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LUCRO REAL OU PRESUMIDO: AFINAL, QUAL É O MELHOR?

TEMPO DE LEITURA: 4 MINUTOS

Lucro Real ou Presumido? Essa é uma dúvida muito comum entre os empresários
brasileiros. As organizações que possuem um lucro anual de até R$78 milhões podem
escolher entre esses dois regimes tributários. Mas existe algum deles que é mais
benéfico?

A opção pelo Lucro Presumido ou Lucro Real pode ser feita anualmente – e impacta na
tributação da empresa ao longo dos próximos 12 meses. Na prática, a opção por um dos
regimes tributários gera reflexos na apuração de diversos tributos: IRPJ, CSL, PIS e
COFINS.

Neste artigo vamos avaliar as principais características dos regimes tributários para
ajudá-lo a decidir entre Lucro Real ou Presumido. Acompanhe.

O QUE É O LUCRO REAL?

O Lucro Real é um regime tributário em que as empresas recolhem seus impostos com
base no lucro líquido auferido no período. Para isso, é feito um cálculo de subtração
entre a receita e as despesas dedutíveis.

Ou seja, o Lucro Real é baseado no faturamento mensal ou trimestral da empresa e


incide apenas sobre seu lucro efetivo. Não existe possibilidade de arbitrar a base de
cálculo com base em outros fatores.
O QUE É O LUCRO PRESUMIDO?

O Lucro Presumido é um regime tributário que faz a apuração do Imposto de Renda


Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) com
base em uma presunção do lucro da empresa.

Ou seja, em vez de recolher os tributos baseados no lucro realmente auferido, é feita


uma presunção de acordo com as características da empresa. Para isso, é necessário
aplicar uma alíquota sobre o faturamento – que varia entre 1,6% e 32%, mudando de
acordo com a atividade desenvolvida.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO?

Entender os conceitos de Lucro Real e Lucro Presumido é fundamental. Porém, a


grande dificuldade de muitos profissionais é compreender o impacto dessa decisão na
prática. Afinal, é com base nas diferenças que ocorrem na apuração dos tributos que é
possível enxergar a melhor opção entre Lucro Real ou Presumido.

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Por isso, vamos analisar as principais dessas diferenças:

1. TRIBUTAÇÃO DE PIS E COFINS

Dependendo da opção entre Lucro Real ou Presumido, a forma de apuração do PIS e


COFINS sofre uma mudança significativa – tanto na forma de cálculo quanto no
montante total que deve ser recolhido.
No Lucro Presumido, as empresas devem recolher o PIS e COFINS pelo regime
cumulativo – sem a possibilidades de aproveitar descontos no momento do cálculo.
Nesse caso, as alíquotas de 0,65% para PIS e 3,00% para COFINS.

Já no Lucro Real, as empresas fazem o recolhimento pelo regime não cumulativo. Nesse
caso, as alíquotas são de 1,65% para PIS e 7,60% para COFINS. Porém, para minimizar
essa diferença nas alíquotas, é permitido realizar a dedução de algumas despesas no
cálculo das contribuições.

2. APURAÇÃO DE IRPJ E CSLL

Outra diferença entre o Lucro Real e Lucro Presumido está no valor recolhido como
IRPJ e CSLL. Apesar de ambos regimes possuírem alíquotas iguais (9% de CSLL e
15% + adicional para IRPJ), existe uma diferença na base de cálculo.

No Lucro Real a base de cálculo é o lucro efetivo obtido durante o período – calculado
por meio de uma subtração de receitas e despesas. Já no Lucro Presumido esse lucro é
obtido de forma presumida – com a determinação de uma porcentagem aplicada sobre o
faturamento.

3. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Além das diferenças no cálculo de tributos, também é importante destacar que as


obrigações acessórias mudam de acordo com a opção entre Lucro Real ou Presumido.
Portanto, também é importante ficar atento às obrigações que surgem de acordo com a
decisão do regime tributário.

AFINAL, É MELHOR LUCRO REAL OU PRESUMIDO?

Então, é melhor optar por Lucro Real ou Presumido? Infelizmente não existe uma
resposta definitiva para essa pergunta. Tudo depende das características de cada
empresa – e é exatamente por isso que um bom planejamento tributário se torna tão
importante.

Mesmo empresas que atuam no mesmo segmento e possuem um faturamento


semelhante podem ser beneficiadas por regimes tributários diferentes. É preciso analisar
os fatores que interferem no valor final a ser recolhido: faturamento bruto, lucro líquido,
despesas, deduções, entre vários outros.

Além disso, o momento que a organização está vivendo também gera um impacto
relevante nessa decisão. Em momentos de expansão com a lucratividade aumentando
pode ser mais recomendado optar pelo Lucro Presumido, enquanto em momentos de
baixa lucratividade (ou prejuízo) o Lucro Real pode gerar despesas menores, por
exemplo.
Qualquer que seja a decisão entre Lucro Real ou Presumido, é importante garantir que
todas obrigações sejam assimiladas e cumpridas. E uma ótima forma de colocar isso em
prática é buscando auxílio da tecnologia.

Com as soluções Dootax você pode garantir que o pagamento de impostos seja feito
de forma automática e simplificar diversas outras rotinas do departamento fiscal –
independentemente de ser optante do Lucro Real ou Presumido.

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Sobre o autor
Thiago Souza

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