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CONSULTORIA EM DIREITO EMPRESARIAL E

SOCIETÁRIO

Esta área de atuação inclui a assessoria jurídica aos contratos comerciais e a


toda a atividade empresarial desenvolvida pelos clientes. Será realizada uma
análise dos serviços jurídicos respeitantes às vicissitudes da sua existência,
enquanto sociedades comerciais.

Entre outros:

 Planejamento, organização e constituição de sociedades comerciais;


 Assistências em aquisições e venda de participações societárias;
 Planejamento e constituição de joint ventures;
 Assistência e planejamento de incorporação, fusão, cisão e
reorganização de sociedades comerciais;
 Elaboração e análise de contratos em geral;
 Orientação pertinente a títulos de crédito.

MEI
O que é o Simples Nacional?
Mas considerando que saber o que é CNAE está totalmente ligado a
compreender o que é Simples Nacional, é bem importante que você entenda
sobre o que se trata esse regime tributário.

O Simples Nacional foi criado exclusivamente para pequenas e médias


empresas, incluindo os MEIs, microempreendedores individuais.
O objetivo desse regime tributário é simplificar a vida dos empreendedores,
reduzindo a burocracia que envolve o recolhimento de impostos, a
apresentação de declarações, entre outros benefícios.

Nessa guia são recolhidos diversos tributos, tais como:

1. Como funciona o Simples Nacional?

Criado em 2006 pela Lei Complementar 123, o Simples Nacional tem como
principal vantagem o recolhimento de impostos mensais por meio de uma
única guia, o DAS, Documento de Arrecadação do Simples Nacional.

1. Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ);


2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
3. Programa de Integração Social (PIS);
4. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
5. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
6. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
7. Imposto sobre Serviços (ISS);
8. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP)

Assim, ao invés de se preocupar com várias emissões de guias e


pagamentos ao longo do mês, o empreendedor tem o valor de todos os
impostos pertinentes ao seu negócio somados e centralizados no DAS.

Quanto ao pagamento, esse deve ser realizado sempre no dia 20 de cada


mês. Caso o dia do vencimento do Simples Nacional caia em um feriado ou
final de semana, é possível pagar no próximo dia útil sem incidência de juros
ou multas.

CARACTERÍSTICAS
Formalização:

 Não paga para se formalizar e nem para encerrar;


 Faturamento mensal bruto (média)= R$ 10.833,33 Faturamento anual
bruto= R$ 130.000,00, podendo ultrapassar até 20% (R$ 156.000,00/
Ano) quando deverá migrar para ME no ano seguinte (Lei
Complementar 155/2016);
 O MEI só pode comprar até R$ 5.400,00 mensal;
 Apenas 01 empresa registrada no nome do empresário;
 Não pode ser sócio em outra empresa e não pode ter filial;
 Máximo 02 empregado/ 01 salário-mínimo ou piso da categoria;
 Atividades permitidas no Portal do Empreendedor.

2. Quais as vantagens do Simples Nacional?

Mas além da facilidade do recolhimento de vários impostos em uma única


guia, o Simples Nacional traz diversas outras vantagens para empresas que
conseguem se enquadrar nesse regime tributário.

Alíquota reduzida de impostos

Uma delas é a tabela de alíquotas de impostos reduzida. Nesse regime, o


cálculo de quanto deve ser pago tem como base o faturamento da empresa.

Antes do seu surgimento, as micro e pequenas acabavam pagando impostos


maiores, pois tinham como base de cálculo o Lucro Presumido ou do Lucro
Real.
Para saber quanto de imposto a sua empresa vai pagar de impostos, é preciso
consultar as tabelas do Simples Nacional, que são separadas por anexos de
acordo com a natureza do negócio.

Assim, o Simples Nacional é composto pelas seguintes tabelas e seus


anexos:

Tabela 1 do Simples Nacional: Anexo 1 – Comércio

Tabela 2 do Simples Nacional: Anexo 2 – Indústria

Tabela 3 do Simples Nacional: Anexo 3 – Prestadores de Serviço

Tabela 4 do Simples Nacional: Anexo 4 – Prestadores de Serviço

Tabela 5 do Simples Nacional: Anexo 5 – Prestadores de Serviço

Contabilidade simplificada

Empresas optantes do Simples Nacional também têm a vantagem de ter sua


contabilidade simplificada.

Isso porque esse regime tributário exige menos apresentação de declarações,


diminuindo as obrigações acessórias.

3. Quem pode se enquadrar no Simples Nacional?

Todas essas vantagens são bem atraentes, não acha? Porém, é importante
saber que nem todas as empresas podem se enquadrar no Simples Nacional.

Para se beneficiar das vantagens e facilidades desse regime tributário é


preciso se atentar a questões como tipo e porte da empresa, faturamento
anual, atividade exercida e constituição societária.
Assim, as regras para fazer parte do Simples Nacional no que diz
respeito ao rendimento são:

1. faturamento anual de até R$ 360 mil para Microempresas (ME);


2. faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões para Empresas
de Pequeno Porte (EPP).

Além disso, só podem se enquadrar nesse regime tributário empresas


que:

 Têm natureza jurídica de Sociedade Empresarial (LTDA),


 Sociedade Simples (SS), Sociedade Limitada Unipessoal (SLU),
 Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) ou
Empresário Individual (EI);
 São formadas apenas por pessoas físicas, ou seja, não possuem outra
empresa em seu quadro societário;
 não têm o CNPJ como participante de outro capital social de pessoa
jurídica;
 A soma do faturamento das empresas dos sócios que possuem outros
CNPJs não ultrapassa R$ 4,8 milhões ao ano;
 não são uma Sociedade por Ações (S/A);
 Não têm sócios residentes no exterior;
 Não são cooperativas, a não ser de consumo;
 Não são filiais, sucursais, agências ou representações de outra empresa
que tenha sede no exterior;
 Não têm débitos junto à Previdência Social ou Receita Federal,
estadual e/ou municipal.

Como saber se uma CNAE se enquadra no Simples Nacional?


Uma das etapas da abertura de empresa pelo Simples Nacional consiste na
definição da CNAE.
Isso é fundamental, pois é por meio desse código que serão definidos quais
impostos sua empresa deve pagar.
Por isso, para saber se uma CNAE se enquadra, ou não, no Simples Nacional
é preciso, primeiro, identificar classificação do negócio.
Feito isso, basta acessar o site da Receita Federal e consultar a Resolução do
Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN).
Mas antes de fazer a consulta do CNAE no Simples Nacional, você precisa
definir qual a Classificação Nacional de Atividades Econômicas da sua
empresa, certo?
Por isso, vejamos como encontrar a CNAE certa para o seu negócio.

1. IMPEDIMENTOS PARA SER MEI

 Servidor público em atividade, onde os critérios podem variar


conforme legislação estadual/municipal;
 Aposentados por invalidez e quem recebe auxílio idoso;
 Quem está recebendo seguro-desemprego perderá o benefício.
 Quem está recebendo bolsa pelo Pro uni e Bolsa Família poderá perder
se aumentar a renda per capita;
 Estrangeiro com visto provisório (formalizar apenas mediante
apresentação do visto permanente).

2. REGISTRO DO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL

A formalização é feita pelo site:


 O CNPJ é gerado de imediato quando do registro da empresa no Portal
do Empreendedor.
 Para os MEI´S que se formalizaram e que irão trabalhar na área de
Serviço, irão receber em 48h, um e-mail da Prefeitura reafirmando que
o seu CPF agora está atrelado a um CNPJ e que possui Inscrição
Municipal.
 Quanto a Inscrição Estadual, é para os MEIs que irão trabalhar na área
de Comércio e ou Indústria.
 Estes serviços são feitos pelos Contadores de plantão do Sebrae,
gratuitamente.

6. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PARA FORMALIZAR

 Cópia e Original atualizados dos documentos:


 CPF;
 RG;
 Título de Eleitor e/ou
 Nº Recibo do IRPF (caso tenha declarado os dois últimos anos);
 IPTU;
 Cópia do RG dono IPTU;
 Termo de Permissão do endereço comercial;
 Comprovante de endereço (comercial);
 Contrato de Locação;
 Ter um e-mail;
 Celular com internet;

7. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
 Recolher mensalmente os impostos da empresa, Documento de
Arrecadação do Simples – DAS; (o pagamento é sempre no 20º dia
útil de cada mês).
 INSS – R$ 55,00 (5% sobre o salário-mínimo. Imposto será recolhido
para o MEI)
 ISS – R$ 5,00 (se atividade para prestação de serviço) – R$ 60,00
 ICMS – R$ 1,00 (se a atividade para comércio ou indústria) – R$ 56,00

 Fazer Declaração anual da empresa em janeiro de cada ano, período


de 01/01 a 31/05 (quem registrar em 2021 só fará declaração em 2022)
o ESPERANÇA GARCIA faz as declarações gratuitamente;
 Recolher mensalmente os encargos do empregado, caso tenha; emitir
notas fiscais, guardar as notas fiscais de compras de produtos e
serviços, ter controle mensal do seu faturamento.

8. COBERTURAS PREVIDENCIÁRIAS E CARÊNCIAS

 Salário maternidade – 10 meses de contribuição


 Auxílio-doença – 12 meses de contribuição
 Aposentadoria por invalidez– 12 meses de contribuição
 Aposentadoria por idade – 180 meses de contribuição
 (Mulher aos 61,5 anos e homem aos 65 anos)
 Pensão por morte – a partir do 1º DAS pago
 Auxílio reclusão – a partir do 1º DAS pago
 (dúvidas sobre a Previdência, ligar INSS - 135)

9. CONSUMIDOR, FORNECEDOR E PRODUTO

Consumidor

O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 2º, define consumidor


como toda pessoa física ou jurídica que adquire produto ou utiliza serviço
como destinatário final.

Exemplo 1

Uma cabelereira que adquire um secador de cabelos para utilizar em seu


salão de belezas não é considerada consumidora. Isto porque ela não é
destinatária final. O destinatário final será o cliente do salão. O secador não
será para seu uso pessoal ou de sua família, mas sim para ser utilizado como
ferramenta de seu trabalho.

Exemplo 2

Uma cabeleireira adquire um secador para seu uso pessoal ou de sua família.
Neste caso, como comprou o aparelho para uso pessoal, ela é consumidora.
Isto porque é destinatária final.

10. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO

Aqui cabe a explicação sobre o termo que permite ao MEI o acesso à


Defensoria Pública. É preciso compreendê-lo para que se tenha acesso a
todos os seus direitos.
O consumidor por equiparação é toda coletividade, ainda que
indeterminável, que haja intervindo nas relações de consumo. Vou dar dois
exemplos para facilitar o entendimento.

Exemplo 1

Uma empresa de água não toma os cuidados necessários para garantir


a qualidade do produto. Isto coloca em risco toda a coletividade.

Não se sabe quantas pessoas foram atingidas, nem quem pode estar
sendo lesado pela má qualidade da água. Assim, mesmo toda essa
coletividade está amparada pelo código.

Exemplo 2

Uma empregada doméstica que ao ligar o liquidificador da patroa (que


é a consumidora) perde um dedo devido um acidente com o aparelho.

A empregada neste caso também está protegida pelo CDC. Isto


porque, apesar de ter sido a patroa quem adquiriu o liquidificador o defeito
do produto a atingiu. Isso a torna consumidora por equiparação.

11. FORNECEDOR

Conforme dispõe o artigo 3º do Código do Consumidor, fornecedor é


toda pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, pública ou privada, os
entes despersonalizados, que colocam produto ou serviço no mercado de
consumo com habitualidade.
Pessoa jurídica é um grupo humano, criado na forma da lei, com
personalidade jurídica própria, para a realização de determinados fins.

Exemplo 1

Se uma loja de eletroeletrônicos vende uma TV, ela é fornecedora. Isto


porque faz isso com habitualidade, ou seja, esta é sua atividade.

Caso o aparelho apresente vício ou defeito o consumidor estará


protegido pelas normas do CDC.

Exemplo 2

Se uma pessoa vende um aparelho de TV, que tem em casa, a um


amigo, porque adquiriu um aparelho novo, não está caracterizada a
habitualidade. Isto porque esta não é uma atividade de comércio que pratica
com frequência.

Caso o aparelho apresente defeito, a proteção é dada pelo Código


Civil, não haverá aplicação do CDC.

12. PRODUTO

Conforme dispõe o § 1º do artigo 3º do Código do


Consumidor, produto é todo bem móvel ou imóvel, material ou
imaterial, novo ou usado, fungível ou infungível, colocado no
mercado de consumo.
São todos os produtos passíveis de serem comercializados. Incluem-
se, entre esses produtos, a eletricidade e o gás.

13. SERVIÇO

Conforme dispõe o parágrafo o § 2º do art. 3º do Código do


Consumidor, serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração. Inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito ou securitária, salvo as decorrentes das relações de
caráter trabalhista.

Quando o CDC trata da remuneração, não quer especificamente dizer


a remuneração direta. Ou seja, o pagamento direto efetuado pelo consumidor
ao fornecedor. Mas também a remuneração indireta. Ou seja, aquele
benefício comercial indireto fruto da prestação de serviços ou do
fornecimento de produtos aparentemente gratuitos.

14. SERVIÇO PÚBLICO

Nem todos os serviços públicos estão abrangidos pelo conceito de


serviço do CDC. Aos serviços públicos nos quais a contratação se der por
meio de tarifa [taxa ou preço público, como água, energia elétrica, internet,
telefonia, relações bancárias] cabe o CDC. Porém, aos serviços fornecidos
por meio de impostos como IPVA, IPTU, ITBI etc., não cabe aplicação do
CDC.

15. JUSTIÇA GRATUITA E MEI


Com o novo cenário que se estabelece, a partir da nota técnica que
equipara o MEI ao consumidor, você que é formalizado nesta categoria
jurídica. Com isto, pode aproveitar os benefícios da justiça gratuita a partir
de eventos ocorridos em sua atuação como microempreendedor individual.

16. PONTOS DAS RELAÇÕES A SEREM


OBSERVADOS

RELAÇÕES DE CONSUMO

conta de luz, telefonia, internet, água, cartão de crédito, serviços bancários


etc.;

RELAÇÕES TRIBUTÁRIAS

cobranças indevidas de taxas sindicais, associações, prefeituras etc.;

RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

contrato assinado, propaganda enganosa etc.

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