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UNIVERSIDADE SÃO TOMAS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE ÉTICA CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3o Ano - 2024

Cadeira de Contabilidade Pública

Tema:
Procedimentos para a elaboração de balanço orçamental, pelo regime de caixa,
compromisso e misto

Nome da Estudante:
Ester Nhaca, Código: 2022221140

Docente: Migueias Adriano

Maputo, Março 2024

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Índice
Introdução..................................................................................................................................................1
Objectivos...................................................................................................................................................1
Geral...........................................................................................................................................................1
Específicos..................................................................................................................................................1
Desenvolvimento........................................................................................................................................2
Procedimentos para a elaboração de balanço orçamental, pelo regime de caixa, compromisso e
misto...........................................................................................................................................................2
Balanço orçamental...................................................................................................................................2
Procedimentos Gerais para a elaboração de balanço orçamental.........................................................2
Noções Gerais e classificação....................................................................................................................3
Regime de Competência............................................................................................................................3
Regime de caixa.........................................................................................................................................3
Diferença entre Regime de Competência e Regime de Caixa.................................................................4
Regime misto..............................................................................................................................................4
Classificação de Procedimentos por Regime...........................................................................................5
Regime de Caixa....................................................................................................................................5
Regime de Compromisso.......................................................................................................................5
Regime Misto.........................................................................................................................................5
Rendas de termos constantes....................................................................................................................6
Rendas de termos variáveis.......................................................................................................................6
Rendas perpétuas......................................................................................................................................7
Classificação...............................................................................................................................................8
Conclusão...................................................................................................................................................9
Referencias Bibliográficas.......................................................................................................................10

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Introdução
https://www.youtube.com/watch?v=72J2DR42kiE
Para a elaboração de um balanço orçamental existe uma série de procedimentos para garantir a
precisão e a eficácia do documento. Existem diferentes abordagens para a elaboração de um
balanço orçamental, dos quais o regime de caixa, o regime de compromisso e o regime misto.
Nesta senda, o presente trabalho vai abordar de uma forma geral a visão dos procedimentos com
enfase as noções Gerais e classificação para cada regime, debruçando-se sobre as rendas de
termos constantes, rendas de termos variáveis e rendas perpétuas.
O trabalho esta organizado em introdução, onde são apresentados bem como os Objectivos
gerais e específicos; Desenvolvimento; conclusão e referências bibliográficas.

Objectivos
Geral
Estudar os procedimentos para a elaboração de balanco orçamental, pelo regime de caixa,
compromisso e misto

Específicos
 Apresentar os pressupostos teóricos sobe os procedimentos para a elaboração de balanco
orçamental, pelo regime de caixa, compromisso e misto, com enfoque para as Noções
Gerais e classificação, das Rendas de termos constantes, Rendas de termos variáveis e a
Rendas perpétuas
 Distinguir os diferentes procedimentos para a elaboração de balanco orçamental, pelos
regimes de caixa, compromisso e misto.
 Analisar os procedimentos para a elaboração de balanco orçamental, pelo regime de
caixa, compromisso e misto, com enfoque para as Noções Gerais e classificação, das
Rendas de termos constantes, Rendas de termos variáveis e a Rendas perpétuas

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Desenvolvimento
Procedimentos para a elaboração de balanço orçamental, pelo regime de caixa,
compromisso e misto
Balanço orçamental
No balanço orçamental, se evidenciam as receitas e as despesas orçamentárias previstas em lei
em confronto com as realizadas. O resultado é a diferença entre receitas e despesas executadas.
Com o confronto entre o previsto e o realizado, é possível saber se a empresa se encontra com
superávit, déficit ou equilíbrio do orçamento.(Cavalcanti, 2000)

Procedimentos Gerais para a elaboração de balanço orçamental


1. Coleta de Dados Financeiros: Reúna todas as informações financeiras relevantes,
incluindo receitas, despesas, compromissos financeiros, saldos de caixa e outras
transações.
2. Organização de Documentação: Organize e categorize os documentos financeiros de
acordo com as categorias relevantes para a elaboração do balanço orçamental.
3. Registro de Transações: Registre todas as transações financeiras de acordo com o regime
escolhido (caixa, compromisso ou misto), garantindo precisão e consistência nos
registros.
4. Análise de Tendências: Analise as tendências financeiras passadas para ajudar na
projeção de receitas e despesas futuras.
5. Ajustes e Correções: Faça ajustes e correções conforme necessário para garantir que os
registros financeiros reflitam com precisão a situação financeira atual e as projeções
futuras.
6. Preparação do Balanço orçamental: Compile todas as informações registradas em um
formato de balanço orçamental, incluindo receitas, despesas, saldos de caixa,
compromissos financeiros e outras métricas relevantes.
7. Revisão e Aprovação: Revise o balanço orçamental com cuidado para garantir sua
precisão e conformidade com as metas e objetivos financeiros da organização. Após a
revisão, obtenha a aprovação adequada das partes interessadas.
8. Comunicação e Implementação: Comunique o balanço orçamental a todas as partes
interessadas relevantes e implemente quaisquer decisões ou ajustes necessários com base
nas informações fornecidas pelo balanço.

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Noções Gerais e classificação
Vamos detalhar como as rendas de termos constantes, rendas de termos variáveis e rendas
perpétuas são tratadas nos procedimentos de elaboração de balanço orçamental para os regimes
de caixa, compromisso e misto.

Regime de Competência
Para CADILHE (1999), o regime de competência ocorre quando as receitas e despesas são
computadas assim que a compra, venda, desconto ou outra ação é realizada. Aqui, o mais
importante não é a data do pagamento ou recebimento, mas sim do evento gerador.
Pelo regime de competência, se a empresa realiza uma compra e parcela em 10 vezes, o
lançamento não será feito parcela a parcela, mas sim de forma integral no momento em que for
efetivado.
Esse método possibilita analisar a situação econômica de uma empresa de forma mais fidedigna.
Isso porque, por exemplo, é por meio dele que é possível gerar o Demonstrativo de Resultados
do Exercício (DRE), importante relatório de gestão financeira de um negócio.
Com esse documento, pode-se saber exatamente qual foi o lucro ou o prejuízo em um período de
tempo, além de diversos outros detalhes. Para empresas que buscam crescer e formar uma cadeia
de parceiros, acionistas e credores, relatórios mais completos e regulares da parte financeira são,
além de bem-vindos, necessários. MATIAS e ROGÉRIO (2009)
No Regime de Competência, o registro do evento se dá na data que o evento aconteceu. A
contabilidade define o Regime de Competência como sendo o registro do documento na data do
fato gerador (ou seja, na data do documento, não importando quando vai ser pago ou recebido).
A Contabilidade utiliza o Regime de Competência, ou seja, as Receitas, Custos, Despesas e
Investimentos têm os valores contabilizados dentro do mês onde ocorreu o fato gerador. Isto é,
na data da realização do serviço, compra do material, da venda, do desconto, não importando
para a Contabilidade quando o item será pago ou recebido, mas sim quando foi realizado o acto.
MATIAS e ROGÉRIO (2009)

Regime de caixa
Já no Regime de Caixa, de acordo com SÁ (2015) é o oposto, onde consideramos o registro dos
documentos na data de pagamento ou recebimento, como se fosse uma conta bancária.

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Neste caso, o Financeiro utiliza o Regime de Caixa, ou seja, contabilizando as Receitas, Custos,
Despesas e Investimentos dentro do mês onde foram pagos ou recebidos.

Diferença entre Regime de Competência e Regime de Caixa


O regime de caixa se caracteriza como o controle das receitas e dos gastos, que é realizado
sempre na data do recebimento ou do pagamento, sem levar em conta quando a compra ou venda
aconteceu de fato.
Por exemplo, quando a empresa opta por dividir uma despesa em parcelas, o valor da parcela
entrará no controle apenas quando a parcela for realmente paga, mensalmente. Não será o valor
total a ser descrito, mas sim o valor da parcela.
A lógica é a mesma para os recebimentos feitos em parcelas, ou seja, a receita só será computada
no momento em que for recebida, na data que o credor pagar, não importando quando a venda
foi feita.
Por ser relativamente simples de ser utilizado, é um regime contábil bastante presente nas
empresas. Outra observação importante é que a análise do fluxo de caixa se realiza a partir deste
método.

Regime misto
O regime misto combina elementos do regime de caixa e do regime de compromisso. Os
procedimentos para elaborar um balanço orçamentário sob esse regime envolvem uma
combinação dos procedimentos mencionados acima.( SÁ, 2015) Aqui estão algumas
considerações adicionais:
1. Registro de Receitas e Despesas: O registro de receitas e despesas pode ser feito tanto
quando são efetivamente recebidas ou pagas (regime de caixa) quanto quando há um
compromisso de pagamento ou recebimento (regime de compromisso).
2. Ajustes para Refletir Compromissos Não Pagos: No regime misto, pode ser
necessário fazer ajustes para refletir os compromissos financeiros assumidos, mas que
ainda não foram pagos ou recebidos.
3. Análise dos Resultados: Ao elaborar um balanço orçamentário sob o regime misto, é
importante analisar os resultados levando em consideração tanto os valores
efetivamente pagos ou recebidos quanto os compromissos assumidos.

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Classificação de Procedimentos por Regime
Regime de Caixa
1. Registro de Receitas e Despesas em Dinheiro: Registre as receitas e despesas somente
quando o dinheiro é efetivamente recebido ou pago.
2. Categorização de Transações: Classifique as transações financeiras em categorias
apropriadas, como renda fixa, despesas fixas, renda variável, despesas variáveis.

Regime de Compromisso
1. Registro de Compromissos Financeiros: Registre as receitas e despesas quando há um
compromisso de pagamento ou recebimento, independentemente de o dinheiro ter
sido efetivamente recebido ou pago.
2. Acompanhamento de Compromissos: Acompanhe os compromissos financeiros
assumidos ao longo do período orçamentário e ajuste os registros conforme
necessário para refletir compromissos não pagos ou não recebidos.

Regime Misto
Entre os regimes simples e composto estudados, é possível considerar regimes mistos, onde há
recapitalização parcial dos juros periódicos e/ou o reembolso parcial do capital inicial ou, ainda,
o reforço de capital com novas entradas. Assim, excluindo a entrada de capital inicial e a saída
do capital final, num processo de capitalização e quanto ao capital, podemos ter: (1) só entradas;
(2) só saídas; (3) entradas e saídas ou (4) nem entradas nem saídas. Simultaneamente e quanto ao
juro periódico, podemos considerar: (a) recapitalização em 100%; (b) recapitalização em 0% ou
(c) recapitalização parcial. Da conjugação das diferentes modalidades de capital e de juro, é pois
possível referir uma multiplicidade de combinações possíveis de regimes de capitalização.
1. Combinação de Procedimentos: Adote uma abordagem que combine elementos dos
regimes de caixa e compromisso, registrando algumas transações com base no fluxo
de caixa real e outras com base nos compromissos assumidos.

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2. Ajustes e Conciliações: Faça ajustes e conciliações para garantir que os registros
financeiros sob o regime misto reflitam com precisão tanto os valores efetivamente
recebidos e pagos quanto os compromissos financeiros assumidos.

Vamos detalhar como as rendas de termos constantes, rendas de termos variáveis e rendas
perpétuas são tratadas nos procedimentos de elaboração de balanço orçamentário para os regimes
de caixa, compromisso e misto

Rendas de termos constantes


As rendas de termos constantes são aquelas que permanecem estáveis ao longo do tempo, sem
grandes variações. Geralmente, são rendas previsíveis e regulares, que não sofrem grandes
alterações em curtos períodos de tempo, (SILVA, 1994) por exemplos:
 Aluguéis fixos de imóveis.
 Juros de investimentos fixos.
 Pensões fixas.

Regime de Caixa
Registro quando Recebidas: No regime de caixa, as rendas de termos constantes são registradas
apenas quando são efetivamente recebidas.

Regime de Compromisso
Registro quando Compromissadas: As rendas de termos constantes são registradas quando há um
compromisso de recebimento, independentemente de o dinheiro ter sido recebido ou não.

Regime Misto
Combinação de Abordagens: No regime misto, as rendas de termos constantes podem ser
registradas com base no fluxo de caixa real ou nos compromissos assumidos, dependendo da
situação específica.

Rendas de termos variáveis


Para SILVA (1994), as rendas de termos variáveis são aquelas que podem flutuar ao longo do
tempo, podendo aumentar ou diminuir em resposta a diversos fatores. São menos previsíveis do

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que as rendas de termos constantes e podem variar significativamente em curtos períodos de
tempo, por exemplos:
 Vendas de produtos ou serviços, que podem variar de acordo com a demanda do
mercado.
 Comissões sobre vendas, que dependem do volume de negócios.
 Bônus ou prêmios baseados no desempenho.
 Rendas de investimentos variáveis, como dividendos de ações.

Regime de Caixa
Registro quando Recebidas: Da mesma forma que as rendas de termos constantes, as rendas de
termos variáveis são registradas no regime de caixa apenas quando são efetivamente recebidas.

Regime de Compromisso
Registro quando Compromissadas: As rendas de termos variáveis são registradas quando há um
compromisso de recebimento, independentemente de o dinheiro ter sido recebido ou não.

Regime Misto
Combinação de Abordagens: No regime misto, as rendas de termos variáveis podem ser
registradas com base no fluxo de caixa real ou nos compromissos assumidos, dependendo da
situação específica.

Rendas perpétuas
As rendas perpétuas são aquelas que não têm um prazo de término definido e continuam a ser
geradas indefinidamente. Podem ser consideradas fluxos de renda contínuos e perenes, que não
estão sujeitos a uma data de expiração. (SOBRINHO, 1995)
Exemplos:
 Dividendos de ações perpétuas.
 Juros sobre títulos perpétuos.
 Royalties de propriedade intelectual com contratos perpétuos.
 Aluguéis de terrenos ou propriedades com contratos perpétuos.

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Regime de Caixa
Registro quando Recebidas. No regime de caixa, as rendas perpétuas são registradas quando são
efetivamente recebidas.

Regime de Compromisso
Registro quando Compromissadas: As rendas perpétuas são registradas quando há um
compromisso de recebimento, independentemente de o dinheiro ter sido recebido ou não.

Regime Misto
Combinação de Abordagens: No regime misto, as rendas perpétuas podem ser registradas com
base no fluxo de caixa real ou nos compromissos assumidos, dependendo da situação específica.

Classificação
 Rendas de Termos Constantes: São rendas que permanecem estáveis ao longo do tempo,
sem grandes variações.
 Rendas de Termos Variáveis: São rendas que podem flutuar ao longo do tempo,
aumentando ou diminuindo em resposta a diversos fatores.
 Rendas Perpétuas: São rendas que não têm um prazo de término definido e continuam a
ser geradas indefinidamente.
Essa classificação ajuda na compreensão das características e comportamentos das diferentes
fontes de renda, auxiliando na gestão financeira e no planejamento estratégico.

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Conclusão
Deste trabalho pose-se concluir que, para todas as categorias de renda, é importante manter
registros precisos e atualizados, garantindo que as receitas sejam registradas no período correto
de acordo com o regime selecionado.A classificação correta das rendas é essencial para uma
análise precisa do desempenho financeiro e para o planejamento futuro.
A escolha do regime (caixa, compromisso ou misto) dependerá das necessidades e circunstâncias
específicas da organização, assim como da legislação aplicável e das práticas contábeis
recomendadas.
Portanto, a principal diferença entre o Regime de Competência e o Regime de Caixa é que no
primeiro deles utilizamos a data que a compra ou venda aconteceu e no segundo consideramos a
data em que o dinheiro efetivamente entrou ou saiu do caixa da empresa.
A escolha do regime adequado dependerá das necessidades e circunstâncias específicas da
organização.

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Referencias Bibliográficas
CADILHE, M.; SOARES, C. ‐ Lições de Matemática Financeira e noções complementares. Rio
Tinto: Asa, 1988.
CADILHE, M. ‐ Matemática Financeira Aplicada. 4ª ed. Porto: Edições Asa, 1999. ISBN 972 ‐
41‐1214‐4.
CANADAS, NATÁLIA ‐ A Matemática do Financiamento e das Aplicações de Capital. 1ª ed.
Lisboa:Plátano Editora, S.A., 1998. ISBN 972‐621‐976‐0.
MATEUS, J. M. A. ‐ Cálculo Financeiro. 5ª ed. Lisboa: Edições Sílabo, 1999. ISBN 972 ‐618 ‐
1984.
MATIAS, ROGÉRIO ‐ Cálculo Financeiro Teoria e Prática. . 3ª ed. Lisboa: Escolar Editora,
2009. ISBN 978‐972‐592‐243‐9.
SILVA, A. N. ‐ Matemática das Finanças: mercado de capitais e derivados. Portugal: McGraw ‐
Hill,1993‐1994. ISBN 972‐9241‐36‐6
SÁ, Ilydio Pereira de. Matemática comercial e financeira. 2. Ed 2000.
VIEIRA SOBRINHO, J. D. Manual de aplicações financeiras – HP-12C. 2. ed., São Paulo:
Atlas, 1985.
Almeida, Marcelo Cavalcanti - Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras
de Contabilidade – São Paulo, Atlas, 2000.

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