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A Recuperação Tributária é um assunto complexo, mas que

tem ganhado cada vez mais espaço. Não é muito difícil de


entender os motivos: conforme o tempo avança, as empresas
enxergam na prática a oportunidade de injetar novos recursos
em novos projetos ou expansão de suas atividades.

Ela consiste em obter o reembolso de valores pagos ao


governo a mais ou de maneira errada. É importante que as
empresas e profissionais tributários estejam atentos às
possibilidades de RCT, a fim de maximizar seus lucros e
minimizar seus custos

A recuperação tributária é uma estratégia essencial para as


empresas que desejam recuperar recursos financeiros que
foram pagos indevidamente ao longo dos anos. A análise
atenta de documentos e a expertise jurídica que a Exythus
possui, são fundamentais para o sucesso nesse processo.

Como efetivar a recuperação tributária


É preciso fazer o levantamento integral de todos os tributos
que foram ilegalmente cobrados pelo governo e que foram
pagos pela empresa. Em seguida, é necessário fazer a correção
monetária e os valores devem ser atualizados, aplicando-se
sobre eles a taxa básica de juros (SELIC, Sistema Especial de
Liquidação e Custódia).

Por meio de medida judicial ou de procedimento


administrativo, a empresa fica apta à recuperação
tributária.
A recuperação tributária se dá principalmente pela
compensação dos tributos que foram pagos. Essa compensação
só pode ser realizada com tributos da mesma espécie. Assim, o
imposto de renda pode ser compensado com outros tributos
federais, o salário educação pode ser compensado com INSS e
assim por diante.
Para recuperar impostos previdenciários, convém analisar as
folhas de pagamentos dos últimos 5 anos e as declarações GFIP
(geradas pelo SEFIP). A partir dessa análise, são elaborados
relatórios registrando as fundamentações legais, as declarações
dos órgãos competentes e planilhas detalhando os créditos de
cada uma das verbas passível de recuperação tributária.
Em relação aos outros impostos, é preciso avaliar todas as
declarações tributárias, verificar cada nota fiscal, esmiuçar
todos os custos, despesas e encargos, identificar as saídas
(vendas ou serviços) para que seja possível recuperar todos os
tributos.

A empresa poderá também adquirir certidão negativa de débito


durante a compensação tributária.

É importante contar com a atuação de uma empresa e ou


equipe (contadores e advogados) tributaristas para realizar
esses procedimentos.

Quais são os benefícios da recuperação


tributária?
O levantamento minucioso dos tributos contribui para
identificar falhas que devem ser retificadas para reduzir os
riscos de a empresa receber autuações e ser obrigada ao
pagamento de multas pesadas e juros.

A recuperação tributária também ajuda a diminuir a carga


tributária, pois mostra como a empresa deve pagar da forma
adequada seus impostos, taxas e contribuições.
Assim, ela permite redução de gastos com tributos, melhora a
gestão financeira e facilita a realização de investimentos para
expansão do negócio.
Quais são os tributos que podem ser
recuperados?
Existem diferentes tributos passíveis de recuperação
tributária. O advogado tributarista está apto a identificar
todos eles e favorecer a empresa. Entre esses tributos estão:
 PIS (Programa de Integracao Social)– receita bruta e
repique;
 COFINS (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social);
 ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços);
 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
 ICMS-ST (ICMS-Substituição Tributária);
 IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Juridica);
 CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
 FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) – multa
dos 10% em demissões sem justa causa;
 INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social) sobre
verbas indenizatórias – nos casos de demissão sem justa
causa;

Qual o prazo para recuperação tributária?


 O Código Tributário Nacional, em seus arts. 165 a 168,
prevê a possibilidade do contribuinte, seja pessoa física ou
jurídica, restituir total ou parcialmente o tributo, seja qual
for a modalidade do seu pagamento.
 Os valores podem ser recuperados no prazo de 5 anos,
contados a partir do pagamento espontâneo de tributo
indevido ou maior que o devido em face da legislação
tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias
materiais do fato gerador efetivamente ocorrido.
 Cada espécie de tributo possui forma particular de
recuperação, conforme a determinação do âmbito
governamental (Federal, Estadual, Distrito Federal e
Municipal) a quem compete o tributo. Assim temos:
 Tributos federais (IRPJ, IRRF, PIS/Pasep, Cofins, CSLL,
IPI, Contribuições Previdenciárias, dentre outros), são
recuperados por meio da PER/DCOMP efetivado com a
utilização do programa disponibilizado pela Receita
Federal – Instrução Normativa RFB nº 2.055/2021;
 Tributos Estaduais (ICMS, IPVA, ITCMD, dentre outros),
a recuperação deve ser verificada na Fazenda Estadual a
qual se sujeita o contribuinte;
 Tributos Municipais (ISS, ITBI, IPTU, dentre outros), a
recuperação deve ser verificada na Fazenda Municipal a
qual se sujeita o contribuinte.

Principais erros na recuperação tributária

A recuperação tributária é uma ferramenta bastante utilizada e


eficaz para qualquer empresa. Contudo, efetivar processos
baseados em incertezas pode prejudicar, e muito. Os principais
erros cometidos são:
 desconhecer a legislação relativa ao tributo;
 não saber como calcular o tributo;
 não realizar as retificações das obrigações acessórias que terão
os dados cruzados no momento de análise pelo fisco;
 não acompanhar o processamento do pedido de restituição ou
compensação;
 realizar a recuperação baseada em processos gerais de outras
empresas, sem considerar as peculiaridades;
 não analisar a documentação.

Saiba que não realizar a recuperação tributária com todo rigor


que o procedimento merece, pode acarretar malha fiscal,
fiscalização e até Auto de Infração.
Quais os reais benefícios da recuperação tributária?

A recuperação tributária, quando feita com planejamento e


atenção, pode contribuir diretamente para a saúde financeira
da empresa, proporcionando a geração de um novo capital e a
possibilidade de novos investimentos.

Além disto, esse processo preserva o fluxo de caixa da empresa,


identifica os erros da operação, transmite segurança na
administração, reduz os custos mensais, evita penalidades e
impede o pagamento indevido de tributos.

E quais os riscos de não realizar?

Não realizar a recuperação tributária, quando a empresa se


enquadra nos requisitos para isso, pode limitar as operações da
empresa. Além disso, pode:
 reduzir o patrimônio da empresa, com o pagamento indevido
de tributos;
 prejudicar os sócios em relação à retirada de pró-labore,
recebimento de lucros e de juros sobre o capital próprio;
 interferir nas relações com terceiros interessados na empresa;
 atrapalhar o índice de liquidez.

Enfim, vale a pena fazer a recuperação tributária?

Sim! Como podemos observar, a recuperação tributária é


muito vantajosa para as empresas, favorecendo a
movimentação do caixa e o crescimento do negócio,
impulsionando assim novos investimentos com a realocação de
recursos financeiros, que antes eram direcionados
indevidamente aos tributos.

Por isso, dar uma boa atenção a rotina contábil, fiscal e


financeira é fundamental para o pagamento correto dos
tributos, como também para garantir o resgate de valores
pagos indevidamente.
Quais empresas do Simples Nacional que podem pedir
Recuperação de Créditos Tributários?

Empresas de todos os segmentos podem solicitar a


Recuperação de Créditos, e alguns exemplos são:

 Farmácias;
 Autopeças;
 Mercados;
 Hospitais;
 Vendem bebidas frias;
 Vendem cigarros.
 Entre muitas outras.
A recuperação de créditos é válida para qualquer regime de
tributação desde que o contribuinte tenha efetuado o
pagamento de tributos a maior, de maneira inequívoca – no
caso da via administrativa de recuperação –, ou que estejam
em dia com seus pagamentos, porém discorde da legalidade do
tributo pago.

Para as empresas optantes pelo Simples Nacional, são muitas


as oportunidades para recuperação de créditos, entre elas
estão: Recuperação de PIS/COFINS para empresas optantes
pelo Simples Nacional, Segregação de Receitas para empresas
optantes pelo Simples Nacional – ICMS – PIS/Pasep –
COFINS, PIS/COFINS ST sobre cigarros.

E para as empresas do Lucro presumido e Lucro Real,


quais são as oportunidades para Recuperaçã de
Tributos?

Para as empresas optantes pelo Lucro Presumido, são muitas


as oportunidades para recuperação de créditos, entre elas
estão: Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS,
Exclusão do ISSQN da Base de Cálculo do PIS/COFINS, INSS
– Verbas Indenizatórias, Limitação da base de cálculo de
Terceiros a 20 salários mínimos, PIS/COFINS ST sobre
cigarros.
Para as empresas optantes pelo Lucro Real, são muitas as
oportunidades para recuperação de créditos, entre elas estão:
Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS,
Exclusão do ISSQN da Base de Cálculo do PIS/COFINS, INSS
– Verbas Indenizatórias, Limitação da base de cálculo de
Terceiros a 20 salários mínimos, PIS/COFINS ST sobre
cigarros.

Na Esfera Estadual, teremos as seguintes


oportunidades:

 E-credac (Simplificado e por Custeio)


O E-CredAc, instituído e regulamentado pela Portaria CAT nº
26/2010, é um sistema digital que gerencia e administra os
créditos acumulados pelos contribuintes paulistas decorrentes
das hipóteses previstas nos artigos 71 e 81 do Regulamento do
ICMS do Estado de São Paulo, dentre elas as aplicações de
alíquotas diversificadas em operações de entrada e saída e
operações com redução de base de cálculo ou isenção, por
exemplo.

 Ressarcimento ICMS ST
Para cálculo da substituição tributária é utilizado um índice
que corresponde a margem de lucro que o produto sofre saindo
do primeiro da cadeia até chegar ao consumidor final, cada
Estado sugere um nome, mas todos têm a mesma finalidade.
Se sua empresa adquire produtos com ICMS-ST retido, tem
direito ao ressarcimento nos seguintes casos:
*Envio de produtos para fora do Estado, destinados à revenda
ou consumidores finais. Vendas para consumidores finais
dentro do Estado, com margem de lucro inferior a presumida.
*Vendas para consumidores finais dentro do Estado, com
margem de lucro inferior a presumida.
*Perda, roubo, furto ou avarias que impediram a
comercialização das mercadorias.

 REGIMES ESPECIAIS
Um Regime Especial pode ser concedido, a critério do fisco,
com o objetivo de facilitar ao contribuinte o cumprimento das
obrigações fiscais.
O Regime Especial de ICMS é um tipo de benefício fiscal que
pode ser concedido aos contribuintes em relação ao pagamento
do ICMS. Ele pode consistir em descontos, prazos
diferenciados ou mesmo na isenção do pagamento do tributo.
Tendo como um de seus principais objetivos ajudar o
contribuinte no cumprimento das obrigações fiscais e
tributárias, foram criados pelo Fisco os chamados Regimes
Especiais de Tributação. Esses, com relação às regras gerais já
existentes, consistem em uma forma diferenciada de
tratamento tributário dado às empresas, oferecendo a elas
mais facilidades para lidar com questões tributárias, bem como
benefícios fiscais.

Como ele funciona?


O Regime Especial de ICMS é regulado pelos Estados, sendo que as regras de
aplicação mudam conforme o entendimento de cada Unidade Federativa.
Basicamente, funciona como um incentivo, de modo que o contribuinte tenha
meios facilitados para o cumprimento de suas obrigações tributárias, e pode
manifestar-se na forma de descontos, prazos diferenciados, etc.

Melhor explicando, o Regime Especial de ICMS consiste no benefício para o


recolhimento desse tributo, ou seja, o contribuinte deixa de recolhê-lo ou o
recolhe em valor menor, acarretando alto fluxo de caixa para o seu negócio e
tornando-o isento do cumprimento do valor total do imposto no momento da
operação.

Quem pode solicitar o Regime Especial


de ICMS?
Qualquer contribuinte pode requerer o Regime Especial de ICMS, desde que
atendidas as regras que orientam o regime solicitado e as condições
necessárias para a solicitação. Abaixo seguem alguns exemplos:
 estar em situação regular perante o fisco, com relação ao cumprimento das
obrigações principais e acessórias;
 encontrar-se em atividade no local indicado e permitir que o fisco
regularize/confirme as informações passadas no momento da solicitação;
 o prazo de vigência.

Importante ressaltar que cada Estado possui uma legislação específica e que
podem haver regras que não se aplicam a todas as solicitações.

Os benefícios fiscais também podem ser requeridos pelas empresas em forma


de acordo com o Estado onde está instalada. Isso ocorre quando, apesar de
não haver um Regime Especial legislado sobre o assunto, a empresa entra
com um pedido solicitando incentivos fiscais sob a condição de instalar sua
empresa naquela região.

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