Boa noite, hoje falaremos sobre o regime de tributação é o que determina
quais impostos serão pagos por uma empresa e de que forma isso será feito.
Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real são três opções de regime de tributação existentes no Brasil.
O que é Lucro Real?
O Lucro Real é um regime tributário no qual o cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de uma empresa é feito com base no lucro efetivo que esse negócio teve dentro do período de apuração, após ser ajustado por adições e/ou exclusões de despesas. Isso quer dizer que, quanto maior for a lucratividade, maiores serão os valores dos impostos a serem pagos. No entanto, o oposto também é válido, ou seja, se não houver lucro, ou a empresa tiver prejuízo, ela está dispensada do pagamento de tributos daquele período.
Quais empresas podem optar pelo Lucro Real?
Em linhas gerais, o Lucro Real pode ser a opção tributária de qualquer empresa, e até é visto como uma alternativa interessante para quem tem previsão de baixa lucratividade no início das atividades. No entanto, por ser uma tributação com cálculo mais complexo, a indicação é que essa forma de tributação seja utilizada por empresas com margem de lucro inferior a 32%. Porém, negócios com faturamento acima de R$ 78 milhões no no ano- calendário ou ano anterior são obrigados a se enquadrarem no Lucro Real. Além dessas, também fazem parte da obrigatoriedade desse regime tributário: empresas do setor financeiro, tais como bancos, cooperativas de crédito, financeiras, entre outras; empresas de factoring; empresas com benefícios fiscais, a exemplo da isenção ou redução de impostos; empresas com lucro ou fluxo de capital originários de outros países.
O que é Lucro Presumido?
O Lucro Presumido também visa o cálculo de quanto uma empresa deve pagar de IRPJ, CSLL. Porém, isso é feito de forma mais simples que no Lucro Real. Quais empresas podem optar pelo Lucro Presumido? O Lucro Presumido também pode ser utilizado por qualquer empresa, desde que não ultrapassem R$ 78 milhões de faturamento anual. Além disso, o negócio também não pode estar na lista dos que devem, obrigatoriamente, aderir ao Lucro Real.
O que é Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário criado com o objetivo de atender Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), além dos Microempreendedores Individuais (MEI). O principal propósito desse regime tributário é facilitar o recolhimento dos impostos desses empreendedores. Por conta disso, todos os tributos desse regime são recolhidos em uma única guia. O DAS, Documento de Arrecadação do Simples Nacional, é a guia através da qual são recolhidos até oito diferentes impostos, conforme a atividade da empresa, que são: Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Programa de Integração Social (PIS); Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); Imposto sobre Serviços (ISS); Contribuição Patronal Previdenciária (CPP). Outro importante diferencial do Simples Nacional é que esse regime tributário Quais empresas podem optar pelo Simples Nacional? Para se enquadrar no Simples Nacional é preciso que a empresa atenda algumas regras, que são: limite de faturamento anual de até R$ 4,8 milhões; ter a atividade exercida na lista de CNAEs permitidos para o Simples Nacional; ser uma ME, EPP ou MEI; ter em seu quadro societário apenas pessoas físicas; sócios que têm outras empresas não podem faturar mais de R$ 4,8 milhões ao ano no total ao somar o faturamento das empresas; cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00 não ter sócios que morem no exterior; não fazer parte do Capital Social de outra empresa; não ser uma S/A, Sociedade por Ações; não ter qualquer débito junto à Receita Federal, Estadual, Municipal, bem como Previdência; não ter débitos em aberto, ou seja, sem negociação junto ao governo;