longo prazo independente das taxas de juros explícitos embutidos é


exigida o ajuste a valor presente.

A Lei nº 6.404/76 embora trata das sociedades anônimas, em muitas situações também
se aplica subsidiariamente as demais sociedades empresárias, e assim tal lei deixa clara a
exigência da aplicação do AJUSTE a VALOR PRESENTE, quando determina: “VIII – os

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 44

elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor


presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante”.

O Ajuste a Valor Presente é possível de ser determinado a partir dos seguintes


requisitos:

O valor de Fluxo de
Caixa

A taxa de desconto
aplicável na transação

Data referida ao Fluxo


Financeiro

Existem alguns ativos e passivos que não tem como ser trazidos o valor presente por
não possuir um dos requisitos indispensáveis, entre eles o mais comum são os contratos de
mútuo realizados entre partes relacionadas onde na maioria das vezes não se tem clara a data
de vencimento ou de realização.

O CPC nº 12 (item 21) - AJUSTE a VALOR PRESENTE:

“Os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes de operações de


longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito relevante, deve ser ajustado a
valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores
avaliações do mercado quando o valor de dinheiro no tempo e os riscos
específicos do ativo e do passivo em suas datas originais”.

Lembrando que o AVP deve ser aplicado no reconhecimento inicial dos ativos e
passivos e a quantificação precisa ser realizada em base exponencial por rata, a partir da data
da transação.

O ajuste deve ser registrado em conta retificadora para facilitar a visualização do


registro original, onde os juros a apropriar, encargos, receitas financeiras a transcorrer, para
assim manter segregado o valor do bem, direito ou obrigação.

Uma vez ajustado no reconhecimento inicial, o item não monetário, não deve mais ser
submetido a ajustes subsequentes no que diz respeito à figura dos juros embutidos. O método a
ser aplicado é a taxa efetiva de juros a qual deve ser aplicado inclusive sobre os tributos inclusos
no valor da transação, e ainda uma vez aplicada à taxa efetiva de juros no reconhecimento inicial
não será possível alterá-la no transcorrer do tempo.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 45

Exemplo de AVP (Ajuste a Valor Presente):

Aquisição de uma máquina financiada, com prazo de carência de 24 meses para


pagamento.

Descrição Preço à vista Preço à prazo Juros


Máquina Industrial R$ 100.000,00 R$ 130.000,00 R$ 30.000,00

Contabilização do AVP:

D = Máquinas e Equipamentos (ANC) R$ 100.000,00


D = Juros a transcorrer (conta redutora PNC) R$ 30.000,00
C = Contas à pagar (PNC) R$ 130.000,00

ATIVO R$ 100.000,00 PASSIVO R$ 100.000,00


Ativo Não Circulante R$ 100.000,00 Passivo Não Circulante R$ 100.000,00
Ativo Imobilizado Contas à pagar R$ 130.000,00
(Máquinas e equipamentos) R$ 100.000,00 (Juros à transcorrer) (R$ 30.000,00)

Anotações:
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Estruturação e Classificação de Grupos do Passivo

Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de vencimento em até 12
(doze) meses. Exemplo: fornecedores, duplicatas a pagar, salários a pagar, provisão para férias,
provisão para imposto de renda e empréstimos bancários.

Passivo Não Circulante

Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de vencimento após
12 (doze) meses. Exemplo: empréstimos bancários e financiamentos. Neste grupo também são
classificadas as seguintes contas: adiantamentos de sócios, adiantamentos de acionistas,
empréstimos de coligadas e empréstimos de controladas.

Transferência de valores registrados no longo prazo (Não Circulante) para o Circulante

Algumas empresas registram os valores realizáveis e os valores de financiamentos em


contas de longo prazo, pois esse procedimento permite um melhor controle desses valores a
receber e a pagar.

Por ocasião do fechamento do balanço, os saldos dos valores a receber e a pagar


devem ser apresentados de acordo com o seu grau de liquidez. Assim, devem ser transferidos
para o circulante os valores a receber e a pagar até 360 (trezentos e sessenta) dias após a data
do encerramento do balanço.

Anotações:
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4ª) A Verificação e adequações das


PROVISÕES.

Verificação da Adequação dos Saldos e da Constituição das Provisões:

Na constituição de provisões deve-se observar os Princípios Contábeis e cercar-se do


máximo de elementos que possibilitem a melhor avaliação do fato no momento do lançamento
contábil, levando-se em conta, também, as implicações fiscais pertinentes.

Provisões de Férias e 13º Salário - As provisões para férias de empregados constituídas


devem estar suportadas pelos cálculos efetuados no departamento responsável pela folha de
pagamento. A provisão para o 13º salário, normalmente, não deverá apresentar saldo no
balanço de 31 de dezembro, exceto no tocante a complementações devidas a funcionários que
percebam salário variável.

Provisões Para Contingências Fiscais - Essas provisões não têm a sua dedutibilidade
admitida pela legislação fiscal, mas, tecnicamente, poderá ser necessária a sua constituição
sempre que a empresa possua uma informação razoável sobre a possibilidade de não ter os
argumentos que motivaram a contestação de exigências fiscais reconhecidas no processo
administrativo ou judicial.

Provisão Para Perdas Prováveis em Investimentos - O reconhecimento de prováveis perdas


em investimentos deve ser criteriosamente efetuado pelas empresas, qualquer que seja o
método de avaliação utilizado para registrá-las na Contabilidade. Essa provisão deixou de ser
dedutível para efeitos fiscais desde 01.01.1.996 (Lei nº 9.249/1.995).

Contingencias:

Ação ou situação imprevista e que não se consegue controlar; eventualidade.


Natureza daquilo que acontece de modo eventual, incidental ou desnecessário, uma vez
que poderia ter ocorrido de outra forma ou não se ter efetivado. Possibilidade de que algo
se realize ou não.

Ativos Contingentes

Entrada de Benefícios Entrada de Benefícios Entrada de Benefícios


Econômicos e Econômicos é Econômicos é
Tipos: praticamente certo. provável, mas não é possível, mas não é
praticamente certo. provável.

O Ativo não é
contingente deve ser Apenas divulga Nem reconhece e nem
Ação: reconhecido. divulga.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 48

Passivos Contingentes

Obrigação presente Obrigação presente Obrigação com


com saída provável de com saída possível probabilidade remota
Tipos: recursos. (não provável) de de saída de recursos.
recursos).

Reconhece a Provisão Apenas divulga Nem reconhece e nem


Ação: e divulga. divulga.

Estruturação e Classificação de Grupos do Patrimônio Líquido

Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Exemplo: capital
social, Reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros (legal, estatutária,
contingência, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos acumulados.

Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado pelos sócios ou
acionistas.

Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas, eventualmente, pela
entidade. No caso de sociedades anônimas, o ágio na emissão de ações, o produto da alienação
de partes beneficiárias, entre outras.

Reservas de Lucros: são as contas formadas pela apropriação de lucro da empresa.

Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela entidade, quando


ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 49

Visão Global do Balanço Patrimonial

Ativo Estruturação e Classificação de Grupos


Passivo do Ativo Líquido
e Patrimônio
Ativo Circulante Passivo Circulante
São classificadas as disponibilidades, os bens e São obrigações vencíveis até o final do exercício
os direitos realizáveis até o termino do exercício social seguinte ou de acordo com o seu ciclo
seguinte e as aplicações de recursos em despesas operacional da empresa, se esse for superior a tal
do exercício seguinte. prazo.

“Não Circulante “ “Não Circulante “

Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo


São os direitos realizáveis após o termino do São as obrigações exigíveis com prazo de
exercício seguinte como também decorrentes de vencimento superior ao ciclo operacional ou após o
vendas, empréstimos, os adiantamentos a exercício social e ainda as obrigações com
sociedades coligadas ou contratadas, diretores, pessoas ligadas que não constituam negócios
acionistas ou participantes da pessoa jurídica, que usuais.
não unem negócios usuais à exploração do seu
objeto.

Investimento Patrimônio Líquido


São as participações permanentes em outras São os recursos dos proprietários aplicados na
sociedades, os bens de renda e os bens não empresa. Os Recursos significam o Capital mais o
destinados à manutenção das atividades seu rendimento: Lucros e Reservas representam
fundamental da empresa, mas que haja imersão as obrigações da empresa diante dos sócios,
de permanência. acionistas, ou titular, com as seguintes contas ou
grupo de contas: Capital Social, Reservas de
Imobilizado Capital, Ajustes de avaliações patrimoniais,
São itens de natureza permanente, que serão Reserva de Lucros, Lucros ou Prejuízos
utilizados para a manutenção da atividade básica Acumulados e Ações em tesouraria.
da empresa.

Intangível
São aqueles que não têm existência física. Como
exemplos de intangíveis, temos os direitos de
exploração de serviços públicos mediante
concessão ou permissão do Poder Público, marcas
e patentes e o fundo de comércio adquirido. Trata-
se de um desmembramento do ativo imobilizado a
partir da vigência da Lei nº 11.638/2.007.

De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações


(S.A.), as contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de
liquidez (capacidade de pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser
alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 50

Ativo Circulante

• Disponível – (caixa, bancos, aplicação de liquidez imediata);


• Créditos à Receber (Curto Prazo);
Duplicatas à receber
( - ) Provisão de Estimativa de Liquidez Duvidosa
Títulos a receber, adiantamentos a terceiros, adiantamentos a empregado, tributos a
recuperar, aplicações temporárias, etc.;
( - ) Ajuste a Valor Presente;
• Estoques
1. Comerciais: Mercadorias
( - ) Perdas Estimadas para a Redução ao Valor Recuperável;
2. Industriais: Produtos acabados, produtos em elaboração e matéria-prima;
( - ) Perdas Estimadas para a Redução ao Valor Recuperável;
( - ) Ajuste a Valor Presente;
• Despesas pagas antecipadamente (prêmios de seguros e vencer, despesas financeiras a
vencer, etc.);

Ativo Não-Circulante
Realizável a longo prazo
• Direitos Realizáveis após o termino do Exercício seguinte
Clientes
( - ) Provisão de Estimativa de liquidez para Devedores Duvidosa
Bancos contas vinculadas, títulos à receber (dívida pública, adiantamento a terceiros,
empréstimos e depósitos compulsórios (combustível, causas trabalhistas, títulos e valores
mobiliários (ações, créditos de sócios e diretores, créditos de coligadas e controladas,
participações societárias não permanentes, impostos a recuperar, etc.).
( - ) Perdas Estimadas para Redução ao Valor Recuperável;
Investimento
Participações societárias permanentes, obras de arte, imóvel não de uso, quotas de clube.
( - ) Depreciações Acumuladas
( - ) Provisão Estimadas para a Redução ao Valor Realizável Líquida.

Imobilizado
Terrenos, construções, instalações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos,
ferramentas e etc.
( - ) Depreciação/Amortização e Exaustão Acumulada;
( - ) Perdas Estimadas para a Redução ao Valor Realizável Líquido

Intangível
Direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão de permissão do Poder
Público, marcas e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido.
( - ) Amortização de intangíveis
( - ) Perdas Estimadas para a Redução ao Valor Realizável Líquido.
( - ) Amortizações Acumuladas.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 51

Passivo Circulante

• Fornecedores, duplicatas à pagar, coligadas ou controladas, obrigações trabalhistas,


obrigações fiscais e sociais, adiantamentos de clientes, empréstimos e financiamentos a
curto prazo, aluguéis a pagar, dividendos a pagar, debêntures, etc;
( - ) Ajuste a Valor Presente

Passivo Não-Circulante
Exigível a longo prazo

• Fornecedores, duplicatas à pagar coligada ou controlada, títulos à pagar, etc.;


( - ) Ajuste a Valor Presente
• Empréstimos e Financiamentos;
( - ) Encargos Financeiros à transcorrer;
• Receitas à Apropriar;
• Provisões
• Subvenções

Patrimônio Líquido

• Capital Social - discrimina o Capital Próprio;


( - ) Capital a Integralizar
• Reserva Legal, de capital, de lucros, de contingências, etc.
• Lucros ou Prejuízos Acumulados
• Ajustes de Avaliação Patrimonial
( - ) Ajustes em tesouraria – equivalente a uma dedução do PL da empresa.

Anotações:___________________________________________________________________
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 52

5ª) O ENCERRAMENTO do RESULTADO


do EXERCÍCIO.

Receita

A definição de Receita abrange tanto as Receitas propriamente ditas quanto os ganhos.

Receita propriamente dita é um aumento de Patrimônio Líquido que se origina no


curso das atividades normais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como
vendas, honorários, juros e dividendos, lucros distribuídos, royalties e aluguéis.

Ganho é outro item que se enquadra como aumento de Patrimônio Líquido, mas não é
receita que propriamente dita. Quando o ganho é reconhecido na demonstrado separadamente
porque o seu conhecimento é útil para se tomar decisões econômicas.

O reconhecimento de receita resulta diretamente do reconhecimento e mensuração de


ativos e passivos. A entidade deve reconhecer uma receita na demonstração do resultado ou
demonstração do resultado abrangente quando houver aumentos nos benefícios econômicos
futuros relacionados a um aumento no ativo ou diminuição no passivo e possa ser avaliado
confiavelmente.

Despesa

A definição de despesas abrange perdas, assim como as despesas que se originam no


curso das atividades ordinárias da entidade.

Despesa é uma redução do Patrimônio Líquido que surge no curso das atividades
normais da entidade e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Ela
geralmente toma a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de
caixa, estoques ou bens do ativo imobilizado.

Perda é outro item que se enquadra como redução do patrimônio líquido e que pode se
originar no curso das atividades ordinárias da entidade. Quando perdas são reconhecidas na
demonstração do resultado ou de resultado abrangente, elas são geralmente demonstradas
separadamente porque o seu conhecimento é útil para se tomar decisões econômicas.

O reconhecimento de despesas resulta diretamente do reconhecimento e mensuração


de ativos e passivos. A entidade deve reconhecer uma despesa na Demonstração do Resultado
ou demonstração do resultado abrangente quando houver diminuição nos benefícios econômica
futuros relacionados a uma diminuição nos ativos ou aumento no passivo e possa ser avaliada
confiavelmente.

Anotações:___________________________________________________________________
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 53

Demonstração de Resultado

Tem como finalidade demonstrar o resultado da empresa no exercício (lucro ou


prejuízo).

Receita Bruta de Vendas: Valor total das vendas realizadas (à vista e a prazo). A empresa
industrial vende produtos fabricados, os comerciais vendem mercadorias e as empresas
prestadoras de serviços declaram a Receita Bruta de Serviços.

Deduções de Vendas: Valores que serão deduzidos da receita bruta que não representam
despesas. São deduções: devoluções de vendas, abatimentos sobre vendas e impostos sobre
vendas (ICMS, ISS, PIS, COFINS, Simples Nacional). Para incluir IPI nos impostos sobre
vendas é preciso que seu valor também seja incluído na receita bruta de vendas de produtos.

Receita Líquida das Vendas: Receita bruta menos as deduções.

Custo das Vendas: Valor que será deduzido da receita líquida que não representa despesa.
Calculado conforme critérios legais podem assumir nomenclatura diferente conforme a atividade
da empresa. As empresas comerciais calculam o custo das mercadorias vendidas, as industriais
os custos dos produtos vendidos e as prestadoras de serviços o custo dos serviços prestados.

Nas empresas comerciais o cálculo do custo é simples, pois a empresa é apenas


revendedora. Nas empresas industriais o cálculo é mais complexo, pois ao produzir são
consumidos custos: direto e indiretos. É preciso calcular o custo dos produtos vendidos. São
custos de produção, por exemplo: matéria-prima consumida, mão-de-obra direta e indireta e
outros custos indiretos (aluguel, transporte, depreciações0.

Lucro Bruto: Receita líquida menos custo das vendas.

Despesas e Receitas operacionais: Despesas e receitas são sacrifícios necessários à


obtenção de um produto ou serviço e que não representam deduções de vendas. São despesas
operacionais: de vendas, administrativas e financeiras. Receitas são ganhos que normalmente
ocorrem na atividade da empresa, mão não incluem a receita de vendas.

Lucro Operacional: Lucro bruto menos Despesas e mais Receitas.

Despesas e Receitas não operacionais: Ocorrem eventualmente e não são derivadas da


atividade da empresa. Um exemplo é o resultado obtido na venda de bens do imobilizado.

Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social: Lucro operacional mais ou menos
despesas e receitas não-operacionais.

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro: O imposto de renda junto com a
contribuição social representa uma obrigação tributária. Nesse momento deve ser calculado o
imposto com base no Lucro Real. Seu cálculo deve ser calculado à parte em um livro destinado
a esse fim.

Lucro antes das Participações: Lucro antes do IR menos a parcela do imposto calculada em
termos legais.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 54

Lucro Líquido do Exercício: Lucro após o imposto de renda menos as participações.

Procedimentos para o fechamento:

Avaliação dos Investimentos Pelo Método de Equivalência Patrimonial (se houver) As


empresas que possuírem investimentos relevantes em controladas ou coligadas deverão
proceder à avaliação desses investimentos pelo método de equivalência patrimonial e
reconhecer os resultados.

Verificação da Contabilização de Receitas, Custos e Despesas:

A empresa deverá apropriar em obediência ao regime de competência todas as receitas,


custos e despesas relativas ao período a que se refere o balanço, tais como: juros ativos e
passivos, depreciações, amortizações, exaustão, provisões, etc.

Mercadorias Não Despachadas:

As Receitas decorrentes da venda de mercadorias, cujo despacho para o cliente não


ocorrer até a data de encerramento do exercício, não devem figurar na apuração dos resultados,
poderão ser alocadas em contas patrimoniais

Avaliação dos Estoques:

A avaliação dos estoques é um item de fundamental importância para a apuração dos


resultados da empresa. Contudo a legislação brasileira aceita que a valorização dos estoques
seja efetuada pelos seguintes critérios:

a) Custo médio de aquisições ou entradas;

b) Valor dos bens produzidos ou adquiridos mais recentemente;

c) O preço de venda subtraído da margem de lucro.

As empresas que não possuem sistema de custos integrado com a contabilidade devem
avaliar os seus estoques de acordo com as regras estabelecidas na legislação do Imposto de
Renda.

Variações Monetárias Ativas e Passivas:

As variações monetárias têm a função de reconhecer no resultado as alterações nos


valores das obrigações por disposição legal, por regra contratual ou por terem sido contratados
em moeda estrangeira. A conferência de todos os contratos de financiamento, de aplicações
financeiras, de dívidas e créditos diversos (especialmente os de natureza tributária) deve ser
efetuada em conjunto com a conciliação dos saldos contábeis.

Embora a legislação tributária permita o reconhecimento das variações cambiais pelo


regime de caixa, este procedimento não está de acordo com os princípios contábeis.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 55

Receitas e Despesas Financeiras - Apropriação “Pro Rata”:

O Princípio Contábil da Competência exige que se reconheça no resultado todas as


receitas e despesas financeiras que são geradas pela simples fluência de tempo,
independentemente do efetivo recebimento ou pagamento. Assim, existindo créditos e
obrigações sujeitos a encargos financeiros, as receitas e as despesas geradas devem ser
apropriadas proporcionalmente ao período transcorrido desde a data da sua contratação ou do
último balanço.

Contabilização da Receita de Venda e Serviços - CPC 12 – Ajuste a Valor Presente e


o CPC 30 – Receitas

Venda de mercadorias à vista no valor de $ 100.000,00.

Venda de mercadorias a prazo (20 meses) com juros de 10% do total da venda,
sendo de $ 110.000,00 o valor total da receita de venda.

Obs. ICMS 10% e CMV de 50.000,00

Lançamento conforme CPC 30 ou seção 23 do CPC PME

Contas Débito Crédito


Clientes ou Duplicatas a Receber 110.000,00
AVP - Juros a Transcorrer 10.000,00
ICMS a Recolher 11.000,00
Receita das Vendas de Mercadorias 89.000,00

Lançamento conforme Lei nº 12.973/2014


Clientes 110.000,00
Receita Bruta de Vendas 110.000,00

AVP – Dedução da RB 10.000,00


AVP–Juros Apropriar (redutora AC) 10.000,00

ICMS s/Vendas 11.000,00


ICMS a Recolher 11.000,00

DRE - CPC DRE – Lei nº 12.973/2014


Receita Bruta 110.000,00
Adição – Lalur (-) Deduções
“A” e Controle ICMS ( 11.000,00)
Lalur “B” AVP ( 10.000,00)
Receita 89.000,00 Receita Líquida 89.000,00
(-) CMV (50.000,00) (-) CMV (50.000,00)
Lucro Bruto 49.000,00 Lucro Bruto 49.000,00

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 56

Apropriação do AVP para Receita Financeira-AVP mês a mês:

D – AVP – Juros Apropriar (redutora AC)


C – Receita Financeira AVP R$ 500,00 Exclusão no Lalur “A”
e Baixa no Lalur “B”.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 57

Encerramento das Contas de Resultado:

O encerramento/zeramento das contas de resultado é procedimento obrigatório que


possibilita a separação dos resultados apurados em exercícios diferentes. Após os lançamentos
dos valores relativos às provisões e despesas em obediência ao princípio da competência, as
contas de resultado (receitas e despesas) são absorvidas (zeradas) por uma conta de apuração,
intitulada “Resultado do Exercício”. A grande maioria dos sistemas contábeis por processamento
eletrônico de dados possui esquemas para zeramento automático das contas de resultado, no
entanto o contador deve saber como funciona na essência o encerramento das contas de
variações patrimoniais em outras palavras, as contas de resultado.

A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar,


de forma vertical resumida, o resultado apurado em relação ao conjunto de operações
realizadas em determinado período. Nela apura-se a diferença entre as receitas e despesas, a
qual poderá demonstrar lucro ou prejuízo. O saldo apurado na DRE será utilizado para cálculo
do IRPJ e CSLL e para cálculo das destinações que serão efetuadas do lucro líquido do
exercício. O saldo final apurado (lucro ou prejuízo) será transferido para a conta “Lucros ou
Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido” para posterior destinação, ressalte-se que
com a lei 11.638/2007 a conta de Lucros Acumulados não poderá ficar com saldo.

Provisão para o IRPJ e CSLL:

A provisão para o Imposto de Renda e para a Contribuição Social Sobre o Lucro


Líquido são itens que exigem grande atenção no fechamento do balanço. A velocidade
imprimida pelo Fisco nas alterações da legislação obriga os responsáveis pela elaboração do
balanço a um esforço contínuo para manter adequados os registros relativos a essa obrigação
fiscal. Antes do fechamento do balanço devemos apurar extra contabilmente o lucro real e a
base de cálculo da CSLL da empresa e registrar a provisão para o Imposto de Renda e a CSLL
devidos, tendo como contrapartida o resultado do exercício.

Cálculo das participações no Resultado:

Algumas empresas destinam parte de seus lucros aos empregados, aos


administradores, aos detentores de partes beneficiárias. Essas destinações em razão de sua
dedutibilidade ou não na determinação do lucro real demandam um laborioso trabalho de cálculo
por parte dos responsáveis pela elaboração do Balanço.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 58

6ª) A elaboração das DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS.

Elaboração das Demonstrações:

A montagem das Demonstrações Financeiras deve levar em conta a quais usuários elas
serão destinadas. Após o zeramento das contas de resultado, levantamento da DRE, cálculo das
provisões para o IRPJ e CSLL e cálculo das participações/destinações do lucro líquido, poderá
então ser levantado o Balanço patrimonial da empresa.

A crise de 1.929 e os Princípios Fundamentais da Contabilidade

O cenário mundial era de pós-guerra, o mercado oferecia produtos e mercadorias,


porém, pouco gente para comprar, no mundo dos investimentos não era diferente, toda esta
agonia financeira e econômica acabou culminando em estratégias pouco usuais.

No Brasil os Princípios Fundamentais da Contabilidade

Resolução CFC nº Resolução CFC nº


750/93 1.282/10

“ Princípios Fundamentais de “ Princípios de


Contabilidade “ Contabilidade “

Tabela de Fixação dos Princípios Contábeis

E “ Entidade “ E “ Entidade “
C “ Continuidade “ C “ Continuidade “

O “ Oportunidade “ O “ Oportunidade “

P “ Prudência “ P “ Prudência “

A “ Atualização Monetária “
R “ Registro pelo
R “ Registro pelo Valor Original “ Valor Original “
C “ Competência “ C “ Competência “

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 59

a) Princípio da Entidade: O Patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é


verdadeira. O patrimônio de seus proprietários não se confunde com o da Entidade e
vice-versa.

b) Princípio da Continuidade: A entidade é um organismo vivo que irá operar por um


período de tempo indeterminado, a não ser que fortes indícios mostrem o contrário. Não
obstante, a continuidade ou não da entidade deve ser considerada quando das
classificações e avaliações das mutações patrimoniais.

c) Princípio da Oportunidade: Abarca dois aspectos distintos, mas complementares entre


si, a integridade e a tempestividade, razão pela qual muitos autores preferem denominá-
lo de Princípio da Universalidade. Este Princípio exige o registro e o relato de todas as
variações patrimoniais sofridas pela entidade, no momento em que elas ocorram e de
forma completa, sem deixar nada de fora. Cumprido tais preceitos, chega-se ao acervo
máximo de informações sobre o patrimônio, fonte de todos os relatos, demonstrações e
análises posteriores, ou seja, o Princípio da Oportunidade é a base indispensável à
fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade, relativas a um
determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.

d) Princípio da Prudência: Determina a adoção do menor valor para os componentes do


Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio
Líquido.

e) Princípio da Atualização Monetária: A expressão das Demonstrações Contábeis com


a atualização monetária, revogado com o fim da Correção Monetária no país.

f) Princípio do Registro pelo Valor Original: O Princípio do Registro pelo Valor Original
determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Uma vez integrado ao
patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:

• Custo Corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de


caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem
adquiridos na data ou no período das Demonstrações Contábeis. Os passivos são
reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que
seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das Demonstrações
Contábeis.
• Valor Realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de
caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos
são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se
espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das
operações da Entidade;
• Valor Presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro
de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das
operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do
fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o
passivo no curso normal das operações da Entidade;

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 60

• Valor Justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado,
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos;
• Atualização Monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional
devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão
formal dos valores dos componentes patrimoniais.

a) Princípio da Competência: As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do


resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. A receita é
considerada quando do momento da venda ou da prestação de serviço,
independentemente da realização efetiva em caixa. A despesa é considerada efetivada
quando do reconhecimento de uma obrigação a pagar relativa ao exercício,
independentemente da efetiva saída de caixa.

Características Qualitativas de informação em Demonstrações Contábeis –


NBC TG 1.000

a) Compreensibilidade

A informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de modo


a torná-la compreensível por usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de
atividades econômicas e de contabilidade, além da disposição de estudar a informação com
razoável diligência. Entretanto, a necessidade por compreensibilidade de não permite que
informações relevantes sejam omitidas com a justificativa de que informações relevantes sejam
omitidas com a justificativa de que possam ser de entendimento difícil para alguns usuários.

Anotações:___________________________________________________________________
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b) Relevância

A informação fornecida em demonstrações contábeis deve ser relevante para as


necessidades de decisão dos usuários. A informação tem a qualidade da relevância quando é
capaz de influenciar as decisões econômicas de usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos
passados, presentes e futuros, confirmando ou corrigindo suas avaliações passadas.

60
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 61

c) Materialidade

A informação é material e, portanto, tem relevância, se sua omissão ou erro puder


influenciar as decisões econômicas de usuários, tomadas com base nas demonstrações
contábeis. A materialidade depende do tamanho do item ou imprecisão julgada nas
circunstâncias da sua omissão ou erro. Entretanto, é inapropriado fazer ou deixar sem corrigir
desvios insignificantes das práticas contábeis para se atingir determinada apresentação da
posição patrimonial e financeira (balanço patrimonial) da entidade, seu desempenho (resultado e
resultado abrangente) ou fluxo de caixa.

Anotações:___________________________________________________________________
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d) Confiabilidade

A informação fornecida nas demonstrações contábeis deve ser confiável. A informação


é confiável quando está livre de desvio substancial e viés, representando adequadamente aquilo
que tem a pretensão de representar ou seria razoável esperar que representasse.
Demonstrações contábeis não estão livres de viés (ou seja, não são neutras) se, por meio da
seleção ou apresentação da informação, elas são destinadas a influenciar uma decisão ou
julgamento para alcançar um resultado ou desfecho pré-determinado.

Anotações:____________________________________________________________________
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 62

e) Primazia da essência sobre a forma

Talvez a mais importante de todas as características contábeis é valorizar a essência de


cada operação ao invés do que está descrito em um documento, nota fiscal ou contrato.

Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que


ela se propõe a representar, é necessário que sejam contabilizados e apresentados de acordo
com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. ,

A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que
aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida.

Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a
documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão
existir acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os benefícios econômicos
gerados pelo ativo e o recomprará depois de certo tempo por um montante que se aproxima do
valor original de venda acrescido de juros de mercado. Em tais circunstâncias, reportar a venda
não representaria adequadamente a transação formalizada já que não haverá a transferência da
posse do bem.

Outro exemplo bastante recorrente nas entidades é a realização de contratos de


leasing, onde a verdadeira operação é um contrato de compra e venda. Neste caso o bem deve
ser ativado e os valores mensais devem ser reconhecidos como um financiamento normal, afinal
de contas, a operação de financiamento está transcrita em um contrato de leasing apenas para
manter as taxas mais atrativas.

Podemos ainda citar um terceiro exemplo, que se refere à classificação contábil da


caderneta de poupança. Se determinada empresa mantém os valores em poupança apenas por
possuir folga de caixa e ao mesmo tempo como uma forma de aplicação conservadora diante
das incertezas próprias de outras espécies de aplicações, mas pretendendo utilizar-se da
possibilidade de sacar os valores a qualquer momento, então sua classificação correta será o
grupo de disponibilidades; mas se a conta em questão representar uma forma de aplicação
financeira que demonstra o propósito da empresa em manter o valor depositado, com prazo
indefinido, ela deve ser registrada no ativo não circulante.

A nova legislação contábil ascendeu uma luz que antes era pouco percebida ou exigida
na escrituração contábil brasileira, visando unicamente fornecer dados mais reais através das
demonstrações financeiras agilizando e facilitando o processo decisório pelos usuários da
informação.

Anotações:___________________________________________________________________
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 63

f) Prudência

As incertezas que inevitavelmente cercam muitos eventos e circunstâncias são


reconhecidas pela divulgação da sua natureza e extensão e pelo exercício da prudência na
elaboração das demonstrações contábeis. Prudência é a inclusão de certo grau de precaução no
exercício dos julgamentos necessários às estimativas exigidas de acordo com as condições de
incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou
despesas não sejam subestimados. Entretanto, o exercício da prudência não permite
subvalorizar deliberadamente ativos ou receitas, ou superavaliação deliberada de passivos ou
despesas. Ou seja, a prudência não permite viés.

Anotações:___________________________________________________________________
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g) Integralidade

Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser
completa, dentro dos limites da materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação
falsa ou enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos da sua relevância.

Anotações:___________________________________________________________________
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h) Comparabilidade

Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações contábeis da entidade


ao longo do tempo, a fim de identificar tendências em sua posição patrimonial e financeira e no
seu desempenho. Os usuários devem, também, ser capazes para avaliar suas posições
patrimoniais e financeiras, desempenhos e fluxos de caixa relativos. Assim, a mensuração e a
apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e outros eventos e condições
devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos, e também

63
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 64

por entidades diferentes. Adicionalmente, os usuários devem ser informados das políticas
contábeis empregadas na elaboração das demonstrações contábeis, e de quaisquer mudanças
nessas políticas e dos efeitos dessas mudanças.

Anotações:____________________________________________________________________
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i) Tempestividade

Para ser relevante, a informação contábil deve ser capaz de influenciar as decisões
econômicas dos usuários. Tempestividade envolve oferecer a informação dentro do tempo de
execução da decisão. Se houver atraso injustificado na divulgação da informação, ela pode
perder a relevância. A administração precisa ponderar da necessidade da elaboração dos
relatórios em época oportuna, com a necessidade de oferecer informações confiáveis. Ao atingir-
se o equilíbrio entre relevância e confiabilidade, a principal consideração será como melhor
satisfazer as necessidades dos usuários ao tomar decisões econômicas.

Anotações:___________________________________________________________________
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j) Equilíbrio entre Custo e benefício

Os benefícios derivados da informação devem exceder o custo de produzi-la. A


avaliação dos custos e benefícios é, em essência, um processo de julgamento. Além disso, os
custos não recaem necessariamente sobre aqueles usuários que usufruem dos benefícios e,
frequentemente, os benefícios da informação são usufruídos por vasta gama de usuários
externos.

A informação derivada das demonstrações contábeis auxilia fornecedores de capital a


tomar melhores decisões, o que resulta no funcionamento mais eficiente dos mercados de
capital e no menor custo de capital para a economia como um todo.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 65

Entidades, individualmente, também usufruem dos benefícios, incluindo melhor acesso


aos mercados de capital, efeitos favoráveis nas relações públicas e, talvez, custos menores de
capital. Os benefícios também podem incluir melhoria no processo de tomada de decisões da
administração, porque as informações financeiras utilizadas internamente elaboradas para os
propósitos de apresentar demonstrações contábeis para fins gerais.

Quadro Resumo das Características Qualitativas e o Alcance da Contabilidade

Compreensibilidade

Relevância Materialidade

Primazia da essência
Confiabilidade sobre a forma

Prudência Integralidade

Comparabilidade Tempestividade

Equilíbrio entre custo e


benefício

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 66

NBC TG 1.000 – Contabilidade para Médias e Pequenas Empresas (PME´s).

Esta norma deve ser utilizada por pequenas e médias empresas, valendo destacar que
Pequenas e Médias empresas são aquelas que:

a) Não tem obrigação pública de prestação de contas;


b) Elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos.

As Demonstrações Contábeis devem representar apropriadamente a posição patrimonial


e financeira, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade.

A entidade deve apresentar um conjunto completo de demonstrações contábeis, inclusive


informação comparativa, pelo menos anualmente. Quando a data de encerramento do período
de divulgação da entidade for alterada e as demonstrações contábeis forem apresentadas para
um período mais longo ou mais curto do que um ano, a entidade deve divulgar.

Conjunto completo das Demonstrações Contábeis para PME´s

a) Balanço Patrimonial;
b) DR – Demonstração de Resultado;
c) Demonstração do Resultado Abrangente;
d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
e) Demonstração da DFC;
f) Notas Explicativas.

Anotações:
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A Contabilidade surgiu e desenvolveu-se ao longo dos séculos muito mais para atender à
necessidade das organizações de administrar seus ativos de forma eficiente do que
propriamente pelo interesse estatal na sua aplicação como ferramenta de controle fiscal. Neste
sentido vamos entender melhor qual a função de cada relatório. Afinal, para realizar-se uma boa
análise, é necessário, antes de tudo, saber onde devemos buscar cada um dos indicadores que
servirão de subsídio para conclusões apresentadas.

Demonstrações Contábeis Obrigatórias no Brasil

De acordo com as Leis nº 6.404/76, nº 11.638/07 e nº 11.941/09

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 67

As Demonstrações Contábeis exigidas pela Legislação Brasileira compreendem:

a) O Balanço Patrimonial;
b) A DRE – Demonstração do Resultado do Exercício;
c) A DLPA – Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (que pode ser
substituída pela DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido);
d) A DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos (facultativa a
partir da Lei nº 11.638/07);
e) A DFC – Demonstração dos Fluxos de Caixa;
f) A DVA – Demonstração de Valor Adicionado;
g) As Notas Explicativas.

No quadro a seguir sintetizamos as regras para elaboração e publicação dos


relatórios acima mencionados:

Sociedades de Capital Aberto São obrigadas a elaborar e publicar, ao


final de cada exercício social, todas as
demonstrações citadas acima.

São obrigadas a elaborar todas as


Sociedades de Grande Porte demonstrações citadas, com exceção da
DVA. Se a empresa de grande porte
(Com Ativo total superior a R$ 240 possuir, na data do encerramento do
Milhões ou Receita Bruta Anual Balanço Patrimonial Líquido superior a R$
superior a R$ 300 milhões) milhões, deverá também apresentar a
DFC.

Demais Sociedades Devem elaborar apenas o Balanço


Patrimonial, a DRE e a DLPA, não sendo
obrigadas a publicá-las.

A função de todas as Demonstrações obrigatórias, assim como a de todos os outros


relatórios gerenciais que a Contabilidade pode elaborar, é a de tornar mais clara a leitura e
interpretação dos eventos registrados pela Contabilidade, facilitando a interpretação das
variações demonstradas, de forma sintética, no Balanço Patrimonial e na DRE.

Vale ressaltar, que além das Demonstrações Financeiras destacadas pela legislação,
existem ainda várias outras ricas fontes de informações, dentre eles, especial destaque deve-se
dar aos Relatórios da Administração, que descrevem e explicam as principais características do

67
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 68

desempenho e da posição financeira e patrimonial da empresa, destacando suas principais


incertezas e variações.

A existência de diversos tipos de demonstração e relatórios comprova que a Contabilidade


é uma ciência rica em possibilidades. Por isso o trabalho de análise é uma tarefa árdua, que
exige conhecimento da empresa, do contexto no qual ela está inserida e, sobretudo, da estrutura
e função dos relatórios por ela produzidos.

Anotações:
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Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte

As microempresas e Empresas de Pequeno Porte (ME e EPP) poderão adotar os


critérios e procedimentos simplificados previstos na Resolução CFC nº 1.418/2.012:

a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração do Resultado;
c) Notas Explicativas.

Atenção: A Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do Resultado Abrangente


e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, apesar de não serem obrigatórias
para as entidades alcançadas por esta interpretação, é estimulada pelo Conselho Federal de
Contabilidade.

Entidades Imunes e Isentas

As Entidades Imunes e Isentas do Imposto de Renda, conhecidas como entidades sem


finalidade de lucros, sujeitam-se a Resolução CFC nº 1.409 de 21 de Setembro de 2.012, que
aprovou a ITG 2.002.

a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração do Resultado do Período;
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
d) Demonstração de Fluxo de Caixa;
e) Notas Explicativas.

No Balanço Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser substituída por


Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido e as palavras lucro ou prejuízo devem
ser substituídas por superávit ou déficit do período.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 69

Como integram-se as diversas Demonstrações Contábeis:

Fica bem fácil de compreender a função dos diversos relatórios se conseguimos


perceber que a origem de todos eles estão no Balanço Patrimonial e na Demonstração de
Resultado do Exercício. Todos os relatórios mencionados anteriormente (DOAR, DVA, DFC,
DMPL, DLPA e NOTAS EXPLICATIVAS) são, na verdade, formas detalhadas de apresentar
aspectos do Balanço Patrimonial e da DRE. Assim, se precisamos compreender melhor a
variação ocorrida no Patrimônio Líquido decompõe essa parte do balanço em um relatório
chamado DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; se precisamos
entender melhor as variações ocorridas no CCL (Capital Circulante Líquido), voltamos nossa
atenção para a DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

CIRCULANTE
DOAR CAIXA CIRCULANTE DOAR

DFC NÃO CIRCULANTE DMPL

NÃO CIRCULANTE
PATRMÔNIO LIQUIDO
CAPITAL LÍQUIDO
RESULTADOS DLPA
ACUMULADOS

DRA

DVA DRE

1) RECEITA COM VENDAS


( - ) IMPOSTOS
( - ) CMV
2) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS
COMERCIAIS
( - ) DESPESAS
ADMINISTRATIVAS
( - ) DESPESAS
FINANCEIRAS
3) LUCRO LÍQUIDO 69
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 70

Balanço Patrimonial - BP

O Balanço é uma expressão de origem latina Bis Lanx, que quer dizer dos dois lados,
onde podemos verificar o lado esquerdo as aplicações dos esforços e recursos e, do lado direito
as origens destes recursos, buscando o equilíbrio do balanço. Encontremos informações
contidas no Balanço de forma estática, ou seja, numa determinada data. Apesar das limitações
como instrumento de informações, assume o importante papel de comunicar aos
administradores a avaliação da evolução da atividade através da análise dos dados.

Balanço Patrimonial (BP)

ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
- Disponibilidade - Fornecedores
- Contas a Receber - Obrigações Trabalhistas
- Estoques - Obrigações Fiscais

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante


- Contas a Receber - Financiamentos

Patrimônio Liquido
- Investimentos - Capital Social
- Ativo Imobilizado - Reservas
- Intangível - Lucros ou Prejuízos Acumulados

Demonstração de Resultado (DR)

Demonstração do Resultado do Exercício findo em X1


Receita Bruta (Vendas ou Serviços) X1 X0
(-) Deduções da Receita Bruta
(=) Receita Líquida
(-) Custo de Mercadorias, Produtos e Serviços
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas (Gerais, Administrativas e Vendas)
(+ / -) Receitas (Despesas) com investimentos, pessoas ligadas
(= / -) Outras Receitas ou Despesas
(=) Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras
(+ / -) Receitas e Despesas Financeiras
(=) Resultado antes dos Tributos sobre os lucros
(-) Despesas com Tributos os lucros
(=) Resultado líquido das Operações Continuadas
(= / - ) Vendas/Custos Resultado de Operações descontinuadas
(=) Resultado Líquido do período
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 71

Demonstração de Resultado Abrangente (DRA)

Demonstração do Resultado Abrangente em X1


Receita Líquido do Período X1 X0
(=) Outro Resultado Abrangente
Variação de Reservas de Reavaliação (quando existe)
Ganhos/Perdas em Planos de Previdência complementar
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(= / --) Resultado Abrangente de Empresas investidas
(=) Resultado Abrangente do Período

Anotações:
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Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL – não e obrigatória pela


Lei 6.404/76, mas sua publicação e exigida pela instrução nº 59 da CVM de 22/12/86. Esta
Demonstração de grande utilidade, pois, além de mostrar a movimentação da conta de Lucros,
mostra também a movimentação das demais contas do Patrimônio Líquido.

A DMPL é fundamental para a elaboração do DOAR e para ser fornecida as empresas


investidoras que avaliam seus investimentos permanentes em coligadas ou controladas pelo
método da equivalência patrimonial.

Esta Demonstração, se utilizada pela empresa dispensa a elaboração da DLPA, pois


têm o objetivo de demonstrar a composição de todas as contas existentes no grupo do
Patrimônio Líquido, revelando a evolução dessas contas e os eventos que influenciaram na
modificação de seus saldos. Os motivos da não utilização da DLPA são óbvios, pois a conta de
Lucros e Prejuízos Acumulados, objeto principal da referida demonstração, também é
classificada no grupo de Patrimônio Líquido. Desta forma, se estivermos analisando todo o
grupo, estaremos também analisando os lucros ou prejuízos acumulados.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 72

Podemos afirmar que a DMPL é muito mais complexa e completa do que DLPA.
Observe a seguir a estrutura de uma DMPL:

DMPL – DEMONSTRAÇÃO MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO


Reserva Reserva Reserva Reserva de Reserva Lucros
Capital de Legal Estatutária Contingência de Acumula Total
Social Capital Lucros á dos
realizar
Saldo Inicial do
exercício
(+/-) Ajustes
critérios
contábeis
(=) Saldo
ajustado
Reversões de
Reservas
Contingências
De lucros a
realizar
Lucro ou
prejuízo do
exercício
Proposta da
Administração
Reserva Legal

Reservas
Estatutárias
Reservas para
Contingências
Reserva de
lucros (Reserva
orçamentária)

Reserva de
lucros a realizar
(-) Dividendos

(=) Saldo final do


exercício

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 73

DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

A DOAR tem como principal desafio analisar a liquidez de curto prazo de uma
empresa, contribuindo na avaliação das variações da capacidade de pagamento dentro desse
período. Vale lembrar que as obrigações de curto prazo são aquelas que possuem vencimento
até o término do exercício social subsequente (12 meses) observe a seguir a equação do
Capital Circulante Líquido (CCL): CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante.

A DOAR é dividida em quatro partes:

1) Origens;
2) Aplicações;
3) Aumento ou Diminuição do CCL e;
4) Variação do CCL

Equação do Capital Circulante Líquido:

CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante


Anotações:
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Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC

Apesar da DOAR ser mais rica em informações ao fluxo financeiro de curto prazo
(capital de giro ou capital circulante líquido), existe outra demonstração que apresenta as
variações ocorridas no caixa da empresa (incluem –se aqui as contas-correntes) denominada
Fluxo de Caixa.

Ao compararmos a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, com a


Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC, é inevitável a pergunta: por que a empresa obteve
um lucro considerável no período e estar com o caixa baixo? Ou ainda: como pode ter tido
prejuízo e seu caixa aumentado e saldado seus compromissos em dia?

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 74

A Demonstração do Fluxo de Caixa não é exigida por lei, mas é de grande utilidade para
o processo decisório da empresa.

Objetivo da Demonstração dos Fluxos de Caixa

O Fluxo de Caixa tem como objetivo a projeção das entradas e saídas de recursos
financeiros para um determinado período, verificando a necessidade de captar recursos ou
aplicar os excedentes de caixa em operações rentáveis para a empresa.

- Facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de crédito a serem obtidas junto às
instituições financeiras;
- Programar os ingressos e desembolsos de caixa, de forma criteriosa, permitindo
determinar o período em que deverá ocorrer carência de recurso e o montante, havendo
tempo para as medidas necessárias;
- Permitir o planejamento dos desembolsos de acordo com as disponibilidades de caixa,
evitando-se acúmulo de compromissos vultosos em épocas de pouco encaixe;
- Determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado período, e aplicá-lo
da forma mais rentável possível, bem como analisar os recursos de terceiros que
satisfaçam as necessidades da empresa;
- Proporcionar o intercâmbio dos diversos departamentos da empresa com a área
financeira;
- Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;
- Financiar as necessidades sazonais ou cíclicas da empresa;
- Providenciar recursos para atender aos projetos de implantação, expansão,
modernização ou localização industrial e/ou comercial;
- Fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;
- Auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que se possa julgar a
conveniência em aplicar nestes itens ou não;
- Verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa;
- Estudar um programa de empréstimos e financiamentos;
- Projetar um plano efetivo de resgate de débitos;
- Integrar as atividades da empresa, facilitando os controles financeiros.

Motivos Internos e Externos podem causar a escassez de recursos financeiros em


uma empresa. Veremos a seguir:

Equilíbrio Financeiro.

As empresas equilibradas financeiramente apresentam as seguintes características:

- Permanente equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa;


- Capital próprio tende a aumentar, em relação a capital de terceiros (o que é discutível em
economias com longo histórico de estabilidade nos índices inflacionários);
- A rentabilidade do capital próprio é satisfatória;
- Menor necessidade de capital de giro;
- Tendência para aumentar a rotatividade dos estoques;
- Não há imobilizações excessivas de capital;
- Não há falta de produtos prontos para atendimento das vendas.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 75

Fluxo Econômico e Fluxo Financeiro

Na Contabilidade ocorrem fenômenos que poderá induzir o empresário a tomar


decisões errôneas. O lucro ou prejuízo contábil, não retrata o resultado financeiro o que é
explicável, pois, na contabilidade apuramos o resultado pelo Regime de Competência e não
pelo Regime de Caixa.

Perguntas podem ser feitas pelos empresários, por que a empresa apresentou um
lucro de R$ 10.000,00 e o saldo de caixa é de apenas R$ 1.000,00, ou, a empresa apresentou
prejuízo e o saldo de caixa é alto.

FLUXO ECONÔMICO FLUXO FINANCEIRO


Demonstração do Resultado do Exercício – Resultado do Fluxo de Caixa – Regime de
Regime de Competência Caixa

Resultado Econômico

O Resultado Econômico é obtido através da Demonstração do Resultado do


Exercício – D.R.E. É o lucro ou prejuízo contábil. Ocorreram várias operações na empresa,
como vendas a prazo e despesas que afetaram o resultado apurado pelo regime de competência
sem ter havido a realização em dinheiro.

Resultado Financeiro

O Resultado Financeiro é o lucro ou prejuízo apurado pelo regime de caixa, ou seja,


ingresso e desembolso de recursos da empresa. Todos os recebimentos e pagamentos formam
o Fluxo Financeiro da Empresa.

A apresentação do fluxo de caixa operacional deverá ser utilizada a partir de um dos


métodos a seguir: Direto ou Indireto.

a) Método Direto - utiliza-se do princípio de demonstrar o fluxo de caixa líquido das


atividades operacionais a partir dos recebimentos e pagamentos de caixa, obtidos a
partir dos : registros contábeis, ajustado as vendas, os custos dos produtos e serviços
vendidos e demais itens de demonstração do resultado e resultado abrangente referente
a: mudanças ocorridas nos estoques, contas operacionais a receber e a pagar e todos
os outros itens que envolvem caixa e ainda as contas que possuem efeitos no caixa e
que sejam decorrentes de fluxos de caixa para financiamentos ou investimentos.

b) Método Indireto – é realizado a partir dos elementos que não afetam o caixa, fato este
que justifica o seu nome. Assim o resultado é ajustado levando-se em conta os
seguintes itens: mudanças nos estoques e contas operacionais a receber e a pagar
durante o período, depreciação, provisões, tributos diferidos, receitas e despesas
contabilizados pelo regime de competência e que ainda não foram pagas ou recebidas,
variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas não distribuídos,
participação de não controladores, enfim itens que não afetam o caixa, e ainda, todos os
demais itens cujos efeitos sobre o caixa sejam decorrentes das atividades de
investimento ou de financiamento;

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 76

DFC
Método Direto
DFC
Método Indireto

Os Métodos de
apresentação do Demonstrativo de Fluxo
de Caixa

Anotações:
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Demonstrativo de Valor Adicionado - DVA

A Demonstração do Valor Adicionado visa mensurar o valor da riqueza gerada pela


companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa
riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela
da riqueza não distribuída.

Notas Explicativas – NE

As Notas Explicativas contém informações adicionais aquelas apresentadas no


Balanço Patrimonial na Demonstração do Resultado, na Demonstração do Resultado Abragente,
na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (se apresentada), na Demonstração dos
Fluxos de Caixas, As notas explicativas fornecem descrições narrativas e detalhes de itens
apresentados nessas demonstrações e informações acerca de itens que não se qualificam para
reconhecimento nessas demonstrações.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 77

Quadro Resumo dos principais itens que devem constar em Notas Explicativas

1) Declaração de que as Demonstrações Contábeis foram eleboradas em


conformidade com as Normas de Contabilidade e resumo das principais práticas
contábeis adotadas no Brasil;
2) Apresentação das Notas Explicativas na ordem em que cada conta é apresentada
nas Demonstrações Contábeis;
3) Informação sobre a forma de tributação da empresa;
4) Informações sobre Provisões, Ativos e Passivos Contingentes;
5) Informações sobre o julgamento da administração quanto a continuidade dos
negócios;
6) Estoques (Critério de avaliação, catergorias de estoques ao teste de
recuperabilidade);
7) Imobilizado (método de cálculo da depreciação, vidas úteis e/ou taxas aplicadas,
valor contábil bruto e depreciação acumulada, menção quanto à avaliação ao valor
justo);
8) Leasing financeiro (classificado como imobilizado, menção quanto as datas de
inicio e fim do contrato, nº do contrato, objeto);
9) Intangível (metodo de cálculo da amortização, vidas úteis e ou taxas aplicadas,
valor contábil bruto e amortização acumulada).
10) Informações de emprestimos e financiamentos;
11) Informações sobre a composição do Capital Social;
12) Menção quanto a eventos subsequentes.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 78

Consolidação das Demonstrações Contábeis – Quadro Resumo

No caso de Companhias Abertas e Grupos Societários, é necessário que


complementarmente às demonstrações contábeis normais, também sejam apresentadas
demonstrações contábeis consolidadas da investidora com suas controladas (No Brasil -
Instrução CVM nº 247/96).

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 79

7ª) A transcrição do
LIVRO DIÁRIO.

É a técnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronológica, todos os


fatos administrativos que ocorrem no patrimônio das entidades, para fornecer informações sobre
a composição do patrimônio e as variações nele ocorridas em determinado período.

É o registro dos fatos contábeis, segundo os princípios e normas técnico-contábeis,


tendo em vista demonstrar a situação econômico-patrimonial da entidade e os resultados
econômicos por ela obtidos em um exercício. (Hilário Franco)

Método de Escrituração

O método de escrituração constitui-se em um conjunto de regras observadas com


uniformidade para o registro dos fatos administrativos. O método das “Partidas Dobradas”
consiste no princípio no qual para todo débito em uma conta, existe simultaneamente um crédito,
da mesma maneira que a soma do débito será igual a soma do crédito, assim como a soma dos
saldos devedores será igual a soma dos saldos credores.

Processos de Escrituração

Existem diversas maneiras para registrar os fatos administrativos na contabilidade, tais


como: manual (escrituração manuscrita), maquinizada (efetuada em máquinas datilográficas
comuns) e eletrônica (com a utilização de programas de computador).

No processo eletrônico os lançamentos são introduzidos por digitação e processados por


programa de computador, que poderá a qualquer tempo fornecer informações contábeis, tais
como: o saldo e a movimentação das contas, cálculo de impostos e de encargos sociais, folhas
de pagamentos, balancetes de verificação, demonstrativos contábeis, entre outros. É o mais
moderno e utilizado, atualmente, pelas empresas, principalmente as de médio e de grandes
portes, por movimentarem centenas ou milhares de operações por dia (exige pessoal altamente
especializado).

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 80

Livros de Escrituração

Para registrar os fatos contábeis ocorridos no patrimônio e atender as obrigações das


legislações: comercial, tributária, trabalhista e/ou previdenciária, as empresas, seja qual for sua
natureza jurídica, utilizam diversos livros de escrituração que podem ser classificados em:

Quanto à Necessidade de Manutenção:

 Obrigatórios: exigidos por lei.



Ex: Diário, todos os livros fiscais exigidos pela legislação federal, estadual e municipal,
os livros exigidos pela Lei nº 6.404/76 das Sociedades Anônimas.

 Facultativos: criados para prestar maior clareza e controle dos registros contábeis.

Ex: Razão, Caixa, Bancos, Fornecedores, Controle de Estoques.

Quanto à Utilidade:

 Principais: registram todos os fatos ocorridos, constituindo–se no centro de informação.

Ex: Diário e Razão.

 Auxiliares: servem para desdobrar os registros constantes nos livros principais.

Ex: Caixa, Conta Corrente, Livro de Duplicatas.

Quanto à Natureza:

 Cronológicos: registram as datas de ocorrências dos fatos em ordem rigorosa.

Ex: Diário, Caixa.

 Sistemáticos: registram os fatos separadamente por espécie, ou seja, por conta.

Ex: Razão, Conta Corrente.

Transcrição do Livro Diário:

As Demonstrações financeiras devem ser elaboradas com todos os detalhes obtidos na


contabilidade, isto é, o mais analítico possível. Os lançamentos relativos ao encerramento das
contas de resultado, a demonstração do resultado do exercício, Balanço patrimonial e demais
demonstrações contábeis elaboradas pelas empresas destinam-se ao uso dos contadores e
deverão também ser transcritas no livro Diário
Carta de Responsabilidade

A Realização tempestiva e uniforme da escrituração contábil e elaboração das


Demonstrações Contábeis dependem de informações que são geradas e disponibilizadas pela
administração das microempresas e empresas de pequeno porte.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 81

A carta de responsabilidade deve ser obtida para salvaguarda a responsabilidade do


profissional da Contabilidade no que se refere á realização da escrituração contábil do período-
base encerrado, segregando-a e distinguindo-a das responsabilidades da administração da
entidade, sobretudo no que se refere à manutenção dos controles internos e ao acesso às
informações, devendo ser obtida conjuntamente com o contrato de prestação de serviços
contábeis de que trata a Resolução CFC nº 987/03 e renovada ao término de cada exercício
social.

Exemplo de CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINSTRAÇÃO

Local e data
À
Empresa de Serviços Contábeis XXX
Crc Nº 112222
Endereço
Cidade e Estado CEP

Prezados senhores:

Declaramos para os devidos fins, como administrador e responsável legal da


empresa // DENOMINAÇÃO SOCIAL//, CNPJ XXXXXXXXXX, que as informações
relativas ao período-base XXXXX, fornecidas a Vossas senhorias para a escrituração
das demonstrações contábeis, obrigações acessórias, apuração dos impostos, e
arquivos eletrônicos exigidos pela fiscalização federal, estadual, municipal, trabalhista
e previdenciária são fidedignas.

Também declaramos:

a) Que os controles internos adotados pela nossa empresa são de responsabilidade


da administração e estão adequadas ao tipo de atividade e volume de
transações;
b) Que não realizamos nenhum tipo de operação que possa ser considerada ilegal
frente à legislação vigente;
c) Que todos os documentos que geramos e recebemos de nossos fornecedores
estão revestidos de total idoneidade;
d) Que os estoques registrados em conta própria foram por nós avaliados,
contados e levantados fisicamente e perfazem a realidade do período encerrado
em //ANO BASE//;
e) E que as informações registradas no sistema de gestão e controle interno,
denominado // SISTEMA DE USO//, são controladas e validadas com
documentação suporte adequada, sendo de nossa inteira responsabilidade todo
o conteúdo do banco de dados e arquivos eletrônicos gerados.

Além disso, declaramos que não temos conhecimento de qualquer fatos


ocorridos no período-base que possam afetar as demonstrações contábeis ou que as
afetam até a data desta carta, ou, ainda que possam afetar a continuidade das
operações da empresa.

Também confirmamos que não houve:

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 82

a) Fraude envolvendo administração ou empregados em cargos de


responsabilidade e confiança;
b) Fraude envolvendo terceiros que poderiam ter efeito material nas
Demonstrações contábeis;
c) Violação ou possíveis violações da lei, normas ou regulamentos cujos os efeitos
deveriam ser considerados para divulgação nas Demonstrações Contábeis, ou
mesmo dar origem ao registro de provisão para contingências passivas.

Atenciosamente

-------------------------------------------------------------
Administrador da Empresa VXCX
Representante legal

Anotações:
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Certificado de Regularidade do Profissional Contábil


A regularidade do profissional ou do estabelecimento.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 83

IV – As Questões da Distribuição de Lucros e suas Polêmicas

Relacionamento entre Contabilidade e Contribuinte

Lucros e Dividendos

Na redação original do artigo 67 da MP 627/2.013, apenas os valores dos lucros


efetivamente pagos até 12 de novembro de 2.013, data da publicação daquela Medida Provisória
estariam abrangidos pela isenção, sendo ainda a isenção condicionada à opção pela aplicação
da MP 627 desde o ano calendário 2.014.

Com sua conversão em lei algumas controvérsias foram abrandadas, já que de acordo
com o artigo 72 da Lei 12.973 de 2.014, os lucros ou dividendos calculados com base nos
resultados apurados entre 1°/01/2.008 e 31/12/2.013, em valores superiores àqueles obtidos,
estarão isentos, independentemente de opção pela aplicação antecipada da lei ou da data de
sua distribuição.

Os lucros gerados a partir de 2.014 para empresas optantes pela aplicação da Lei
12.973/2.014 a partir de janeiro desse mesmo ano, e a partir de 1°/01/2.015 para os não
optantes, passarão a ser integralmente isentos, sem qualquer discussão sobre esse ponto.

Apenas os lucros gerados no ano de 2.014 para as empresas não optantes é que
permanecerão sujeito à discussão sobre sua possível tributação nos termos da IN RFB
1.397/2.013.

Exemplo de aplicação da IN nº 1.397/2.013 e IN nº 1.515/2.015:

Compra de veículo (vida útil de 6 anos), em Janeiro/X1, pelo valor de R$ 2.000,00 à


vista, com valor residual de estimativa R$ 200,00.

Lei nº 12.973/2.014 RTT

* Em Janeiro/X1 (Compra): * Em Janeiro/X1 (Compra):

Débito – Imobilizado Débito – Imobilizado


Crédito – Caixa R$ 2.000,00 Crédito – Caixa R$ 2.000,00

* Em X1 à X6 (Anual): * Em X1 à X5 (Anual):

Débito – Despesas com Depreciação Débito – Despesas com Depreciação


Crédito – Imobilizado R$ 300,00 Crédito – Imobilizado R$ 400,00

* Em Janeiro X7 (Venda): * Em Janeiro X7 (Venda):

Débito – Caixa Débito – Caixa


Crédito – Imobilizado R$ 200,00 Crédito – Ganho de Capital R$ 200,00

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 84

De: X1 à X5, há Exclusão Fiscal de R$ 100,00, acumulado R$ 500,00.


Em X6 há Adição de R$ 300,00.

E em X7, adição de R$ 200,00 referente ao Ganho de Capital.

Considerando o uso do veículo em 2.014 (X1) c/Receita Líquida de R$ 460,00 (alíquota de


IRPJ + CSLL 40%):

Vejamos o DRE com a observação da questão de Distribuição de Lucros de acordo com a


Lei nº 1.397/2.013.

Contabilidade Contabilidade
Nova Antiga

DRE (Demonstração do Resultado) DRE (Demonstração do Resultado)

(+) RECEITA R$ 460,00 (+) RECEITA R$ 460,00


(-) DEPRECIAÇÃO (R$ 300,00) (-) DEPRECIAÇÃO (R$ 400,00)

(=) LAIR R$ 160,00 (=) LAIR R$ 60,00

(-) IR + CSLL CORRENTE (R$ 24,00) (-) IR + CSLL CORRENTE (R$ 24,00)

Ajustes temporários (=) LUCRO LÍQUIDO R$ 36,00

IR + CSLL DIFERIDOS (R$ 40,00) Dividendos R$ 36,00

(=) LUCRO LÍQUIDO R$ 96,00

Dividendos de 50% = R$ 48,00

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 85

Lucros ou Dividendos Calculados Com Base Nos Resultados Apurados Entre 1º de


Janeiro de 2.008 e 31 de Dezembro de 2.013

Os Lucros ou Dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 1º de


Janeiro de 2.008 e 31 de Dezembro de 2.013 pelas Pessoas Jurídicas tributadas com base no
Lucro Real, Presumido ou Arbitrado, em valores superiores aos apurados com
observância dos métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de Dezembro de 2.007, não
ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de
cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido do
beneficiário, pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliado no País ou no exterior.
(Art. 72 da Lei nº 12.973/2.014).

A Pessoa Jurídica tributada pelo Imposto de Renda com base no Lucro Presumido,
poderá distribuir Lucro independentemente de apuração de Lucro pela Contabilidade.

Partindo da base de cálculo do imposto de renda, deduz-se os Impostos e


Contribuições a que estiver sujeita a Pessoa Jurídica (IRPJ, CSSL, PIS e COFINS) onde o
resultado é o valor do Lucro a distribuir, Isento do Imposto de Renda na Fonte.

É condição para esta regra que a distribuição ocorra após o encerramento do trimestre
de apuração (art. 48 da IN SRF nº 93/97 e ADN COSIT nº 4/96).

1ºQuadro:

Nesta hipótese poderá ser distribuído, a título de Lucro Isento do Imposto de Renda na
Fonte o valor de R$ 20.670,00.

Porém, o § 3º do art. 48, da IN n. 93, de 24/12/97, autoriza a Pessoa Jurídica


tributada com base no Lucro Presumido a distribuir Lucros ou Dividendos de resultados
apurados através de escrituração contábil, com observância da legislação comercial,
ainda que por conta de período-base não encerrado.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 86

Com isso, a Pessoa Jurídica poderá, por exemplo, levantar Balanços Trimestrais e
distribuir o resultado apurado contabilmente, mesmo que este seja superior ao calculado
com base nas presunções (vide exemplo acima), conforme segue o segundo exemplo:

2º Quadro:

Observa-se que a totalidade do Lucro Líquido apurado de R$ 60.000,00 poderá


ser distribuído isento do Imposto de Renda, mesmo que pela outra forma de apuração
tenha resultado em valor inferior (R$ 20.670,00).

Anotações:
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Pode ser distribuído o Lucro Presumido antes do encerramento do Balanço???.......

Conforme parágrafo 3º, do artigo 48 da Instrução Normativa 93/97, pode ser


distribuído o lucro por conta de período-base não encerrado, desde que não exceda ao valor
apurado com base na escrituração.

A parcela distribuída a maior do que o apurado na escrituração fica sujeito à incidência


do Imposto de Renda, com acréscimos legais.

A distribuição antecipada do lucro, com base no Lucro Presumido, deve estar amparada
em balanços ou balancetes levantados com base na Contabilidade. Dessa forma, sugerimos que
o balancete utilizado para a distribuição de lucros seja transcrito no Livro Diário. Ou
melhor, transcrever o balanço ou balancete mês a mês no Livro Diário, o qual
salvaguardará a empresa em futuras fiscalizações.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 87

Incide o INSS sobre a Distribuição antecipada de Lucros???.........

Pela redação do Regulamento, referente o inciso II, § 5º do artigo 201, do Decreto


3.048/1.999, dada pelo Decreto 4.729/2.003, são tributáveis os valores totais pagos ou
creditados aos sócios, ainda que a título de antecipação de lucro da pessoa jurídica, quando não
houver discriminação entre a remuneração decorrente do trabalho e a proveniente do capital
social ou tratar-se de adiantamento de resultado ainda não apurado por meio de demonstração
de resultado do exercício.

Dessa forma, as empresas devem adotar o cuidado de prever, em seus respectivos


contratos sociais, que a sociedade pode antecipar lucros/dividendos, com base em
balanços e/ou balancetes intermediários (mensal, trimestral ou semestral) em períodos
menores que 12 meses.

Bem como os Balanços/Balancetes Contábeis, com a respectiva demonstração de


resultado, devem ser transcritos no Livro Diário, para comprovar a existência dos lucros
distribuídos. Na prática, para a empresa antecipar o lucro do exercício corrente, o
Contador deverá demonstrar que a empresa obteve o lucro mediante balancete constante
no Livro Diário, sendo necessário ainda constar no contrato social previsão de
distribuição de lucro mensal ou período menor que 01 ano.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 88

Juros sobre Capital Próprio

Em relação aos Juros sobre Capital Próprio, desde que o contribuinte optasse pela
aplicação da MP 627/2.013 a partir de 2.014, o artigo 68 lhe possibilitava calcular os limites para
pagamento e dedutibilidade de despesas de Juros sobre Capital Próprio com base nas regras
contábeis instituídas pela Lei 11.638/2.007 no período de 1°/01/2.008 e 31/12/2.013.

Com a redação dada pela Lei 12.973/2.014 conferiu à Pessoa Jurídica Brasileira para o
período de 1°/01/2.008 a 31/12/2.013, independentemente de opção pela aplicação de seus
efeitos a partir de 2.014, a faculdade de pagar e deduzir despesa de Juros sobre Capital Próprio
com base nas contas de Patrimônio Líquido calculadas com base nos critérios Contábeis
Internacionais (balanço IFRS) estendendo-se esse período ainda no caso dos não-optantes
para o exercício de 2.014.

A partir de 2.014 para os optantes e a partir de 1°/01/2.015 para os não optantes, o


patrimônio líquido a ser utilizado para calcular o pagamento do Juros sobre Capital Próprio passa
a ser aquele apurado de acordo com as novas regras contábeis.

Base de Cálculo dos Juros sobre Capital Próprio

O pagamento dos Juros sobre Capital Próprio é largamente utilizado como


instrumento de redução de IR e CSLL a pagar, substituindo o tradicional pagamento de
dividendos com maior eficiência tributária.

Tal eficiência se justifica pela tributação em percentual menor (15%, rendimento


tributado exclusivamente na fonte) por parte da pessoa física que recebe, enquanto a
pessoa jurídica que paga tem o direito de deduzir como despesa financeira na base de cálculo
do IRPJ e da CSLL.

Mas, o pagamento de JCP tem limitação, sendo dedução de sua base tributável
normalmente 34% (25% de IRPJ + 9% de CSLL).

A primeira a aplicação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) sobre o Patrimônio


Líquido no início do período de apuração. E a segunda, que considera a metade do saldo de
reservas de lucros mais lucros acumulados ou metade do lucro antes do IR do período de
apuração.

A discussão dos contribuintes residia em saber se o PL e o Lucro poderiam ser obtidos


pelas informações contábeis, extraídas do balanço patrimonial e da DRE com base na legislação
contábil em vigor.

Pela leitura da Lei 12.973/14, artigo 9° (MP nº 627/13) ficou claro que os números serão
obtidos na Contabilidade.

Para fins de cálculo da remuneração do capital próprio, serão consideradas exclusivamente as


seguintes contas do patrimônio líquido: (§§ 8º,11º e 12º do art. 9º da Lei nº 9.249/1.995 com a
redação dada pelo o art. 9º da Lei nº 12.973/2.014)

a) Capital Social;
b) Reservas de Capital;

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 89

c) Reservas de Lucros;
d) Ações em Tesouraria; e
e) Prejuízos acumulados.

O disposto acima aplica-se à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Para fins de cálculo da remuneração do capital próprio a conta capital social, inclui todas as
espécies de ações previstas no art. 15 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, ainda que
classificadas em contas de passivo na escrituração comercial.

Este artigo ajusta a base de cálculo do JCP para fins de possibilidade de pagamento e
dedução nas bases de IR e CSLL.

Fica mantida toda a legislação vigente anteriormente, sendo que agora a lei define
claramente quais contas integram o PL para fins de aplicação da TJLP.

Não fazem parte da base, as contas de ajustes de avaliação patrimonial, reservas de


reavaliação, ajustes de conversão e, nas empresas que insistirem em manter, a conta de lucros
acumulados.

O § 1º do art. 9º da Lei 9.249/95 mantém a conta LUCROS ACUMULADOS no limite


para pagamento do JCP.

Contudo, no § 8º, criado agora, a conta LUCROS ACUMULADOS não poderá ser
utilizada no limite PL x TJLP.

Anotações:
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V - SPED Contábil - ECD

Relacionamento Contabilidade e SPED

Legislação do SPED Contábil:

• Decreto nº 6.022/2.007 (institui o Sistema Público de Escrituração Digital);


• Instrução Normativa do DNRC Nº 107/08 (Dispõe sobre a autenticação de
instrumentos de escrituração dos empresários, sociedades empresários, leiloeiros,
tradutores públicos e interpretes comerciais);
• Resolução CFC nº 1.020/05 (aprova a NBC T nº 2.8 das formalidades da Escrituração
Contábil em forma eletrônica);
• Instrução Normativa RFB nº 787/07 (institui a Escrituração Contábil Digital);
• Ato Declaratório Executivo COFIS (RFB) 36/07 e 20/09 (Divulga das regras de
validação e das tabelas de códigos).

Art. 4º A ECD deverá ser submetida ao Programa Validador e Assinador (PVA),


especificamente desenvolvido para tal fim, a ser disponibilizado na página da RFB na
Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br/sped, contendo, no mínimo, as
seguintes funcionalidades:

I - Validação do Arquivo Digital da Escrituração;


II - Assinatura digital;
III - Visualização da escrituração;
IV - Transmissão para o SPED;
V - Consulta à situação da escrituração.

90
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 91

91
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 92

Quem são as empresas obrigadas a entregar o SPED????????.........

Pessoas Jurídicas Obrigadas a Entregar o SPED Contábil Segundo a Instrução


Normativa RFB nº 787/07, estão obrigadas a adotar a ECD:

I - Em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de Janeiro de 2.008, as


sociedades empresárias sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado,
nos termos da Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2.007, e sujeitas à tributação
do Imposto de Renda com base no Lucro Real.

II - Em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de Janeiro de 2.009, as demais


sociedades empresárias sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro
Real. Portanto, a partir do ano-calendário 2.009, estão obrigadas ao SPED Contábil todas
as sociedades empresárias tributadas pelo Lucro Real.

Para as outras Sociedades Empresárias a ECD é facultativa. As sociedades simples e as


microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional estão
dispensadas desta obrigação.

As regras de obrigatoriedade não levam em consideração se a Sociedade Empresária


teve ou não movimento no período. Sem movimento não quer dizer sem fato contábil.
Normalmente ocorrem eventos como depreciação, incidência de tributos, pagamento de aluguel,
pagamento do contador, pagamento de luz, custo com o cumprimento de obrigações acessórias
(como apresentação de DCTF), entre outras.

Em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de Janeiro de 2.014:

 As Pessoas Jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no


Lucro Real;
 As Pessoas Jurídicas tributadas com base no Lucro Presumido, que distribuírem,
a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte
(IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo do
Imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita;
 As Pessoas Jurídicas Imunes e Isentas.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 93

A questão da obrigatoriedade da IMUNES e ISENTAS

Conforme disposto no inciso II do art. 5o da Instrução Normativa RFB no 1.252,


transcrito abaixo, o parâmetro de valor para a dispensa de obrigatoriedade corresponde ao
valor das contribuições (PIS, COFINS e CPRB) objeto de escrituração, que vem a ser as
Contribuições incidentes sobre as Receitas Mensais, seja inferior a R$ 10.000,00 (Dez mil
reais). Nesse valor que dispensa da escrituração digital, não se inclui o valor da
contribuição incidente sobre a Folha de Salários.

Art. 5o Estão dispensados de apresentação da EFD - Contribuições:

........................................
II - As Pessoas Jurídicas Imunes e Isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ), cuja soma dos valores mensais das Contribuições apuradas, objeto de
escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00
(Dez mil reais), observado o disposto no § 5o;

Desta forma, caso a Pessoa Jurídica Imune ou Isenta não tenha apurado as três
contribuições incidentes sobre receitas (PIS, COFINS e CPRB) em montante superior a R$
10.000,00 Reais, está dispensada da apresentação, no correspondente mês, da EFD -
Contribuições.

Em relação à ECD e a ECF, que tem periodicidade Anual, vindo a Pessoa Jurídica
Imune ou Isenta a sujeitar-se à obrigatoriedade da EFD - Contribuições em pelo menos 1
(um) mês de determinado Ano Calendário, sujeita-se, por consequência à obrigatoriedade
da entrega da ECD e da ECF em relação ao Ano Calendário em questão, mesmo que nos
demais meses do Ano Calendário, o valor das Contribuições (sobre as Receitas) a
recolher seja inferior a R$ 10.000,00.

Estão dispensados de apresentação da EFD - Contribuições as Pessoas Jurídicas


Imunes e Isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos
valores mensais da Contribuição para o PIS/Pasep (sobre a Receita), da COFINS e da
CPRB seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (Dez Mil reais).

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 94

Importante ressaltar que não deve ser considerado no cálculo do limite de R$


10.000,00 Mensais, acima referido, nenhum valor referente ao PIS sobre a Folha. Ou seja,
só devem ser considerados no limite de R$ 10.000,00 Mensais, as Contribuições que
incidem sobre as Receitas, quais sejam: O PIS/Pasep e a COFINS, nos Regimes
Cumulativos e/ou Não Cumulativos, e a CPRB.

Exemplo 1: PJ Imunes e Isentas - situações de Dispensa de Escrituração Digital.

SIM

Exemplo 2: PJ Imunes e Isentas - situações de Obrigatoriedade de Escrituração Digital.

94
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 95

As Sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio


ostensivo. (Incluindo pela IN RFB 1.486 de 13 de Agosto de 2.014) (IN RFB 1.420 de
20 de Dezembro e 2.013 artigo 3º inciso IV).

Há que se ressaltar que, caso a Pessoa Jurídica tenha Sociedades em Conta de


Participação (SCP), cada SCP deverá preencher e transmitir sua própria ECF, utilizando o
CNPJ da Pessoa Jurídica que e Sócia Ostensiva e um código criado pela própria Pessoa
Jurídica para identificação de cada SCP de forma unívoca.

Uma das inovações da ECF corresponde, para as empresas obrigadas a entrega


da Escrituração Contábil Digital (ECD), a utilização dos saldos e contas da ECD para
Preenchimento inicial da ECF. Ademais, a ECF também recuperara os saldos finais das ECF
anterior, a partir do ano-calendário 2.015.

Anotações:
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Dispensa da entrega

São obrigadas ao preenchimento da ECD e ECF todas as Pessoas Jurídicas,


inclusive Imunes e Isentas, sejam elas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Arbitrado ou
Lucro Presumido, exceto:

I - As Pessoas Jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de


Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de Dezembro de 2.006;

II - Aos Órgãos Públicos, as Autarquias e as Fundações Públicas; e

III - As Pessoas Jurídicas Inativas de que trata a Instrução Normativa RFB no 1.306, de 27
de Dezembro de 2.012.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 96

Quadro Resumo de Obrigatoriedade e Dispensa ECD e ECF

Tipos de Pessoas Jurídicas conforme a


ECD ECF Legislação do Imposto de Renda

SIM SIM “ Lucro REAL “

? SIM “ Lucro ARBITRADO “

“ Lucro PRESUMIDO com Distribuição de Lucros até o limite de


NÃO SIM PRESUNÇÃO “

“ Lucro PRESUMIDO com Distribuição de Lucros acima do o


SIM SIM limite de PRESUNÇÃO “

“ PJ IMUNE / ISENTAS com IN nº 1.252/2.012, Não entregue


NÃO SIM nenhum SPED CONTRIBUIÇÕES, revogação para ECF “

“ PJ IMUNE / ISENTAS com IN nº 1.252/2.012, entregue pelo


SIM SIM menos um SPED CONTRIBUIÇÕES “

NÃO NÃO “ PJ INATIVA“

NÃO NÃO “ SIMPLES NACIONAL“

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 97

Quais as novidades para ECD e ECF???????......

Com respeito a IN nº 1.594, em relação as Pessoas Jurídicas Isentas e Imunes


incluem a OBRIGATORIEDADE:

a) Auferirem Receitas, Doações, Incentivos, Subvenções, Contribuições, Auxílios,


Convênios e Ingressos assemelhados, cuja soma seja superior a 1,2 milhão de reais;

b) As Pessoas Jurídicas optantes pelo Lucro Presumido que mantenham escrituração


contábil regular e não se utilize do Livro Caixa de acordo com o parágrafo único do artigo
45 da Lei nº 8.981/1.995 ficam obrigadas ao envio da ECD.

Anotações:
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Novos prazos de entrega do ECD e ECF: A Receita Federal do Brasil, através da Instrução
Normativa nº 1.633 de 03/05/2.016, alterou o prazo de entrega do SPED ECF para o último dia
útil do mês de Julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira.

Assim sendo, a entrega da referida obrigação acessória referente ao ano calendário de


2.016, deverá ser efetuada até o dia 31/07/2.017

No ano passado:

“ ECD “ “ ECF “

JUNHO JULHO

Neste ano:

“ ECD “ “ ECF “

MAIO JULHO

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 98

Prazos diferenciados para ECD e ECF:

Obrigação Situação Prazo

Situação especial ocorrida de Janeiro à Abril Último dia útil do mês de


ECD do ano de entrega da ECD para situações Maio do ano seguinte ao
(Escrituração Contábil especiais (fusão, cisão total ou parcial, calendário a que se
Digital) incorporação, extinção). refere a escrituração.

Situação especial ocorrida de Maio à


ECD Dezembro do ano de entrega da ECD para Último dia útil do Mês
(Escrituração Contábil situações especiais (fusão, cisão total ou subsequente ao evento.
Digital) parcial, incorporação, extinção).

Situação especial ocorrida de Janeiro à Abril Último dia útil do mês de


ECF do ano de entrega da ECD para situações Julho do ano seguinte ao
(Escrituração Contábil especiais (fusão, cisão total ou parcial, calendário a que se
Fiscal) incorporação, extinção). refere a escrituração.

Situação especial ocorrida de Maio à


ECF Dezembro do ano de entrega da ECD para Último dia útil do 3º Mês
(Escrituração Contábil situações especiais (fusão, cisão total ou subsequente ao evento.
Fiscal) parcial, incorporação, extinção).

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 99

Livros Abrangidos pelo SPED Contábil

Todos os livros da escrituração contábil podem ser incluídos no SPED Contábil, em suas
diversas formas.

O diário e o livro razão são, para o SPED Contábil, um livro digital único. Cabe ao PVA
do SPED Contábil mostrá-los no formato escolhido pelo usuário.

São previstas as seguintes formas de escrituração:

• G - Diário Geral;
• R - Diário com Escrituração Resumida (vinculado a um livro auxiliar);
• A - Diário Auxiliar;
• Z - Razão Auxiliar (RAS); e
• B - Livro de Balancetes Diários e Balanços.

Estas formas de escrituração decorrem de disposições do Código Civil no Livro Diário G:

Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei é indispensável o Diário, que pode ser
substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil,
por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões,
rasuras, emendas ou transportes para as margens.

Assim, todas as empresas devem utilizar o livro Diário contemplando todos os fatos
contábeis. Este livro é classificado, no SPED Contábil, como G - Livro Diário (completo, sem
escrituração auxiliar).

É o livro Diário que independe de qualquer outro. Portanto, ele não pode coexistir, em
relação a um mesmo período, com quaisquer dos outros livros (R, A, Z o u B).

O Código Civil estabelece, também, duas exceções. A primeira delas diz respeito à
utilização de lançamentos, no Diário, por totais:

Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento
respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício
da empresa.

§ 1º Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de
trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede
do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para
registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação

Temos, assim, mais três tipos de livro:

• R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração auxiliar). É o livro Diário
que contem escrituração resumida, nos termos do § 1º do art. 1.184 do Código Civil, acima
transcrito. Ele obriga a existência de livros auxiliares (A ou Z) e não pode coexistir, em
relação a um mesmo período, com os livros G e B.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 100

• A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida. É o livro auxiliar previsto
no nos termos do § 1º do art. 1.184 do Código Civil supramencionado, contendo os
lançamentos individualizados das operações lançadas no Diário com Escrituração
Resumida.

• Z – Razão Auxiliar das Subcontas (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido pelo
titular da escrituração). O livro Z um livro auxiliar a ser utilizado quando o leiaute do livro
Diário Auxiliar não se mostrar adequado. É uma “tabela” onde o titular da escrituração
define cada coluna e seu conteúdo. O artigo 1.185 do Código Civil estabelece que o
empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos
poderá substituir o livro Diário pelo livro de Balancetes Diários e Balanços, observadas as
mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele. ”

Tem-se, assim, mais um livro:

• B - Livro Balancetes Diários e Balanços. Somente o Banco Central regulamentou a


utilização deste livro e, praticamente, só é encontrado em instituições financeiras. A
legislação não obsta a utilização concomitante do livro “Balancetes Diários e Balanços” e
de livros auxiliares. Existe a controvérsia sobre a obrigatoriedade de autenticação, pelas
empresas não regulamentadas pelo Banco Central, das fichas de lançamento, conforme
estabelecido no art. 1.181 do Código Civil, transcrito abaixo:

Impressão dos Livros

São formas alternativas de escrituração: em papel, em fichas, em microfichas ou digital.

Assim, elas não podem coexistir em relação ao mesmo período. Ou seja, não podem existir, ao
mesmo tempo, dois livros diários em relação ao mesmo período, sendo um digital e outro
impresso.

Quantidade de Livros por Arquivo e Quantidade de Arquivos por Ano-Calendário

O arquivo da ECD sempre corresponde a um livro, ou seja, não é possível que um


arquivo contenha mais de um livro.

Além disso, regra geral, a ECD será entregue em apenas um arquivo correspondente a
todo o ano-calendário.

Contudo, há algumas exceções, como por exemplo, a escrituração resumida com livros
auxiliares. Nessa situação, a escrituração poderá conter mais de um livro por ano-calendário e,
consequentemente, mais de um arquivo, tendo em vista que haverá o livro principal (escrituração
resumida) e um ou mais livros auxiliares.

Limite de Tamanho e Período dos Livros

Como regra geral, o livro é mensal, mas pode conter mais de um mês, desde que não
ultrapasse 1 GB (gigabyte).

Os períodos de escrituração do livro principal e dos livros auxiliares devem coincidir.


Portanto, se a escrituração possui um livro principal e um livro auxiliar e, em virtude do tamanho,

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 101

o livro principal é fracionado em 12 livros mensais, o livro auxiliar também deverá ser dividido em
12 livros mensais, seguindo os períodos adotados no livro principal.

Existem outros limites:

- Todos os meses devem estar contidos no mesmo ano.


- Não deve conter fração de mês (exceto nos casos de início de atividade, cisão, fusão,
incorporação ou extinção).

Para as situações especiais de cisão parcial ou incorporação (se incorporadora)


serão geradas duas escriturações:

Escrituração 1: do início do ano-calendário (ou data posterior, caso o contribuinte tenha iniciado
suas atividades do próprio ano-calendário) até a data da situação especial.

Escrituração 2: da data da situação especial até o final do ano-calendário.

Exemplo:

Um contribuinte iniciou atividades em 15/03/2.016. Ocorreu um evento de Cisão em


28/06/2.016 e o contribuinte prosseguiu as atividades (Cisão parcial).

Duas escriturações devem ser entregues.

Escrituração 1: de 15/03/2.016 até 28/06/2.016 (a data limite para a entrega será o último dia
útil do mês de julho de 2016).

Escrituração 2: de 29/06/2.016 a 31/12/2.016 (a data limite para a entrega será o último dia útil
do mês de maio de 2.017).

Caso a situação especial ocasione a extinção da pessoa jurídica (Incorporação, no


caso de Incorporada, ou Cisão total ou Fusão) só haverá escrituração do início do ano-
calendário (ou data posterior, caso o contribuinte tenha iniciado suas atividades do
próprio ano-calendário) até a data da situação especial.

- Havendo mais de um mês, não pode haver descontinuidade na sequência de meses.

Exemplo:

Uma escrituração de Janeiro a Maio, não pode deixar de informar o mês de Fevereiro.

Mais algumas observações:

Apuração Trimestral do IRPJ: Respeitados os limites acima descritos, ainda que a apuração do
IRPJ seja trimestral, o livro pode ser anual. A legislação do IRPJ obriga a elaboração e
transcrição das demonstrações na data do fato gerador do tributo. Nada impede que, no mesmo
livro, existem quatro conjuntos de demonstrações trimestrais e a anual.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 102

Mudança de contador no meio do período: Respeitados os limites acima, o período da


escrituração pode ser fracionado para que cada contabilista assine o período pelo qual é
responsável técnico.

Mudança de plano de contas da empresa no meio do período: Respeitados os limites acima,


o período da escrituração pode ser fracionado para que cada plano contas correspondam a um
período.

Mudança da sede da empresa para outra unidade federação: Nessa situação, a escrituração
contábil do período que ainda não foi transmitido deve ser enviada considerando o NIRE da nova
sede da empresa.

Anotações:___________________________________________________________________
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O SPED enviará um resumo das informações contidas no


ECD (requerimento, Termo de Abertura e Termo de
Encerramento) para a Junta Comercial. Apenas depois de
realizado o pagamento da GR-PR que o arquivo estará disponível
para ser analisado pela JUCEPAR.

A análise poderá gerar três situações, todas elas com o


termo próprio:

• Autenticação do livro;
• Indeferimento;
• Sob exigência.

Dispensa da Autenticação do Livro na Junta Comercial do Paraná

O Decreto nº 8.683/2016 - DOU 1 de 26.02.2.016 acrescentou o art. 78-A ao Decreto


nº 1.800/1.996, que regulamente a Lei nº 8.934/1.994, a qual dispõe sobre o Registro
Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.

Segundo o dispositivo, ora incluído, a autenticação de livros contábeis das


empresas pode ser feita por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), de

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 103

que trata o Decreto nº 6.022/2.007, mediante a apresentação de escrituração contábil


digital.

A autenticação dos livros contábeis digitais será comprovada pelo recibo de


entrega emitido pelo SPED e dispensa a autenticação de que trata o art. 39 da Lei nº
8.934/1.994, nos termos do art. 39-A da referida Lei.

Ainda de acordo com o mencionado dispositivo, os livros contábeis transmitidos


pelas empresas ao SPED até 26.02.2.016, mediante a apresentação da ECD, serão
considerados autenticados, ainda que não analisados pela Junta Comercial.

Isso não se aplica, todavia, aos livros contábeis digitais das empresas
transmitidos ao SPED quando tiver havido indeferimento ou solicitação de providências
pelas Juntas Comerciais até a referida data.

Anotações:
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SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.510, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2.014
DOU de 06-11-2.014

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe


conferem os incisos III e XXVI do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita
Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de Maio de 2.012, e tendo em
vista o disposto no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de Janeiro de 1.999, resolve:

Art. 1º Os arts. 1º, 3º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.420, de 19 de Dezembro de


2.013, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 1º ..............................................................................
§ 2º Ficam dispensados de autenticação os livros da escrituração contábil das Pessoas
Jurídicas não sujeitas a registro em Juntas Comerciais." (NR)
"Art. 3º ...............................................................................

III - as Pessoas Jurídicas Imunes e Isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano
calendário, tenham sido obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal Digital das
Contribuições, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de Março de 2.012.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 104

Exemplo de Recibo de Arquivo transmitido da Escrituração Contábil Digital

ART. 2º A ECD compreenderá a versão digital dos seguintes livros:

I - Livro Diário e seus auxiliares, se houver;


II - Livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III - Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos
assentamentos neles transcritos.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 105

Por dentro ECD:

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 106

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 107

Leiaute do Arquivo da Escrituração Contábil Digital

O Leiaute do Arquivo Escrituração Contábil Digital está organizado em blocos de


informações referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos, livros ou guias.
Estes blocos por sua vez estão organizados em registros que contém os dados.

Blocos e Registros do Arquivo

Blocos Descrição

Bloco 0 Abertura, Descrição e Identificação

Bloco I Lançamentos e Documentos Contábeis

Bloco J Demonstrações Contábeis

Bloco 9 Encerramento dos Registros do Blocos

Anotações:
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Estrutura do Arquivo Contábil Digital - ECD

Bloco 0 - Identificação e referências

Registro 0000 - Abertura do Arquivo Digital e Identificação do Empresário ou da Sociedade


Empresária
Registro 0001 – Abertura do Bloco 0
Registro 0007 – Outras Inscrições Cadastrais do Empresário ou Sociedade empresária
Registro 0020 – Escrituração Contábil Descentralizada
Registro 0150 – Tabela de Cadastro do Participante
Registro 0180 – Identificação do Relacionamento com o Participante
Registro 0990 – encerramento do Bloco 0

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 108

“ Layout 4.0 Planos de Contas Referenciais: “

Até 31/12/2.013 Usar o Plano de Contas Referencial 2.0, do Anexo II, publicado no Ato
Declaratório Executivo COFIS nº 31/2.011;

Após 01/01/2.014 Usar um dos nove Plano de Contas Referenciais publicados no layout
3.0 do Anexo I, Ato Declaratório Executivo 43/2.015.

“ 1 ” Lucro Real (L100A + L300A do ECF)

“ 2 ” Lucro Presumido (P100 + P150 do ECF)

“ 3 ” Financeiras (L100B + L300B do ECF)

“ 4 ” Seguradoras (L100C + L300C do ECF)

“ 5 ” Imunes e Isentas em Geral (U100A + U150A do ECF)

“ 6 ” Financeiras Imunes e Isentas em Geral


(U100B + U150B do ECF)

“ 7 ” Financeiras Imunes e Isentas em Geral


(U100C + U150C do ECF)

“ 8 ” Entidades fechadas da Previdência complementar


(U100D + U150D do ECF)

“ 9 ” Partidos Políticos
(U100E + U150E do ECF)

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 109

Bloco I - Lançamentos Contábeis

Registro I001 – Abertura do Bloco I


Registro I010 – Identificação da Escrituração Contábil
Registro I012 – Livros Auxiliares ao Diário
Registro I015 - Identificação das contas da escrituração resumida a que se refere a escrituração
auxiliar
Registro I020 – Campos Adicionais
Registro I030 – Termo de Abertura
Registro I050 – Plano de Contas
Registro I051 – Plano de Contas Referencial
Registro I052 – Indicação dos Códigos de Aglutinação
Registro I075 – Tabela de Histórico Padronizado
Registro I100 – Centro de Custos
Registro I150 – Saldos Periódicos – Identificação do Período
Registro I151 - Assinatura digital dos arquivos que contêm as Fichas de lançamento utilizados
no período (*)
Registro I155 – Detalhes dos Saldos Periódicos
Registro I200 – Lançamento Contábil
Registro I250 – Partidas do Lançamento contábil
Registro I300 – Balancetes Diários – Identificação da Data
Registro I310 – Detalhes do Balancete Diário
Registro I350 – Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento – Identificação da
Data
Registro I355 – Detalhes dos saldos das contas de resultado antes do encerramento
Registro I500 – Parâmetros de Impressão/Visualização do Livro Razão Auxiliar com Leiaute
Parametrizável
Registro I510 – Definição dos Campos do Livro Razão Auxiliar com Leiaute Parametrizável
Registro I550 – Detalhes do Livro Razão Auxiliar com Leiaute Parametrizável
Registro I555 – Totais no Livro Razão Auxiliar com Leiaute Parametrizável
Registro I990 – Encerramento do Bloco I

Bloco J - Demonstrações Contábeis

Registro J001 – Abertura do Bloco J


Registro J005 – Demonstrações Contábeis
Registro J100 – Balanço Patrimonial
Registro J150 – Demonstração do Resultado do Exercício
Registro J800 – Outras Informações
Registro J900 – termo de encerramento do livro
Registro J930 – Identificação dos signatários da escrituração
Registro J990 – Encerramento do Bloco J

SOLUÇÃO DE CONSULTA No- 3, DE 4 DE JANEIRO DE 2010

Assunto: Obrigações Acessórias


Escrituração Contábil Digital - ECD.

Obrigatoriedade da confecção da Folha de Pagamento Mensal.

109
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 110

A apuração do imposto de renda com base no lucro real obriga a pessoa jurídica a
escriturar o livro diário, a utilizar o livro razão e a apurar o lucro líquido mediante a elaboração,
com observância das disposições da lei comercial, do:

(i) - Balanço patrimonial;


(ii) - Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
(iii) - Demonstração do resultado do exercício;
(iv) – Demonstração dos fluxos de caixa; e
(v) se companhia aberta, Demonstração do valor adicionado.

Dispositivos Legais: Decreto No- 6.022, de 2007; Artigos 258, 259 e 274 do RIR/1999;
IN RFB No- 787, de 2007, na redação dada pela IN RFB No- 926, de 2009; IN SRF No- 86, de
2001; Artigo 32 da Lei No- 8.212, de 24/07/1991; IN MPS/SRP No- 12, de 2006.

CARLOS ALBERTO DE TOLEDO


Chefe da Divisão Substituto

Bloco 9 – Controle e Encerramento do Arquivo Digital

Registro 9001 – Abertura do Bloco 9


Registro 9900 – Registros do arquivo
Registro 9990 – Encerramento do Bloco 9
Registro 9999 - Encerramento do arquivo digital

110
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 111

Lembre-se: o ato do arquivo ser validado pelo


validador NÃO implica que as informações nele contida
estão corretas!!!!

Ele deixa você entregar um arquivo contábil sem o


Balanço Patrimonial!! A responsabilidade é do
informante!!!!
Relato de Problemas:

• Projeto ECF evidenciou as falhas na escrituração da ECD;


• Muitas das falhas induzidas pela não obrigatoriedade de alguns processos e/ou
registros pela interpretação do guia prático da RFB;
• Multas também em função da não atenção das empresas no processo de
montagem do plano de contas, seus relacionamentos com plano de contas
referencial e até mesmo na composição da estrutura, nivelamento das contas,
naturezas e adequação do layout exigido.

Anotações:___________________________________________________________________
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Lições apreendidas:

• Como consequência alto número de retrabalho relacionado a geração da ECD;


• Necessidade de penalização dos projetos ECF e retomada para adequação da ECD
e posterior recuperação no PVA da ECF;
• Levou as empresas revisarem principalmente a montagem do PLANO
SOCIETÁRIO x PLANO REFERENCIAL (DE-PARA);
• Em alguns casos obrigou a recriarem toda a estrutura do PLANO SOCIETÁRIO
afim de corrigir erros na geração BP e DRE.

Anotações
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 112

Relacionamento Contabilidade e Contribuinte

A validade pela Certificação Digital

Parágrafo único. Os livros contábeis e documentos de que trata o caput deverão ser assinados
digitalmente, utilizando-se de certificado de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade
credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a fim de garantir
a autoria, a autenticidade, a integridade e a validade jurídica do documento digital.

Sua existência real será apenas digital, sendo sua validade jurídica garantida por
assinatura (certificação digital).

1. Certificação Digital

O Certificado Digital deve ser adquirido de uma Autoridade Certificadora Credenciada à


Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP Brasil). Veja lista em:

http://www.iti.gov.br/twiki/bin/view/certificacao/estruturaicp

Certificado Digital e-CNPJ, não poderá ser utilizado.

Certificado Digital e-CNPJ atende os padrões técnicos da autenticação do Livro, não


existindo qualquer impedimento técnico para o seu uso. Pois o certificado digital é e-CNPJ
utilizado em outras atividades da empresa que exigem certificado digital como é o caso dos
serviços eletrônicos da Receita Federal do Brasil (RFB)

Certificado Digital tipo A1 e tipo A3????........

A funcionalidade e o padrão do certificado digital A1 e A3 são idênticos, a principal


diferença é a mídia de armazenamento.

“SMART-CARD” ou “TOLKEN”, que possuem um chip com capacidade de realizar a assinatura


digital. Este tipo de dispositivo é bastante seguro, pois toda a operação é realizada pelo chip
existente no dispositivo, sem qualquer acesso externo a chave privada o certificado digital.

No certificado digital tipo A1, a chave privada é armazenada em disco rígido do


computador que também é utilizado para realizar a assinatura digital.

Se por um lado o certificado tipo A3 oferece maior segurança, o certificado A1 tem melhor
desempenho por utilizar o computador para realizar a assinatura digital, que é um fator a ser
considerado para empresas que emitem uma grande quantidade de NF-e diária.

A aquisição de Certificado Digital do tipo A3 deve ser realizada com cautela, pois nem
todos os dispositivos portáteis oferecem compatibilidade e suporte para todas as plataformas de
hardware e/ ou ambiente de sistema operacional.

112
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 113

Fluxograma do Emissor e o Receptor com a Comunicação do Certificado Digital

Visão do EMISSOR

Aplica Chave Documento


Redige Privada Assinado

Visão do RECEPTOR

Recebe arquivo Aplica Chave Visualiza


Criptografado Pública docto

Anotações:
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Universo de atuação Digital

NF-e ECD CONTABIL EFD FISCAL

EFD CONTRIBUIÇÕES ECF CT-e

NFS-e CENTRAL DE BALANÇO MDF-e

CF-e e SAT NFCV-e MANIFESTO


DESTINATÁRIO

e - SOCIAL

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 114

Quadro de utilização do Certificado Digital

SPED NF-e / SPED Contribuições SPED SPED


CT-e ECF ECD

PJ Emitente
de NF Representante legal Representante PF cadastrada
Quem? Mercadorias/ ou Procuradores legal ou na Junta
Serviços de relativos à PJ Procuradores Comercial e/ou
Transportes relativos à PJ Contabilista

e – PJ ou e – CPF e – PJ ou e –
Certificado e - PJ ou CPF e – PF ou
Digital e - CNPJ e - PJ ou e - CNPJ e - PJ ou e - e – CPF
CNPJ

A1 (Software) A1 (Software) A1 (Software)


Armazename A3 (Token
nto A3 (Token A3 (Token SMART- A3 (Token SMART-CARD)
SMART- CARD) SMART-CARD)
CARD)

Uso de um único Certificado Digital para todos os Estabelecimentos da empresa

O projeto da SPED permite o uso do certificado digital da matriz para assinatura digital das
de qualquer filial da empresa, assim a quantidade de certificados digitais necessários depende
principalmente da solução adotada para emissão de NF-e da empresa.

Vantagens e Desvantagens de cada Certificado Digital A1 e A3????

CERTIFICADO DIGITAL A1 CERTIFICADO DIGITAL A3

• Custo mais baixo; • Custo mais alto;


• Validade de (01) ano; • Validade de (03) anos;
• Processamento mais ágil e mais • Processamento mais moroso,
dinâmico, pois trabalha com pois trabalha com o tolken para
estação desktop; armazenamento;
• Vulnerabilidade Alta; • Vulnerabilidade Baixa;
• Disponibiliza procuração; • Disponibiliza procuração;
• Software. • Tolken e Smart-card.
114
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 115

Assinatura digital do Profissional Contábil:

Assinatura digital do Contribuinte:

Anotações:

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 116

Penalidades

As penalidades estão previstas no art. 12 da Lei n. 8.218/91, que estabelece:

I – Multa de meio por cento do valor da receita bruta da pessoa jurídica no período, aos
que não atenderem à forma em que devem ser apresentados os registros e respectivos
arquivos;

II - Multa de cinco por cento sobre o valor da operação correspondente, aos que omitirem
ou prestarem incorretamente as informações solicitadas, limitada a um por cento da
receita bruta da pessoa jurídica no período;

III - Multa equivalente a dois centésimos por cento por dia de atraso, calculada sobre a
receita bruta da pessoa jurídica no período, até o máximo de um por cento dessa, aos que
não cumprirem o prazo estabelecido para apresentação dos arquivos e sistemas.

IV - Quanto a não apresentação das informações: se o fisco apurar crédito tributário em


ação fiscal levada a efeito em contribuinte que, não tenha apresentado os arquivos ou
sistemas, bem como a documentação técnica dos sistemas, no lançamento de ofício
serão aplicadas, a partir de 1º de janeiro de 1.998, as seguintes multas, calculadas sobre a
totalidade ou diferença de tributo ou contribuição:

1) 112,5% em caso de erro;


2) 225%, nos casos de evidente intuito de fraude,

Independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis (art. 70


da Lei n.º 9.532/97).

Anotações:___________________________________________________________________
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ATO DECLARATORIO EXECUTIVO Nº 86 CODAC, DE 03/11/2.009


(DOU S1, DE 05/11/2.009)

Dispõe sobre a instituição de código de receita para o caso que especifica. O


COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe
confere o inciso III do art. 290 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil,

116
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 117

aprovado pela Portaria MF nº 125, de 4 de março de 2009, e tendo em vista o disposto no


Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, e na Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de
novembro de 2007,

DECLARA:

Art. 1º - Fica instituído o código de receita 1438 - Multa por Falta ou Atraso na
Entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD). Art. 2º - Este Ato Declaratório Executivo entra
em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de julho de 2.009.

Com o SPED-ECD - Escrita Contábil Digital dispensa a impressão papel???

Diário Oficial da União - Seção 1 nº121, quinta-feira, 26 de junho de 2.008

SOLUÇÃO DE CONSULTA DA RECEITA FEDERAL Nº 83, DE 9 DE JUNHO DE 2008

ASSUNTO: Obrigações Acessórias

EMENTA: A Escrituração Contábil Digital (ECD), na forma


estabelecida pela legislação, substitui os livros Diário e
Razão em papel. Entretanto, a transmissão dessa
escrituração ao SPED não dispensa a consulente de manter
sob sua guarda e responsabilidade os livros Diário e Razão
digitais.
O livro Diário digital deverá conter os balanços ou balancetes mensais de forma a
evidenciar o resultado do período em curso para fins da suspensão ou redução do imposto de
renda, na forma dos arts. 10 a 13 da IN SRF nº 93, de 1.997.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 6.022/2.007; IN RFB nº 787/2.007; IN DNRC nº 102/2.006;


IN SRF nº 93/1.997, arts. 10 a 13.

Cuidados com Retificação do ECD

Escrituração Contábil Digital (ECD) - Impossibilidade de Retificação -


Atenção deve ser Redobrada

As empresas normalmente deixam a entrega de suas obrigações acessórias para a


última hora. Isso se deve, em parte, pelo grande número de obrigações a que estão sujeitas, o
que impossibilita um bom planejamento para entrega das declarações.

Em decorrência dessa prática, é muito comum que surjam dúvidas que não possa ser
sanada a tempo. Para não perderem o prazo de entrega, e ficarem sujeitas a multas e outras
penalidades, as empresas acabam por entregar suas declarações, mesmo com erros.

Essa medida, apesar de não recomendável, é muito comum e não gerava grandes
consequências, pois em regra, as declarações podiam ser facilmente retificadas. Ou seja, se a

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 118

empresa constatasse que entregou sua declaração com incorreções, bastaria entregá-la
novamente, mencionando que se trata de uma retificação. Não era nem mesmo necessária a
autorização do fisco para isso, e quando havia alguma penalidade pela correção de erros, ela
era tão irrisória, que não desmotivava tal prática.

Esse mau hábito, entretanto, terá que ser revisto com o SPED. Como se sabe, em breve
as empresas passarão a ter suas informações prestadas de forma digital, dispensado a
utilização do papel. Assim será com a escrituração contábil, com a escrituração fiscal e com as
notas fiscais.
O fisco receberá essas informações de forma bem mais ágil e prática, o que facilitará a
sua análise, principalmente com a utilização das diversas ferramentas de cruzamento de dados.

Essa evolução no tratamento das informações pelo fisco, por si só, já seria o bastante
para a revisão dos procedimentos adotados, mas não é sobre isso que pretende alertar este
Comentário. Seu objetivo é informar sobre a impossibilidade de retificação da Escrituração
Contábil Digital, mais conhecida pela sigla ECD.

Na nova modalidade de escrituração contábil, a empresa, após efetuar todos os


lançamentos de determinado exercício, deve enviar o arquivo que contém a escrituração
diretamente ao SPED, que é um banco de dados administrado pela Receita Federal, onde
ficarão armazenadas todas as informações do contribuinte.
.
Com essa nova forma de armazenamento das informações, é dispensada a impressão
dos livros contábeis em papel, o que até agora era obrigado, mesmo pelas empresas que
utilizavam sistemas de processamento de dados.

A entrega do arquivo com a escrituração contábil, no entanto, se difere da apresentação


das demais declarações ao fisco, pois ele corresponde à contabilidade da empresa e uma vez
entregue, será logo encaminhado à Junta Comercial, que ficará encarregada de autenticá-lo,
como sempre fez com os livros em papel.

Ocorre que uma vez autenticado, os livros contábeis não poderão


mais ser alterados ou substituídos, conforme prevê a Instrução Normativa nº
107 de 2.008, do Departamento Nacional do Registro do Comércio (Art. 5º).
Ou seja, se o contribuinte constatar que cometeu um erro em sua
contabilidade, por exemplo, apenas no ano seguinte, após a devida
autenticação do livro na Junta Comercial, não poderá alterá-lo ou substituí-
lo.
A correção do erro terá que ser feita na escrituração do exercício em que verificado o
equívoco, seguindo as Normas Brasileiras de Contabilidade, que se encontram previstas na
Resolução CFC nº 596 de 1.985. Portanto, não bastará apenas a entrega de um novo arquivo,
como sempre foi o hábito.

Em condições normais, a entrega da primeira ECD deverá ocorrer até o final do mês de
junho de 2.009. Os contribuintes não devem deixar para solucionar suas dúvidas na última hora,
pois a retificação dos erros deverá seguir um processo mais rígido e formal, e as informações
enviadas ficarão armazenadas no SPED, além de macular a própria escrituração contábil.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 119

Portanto, é hora de despertar para a nova realidade, que exigirá uma radical mudança
de procedimentos por parte das empresas, que deverão investir, mais do que nunca, no
constante treinamento e atualização da equipe.

Substituição do SPED Contábil: veja como fazer

Se o livro não foi autenticado pela a Junta Comercial, o contribuinte precisa solicitar que o
documento seja colocado em “exigência”

Com a possibilidade de retificação dos dados enviados via Escrituração Contábil Digital
(ECD), anunciada pela Receita Federal, o contribuinte precisa ficar atento sobre como proceder.

Conforme o Fisco, a facilidade não vale se os arquivos estiverem nas seguintes etapas:
em análise (pela Junta Comercial), autenticado ou substituído.

A ECD é um dos três pilares do Sistema Público de Escrituração Digital. O prazo para
envio dos arquivos terminou em 30 de junho, com cerca de 90% dos contribuintes conseguindo
fazer o envio. Contudo, conforme pesquisa divulgada recentemente pela Deloitte, quase 34%
das empresas declararam que não têm certeza se todas as informações dos seus sistemas de
gestão empresarial (ERPs) serão integradas corretamente ao sistema.

Dessa forma, se o livro já foi enviado para o SPED, mas a Junta Comercial ainda não o
autenticou, o contribuinte precisa se dirigir com urgência ao órgão solicitando que o documento
seja colocado em “exigência” – isto é, o processo de validação dos dados seja interrompido.
Conforme o Fisco, somente quando colocado em exigência poderá haver substituição. O
Departamento Nacional de Registro de Comércio recomenda que o requerimento para colocar o
livro sob exigência contenha a identificação do livro, seu número, período a que se refere a
escrituração e a devida justificação.

Após a autenticação

Caso a autenticação dos documentos já tenha sido realizada, é possível fazer a


correção de alguns dados, mas não mais substituir o livro todo. As retificações, de acordo com a
Receita Federal, estão detalhadas no artigo 5º da Instrução Normativa DNRC 107/08. Veja:

• A retificação de lançamento feito com erro, em livro já autenticado pela Junta Comercial,
deverá ser efetuada nos livros de escrituração do exercício em que foi constatada a sua
ocorrência. “Não confunda retificação (ou substituição do livro) com recomposição da
escrituração”, informou a norma. A mesma regra exemplifica como deve ser feita a
recomposição da escrituração nos casos de extravio, destruição ou deterioração:

• Ocorrendo extravio, deterioração ou destruição de qualquer dos instrumentos de


escrituração, o contribuinte deverá publicar, em jornal de grande circulação do local de
seu estabelecimento, aviso sobre o fato e informará dentro de 48 horas à Junta Comercial
de sua jurisdição;

• Uma vez recomposta a escrituração, o novo instrumento receberá o mesmo número de


ordem do substituído, devendo o Termo de Autenticação ressalvar, expressamente, a
ocorrência comunicada;

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 120

• A autenticação de novo instrumento de escrituração só será procedida após o


cumprimento das obrigações;

• No caso de livro digital, a Junta Comercial não autenticará livro substitutivo, devendo o
contribuinte obter reprodução do instrumento junto à administradora do sistema.

Substituição do livro digital transmitido

Se o livro digital já foi enviado para o SPED e houver necessidade de substituição, é


possível verificar o andamento dos trabalhos de autenticação por meio do PVA do SPED
Contábil, no menu "Consulta Situação".

O livro pode ser substituído mediante a geração de requerimento específico de


substituição utilizando a funcionalidade de gerenciar requerimento do PVA do SPED Contábil,
exceto quando estiver em um dos seguintes status:

a) Em análise (pela Junta Comercial), autenticado ou substituído.

b) Se o livro estiver "em análise", dirija-se, com urgência, àquele órgão do registro de
comércio e solicite que o livro seja colocado em exigência. Também pode haver
substituição nos seguintes estados: recebido, recebido parcialmente, aguardando
processamento e aguardando pagamento.

Quadro Resumo da Substituição do Livro

STATUS PERMITE SUBSTITUIÇÃO


Em análise Não permite substituição
Em exigência Sim permite substituição
Autenticado Não permite substituição
Substituído Não permite substituição
Recebido Sim permite substituição
Recebido parcialmente Sim permite substituição
Aguardando processamento Sim permite substituição
Aguardando pagamento Sim permite substituição

De acordo com o DECRETO nº 8.638, de 25 de fevereiro de 2.016, todas as ECD


de empresas estarão automaticamente autenticadas no momento da transmissão e o
recibo de transmissão servirá como comprovante de autenticação.

O Decreto nº 8.683/2.016 também estabelece que as ECD transmitidas até sua


data de publicação que estejam com status diferentes de “ sob exigência “ ou “
indeferidas” , também serão automaticamente consideradas autenticadas.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 121

Consolidando as informações:

I – ECD de empresas transmitidas após 25 de fevereiro de 2.016:


autenticadas
autenti cadas no momento da transmissão.

II – ECD de empresas transmitidas até 25 de fevereiro de 2.016:


autenticadas no momento da transmissão, exceto se estiverem
“sob exigência “ ou ” indeferidas “. No caso de estarem “ sob
exigência “ devem ser sanadas as exi exigências
gências e deve ser
transmitida a ECD substituta.

III – o RECIBO DE TRANSMISSÃO é o comprovante da


autenticação;

Somente poderão ser substituídos os livros que contenham erros que não possam
ser corrigidos por meio de lançamentos extemporâneos, nos termos das Normas
Brasileiras de Contabilidade.

A Entidade deverá preencher o REGISTRO J801 – Termo de Verificação para fins


de substituição da ECD – detalhando os erros que deram motivo à substituição da ECD.
Este termo deverá integrar a escrituração substituta e conterá:

a) Identificação da escrituração;
b) Descrição pormenorizada dos erros;
c) Identificação clara e precisa dos registros que contém os erros, exceto quando o
erro for decorrência de outro erro já descriminado;
d) Declaração de que o(s) signatários(s) do Termo de Verificação não (são)
responsável(is) pelas escriturações substituta ou substituída, exceto quando eles
forem signatários de uma delas;

O Termo de Verificação será assinado:

I – Pelo próprio profissional contábil que assina à escrituração substituta, quando a


correção dos erros não dependa de alterações de lançamentos contábeis, saldos, ou
demonstrações contábeis, tais como, correção em termo de abertura, de encerramento,
identificação signatários;

II - Por dois (2) profissionais contábeis, sendo um deles contador, quando a correção do
erro gere alterações de lançamentos contábeis, saldos, ou demonstrações contábeis não
auditadas por auditor independente;

III – Por dois (2) contadores, sendo um deles Auditor Independente, quando a correção do
erro gere alterações de lançamentos contábeis, ou demonstrações contábeis que tenham
sido auditadas por auditor independente.

Observação: Somente profissionais contábeis regularmente habilitados poderão assinar o


Termo de Verificação. São nulas as alterações que não decorram do
Termo de Verificação.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 122

VI – ECF (Escrituração Contábil Fiscal)

Relacionamento ECD e ECF

ADE COFIS 36/07 - ADE –


Ato Declaratório Executivo COORDENADOR-GERAL DO
SISTEMA DE FISCALIZAÇÃO - COFIS nº 36 de 18.12.2007
D.O.U.: 21.12.2007

Dispõe sobre as regras de validação e as tabelas de códigos aplicáveis à Escrituração


Contábil Digital.

O COORDENADOR-GERAL DE FISCALIZAÇÃO, no uso da atribuição que lhe


confere o art. 12 da Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2.007, declara:

Art. 1º As regras de validação aplicáveis aos campos, registros e arquivos integrantes da


Escrituração Contábil Digital, instituída pela Instrução Normativa RFB nº 787, de 2.007, que
serão utilizadas pelo Programa Validador e Assinador (PVA), são as constantes do anexo I.

Art. 2º O PVA utilizará as tabelas de códigos internas ao Sistema Público de Escrituração Digital
(SPED) definidas no anexo II.

Art. 3º Este ato entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

Obrigatoriedade:

A partir do ano-calendário de 2.014, Todas As Pessoas Jurídicas, inclusive as


equiparadas, deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada
pela matriz.

Caso a pessoa jurídica tenha Sociedades em Conta de Participação (SCP), cada SCP
deverá preencher e transmitir sua própria ECF, utilizando o CNPJ da pessoa jurídica que é
sócia ostensiva e um código criado pela própria pessoa jurídica para identificação de cada SCP.

A Obrigatoriedade alcança, as empresas tributadas pelo Lucro Real, Lucro Presumido,


Lucro Arbitrado e as Entidades Imunes e Isentas que ficarem obrigadas a entrega da EFD-
Contribuições.

A Pessoa Jurídica deverá informar, na Escrituração Contábil Fiscal - ECF todas as


operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do IRPJ e da
CSLL, observando que:

a) Para as empresas obrigadas a entrega do SPED Contábil, a utilização dos saldos e


contas da ECD para preenchimento inicial da ECF;
b) A ECF a partir do ano-calendário de 2.015 também recuperará os saldos finais das ECF
anterior;
c) À associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com plano de
contas referencial da ECF;

122
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 123

d) Ao Detalhamento dos Ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real, mediante


tabela de adições e exclusões.
Aspectos Gerais

A ECF – Escrituração Contábil Fiscal é a mais nova obrigação acessória,


relacionada ao IRPJ e a CSLL, instituída pela Receita Federal do Brasil. É uma escrituração
fiscal obrigatória para as pessoas jurídicas sujeitas à tributação sobre o Lucro Real, Presumido
ou Arbitrado, bem como para as entidades imunes e isentas.

Quem está dispensado da entrega ECF????????............

Estão dispensadas de apresentar a Escrituração Contábil Fiscal – ECF:

a) Às Pessoas Jurídicas optantes pelo Simples Nacional;


b) Aos Órgãos Públicos, às Autarquias e às Fundações Públicas;
c) Às Pessoas Jurídicas Inativas;
d) Às Pessoas Jurídicas Imunes e Isentas que, em relação aos fatos ocorridos no ano-
calendário, não tenham sido obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições
(PIS/COFINS).

Anotações:
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Pessoas Jurídicas IMUNES E ISENTAS

Estão obrigadas com a revogação do artigo 3º, da instrução nº1.252, a partir de 2.015.

Anotações:____________________________________________________________________
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 124

A ECF – Escrituração Contábil Fiscal deve ser assinado digitalmente??????............

A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante utilização de certificado digital válido.

São obrigatórias duas assinaturas: uma do contabilista e uma pela Pessoa Jurídica.
Para a assinatura do contabilista só podem ser utilizados certificados digitais de Pessoa Física
(e-PF ou e-CPF).

Poderão assinar a ECF, com certificado digital válido do tipo A1 ou A3:

a) O e-PJ ou e-CNPJ que contenha a mesma base do CNPJ do estabelecimento;


b) O representante legal da empresa ou procurador constituído, com procuração
eletrônica cadastrada no site da RFB.

Anotações:
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Prazo de Entrega da ECF (Escrituração Contábil Fiscal)

A ECF será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital


(SPED) até o último dia útil do mês de Julho do ano seguinte ao Ano-Calendário a que se
refira. O prazo para entrega da ECF será encerrado às 23h59min59s, do último dia fixado
para entrega da escrituração. A primeira entrega ocorreu em setembro próximo (2.015)
referente ao ano-calendário de 2.014.

Anotações:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Prazo de Entrega da ECF em situações especiais

Incorporação, fusão ou cisão como devem entregar a ECF:

Como regra geral até o último dia útil do mês subsequente à data da situação especial
(evento). Para situações especiais que ocorrerem entre Janeiro e Abril do ano calendário, a
entrega é até o último dia útil do mês de Julho.
No caso de incorporação quando tenho que entregar duas ECF????.......

Uma com data final igual à data da situação especial (evento da cisão). Outra com data
inicial igual à data imediatamente posterior à situação especial (evento da cisão).

124
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 125

A primeira deve ser entregue até o último dia útil do mês subsequente à data da
situação especial. A segunda deve ser entregue no prazo das ECF normais. Para situações
especiais que ocorrerem entre Maio a Dezembro do ano calendário, a entrega é até o último
dia útil do terceiro mês subsequente.

No caso de incorporada e incorporadora estiverem sobre o mesmo controle societário


desde o ano calendário anterior ao evento não é necessária à entrega de ECF de situação
especial.
Universo de atuação Digital

NF-e ECD CONTABIL EFD FISCAL

EFD CONTRIBUIÇÕES ECF CT-e

NFS-e CENTRAL DE BALANÇO MDF-e

CF-e e SAT NFCV-e MANIFESTO


DESTINATÁRIO

e - SOCIAL

Quadro de utilização do Certificado Digital

SPED NF-e / SPED Contribuições SPED SPED


CT-e ECF ECD

PJ Emitente
de NF Representante legal Representante PF cadastrada
Quem? Mercadorias/ ou Procuradores legal ou na Junta
Serviços de relativos à PJ Procuradores Comercial e/ou
Transportes relativos à PJ Contabilista

e – PJ ou e – CPF e – PJ ou e –
Certificado e - PJ ou CPF e – PF ou
Digital e - CNPJ e - PJ ou e - CNPJ e - PJ ou e - e – CPF
CNPJ

A1 (Software) A1 (Software) A1 (Software)


Armazename A3 (Token
nto A3 (Token A3 (Token SMART- A3 (Token SMART-CARD)
SMART- CARD) SMART-CARD)
CARD) 125
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 126

Efetuar o DOWNLOAD, entre


no site
www1.receita.fazenda.gov.
br/sistemas/ecf.

No DOWNLOAD haverá a
possibilidade da versão
WINDOWS ou LINUX.

126
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 127

Eis o PROGRAMA da ECF


(Escrituração Contábil
Fiscal).

O contribuinte poderá CRIAR


ou IMPORTAR uma nova de
DECLARAÇÃO.

127
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 128

O início do período da
declaração: indicação de
situação REGULAR,

O início do período da
declaração: indicação de
situação REGULAR,
ABERTURA, SITUAÇÃO,
ESPECIAL.

128
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 129

O início do período da declaração:


indicação de situação REGULAR,
ABERTURA, SITUAÇÃO, ESPECIAL.
(Original ou retificadora)

A declaração da ECF
participante de SCP.

A empresa é optante de algum


parcelamento especial.

A tributação da empresa: Lucro


Real, Lucro Presumido, Arbitrado.

129
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 130

Registro 010 Parâmetros de tributação

Preenchimento de
regime de tributação.

Anotações:___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

130
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 131

LUCRO Pessoas Jurídicas que optaram pelo Lucro Real


REAL (Trimestral e Anual).

LUCRO Pessoas Jurídicas que optaram pelo Lucro


PRESUMIDO Presumido (Trimestral).

LUCRO Pessoas Jurídicas que tiveram seu lucro reconhecidos pelo


ARBITRADO Lucro Arbitrado (Trimestral).

LUCRO REAL / Pessoas Jurídicas que tiveram seu lucro reconhecidos em 1ª


ARBITRADO Estância pelo Lucro Real e posterior ou em algum período
pelo Lucro Arbitrado.
lucro reconhecidos pelo Lucro Arbitrado (Trimestral).

LUCRO Pessoas Jurídicas que tiveram seu lucro reconhecidos em 1ª


PRESUMIDO / Estância pelo Lucro Presumido e posterior ou em algum
ARBITRADO período pelo Lucro Arbitrado.

LUCRO Pessoas Jurídicas que tiveram seu lucro reconhecidos em 1ª


PRESUMIDO / Estância pelo Lucro Presumido e posterior ou em algum
REAL período pelo Lucro Real.

LUCRO Pessoas Jurídicas que tiveram seu lucro reconhecidos em 1ª


PRESUMIDO / Estância pelo Lucro Presumido e posterior ou em algum
REAL / período pelo Lucro Real e por fim no Lucro Arbitrado.
ARBITRADO

a) os templos de qualquer culto (CF/1.988, art. 150, VI,


"b");
b) os partidos políticos, inclusive suas fundações, e as
entidades sindicais de trabalhadores, sem fins lucrativos
(CF/1.988, art. 150, VI, "c"), desde que observados os
demais dispositivos do art. 169 do Decreto n° 3.000, de
IMUNE 1.999.
DO IRPJ c) as instituições de educação e as de assistência social,
sem fins lucrativos (CF/1.988, art. 150, VI, "c").

Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI,


alínea "c", da Constituição Federal, considera-se imune a
instituição de educação ou de assistência social que
preste os serviços para os quais houver sido instituída e
os coloque à disposição da população em geral, em
caráter complementar às atividades do Estado, sem fins
lucrativos.

131
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 132

Consideram-se isentas as instituições de caráter


filantrópico, recreativo, cultural e científico e as
associações civis que prestem os serviços para os
quais houverem sido instituídas e os coloquem à
disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos (Lei nº 9.532, de 1.997).

A isenção aplica-se, exclusivamente, em relação


ao imposto de renda da pessoa jurídica e à contribuição
social sobre o lucro líquido, observado o disposto no
ISENTA parágrafo subsequente.
DO IRPJ
1) As entidades enquadradas no inciso I do art. 12
do Decreto n° 3.048, de 06 de maio de 1.999, que
não se enquadrem na isenção da Lei n° 9.532, de
1.997, e da Lei n° 9.732, de 1.998, e que apuram
lucro nos termos da legislação comercial, estão
sujeitas à contribuição social sobre o lucro
líquido.

2) As associações de poupança e empréstimo, as


entidades de previdência privada fechada e as
bolsas de mercadorias e de valores estão
isentas do imposto de renda, mas são
contribuintes da contribuição social sobre o
lucro líquido.

Não estão abrangidos pela isenção do imposto


de renda os rendimentos e ganhos de capital auferidos
em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda
variável, bem como os juros de capital distribuídos.

Anotações:

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_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
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132
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 133

Quais as empresas estão obrigadas a apurar pelo Lucro Real??????

A partir de 01.01.2.014, estarão obrigadas à opção pelo Lucro Real as seguintes


pessoas jurídicas:

I – Cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00


(setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando
inferior a 12 (doze) meses (limite estabelecido pela Lei 12.814/2.013);

II – Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores
mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III – Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

IV – Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à


isenção ou redução do imposto;

V – Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime


de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1.996;

VI – Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de


assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração
de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

VII – que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do


agronegócio.

Também estão obrigadas ao Lucro Real as empresas imobiliárias, enquanto não


concluídas as operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado (IN SRF
25/1.999). O custo orçado é a modalidade de tratamento contábil dos custos futuros de
conclusão de obras.

Anotações:
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133
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 134

Preenchimento de opção
pela adoção em 2.014 da
Lei nº 12.973/2014.

Anotações:
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134
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 135

Preenchimento para a determinação


das estimativas mensais: RECEITA
BRUTA ou BALANÇO/BALANCETE DE
SUSPENSÃO/REDUÇÃO.

Preenchimento para a determinação


das estimativas mensais: RECEITA
BRUTA ou BALANÇO/BALANCETE DE
SUSPENSÃO/REDUÇÃO.

135
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 136

Parâmetros Complementares

Preenchimento dos parâmetros


complementares, alíquotas
diferenciadas, Área livre Comércio,
Royalties, recebimentos do Exteriores.

Anotações:___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________

136
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 137

Recuperação de Dados da ECD


entregue que na ECF é classificado
com ativa.

137
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 138

Recuperação de Dados da ECD


entregue que na ECF é classificado
com ativa.

Recuperação de Dados da ECD


entregue que na ECF é classificado
com ativa.

138
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 139

1. Bloco 0: Abertura, Identificação e Referências

1.1. Registro 0000: Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Entidade

Campo Descrição
3 Código da versão do leiaute conforme ato da RFB.
4 Número de inscrição da entidade no CNPJ.
5 Nome empresarial da entidade ou da SCP.
6 Indicador do início do período:
0 – Regular (início no primeiro dia do ano)
1 – Abertura (início de atividades no ano calendário)
2 – Resultante de cisão/fusão ou remanescente de cisão, ou realizou incorporação
3 – Resultante de Transformação
4 – Início de obrigatoriedade da entrega no curso do ano calendário. (Ex. Exclusão
do Simples Nacional ou desenquadramento como imune ou isenta do IRPJ)
7 Indicador de situação especial:
0 – Normal (Sem ocorrência de situação especial ou evento)
1 – Extinção 2 – Fusão 3 – Incorporação \ Incorporada
4 – Incorporação \ Incorporadora 5 – Cisão Total
6 – Cisão Parcial 7 – Transformação
8 – Desenquadramento de Imune/Isenta; 9 – Inclusão no Simples Nacional
8 Patrimônio remanescente em caso de Cisão (%).
Obs.: Necessidade para o controle de saldos na conta da parte B do LALUR.
9 Data da situação especial ou evento.
10 Data inicial das informações contidas no arquivo.
11 Data final das informações contidas no arquivo
12 Escrituração retificadora?
“S” – ECF retificadora “N” – ECF original
13 Número do Recibo da ECF a ser retificada. (hashcode).
14 Indicador do tipo da EFD:
0 – ECF de empresa não participante de SCP como sócio ostensivo
1 – ECF de empresa participante de SCP como sócio ostensivo
2 – ECF da SCP
15 Identificação da SCP.
Obs.: Só deve ser preenchido pela própria SCP (não é preenchido pelo sócio
ostensivo).

1.2. Registro 0010: Abertura do Arquivo Digital e Identificação da Entidade

Apresenta os parâmetros fiscais que identificam quais blocos e registros a serem


preenchidos.

Caso a FORMA_TRIB (Campo 05) seja igual “3” (Presumido/Real) ou “4”


(Presumido/Real/Arbitrado) e houver opção pelo REFIS (Campo 03), o período tributado
pelo lucro real deve ter somente a forma de apuração trimestral (caso em que se deve
utilizar “R” em FORMA_TRIB_PER – Campo 08) ou somente a forma de apuração
correspondente à anual/estimativa (caso em que se deve utilizar “E” em
FORMA_TRIB_PER – Campo 08).

139
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 140

O plano de contas referencial a ser utilizado segue as seguintes regras:

- Utilizar o plano de contas definido no campo COD_QUALIF_PJ (Campo 07) e OPT_RTT


(Campo 15).

- Se COD_QUALIF_PJ (Campo 07) não estiver preenchido, verificar o campo APUR_CSLL


(Campo 14).

- Se APUR_CSLL (Campo 14) for igual a “D” (Desobrigada), não tem plano de contas.

- Se APUR_CSLL (Campo 14) for igual a “A” (Anual) ou “T” (Trimestral) utilizar o plano de
contas imune e isenta (CSLL) nos períodos correspondentes.

Campo Descrição
2 Hashcode da ECF do período imediatamente anterior a ser recuperado.
(Escrituração da qual os saldos da parte B do e-LALUR foram recuperados).
Campo preenchido automaticamente pelo sistema.
3 Indicador de Optante pelo Refis
S - Sim N – Não
4 Indicador de Optante pelo Paes
S - Sim N – Não
5 Forma de tributação no período
1 – Lucro Real
2 – Lucro Real/Arbitrado
3 – Lucro Presumido / Real
4 – Lucro Presumido / Real /Arbitrado
5 – Lucro Presumido
6 – Lucro Arbitrado
7 – Lucro Presumido/Arbitrado
8 – Imune de IRPJ
9 – Isento do IRPJ
6 Indicador do período de apuração:
T – Trimestral A – Anual
7 Qualificação da pessoa jurídica:
01 – PJ em Geral
02 – PJ Componente do Sistema Financeiro
03 – Sociedades Seguradoras, de Capitalização ou Entidade Aberta de Previdência
Complementar
04 – Partidos Políticos
05 – Demais Entidades de Previdência
8 Forma de tributação no período considerando para cada trimestre no formato
XXXX onde X é igual a:
0 - ZERO (não informado – trimestre não compreendido no período de apuração)
R(Real)
P (Presumido)
A (Arbitrado)
E (Real Estimativa)
9 Indicação da forma de apuração da estimativa mensal, quando
FORMA_APUR (Campo 06) = “A”, considerando o formato
XXXXXXXXXXXX onde X é referente a um mês e é igual a:

140
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 141

0 – Fora do Período: Fora do período de apuração/ Forma de tributação diferente


de “R” ou “E”
E – Receita Bruta: Estimativa com base na receita bruta e acréscimos
B – Balanço ou Balancete: Estimativa com base no balanço ou balancete de
suspensão/redução
Os meses correspondentes a trimestres marcados no campo FORMA_TRIB_PER
(Campo 08) como diferente de “R” e “E” devem estar preenchidos com zero “0”.
Os meses correspondentes a trimestres marcados no campo FORMA_TRIB_PER
(Campo 08) iguais a “R” ou “E” devem estar
Preenchidos com “E” ou “B”.
10 Indica se o balanço de suspensão/redução do último mês do período tributado
pelo lucro real é igual ao balanço anual.
Se os balanços forem iguais, o contribuinte não deverá informar o período
PER_APUR (Campo 04) igual a “A00” no bloco “K” e “L”.
Preencher somente quando MES_BAL_RED (Campo 09) [último mês diferente de
“0”] estiver marcado com “B”
11 Escrituração:
L - Livro Caixa
C – Contábil
Preencher somente se FORMA_TRIB (Campo 05) = “5” ou “7”
12 Tipo de Entidade:
01 – Assistência Social
02 – Educacional
03 – Sindicato de Trabalhadores
04 – Associação Civil
05 – Cultural
06 – Entidade Fechada de Previdência Complementar
07 – Filantrópica
08 – Sindicato
09 – Recreativa
10 – Científica
11 – Associação de Poupança e Empréstimo
12 – Entidade Aberta de Previdência Complementar (Sem Fins Lucrativos)
13 – Fifa e Entidades Relacionadas
14 – CIO e Entidades Relacionadas
99 – Outras.
SE FORM_TRIB (Campo 05) = “8” ou “9”, ENTÃO TIP_ENT (Campo 12) é
obrigatório. SENÃO, não preencher.
13 Existência de atividade não abrangida pela imunidade ou isenção tributada pela
IRPJ e CSLL:
A - Anual
T - Trimestral
D – Desobrigada
14 Apuração da CSLL para imunes ou isentas:
A - Anual
T – Trimestral
D – Desobrigada
SE FORM_TRIB (Campo 05) = “8” ou “9”, ENTÃO APUR_CSLL
(Campo 14) é obrigatório. SENÃO, não preencher.
15 Optante pelo RTT no ano-calendário de 2014

141
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 142

1.3. Registro 0020: Parâmetros Complementares

Apresenta os parâmetros que identificam quais blocos e registros a serem


preenchidos.

Campo Descrição
2 PJ Sujeita à Alíquota da CSLL de 15%
S – Sim N – Não
3 Quantidade de SCP da PJ - Sócio Ostensivo
de SCP - Total de SCP
4 Administradora de Fundos e Clubes de Investimento
S – Sim N – Não
5 Participações em Consórcios de Empresas
S – Sim N – Não
6 Operações com o Exterior
S – Sim N – Não
7 Operações com Pessoa Vinculada/Interposta Pessoa / País com Tributação
Favorecida.
S – Sim N – Não
8 PJ Enquadrada no art. 58-A da IN RFB no 1.312/2012
S – Sim N – Não
9 Participações no Exterior
S – Sim N – Não
10 Existência de atividade rural
S – Sim N – Não
11 Existência de lucro da exploração
S – Sim N – Não
12 Isenção e redução do imposto para lucro presumido
S – Sim N – Não
13 Indicativo da existência de FINOR/FINAM/FUNRES
S – Sim N – Não
14 Doações a campanhas eleitorais
S – Sim N – Não
15 Participação permanente em coligadas ou controladas
S – Sim N – Não
16 PJ efetuou vendas a empresa comercial exportadora com fim específico de
exportação
S – Sim N – Não
17 Rendimentos do exterior ou de não residentes
S – Sim N – Não
18 Ativos no exterior
S – Sim N – Não
19 PJ comercial exportadora
S – Sim N – Não
20 Pagamentos ao exterior ou a não residentes
S – Sim N – Não
21 Comércio eletrônico e tecnologia da informação
S – Sim N – Não
22 Royalties recebidos do Brasil e do exterior
S – Sim N – Não

142
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 143

23 Royalties pagos a beneficiários do Brasil e do exterior


S – Sim N – Não
24 Rendimentos relativos a serviços, juros e dividendos recebidos do Brasil e do
exterior
S – Sim N – Não
25 Pagamentos ou remessas a título de serviços, juros e dividendos a beneficiários
do Brasil e do exterior
S – Sim N – Não
26 Inovação tecnológica e desenvolvimento tecnológico
S – Sim N – Não
27 Capacitação de informática e inclusão digital
S – Sim N – Não
28 PJ habilitada no Repes, Recap, Padis, PATVD, Reidi, Repenec, Reicomp, Retaero,
Recine, Resíduos Sólidos, Recopa, Copa do
Mundo, Retid, REPNBL-Redes, Reif e Olimpíadas
S – Sim N – Não
29 Pólo industrial de Manaus e Amazônia Ocidental
S – Sim N – Não
30 Zonas de processamento de exportação
S – Sim N – Não
31 Áreas de livre comércio
S – Sim N – Não

1.4. Registro 0030: Dados Cadastrais

Apresenta os dados cadastrais da entidade

Campo Descrição
2 Nome empresarial da entidade
3 Código da natureza jurídica, conforme tabela do SPED.
4 Código da atividade econômica (CNAE-Fiscal), conforme tabela do SPED.
5 Endereço
6 Número
7 Complemento
8 Bairro/Distrito
9 UF, conforme tabela do SPED.
10 Município, conforme tabela do SPED.
11 CEP
12 DDD do Telefone
13 Telefone
14 Correio eletrônico

1.5. Registro 0035: Identificação das SCP

O registro só deve ser utilizado nas ECF das empresas que possuem SCP (sócias
Ostensivas).

Campo Descrição
2 Identificação da SCP

143
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 144

3 Descrição da SCP

1.6. Registro 0930: Identificação dos Signatários da ECF

Informa os dados dos signatários da escrituração.

São obrigatórias duas assinaturas: uma do contabilista e uma pela pessoa


jurídica.

Para a assinatura do contabilista só podem ser utilizados certificados digitais de


pessoa física (e-PF ou e-CPF).

Campo Descrição
2 Nome do signatário.
3 Número de Identificação do Signatário:
4 Qualificação do assinante, conforme tabela do SPED.
5 Código de qualificação do assinante, conforme tabela do SPED.
6 Número de inscrição do contabilista no Conselho Regional de Contabilidade.
7 E-mail do signatário
8 DDD do telefone do signatário
9 Telefone do signatário

Tabela de Qualificação do Assinante

Campo Descrição I
203 Diretor
204 Conselheiro de Administração
205 Administrador
206 Administrador do Grupo
207 Administrador de Sociedade Filiada
220 Administrador Judicial – Pessoa Física
222 Administrador Judicial – Pessoa Jurídica - Profissional Responsável
223 Administrador Judicial/Gestor
226 Gestor Judicial
309 Procurador
312 Inventariante
313 Liquidante
315 Interventor
801 Empresário
900 Contador
900 Contabilista
999 Outros

1.7. Registro 0990: Encerramento do Bloco 0

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco 0

144
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 145

Dados cadastrais dos Signatários (Assinantes), registro 0930:

Dados Cadastrais do Signatários:


Contabilista e responsável da Pessoa
Jurídica.

Dados Cadastrais do Signatários:


Contabilista e responsável da Pessoa
Jurídica.

145
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 146

2. Bloco C: Informações Recuperadas da ECD

O bloco C não é preenchido pela empresa. O sistema preencherá o bloco C no


momento da recuperação das ECD.

Escrituração Passo à passo, BLOCO C


recuperação de dados do ECD, o
contribuinte não consegue preencher
manual.

2.1. Registro C001: Abertura do Bloco C

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

2.2. Registro C040: Identificador da ECD

Identifica as ECD recuperadas pelo sistema. O registro preenchido pelo sistema ao


executar a funcionalidade de recuperação de ECD.

Campo Descrição
2 Hashcode ECD utilizada
3 Data de início da ECD
4 Data final da ECD
5 Indicador de situação especial
6 Número de inscrição do empresário ou sociedade empresária no CNPJ
7 Número de ordem do instrumento de escrituração
8 Número de Identificação do Registro de Empresas da Junta
Comercial

146
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 147

9 Natureza do livro: finalidade a que se destina o instrumento


10 Código da Versão do Leiaute Contábil
11 Indicador da forma de escrituração contábil:
G - Livro Diário (Completo sem escrituração auxiliar)
R - Livro Diário com Escrituração Resumida (com escrituração
Auxiliar)
A - Livro Diário Auxiliar ao Diário com Escrituração Resumida
B - Livro Balancetes Diários e Balanços
Z – Razão Auxiliar

2.3. Registro C050: Plano de Contas da ECD

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera os registros I050 (plano de contas societário) das ECD do período.

Campo Descrição
2 Data atualização (inclusão/ alteração)
3 Código natureza da conta/grupo de contas
4 Indicador do tipo de conta:
S - Sintética (grupo de contas)
A - Analítica (conta)
5 Nível da conta analítica/grupo de contas
6 Código da conta analítica/grupo de contas
7 Código da conta sintética /grupo de contas de nível imediatamente superior
8 Nome da conta analítica/grupo de contas.

2.4. Registro C051: Plano de Contas Referencial

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera os registros I051 (centro de custo e mapeamento para o plano de conta
referencial) das ECD do período.

Campo Descrição
2 Código da instituição responsável pela manutenção do plano de contas referencial.
3 Código do centro de custo.
4 Código da conta no plano de contas referencial, conforme tabela publicada pelos
órgãos indicados no campo COD_ENT_REF

2.5. Registro C100: Centro de Custos

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera os registros I100 (centro de custo) das ECD do período.

Campo Descrição
2 Data da inclusão/alteração
3 Código do centro de custos
4 Nome do centro de custos

2.6. Registro C150: Identificação do Período dos Saldos Periódicos das Contas
Patrimoniais

147
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 148

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera as contas patrimoniais dos registros I150 (saldos periódicos –
identificação do período) das ECD do período.

Campo Descrição
2 Data de início do período.
3 Data de fim do período.

2.7. Registro C155: Detalhes dos Saldos Contábeis das Contas Patrimoniais

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera as contas patrimoniais dos registros I155 (detalhes dos saldos contábeis
recuperados) das ECD do período.

Campo Descrição
2 Código da conta analítica
3 Código do centro de custos
4 Valor do saldo inicial do período
5 Indicador da situação do saldo inicial:
D – Devedor C – Credor
6 Valor total dos débitos no período
7 Valor total dos créditos no período
8 Valor do saldo final do período
9 Indicador da situação do saldo final:
D – Devedor C – Credor
10 Número da linha do arquivo ECD
Obs.: É utilizado para identificação de possíveis de inconsistências de saldo.

2.8. Registro C157: Transferência de Saldos do Plano de Contas Anterior

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera o registro I157 (transferência de saldos do plano de contas anterior) das
ECD do período.

Campo Descrição
2 Código da conta analítica
3 Código do centro de custos
4 Valor do saldo Final do período transferido
5 Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor C – Credor
6 Número da linha do arquivo ECD
Obs.: É utilizado para identificação de possíveis de inconsistências de saldo.

2.9. Registro C350: Identificação da Data dos Saldos das Contas de Resultado Antes do
Encerramento.

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera as contas patrimoniais dos registros I350 (saldos das contas de resultado
antes do encerramento – identificação da data) das ECD do período.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 149

Campo Descrição
2 Data da apuração do resultado

2.10. Registro C355: Detalhes dos Saldos das Contas de Resultado Antes do
Encerramento

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperação da


ECD. Recupera os registros I355 (detalhes dos saldos das contas de resultado antes do
encerramento) das ECD do período.

Campo Descrição
2 Código da conta analítica de resultado
3 Código do centro de custos
4 Valor do saldo final antes do lançamento de encerramento
5 Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor;
C - Credor.
6 Número da linha do arquivo ECD
Obs.: É utilizado para identificação de possíveis de inconsistências de saldo.

2.11. Registro C990: Encerramento do Bloco C

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco C

Anotações:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

3. Bloco E: Informações Recuperadas da ECF Anterior e Cálculo Fiscal dos Dados


Recuperados da ECD

O bloco E não é preenchido pela empresa. O sistema preencherá o bloco E no


momento da recuperação da ECF no período imediatamente anterior e efetuará os
cálculos fiscais relativos aos dados recuperados da ECD.

149
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 150

3.1. Registro E001: Abertura do Bloco E

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

3.2. Registro E010: Saldos Finais Recuperados da ECF Anterior

Este registro armazena as informações provenientes dos registros L100/L300 ou


P100 ou U100 da ECF do período imediatamente anterior. O usuário solicitará a
recuperação dos dados através da funcionalidade “Recuperar Saldos da ECF anterior”.

Campo Descrição
2 Natureza da conta
3 Código da conta referencial (analíticas e sintéticas)
4 Descrição da conta referencial
5 Valor total da conta referencial
6 Indicador do sinal do valor
C – Credor D – Devedor

3.3. Registro E015: Contas Contábeis Mapeadas

Este registro armazena as informações provenientes dos registros K155/K356 da


ECF do período imediatamente anterior. O usuário solicitará a recuperação dos dados
através da funcionalidade “Recuperar Saldos da ECF anterior”

Campo Descrição
2 Código da conta contábil analítica (K155)
3 Código do Centro de custo
4 Descrição da Conta
5 Saldo final do registro K156 do último período da EFD-IRPJ imediatamente anterior,
referente a conta contábil e centro de custo identificados no registro K155 pai
6 Indicador do sinal do valor da conta
C – Credor;
D – Devedor

3.4. Registro E020: Saldos Finais das Contas na Parte B do e-Lalur da ECF Imediatamente
Anterior

Recuperação dos saldos finais das contas da parte B do e-LALUR que serão
replicados automaticamente pelo sistema para o registro M010/M500.

Campo Descrição
2 Código unívoco atribuído pela empresa à conta no e-Lalur
3 Descrição do código da conta
4 Data final do período de apuração em que a conta foi criada
5 Tipo de lançamento no e-Lalur que deu origem à conta. (Conforme tabela de
adições, exclusões e compensações)

150
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 151

6 Descrição do tipo de lançamento no e-Lalur que deu origem à conta


7 Data limite para a exclusão, adição ou compensação do valor controlado, se houver.
8 Indicador de tributo da adição/exclusão:
I – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
C – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
A – Ambos (IRPJ e CSLL)
9 Saldo final do período anterior

Escrituração Passo à passo, BLOCO J


mapeamento das contas contábeis do
ECD.

3.5. Registro E030: Identificação do Período

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperar ECD.


Calculado de acordo com os períodos fiscais determinados no Bloco 0:

- Trimestral: - Anual; ou
- Mensal (para balanços de suspensão e redução).

Campo Descrição
2 Data de início do período
3 Data de fim do período
4 Período de apuração [para 0010.FORMA_APUR = “A”]:
A00 – Anual
A01 – Rec. Bruta de janeiro /Balanço suspensão redução até janeiro
A02 – Rec. Bruta de fevereiro /Balanço suspensão redução até fevereiro
A03 – Rec. Bruta de março /Balanço suspensão redução até março
A04 – Rec. Bruta de abril /Balanço suspensão redução até abril
A05 – Rec. Bruta de maio /Balanço suspensão redução até maio

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 152

A06 – Rec. Bruta de junho /Balanço suspensão redução até junho


A07 – Rec. Bruta de julho /Balanço suspensão redução até julho
A08 – Rec. Bruta de agosto /Balanço suspensão redução até agosto
A09 – Rec. Bruta de setembro /Balanço suspensão redução até setembro
A10 – Rec. Bruta de outubro/Balanço suspensão redução até outubro
A11 – Rec. Bruta de novembro /Balanço suspensão redução até Nov.
A12 – Rec. Bruta de dezembro/Balanço suspensão redução até Dez.
Indicador do período de referência [para 0010.FORMA_APUR = “T”
OU (0010.FORMA_APUR = “A” E 0010.FORMA_TRIB = 2)]:
T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre

Regra: o período deve estar compreendido entre a data início e data fim da
escrituração.

Regra: SE 0010.FORMA_APUR = “A”


- Deve existir um registro A00.
- Deve existir um registro [A01..A012] para cada mês marcado no
0010.MES_BAL_RED [1..12] como “B”

SE 0010.FORMA_APUR = “T”
- Deve existir um registro [T01..T04] para cada trimestre marcado no
0010.FORMA_TRIB_PER[1..4] como “R”

3.6. Registro E155: Detalhes dos Saldos Contábeis Calculados com Base nas ECD

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperar ECD.


Calculado a partir dos registros recuperados C155 de acordo com os períodos fiscais.

Campo Descrição
2 Código da conta analítica
3 Código do centro de custos
4 Valor do saldo inicial do período
5 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor C – Credor
6 Valor total dos débitos no período
7 Valor total dos créditos no período
8 Valor do saldo final do período
9 Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor C - Credor

3.7. Registro E355: Detalhes dos Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento

Registro preenchido pelo sistema ao executar a funcionalidade de recuperar ECD.


Calculado a partir dos registros recuperados C355 de acordo com os períodos fiscais.

Campo Descrição
2 Código da conta analítica de resultado

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 153

3 Código do centro de custos


4 Valor do saldo final antes do lançamento de encerramento
5 Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor C – Credor

3.8. Registro E990: Encerramento do Bloco E

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco E

Anotações:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

4. Bloco J: Plano de Contas e Mapeamento

Apresenta o mapeamento do plano de contas contábil para o plano de contas


referencial. Os registros deste bloco podem ser:

I – Digitados;
II – Importados;
III – Replicados a partir do Bloco E; ou
IV – Recuperados da ECF do período imediatamente anterior ao período da
escrituração atual, transmitida via SPED.

4.1. Registro J001: Abertura do Bloco J

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

4.2. Registro J050: Plano de Contas do Contribuinte

Registro onde deve ser informado o plano de contas da empresa.

153
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 154

Campo Descrição
2 Data de atualização (inclusão/ alteração).
3 Código natureza da conta/grupo de contas:
01 – Contas do Ativo
02 – Contas do Passivo
03 – Contas do Patrimônio Líquido
04 – Contas de Resultado
05 – Contas de Compensação
09 – Outras
4 Indicador do tipo de conta:
S - Sintética (grupo de contas)
A - Analítica (conta)
5 Nível da conta analítica/grupo de contas
6 Código da conta analítica/grupo de contas
7 Código da conta sintética /grupo de contas de nível imediatamente superior
8 Nome da conta analítica/grupo de contas.

4.3. Registro J051: Plano de Contas Referencial

Registro destinado a informar o plano de contas referencial da instituição gestora,


referenciando com as respectivas contas do plano de contas da pessoa jurídica. Somente
devem ser referenciadas as contas analíticas com natureza de conta (J050.COD_NAT)
igual a “01” (contas de ativo), “02” (contas de passivo), “03” (patrimônio líquido) e “04”
(contas de resultado).

Campo Descrição
2 Código do centro de custo
3 Código da conta no plano de contas referencial definido no cam
0010.COD_QUALIF_PJ, conforme tabela publicada no Sped.

4.4. Registro J100: Centro de Custos

Registro destinado à informação dos centros de custos utilizados pela pessoa jurídica.

Campo Descrição
2 Data da inclusão/alteração
3 Código do centro de custos
4 Nome do centro de custos

4.5. Registro J990: Encerramento do Bloco J

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco J

5. Bloco K: Saldos das Contas Contábeis e Referenciais

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 155

Apresenta os saldos das contas contábeis e referenciais. Os registros deste bloco podem
ser:
I – Digitados;
II – Importados; ou
III – Replicados a partir do Bloco E.

5.1. Registro K001: Abertura do Bloco K

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

5.2. Registro K030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
no Ano-Calendário

Registro de identificação dos períodos da escrituração necessários conforme


definições de parâmetros do Bloco 0.

Campo Descrição
2 Data de início do período
3 Data de fim do período
4 Período de apuração [para 0010.FORMA_APUR = “A”]:
A00 – Anual
A01 – Rec. Bruta de janeiro /Balanço suspensão redução até janeiro
A02 – Rec. Bruta de fevereiro /Balanço suspensão redução até fevereiro
A03 – Rec. Bruta de março /Balanço suspensão redução até março
A04 – Rec. Bruta de abril /Balanço suspensão redução até abril
A05 – Rec. Bruta de maio /Balanço suspensão redução até maio
A06 – Rec. Bruta de junho /Balanço suspensão redução até junho
A07 – Rec. Bruta de julho /Balanço suspensão redução até julho
A08 – Rec. Bruta de agosto /Balanço suspensão redução até agosto
A09 – Rec. Bruta de setembro /Balanço suspensão redução até setembro
A10 – Rec. Bruta de outubro/Balanço suspensão redução até outubro
A11 – Rec. Bruta de novembro /Balanço suspensão redução até novembro
A12 – Rec. Bruta de dezembro/Balanço suspensão redução até dezembro
Indicador do período de referência [para 0010.FORMA_APUR = “T”
OU (0010.FORMA_APUR = “A” E 0010.FORMA_TRIB = 2)]:
T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre
Regra: o período deve estar compreendido entre a data início e data fim da
escrituração.
Regra:
SE 0010.FORMA_APUR = “A”
- Deve existir um registro A00.
- Deve existir um registro [A01.A012] para cada mês marcado no
0010.MES_BAL_RED [1.12] como “B”

155
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 156

SE 0010.FORMA_APUR = “T”
- Deve existir um registro [T01.T04] para cada trimestre marcado no
0010.FORMA_TRIB_PER[1..4] como “R”

5.3. Registro K155: Detalhes dos Saldos Contábeis (Depois do Encerramento do


Resultado do Período)

Registro onde devem ser informados os saldos iniciais, os saldos finais, os totais
de débitos e os totais de créditos de todas as contas patrimoniais da escrituração
societária da pessoa jurídica (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido), no período de
apuração. Poderá ser preenchido das seguintes formas:

- Edição pelo programa da ECF;


- Calculado pelo sistema através da funcionalidade de recuperar ECD; e
- Importado de arquivo digital.

Observações:

I – O registro deve ser apresentado para todas as contas analíticas que tenham
saldo ou movimento no período.
II – Quando VL_SLD_INI (Campo 04) for igual a zero, preencher IND_VL_SLD_INI
(Campo 05) com “D” ou “C” .
III – Quando VL_SLD_FIN (Campo 08) for igual a zero, preencher IND_VL_SLD_INI
(Campo 09) com “D” ou“C”.
IV – Na inexistência de saldo inicial, saldo final ou movimentação no período,
preencher VL_SLD_INI (Campo 04), VL_SLD_FIN (Campo 08), VL_DEB (Campo 06) e
VL_CRED
(Campo 07) com zero.
V – Nos campos COD_CTA (Campo 02) e COD_CCUS (Campo 03), informar o
código constante nos registros J050 e J051, respectivamente.
VI – Em VL_SLD_INI (Campo 04), informar o valor do saldo da conta no início do
período de apuração (0000.DT_INI).
VII – Em VL_DEB (Campo 06) e VL_CRED (Campo 07), informar os valores de
movimentação em todo o período de apuração (entre 0000.DT_INI e 0000.DT_FIN).
VIII – Em VL_SLD_FIN (Campo 08), informar o valor do saldo da conta no final do
período de apuração (0000.DT_FIN).
IX – Os valores devem ser apurados e informados considerando todos os
lançamentos (inclusive os lançamentos de encerramento).

Campo Descrição
2 Código da conta analítica
3 Código do centro de custo
4 Valor do saldo inicial do período
5 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor
C – Credor
6 Valor total dos débitos no período
7 Valor total dos créditos no período
8 Valor do saldo final do período
9 Indicador da situação do saldo final:

156
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 157

D - Devedor
C – Credor

5.4. Registro K156: Mapeamento Referencial do Saldo Final

Registro utilizado para mapeamento, por conta referencial, dos saldos finais de
todas as contas patrimoniais da escrituração societária da pessoa jurídica (Ativo, Passivo
e Patrimônio Líquido), nos respectivos períodos de apuração. Registro obrigatório apenas
para as contas contábeis/centro de custos para as quais foram mapeadas mais de uma
conta referencial no registro J051. Poderá ser preenchido das seguintes formas:

- Edição pelo programa da ECF;


- Calculado pelo sistema através da funcionalidade de recuperar ECD; e
- Importado de arquivo digital.

Campo Descrição
2 Código da conta no plano de contas referencial, conforme tabela do SPED
3 Valor do Saldo final mapeado
4 Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor C – Credor

5.5. Registro K355: Saldos Finais das Contas Contábeis de Resultado Antes do
Encerramento

Registro onde devem ser informados os saldos finais de todas as contas de


resultado da escrituração societária da pessoa jurídica antes do encerramento. Poderá ser
preenchido das seguintes formas:

- Edição pelo programa da ECF;


- Calculado pelo sistema através da funcionalidade de recuperar ECD; e
- Importado de arquivo digital

Campo Descrição
2 Código da conta analítica de resultado
3 Código do centro de custos
4 Valor do saldo final antes do lançamento de encerramento.
Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor
C – Credor

5.6. Registro K356: Mapeamento Referencial dos Saldos Finais das Contas Contábeis de
Resultado Antes do Encerramento

Registro onde devem ser mapeados, por conta referencial, os saldos finais de
todas as contas de resultado da escrituração societária da pessoa jurídica nos
respectivos períodos de apuração. Registro obrigatório apenas para as contas
contábeis/centro de custos para as quais foram mapeadas mais de uma conta referencial
no registro J051. Poderá ser preenchido das seguintes formas:

- Edição pelo programa da ECF;

157
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 158

- Calculado pelo sistema através da funcionalidade de recuperar ECD; e


- Importado de arquivo digital

Campo Descrição
2 Código da conta no plano de contas referencial, conforme tabela do SPED
3 Valor do saldo final antes do lançamento de encerramento
4 Indicador da situação do saldo final:
D - Devedor C – Credor

5.7. Registro K990: Encerramento do Bloco K

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco K

Escrituração Passo à passo, BLOCO K


saldos das contas contábeis do
Balanço Patrimonial.

Anotações:
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

158
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 159

Escrituração Passo à passo, BLOCO K


saldos das contas contábeis do
Balanço Patrimonial.

6. Bloco L: Lucro Real

6.1. Registro L001: Abertura do Bloco L

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

6.2. Registro L030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
no Ano-Calendário

Registro de identificação dos períodos da escrituração necessários conforme definições


de parâmetros do Bloco 0.

Campo Descrição
2 Data de início do período
3 Data de fim do período
4 Período de apuração [para 0010.FORMA_APUR = “A”]:
A00 – Anual
A01 – Rec. Bruta de janeiro /Balanço suspensão redução até janeiro
A02 – Rec. Bruta de fevereiro /Balanço suspensão redução até fevereiro
A03 – Rec. Bruta de março /Balanço suspensão redução até março
A04 – Rec. Bruta de abril /Balanço suspensão redução até abril
A05 – Rec. Bruta de maio /Balanço suspensão redução até maio

159
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 160

A06 – Rec. Bruta de junho /Balanço suspensão redução até junho


A07 – Rec. Bruta de julho /Balanço suspensão redução até julho
A08 – Rec. Bruta de agosto /Balanço suspensão redução até agosto
A09 – Rec. Bruta de setembro /Balanço suspensão redução até setembro
A10 – Rec. Bruta de outubro/Balanço suspensão redução até outubro
A11 – Rec. Bruta de novembro /Balanço suspensão redução até novembro
A12 – Rec. Bruta de dezembro/Balanço suspensão redução até dezembro
Indicador do período de referência [para 0010.FORMA_APUR = “T”
OU (0010.FORMA_APUR = “A” E 0010.FORMA_TRIB = 2)]:
T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre
Regra: o período deve estar compreendido entre a data início e data fim da
escrituração.

Regra:
SE 0010.FORMA_APUR = “A”
- Deve existir um registro A00.
- Deve existir um registro [A01.A012] para cada mês marcado no
0010.MES_BAL_RED [1.12] como “B”

SE 0010.FORMA_APUR = “T”
- Deve existir um registro [T01..T04] para cada trimestre marcado no
0010.FORMA_TRIB_PER[1..4] como “R”

6.3. Registro L100: Balanço Patrimonial

Apresenta o Balanço Patrimonial com base nas contas referenciais para o período
de apuração. O saldo inicial pode ser replicado do registro E010/E015 ou preenchido. O
saldo final será recuperado do registro K155/K156. Caso o bloco K não possua dados e for
SCP (0000.TIP_ECF = 2), o saldo final poderá ser preenchido.

Campo Descrição
2 Código da conta referencial (analíticas e sintéticas)
3 Descrição da conta referencial
4 Define o tipo dos dados da linha:
T – Título: Utilizado como um label separador (Sintética)
E – Editável (Analítica)
5 Nível da conta.
6 Natureza da Conta, conforme tabela do SPED
7 Código da conta sintética /grupo de contas de nível imediatamente superior.
8 Saldo inicial da conta referencial
9 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor C – Credor
10 Saldo Final da conta referencial
Somatório da conta no registro K155/K156
11 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor C – Credor

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 161

6.4. Registro L200: Método de Avaliação de Estoques

Apresenta o método de avaliação de estoques

Campo Descrição
02 Método de Avaliação de Estoques:
1 – Custo Médio Ponderado
2 – PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai)
3 – Arbitramento - art. 296, Inc. I e II, do RIR/99
4 – Inventário Periódico

6.5. Registro L210: Informativo da Composição de Custos

Apresenta a composição dos custos dos produtos fabricação própria vendidos e


custo dos serviços prestados no período para as empresas que utilizam o inventário
permanente.

Campo Descrição
2 Código da conta de custos (analíticas) conforme tabela do SPED.
3 Descrição da conta de custo
4 Saldo final da conta antes do encerramento
O valor deve ser sempre positivo

Escrituração Passo à passo, BLOCO


L200 método de Avaliação dos
Estoques de JANEIRO à DEZEMBRO.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 162

Escrituração Passo à passo, BLOCO


L300 Demonstrativo do Lucro Fiscal.

6.6. Registro L300: Demonstração do Resultado do Lucro Líquido Fiscal

Apresenta o demonstrativo do resultado do exercício para o período de apuração.

Campo Descrição
2 Código da conta referencial de acordo com a tabela do SPED
3 Descrição da conta referencial
4 Define o tipo dos dados da linha:
T – Título: Utilizado como um label separador (conta sintética)
E – Editável (conta analítica)
5 Nível da conta
6 Código natureza da conta/grupo de contas:
04 – Contas de Resultado
7 Código da conta sintética /grupo de contas de nível imediatamente superior.
8 Valor total transferido para a conta referencial
9 Indicador do sinal do saldo final da conta:
C – Credor D – Devedor

6.7. Registro L400: Ajustes do Regime Tributário de Transição (RTT).

Registro obrigatório somente para quem fez a opção pelo RTT no ano calendário
de 2.014 (0010.OPT_RTT).

162
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 163

Campo Descrição
2 Lucro contábil da atividade geral
3 Lucro contábil da atividade rural
4 Total de inclusões do RTT relativas à atividade geral
5 Total de inclusões do RTT relativas à atividade rural
6 Total de expurgos do RTT relativos à atividade geral
7 Total de expurgos do RTT relativos à atividade rural
8 Lucro fiscal inicial da atividade geral
9 Lucro fiscal inicial da atividade rural

6.8. Registro L410: Totais dos Lançamentos de Ajustes do RTT por Conta Contábil e
Centro de Custo

Detalhamento das inclusões e expurgos relativos ao RTT nas contas referenciais


de resultado.

Campo Descrição
2 Código da conta analítica
3 Código do centro de custos
4 Indicador do tipo de lançamento:
I- Inclusão
E- Expurgo
Valor do lançamento

6.9. Registro L990: Encerramento do Bloco L

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco L

Anotações:
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163
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 164

Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico – e-LALUR

O Livro de Apuração do Lucro Real, conhecido como LALUR, é um livro


eminentemente fiscal, cujo objetivo principal é demonstrar a passagem do lucro contábil para o
lucro fiscal. O LALUR é dividido em duas partes: parte A e parte B.
Na parte A, a empresa deve fazer a transcrição da apuração do lucro fiscal, partindo do
resultado obtido pela escrituração contábil.

Já na parte B devem ser transcritos todos os registros, efetuados na parte A ou não,


que podem/devem afetar a base fiscal de períodos posteriores.

A Lei 12.973/2.014 começa fazendo pequenas alterações no LALUR.

O art. 2° que alterou o Decreto-Lei 1.598/77 em seu artigo 7°, § 6° trouxe como
novidade a obrigatoriedade de que a escrituração seja feita em meio digital e disponibilizada no
ambiente SPED.

A IN SRFB n° 989/09 trata da criação do e-LALUR.

Contudo, o formato do livro eletrônico não foi disponibilizado pela RFB.

Já no art. 8º, temos algumas mudanças interessantes.

A primeira e mais importante é que o LALUR (eletrônico) é oficializado como


instrumento de controle entre contabilidade e Fisco.

As regras internacionais de contabilidade serão trabalhadas nas demonstrações


financeiras das empresas e o resultado contábil apresentado pela empresa refletirá o LAIR
apurado com base na aplicação plena do princípio de competência e de toda a lógica da ciência
contábil baseada nos normativos emanados pelos órgãos reguladores a partir dos
pronunciamentos emitidos pelo CPC. Após este resultado, serão procedidos os ajustes (adições
e exclusões) no LALUR como sempre foi feito.

A segunda é que a parte A do LALUR passará a apresentar, obrigatoriamente, o cálculo


(completo) do IR incluindo as deduções (incentivos fiscais e retenções na fonte). Mais adiante,
a MP traz a mesma obrigatoriedade para CSLL, cuja apuração e cálculo devem compor o e-
LALUR (livro eletrônico).

A terceira é a exigência de informar a conta analítica que originou o valor que foi
adicionado ou excluído nas bases do IR e da CSLL.

Importante ressaltar que tal fato somente acontecerá naqueles ajustes de receitas e
despesas que integram o resultado contábil e não são dedutíveis.

No caso dos ajustes provenientes de despesas e receitas que não compõe o resultado
contábil mas devem integrar o resultado fiscal, teoricamente não há conta analítica a ser
informada. Contudo, é possível que seja exigido informar a conta patrimonial que registrou o
pagamento dedutível ou o recebimento tributável ou a conta de ativo ou passivo que poderá ser
deduzida ou deverá ser tributada antecipadamente.

164
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 165

Foi criado, ainda o art. 8º-A, inserido para tratar da obrigatoriedade de envio do e-
LALUR ao SPED nos prazos que serão fixados posteriormente.

Entrega em atraso ou com erro poderá ocasionar a cobrança de multa,


Vigência a partir de 01.01.2.015.

A ECF irá substituir o Lalur?????........

Sim. Para as empresas tributadas pelo Lucro Real a ECF é o próprio livro de apuração
do Lucro Real.

A parte “B” do e-Lalur contemplará os saldos de 31.12.2013?????..........

A pessoa jurídica tributada pelo lucro real deverá informar no e-Lalur registro M010, os
saldos existentes em 31.12.2.013 da parte “B” do Lalur, para futuras utilizações na parte “A”
dos períodos seguintes.

No preenchimento do e-Lalur parte “B” como será identificado à conta a ser


controlada?????.........

A identificação será feita pelo código da conta, descrição da conta, código de


lançamentos proveniente de uma tabela dinâmica publicada pela Receita Federal que faz parte
do PVA, saldo inicial e se a natureza da conta é débito ou crédito.

Devo abrir um registro na parte “B” do e-Lalur para informar os prejuízos operacionais e
não operacionais?????........

Sim, para atender a legislação vigente deve haver a separação de prejuízo operacional
com prejuízo não operacional, tendo em vista a forma de compensação. Prejuízo não
operacional somente pode ser compensado com resultados positivos não operacionais
provenientes do Ativo Não Circulante.

É necessário mapear as adições e exclusões a serem informadas na parte “A” do e-


Lalur?????......

Para facilitar as informações as serem prestadas na parte “A” do e-Lalur mapear as


adições e exclusões ajudará no preenchimento da ECF, mesmo porque a Receita Federal
disponibiliza tabela com os códigos e descrição das adições, exclusões e compensações.

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 166

Escrituração Passo à passo, LALUR –


Livro de Apuração do Lucro Real.

7. Bloco M: Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-Lalur) e Livro Eletrônico de


Apuração da Base de Cálculo da CSLL (e-Lacs)

7.1. Registro M001: Abertura do Bloco M

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

7.2. Registro M010: Identificação da Conta na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs

Cadastra os saldos iniciais no período da escrituração das contas da parte B


utilizadas no e-LALUR e no e-LACS. Registro pode ser replicado da EFD-IRPJ anterior,
importado e/ou editado.

Campo Descrição
2 Código unívoco atribuído pelo contribuinte à conta no e-Lalur e
e-Lacs
3 Descrição da conta
4 Data final do período de apuração em que a conta foi criada
5 Tipo de Lançamento no e-Lalur e e-Lacs (conforme tabela do
Sped) que deu origem à conta
6 Tipo de conta conforme tabela do Sped
7 Descrição do tipo de Lançamento no e-Lalur e e-Lacs (conforme tabela do SPED)

166
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 167

8 Data limite para a exclusão, adição ou compensação do valor controlado, se houver.


9 Indicador de tributo da adição/exclusão:
I – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
C – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
10 Saldo inicial no período inicial desta escrituração.
Se DT_AP_LAL (Campo 04) for no período da escrituração, então o valor deve ser
zero
11 Indicador de saldo inicial:
D – para prejuízos ou valores que reduzam o lucro real ou a base de cálculo da
contribuição social em períodos subsequentes.
C – para valores que aumentem o lucro real ou a base de cálculo da contribuição
social em períodos subsequentes.

Escrituração Passo à passo, LALUR –


Livro de Apuração do Lucro Real,
Parte A e Parte B.

7.3. Registro M030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
das Empresas Tributadas pelo Lucro Real

Registro de identificação dos períodos da escrituração necessários conforme


definições de parâmetros do Bloco 0.

Campo Descrição
2 Data de início do período
3 Data de fim do período
4 Período de apuração [para 0010.FORMA_APUR = “A”]:
A00 – Anual
A01 – Rec. Bruta de janeiro /Balanço suspensão redução até janeiro
A02 – Rec. Bruta de fevereiro /Balanço suspensão redução até fevereiro

167
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 168

A03 – Rec. Bruta de março /Balanço suspensão redução até março


A04 – Rec. Bruta de abril /Balanço suspensão redução até abril
A05 – Rec. Bruta de maio /Balanço suspensão redução até maio
A06 – Rec. Bruta de junho /Balanço suspensão redução até junho
A07 – Rec. Bruta de julho /Balanço suspensão redução até julho
A08 – Rec. Bruta de agosto /Balanço suspensão redução até agosto
A09 – Rec. Bruta de setembro /Balanço suspensão redução até setembro
A10 – Rec. Bruta de outubro/Balanço suspensão redução até outubro
A11 – Rec. Bruta de novembro /Balanço suspensão redução até Novembro
A12 – Rec. Bruta de dezembro/Balanço suspensão redução até dezembro
Indicador do período de referência [para 0010.FORMA_APUR = “T”
OU (0010.FORMA_APUR = “A” E 0010.FORMA_TRIB = 2)]:
T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre
Regra: o período deve estar compreendido entre a data início e data fim da
escrituração.

Regra:
SE 0010.FORMA_APUR = “A”
- Deve existir um registro A00.
- Deve existir um registro [A01.A012] para cada mês marcado no
010.MES_BAL_RED [1..12] como “B”

SE 0010.FORMA_APUR = “T”
- Deve existir um registro [T01..T04] para cada trimestre marcado no
0010.FORMA_TRIB_PER[1..4] como “R”

7.4. Registro M300: Lançamentos da Parte A do e-Lalur

Apresenta os lançamentos da parte A do e-LALUR. Este registro demonstrará a


apuração da base de cálculo da IRPJ anual, trimestral e nos meses com estimativa
apurada com base no balanço/balancete.

Campo Descrição
2 Código do lançamento no e-Lalur, conforme tabela publicada no SPED.
3 Descrição do tipo de lançamento no e-Lalur, conforme tabela publicada no SPED.
4 Define o tipo dos dados da linha:
T – Título: Utilizado como um label separador
E – Editável
5 Indicador do tipo de lançamento conforme tabela publicada pela RFB:
A- Adição
E- Exclusão.
P – Compensação de prejuízo
6 Indicador de relacionamento do lançamento da parte A:
1 - Com Conta da Parte B
2 - Com Conta Contábil
3 – Com conta da parte B e Conta contábil
4 - Sem relacionamento

168
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 169

7 Valor do lançamento no e-Lalur


8 Histórico do lançamento no e-Lalur

7.5. Registro M305: Conta da Parte B do e-Lalur

Relacionamento do lançamento da parte A do e-Lalur com a conta da parte B do e-


Lalur, de acordo com as regras abaixo:

- Se adição, credita na conta da parte B


- Se exclusão, debita conta da parte B
- Se prejuízo, debita conta da parte B

Campo Descrição
2 Código unívoco atribuído pelo contribuinte à conta no e-Lalur no registro M300
3 Valor total dos lançamentos adicionados ou excluídos da conta Regra: Valor deve
ser menor ou igual ao saldo disponível do mesmo período de apuração da conta na
parte B do registro M410.
4 Indicador de saldo inicial:
D – Débito
C – Crédito

7.6. Registro M310: Contas Contábeis Relacionadas ao Lançamento da Parte A do e-Lalur

Relaciona só lançamentos da parte A do e-Lalur com as contas contábeis.

Campo Descrição
2 Código da conta ou subconta contábil patrimonial onde está registrado o valor a ser
adicionado ou excluído, quando possível sua identificação (deve existir no J050)
3 Código do Centro de Custos (deve existir no J100)
4 Valor da conta utilizado no lançamento da parte A

7.7. Registro M312: Números dos Lançamentos Relacionados à Conta Contábil

Apresenta o número dos lançamentos contábeis relacionados ao lançamento da


conta da parte A, quando não for utilizado todo o saldo da conta contábil.

Campo Descrição
2 Número do lançamento da ECD do registro
“I200”

7.8. Registro M315: Identificação de Processos Judiciais e Administrativos Referentes ao


Lançamento

Identifica os processos judiciais e administrativos utilizados que embasaram o


lançamento na parte A.

Campo Descrição
2 Tipo do processo:
1 - Judicial

169
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 170

2 – Administrativo
3 Número do processo

7.9. Registro M350: Lançamentos da Parte A do e-Lacs

Apresenta os lançamentos da parte A do e-Lacs. Este registro demonstrará a


apuração da base de cálculo da CSLL anual, trimestral e nos meses com estimativa
apurada com base no balanço/balancete.

Campo Descrição
2 Código do lançamento no e-Lalur, conforme tabela publicada no Sped.
3 Descrição do tipo de lançamento no e-Lalur, conforme tabela publicada no Sped
4 Define o tipo dos dados da linha:
T – Título: Utilizado como um label separador
E – Editável
5 Indicador do tipo de lançamento conforme tabela publicada pela RFB:
A- Adição
E- Exclusão.
P – Compensação de prejuízo
6 Indicador de relacionamento do lançamento da parte A:
1 - Com Conta da Parte B
2 - Com Conta Contábil
3 – Com conta da parte B e Conta contábil
4 - Sem relacionamento
7 Valor do lançamento no e-Lacs
8 Histórico do lançamento no e-Lacs

7.10. Registro M355: Conta da Parte B do e-Lacs

Relacionamento do lançamento da parte A do e-Lacs com a conta da parte B do e-


Lacs, de acordo com as regras abaixo:

- Se adição, debita na conta da parte B e credita na parte A.


- Se exclusão, credita conta da parte B e debita na parte A.
- Se prejuízo, credita conta da parte B e debita na parte A.

Campo Descrição
2 Código unívoco atribuído pelo contribuinte à conta no e-Lalur no registro M350
3 Valor total dos lançamentos adicionados ou excluídos da conta
Regra: Valor deve ser menor ou igual ao saldo disponível do mesmo período de
apuração da conta na parte B do registro M410.
4 Indicador de saldo inicial:
D – Débito
C – Crédito

7.11. Registro M360: Contas Contábeis Relacionadas ao Lançamento da Parte A do e-Lacs

Relaciona só lançamentos da parte A do e-Lacs com as contas contábeis.


Campo Descrição
2 Código da conta ou subconta contábil patrimonial onde está registrado o valor a ser

170
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 171

adicionado ou excluído, quando possível sua identificação (deve existir no J050)


3 Código do Centro de Custos (deve existir no J100)
4 Valor da conta utilizado no lançamento da parte A

7.12. Registro M362: Números dos Lançamentos Relacionados à Conta Contábil

Apresenta o número dos lançamentos contábeis relacionados ao lançamento da


conta da parte A, quando não for utilizado todo o saldo da conta contábil.

Campo Descrição
2 Número do lançamento da ECD do registro
“I200”

7.13. Registro M365: Identificação de Processos Judiciais e Administrativos Referentes ao


Lançamento

Identifica os processos judiciais e administrativos utilizados que embasaram o


lançamento na parte A.

Campo Descrição
2 Tipo do processo:
1 - Judicial
2 – Administrativo
3 Número do processo

7.14. Registro M410: Lançamento na Conta da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs sem Reflexo
na Parte A

Apresenta os lançamentos em contas da parte B sem reflexos na parte A.

Campo Descrição
2 Código da conta do lançamento (conta da Parte B)
3 Valor do lançamento
4 Indicador do lançamento:
CR – Crédito
DB – Débito
PF - Prejuízo do exercício.
BC - Base de cálculo negativa da CSLL.

Obs.: O indicador PF refere-se ao prejuízo apurado no exercício em curso.


5 Código unívoco da contrapartida (conta da
Parte B)
Não preencher quando:
IND_VAL_LAN_LA_LB_PB for ifual a “PF” ou “BC”.
6 Histórico do lançamento
7 Lançamento para realização de valores cuja tributação tenha sido diferida:
S – Sim
N – Não
7.15. Registro M415: Identificação de Processos Judiciais e Administrativos Referentes ao
Lançamento

171
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 172

Identifica os processos judiciais e administrativos utilizados que embasaram o


lançamento na parte B.

Campo Descrição
2 Tipo do processo:
1 - Judicial
2 – Administrativo
3 Número do processo

7.16. Registro M500: Controle de Saldos das Contas da Parte B do e-Lalur e do e-Lacs

Apresenta a visão sintética do controle de saldos das contas da parte B do e-


LALUR e e-LACS. Registro gerado pelo sistema a partir do saldo inicial e das
movimentações.

- Os campos SD_FIM_LAL e IND_SD_FIM do último período serão transportados


para o E020 da próxima ECF.
- Quando a escrituração for trimestral, o saldo final do período será transportado
para o saldo inicial do período seguinte.

- O valor do SD_INI_LAL do primeiro período será igual ao saldo inicial do registro


M010.

Campo Descrição
2 Código unívoco atribuído pelo contribuinte à conta no e-Lalur e no e-Lacs (deve
existir no M010.COD_CTA_LAL)
3 Saldo inicial da conta no período de apuração
4 Indicador de saldo inicial:

C – Para prejuízos ou valores que reduzam o lucro real ou a base de cálculo da


contribuição social em períodos subsequentes.

D – Para valores que aumentem o lucro real ou a base de cálculo da contribuição


social em períodos subsequentes.
5 Somatório dos lançamentos da parte A do período.
6 Indicador de saldo Inicial:
C – Para prejuízos ou valores que reduzam o lucro real ou a base de cálculo da
contribuição social em períodos subsequentes.
D – Para valores que aumentem o lucro real ou ima base de cálculo da contribuição
social em períodos subsequentes.
7 Somatório dos Lançamentos da parte B do período.
Indicador de saldo Inicial:
C – Para prejuízos ou valores que reduzam o lucro real ou a base de cálculo da
contribuição social em períodos subsequentes.

D – Para valores que aumentem o lucro real ou a base de cálculo da contribuição


social em períodos subsequentes.
Saldo Final da conta no período de apuração
Indicador de saldo Final:

172
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 173

C – Para prejuízos ou valores que reduzam o lucro real ou a base de cálculo da


contribuição social em períodos subsequentes.

D – Para valores que aumentem o lucro real ou a base de cálculo da contribuição


social em períodos subsequentes.

7.17. Registro M990: Encerramento do Bloco M

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco M

Anotações:
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8. Bloco N: Cálculo do IRPJ e da CSLL

8.1. Registro N001: Abertura do Bloco N

Campo Descrição
2
Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

8.2. Registro N030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
das Empresas Tributadas pelo Lucro Real

Campo Descrição
2 Data de início do período
3 Data de fim do período
4 Período de apuração [para 0010.FORMA_APUR = “A”]:
A00 – Anual
A01 – Rec. Bruta de janeiro /Balanço suspensão redução até janeiro
A02 – Rec. Bruta de fevereiro /Balanço suspensão redução até fevereiro
A03 – Rec. Bruta de março /Balanço suspensão redução até março
A04 – Rec. Bruta de abril /Balanço suspensão redução até abril
A05 – Rec. Bruta de maio /Balanço suspensão redução até maio

173
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 174

A06 – Rec. Bruta de junho /Balanço suspensão redução até junho


A07 – Rec. Bruta de julho /Balanço suspensão redução até julho
A08 – Rec. Bruta de agosto /Balanço suspensão redução até agosto
A09 – Rec. Bruta de setembro /Balanço suspensão redução até setembro
A10 – Rec. Bruta de outubro/Balanço suspensão redução até outubro
A11 – Rec. Bruta de novembro /Balanço suspensão redução até Novembro
A12 – Rec. Bruta de dezembro/Balanço suspensão redução até dezembro
Indicador do período de referência [para 0010.FORMA_APUR = “T”
OU (0010.FORMA_APUR = “A” E 0010.FORMA_TRIB = 2)]:
T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre
Regra: o período deve estar compreendido entre a data início e data fim da
escrituração.

Regra:
SE 0010.FORMA_APUR = “A”
- Deve existir um registro A00.
- Deve existir um registro [A01..A012] para cada mês marcado no
0010.MES_BAL_RED [1..12] como “B”

SE 0010.FORMA_APUR = “T”
- Deve existir um registro [T01..T04] para cada trimestre marcado no
0010.FORMA_TRIB_PER[1..4] como “R”

8.3. Registro N500: Base de Cálculo do IRPJ Sobre o Lucro Real Após as Compensações
de Prejuízos

Apresenta a base de cálculo do IRPJ após as compensações de prejuízos

Campo Descrição
2 Valor da base de cálculo do IRPJ (calculado a partir do M300)
3 Indicador do sinal do valor da base de cálculo:
P – prejuízo/base de cálculo negativa
L – lucro/base de cálculo positiva

Apresenta o cálculo da isenção e redução do imposto sobre o Lucro Real

8.4. Registro N615: Informações da Base de Cálculo dos Incentivos Fiscais

8.5. Registro N600: Demonstração do Lucro da Exploração

Apresenta a demonstração do lucro da exploração.

8.6. Registro N610: Cálculo da Isenção e Redução do Imposto Sobre o Lucro Real

Apresenta informações da base de cálculo de incentivos fiscais.

174
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 175

Campo Descrição
2 Base de cálculo dos incentivos fiscais

8.7. Registro N616: Informações das Atividades Incentivadas

Apresenta informações das atividades incentivadas

Campo Descrição
2 Indicador do incentivo fiscal:
1 – FINOR (até 6%)
2 – FINAM (até 6%)
3 – FUNRES (até 9%)
3 Percentual do incentivo
4 Valor líquido do incentivo

8.8. Registro N620: Cálculo do IRPJ Mensal por Estimativa

Apresenta o cálculo do IRPJ mensal por estimativa.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED.
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

8.9. Registro N630: Cálculo do IRPJ Com Base no Lucro Real

Apresenta o cálculo do IRPJ com base no lucro real.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED.
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

8.10. Registro N650: Base de Cálculo da CSLL Após as Compensações da Base de Cálculo
Negativa

Apresenta a base de cálculo da CSLL, após as compensações da base de cálculo


negativa.

Campo Descrição
2 Valor da base de cálculo da CSLL (calculado a partir do M350)
3 Indicador do sinal do valor da base de cálculo:
P – prejuízo/base de cálculo negativa
L – lucro/base de cálculo positiva

8.11. Registro N660: Cálculo da CSLL Mensal por Estimativa

Apresenta o cálculo da CSLL mensal por estimativa.

175
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 176

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED.
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

8.12. Registro N670: Cálculo da CSLL Com Base no Lucro Real

Apresenta o cálculo da CSLL com base no Lucro Real.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED.
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

8.13. Registro N990: Encerramento do Bloco N

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco N

Anotações:
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9. Bloco P: Lucro Presumido

9.1. Registro P001: Abertura do Bloco P

Campo Descrição
02 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados.

9.2. Registro P030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
das Empresas Tributadas pelo Lucro Presumido

Campo Descrição

176
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 177

02 Data de início do período


03 Data de fim do período
04 T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre

O contribuinte preencherá o número


do CNPJ da DECLARAÇÃO.

O início do período da declaração:


indicação de situação REGULAR,
ABERTURA, SITUAÇÃO ESPECIAL.

177
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 178

Escrituração Passo à passo,


preenchimento LUCRO PRESUMIDO,
escrituração Livro Caixa ou Contábil.

Escrituração Passo à passo,


preenchimento LUCRO PRESUMIDO,
adoção da Lei nº 12.973/2014.

178
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 179

Escrituração Passo à passo,


importação do registro P100, Balanço
Patrimonial do ECD, fechamento
trimestral e sua visualização.

179
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 180

9.3. Registro P100: Balanço Patrimonial

Apresenta o balanço patrimonial com base nas contas referenciais para o período
de apuração. O saldo inicial pode ser replicado do registro E010/E015 ou preenchido. O
saldo final será recuperado do registro K155/K156.

Caso o bloco K não possua dados e for SCP (0000.TIP_ECF = 2), o saldo final
poderá ser preenchido.

Campo Descrição
2 Código da conta referencial (analíticas e sintéticas)
3 Descrição da conta referencial
4 Define o tipo dos dados da linha:
T – Título: Utilizado como um label separador (Sintética)
E – Editável (Analítica)
5 Nível da conta.
6 Natureza da Conta, conforme tabela do SPED
7 Código da conta sintética /grupo de contas de nível imediatamente superior.
8 Saldo inicial da conta referencial
9 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor C – Credor
10 Saldo Final da conta referencial
Somatório da conta no registro K155/K156
11 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor C – Credor

9.4. Registro P130: Demonstração das Receitas Incentivadas do Lucro Presumido

Escrituração Passo à passo,


importação do registro P200, Apuração
da Base de Cálculo de forma
trimestral.

180
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 181

9.5. Registro P200: Apuração da Base de Cálculo do Lucro Presumido

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED
4 Valor

9.6. Registro P230: Cálculo da Isenção e Redução do Lucro Presumido

Escrituração Passo à passo,


importação do registro P200, Apuração
da Base de Cálculo de forma
trimestral.

9.7. Registro P300: Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Presumido

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

9.8. Registro P400: Apuração da Base de Cálculo da CSLL com Base no Lucro Presumido

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

181
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 182

Escrituração Passo à passo,


importação do registro P200, Apuração
da Base de Cálculo de forma
trimestral.

9.9. Registro P500: Cálculo da CSLL com Base no Lucro Presumido

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

9.10. Registro P990: Encerramento do Bloco P

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco P

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 183

10. Bloco T: Lucro Arbitrado

10.1. Registro T001: Abertura do Bloco T

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados

10.2. Registro T030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
das Empresas Imunes e Isentos

Registro de identificação dos períodos da escrituração necessários conforme


definições de parâmetros do Bloco 0.

Campo Descrição
02 Data de início do período
03 Data de fim do período
04 T01 – 1º Trimestre
T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre

10.3. Registro T120: Apuração da Base de Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Arbitrado

Apresenta a apuração da base de cálculo do IRPJ com base no lucro arbitrado.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED
4 Valor

10.4. Registro T150: Cálculo do IRPJ com Base no Lucro Arbitrado

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

10.5. Registro T170: Apuração da Base de Cálculo da CSLL com Base no Lucro Arbitrado

Apresenta a apuração da base de cálculo da CSLL com base no lucro arbitrado.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

10.6. Registro T181: Cálculo da CSLL com Base no Lucro Arbitrado

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 184

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

10.7. Registro T990: Encerramento do Bloco T

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco T

Anotações:
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11. Bloco U: Imunes e Isentas

11.1. Registro U001: Abertura do Bloco U

Campo Descrição
2 Indicador de movimento:
0- Bloco com dados informados;
1- Bloco sem dados informados

11.2. Registro U030: Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSLL
das Empresas Imunes e Isentas

Registro de identificação dos períodos da escrituração necessários conforme


definições de parâmetros do Bloco 0.

Campo Descrição
02 Data de início do período
03 Data de fim do período
04 Período de Apuração Período (para 0010.APUR_CSLL = “A”):
A00 – Anual

Período de apuração (para 0010.APUR_CSLL = “T”):


01 – 1º Trimestre

184
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 185

T02 – 2º Trimestre
T03 – 3º Trimestre
T04 – 4º Trimestre

11.3. Registro U100: Balanço Patrimonial

Apresenta o balanço patrimonial com base nas contas referenciais para o período
de apuração. O saldo inicial pode ser replicado do registro E010/E015 ou preenchido. O
saldo final será recuperado do registro K155/K156. Caso o bloco K não possua dados e for
SCP (0000.TIP_ECF = 2), o saldo final poderá ser preenchido.

Campo Descrição
2 Código da conta referencial (analíticas e sintéticas)
3 Descrição da conta referencial
4 Define o tipo dos dados da linha:
T – Título: Utilizado como um label separador (Sintética)
E – Editável (Analítica)
5 Nível da conta.
6 Natureza da Conta, conforme tabela do SPED
7 Código da conta sintética /grupo de contas de nível imediatamente superior.
8 Saldo inicial da conta referencial
9 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor
C – Credor
10 Saldo Final da conta referencial
Somatório da conta no registro K155/K156
11 Indicador da situação do saldo inicial:
D - Devedor
C – Credor

11.4. Registro U150: Demonstração do Resultado

Apresenta a demonstração do resultado das empresas imunes e isentas.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

11.5. Registro U180: Cálculo do IRPJ das Empresas Imunes e Isentas

Apresenta o cálculo do IRPJ das empresas imunes e isentas, quando aplicável.

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no SPED
3 Descrição de acordo com tabela publicada no SPED.
4 Valor

11.6. Registro U182: Cálculo da CSLL das Empresas Imunes e Isentas

185
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 186

Campo Descrição
2 Código de acordo com tabela publicada no Sped
3 Descrição de acordo com tabela publicada no Sped.
4 Valor

11.7. Registro U990: Encerramento do Bloco U

Campo Descrição
2 Quantidade total de registros do Bloco T

Anotações:
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20. Bloco X: Informações Econômicas


21. Bloco Y: Informações Gerais
Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 187

Relação de Blocos e Registros da ECF:

Bloco Nome do Bloco Nome do Bloco


Abre o arquivo, identifica a entidade e
Bloco 0 Abertura e Identificação referencia o período da ECF.

Informações Recuperadas das ECD (bloco Recupera, das ECD do período da


recuperado pelo sistema – não e importado) escrituração da ECF, as informações
Bloco C Identificação. do plano de contas e os saldos
mensais.
Informações Recuperadas da ECF Anterior e Recupera, da ECF imediatamente
Calculo Fiscal dos Dados Recuperados da anterior, os saldos finais das contas
Bloco E ECD (Bloco recuperado pelo sistema – não Referenciais e da parte B (do e-LALUR
e importado). e e-LACS). Calcula os saldos
contábeis.
Apresenta o mapeamento do plano de
Bloco J Plano de Contas e Mapeamento. contas contábil para o plano de
contas referencial.
Apresenta os saldos das contas
contábeis patrimoniais e de resultado
Bloco K Saldos das Contas Contábeis e Referenciais. por período de apuração e o seu
mapeamento para as contas
referenciais.
Apresenta o balanço patrimonial, a
demonstração do resultado do
Bloco L Lucro Real. exercício e os ajustes do RTT, caso
existam.
Apresenta os livros eletrônicos de
escrituração e apuração do IRPJ (e-
Bloco M e-LALUR e e-LACS. LALUR) e da CSLL (e-LACS) da
Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro
Real - partes A e B.

Calcula o IRPJ e a CSLL com base no


Bloco N Imposto de Renda e Contribuição Social lucro real (estimativas mensais e
(Lucro Real). ajuste anual ou valores trimestrais).

Apresenta o balanço patrimonial e


Bloco P Lucro Presumido. apura o IRPJ e a CSLL com base no
lucro presumido.
Apura o IRPJ e a CSLL com base no
Bloco T Lucro Arbitrado. lucro arbitrado.

Apresenta o balanço patrimonial das


Imunes ou Isentas. entidades imunes ou isentas. Apura,
Bloco U Quando for o caso, o IRPJ e a CSLL
com base no lucro real.

187
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 188

Bloco X Informações Complementares. Apresenta informações econômicas


da entidade.

Apresenta informações gerais da


Bloco Y Informações Gerais. entidade.

Bloco 9 Encerramento do arquivo digital. Encerramento do arquivo digital.

Anotações:
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188
Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 189

Artigo 2° da Instrução Normativa RFB 1.422/2.013

A ECF será composta por várias fontes de informação, iniciando pela Escrituração
Contábil Digital (ECD), que já foi transmitida no último dia útil do mês de Junho.

A recuperação da ECF de período anterior somente ocorrerá em 2.016, quando estiver


sendo efetuada a entrega da escrituração de 2.015.

A associação com o plano de contas referencial da Receita Federal será obrigatória


dentro da ECF, não sendo dentro da ECD.

A partir destas informações a empresa efetuará os ajustes no lucro líquido para se


encontrar o Lucro Real e Base de Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro e os devidos
detalhamentos sobre a apuração do imposto de renda e da contribuição social.

Finalizando na escrituração, haverá dois blocos que servirão para as informações


econômicas e as gerais que já eram declaradas por meio das fichas finais da DIPJ.

Art. 2º O Sujeito Passivo deverá informar, na ECF, todas as operações que


influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda
da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
especialmente quanto:

I - À recuperação do plano de contas contábil e saldos das contas, para pessoas


jurídicas obrigadas a entregar a Escrituração Contábil Digital (ECD) relativa ao mesmo
período da ECF;

II - À recuperação de saldos finais da ECF do período imediatamente anterior,


quando aplicável;

III - À associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com
plano de contas referencial, definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis), por
meio de Ato Declaratório Executivo (ADE);

IV - Ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real,


mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório
Executivo;

V - Ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL, mediante tabela de


adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo;

VI - Aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou


compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo
negativa da CSLL; e

VII - aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a observância de
preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e da base de cálculo da
CSLL, quando não devam, por sua natureza exclusivamente fiscal, constar da
escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos dessa escrituração.

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 190

Multa por Atraso na Entrega da ECF

A não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o Imposto sobre a Renda
da Pessoa Jurídica pela sistemática do Lucro Real, nos prazos fixados no artigo 2°, ou a sua
apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das multas
previstas no artigo 8°-A da Lei 12.973, de 13 de maio de 2.014 (redação dada pela IN FRB
1.489, de 13 de agosto de 2.014) (Artigo 6 da IN IRFB 1.422 de 19 de dezembro de 2.013).

A não apresentação da ECF pelos contribuintes que apuram o Imposto de Renda da


Pessoa Jurídica por qualquer sistemática que não o Lucro Real, nos prazos fixados pelo artigo
2°, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará a aplicação, ao infrator, das
multas previstas no artigo 57 da MP 2.158-35/2.001 (incluído pela IN RFB 1.489, de 13 de
agosto de 2.014). (IN RFB IN RFB 1.422 de 19 de dezembro de 2.013).

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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 191

Vigência a partir de 01.01.2.015

Multa por Informação omitida, inexata ou incorreta

Anotações:
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Curso de Apresentação das Demonstrações Contábeis e o SPED - Lúcio Tomaz 192

VII – Referências Bibliográficas

RIR nº 3.000/99.

Lei nº 12.973/2.014.

Lei nº 11.941/2.009.

Lei nº 11.638/2.007.

IN nº 1.397/2.013.

Guia Prático ECF – Escrituração Contábil Fiscal;

Guia Prático ECD – Escrituração Contábil Digital;

SPED – ECD (PVA).

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