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PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

APRESENTAÇÃO

A legislação tributária brasileira é muito ampla e, por vezes, complexa. A não cumulatividade d
o PIS e da Cofins, por exemplo, tem características singulares: há direito de aproveitamento de c
réditos de valores não necessariamente pagos na fase anterior da cadeia produtiva; há vedação d
e créditos; há isenções e tantas outras peculiaridades previstas no texto das Leis no 10.637/02 e
no 10.833/03 do PIS/PASEP e da Cofins, respectivamente.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará sobre o sistema das contribuições para o PIS/P
ASEP e para a Cofins. Aprenderá, também, a calcular os seus valores de débito e crédito e conh
ecerá os casos específicos, previstos na legislação, para a incidência dessas duas modalidades de
contribuição tributária.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Descrever a sistemática não cumulativa de apuração de PIS e Cofins.


• Realizar o cálculo de débitos e créditos de PIS e Cofins.
• Reconhecer casos especiais de incidência de PIS e Cofins.

DESAFIO

As constantes alterações nas legislações brasileiras requerem do profissional de contabilidade at


ualização contínua, pois manter-se atualizado pode livrar seus clientes de multas fiscais, perdas f
inanceiras ou, até mesmo, uma evasão fiscal.

Assim, você é o mais novo contador de uma empresa que tributa com base no lucro real e que es
tá obrigada ao regime não cumulativo para as contribuições de PIS/Pasep e Cofins. A empresa r
egistrou os seguintes valores referentes a gastos e vendas de mercadorias, no mês de setembro d
e 2020:
Você, na condição de contador da empresa, terá que apresentar para
a administração os débitos de PIS/Pasep e Cofins e seus possíveis créditos, bem como os val
ores a recolher. Portanto:

a) Qual é a base de cálculo do PIS/Pasep e da Cofins?

b) Quais são os débitos de PIS/Pasep e Cofins?

c) Quais são os créditos de PIS/Pasep e Cofins?

d) Qual é o valor de PIS/Pasep e Cofins a recolher?

INFOGRÁFICO

A legislação tributária brasileira apresenta dois regimes tributários


para apuração das contribuições para o PIS e para a Cofins: regime cumulativo e regime não cu
mulativo. Esses regimes tributários se diferenciam em vários aspectos, como as alíquotas incide
ntes, que são muito distintas. Além disso, outra grande diferença entre esses regimes é que o pri
meiro não prevê a dedução de créditos de PIS e Cofins, enquanto o regime não cumulativo tem
previsão na legislação.

Dessa forma, o cálculo do PIS e da Cofins, pelo regime não cumulativo, é considerado mais co
mplexo, pois passa por algumas etapas, como
a apuração da base de cálculo para a incidência das alíquotas das contribuições, a apuração dos d
ébitos e créditos de PIS e Cofins e
a apuração do valor devido das contribuições.

Este Infográfico apresenta as etapas do cálculo do PIS e da Cofins


pelo regime não cumulativo.

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CONTEÚDO DO LIVRO

A sistemática não cumulativa para o PIS/Pasep e a Cofins foi instituída pela Lei no10.637/02 e n
o 10.833/03, respectivamente. O objetivo da não cumulatividade para essas contribuições é o be
nefício de obtenção de créditos nas operações de insumos, frete, aquisição de matéria-prima, den
tre outras.

No capítulo PIS e Cofins: sistemática não cumulativa, da obra Tópicos especiais da contabilidad
e fiscal e tributária, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre o cálcul
o de apuração das contribuições do PIS/Pasep e da Cofins sob o regime não cumulativo e sobre
os principais créditos tributários permitidos pela legislação brasileira. Analisará, também, os cas
os especiais de incidência de PIS/Pasep e Cofins.

Boa leitura.
TÓPICOS ESPECIAIS
DA CONTABILIDADE
FISCAL E TRIBUTÁRIA

Andréa Oliveira da Silveira


PIS e Cofins:
sistemática não
cumulativa
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Descrever a sistemática não cumulativa de apuração de PIS e Cofins.


>> Realizar o cálculo de débitos e créditos de PIS e Cofins.
>> Reconhecer casos especiais de incidência de PIS e Cofins.

Introdução
O Brasil é um país com uma grande carga tributária e que sofre constantes al-
terações na legislação em relação às formas de tributação. Isso demanda que o
profissional responsável por apurar esses tributos tenha um excelente domínio
sobre a legislação tributária brasileira. Você vai conhecer as leis que tratam do
Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) e a sistemática de apuração dessas contribuições para
as empresas que seguem o regime de tributação do lucro real. Tratam-se de con-
tribuições com potencial de arrecadação no País, pois incidem sobre as receitas
totais ou sobre o faturamento das empresas. O PIS e a Cofins são contribuições
arrecadadas para serem utilizadas no desenvolvimento social, na melhoria da
vida do trabalhador e no financiamento da seguridade social, a qual compreende
a saúde, a previdência e a assistência social.
Neste capítulo, você vai aprender sobre a apuração das contribuições para o
PIS/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e para a
Cofins sob a sistemática não cumulativa. Além disso, você vai conhecer os prin-
cipais créditos tributários que podem ser deduzidos na apuração do PIS/Pasep
e da Cofins permitidos pela legislação brasileira. Por fim, você vai conhecer os
casos especiais de incidência do PIS/Pasep e da Cofins.
2 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

Sistemática não cumulativa de


apuração de PIS e Cofins
As contribuições do PIS/Pasep e da Cofins são contribuições sociais para a
seguridade social que incidem sobre a receita ou faturamento da empresa,
conforme previsto no artigo 195, inciso I, alínea b, da Constituição Federal
de 1988 (BRASIL, 1988). Sobre essas contribuições vigoram, no Brasil, dois
regimes distintos: cumulativo e não cumulativo.
O regime cumulativo é regido pela Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998,
e o regime não cumulativo é regido pelas Leis nº 10.637, de 30 de dezembro de
2002, e nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. As pessoas jurídicas tributadas
pelo lucro presumido devem recolher as contribuições para o PIS e a Cofins
pelo regime cumulativo. Por outro lado, as pessoas jurídicas tributadas pelo
lucro real devem recolher essas contribuições pelo regime não cumulativo.
A diferença entre esses dois regimes é que as pessoas jurídicas que reco-
lhem pelo regime cumulativo não têm direito a créditos e o valor recolhido
é considerado definitivo. Já as pessoas jurídicas que recolhem as contribui-
ções para o PIS e a Cofins pela sistemática não cumulativa têm direito de
descontar créditos da base de cálculo. Outra diferença entre esses regimes
são as alíquotas atribuídas. As alíquotas incidentes sobre o faturamento das
pessoas jurídicas, que tributam pelo lucro presumido e que estão obrigadas
ao regime cumulativo, são de 0,65% para o PIS e de 3% para a Cofins. Já as
alíquotas das empresas obrigadas ao regime não cumulativo são de 1,65%
para o PIS e de 7,6% para a Cofins.
As Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003, que tratam da não cumulatividade
das contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins, respectivamente, são muito
parecidas quanto às formas de apuração e aos regimes de incidência (BRASIL,
2002, 2003). Elas mudam apenas em relação a algumas peculiaridades sobre
o PIS/Pasep e a Cofins — por exemplo, as alíquotas são muito distintas. Por
isso, vamos tratar do regime da não cumulatividade dessas duas contribuições
de forma conjunta.
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 3

A sistemática não cumulativa de apuração do PIS/Pasep e da Cofins é


restrita às pessoas jurídicas que tributam o imposto de renda pelo lucro real.
Entretanto, nem todas as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real
estão sujeitas à não cumulatividade do PIS e da Cofins. O artigo 10 da Lei
nº 10.833/2003 elenca uma série de entidades e/ou atividades que ficam fora
do regime não cumulativo (BRASIL, 2003):

„„ entidades financeiras e assemelhadas;


„„ cooperativas (exceto agropecuária);
„„ operadoras de planos de assistência à saúde;
„„ empresas de vigilância e transporte de valores;
„„ empresas de telecomunicações e jornalismo;
„„ empresas de transporte coletivo;
„„ hospitais, prontos-socorros e clínicas;
„„ call center, telemarketing;
„„ hotéis e parques temáticos;
„„ agências de viagem;
„„ serviços de informática (desenvolvimento, instalação, manutenção,
etc.).

As empresas que apuram o PIS/Pasep e a Cofins pelo método não cumula-


tivo pagam as contribuições com alíquotas de 1,65% e 7,6%, respectivamente,
sobre as receitas totais e podem deduzir os créditos tributários permitidos
pela lei na apuração do PIS e da Cofins a recolher para o fisco (BRASIL 2002,
2003). A Figura 1 ilustra a sistemática da não cumulatividade. Analisando a
figura, você poderá se questionar: “Ao que correspondem essas receitas to-
tais?”. De forma simplificada, as receitas totais correspondem a todo ingresso
de valor da pessoa jurídica, o que inclui receitas operacionais, oriundas da
atividade-fim, e as receitas não operacionais (p. ex., receitas financeiras,
receitas de aluguel, etc.). Porém, deve-se ter em mente que, nas legislações
dessas contribuições sociais, consta a possibilidade de deduzir créditos do
valor a pagar (PÊGAS, 2017). A seguir, você vai ver como é o cálculo dessas
contribuições.
4 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

PJ – Lucro Real
A sistemática não cumulativa de
apuração do PIS/PASEP e da
Cofins é restrita às pessoas
jurídicas que optarem por recolher
o IRPJ pelo lucro real

Regime não cumulativo

PIS/Pasep
1,65%
Base de cálculo:
Ao aplicar as alíquotas do PIS e
Receitas totais da Cofins chega-se aos débitos
Cofins tributários dos quais é permitido
A base de cálculo destas 7,6% deduzir os respectivos créditos
contribuições sociais são as admitidos pela legislação
receitas totais

Figura 1. Sistemática não cumulativa de apuração de PIS e Cofins.

Existe o regime cumulativo para apuração do PIS/Pasep e da Cofins.


As pessoas jurídicas que tributam pelo lucro presumido e as exceções
listadas no artigo 10 da Lei nº 10.833/2003 estão sujeitas à sistemática cumulativa
de apuração dessas contribuições (BRASIL, 2003). As empresas obrigadas ao
cálculo do PIS/Pasep e da Cofins pelo regime cumulativo pagam as contribuições
com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente, sobre o faturamento.
Mas o que é faturamento? Faturamento é o ingresso de valor decorrente do
seu objeto social, ou seja, da atividade-fim da empresa.
Então, você conseguiu entender a diferença entre PIS e Cofins cumulativo
e não cumulativo?
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 5

Cálculo de débitos e créditos de PIS e Cofins


Como dito anteriormente, o cálculo do PIS e da Cofins nas empresas tributadas
pelo lucro real tem como base de cálculo inicial a totalidade das receitas da
empresa. Para isso, é necessário considerar o grupo de receitas no balancete
e informar seu total, visto que, na sistemática não cumulativa, esses tributos
incidem sobre as receitas totais. Entretanto, existem algumas receitas não
tributadas pelas contribuições para o PIS e a Cofins. Pêgas (2017) elenca algu-
mas receitas não tributadas pelas contribuições sociais, conforme Quadro 1.
Essas receitas devem ser excluídas das receitas totais que constituem a base
de cálculo do PIS e da Cofins.

Quadro 1. Exclusões da receita bruta e de outras receitas

Exclusões da receita bruta Exclusões de outras receitas

Receita com vendas de mercadorias Recuperação de créditos já baixados


para o exterior, com o recebimento como perda (registrados inicialmente
em moeda conversível ou não em conta de receita e lançados em
despesa posteriormente, quando
considerados incobráveis), até o valor
desta

Renda de prestação de serviços Reversões de provisões operacionais,


ao exterior, cujo valor recebido como as reversões de provisão para
represente entrada de divisas devedores duvidosos e de provisões
para perdas em processos cíveis,
trabalhistas, fiscais, etc.

Receita de vendas para empresa Resultado positivo da avaliação


comercial exportadora com o fim de investimentos em controladas
específico de exportação (essa e coligadas pelo método de
empresa deve comprovar o embarque equivalência patrimonial obtido no
das mercadorias para o exterior no país
prazo máximo de 180 dias)

Receitas com revenda de produtos Receitas com lucros e dividendos


com tributação monofásica, como derivados de investimentos avaliados
gasolina, óleo diesel, perfumes, pelo custo de aquisição
cosméticos, cervejas, refrigerantes,
pneus e outros

Receita com vendas de produtos com Resultado positivo referente à


alíquota zero avaliação de ativos a valor justo
(Continua)
6 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

(Continuação)

Exclusões da receita bruta Exclusões de outras receitas

Receita com subvenção de


investimentos

Algumas receitas financeiras (variação


monetária cambial decorrente de
operações de exportação de bens e
serviços para o exterior; variações
monetárias cambiais nos empréstimos
e financiamentos da empresa; e
receitas financeiras decorrentes de
operações de hedge)

Receitas com venda de bens


pertencentes ao ativo não circulante,
subgrupos investimentos, intangível e
imobilizado

Fonte: Adaptado de Pêgas (2017).

Você deve ter percebido quão extenso é o conjunto de receitas não tribu-
tadas para o cálculo do PIS e da Cofins, e deve estar se perguntando: quais
outras receitas operacionais são incluídas nas bases de cálculo do PIS/Pasep
e da Cofins? Receitas de aluguel, receitas oriundas de multas cobradas e
ganhos por compra vantajosa são exemplos de outras receitas que entram
para a base de cálculo do PIS e da Cofins.
São deduzidas da base de cálculo: as vendas canceladas, as devoluções de
venda e os descontos incondicionais concedidos, incluindo as bonificações.
Portanto, a base de cálculo das empresas tributadas pelo lucro real é o
somatório das receitas menos as deduções previstas. Sobre essa base de
cálculo, são aplicadas as alíquotas de 1,65% para o PIS/Pasep e de 7,6% para
a Cofins. No entanto, para o regime não cumulativo, há a previsão legal de
dedução de créditos do valor a pagar. A Figura 2 apresenta, de forma sim-
plificada, o processo de apuração das contribuições para o PIS e a Cofins.
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 7

Ou débitos de
PIS e Cofins

Receitas totais da
empresa, exceto
as não tributadas, Cofins = 7,6% Despesa de
(x) (=)
menos as PIS = 1,65% PIS e Cofins
deduções
permitidas

(-) Menos

Ou créditos de
Créditos permitidos Cofins = 7,6% PIS e Cofins
(x) (=) PIS e Cofins a recuperar
em lei PIS = 1,65%

(=) Igual

PIS e Cofins devidos pela


empresa

Figura 2. Processo de apuração das contribuições para o PIS e a Cofins. Cofins, Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social; PIS, Programa de Integração Social.
Fonte: Adaptada de Pêgas (2018).

Agora você vai ver quais créditos podem ser deduzidos do valor a pagar do
PIS e da Cofins. No total, nove tipos de créditos foram instituídos pelo artigo
3º das Leis nº 10.637/2002 e nº 10.833/2003 (BRASIL, 2002, 2003). Os créditos
permitidos na legislação são apresentados a seguir.

Bens adquiridos para revenda: refere-se a todas as compras efetuadas para


revenda, seja de empresa comercial ou industrial. Inclui o imposto sobre
circulação de mercadorias e serviços (ICMS) que vem destacado na nota
fiscal, quando recuperável, o imposto sobre produtos industrializados (IPI)
não recuperável, os valores de frete, os seguros e outras despesas.

Bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e produção


ou fabricação de bens destinados à venda: a instrução Normativa da Receita
Federal do Brasil (RFB) n° 1.911, de 11 de outubro de 2019, em seu artigo 172,
§1°, considera como insumos (BRASIL, 2019):

„„ Bens ou serviços considerados essenciais ou relevantes, que integram


o processo de produção ou fabricação de bens ou de prestação de
serviços e que sejam considerados insumos na produção ou fabricação
de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.
8 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

„„ Bens ou serviços que, mesmo utilizados após a finalização do processo


de produção, de fabricação ou de prestação de serviços, tenham sua
utilização decorrente de imposição legal (p. ex., testes de qualidade,
tratamento de efluentes, vacinas aplicadas em rebanhos, aposição de
selos, lacres, marcas, etc.).
„„ Bens ou serviços especificamente exigidos pela legislação para viabi-
lizar a atividade de produção de bens ou de prestação de serviços por
parte da mão de obra empregada nessas atividades, como no caso dos
equipamentos de proteção individual (EPIs).
„„ Combustíveis e lubrificantes consumidos em máquinas, equipamentos
ou veículos responsáveis por qualquer etapa do processo de produção
ou fabricação de bens ou de prestação de serviços (p. ex., veículos que
fazem o transporte de matéria-prima, veículos utilizados por funcio-
nários de uma prestadora de serviços domiciliares para ir ao domicílio
dos clientes, veículos utilizados na atividade-fim de prestadoras de
serviços de transporte).
„„ Embalagens de apresentação utilizadas nos bens destinados à venda.
„„ Bens ou serviços aplicados no desenvolvimento interno de ativos
imobilizados.
„„ Serviços de manutenção necessários ao funcionamento de máquinas
e equipamentos utilizados no processo de produção ou fabricação de
bens destinados à venda ou de prestação de serviços.
„„ Bens de reposição necessários ao funcionamento de máquinas e equi-
pamentos utilizados no processo de produção ou fabricação de bens
destinados à venda ou de prestação de serviços.
„„ Serviços de transporte de produtos em elaboração realizados em ou
entre estabelecimentos da pessoa jurídica.

Energia elétrica térmica e a vapor consumida no estabelecimento da pessoa


jurídica: engloba todas as áreas da empresa e não inclui contribuição de ilumi-
nação pública, bem como não abrange potência garantida de energia elétrica.

Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos utilizados nas atividades da


empresa: abrange gastos ligados às atividades da empresa, mas não abrange
aluguel de veículos, por exemplo.

Pagamentos de leasing: abrange qualquer bem utilizado em qualquer área da


empresa e pode ser tanto leasing financeiro quanto operacional.
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 9

Depreciação de bens do ativo imobilizado: as empresas podem descontar


crédito em relação a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados
ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou
para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.

Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda: refere-se às


despesas com fretes e armazenagem.
O direito ao crédito aplica-se exclusivamente aos valores pagos a pessoas
jurídicas. Porém, como em toda regra há uma exceção, a Lei nº 10.898, de 8 de
janeiro de 2009, em seu artigo 25, incluiu a dedução de créditos referentes aos
gastos com “[...] vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento
ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as
atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção
[...]” (BRASIL, 2009, documento on-line). Assim, a Figura 3 apresenta uma visão
global para o cálculo do PIS/Pasep e da Cofins na sistemática não cumulativa.

FATURAMENTO (RECEITA BRUTA MENSAL)


(+) DEMAIS RECEITAS
( ) DEDUÇÕES , EXCLUSÕES, NÃO INCIDÊNCIAS...
( ) BASE DE CÁLCULO MENSAL DE PIS/Cofins

( ) BASE DE CÁLCULO
(x) ALÍQUOTA DE PIS ou Cofins
( ) Débitos de PIS ou Cofins (PIS e Cofins a recolher)

( ) CRÉDITOS permitidos por Lei


(x) Alíquota de PIS ou Cofins
( ) CRÉDITOS de PIS e Cofins (PIS e Cofins a recuperar)

DÉBITOS de PIS e Cofins


( ) CRÉDITOS de PIS e Cofins
( ) PIS e Cofins devido no mês

Figura 3. Esquema geral para cálculo do PIS e da Cofins.


10 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

Leia o artigo "Discussões na apuração de créditos de PIS/PASEP e


COFINS: ênfase nos insumos da atividade de transporte de cargas",
de Fagundes, Teles e Haskel (2019). Nele você vai conhecer as possibilidades do
direito de crédito do PIS/Pasep e da Cofins para as empresas enquadradas na
sistemática da não cumulatividade, sobre insumos da atividade de transporte
de cargas.

Uma pessoa jurídica tributada com base no lucro real, obrigada


ao regime não cumulativo para o PIS/Pasep e a Cofins, realizou as
seguintes operações durante o mês de julho de 2020:

„„ receita bruta de vendas: R$ 300.000,00


„„ aquisição de mercadorias para venda: R$ 200.000,00
„„ mão de obra paga a pessoa física: R$ 10.000,00
„„ aluguel pago a pessoa física: R$ 6.000,00

Com base nessas informações, determine, no Quadro 2, o valor de PIS/Pasep


e Cofins a recolher.

Quadro 2. Valores de PIS/Pasep e Cofins a recolher

PIS/Pasep Cofins

Base de cálculo Base de cálculo

Das receitas R$ Das receitas R$

Receita bruta de vendas Receita bruta de vendas


R$ 300.000,00 R$ 300.000,00

Alíquota (×) 1,65% Alíquota (×) 7,6%

(=) R$ 4.950,00 (=) R$ 22.800,00

Dos créditos R$ Dos créditos R$

Aquisição de mercadorias Aquisição de mercadorias


R$ 200.000,00 R$ 200.000,00

Alíquota (×) 1,65% Alíquota (×) 7,6%


(Continua)
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 11

(Continuação)

PIS/Pasep Cofins

(=) (R$ 3.300,00) (=) (R$ 15.200,00)

Do valor a pagar R$ Do valor a pagar R$

Débito R$ 4.950,00 Débito R$ 22.800,00

Crédito R$ 3.300,00 Crédito R$ 15.200,00

Valor a recolher R$ 1.650,00 Valor a recolher R$ 7.600,00

Portanto, o valor a recolher de PIS/Pasep é R$ 1.650,00 e de Cofins é


R$ 7.600,00.

Casos especiais de incidência de PIS e Cofins


Até aqui, vimos a regra geral para incidência de PIS e Cofins; porém, há diversos
casos especiais: tributação monofásica, produtos com alíquota zero e isentos.
Esses casos são apresentados a seguir.

Tributação monofásica
De acordo com Pêgas (2018), no modelo de tributação monofásica, a incidência
de PIS e Cofins ocorre em uma única etapa da cadeia produtiva, normalmente
no início do processo produtivo, com alíquota zero para as operações se-
guintes. A incidência monofásica acontece quando o recolhimento do PIS e
da Cofins é retido pelo fabricante ou importador, tornando-se, dessa forma,
substitutos dos varejistas e atacadistas. Assim, os valores retidos são devidos
no preço de venda para os comerciantes, bem como os consumidores finais
(FABRETTI, 2016). Portanto, o produtor ou importador das mercadorias tributa
o PIS/Pasep e a Cofins na primeira etapa da cadeia produtiva, com alíquotas
maiores do que aquelas utilizadas geralmente para outras receitas, e as
próximas etapas (atacadistas e varejistas) são beneficiadas com a tributação
à alíquota zero, que resulta em não desembolso financeiro com tributos.
A lista dos produtos que sofrem essa concentração é extensa, conforme
pode ser consultado no site da RFB por meio da Tabela 4.3.10, que lista produtos
sujeitos a alíquotas diferenciadas (BRASIL, 2018). O Quadro 3 apresentada as
alíquotas desses produtos de forma genérica e simplificada.
12 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

Quadro 3. Tributação monofásica de PIS e Cofins

Alíquota Venda
Descrição do
Produtos realizada
produto
PIS Cofins por

Combustíveis Gasolina e suas 5,08% 23,44% Produtor/


derivados de correntes (exceto importador
petróleo e gasolina de
biodiesel aviação)

Óleo diesel e 4,21% 19,42% Produtor/


suas correntes importador

Gás liquefeito de 10,20% 47,40% Produtor/


petróleo (GLP) importador

Álcool 1,50% 6,90% Produtor/


importador

3,75% 17,25% Distribuidor

Fármacos e Produtos 2,10% 9,90% Produtor/


cosméticos farmacêuticos importador

Produtos de 2,20% 10,30% Produtor/


perfumaria (de importador
toucador ou
higiene pessoal)

Veículos, Máquinas, 2,00% 9,60% Produtor/


máquinas e implementos e importador
autopeças veículos

Autopeças 2,30% 10,80% Produtor/


importador

Pneus novos de 2,00% 9,50% Produtor/


borracha e de importador
câmeras de ar de
borracha

Bebidas frias Bebidas frias 2,32% 10,68% Produtor/


(consumidas vendidas para importador
frias ou geladas, atacadistas
como cerveja,
refrigerante, Bebidas frias 1,86% 8,54% Produtor/
água com gás, vendidas para importador
chás, bebidas varejistas ou
energéticas, etc.) consumidor final
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 13

Produtos com alíquota zero


Há produtos aos quais a legislação concede o benefício da alíquota zero para
as contribuições de PIS/Pasep e Cofins. A lista é bastante ampla, conforme
apresentado no site da RFB por meio da Tabela 4.3.13, que relaciona os pro-
dutos sujeitos à alíquota zero (BRASIL, 2020). No Quadro 4, são apresentados
apenas alguns exemplos.

Quadro 4. Exemplos de itens com alíquota zero

Itens da cesta básica: carnes bovina, Sementes e mudas: destinadas à


suína, ovina, caprina e de aves e semeadura e ao plantio e produtos de
produtos de origem animal; peixes natureza biológica utilizados em sua
e outros produtos; café; açúcar; produção
óleo de soja e outros óleos vegetais;
manteiga; margarina; sabões de
toucador; produtos para higiene
bucal ou dentária; papel higiênico

Papel destinado à impressão de Feijões comuns, arroz descascado,


jornais arroz semibranqueado ou branqueado

Papel destinado à impressão de Leites: leite fluido pasteurizado


periódico ou industrializado, na forma
de ultrapasteurizado, leite em
pó, integral, semidesnatado ou
desnatado, leite fermentado, bebidas
e compostos lácteos e fórmulas
infantis

Livros Queijo: tipo muçarela, minas, prato,


queijo de coalho, ricota, requeijão,
queijo provolone, queijo parmesão e
queijo fresco não maturado

Produtos hortícolas, frutas e ovos Trigo e farinha de trigo

Adubos e fertilizantes, exceto os Outros: alguns produtos químicos


produtos de uso veterinário e farmacêuticos; aeronaves e suas
partes e peças; sêmens e embriões,
etc.

Defensivos agropecuários

Fonte: Adaptado de Ministério da Fazenda (BRASIL, 2020).


14 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

Produtos isentos
Também há produtos aos quais a legislação concede o benefício da isenção
para as contribuições de PIS/Pasep e Cofins. Na isenção, as contribuições não
são devidas e os produtos isentos não geram direito a créditos.
Assim como os produtos monofásicos e de alíquota zero, a lista de produtos
isentos também é bastante ampla, conforme apresentado no site da RFB por
meio da Tabela 4.3.14, que relaciona as operações com isenção (BRASIL, 2013).
A seguir, são apresentados apenas alguns exemplos.

„„ Mercadorias e serviços: fornecimento de mercadorias ou serviços para


uso ou consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego
internacional; transporte internacional de cargas ou passageiros;
receitas auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades
de construção, conservação, modernização, conversão e reparo de
embarcações; e frete de mercadorias transportadas entre o Brasil e
o exterior.
„„ Energia elétrica: somente aquela vendida pela Itaipu Binacional.
„„ Recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas
empresas públicas e sociedades de economia mista.
„„ Receita da instituição privada de Ensino Superior, com fins lucrativos ou
sem fins lucrativos não beneficente, que aderir ao Programa Universi-
dade para Todos (Prouni), no período de vigência do termo de adesão.
„„ Receita bruta de venda a varejo dos componentes e equipamentos de
rede, terminais e transceptores.

A legislação também contempla como isentos: receitas relativas às ativi-


dades próprias dos templos de qualquer culto; partidos políticos; instituições
de educação e de assistência social; instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural, científico e as associações; sindicatos, federações e
confederações; serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas; fundações de direito
privado; condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais;
e receitas das entidades beneficentes de assistência social com a finalidade
de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação.
PIS e Cofins: sistemática não cumulativa 15

Para conhecer todos os produtos enquadrados nas condições es-


peciais de incidência de PIS/Pasep e Cofins, acesse a seção Tabelas
utilizadas na apuração das contribuições para o PIS/Pasep e da Cofins do site
da RFB. Lá você encontra informações sobre os produtos sujeitos à tributação
monofásica, à alíquota zero e à isenção de alíquota.

Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência
da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm. Acesso em: 01 out. 2020.
BRASIL. Lei nº 9.718. de 27 de novembro de 1998. Altera a Legislação Tributária Federal.
Brasília: Presidência da República, 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l9718compilada.htm. Acesso em: 01 out. 2020.
BRASIL. Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002. Dispõe sobre a não-cumulatividade na
cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação
do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Brasília: Presidência da República, 2002.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10637.htm. Acesso
em: 01 out. 2020.
BRASIL. Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Altera a Legislação Tributária Federal
e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm. Acesso em: 01 out. 2020.
BRASIL. Lei nº 10.898, de 08 de janeiro de 2009. Institui o Regime de Tributação Unifi-
cada – RTU na importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai;
e altera as Leis nº. 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de
2003. Brasília: Presidência da República, 2009. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/L11898.htm. Acesso em: 01 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Instru-
ção Normativa nº 1.911, de 11 de outubro de 2019. Regulamenta a apuração, a cobrança,
a fiscalização, a arrecadação e a administração da Contribuição para o PIS/Pasep, da
Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação. Diário
Oficial da União, Brasília, ed. 200, seção 1, p. 27, 15 out. 2019.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Tabela
4.3.10: tabela produtos sujeitos a alíquotas diferenciadas: Incidência Monofásica e por
pautas (bebidas frias) (CST 02 e 04). Brasília: MF, 2018. Disponível em: http://sped.rfb.
gov.br/arquivo/show/1638. Acesso em: 01 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.
Tabela 4.3.13: tabela produtos sujeitos à alíquota zero da contribuição social (CST 06).
Brasília: MF, 2020. Disponível em: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/1643. Acesso
em: 01 out. 2020.
16 PIS e Cofins: sistemática não cumulativa

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Tabela


4.3.14: tabela operações com isenção da contribuição social (CST 07). Brasília: MF, 2013.
Disponível em: http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/1616. Acesso em: 01 out. 2020.
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
PÊGAS, P. H. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
PÊGAS, P. H. PIS e COFINS. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

Leituras Recomendadas
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. Tabelas
utilizadas na apuração das Contribuições para o PIS/Pasep e da Cofins. Brasília: MF,
2020. Disponível em: http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1616. Acesso em: 01 out. 2020.
FAGUNDES, E.; TELES, V.; HASKEL, A. P. Discussões na apuração de créditos de PIS/
PASEP e COFINS - Ênfase nos insumos da atividade de transporte de cargas. Revista
de Administração e Contabilidade da Faculdade Anísio Teixeira, Feira de Santana, v. 11,
n. 2, p. 87–103, 2019. Disponível em: http://www.reacfat.com.br/index.php/reac/article/
view/203. Acesso em: 01 out. 2020.

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integralidade das informações referidas em tais links.
DICA DO PROFESSOR

Os cálculos para apurar os valores devidos das contribuições para o


PIS e a Cofins pelo sistema não cumulativo se diferenciam do sistema cumulativo, pois engloba
m a dedução de créditos. As legislações que tratam da não cumulatividade são muito extensas e
ricas em detalhes.

O cálculo das contribuições para o PIS e a Cofins pelo método não cumulativo requer algumas e
tapas, como a apuração da base de cálculo, da despesa de PIS e Cofins e dos créditos, para, entã
o, encontrar o valor devido dessas contribuições.

Nesta Dica do Professor, você verá um exemplo de cálculo dos débitos


e créditos do PIS e da Cofins pela sistemática não cumulativa.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.

EXERCÍCIOS

1) A partir de dezembro de 2002, por meio da Lei no 10.637, o PIS/Pasep passou a ser co
brado pelo método não cumulativo para as empresas que utilizam o lucro real como f
orma de tributação. No ano seguinte, em 2003, a não cumulatividade passou também
a vigorar para a Cofins, por meio da Lei no 10.833/03.

Sobre a sistemática da não cumulatividade, referente ao benefício de obtenção de cré


ditos, é correto afirmar que:

na apuração do montante a recolher referente ao PIS/Pasep e à Cofins, é permitido o desco


A)
nto de créditos calculados relativos a despesas com alimentação e transporte da mão de obr
a do processo de produção da empresa.

é vedada a possibilidade de desconto de créditos calculados em relação a valores pagos a p


B)
essoas jurídicas a título de aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos utilizados nas ati
vidades da empresa.

na apuração do montante total relativo às contribuições ao PIS/Pasep e à Cofins, não é per


C)
mitido o desconto de créditos calculados em relação a valores pagos a título de aluguel de
máquinas e equipamentos a pessoas físicas.

gastos com vale-alimentação e vale-transporte fornecidos aos empregados por pessoa juríd
D)
ica que presta serviços de manutenção e conservação não dão direito a créditos de PIS/Pas
ep e Cofins.

gastos com equipamentos de proteção individual, que são exigidos por lei para a execução
E)
de determinadas atividades, utilizados pelo pessoal empregado na produção geram créditos
de PIS/Pasep e Cofins.

2) O cálculo do PIS/Pasep e da Cofins para toda e qualquer empresa submetida à tribut


ação pelo lucro real tem como base de cálculo inicial a totalidade das receitas da emp
resa. Contudo, existem algumas receitas não tributadas pelas contribuições para a Co
fins. A seguir, são apresentados alguns exemplos de receitas tributadas e não tributad
as.

I – Receita de aluguel e ganho em compra vantajosa.

II - Receitas oriundas de multas cobradas e de renda de prestação de serviços ao exte


rior.

III - Receita com vendas de mercadorias para o exterior e com venda de imobilizado.

IV – Receita oriunda de reversão de provisão para devedores duvidosos e com subven


ção de investimentos.

Assinale a alternativa que contempla apenas receitas não tributadas para o PIS e a C
ofins.

II, III e IV.


A)
I, II e III.
B)
I e IV.
C)
III e IV.
D)
II e IV.
E)

3) Para o regime não cumulativo, há a previsão legal de dedução de créditos no valor a


pagar das contribuições de PIS e Cofins. Sobre os créditos que são passíveis de deduç
ão para o PIS e a Cofins, leia as afirmativas a seguir:

I – Na atividade comercial, o PIS/Pasep e a Cofins têm como dedução da base de cálc


ulo, entre outros, as mercadorias adquiridas para revenda e a folha de pagamento.

II – Gastos com combustíveis consumidos por veículos utilizados por funcionários de


uma prestadora de serviços domiciliares para irem ao domicílio dos clientes geram cr
éditos de PIS e Cofins.

III – Gastos com embalagens de apresentação utilizadas nos bens destinados à venda
não geram crédito de PIS e Cofins, enquanto gastos com embalagens utilizadas no tra
nsporte do produto acabado geram créditos.

São verdadeiras as afirmativas:

I, apenas.
A)
III, apenas.
B)
II, apenas.
C)
I e III.
D)
II e III.
E)

4) É exigido, na legislação tributária, que as empresas tributadas pelo regime do lucro r


eal sigam a sistemática não cumulativa de PIS e Cofins. Os arts. 3o das Leis no 10.63
7/02 e no 10.833/03 preveem 9 tipos de créditos possíveis de dedução na apuração do
PIS e COFINS pela sistemática não cumulativa. Sendo assim, analise os seguintes gas
tos do mês de julho da empresa XYZ, a qual tributa pelo lucro real e está obrigada ao
regime não cumulativo, e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta o total de
créditos permitidos da empresa XYZ para fins de dedução de PIS/Pasep e Cofins.
Honorários contábeis e advocatícios: R$ 100.000,00.

Matéria-prima comprada de pessoa jurídica: R$500.000,00.

Insumos utilizados diretamente na produção: R$ 120.000,00.

Energia elétrica utilizada na produção: R$ 15.000,00.

Energia elétrica usada na área comercial: R$ 5.000,00.

Energia elétrica utilizada na área administrativa: R$ 1.000,00.

A alternativa que apresenta o total de créditos permitidos da empresa XYZ, para fins
de dedução de PIS/Pasep e Cofins, é:

R$ 741.000,00.
A)
R$ 735.000,00.
B)
R$ 635.000,00.
C)
R$ 640.000,00.
D)
R$ 641.000,00.
E)

5) A sistemática relativa à apuração de créditos das contribuições para o PIS/Pasep e a


Cofins, não cumulativos, possibilita ao contribuinte o direito de abater créditos sobre
determinados bens, insumos, custos e despesas. A Cia S&A, prestadora de serviços, tr
ibutada pelo lucro real, apresentou, em agosto, receita bruta de R$ 500.000,00 e os se
guintes gastos, para fins de avaliação do uso ou não de créditos:

Despesa de aluguel devida à pessoa jurídica: R$ 10.000,00.

Despesa de arrendamento mercantil de veículos: R$ 4.000,00.

Despesa com telefone e Internet: R$ 5.000,00.

Dessa forma, com base no enunciado e nos seus conhecimentos, determine os valores
de PIS e Cofins devidos (em R$) em agosto pela Cia S&A e assinale a alternativa corr
eta.

R$ 8.019 e R$ 36.936.
A)
R$ 7.937 e R$ 36.556.
B)
R$ 8.250 e R$ 38.000.
C)
R$ 8.085 e R$ 37.240.
D)
R$ 8.102 e R$ 37.316.
E)

NA PRÁTICA

As empresas obrigadas ao regime não cumulativo de PIS e Cofins podem creditar bens e serviço
s utilizados como insumo na prestação
de serviços e produção ou fabricação de bens destinados à venda.

Pedro é o contador de um supermercado que acabou cometendo


um equívoco ao calcular as contribuições para o PIS/Pasep e a Cofins. Agora, ele precisará da aj
uda do contador para resolver esse problema.

Neste Na Prática, você conhecerá um caso prático da vivência dos contadores nas empresas.
SAIBA +

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professo
r:

3 questões relevantes sobre o regime monofásico de PIS e Cofins

Veja este vídeo, em que são apresentadas três dicas importantes para quem revende ou adquire p
rodutos submetidos ao regime monofásico.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.

PIS e Cofins não cumulativos: constituição de créditos em empresas de lucro real

Neste artigo, você conhecerá os impactos causados em empresas de lucro real que utilizam a apu
ração do PIS e da Cofins no regime não cumulativo.

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Tributos federais PIS/Pasep e Cofins: o aproveitamento dos créditos no ramo automobilíst


ico

Neste artigo, você verá a apuração dos créditos do PIS e da Cofins e seu aproveitamento para ap
uração de impostos em uma concessionária de automóveis de atuação no mercado nacional no si
stema não cumulativo.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.

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