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PIS E COFINS

NÃO-
CUMULATIVO
PIS E COFINS NÃO-
CUMULATIVO
Neste curso prático de PIS e COFINS não cumulativo, você vai
aprender toda a sistemática não cumulativa em relação ao PIS/PASEP
e não cumulatividade do ICMS. Entenderá diversas polêmicas
existentes em relação à não cumulatividade, como a liberdade do
legislador ordinário em estabelecer quais os créditos permitidos e
vedados.

Você aprenderá:
• Regime não cumulativo .......................................... 5

• Como aproveitar créditos extemporâneos ............ 9


• Arrendamento mercantil (leasing) ........................ 33
• Apuração proporcional de créditos ....................... 56
• EFD-contribuições .................................................. 60

Assista este conteúdo com o instrutor Kleber


Antônio dos Santos, Especialista em Tributos
indiretos. Sócio Fundador da K.A Treinamentos
Tributários. Aponte a câmera para o código QR ou
acesse: www.cefis.com.br
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Sistemática - regime não
cumulativo
A sistemática não cumulativa em relação ao PIS/PASEP, veio por
meio da MP 66/2002, convertida posteriormente na Lei
10.637/2002, reproduzindo efeitos para 2002. Esta MP 66/2002 ,
em seu art. 11, já previa, inclusive, que até 31.12.2003 o Poder
Executivo submeteria ao Congresso Nacional projeto de Lei
tornando não cumulativa para a COFINS.
Com a publicação da MP 135/2003, convertida posteriormente na
Lei 10.833/2003, reproduzindo efeitos para 2004.

• Polêmicas - regime não


cumulativo
Entre as diversas polêmicas existentes em relação à não
cumulatividade, uma das questões mais discutidas é se o
legislador ordinário teria liberdade para estabelecer quais são os
créditos permitidos e vedados?

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Polêmicas - regime não
cumulativo
A Constituição Federal apenas menciona que as contribuições
sociais poderão ser não cumulativas, sem detalhar sua forma de
operacionalização, como fez com o ICMS e o IPI.

• Conceito não cumulatividade


ICMS
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre:
II (...)
§ 2º
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal;

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Conceito não cumulatividade
PIS e COFINS
Art. 195. (...) das seguintes contribuições sociais:
I – (...)
b) a receita ou o faturamento;
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV
do caput, serão não-cumulativas.

• Regime não cumulativo


Em relação ao PIS/COFINS das pessoas jurídicas optantes ou
obrigadas ao Lucro Real , pela regra geral sofrem tributação de PIS
e COFINS no regime não-cumulativo.
São contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS
no regime de apuração não cumulativa as pessoas jurídicas e
equiparadas de que trata:
• (Lei nº 10.637, de 2002, arts. 1º a 6º;

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Regime não cumulativo
• Lei nº 10.833, de 2003, arts. 1º a 8º)

• Fato gerador
Regime Não- Cumulativo - Receita = Total das Receitas auferidas
no mês. Conforme previsto arts.1º das Leis 10.637/2002 e
10.833/2003 c/c art. 5º IN SRF Nº1.911/2019 .

• Base de cálculo
A base de cálculo da contribuição no regime não cumulativo
abrange o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação
contábil, como é possível concluir da leitura do art. 1.º das Leis
10.637/2002 e 10.833/2003.
Dessa forma, além das receitas próprias da atividade da pessoa
jurídica (“faturamento” em sentido estrito), deverão ainda ser
adicionadas à base de cálculo as demais receitas auferidas, como
é o caso das receitas oriundas do aluguel de imóveis...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Base de cálculo
...pertencentes ao contribuinte, ainda que não integrantes do
objeto social.

• Créditos – princípios
Não dará direito a crédito de mão-de-obra paga a pessoa física.
Art. 3º, § 2º, I, das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003)
Não dará direito a crédito o valor da aquisição de bens ou serviços
não sujeitos ao pagamento da contribuição.
(Art. 3º, § 2º, II, das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003)

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta
COSIT n° 227/2017
Não cumulatividade. Créditos. Aquisição de bens e serviços não
sujeitos ao pagamento da contribuição. Vedações de
creditamento.
É vedada a apropriação de créditos da Contribuição para o
PIS/Pasep em relação a bens e serviços adquiridos em operações
não sujeitas à incidência ou sujeitas à incidência com alíquota zero
ou com suspensão dessa contribuição, independentemente da
destinação dada aos bens ou serviços adquiridos.

• Créditos - princípios
O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos
meses subsequentes.
(Art. 3º, § 4º das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003)

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Como aproveitar créditos
extemporâneos
• Posicionamento RFB:
De acordo com a RFB, é necessário retificar as obrigações
acessórias escrituradas de forma incorreta. O contribuinte deverá
retificar as obrigações acessórias dos últimos cinco anos.
Como benefício para aqueles que optarem por retificar as
obrigações acessórias - em compensação ao trabalho que terão -
está a possibilidade de aproveitamento de Selic, ao considerarem
os valores recolhidos anteriormente como “a maior”. Neste caso,
no entanto, será necessário entregar o PER/DCOMP para cada
pagamento a maior.
(Solução de Consulta COSIT Nº32/2021 DOU de 25/03/2021)
Posicionamento CARF:
CARF já decidiu no sentido de não ser necessária a retificação.
Caso o contribuinte opte por seguir este caminho - mais fácil, por
dispensar a retificação das obrigações acessórias - deverá ter...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Como aproveitar créditos
extemporâneos
...ciência, no entanto, que esta não é a posição da Receita Federal,
podendo ser questionado por esta medida.
Acórdão 9303-006.247 de 25/01/2018, da 3ª Turma da CSRF.

• Créditos - princípios
Deverá ser estornado o crédito relativo a bens adquiridos para
revenda ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na
produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda,
que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou
deteriorados, destruídos em sinistro.
(Art. 3º, § 13º, I, das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003)

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Alíquotas básicas - não
cumulatividade

• Regra geral - não


cumulatividade
Solução de Consulta COSIT nº 22/2016:
Como regra geral, ressalvadas as exceções legais aplicáveis a
cada caso concreto de acordo com a legislação pertinente, os
créditos admissíveis para desconto dos valores devidos a título de
contribuição para o PIS/Pasep, na sistemática de não
cumulatividade, serão calculados pela alíquota geral de 1,65% (um
inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento),...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Regra geral - não
cumulatividade
...independentemente de verificação da alíquota efetivamente
aplicada pelo fornecedor sobre a receita da venda ou da prestação
do serviço.

• Documentos fiscais com


irregularidades
Adoção do método subtrativo indireto:
(...)”Método Indireto Subtrativo”, cujo objetivo de acordo com o a
exposição de motivos da Medida Provisória 135/2003, seria
garantir a neutralidade da incidência tributária”
PIS e COFINS NA PRÁTICA/ Fábio Rodrigues de Oliveira. – 2. ed.,
rev. e atual. – São Paulo: Fiscosoft, 2016,p.65.
Método adotado para o PIS/COFINS “ Subtrativo Indireto”, no qual
o crédito nasce internamente na empresa. Ele não vem por
transferência, como pode ser visto pelo ICMS e no IPI.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Aquisições do Simples
Nacional
Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 15, de 26.09.2007:
As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), observadas
as vedações previstas e demais disposições da legislação
aplicável, podem descontar créditos calculados em relação às
aquisições de bens e serviços de pessoa jurídica optante pelo (...)
(Simples Nacional) [...]

• Aquisições do Simples
Nacional-MEI
Solução de Consulta COSIT nº 303, de 17 de dezembro de 2019:
a) É vedada nas situações em que os bens e os serviços
adquiridos de pessoa jurídica enquadrada como MEI são
revendidos...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Aquisições do Simples
Nacional-MEI
...(com incidência ou não da contribuição nesta operação), ou
utilizados como insumo na elaboração de produtos ou na
prestação de serviços que sejam vendidos ou prestados em
operações não sujeitas ao pagamento da contribuição; e
b) É permitida nas hipóteses em que os bens e os serviços
adquiridos de pessoa jurídica enquadrada como MEI são utilizados
como insumo na elaboração de produtos ou na prestação de
serviços que sejam vendidos ou prestados em operações sujeitas
ao pagamento da contribuição.”

• Bens para revenda


Fundamentação legal
Inciso I, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
É possível o aproveitamento de créditos em relação às aquisições
efetuadas no mês de bens para revenda, exceto quando sujeitos à:

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Bens para revenda
a) Incidência monofásica das contribuições;
Exemplos: Produtos considerados monofásica conhecido também
como Tributação concentrada por comerciante atacadista ou
varejista decorrentes da revenda.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Bens para revenda
Tabela 4.3.10 – Produtos Sujeitos a Alíquotas Diferenciadas:
Incidência Monofásica e por Pauta (Bebidas Frias) - CST 02 e 04.
b) Substituição tributária das contribuições.

Tabela 4.3.12 – Produtos Sujeitos a Substituição Tributária da


Contribuição Social (CST 05).
Quanto à base de cálculo do crédito, destaca-se que:
I. O IPI, não recuperável, integra o custo dos bens;

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Bens para revenda
II. Integram o custo de aquisição dos bens e das mercadorias o
seguro e o frete pagos na aquisição, quando suportados pelo
comprador.
Art. 167 da IN RFB 1911/2019
Nota:
Aplica-se também o inciso I e II, para efeitos de cálculo dos
créditos decorrentes da aquisição de insumos, bens para revenda
ou bens destinados ao ativo imobilizado.

• Solução de consulta
COSIT n° 106/2014
Ementa: ICMS. Substituição Tributária. Créditos. Não
Cumulatividade.
O ICMS substituição tributária (ICMS-ST), pago pelo adquirente na
condição de substituto, não integra o valor das aquisições de
mercadorias para revenda, por não constituir custo de aquisição,...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta
COSIT n° 106/2014
...mas uma antecipação do imposto devido pelo contribuinte
substituído na operação de saída da mercadoria. Sobre a parcela
do ICMS-ST, não poderá a pessoa jurídica descontar créditos de
Cofins.

• Fundamentos
Cosit Fls. 9:
21. No tocante à apuração de créditos da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins no regime de apuração não cumulativa, nos
termos da legislação de regência, não existe a possibilidade de se
calcular créditos sobre a parcela de ICMS substituição tributária,
[...] haja vista que o ICMS-ST não constitui tributo devido na
aquisição da mercadoria para revenda, mas de um imposto que o
adquirente deveria recolher quando da saída da mercadoria e não
o faz, porque foi substituído na operação.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• STJ - recurso especial
1568691
Creditamento de PIS e Cofins não cumulativo no regime valor pago
na etapa anterior a título de ICMS-ST
É possível creditar PIS e Cofins no regime não cumulativo em caso
de revenda. No entendimento da relatora, ministra Regina Helena
Costa, o direito ao creditamento independe da apuração de
tributação na etapa anterior. Se esse custo está embutido no valor
da compra do produto — destacado na nota fiscal — e não é
recuperável, pois não pode ser destacado na revenda, deve gerar
crédito.

• Insumo
Fundamentação legal
Inciso II, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02.
Este é o mais polêmico de todos os créditos, pois o contribuinte
sempre buscou enquadrar nele todos os casos...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Insumo
...que não se encaixavam nos demais créditos e a Receita Federal.
Fundamentação legal
Art. 172 da IN RFB Nº1911/2019
Tendo em vista que o legislador não trouxe uma definição para
insumos, a Receita Federal, determinou por meio da IN SRF
404/2004 e 247/2002, que se entende como insumos. No entanto,
ambas foram revogadas pela IN RFB 1911/2019 DOU 15/10/2019

• Vejamos o que é tratado no


art. 172 da IN RFB n°
1911/2019
Art. 172. (...) consideram-se insumos os bens ou serviços
considerados essenciais ou relevantes, que integram o processo
de produção ou fabricação de bens destinados à venda ou de
prestação de serviços (...)
§ 1º Consideram-se insumos, inclusive:

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Vejamos o que é tratado no
art. 172 da IN RFB n°
1911/2019
I - Bens ou serviços que, mesmo utilizados após a finalização do
processo de produção, de fabricação ou de prestação de
serviços(..)
II - Bens ou serviços considerados essenciais ou relevantes, que
integram o processo de produção ou fabricação de bens ou de
prestação de serviços (..)
III - Combustíveis e lubrificantes consumidos em máquinas,
equipamentos ou veículos responsáveis por qualquer etapa do
processo de produção ou fabricação de bens ou de prestação de
serviços;
IV - Bens ou serviços aplicados no desenvolvimento interno de
ativos imobilizados sujeitos à exaustão e utilizados no processo
de produção, de fabricação ou de prestação de serviços;

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Vejamos o que é tratado no
art. 172 da IN RFB n°
1911/2019
V - Bens e serviços aplicados na fase de desenvolvimento de ativo
intangível;
VI - Embalagens de apresentação utilizadas nos bens destinados à
venda;
VII - Serviços de manutenção necessários ao funcionamento de
máquinas e equipamentos utilizados no processo de produção ou
fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de
serviços;
VIII - Bens de reposição necessários ao funcionamento de
máquinas e equipamentos utilizados no processo de produção ou
fabricação de bens destinados à venda ou de prestação de
serviços;
IX - Serviços de transporte de produtos em elaboração realizados
em ou entre estabelecimentos da pessoa jurídica; e

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Vejamos o que é tratado no
art. 172 da IN RFB n°
1911/2019
X - Bens ou serviços especificamente exigidos pela legislação para
viabilizar a atividade de produção de bens ou de prestação de
serviços por parte da mão de obra empregada nessas atividades,
como no caso dos equipamentos de proteção individual (EPI).
Nota:
Analisar § 2º da IN RFB Nº 1911/2019, pois nele é tratado o que
“Não são considerados insumos, entre outros”
• O contribuinte pode discordar do procedimento adotado pela
Administração Tributária em relação a determinado assunto, a
exemplo da definição fiscal de insumos.
• O contribuinte pode ingressar com medida judicial ou
administrativa para ter a solução do seu caso concreto. Da
solução dessas discussões se forma a jurisprudência judicial e
administrativa.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• 1.º fase - restritiva - adoção
da definição de IPI
Conselho de Contribuintes do CARF - Acórdão 201-79.759, de
07.11.2006, da 1.ª Câmara do 2.º , o qual prevê que:
No cálculo da COFINS o sujeito passivo somente poderá descontar
créditos calculados sobre valores correspondentes a insumos,
assim entendidos os bens ou serviços aplicados ou consumidos
diretamente na produção ou fabricação de bens e na prestação de
serviços, não se considerando como tal despesas realizadas com
fretes, despachos, carretos, bônus de terceiros, aluguéis,
comissões, depreciações ou gastos com vendas e despesas
administrativas.

• 2º fase - ampla - adoção da


definição do IRPJ
Conselho de Contribuintes do CARF - Acórdão 3202-00.226, de
08.12.2010 (2.ª Câmara/2.ª Turma Ordinária).

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• 2º fase - ampla - adoção da
definição do IRPJ
Foi uma decisão polêmica, da qual é transcrito o seguinte trecho:
O conceito de insumo dentro da sistemática de apuração de
créditos pela não cumulatividade de PIS e Cofins deve ser
entendido como toda e qualquer custo ou despesa necessária à
atividade da empresa, nos termos da legislação do IRPJ, não
devendo ser utilizado o conceito trazido pela legislação do IPI, uma
vez que a materialidade de tal tributo é distinta da materialidade
das contribuições em apreço.

• 3º fase - intermediária -
adoção de definição própria
Conselho de Contribuintes do CARF - Acórdão 9303-01.036, de
23/04/2011 da 3.ª Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais
(CSRF).

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• 3º fase - intermediária -
adoção de definição própria
Esta decisão, mais equilibrada, afastou tanto a definição restritiva
do IPI quanto a definição extensiva do IRPJ. Optou-se pela
construção de uma definição a partir da própria legislação das
contribuições sociais.
Com isso, passou a se consolidar no âmbito do CARF - e no
judiciário - que os dispêndios, denominados insumos, são aqueles
relacionados com a produção do contribuinte, apesar das
peculiaridades de cada decisão.
No dia 22 de fevereiro de 2018, tivemos julgamento do STJ sobre a
definição de insumos com Recurso Repetitivo.
A diferença desta decisão, em relação às demais, é que ela tem a
função de uniformizar o entendimento sobre insumos, uma vez
que deve ser observada pelo judiciário nos demais recursos que
tratem de idêntica controvérsia. O CARF (art. 62 do Regimento
Interno do CARF),...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• 3º fase - intermediária -
adoção de definição própria
...a PGFN e a RFB também passam a seguir a nova orientação.

• Energia elétrica
Fundamentação legal
Inciso III, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
É possível a apuração de créditos em relação aos custos e
despesas com energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a
forma de vapor, consumida nos estabelecimentos da pessoa
jurídica.
A presente hipótese de crédito não está restrita ao setor fabril.
Dessa forma, mesmo despesas com energia elétrica ou térmica
relativa à parte administrativa geram crédito das contribuições. O
crédito também é admitido na atividade comercial e na prestação
de serviços.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção energia
elétrica
1. O critério de aproveitamento de crédito sobre energia elétrica
das contribuições sociais é distinto daquele aplicável ao ICMS,
restrito ao setor fabril ; e
2. É importante destacar, no entanto, que o valor do crédito
alcança apenas a energia consumida. Dessa forma, outros valores
que venham cobrados juntos à fatura, a exemplo da Contribuição
de Iluminação Pública, devem ser excluídos da base de cálculo.
Pode ser tomado crédito do rateio de custo a título de energia
elétrica compartilhada entre PJ regime não cumulativos?
Sim , haverá possibilidade de creditamento
Solução de Consulta COSIT 312/2017

• Aluguel
Fundamentação legal
Inciso IV, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Aluguel
As despesas com aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos,
utilizados nas atividades da empresa, também geram direito a
créditos.
Interpretando literalmente o dispositivo legal, ficam de fora, por
exemplo, o aluguel de veículos e programas de computadores.

• Ponto de atenção aluguel


1. A presente hipótese de crédito não está restrita ao setor fabril.
Dessa forma, mesmo a despesa com aluguel relativa à área
administrativa gera crédito das contribuições. O crédito também é
admitido na atividade comercial e na prestação de serviços.
2. É vedado o crédito relativo a aluguel e contraprestação de
arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o
patrimônio da pessoa jurídica, (Lei nº 10.865, de 2004, art. 31, §
3º).
Um aluguel pago a imobiliária, porem o proprietário do imóvel é PF,
haverá o credito de PIS e COFINS ou é vedado?
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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção aluguel
Os aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa
física não geram direito a crédito de PIS e COFINS, por vedação
legal dada pelo o art. 3º, inciso IV da Lei 10.833/2003.
Empresas optantes ao Lucro Real que possui contrato de aluguel
de empilhadeira pode aproveitar crédito de PIS/COFINS do valor do
aluguel?
Quanto a locação de empilhadeira, não é possível o
aproveitamento de créditos de PIS e COFINS sobre os valores
pagos a pessoa jurídica a título de aluguel de empilhadeiras, pois o
aluguel de veículos não é abrangido pela hipótese de creditamento
de aluguel de aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos,
pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa.
Solução de consulta COSIT N° 355/2017
É possível se creditar do PIS e COFINS sobre os dispêndios com
aluguel de veículos?
Não, É inadmissível a apuração do crédito da não
cumulatividade em relação a dispêndios com locação de veículos,..
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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção aluguel
...haja vista que o dispositivo contempla unicamente dispêndios
com locação de prédios, máquinas e equipamentos, entre os quais
não se inserem os veículos para os fins colimados.
Solução de consulta COSIT Nº 99.064/2017
Além do valor do aluguel pago a PJ, poderá ser creditar do PIS e
COFINS sobre as despesas com condomínio?
Não, no regime de apuração não cumulativa do PIS e da Cofins, o
crédito relativo a aluguéis de prédios não inclui os dispêndios
suportados pelo locatário em decorrência da locação do imóvel, tal
como a cota condominial.
Solução de Consulta COSIT nº 248/2019
Empresa no Lucro Real e regime não-cumulativo de PIS/COFINS
poderá apurar créditos nos pagamentos de aluguel para
alojamento de seus funcionários na execução da atividade
operacional?
Os imóveis locados para alojamento de trabalhadores não são con
siderados como “utilizados nas atividades da empresa”...
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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção aluguel
...e, portanto, não admitem crédito na hipótese aventada.
Solução de consulta COSIT nº 2/2016

• Aluguéis de terrenos -
PIS/COFINS regime não-
cumulativo
SC COSIT 99.097/2017:
A pessoa jurídica submetida ao regime de apuração não
cumulativa da Cofins pode descontar créditos sobre aluguéis de
terrenos utilizados nas atividades da empresa pagos a pessoa
jurídica, desde que obedecidos todos os requisitos e as condições
previstos na legislação

• Arrendamento mercantil
(leasing)
Fundamentação legal

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Arrendamento mercantil
(leasing)
Inciso V, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
O desconto de créditos em relação à contraprestação de
operações de arrendamento mercantil, conhecidas como leasing.
Este crédito é muito amplo, abrangendo todos os bens, qualquer
que seja sua utilização.
É vedado o crédito relativo a aluguel e contraprestação de
arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o
patrimônio da pessoa jurídica, (Lei nº 10.865, de 2004, art. 31, §
3º).
Como é realizado o aproveitamento de créditos de PIS e COFINS
quando a empresa adquire bem por meio de contrato de
arrendamento mercantil, sendo que por força da contabilidade o
mesmo foi classificado no ativo imobilizado?
Embora a contabilidade imponha o reconhecimento contábil de um
bem adquirido por meio de leasing no ativo imobilizado...

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Arrendamento mercantil
(leasing)
...em algumas circunstâncias, para efeitos fiscais o crédito de PIS
e COFINS deve ser apropriado com base na contraprestação.
Artigo 57, parágrafo único da Lei nº 12.973/2014
Empresa regime não-cumulativo, tem atividade de restaurante, na
compra de uma moto para fazer entrega de venda por delivre, esta
moto vai ser comprada por arrendamento mercantil (leasing).
Gostaria de saber se empresa pode utilizar o crédito de PIS E
COFINS, referente arrendamento mercantil?
É possível descontar créditos calculados em relação ao valor das
contraprestações de operações de arrendamento mercantil de
pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples.
Solução de Consulta nº 102/2007-SRRF.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Arrendamento mercantil
(leasing)

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Máquinas, equipamentos e
outros bens do ativo
imobilizado
Fundamentação legal
Inciso VI, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
É possível a apuração de créditos em relação a máquinas,
equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos ou fabricados para:
a) locação a terceiros;
b) utilização na produção de bens destinados à venda; ou
c) utilização na prestação de serviços.

• Ponto de atenção máquinas,


equipamentos e outros bens
do ativo imobilizado
1. Este é mais um exemplo de crédito restrito à área produtiva.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção máquinas,
equipamentos e outros bens
do ativo imobilizado
Consequentemente, os bens utilizados na área administrativa não
permitem a apuração de créditos.
Da mesma forma, não é admitido apurar créditos em relação aos
bens utilizados na atividade comercial.
2. Inicialmente, este crédito deveria ser aproveitado de acordo com
a depreciação mensal do bem, seguindo os mesmos prazos do
Imposto de Renda.
Com o passar do tempo, no entanto, isso foi flexibilizado e passou
a ser possível, de forma alternativa, o aproveitamento com base no
valor de aquisição e em prazos fixos de 48, 24, 12 ou 6 meses.

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção máquinas,
equipamentos e outros bens
do ativo imobilizado

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção máquinas,
equipamentos e outros bens
do ativo imobilizado
3. Desde julho de 2012 é possível o aproveitamento dos créditos
sobre máquinas e equipamentos destinado à produção de bens ou
prestação de serviços de imediato, no mês de sua aquisição (art.
1.º da Lei 11.774/2008).
Recomendação leitura do Art. 173 da IN RFB 1911/2019 - Dos
Créditos Decorrentes da Aquisição de Bens e Direitos do Ativo
Imobilizado e Intangível.

39
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção máquinas,
equipamentos e outros bens
do ativo imobilizado

40
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção máquinas,
equipamentos e outros bens
do ativo imobilizado

41
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta nº 319 -
COSIT/2017
Assunto: Contribuição para o financiamento da seguridade social
– COFINS Ementa: Depreciação de máquinas e equipamentos.
Direito à apuração extemporânea de crédito. Prazo prescricional.
É possível o aproveitamento de créditos da não cumulatividade da
Cofins não utilizados em períodos anteriores, desde que não tenha
decorrido seu prazo prescricional.

• Solução de consulta COSIT n°


203/2019
Não cumulatividade. Indenização de seguro. Incidência. Direito a
crédito. Interrupção. Ativo imobilizado.
A indenização destinada a reparar dano patrimonial decorrente do
sinistro de bem do ativo imobilizado sujeita-se integralmente à
incidência da Cofins não cumulativa.

42
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta COSIT n°
203/2019
(...) venham a sofrer sinistro deve ser interrompida a partir de sua
baixa (...)
Os créditos da Cofins apurados até a data da baixa de bem do
ativo imobilizado que tenha sofrido sinistro podem ser mantidos.

• Edificações e benfeitorias
Fundamentação legal
Inciso VII, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
Poderá se creditar sobre edificações e benfeitorias em imóveis
próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa.
O crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas de
1,65% de Pis e de 7,6% de Cofins sobre o valor dos encargos de
depreciação e amortização dos bens incorridos no mês.

43
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção edificações
e benfeitorias
1. Solução de Consulta COSIT 635/2017, poderá creditar-se em
relação aos dispêndios efetuados com a realização de edificações
e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros utilizados na
atividade da empresa.
2. Solução de Consulta COSIT 098/2019, pode ser descontado em
24 meses ou, alternativamente, com base na depreciação dos bens

• Devolução de venda
Fundamentação legal:
Inciso VIII, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
O crédito também poderá ser calculado sobre o valor dos bens
recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha
integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido
tributado na sistemática da não cumulatividade. O objetivo é
anular o ônus tributário surgido por ocasião da venda do bem,...

44
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Devolução de venda
...uma vez que a sua devolução não anula o débito surgido por
ocasião da venda.

• Armazenagem e frete na
operação de venda
Fundamentação legal:
Inciso IX, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
As despesas com armazenagem de mercadoria e frete na
operação de venda e na prestação de serviços, quando o ônus for
suportado pelo vendedor, também geram direito a créditos.

• Ponto de atenção -
armazenagem
1. Solução de Consulta COSIT 107/2019, é permitido o desconto
de créditos em relação aos gastos com manutenção e
operacionalização de sistemas de monitoramento,...

45
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção -
armazenagem
...de vigilância, de controle de acesso e de segurança nas áreas
portuárias e de armazenagem.

• Ponto de atenção frete


Solução de consulta COSIT n°265/2019
Não cumulatividade. Créditos. Frete na aquisição de insumos não
sujeitos ao pagamento da contribuição.
• É vedada a apropriação de créditos da Cofins em relação ao
frete na aquisição de insumos com suspensão, não incidência,
alíquota zero ou isenção da contribuição para a elaboração de
produtos não sujeitos ao pagamento da contribuição.
(...)
É possível a apropriação de créditos da Cofins em relação ao frete
na aquisição de insumos que foram adquiridos com isenção para
serem utilizados na elaboração de produtos sujeitos ao
pagamento da contribuição.
46
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção frete
Solução de consulta COSIT n°265/2019
• Frete na venda de mercadorias não sujeitas ao pagamento da
contribuição. Possibilidade.
É possível apurar créditos em relação aos gastos com frete na
operação de venda de produtos beneficiados com suspensão,
isenção, alíquota zero ou não incidência da Cofins, desde que
suportados pelo vendedor, ressalvada a vedação quanto a
produtos sujeitos à tributação concentrada ou à substituição
tributária.
É possível descontar crédito de PIS e COFINS sobre frete interno
do aeroporto ao estabelecimento de produto importado?
No regime de apuração não cumulativa, não é admitido o desconto
de créditos em relação ao pagamento de serviços aduaneiros e de
frete interno referente ao transporte de mercadoria importada do
ponto de fronteira, porto ou aeroporto alfandegado até o
estabelecimento da pessoa jurídica no território nacional.
Solução de Consulta Cosit n° 121/2017.
47
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Ponto de atenção frete
Gera crédito do PIS e da COFINS no regime não cumulativo as
despesas com frete internacional nas operações de venda?
No regime de apuração não cumulativa, não geram direito a crédito
do PIS e da COFINS os valores pagos referente ao transporte
internacional de mercadorias exportadas, ainda que a beneficiária
do pagamento seja pessoa jurídica domiciliada no Brasil.
Solução de divergência COSIT Nº 8/2017
O valor pago aos Correios quando ônus suportado pelo vendedor
na entrega das mercadorias produzidas, gera direito ao crédito do
PIS e da COFINS no regime não cumulativo?
O valor pago aos Correios e suportado pelo vendedor pela entrega
de mercadorias por ele revendidas, produzidas ou fabricadas é
considerado frete na operação de venda e pode ser descontado
como crédito no regime de apuração não cumulativa.
Solução de Consulta n° 9.008/2018.

48
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Vale-transporte, vale-refeição
ou vale-alimentação e
fardamento ou uniforme
Fundamentação legal
Inciso X, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
É possível a apropriação de créditos relativos a gastos com vale-
transporte, vale-refeição ou vale-alimentação e fardamento ou
uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que
explore as atividades de prestação de serviços de limpeza,
conservação ou manutenção.

• Bens incorporados ao ativo


intangível
Fundamentação legal
Inciso XI, art.3º das Leis 10.833/03 e 10.637/02
Este crédito deverá ser aproveitado a partir dos encargos de
amortização incorridos no mês, ou seja,...
49
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Bens incorporados ao ativo
intangível
De acordo com o CPC 04, ativo intangível é um ativo não
monetário identificável sem substância física.
Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:
a) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
b) O custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.

• Solução de consulta COSIT


99068/2017
Dispêndios com aquisição de softwares utilizados para
planejamento e programação da produção e para desenvolvimento
de produtos que, de acordo com as normas contábeis aplicáveis,
sejam incorporados ao ativo intangível da pessoa jurídica
permitem a apuração de créditos.

50
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Estoque de abertura
A pessoa jurídica que alterar a forma de tributação do Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica, de lucro presumido para lucro real, terá
direito a desconto na determinação da Contribuição para o PIS e
Cofins, de crédito presumido correspondente ao estoque de
abertura dos bens adquiridos pela pessoa jurídica domiciliada no
país para revenda, desde que atendidos todos os requisitos
normativos e legais atinentes à espécie.
Dispositivos Legais: Lei 10.637, 2002, arts. 1°, 2°, 3°, 8° e 11; Lei n°
10.833, de 2003, art. 15 e 16; Lei n° 10.865, de 2004, art. 15.

• Solução de consulta COSIT n°


580/2017
Regime não cumulativo. Mudança de regime de tributação.
Crédito. Estoque de abertura. PIS-Importação / COFINS-
Importação
(...)

51
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta COSIT n°
580/2017
A importação de bens para a revenda ou para uso como insumo
não gera direito a crédito presumido sobre estoque de abertura
para ser utilizado na determinação da Cofins quando da mudança
do regime de tributação do lucro presumido para o lucro real, por
ausência de previsão legal.

• Solução de consulta COSIT n°


309/2019
Mudança de regime de apuração. Créditos. Imobilizado. ESTOQUE
De abertura. Falta de previsão legal.
(...)
A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido e,
portanto, submetida à sistemática de apuração cumulativa da
Cofins, passar a adotar o regime do lucro real, na hipótese de, em
decorrência dessa opção,...

52
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta COSIT n°
309/2019
...sujeitar-se à incidência não cumulativa desse tributo, não poderá
optar pela possibilidade de desconto imediato de créditos
estabelecida pelo art. 1°, inciso XII, da Lei n° 11.774, de 2008,
relativamente a máquinas e equipamentos (ativo imobilizado)
destinados à produção de bens e prestação de serviços cuja
aquisição no mercado interno ou importação tenha ocorrido antes
da citada migração, dado que não há autorização legal para tanto.

• Solução de consulta COSIT n°


185/2019
Não cumulatividade. Crédito presumido. Estoque de abertura.
Regime de tributação concentrada. Revenda de pneus.
Impossibilidade
(...)

53
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta COSIT n°
185/2019
O direito a crédito presumido da Cofins correspondente a bens
adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País, com a finalidade
de revenda, por pessoa jurídica que, tributada com base no lucro
presumido, passar a ser tributada com base no lucro real, na
hipótese de sujeitar-se à incidência não cumulativa dessa
contribuição, não se aplica a mercadorias e produtos classificados
como pneus novos de borracha e câmaras de ar de borracha, nos
termos das posições 40.11 e 40.13, respectivamente, da TIPI, caso
se trate do revendedor de tais bens.

54
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Solução de consulta COSIT n°
185/2019

55
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Apuração proporcional de
créditos
Se a pessoa jurídica estiver sujeita à incidência não cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins em relação apenas a
parte de suas receitas, o crédito deverá ser apurado,
exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos
vinculados a essas receitas. Isso ocorre com as empresas do
Lucro Real, que possuem alguns produtos ou serviços sujeitos ao
regime cumulativo.
Nesses casos de incidência “mista”, a pessoa jurídica deverá
alocar, a cada mês, separadamente para cada modalidade de
incidência, as parcelas dos custos respectivos e havendo custos
comuns às duas modalidades de incidência, o crédito será
determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:
(...).
a) Apropriação direta, inclusive, em relação aos custos, por meio
de sistema de contabilidade de custos integrada e...

56
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Apuração proporcional de
créditos
...e coordenada com a escrituração; ou
b) Rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e
encargos comuns a relação percentual existente entre a receita
bruta sujeita à incidência não cumulativa e a receita bruta total,
auferidas em cada mês.

57
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Apuração proporcional de
créditos
Atenção!!
“Registro 0110”: A forma de incidência do período é que permitirá o
método de apropriação de crédito (direta ou proporcional).

58
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Créditos Decorrentes de
eventos de incorporação,
fusão e cisão
Para os casos específicos, o crédito poderá ser apropriado de
acordo com o art. 30 da Lei nº 10.865/2004:
“Art. 30. Considera-se aquisição, para fins do desconto do crédito
previsto nos arts. 3º das Leis nº s 10.637, de 30 de dezembro de
2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, a versão de bens e
direitos neles referidos, em decorrência de fusão, incorporação e
cisão de pessoa jurídica domiciliada no País.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se somente nas hipóteses em
que fosse admitido o desconto do crédito pela pessoa jurídica
fusionada, incorporada ou cindida.“

59
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Para corroborar, compartilho
a IN RFB 1911/2019
"Art. 165. Considera-se aquisição, para fins da apuração do crédito
previsto neste Capítulo, a versão de bens e direitos nele referidos,
em decorrência de fusão, incorporação e cisão de pessoa jurídica
domiciliada no País (Lei nº 10.865, de 2004, art. 30).
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente nas
hipóteses em que seria admitido o desconto do crédito pela
pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida (Lei nº 10.865,
de 2004, art. 30, § 1º).”

• EFD-contribuições
Registro F800: Créditos Decorrentes de Eventos de Incorporação,
Fusão e Cisão.
Devem ser escriturados neste registro os créditos oriundos da
versão de bens e direitos referidos no art. 3º das Leis nº
10.637/2002 e nº 10.833/2003, bem como os créditos referentes à
importação referidos na Lei nº 10.865/2004,...
60
PIS E COFINS não-
cumulativo
• EFD-contribuições
...transferidos em decorrência de eventos de fusão, incorporação e
cisão de pessoa jurídica domiciliada no País, relacionando-os por
cada tipo, conforme Tabela 4.3.6. da EFD-Contribuições.
A pessoa jurídica sucessora titular da escrituração, deve informar
o CNPJ da sucedida, a natureza e a data do evento, origem e tipo
de crédito, mês e ano em que foi apurado o crédito e o valor do
crédito disponível (Valor do crédito transferido).

61
PIS E COFINS não-
cumulativo
• EFD-contribuições
...transferidos em decorrência de eventos de fusão, incorporação e
cisão de pessoa jurídica domiciliada no País, relacionando-os por
cada tipo, conforme Tabela 4.3.6. da EFD-Contribuições.
A pessoa jurídica sucessora titular da escrituração, deve informar
o CNPJ da sucedida, a natureza e a data do evento, origem e tipo
de crédito, mês e ano em que foi apurado o crédito e o valor do
crédito disponível (Valor do crédito transferido).

• Veja a seguir a
esquematização para o
calculo de PIS/PASEP e da
COFINS no regime não-
cumulativo:
• Comece definindo a base de cálculo do débito
• Que alcança todas as receitas, salvo exceções previstas em Lei
• Então multiplique a base de cálculo pela alíquota
62
PIS E COFINS não-
cumulativo
• Veja a seguir a
esquematização para o
calculo de PIS/PASEP e da
COFINS no regime não-
cumulativo:
• Lembre que há alíquotas diferenciadas em alguns casos
• Feito isso, você já tem o valor do débito
• Agora apure o crédito, que alcança somente os casos previstos
em Lei
• Multiplique a base de cálculo do crédito pela correspondente
alíquota
• E há alíquotas diferenciadas para os créditos também em
casos específicos
• Pronto, você já tem o valor do crédito
• O próximo passo é deduzir do valor de débito o montante de
crédito

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PIS E COFINS não-
cumulativo
• Veja a seguir a
esquematização para o
calculo de PIS/PASEP e da
COFINS no regime não-
cumulativo:
• E você terá o valor devido!
• Deste valor ainda podem ser deduzidas possíveis retenções
sofridas

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