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É a forma jurídica mais simples de constituição de uma empresa, titulada apenas por um indivíduo, mais
direcionada para pequenos negócios, com investimento reduzido e de baixo risco. Neste tipo de empresa, o nome
comercial deverá ser constituído pelo nome civil completo ou abreviado do empresário e poderá incluir uma
expressão relacionada com a atividade exercida. No caso do empresário ter obtido a empresa por sucessão, pode
acrescentar ao nome “sucessor de” ou “herdeiro de”.
O empresário em nome individual pode optar pelo regime simplificado ou pela contabilidade organizada. O regime
simplificado de tributação é a opção mais comum, sendo atribuída por defeito pela Autoridade Tributária e
Aduaneira no momento em que o empresário em nome individual abre atividade. Caso opte por este regime de
tributação e não ultrapasse 10.000,00 euros de volume anual de negócios, o empresário em nome individual pode
ainda usufruir da isenção de IVA (Artigo 53º do CIVA). Se o empresário em nome individual optar pela
contabilidade organizada pode deduzir grande parte das despesas profissionais e apurar de forma rigorosa os
rendimentos líquidos. A contabilidade organizada é o regime fiscal mais eficiente para atividades de maior
complexidade e para quando as despesas com a atividade são superiores a 25% dos rendimentos.
Não é obrigatório capital social mínimo para iniciar a atividade como empresário em nome individual, dado que o
empresário responde sempre pelas dívidas da empresa. E como responde a nível pessoal pelos prejuízos da
empresa, também pode utilizar o património relacionado com a atividade profissional em caso de dívidas pessoais
ou do cônjuge.
Essa é grande desvantagem do ENI, o facto de não existir separação do património. O empresário em nome
individual responde, de forma ilimitada, pelas dívidas contraídas durante o exercício da atividade. Isto implica todo
o património do empresário (relacionado com a atividade ou bens pessoais como casas, veículos ou terrenos) e do
seu cônjugue, caso seja casado em regime de comunhão de bens.
O empresário em nome individual tem de efetuar o pagamento das contribuições para a Segurança Social, entre
os dias 1 e 20 do mês seguinte. Pode beneficiar de isenção de pagamentos à Segurança Social se reunir os
requisitos necessários:
Se descontou durante 2 anos (no mínimo), o empresário em nome individual pode beneficiar do chamado subsídio
por cessação de atividade profissional (terá de ocorrer de forma involuntária). Por exemplo, numa situação de
redução do volume de negócios que obrigue ao encerramento da empresa ou motivos económicos de força maior
que não permitam o devido funcionamento.
Iniciar atividade como Empresário em Nome Individual é simples, sem grandes burocracias ou papeladas.
Os passos indicados pela Autoridade Tributária são os seguintes:
1. Preenchimento da Declaração de Início de Atividade numa repartição local ou através do Portal das
Finanças;
2. Enquadramento na Segurança Social através do preenchimento do Mod. RV1000-DGSS.
Para a Autoridade Tributária ambos são trabalhadores independentes, pois não trabalham por conta de outros.
Existem, no entanto, diferenças. O trabalhador independente é um prestador de serviços que emite faturas-recibos
(anteriores recibos verdes). Por sua vez, o empresário em nome individual pode vender produtos, para além de
prestar serviços e tem a possibilidade de optar pelo regime simplificado ou regime de contabilidade organizada.
Existem várias diferenças entre o empresário em nome individual e uma sociedade unipessoal: