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Empreendedorismo individual

Primeiramente, o que é o empreendedor individual?

O Empreendedor Individual (EI) pode ser entendido como um regime


empresarial constituído por uma única pessoa. Sendo assim, não há a
presença de nenhuma outra pessoa física nem jurídica. Contudo, o
empreendedor deve ficar atento e descobrir se preenche os requisitos mínimos
para se inscrever nesse regime. O empreendedor responde com seu
patrimônio pessoal pelas obrigações contraídas por sua empresa. Em outras
palavras, a responsabilidade do empreendedor é sempre ilimitada. Também
chamado de Empresário Individual, o Empreendedor Individual não é o mesmo
que o Microempreendedor Individual. Ambos são profissionais que trabalham
sozinhos, entretanto, o faturamento anual do empreendedor individual pode
chegar até 360 mil reais.

Quando surgiu o empreendedor individual no Brasil?

Em primeiro de julho de 2008 iniciou-se um programa nacional chamado MEI


(microempreendedor individual) que tem como objetivo beneficiar milhões de
micro negócios e também aqueles profissionais que trabalham por conta
própria nas cinco regiões do Brasil.

A importância do empreendedorismo individual

O empreendedorismo individual é uma maneira de proporcionar a cidadania


empresarial a pessoas que antes trabalhavam de maneira informal. Além disso,
o empreendedorismo individual também está enquadrado no Simples Nacional,
cujas alíquotas tributárias variam entre 4,0% a 11,61%. Antigamente, as
pessoas perdiam oportunidades por não possuírem CNPJ. Hoje em dia, graças
ao empreendedorismo individual, muitos estão transformando o negócio em
microempresa, ou seja, o processo de evolução é muito maior.

Quais as vantagens de ser empreendedor individual?

As principais vantagens de ser Empresário Individual são:

 Não existe capital social mínimo para abertura da empresa, algo


bastante atrativo para quem abre uma empresa sem sócios;
 O limite de faturamento pelo Simples Nacional atende à maior parte dos
negócios que optam pela regularização neste tipo de empresa – até R$
4,8 milhões. Existe ainda, a possibilidade de enquadramento como
Lucro Presumido, no qual o faturamento máximo anual passa a ser de
R$ 78 milhões;
 Não existe limite na contratação de empregados, garantindo que sua
empresa possa crescer.

Quais as desvantagens de ser empreendedor individual?

A principal desvantagem é, de fato, o uso do patrimônio pessoal do empresário


para saldar compromissos financeiros. Isso significa que uma dívida trabalhista,
por exemplo, poderá ser saldada com dinheiro pessoal do empresário caso a
empresa não tenha caixa para fazê-la. Ou seja, o patrimônio pessoal do sócio
individual não é protegido. O empresário também não pode transferir sua
empresa, principalmente por meio de venda, de acordo com a legislação. Isso
pode ser um problema para um empreendedor que precisa mudar de estado ou
até do país, por exemplo. No caso da Empresa Individual, ela teria que ser
encerrada apenas, a não ser em caso de falecimento ou por autorização
judicial
O que é necessário para um empreendedor individual?

Para abrir empresa, é preciso formalizar o pedido de registro de Empresário


Individual, sendo necessário fazer um registro na Junta Comercial do seu
município ou da sua região e então já optar pelo enquadramento como Micro
Empresa ou Empresa de Pequeno Porte. Para a formalização como
Empresário Individual, o tempo e o valor pode variar de estado para estado, em
São Paulo o prazo é de cerca de dez dias até a permissão para emitir nota
fiscal e o valor, segundo o site da Junta Comercial de São Paulo, fica em cerca
de R$ 91,05. Se seu faturamento será de até R$ 360 mil por ano, você deve
montar sua empresa no formato de MicroEmpresa (ME), já se seu faturamento
ultrapassar esse montante e chegar a até R$ 3,6 milhões é necessário o
cadastramento como EPP (Empresa de Pequeno Porte). O procedimento de
registro na Junta Comercial tem pequenas variações conforme a legislação de
cada estado, mas os passos para a abertura da sua empresa no formato de
Empresário Individual é basicamente o mesmo em todo o Brasil.

E após os registros?

Após todos os registros e a concessão do Alvará de Funcionamento, você já é


um Empresário Individual e está apto a abrir seu negócio, porém é necessário
mais duas etapas fundamentais para o funcionamento da sua empresa. A
primeira é o cadastro na Previdência Social (mesmo se você não tiver
funcionários). Você deve ir à Agência da Previdência da sua cidade ou região
para cadastrar a sua empresa, o prazo para cadastramento é de 30 dias após a
abertura do seu negócio. A segunda etapa é providenciar a emissão das Notas
Fiscais, se a sua empresa é de atividades industriais e/ou comércio, você deve
ir à Secretaria de Estado da Fazenda, se for de prestação de serviços deve ir à
Secretaria da Fazenda Municipal. Lembramos que ao se tornar um Empresário
Individual é necessário contratar os serviços de um contador. Muitos
contadores oferecem assessoria na hora de abrir sua empresa, tornando o
processo menos trabalhoso e burocrático para você.

E o registro legal do empresário individual?

O registro legal do Empresário Individual deve ser realizado na Junta Comercial


do Estado ou no Cartório de Registro de Pessoa Física, é importante lembrar
que ter o registro não permite que a sua empresa comece a operar
instantaneamente, a empresa passa a existir, no entanto é necessária a
conclusão de toda a formalização para que você possa iniciar seu negócio.

Os documentos que você deve apresentar são:

 Requerimento de Empresário Individual;


 Documentos pessoais, como RG, CPF, Título de Eleitor e Certificado de
Reservista (em caso de homens);
 Requerimento Padrão (esse é um documento que o  setor de cadastro
de cada município irá fornecer);
 Ficha de Cadastro Nacional (Gerado pelo sistema da Junta Comercial);
 Algumas taxas e Alvarás (Bombeiro, Sanitário, Ambiental) serão
exigidos, por isso se informe antes de realizar o pedido no seu
Município.

Diferença entre MEI, EI, ME, EPP, EIRELI, LTDA

MEI – Microempreendedor individual

Trata-se de uma empresa individual, voltada para a formalização das pessoas


que trabalham por conta própria. Esse tipo foi criado pela Lei Complementar nº
123/2006, e alterado pela LC 155/2016.
Para se enquadrar nessa sigla o empreendedor precisa faturar até R$81 mil
anualmente e trabalhar por conta. Esse empreendedor não pode ter sócios e
apenas pode ter um único funcionário. Ao se legalizar como MEI é preciso
pagar mensamente o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS),
uma taxa mensal que não é tão alta comparada à taxas de outros
empreendedores, assim você pode conseguir garantir sua aposentadoria.

Os valores do DAS são atualizado anualmente, conforme o valor do salário


mínimo. Agora em 2021 os valores são:

 R$56,00 para comércio ou indústria (R$55,00 de INSS + R$1,00 de


ICMS);
 R$60,00 para prestação de serviços (R$55,00 de INSS + R$5,00 de
ISS);
 R$61,00 para comércio e serviços juntos  (R$55,00 de INSS + R$1,00
de ICMS + R$5,00 de ISS).

EI – Empreendedor/Empresário individual

Apesar de algumas semelhanças com o MEI por ser um profissional que atua
por conta própria, o Empresário Individual se diferencia em relação as
atividades, obrigações acessórias e faturamento máximo anual. Esse é um tipo
societário em que a pessoa física que se coloca como titular da empresa,
responde de forma ilimitada pelos débitos do negócio, de maneira que os
patrimônios de empresa e empresário se misturam.

O EI ainda é considerado como uma microempresa (ME), quando seu


faturamento máximo anual chega até R$ 360 mil, e só se torna uma empresa
de pequeno porte (EPP) quando seu faturamento não ultrapassa R$ 3.6
milhões.

O empresário que é EI pode se enquadrar como ME ou EPP quando opta pelo


regime de tributação (ou regime de impostos) do Simples Nacional.

ME – Microempresa
ME é a sigla para Microempresa, categoria devidamente regulamentada
em 2006. O estabelecimento de uma legislação própria viabilizou a criação de
benefícios fiscais para atrair empresários para a formalização.

Um negócio que fatura R$360 mil anualmente. Uma ME não permite sócios,
por conta disso os patrimônios da empresa e pessoais são um único
patrimônio. Além do Simples Nacional, um empreendedor com ME pode
escolher o Lucro Real ou o Lucro Presumido como enquadramento tributário.

EPP – Empresa de Pequeno Porte

Empresas que faturam entre R$ 360 mil a R$ 3.6 milhões anualmente.


Também podem optar pelos mesmos enquadramentos tributários de uma MEI,
onde ambas conseguem receber benefícios em licitações públicos.

As EPP não são obrigadas a contratar Jovens Aprendizes.

EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

Para ser enquadrada aqui, a empresa precisa ter um capital social de, pelo
menos, 100 vezes o valor do salário mínimo brasileiro atualizado. É possível o
EIRELI se enquadrar como ME e EPP e solicitar o enquadramento no Simples
Nacional.

Essa categoria foi criada para que um empresário de uma ME ou EPP


conseguisse ter um negócio sozinho e conseguisse separar o seu patrimônio
pessoal do patrimônio da empresa. Por conta disso, se seu negócio estiver
endividado, a EIRELI não permite a interação com seu patrimônio pessoal – só
se uma fraude for comprovada.

LTDA – Sociedade por Cotas de Responsabilidade Limitada/Sociedade


Limitada
Uma empresa que contêm de um a sete sócios, com administração de
funcionários feita com o uso de contratos. Onde as dívidas, lucros, e demais
responsabilidade são divididas conforme o que foi investido por cada sócio.

Neste tipo de negócio, acontece a união de pessoas, dos sócios, que levam
suas qualidades pessoais para o empreendimento. Ele estabelece no contrato
social quanto vale cada cota e a participação de cada sócio. Essa participação
previamente acordada é que limita tanto o que o sócio irá lucrar como sua
responsabilidade quanto a dívidas da empresa registrado no contrato social. 

A Ltda. protege o patrimônio pessoal dos sócios em caso de falência,


fechamento ou desligamento da empresa. A obrigatoriedade do Ltda. no final
do nome da organização está previsto no art. 1158 do Código Civil Brasileiro.
Se a palavra limitada não aparecer no nome da sociedade, presume-se então
que é ilimitada a responsabilidade dos sócios, e assim será tratada.

Vale a pena abrir um negócio?

Ser dono do próprio negócio envolve mais do que a parte burocrática. Envolve
iniciar uma empresa do zero. Abrir um negócio sozinho pode resultar em bons
ganhos. Por conta de toda esta burocracia, é difícil ser um empreendedor no
Brasil. A carga tributária está entre as mais altas do mundo, bem como as
dificuldades econômicas que não são fáceis. Da mesma forma, essa é uma
atividade arriscada, que exige investimento e nem sempre resulta em ganhos.
O empreendedor individual sempre flerta com o inesperado, que pode acabar
com o seu negócio. Nesse sentido, ter uma empresa não é uma tarefa simples
e exige do empreendedor um perfil bem organizado, proativo e de inteligência
emocional. Contudo, iniciar o seu negócio também pode lhe trazer muitas
vantagens. A principal delas é a financeira, pois, como dono da sua empresa,
você não fica sem emprego. Do mesmo modo, os seus ganhos são
proporcionais ao sucesso do negócio, e não se resumem a um salário fixado
pelo chefe. Outro ponto é a liberdade de trabalho, tendo em vista que você é o
responsável pela sua rotina. Seu horário é você quem define. Para o
empreendedor individual a vantagem é ainda maior, de não ter que lidar com
chefe ou com sócios. Em síntese, você é quem dita os rumos do negócio. Por
conta destas e outras vantagens é que ser empreendedor é o quatro maior
sonho entre os brasileiros. Segundo pesquisa, 77% dos brasileiros querem ser
donos do seu próprio negócio. Por fim, para ter essas vantagens do
empreendedorismo individual, você pode optar por um modelo de franquias,
sobre o qual falaremos agora.

Negócios para abrir como empreendedor individual

O modelo de franquia consiste no licenciamento de uma marca e de uma


operação organizada por uma empresa franqueadora. Dessa forma, o
empreendedor investe em um negócio estruturado, com produtos ou serviços
testados e aprovados pelos consumidores. Assim, ele inicia um negócio igual
às outras unidades da marca, aproveitando a expertise da franqueadora e os
suportes oferecidos por ela. Uma das vantagens deste modelo de negócio é o
reconhecimento da marca. Além, claro, dos suportes da franqueadora que
auxiliam no desenvolvimento do empreendimento. Para o empreendedor
individual é ainda melhor, as vantagens são ainda melhores. Por ser um
formato mais simples de negócio, é também mais fácil de ser gerenciado.

Fonte:

https://www.ignicaodigital.com.br/como-funciona-o-empreendedorismo-
individual/#:~:text=O%20empreendedorismo%20individual
%20%C3%A9%20uma,%25%20a%2011%2C61%25.

https://encontresuafranquia.com.br/empreendedor-individual/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/empresario-individual/
#:~:text=Para%20abrir%20empresa%2C%20%C3%A9%20preciso,ou
%20Empresa%20de%20Pequeno%20Porte.

https://portalvalentina.com.br/site/colunas/o-empreendedorismo-individual-no-
brasil/

https://invoisys.com.br/blog/qual-a-diferenca-entre-mei-ei-me-epp-eireli-ltda-e-s-
a/

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