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TTAR – TT GESTÃO

Módulo 14 - Contabilidade Vitor Araújo


EBS Graciosa

24/10/2017
Conteúdos
 3. Código das contas (CC)
 1. O contexto contabilístico 3.1. Meios Financeiros Líquidos
1.1. Normalização 3.2. Contas a Receber e a Pagar
1.2. As empresas e os profissionais da 3.3. Património e Inventários
contabilidade 3.4. Investimentos
3.5. Capital, Reservas e Resultados Transitados

 2. Organização formal do SNC 3.6. Gastos


3.7. Rendimentos
2.1. Bases para a Apresentação das
3.8. Resultados
Demonstrações Financeiras (BADF)
2.2. Código de Contas (CC) (com Quadro
 4. Lançamentos contabilísticos
Síntese e de Notas de Enquadramento)
4.1. Debitar e Creditar
2.3. Estrutura Conceptual
4.2. Operações com as contas
2.4. Utentes e necessidades de informação
2.5. Objetivos das demonstrações financeiras  5. Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF)
5.1. Balanço
5.2. Demonstração dos resultados
• Identificar as partes integrantes da conta;
• Distinguir débito de crédito;
• Calcular saldos;
• Classificar os saldos quanto à sua natureza;
• Distinguir estática de dinâmica patrimonial;

Objetivos
• Identificar as regras de movimentação de contas;
• Executar lançamentos contabilísticos;
• Identificar o conceito de razão;
• Distinguir gastos de rendimento;
• Elaborar balancetes de verificação e balancetes finais;
• Interpretar dados constantes do balanço e da demonstração de resultados;
• Descrever as vantagens da normalização contabilística;
• Interpretar os princípios contabilísticos fundamentais;
• Reconhecer os requisitos básicos da informação contabilística;
• Distinguir contas do balanço, de contas de gastos e rendimentos e de contas
de resultados;
• Comparar a estrutura das demonstrações financeiras básicas;
• Apurar o resultado líquido do exercício;
• Definir o percurso entre um balanço inicial e um balanço final;
• Elaborar demonstrações de resultados;
• Interpretar dados constantes do balanço e da demonstração de resultados.
Diagnóstico - Contabilidade

 O que entende por contabilidade?

 Qual a importância da contabilidade para as Empresa, para os particulares e para o


Estado?

 O que entende por crédito e débito?


Contabilidade

Sistema de informação que reúne e comunica informação económica


e financeira sobre uma entidade a um conjunto diversificado de
pessoas com interesses sobre a entidade. A maioria da informação
relacionada com uma determinada empresa resulta da própria
organização, nomeadamente do departamento de contabilidade.
Os dados contabilísticos são muito importantes para as
funções da Empresa
 O planeamento: determinação dos objetivos da empresa e a criação de estratégias,
a empresa precisa de saber qual a sua situação para saber o que pretende ser;

 A organização: estabelecimento de estruturas para a construção dos planos, a


empresa precisa de conhecer os seus recursos;

 O controlo: identifica os desvios das realizações das ações planeadas e a tomada


de medidas corretivas, a empresa precisa de ter acesso aos resultados reais
comparativamente aos resultados previstos.
Particulares

Os trabalhadores, investidores, financiadores, clientes e fornecedores: através dos dados


contabilísticos poderão avaliar a situação da empresa num dado momento:
Trabalhadores - verificar se a empresa é viável e apurar a segurança dos seus empregos e
remunerações;
Investidores - analisar se o capital aplicado está bem investido e a dar o rendimento correto;
 Financiadores e fornecedores - validar que os bens (monetários ou físicos) estão
corretamente aplicados e que as dívidas vão ser amortizadas (pagas);
Clientes - confirmar que existe segurança nos fornecimentos habituais e no
acompanhamento de garantia.
Estado

 A contabilidade fornece ao Estado informações da mais variada natureza:

 Informação fiscal;

 Dados estatísticos para o governo (para proceder com a sua política económica, fazer
análises sectoriais, etc);

 Informação necessária para prestar contas ao nível comunitário.


Sistema de Normalização Contabilística
- SNC
 Aparece como resposta nacional à transposição do regulamento
n.º1606/2002, da Comissão Europeia, que tem como objetivo assegurar
o funcionamento eficiente do mercado de capitais da União Europeia e
do Mercado Interno.
Sistema de Normalização Contabilística – em que
consiste?

Modelo de normalização assente em princípios, que pretende


contribuir para a convergência internacional, em termos de
contabilidade, promovendo a transparência das demonstrações
financeiras e a eficácia e eficiência do mercado de capitais.
 Nesse sentido, o SNC está em sintonia com as normas internacionais de contabilidade
do International Accounting Standards Board (IASB) e adoptadas na União Europeia.

 Com o SNC, as normas contabilísticas nacionais aproximam-se das Normas


Internacionais de Contabilidade (NIC). Estas últimas vão determinar os
procedimentos a adoptar em termos de reconhecimento, mensuração, apresentação e
divulgação das contas das empresas
O Sistema de Normalização Contabilística (SNC)
tem por base:
• Decreto-lei de enquadramento;
• Bases e normas gerais;
• Modelos de declarações financeiras;
• Codificação das contas;
• Normas contabilísticas de relato financeiro;
• Normas contabilísticas de relato financeiro para pequenas empresas;
• Normas interpretativas.
Caracterização do SNC

Estrutura conceptual.
Modelos de demonstrações financeiras.
Códigos de contas (CC).
Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).
Normas Interpretativas (NI).
Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE).
Norma Contabilística para Microentidades (NC-ME).
Normalização Contabilística para as Entidades do Setor não Lucrativo (ESNL).
Demonstrações Financeiras

 A norma internacional de contabilidade IAS 1(International Accounting


Standard) define as demonstrações financeiras como uma representação
estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de uma
determinada entidade.

 As Demonstrações Financeiras são um conjunto de mapas onde estão


espelhadas as informações contabilísticas.
As Demonstrações Financeiras podem ser de 3 tipos
Mapas que demonstram o património da empresa, quais as suas dívidas e qual o seu valor
num determinado e preciso momento. Ex: balanço.

Mapas que demonstram como se formaram os resultados ao longo de um


determinado período de tempo. Ex: Demonstração de Resultados.

Mapas que demonstram os fluxos monetários e as alterações patrimoniais num


determinado período de tempo.
Ex: demonstrações de fluxos de caixa, demonstrações de alterações dos capitais
próprios e mapas de origens e aplicações de fundos.
Objetivo das demonstrações financeiras

 Proporcionar informação fiável acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de
caixa de uma determinada entidade que seja útil a uma vasta gama de utentes nas respetivas tomadas de
decisões económicas, permitindo, simultaneamente, mostrar os resultados da gestão por parte dos gerentes
dos recursos que lhes foram confiados e colocados à disposição.
 Para satisfazer esses objetivos:

 as demonstrações financeiras proporcionam informação acerca: dos ativos,


passivos, capital próprio, rendimentos e gastos e outras alterações do capital
próprio, e acerca dos fluxos de caixa.
 Estas informações, contidas em mapas, juntamente com informação contida nas
notas, ajudam os utentes das demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos
de caixa da entidade e a sua tempestividade e grau de incerteza.
De acordo com o SNC, um conjunto completo de
demonstrações financeiras deve incluir:

1. um balanço;
2. uma demonstração dos resultados;
3. uma demonstração de alterações no capital próprio;
4. uma demonstração dos fluxos de caixa;
5. anexo, compreendendo as bases de preparação, um resumo das políticas contabilísticas
significativas e outras notas explicativas.
Código de Contas (CC)

 Estrutura codificada e uniforme de contas que visa acautelar as


necessidades dos vários utilizadores da informação contabilística, públicos e
privados e as necessidades de informação de bases de dados oficiais e
particulares.
 
 Doc. não exaustivo contendo o quadro síntese de contas, o código de contas
(lista codificada de contas), e notas de enquadramento. Deve ser adotado
pelas Pequenas Entidades e pode ser utilizado pelas entidades que apliquem
NIC/IAS.
 
O Código de Contas é constituído pelas
seguintes componentes:

 O quadro síntese das contas;


 O código de contas (lista codificada de contas);
 Notas de enquadramento.

 O CC identifica as contas e respetivas notas de enquadramento


de aplicação específica para todas as entidades sujeitas ao SNC,
incluindo as entidades do setor não lucrativo e as microentidades.
Notas de enquadramento (CC)

 Têm o objetivo de ajudar na interpretação e ligação do código de


contas com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro,
funcionando como mero auxiliar aos preparadores da informação
financeira.

 Não se trata de uma ligação exaustiva entre o código de contas e as


NCRF, mas apenas algumas referências específicas para
determinadas contas.
O Código de Contas…

 Incorpora e identifica as contas específicas dirigidas às ESNL atentas às


suas especificidades e missão.

 As contas que não se encontrem especificamente identificadas como


aplicáveis às Entidades do Setor Não Lucrativo serão utilizadas e
movimentadas conforme nestas notas se encontra previsto, sempre que a
ESNL exerça atividades em que se revele necessária a sua utilização.
 
 Reflete as especificidades aplicáveis às microentidades, para simplificar
para uso por estas entidades.
Estrutura Conceptual

 suporte teórico da normas contabilísticas que, apoiando-se na teoria geral


da contabilidade, desenvolve, mediante uma lógica dedutiva, os
fundamentos conceptuais da informação financeira, com a finalidade de
dotar de sustento racional, e, em consequência, de acordo com a lógica, as
normas contabilísticas com as quais se estabelece aquela informação.
Primeiro,

 define-se que objetivos se pretende atingir com a contabilidade


(meramente para pagar impostos, para atender às necessidades dos
gestores, sócios ou acionistas, investidores de mercados de capitais,
dos financiadores, etc.), o que dará origem à definição das
características qualitativas.
 
De seguida,

 tratam-se os elementos das demonstrações financeiras, os critérios


de reconhecimento e mensuração desses elementos.

 Por último, os conceitos de manutenção de capital a seguir.


A estrutura conceptual de preparação e
apresentação de demonstrações financeiras do
SNC
tem por base a estrutura conceptual do IASB (framework for the
preparation and presentation of financial statements).

 Constitui um documento de fundamental importância, pois assegura a


consistência e a lógica de formulação das Normas e suas Interpretações.

Deve ser consultado em caso de dúvidas ou omissão de disposições


específicas.
A estrutura conceptual do IASB
compreende quatro grandes categorias:

 os objetivos das demonstrações financeiras;

 as características qualitativas das demonstrações financeiras;

 a definição, reconhecimento e mensuração dos elementos das


demonstrações financeiras;

 o conceito de capital e manutenção de capital.


a estrutura conceptual

 Na introdução, identifica os diferentes utentes das demonstrações financeiras


(investidores, empregados, financiadores, fornecedores e outros credores, clientes,
Governo e órgãos do Governo e público), referindo que, embora a totalidade da
informação necessária destes utentes não possa estar contida nas demonstrações
financeiras, existem necessidades comuns aos diferentes utentes.

 É referido que a responsabilidade pela elaboração e apresentação das demonstrações


financeiras é dos gestores.
Utentes e necessidades de informação

A EC do SNC identifica múltiplos utentes das demonstrações financeiras:


 Investidores atuais,
 Investidores potenciais,
 Empregados,
 Mutuantes,
 Fornecedores e outros credores comerciais,
 Clientes,
 Governos e seus departamentos e o
 Público.
Os utentes utilizam as demonstrações financeiras a fim de
satisfazerem algumas das suas diferentes necessidades de
informação

Investidores - Os fornecedores de capital de risco e os seus consultores estão


ligados ao risco inerente a, e ao retorno proporcionado por, os seus investimentos.
Necessitam de informação para os ajudar a determinar se devem comprar, deter
ou vender. Os acionistas estão também interessados em informação que lhes
facilite determinar a capacidade da empresa de pagar dividendos.
Empregados
 Os empregados e os seus grupos representativos estão interessados na
informação acerca da estabilidade e da lucratividade dos seus
empregadores. Estão também interessados na informação que os
habilite a avaliar a capacidade da empresa de proporcionar
remuneração, benefícios de reforma e oportunidades de emprego.
Mutuantes
 Os mutuantes estão interessados em informação que lhes permita
determinar se os seus empréstimos, e os juros que a eles respeitam,
serão pagos quando vencidos.
Fornecedores e outros credores comerciais

 Os fornecedores e outros credores estão interessados em informação que


lhes permita determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas no
vencimento.

 Os credores comerciais estão provavelmente interessados numa empresa


durante um período mais curto que os mutuantes a menos que estejam
dependentes da continuação da empresa como um cliente importante.
Clientes

 Têm interesse em informação acerca da continuação de uma empresa,


especialmente quanto têm envolvimentos a prazo com, ou estão dependentes
da empresa.
Governos e seus departamentos

 Estão interessados na imputação de recursos e, por isso, nas atividades


das empresas. Também exigem informação a fim de regularem as
atividades das empresas, determinar as políticas de tributação e como a
base para o rendimento nacional e estatísticas semelhantes.
Público

 As empresas afetam parte do público de varias formas Ex: Podem dar


uma grande contribuição à economia local de muitas formas incluindo o
n.º de pessoas que empregam e patrocinar comércio dos fornecedores
locais. As d. f. podem ajudar o público proporcionando informação sobre
as tendências e desenvolvimentos recentes na prosperidade da empresa e
suas atividades.
Objetivos das demonstrações financeiras

Segundo a estrutura conceptual, as demonstrações financeiras têm como


objetivo proporcionar informação sobre:
a posição financeira;
o desempenho;
as alterações na posição financeira de uma entidade que sejam úteis para um
leque alargado de utilizadores no processo de tomada de decisões económicas.
Segundo a estrutura conceptual,

 os pressupostos subjacentes à elaboração das demonstrações


financeiras são dois:
 o regime do acréscimo;
 a continuidade.
Regime do acréscimo

 Segundo este regime, os efeitos das transações e outros eventos são


reconhecidos quando ocorrem e não quando se verifica o seu
pagamento ou recebimento, ou seja, a contabilidade não é efetuada
numa base de caixa, mas sim quando as transações ocorrem.
Continuidade

 As demonstrações financeiras são normalmente preparadas no pressuposto de que a


entidade prosseguirá a sua atividade operacional.

 Assume-se que a entidade não tem intenção, nem necessidade, de entrar em liquidação ou
reduzir significativamente o seu nível de negócio.

 Caso essa intenção ou necessidade exista, as demonstrações financeiras devem ser


preparadas numa base de liquidação devendo esta ser divulgada.

 Caso se preveja a dissolução da entidade, as demonstrações financeiras devem ser


elaboradas numa base de liquidação.
Mód.15

MÉTODOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE


ECONÓMICA E FINANCEIRA
Objetivos
 Distinguir os conceitos de Função Financeira, Gestão Financeira e Análise Financeira;
 Identificar os objetivos da Função Financeira;
 Explicar a atividade financeira como resultado de um processo de troca entre a empresa e o exterior;
 Descrever o ciclo financeiro da empresa;
 Aplicar métodos e técnicas de análise financeira e de gestão orçamental como ferramentas para a gestão
das empresas;
 Identificar o papel do gestor financeiro no curto e no longo prazo;
 Caracterizar as fontes de financiamento ao dispor da empresa;
 Elaborar orçamentos e analisar desvios orçamentais;
 Propor soluções financeiras ou alteração do plano de atividades da empresa em função dos resultados do
orçamento de tesouraria;
 Caracterizar os investidores face ao risco;
 Calcular o valor de uma quantia de dinheiro diferida no tempo.
Conteúdos

Método dos indicadores ou rácios


Fundo de maneio líquido
Equilíbrio financeiro a curto prazo
Equilíbrio financeiro a médio e longo prazo
Análise financeira com demonstração de resultados
Saldos intermédios de gestão
Cash-flow e autofinanciamento
Margem bruta
Custos operacionais variáveis
Custos fixos
Análise económica
Análise da rendibilidade da empresa
Árvore da rendibilidade do capital próprio
Estrutura financeira da empresa

 A empresa é o resultado de um conjunto de recursos organizados que,


atuando no mercado, fornece produtos e/ ou serviços em troca duma
retribuição monetária.
 
 Qualquer entidade que possua um conjunto organizado de meios, com
vista a exercer uma atividade económica. Esta atividade pode traduzir-se
na transação e/ou na produção de bens e/ou serviços, com o objetivo de
atender a alguma necessidade humana.
Empresa

São unidades institucionais cuja principal função económica é a produção


de bens e serviços comercializáveis, isto é, bens ou serviços que podem ser
transacionados nos mercados visando a criação de riqueza.
 
A Empresa é ainda uma Entidade com enquadramento Jurídico,
Económico e Social.
Enquadramento jurídico

 define a forma de constituição e funcionamento do ponto de vista legal.


Corresponde a forma legal pela qual os promotores optaram por
desenvolver a sua atividade, que pode ser exercida individualmente ou
associando diversos indivíduos, pessoas físicas ou jurídicas - sociedades
ou outras entidades coletivas.
Individualmente

 os empresários podem trabalhar a título individual, como


comerciantes, prestadores de serviços ou industriais ou constituir
uma "sociedade" sob a forma de Sociedade por Quotas Unipessoal
ou como Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada.
Coletivamente

 diversos indivíduos (pessoas físicas ou jurídicas) podem ser


promotores de uma atividade económica e organizar-se sob uma das
formas previstas quer pelo Código das Sociedades Comerciais, quer do
Código Cooperativo, quer por outra legislação própria.

 As formas mais comuns de associação são as Sociedades por Quotas


(que exigem no mínimo duas pessoas), ou as Sociedades Anónimas,
que exigem cinco ou mais pessoas, havendo no entanto exceções a essa
regra.
 O enquadramento económico garante que a Empresa cumpre os seus
objetivos de criação de riqueza.

 O enquadramento social garante que a Empresa cumpre com os


objetivos de desenvolvimento da Sociedade em que se insere.
Ficha de diagnóstico
 Diga o que entende por:
- Fluxo de caixa
- Autofinanciamento
- Custos fixos
- Custos variáveis
- Método de indicadores ou rácios
- Fundo de maneio
- Margem bruta
- Rendibilidade do capital próprio
- Balanço social
Função financeira, gestão financeira e análise
financeira
 A função financeira de uma empresa prende-se com a obtenção, utilização e
controle dos recursos financeiros, de forma a maximizar o valor da empresa,
desenvolvendo atividades:
 A determinação das necessidades de recursos financeiros (através do
planeamento das necessidades, inventariação dos recursos disponíveis,
previsão dos recursos a libertar pela exploração e cálculo dos recursos a
obter fora da empresa);

 A obtenção de recursos da forma mais vantajosa (em termos de custos e


prazos, condições fiscais, equilíbrio entre a composição dos capitais
próprios e alheios);
 A aplicação criteriosa e racional dos recursos (a fim de obter uma estrutura
financeira adequada e bons níveis de eficiência e rendibilidade);
 O controlo das aplicações de fundos (através da comparação entre previsões e
realizações e pela análise dos desvios);
 A avaliação da rendibilidade dos investimentos (quer da empresa como um todo,
quer por tipo de capitais utilizados).
A função financeira engloba a gestão financeira e a
análise financeira

A gestão financeira abrange o conjunto de técnicas que visam:

A obtenção regular e oportuna dos recursos financeiros necessários ao


funcionamento e desenvolvimento da empresa, ao menor custo possível e sem
alienação da sua independência;
O estudo e controlo da rendibilidade.
Pode ser aplicada numa perspetiva:

 De médio longo prazo (quanto a políticas de investimento e de


financiamento, distribuição de resultados ou estrutura e nível dos
capitais permanentes);

 De curto prazo (relativamente à gestão dos ativos e passivos


circulantes, tais como, disponibilidades, gestão dos créditos de/a
terceiros, desconto de títulos, gestão de stocks e tesouraria).
Objetivos da gestão financeira
 Fazer o planeamento financeiro de médio longo prazo (Planos
Financeiros) e de curto prazo (Orçamentos de Tesouraria);

 Assegurar a gestão da tesouraria;

 Estudar as decisões de investimento e selecionar as fontes de


financiamento, negociar financiamentos;

 Estudar políticas de amortização do imobilizado, constituição de


provisões e distribuição de resultados;
Cont.

 Assegurar a estrutura financeira mais adequada;

 Manter a integridade do capital e promover o seu reforço;

 Permitir a constante solvibilidade da empresa;

 Assegurar a rendibilidade dos capitais investidos;

 Controlar origens e aplicações de fundos.


Análise financeira
 Compete a esta a recolha de dados e o seu estudo, a fim de
fornecer informações relevantes ao gestor financeiro, através de
um conjunto de técnicas que visam o estudo passado e presente
da situação económico-financeira da empresa, com vista a
determinar a sua provável evolução futura.
Análise financeira – cont.

 O seu objeto consiste em caracterizar a situação económica e


financeira da empresa e a sua evolução ao longo de certo período
de tempo (normalmente de 3 a 5 anos), com base no estudo das
demonstrações financeiras e respetivos anexos.
A análise financeira pretende obter resposta
às seguintes questões:

A empresa é lucrativa?
Como é obtido o lucro?
O que aconteceu no ano anterior?
Qual nível de faturação da empresa?
Está muito endividada?
Que investimentos foram realizados?
Proposta de trabalho – cont.
Suponha que a Empresa GRW (produtora de pneus), funciona há 10 anos e
nos últimos três obteve valores de produção na ordem dos 900 000 euros
anuais. No entanto, tem um passivo a rondar os 1 000 000 euros. Os lucros
advêm da produtividade da empresa, conseguindo exportar para vários países.
Os ativos da GRW estão na ordem dos 500 000 euros. No último ano obteve
um empréstimo na ordem dos 100 000 euros destinados a pagar ordenados e
máquinas por estar em dificuldades financeiras.

Considera que a Empresa GRW tem viabilidade financeira no futuro?


Justifique a sua resposta.

O que faria se fosse diretor, gestor ou acionista desta empresa?


Proposta de trabalho
1- Comente a seguinte frase e refira a qual elemento financeiro nos
referimos?

Qualquer entidade que possua um conjunto organizado de meios,


com vista a exercer uma atividade económica. Esta atividade pode
traduzir-se na transação e/ou na produção de bens e/ou serviços,
com o objetivo de atender a alguma necessidade humana.
Proposta de trabalho – cont.
2- Refira os tipos de enquadramento das Empresas.

3 – O que é o enquadramento jurídico de uma Empresa?

4- Refira a subdivisão da função financeira.

5-Diferencie a gestão financeira a curto e a médio – longo prazo.

6- Explicite em que consiste a análise financeira das empresas e refira


três dos seus objetivos.
Principais interessados na informação
económica e financeira
 A legislação, plasmada fundamentalmente no Código das Sociedades
Comerciais, obriga as empresas a divulgar as suas contas.

 Estas são divulgadas num conjunto de documentos denominados de


Relatório e Contas onde se incluem as demonstrações financeiras.
 
 As D. F. refletem a posição financeira das empresas (os seus recursos
e as suas dívidas) e o resultado das suas operações apresentando-as e
divulgando-as de forma agregada.
Para que este objetivo seja atingido é necessário haver
determinados procedimentos contabilísticos:
 Identificar - distinguir as operações que devem ser tratadas pela contabilidade,
como por exemplo as compras, vendas ou aquisições de equipamentos;

 Reconhecer- significa contabilizar, ou seja incorporar essa informação na


contabilidade;

 Mensurar - significa atribuir uma quantia monetária ao facto que se vai


contabilizar;

 Apresentar ou elaborar as demonstrações financeiras;

 Divulgar - complementar no Anexo a informação quantitativa que consta nas


outras demonstrações financeiras.
Entidades com interesse no conhecimento das
informações de carácter económico e financeiro
de uma empresa
 Investidores
 Consultores
 Analistas financeiros
 Gestores
 Pessoal
 Sindicatos
 Estado
 Outros entes públicos
 Fornecedores
 Outros credores comerciais
 Outros
Entidades com interesse no conhecimento das
informações de carácter económico e financeiro
de uma empresa
Investidores, Consultores e Analistas Financeiros

são proprietários das empresas (sócios ou acionistas) que fornecem o capital de risco.
Precisam de informação para saber se compram ou vendem os títulos de uma
determinada empresa e qual o retorno esperado do seu investimento.

Os consultores estão interessados nesta informação pois muitos dos investidores


recorrem aos seus serviços e são eles que os aconselham a comprar, deter ou vender
ações/quotas de uma determinada empresa.
Gestores

 Pretendem avaliar a sua performance, compreender e controlar as


operações e ter uma base para o planeamento e para a tomada de
diversas decisões de gestão, tais como, decisões de investimento, de
financiamento, de distribuição de resultados, de políticas comerciais ou
operacionais.
 Os contratos ou planos de incentivo aos gestores assentam
essencialmente em elementos financeiros.
Pessoal e Sindicatos

 Pretendem negociar melhores condições de trabalho e maiores benefícios


salariais, necessitando de informações financeiras da empresa, dado que estas
constituem uma boa fonte de informação acerca da sua situação atual e
potencial rendibilidade e solvabilidade.

 Dado que a empresa possui uma importante envolvente social, promovendo o


emprego e constituindo uma das principais fontes de rendimento das famílias,
o seu pessoal necessita ter conhecimento das suas informações financeiras a
fim de avaliar a viabilidade futura dos seus planos de reforma.
Público

 as entidades afetam o público de diversos modos. Ex: podem dar uma


contribuição substancial à economia local de muitas maneiras
incluindo o n.º de pessoas que empregam, e patrocinar comércio dos
fornecedores locais.

 As d.f. podem ajudar o público ao proporcionar informação acerca das


tendências e desenvolvimentos recentes na prosperidade da entidade e
o leque das suas atividades.
Estado e Outros Entes Públicos
 Calculam o montante de impostos e taxas devido numa perspetiva fiscal, ou
pretendem obter acesso aos elementos sobre a sua atividade, ex: entidades
que acompanham determinados setores económicos (construção e da
habitação por ex.), a fim de compatibilizar medidas e políticas.

 O Governo e os seus departamentos estão interessados na alocação de


recursos e por consequência na atividade das entidades. E exigem
informação a fim de regular as atividades, determinar as políticas de
tributação e como informação para estatísticas do rendimento nacional, etc. 
Fornecedores e outros credores comerciais

 estão interessados em informação que permita determinar se as quantias que


lhes são devidas serão pagas nas datas de vencimento.

 Os credores comerciais estão provavelmente interessados numa entidade


durante um período mais curta que os mutuantes, a menos que estejam
dependentes da continuação da entidade como um cliente importante.
Outros
 Tais como: concorrentes que pretendem avaliar a performance
relativa, estudantes ou docentes que pretendem realizar trabalhos de
investigação académica, ou outras instituições de interesse específico.

Uma análise financeira inclui o estudo comparativo das informações


financeiras de uma ou várias empresas num determinado momento
no tempo (Análise Cross-Seccional) e/ou evolução e tendências dessas
informações ao longo do tempo (Análise Time-Serie).
Análise financeira com demonstração de
resultados
 Saldos intermédios de gestão

O mapa de tesouraria é obrigatório na análise financeira da


empresa. É este que nos mostra os fluxos monetários, isto é,
a relação entre os pagamentos e os recebimentos, e por
consequência, a situação de excedentes ou défice de
tesouraria.  
 A empresa deve fazer um orçamento anual de tesouraria, com detalhe
mensal, a fim de atempadamente prevenir os défices de tesouraria, tomando
as medidas adequadas, pelo recurso ao crédito de curto prazo, atrasando
pagamentos a fornecedores ou tentando encurtar os prazos de recebimento
dos clientes.
 
 Esse orçamento deve ser comparado mensalmente com a situação real, a fim
de se identificarem os desvios e a sua origem.
 Nas operações ativas de tesouraria incluir-se-ão, além dos valores em
Caixa e Bancos, os saldos de valores a receber (Clientes, IVA), Outros
Devedores, etc.) ou (numa perspetiva previsional) os ativos que
excedam as políticas definidas.
 
 Nas operações passivas de tesouraria incluir-se-ão os valores a pagar, ou
(numa perspetiva previsional) os saldos passivos (Impostos, Outros
Credores, etc.) não comportados pelas políticas contratadas.
 
 O saldo funcional das operações de tesouraria é o indicador Tesouraria
Líquida.
Mapa de tesouraria
Tesouraria Líquida = Tesouraria ativa – Tesouraria Passiva

Ou

Tesouraria Líquida = Fundo de Maneio – Fundo de maneio Necessário

 
 A Tesouraria não pode apresentar saldo negativo (isto é, valores ativos
inferiores aos passivos).
 
 Um déficit de Tesouraria significa também que o Fundo de Maneio não
é suficiente para cobrir as Necessidades de Fundo de Maneio.

 Tal situação, quando não controlada, pode obrigar à paragem de


qualquer atividade a muito curto prazo.
Proposta de trabalho

 1 – O que entende por mapa de tesouraria???

 2- O que se inclui nas operações passivas e ativas de um mapa


de tesouraria?

 3- Faz uma análise exaustiva ao mapa de tesouraria da empresa


xpto. Não esqueça de abordar todas as rubricas.
Cash-flow e autofinanciamento

O termo Cash-Flow (em português, fluxos de caixa), designa o


saldo entre as entradas e saídas de capital de uma empresa durante
um determinado período de tempo, podendo ser calculado
mediante a construção de um mapa de fluxos de tesouraria.
A demonstração dos fluxos de caixa

 tem como objetivo apresentar as alterações verificadas de caixa e seus


equivalentes, atendendo aos fluxos monetários, agrupados pelas
atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
 
 A realização ou não de um projeto de investimento depende da
capacidade de gerar fluxos financeiros (receitas) num futuro mais ou
menos próximo, de modo a cobrir as despesas efetuadas com a sua
realização e funcionamento.
O conceito de cash-flow

 inclui as vendas e os custos (excluindo os custos que não


representam movimentos monetários, como as amortizações de
instalações e equipamentos) e não os recebimentos e os
pagamentos.
Medir o cash-flow pode ser usado para
 
Avaliar o estado ou performance de um projeto;

Determinar problemas de liquidez.

Determinar a taxa de rendibilidade de um projeto.

Examinar os lucros ou crescimento de um negócio quando se acredita


que a contabilidade patrimonial não representa a realidade económica.
Fórmula de Cálculo do Cash-Flow

 RL - os resultados líquidos;
 AA - as amortizações e outros ajustamentos de valor
efetuados aos ativos;
 REx - os resultados extraordinários.
1- Complete as fórmulas que se seguem:

 Tesouraria líquida =
 Fluxo de caixa =
 Ativos =
 Solvabilidade =
 Fundo de maneio =

2- Diga o que entende por cash flow.


Soluções
 Tesouraria líquida = Tesouraria ativa – tesouraria passiva ou
Tesouraria líquida = Fundo de maneio – fundo de maneio necessário

 Cash flow = Resultados líquidos + amortizações e outros ajustamentos de valor efetuados aos ativos + Resultados
Extraordinários (cash flow = RL + AA – Rex)

 Ativos = Passivo + Capital Próprio (A = P + CP)

 Solvabilidade = ( Solv = Capitais Próprios / Passivo)


 Fundo de maneio = Ativo Corrente – Passivo Corrente ou
Fundo de maneio = Capitais Permanentes - Ativo Fixo
Cash-flow de exploração

 Quando no cálculo do cash-flow são utilizados apenas os custos


de exploração e os proveitos de exploração, o resultado é o cash-
flow de exploração.

 Este mede a capacidade da empresa em gerar disponibilidades


através da sua atividade normal, isto é, expurgada de
acontecimentos extraordinários e dos resultados das políticas de
aplicações financeiras e de financiamento.
autofinanciamento
 Pelo facto de proporcionar uma medida da capacidade da empresa
em libertar meios monetários, o cash-flow torna-se um excelente
indicador da capacidade de autofinanciamento da empresa, isto é,
da sua capacidade para efetuar novos investimentos sem
necessidade de recorrer a fontes de financiamento externas.

 O autofinanciamento corresponde a uma fonte de financiamento


gerada dentro de uma entidade, com a particularidade de derivar
diretamente da atividade normal de exploração dessa mesma
entidade.
Como se distingue de outras fontes de
financiamento?
 Por dispor das empresas e outras entidades, como sejam o recurso
a financiamentos externos (nomeadamente bancários) ou as
entradas adicionais de capital efetuadas pelos respetivos detentores
de capital, seja sob a forma de suprimentos ou prestações
suplementares.
São exemplos de fluxos de caixa provenientes de atividades de
financiamento:
Recebimentos de caixa provenientes da emissão de ações ou de outros
instrumentos de capital próprio;

Recebimentos provenientes da emissão de certificados de divida,


empréstimos, livranças, obrigações, hipotecas e outros empréstimos
obtidos a curto ou longo prazo;
Pagamentos de caixa por aquisição de ações (quotas) próprias, redução
do capital ou amortização de ações (quotas);

Desembolsos de caixa de quantias de empréstimos obtidos;

Pagamentos de caixa por um locatário para a redução de uma divida em


aberto relacionada com uma locação financeira.
Ao nível da contabilidade empresarial

o partindo do mapa demonstração de resultados, o autofinanciamento


num determinado período (coincidente com aquele ao qual o
referido mapa se reporta) corresponde aos meios libertos líquidos
gerados, ou seja, à soma das rubricas de resultado líquido do
exercício, amortizações do exercício e provisões do exercício.
O grau de liquidez do autofinanciamento gerado por uma empresa num
determinado período depende de vários fatores:

 política de concessão de crédito a clientes;

 política de obtenção de crédito dos fornecedores;

 política de gestão das existências;

 política de investimentos em capital fixo e respetiva política de


financiamento;

 política de distribuição de lucros.


Proposta de trabalho
 O termo Cash-Flow (em português _____________), designa o ________
entre as __________e ____________ de ___________ de
uma empresa durante um determinado período de tempo, podendo ser
calculado mediante a construção de um ____________ de uma tesouraria.
Geralmente, e por uma questão de utilidade prática, os fluxos medidos
não são rigorosamente de _________, mas antes as transacções de
exploração que se traduzam em movimentos monetários
no ____________. Desta forma, o conceito de ___________passa a incluir
as ________ e os _________ (excluindo obviamente os custos que não
representam movimentos ____________como por exemplo as
__________de instalações e equipamentos) e não os __________ e os
pagamentos.
 Vendas
 Recebimentos
 fluxos de caixa
 Saldo
 Cash-flow
 Entradas
 Custos
 Saídas
 amortizações
 Capital
 Mapa de fluxos
 monetários
 Caixa
 Curto prazo
Proposta de trabalho: correção

O termo Cash-Flow (em português, fluxos de caixa), designa o saldo entre as


entradas e saídas de capital de uma empresa durante um determinado
período de tempo, podendo ser calculado mediante a construção de um mapa
de fluxos de tesouraria. Geralmente, e por uma questão de utilidade prática,
os fluxos medidos não são rigorosamente de caixa, mas antes as transacções
de exploração que se traduzam em movimentos monetários no curto prazo.
Desta forma, o conceito de cash-flow passa a incluir as vendas e os custos
(excluindo obviamente os custos que não representam movimentos
monetários como por exemplo as amortizações de instalações e
equipamentos) e não os recebimentos e os pagamentos.
A forma de cálculo

parte do resultado líquido do exercício como aproximação aos meios


líquidos criados pela empresa e acrescenta-lhe as amortizações e
provisões do exercício na medida em que, tendo sido consideradas no
cálculo daquele, estas rubricas não têm tradução em termos financeiros
(são um custo mas não uma despesa), devendo, portanto, o seu efeito ser
retirado através da sua adição.
autofinanciamento
 o cálculo do volume de autofinanciamento acumulado numa
empresa deve incluir os resultados transitados e lucros não
distribuídos de anos anteriores.
 
 A nível da contabilidade nacional, a taxa de autofinanciamento é
normalmente assumida como o rácio entre a soma das rubricas de
poupança das sociedades e parte da poupança dos empresários
associada a investimento e a soma da formação bruta de capital
fixo e a variação de existências.
Curso Profissional: Técnico de Turismo Ambiental e Rural
Disciplina: Turismo e técnicas de gestão

Módulo 16

INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO


DE PROJETOS E EMPRESAS
TURÍSTICAS
Conteúdos

 PROJETOS DE INVESTIMENTO E TURISMO


 Definição
 Classificação e tipologia dos projetos turísticos
 Principais etapas para a criação de um projeto
 Enquadramento de projetos e análise SWOT
 O plano de investimento e de financiamento
 Processo de candidatura
 Fatores de análise
 Execução financeira do projeto
APRESENTAÇÃO
 O presente módulo visa dotar os alunos de competências técnicas e práticas no âmbito
da gestão empreendedora no domínio do turismo. Procura-se, portanto, estimular o
espírito empreendedor através da análise de casos práticos que reflitam uma
transformação de ideias em projetos empresariais de sucesso.  

 Pretende-se ainda que os alunos fiquem aptos a organizar, executar e analisar projetos
de investimento, determinar qual o melhor meio de financiamento disponível no
mercado e os pontos sensíveis dos projetos, bem como criar condições de minimização
do risco de investimento, numa perspetiva interdisciplinar de articulação com os
Métodos e Técnicas de Análise Económica – Financeira. 

 Visa-se a elaboração de um projeto de investimento turístico, que poderá não


corresponder à criação de um investimento de raiz, mas a um projeto de
desenvolvimento de uma região, à avaliação e viabilidade de uma nova área de
negócio de uma empresa existente ou à criação de um novo produto turístico.
Objetivos de Aprendizagem
 Aplicar o conceito de projeto de investimento turístico;

 Identificar as diferentes classificações e tipologias de projetos de investimento turístico;

 Criar uma ideia de negócio no setor turístico;

 Percorrer as diferentes etapas com vista à criação de um projeto de investimento


turístico;

 Aplicar os procedimentos legais e administrativos tendentes à criação de projetos


turísticos.

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