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PIS/COFINS

Analista Fiscal / 2o. Semestre / 2021 – 30/10/2021

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cont.carloseduardo@gmail.com

Currículo https://www.linkedin.com/in/eduardo-oliveira-a76362118/

 Contador, Graduado em Ciências Contábeis pela


Universidade 7 de Setembro;

 Especializando em Direito, Processo e Planejamento


Tributário;

 Coordenador de Planejamento Tributário do Grupo 3corações,


e ex-Consultor Sênior de Tributos com atuação em big four -
EY (uma das maiores empresas do mundo na área de
auditoria, impostos e transações corporativas);

 Atuante há mais de 7 (cinco) anos nas áreas contábil/tributária, consultoria e


planejamento tributário, com experiências em projetos diversos realizados em empresas
nacionais e multinacionais de diversos portes e segmentos;

 Palestrante registrado no CRC-CE, professor de cursos de extensão/in company na área


tributária há cerca de 4 anos, e professor convidado em pós graduações diversas para
temas relacionados ao Direito Tributário;

 Atualmente é membro da Comissão de Reforma Tributária do CRC-CE.

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Cronograma

• PIS E COFINS - ASPECTOS GERAIS


(CF 88- Art. 149, Art. 195, Art. 239 | LC 07/1970), LC 08/1970)

• REGIME CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO| ALÍQUOTAS| OBRIGATORIEDADE DO REGIME CUMULATIVO|
CAIXA x COMPETÊNCIA | EXERCÍCIOS)

• PIS E COFINS – DESONERAÇÕES


(ALIQUOTA ZERO | ISENÇÃO | SUSPENSÃO)

• REGIMES ESPECÍFICOS
(INCIDÊNCIA MONOFÁSICA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA | IMPORTAÇÃO | OUTRAS ALÍQUOTAS)

• REGIME NÃO CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO | ALÍQUOTAS | DÉBITOS x CRÉDITOS | CASOS POLÊMICOS |
EXERCÍCIOS)

• REGIME MISTO / LEVANTAMENTO DE CRÉDITOS


Proporcionalidade no regime misto | proporcionalidade para fins de ressarcimento | Procedimentos
operacionais para levantamento de créditos de PIS COFINS)

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Contextualização
Características do nosso Sistema tributário

► Tributos podem ser aplicados sobre três instâncias: consumo, renda ou propriedade. É
sobre o consumo que incide a maior quantidade de tributos e que a situação tributária é
mais complexa. Esses tributos coletados a partir de bens e serviços são chamados de
tributos indiretos, e são o ponto principal das propostas de reforma tributária.

► Atualmente o Brasil possui 5 tributos indiretos que incidem sobre o consumo de bens e
serviços:

► ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);


► IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);
► ISS (Imposto sobre Serviços);
► PIS/PASEP (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público);
► Cofins (Contribuição para o financiamento da Seguridade Social).

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Características do nosso Sistema tributário
► Relatório de Arrecadação de 2018;
(http://receita.economia.gov.br/dados/receitadata/arrecadacao/relatorios-do-resultado-da-
arrecadacao/arrecadacao-2018/dezembro2018/apresentacao-arrecadacao-dez-2018.pdf)

► Plano Anual de Fiscalização da RFB para 2019 / Resultados de 2018


(http://receita.economia.gov.br/dados/resultados/fiscalizacao/arquivos-e-imagens/2019_05_06-plano-
anual-de-fiscalizacao-2019.pdf)

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Noções Gerais

Constituição Federal

Leis Complementares

Leis Ordinárias e Medidas


Provisórias

Decretos

Instruções Normativas

Decisões Normativas

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Introdução – PIS/COFINS na Constituição Federal
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:


a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa
dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o
disposto no art. 150, III, "b".
[...]

§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes
na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.

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Introdução – PIS/COFINS na Constituição Federal

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no


domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150,
I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo.
[...]
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste
artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no
caso de importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a
pessoa jurídica, na forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.

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Regime Cumulativo vs. Não Cumulativo

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Introdução – Regime Cumulativo x Não Cumulativo

• Cumulativo – Tributo que incide integralmente em cada etapa da circulação de


mercadorias ou serviços, sem que possa ser abatido o montante do débito
tributário pago na etapa anterior.

Valor: 100$ Valor: 200$ Valor: 300$


Alíq.(%): 3% Alíq.(%): 3% Alíq.(%): 3%
Imposto: 3$ Imposto: 6$ Imposto: 9$

• Não Cumulativo – Tributo em que o montante do débito tributário gerado nas


etapas anteriores possa ser abatido nas etapas seguintes de circulação das
mercadorias ou serviços.

Valor: 100$ Valor: 200$ Valor: 300$


Alíq.(%): 3% Alíq.(%): 3% Alíq.(%): 3%
Imposto: 3$ Débito: 6$ Débito: 9$
Crédito: 3$ Crédito: 6$
Imposto: 3$ Imposto: 3$

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Introdução – Regime Cumulativo x Não Cumulativo
Determinada empresa sofreu um lançamento de auto de infração que tem por objeto
social venda de livros para serem utilizados em escolas (CNAE 4761001: COMÉRCIO
VAREJISTA DE LIVROS), e optante pelo Simples Nacional.

O lançamento de ofício teve por objeto a cobrança de PIS e COFINS devidos no âmbito
do Simples Nacional. A Fazenda alegava que o benefício de PIS/COFINS de alíquota 0
de PIS/COFINS sobre livros não se estende ao Simples Nacional, de acordo com o
parágrafo único do art. 37 da Resolução 140/2018 do CGSN.

A Companhia impugnou o auto de infração, pois era de conhecimento da Companhia


que tais livros eram imunes de PIS/COFINS, de acordo com o art. 150, VI, alínea d, da
Constituição Federal, e a não previsão de tributação estaria contida no próprio art. 30 da
Resolução 140/2018 do CGSN.

Em fase litigiosa, o juiz solicita uma opinião sobre o assunto a um perito tributário, para
além de revisar o valor do lançamento, opinar sobre a materialidade do lançamento em
tela.

15 minutos para pesquisa e aprofundamento do tema.

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Visão Sistemica

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Cronograma

• PIS E COFINS - ASPECTOS GERAIS


(CF 88- Art. 149, Art. 195, Art. 239 | LC 07/1970), LC 08/1970)

• REGIME CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO| ALÍQUOTAS| OBRIGATORIEDADE DO REGIME CUMULATIVO|
CAIXA x COMPETÊNCIA | EXERCÍCIOS)

• PIS E COFINS – DESONERAÇÕES


(ALIQUOTA ZERO | ISENÇÃO | SUSPENSÃO)

• REGIMES ESPECÍFICOS
(INCIDÊNCIA MONOFÁSICA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA | IMPORTAÇÃO | OUTRAS ALÍQUOTAS)

• REGIME NÃO CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO | ALÍQUOTAS | DÉBITOS x CRÉDITOS | CASOS POLÊMICOS |
EXERCÍCIOS)

• REGIME MISTO / LEVANTAMENTO DE CRÉDITOS


Proporcionalidade no regime misto | proporcionalidade para fins de ressarcimento | Procedimentos
operacionais para levantamento de créditos de PIS COFINS)

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Regime Cumulativo

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Introdução – Regime Cumulativo

 O que significa Regime Cumulativo?

Não há direito a deduções de custos, despesas e encargos


do que foi pago anteriormente na cadeia econômica.

 Estão sujeitos a esta sistemática:

Pessoas Jurídicas Tributadas com Base no Lucro Presumido

Pessoas Jurídicas Tributadas com Base no Lucro Arbitrado

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Introdução – Regime Cumulativo

Também são sujeitas a essa sistemática, independentemente da forma


de tributação:

- Bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de


desenvolvimento, Caixas Econômicas

- Empresas de arrendamento mercantil, cooperativa de crédito,


empresas de seguro privado de crédito , entidades de previdência
complementar abertas e fechadas

- Associações de poupança e empréstimo

- Operadoras de planos de assistência a saúde

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Introdução – Regime Cumulativo

REGIME CUMULATIVO

Lei nº 9.718/98
Art. 2° As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito
privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as
alterações introduzidas por esta Lei.
Art. 3º O faturamento a que se refere o art. 2º compreende a receita bruta de que trata o art. 12 do
Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977.

Decreto-Lei nº 1.598/77
Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos
incisos I a III.

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Introdução – Regime Cumulativo

Regime cumulativo:
Faturamento = Receitas da
atividade

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Introdução – Regime Cumulativo

O que não compõe a Base de Cálculo?


 Vendas Canceladas, Devoluções, Exclusões e Glosas

 Descontos Incondicionais Concedidos

 IPI Sobre Vendas

 ICMS cobrado por Substituição Tributária

 Reversão de Provisões e créditos baixados como perda

 Resultado positivo de Equivalência Patrimonial

 Venda de Bens do Ativo Não Circulante

 Transferência Onerosa de Crédito de ICMS

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Introdução – Regime Cumulativo

• Regime de Caixa: Apuração do PIS/COFINS a recolher com base


nos valores efetivamente recebidos

• Regime de Competência: Apuração do PIS/COFINS a recolher


com base na receita auferida, independentemente do recebimento.
(Regime Contábil)

*Ambos os critérios poderão ser adotados, desde que para o


Imposto de Renda seja adotado modelo semelhante.

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Introdução – Regime Cumulativo

Critério quantitativo

PIS/PASEP e COFINS
Base de cálculo
Faturamento (cumulativo)

Alíquotas básicas
0,65% e 3% (regime cumulativo)

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Introdução – Regime Cumulativo

Considere que a empresa XEI Comércio LTDA, no mês 09/2018


obteve receita de venda de 250 unidades do item “X” no valor total de
R$ 250.000,00.

Ainda no mesmo mês, por conta de avarias detectadas pelos clientes,


foram devolvidas 55 unid.

1- Calcule o PIS e COFINS a recolher

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Cronograma

• PIS E COFINS - ASPECTOS GERAIS


(CF 88- Art. 149, Art. 195, Art. 239 | LC 07/1970), LC 08/1970)

• REGIME CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO| ALÍQUOTAS| OBRIGATORIEDADE DO REGIME CUMULATIVO|
CAIXA x COMPETÊNCIA | EXERCÍCIOS)

• PIS E COFINS – DESONERAÇÕES


(ALIQUOTA ZERO | ISENÇÃO | SUSPENSÃO)

• REGIMES ESPECÍFICOS
(INCIDÊNCIA MONOFÁSICA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA | IMPORTAÇÃO | OUTRAS ALÍQUOTAS)

• REGIME NÃO CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO | ALÍQUOTAS | DÉBITOS x CRÉDITOS | CASOS POLÊMICOS |
EXERCÍCIOS)

• REGIME MISTO / LEVANTAMENTO DE CRÉDITOS


Proporcionalidade no regime misto | proporcionalidade para fins de ressarcimento | Procedimentos
operacionais para levantamento de créditos de PIS COFINS)

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Regimes Diferenciados

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Regimes Diferenciados

Regimes
Diferenciados
Alíquota Zero
Substituição Tributária
Monofásico
Outros*
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Regimes Diferenciados

Receitas Sujeitas à Tributação Monofásica

 Possui alíquotas e base de cálculos


diferenciadas;

 Ocorre quando a lei concentra a


tributação do PIS e COFINS, nas
etapas de produção e importação,
desonerando as etapas subsequentes
à comercialização;

 Não ocorre tributação quando revendida no


segmento atacadista e no varejista;

*Exceção para Bebidas Frias

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Regimes Diferenciados

Receitas Sujeitas à Tributação Monofásica(?) de Bebidas Frias

 Possui alíquotas e base de cálculos


diferenciadas até o ramo atacadista;

 Não ocorre tributação quando revendida no


segmento no varejista, aplicando-se
alíquota zero (inclusive no Simples
Nacional);

 O Atacadista deve tributar a saída com


alíquota diferenciada, e creditar o valor de
PIS COFINS na aquisição do industrial.

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Regimes Diferenciados

• Combustíveis

• Produtos Farmacêuticos e de Higiene Pessoal

• Pneus novos, Câmaras-de-Ar, e Auto Peças

• Bebidas Frias

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Regimes Diferenciados

Receitas Sujeitas à Substituição Tributária

 Possui alíquotas e base de cálculos


diferenciadas;

 Consiste em atribuir responsabilidade


pelo pagamento do imposto à uma
terceira pessoa (Indústria) que tenha
relação com o fato gerador;

 Não ocorre tributação quando revendida no


segmento atacadista e no varejista;

*Atualmente somente a industrialização


de cigarros, motocicletas e algumas
máquinas agrícolas estão sujeitas a este
regime.

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Regimes Diferenciados

Receitas Sujeitas à Alíquota Zero

 Tratado como “Benefício Fiscal”, cujo


consumo o governo deseja incentivar;

 Não há tributação em nenhuma etapa da


cadeia de comercialização;

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Regimes Diferenciados

Exemplificação
[Tabela de Produtos Alíquota Zero – RFB/SPED]
Início de Término de
Código Descrição do Produto NCM Escrituração Escrituração
Mês/Ano Mês/Ano
100 INSUMOS E PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

Leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite


em pó, integral, semidesnatado ou desnatado, leite fermentado, bebidas e
110 compostos lácteos e fórmulas infantis, assim definidas conforme previsão legal - 01/2011
específica, destinados ao consumo humano ou utilizados na industrialização de
produtos que se destinam ao consumo humano

Queijos tipo mozarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo
111 - 01/2011
provolone, queijo parmesão e queijo fresco não maturado.
Soro de leite fluido a ser empregado na industrialização de produtos destinados
112 - 01/2011
ao consumo humano
113 Farinha de trigo 1101.00.10 01/2011
114 Trigo 10.01 01/2011
1901.20.00 Ex 01
115 Pré-misturas próprias para fabricação de pão comum e pão comum e 1905.90.90 Ex 01/2011
01
116 Produtos hortícolas e frutas Capítulos 7 e 8 01/2011
117 Ovos 04.07 01/2011
05.11.10.00,
118 Venda de semens e embriões 0511.99.10 e 01/2011
0511.99.20
1902.11.00
1902.19.00
119 Massas alimentícias classificadas na posição 19.02 da TIPI. 1902.20.00 02/12/2011
1902.30.00

120 Queijo do reino - 31/05/2012

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Regimes Diferenciados

Exemplificação
[Tabela de Produtos Alíquota Zero – RFB/SPED]

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Regimes Diferenciados
 Venda a varejo de telefones portáteis de redes celulares que possibilitem o acesso à
internet em alta velocidade do tipo smartphone classificados na posição 8517.12.31 da
Tipi, produzidos no País conforme processo produtivo básico estabelecido pelo Poder
Executivo. (Válido até nov/2015)

 Projetores para exibição cinematográfica, classificados no código 9007.2 da NCM, e


suas partes e acessórios, classificados no código 9007.9 da NCM

A lei elenca não só produtos, mas algumas


situações que o contribuinte estará dispensado das
Contribuições.

Exemplo: Regimes Especiais das Contribuições


(PADIS, PATDV, REIDI)

Fique ligado!

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Cronograma

• PIS E COFINS - ASPECTOS GERAIS


(CF 88- Art. 149, Art. 195, Art. 239 | LC 07/1970), LC 08/1970)

• REGIME CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO| ALÍQUOTAS| OBRIGATORIEDADE DO REGIME CUMULATIVO|
CAIXA x COMPETÊNCIA | EXERCÍCIOS)

• PIS E COFINS – DESONERAÇÕES


(ALIQUOTA ZERO | ISENÇÃO | SUSPENSÃO)

• REGIMES ESPECÍFICOS
(INCIDÊNCIA MONOFÁSICA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA | IMPORTAÇÃO | OUTRAS ALÍQUOTAS)

• REGIME NÃO CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO | ALÍQUOTAS | DÉBITOS x CRÉDITOS | CASOS POLÊMICOS |
EXERCÍCIOS)

• REGIME MISTO / LEVANTAMENTO DE CRÉDITOS


Proporcionalidade no regime misto | proporcionalidade para fins de ressarcimento | Procedimentos
operacionais para levantamento de créditos de PIS COFINS)

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Regime Não Cumulativo – Fato Gerador

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Premissas para Discussões
Hierarquia dos Órgãos administrativos e Judiciais
Controvérsia
Supremo Tribunal Federal

Superior Tribunal de Justiça

Tribunal Administrativo
(CARF)

Receita Federal (Instrução


Normativa, Soluções de
Consulta, Parecer Normativo)

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Fato Gerador do Regime Não Cumulativo

REGIME NÃO CUMULATIVO

Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003

Art. 1º A Contribuição para o PIS/Pasep, com a incidência não cumulativa,


incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a


receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro
de 1977, e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica com os
respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso
VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

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Fato Gerador do Regime Não Cumulativo

Regime cumulativo:
Faturamento = Receitas da
atividade

Regime não cumulativo:


Total de Receitas =
Faturamento + Outras receitas
(p. ex. locação)

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Fato Gerador do Regime Não Cumulativo

• Entendimento fiscal
• o conceito tributário de receita tem a mesma extensão dada pela
contabilidade

 Consequência: tudo aquilo que é reconhecido contabilmente


como receita, salvo expressa previsão legal em sentido contrário,
seria tributado pelas contribuições no regime não cumulativo.

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Definição Contábil de Receita

“Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma
da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam
em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos
detentores dos instrumentos Patrimoniais”.

“A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos.”

“A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma
variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties,
aluguéis”.

“Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem


ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade, representando aumentos nos
benefícios econômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das receitas”.

“Ganhos incluem, por exemplo, aqueles que resultam da venda de ativos não
circulantes”.

Fonte: CPC - Pronunciamento Conceitual Básico

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Fato Gerador do Regime Não Cumulativo

Polêmicas

 Bonificações

 Doações recebidas

 Subvenções recebidas do Poder Público

 Perdão de dívida

 Exclusão do ICMS da BC do PIS/COFINS

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Polêmicas
Bonificações

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 664, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2017


(Publicado(a) no DOU de 02/01/2018, seção 1, página 43)
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL -
COFINS
EMENTA: BONIFICAÇÕES EM MERCADORIAS. DESCONTO INCONDICIONAL.
CRÉDITO.
As bonificações recebidas de fornecedores em forma de mercadorias podem
representar descontos incondicionais, desde que constem da nota fiscal e não
dependam de evento posterior à emissão do documento. Nesta hipótese, não há
amparo legal para exclusão da base de cálculo da Cofins do adquirente (recebedor das
bonificações), mas somente do fornecedor.
O adquirente não poderá descontar crédito em relação a produtos havidos por
bonificações, visto que a aquisição desses produtos ocorre a título gratuito, não havendo
pagamento de Cofins pelo fornecedor.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º, V, “a”, art. 3º, § 2º, II;
Parecer CST/SIPR nº 1.386/82.

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Polêmicas
Bonificações em Dinheiro

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 542, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2017 (Publicado(a) no DOU de


22/12/2017, seção 1, página 95)

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS


EMENTA: BONIFICAÇÃO EM DINHEIRO. RECEITA BRUTA. NÃO-CUMULATIVIDADE.
Os valores em dinheiro e abatimentos recebidos de fornecedores pelos adquirentes de
mercadorias, que não reduzem o valor da nota fiscal de venda e que se efetivam em momento
posterior à sua emissão, não constituem descontos incondicionais, mas sim receita do
adquirente, e como tal estão sujeitos à tributação pela Cofins.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, caput e § 3º, V, “a”; IN SRF nº 51, de 1978, Item
4.2.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
EMENTA: BONIFICAÇÃO EM DINHEIRO. RECEITA BRUTA. NÃO-CUMULATIVIDADE.
Os valores em dinheiro e abatimentos recebidos de fornecedores pelos adquirentes de mercadorias,
que não reduzem o valor da nota fiscal de venda e que se efetivam em momento posterior à sua
emissão, não constituem descontos incondicionais, mas sim receita do adquirente, e como tal estão
sujeitos à tributação pela Contribuição para o PIS/Pasep.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 1º, caput e § 3º, V, “a”; IN SRF nº 51, de 1978, Item
4.2.

Page 44
Polêmicas
Bonificações

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 291, DE 13 DE JUNHO DE 2017 Multivigente


Vigente Original Relacional (Publicado(a) no DOU de 16/06/2017, seção 1, página 23)
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. BONIFICAÇÕES EM MERCADORIAS. DOAÇÃO.
VENDA. INCIDÊNCIA.
Bonificações em mercadorias entregues gratuitamente, a título de mera
liberalidade, sem vinculação a operação de venda, são consideradas receita de
doação para a pessoa jurídica recebedora dos produtos (donatária), incidindo a
Contribuição para o PIS/Pasep sobre o valor de mercado desses bens.
A receita de vendas oriunda de bens recebidos a título de doação deve sofrer a
incidência da Contribuição para o PIS/Pasep, na forma da legislação geral das
referidas contribuições.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.406, de 2002 (Código Civil), art. 538; Lei nº 10.637,
de 2002, art. 1º e art. 3º, §2º, II; Parecer Normativo CST nº 113, de 1978.

Page 45
Polêmicas
Doações

Doações

Processo de Consulta nº 25/2009 – SRRF 1ª RF

PRODUTOS FARMACÊUTICOS. DOAÇÃO. DESCONTO


INCONDICIONAL. [...] As mercadorias recebidas em doação motivam a
incidência dos tributos em função da entrada e da revenda. A aquisição
das mercadorias em doação representa auferimento de receita. No
momento da venda, também há aumento da receita bruta da empresa
comercial, que constitui a base de cálculo das contribuições, uma vez
que, no caso concreto, não houve o recolhimento monofásico pela
indústria em relação a essas mercadorias.

Page 46
Fato Gerador do Regime Não Cumulativo
Manobras Contábeis

Com manobra contábil, concessionárias deixam de pagar R$ 100 milhões em tributos


[...]
Os valores são repassados às revendedoras pelas fabricantes como forma de subsidiar as atividades
das lojas. “São concessionárias vinculadas a determinadas marcas de automóveis. Não são lojas
multimarcas ou revenda de carros usados”, explica o auditor fiscal Fernando Poli, que participou da
Operação Carro Zero, que descobriu as manobras contábeis.

A partir da fiscalização da contabilidade de uma das concessionárias, os fiscais descobriram que os


valores não eram declarados como receita, mas como reduções de custo. Com a manobra, as
empresas deixavam de recolher os tributos que somados representam alíquota de 10,85% sobre o
montante. “Nós decidimos baixar a contabilidade das maiores empresas do ramo de todo o estado de
São Paulo. Com isso a gente conseguiu observar que mais ou menos 70% do setor pratica isso”,
conta Poli.
[...]

http://www.ebc.com.br/noticias/2015/03/com-manobra-contabil-concessionarias-deixam-de-pagar-r-
100-milhoes-em-tributos

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Subvenções Fiscais
Subvenção Fiscal

Posição fiscal
Subvenção para investimento: não tributável
Não abrange subvenção de pessoa jurídica de direito privado (SC COSIT 365/2015)
Subvenção para custeio: tributável

Solução de Divergência nº 13/11, Solução de Consulta COSIT nº 188/15 e Solução de


Consulta n° 135/2012 – 10ª RF

Precedente favorável ao contribuinte

Acórdão: 9303002.618 da Câmara Superior de Recursos Fiscais - CSRF

EMENTA: INCENTIVO FISCAL. CRÉDITO FISCAL DO ICMS. BASE DE CÁLCULO.


NÃO INCLUSÃO. Não compõe o faturamento ou receita bruta, para fins de tributação do
PIS, o valor do incentivo fiscal concedido pelo Estado sob forma de crédito fiscal, para
redução na apuração do ICMS devido.

Page 48
Subvenções de Investimento
STF exclui crédito presumido de ICMS da base do PIS/Cofins

Por seis votos a cinco, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entenderam que os
créditos presumidos de ICMS não entram na base de cálculo do PIS e da Cofins. O processo
analisado pelos ministros envolvia créditos advindos de benefícios fiscais concedidos pelos
fiscos estaduais aos contribuintes. A discussão ocorre no recurso extraordinário 835818.

A finalização do caso dependia do voto do ministro Dias Toffoli, que pediu vista em março
deste ano. O julgamento retornou ao plenário virtual no dia 2 de abril e, na sequência, Toffoli
votou de forma contrária à maioria já formada, optando pela inclusão dos créditos na base de
cálculo das contribuições sociais.

O relator definiu a tese de que “surge incompatível, com a Constituição Federal, a inclusão, na
base de cálculo da Cofins e da contribuição ao PIS, de créditos presumidos do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.”

Fonte: Notícias STF 06/04/2021

https://www.jota.info/tributos-e-empresas/tributario/stf-exclui-credito-presumido-de-icms-da-
base-do-pis-cofins-06042021

Page 49
Subvenções de Investimento

• Tese Jurídica (Pré-Lei Complementar 160):

• IRPJ e CSLL: Benefício concedido pelos estados em contexto de incentivo fiscal às


empresas, os créditos presumidos de ICMS não integram as bases de cálculo do Imposto
de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Caso os créditos fossem considerados parte integrante da base de incidência dos dois
tributos federais, haveria a possibilidade de esvaziamento ou redução do incentivo fiscal
estadual e, além disso, seria desvirtuado o modelo federativo, que prevê a repartição das
competências tributárias. (STJ) – Desnecessidade de constituição de reserva.

• PIS e COFINS: Na esteira do entendimento firmado no STJ, “o crédito presumido de ICMS


configura incentivo voltado à redução de custos, com vistas a proporcionar maior
competitividade no mercado para as empresas de um determinado estado-membro, não
assumindo natureza de receita ou faturamento, motivo por que não compõe a base de
cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS” (STJ, AgRg no AREsp 626.124/PB, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 06/04/2015).

• STF (PIS/COFINS): https://www.jota.info/tributos-e-empresas/tributario/stf-maioria-e-contra-inclusao-do-


credito-presumido-de-icms-na-base-do-pis-cofins-15032021

Page 50
Subvenções de Investimento – “Pós Lei Comp. 160”

• Tese após da LC 160/2017:

A Lei Complementar nº 160/2017 art. 9º incluiu os parágrafos 4º e 5º ao art. 30 da Lei no


12.973/2014 e tem a seguinte redação:

“§ 4º. Os incentivos e os benefícios fiscais ou financeiro-fiscais relativos ao


imposto previsto no inciso II do caput do art. 155 da Constituição Federal,
concedidos pelos Estados e pelo Distrito Federal, são considerados
subvenções para investimento, vedada a exigência de outros requisitos ou
condições não previstos neste artigo.”

A importância dessa norma está no fato de que os incentivos fiscais ou financeiros


concedidos pelos Estados na esfera do ICMS, em especial, os créditos presumidos de
ICMS, deixarão de ser tributados pelo PIS, COFINS, IRPJ e CSLL.

• Desvantagens: Necessidade de alterar a contabilidade das subvenções,


obedecer requisitos do art. 30 da Lei nº 12.973/2014 (Registrar em reserva de
lucros e impossibilidade de distribuição)

Page 51
Subvenções de Investimento – “Pós Lei Comp. 160”
Exposição de Motivo de Vetos dos art. 9 e 10 da Lei Complementar 160/2017:

Senhor Presidente do Senado Federal,

Ouvidos, os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda e a Advocacia-Geral da União manifestaram-se


pelo veto aos seguintes dispositivos:

Arts. 9 e 10

Razões dos vetos

“Os dispositivos violam o disposto no artigo 113 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), incluído
pela Emenda Constitucional no 95, de 2016 (‘Novo Regime Fiscal’), por não apresentarem o impacto orçamentário e
financeiro decorrente da renúncia fiscal.

Ademais, no mérito, causam distorções tributárias, ao equiparar as subvenções meramente para custeio às para
investimento, desfigurando seu intento inicial, de elevar o investimento econômico, além de representar significativo
impacto na arrecadação tributária federal. Por fim, poderia ocorrer resultado inverso ao pretendido pelo projeto,
agravando e estimulando a chamada ‘guerra fiscal’ entre os Estados, ao invés de mitigá-la.”

Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram a vetar os dispositivos acima mencionados do projeto em causa,
as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional.

Page 52
Subvenções de Investimento – “Pós Lei Comp. 160”

• Assim restou ementado a Lei 12.973 com os ajustes da Lei Complementar 160/2017

Art. 30. As subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas
como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e as doações feitas pelo
poder público não serão computadas na determinação do lucro real, desde que seja registrada em reserva de
lucros a que se refere o art. 195-A da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que somente poderá ser
utilizada para:

I - absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido totalmente absorvidas as demais Reservas
de Lucros, com exceção da Reserva Legal; ou
II - aumento do capital social.
(…)
§ 4o Os incentivos e os benefícios fiscais ou financeiro-fiscais relativos ao imposto previsto no inciso II do
caput do art. 155 da Constituição Federal (ICMS), concedidos pelos Estados e pelo Distrito Federal, são
considerados subvenções para investimento, vedada a exigência de outros requisitos ou condições não
previstos neste artigo. (Incluído pela LC 160)

• Vale a reflexão: afinal, quais os REQUISITOS que não podem deixar de ser
observados, de acordo com o parágrafo quarto?

Page 53
Subvenções de Investimento – SC 145/2020

INCENTIVOS FISCAIS. INCENTIVOS E BENEFÍCIOS FISCAIS OU FINANCEIROS-


FISCAIS RELATIVOS AO ICMS. SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO. REQUISITOS
E CONDIÇÕES

“A partir da Lei Complementar nº 160, de 2017, os incentivos e os benefícios fiscais ou financeiro-


fiscais relativos ao ICMS, concedidos por estados e Distrito Federal e considerados subvenções para
investimento por força do § 4º do art. 30 da Lei nº 12.973, de 2014, poderão deixar de ser
computados na determinação do lucro real desde que observados os requisitos e as condições
impostos pelo art. 30 da Lei nº 12.973, de 2014, dentre os quais, a necessidade de que tenham sido
concedidos como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos.”

Reforma a Solução de Consulta Cosit nº 11, de 4 de março de 2020.


Dispositivos Legais: Lei nº 12.973, de 2014, art. 30; Lei Complementar nº 160, de 2017, arts. 9º e 10;
Parecer Normativo Cosit nº 112, de 1978; IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 198, § 7º.

Page 54
Perdão de Dívida

Perdão de Dívida

Processo de Consulta nº 17/10


SRRF / 1a. Região Fiscal

Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário.


Ementa: REMISSÃO DE DÍVIDA. INCIDÊNCIA DE IRPJ, CSLL, PIS/PASEP E COFINS.
A remissão de dívida importa para o devedor (remitido) acréscimo patrimonial (receita
operacional diversa da receita financeira), por ser uma insubsistência do passivo, cujo
fato imponível se concretiza no momento do ato remitente.
DISPOSITIVOS LEGAIS: art.9º, § 3º, II da Resolução CFC No- 750, de 1993; PARECER
CT/CFC No- 11, de 2004; art.187 da Lei No- 6.404, de 1976; arts. 373 e 374 do RIR, de
1999; art.3º da Lei No- 9.718, de 1998; art. 1º, § 3º, V, "b" da Lei No- 10.833, de 2003; ,
art. 1º, § 3º, V, "b", da Lei No- 10.637/2002; art.53 da Lei No- 9.430, de 1996; arts. 2º e
3º do Ato Declaratório Interpretativo SRF No- 25, de 2003; art. 111, II do CTN.
MIRZA MENDES REIS - Chefe
(Data da Decisão: 27.04.2010 20.07.2010) - 910416

Page 55
Definição Jurídica de Receita

Definição de receita no STF


RECURSO EXTRAORDINÁRIO 606.107 RIO GRANDE DO SUL (STF) de 2013

O conceito de receita, acolhido pelo art. 195, I, “b”, da Constituição Federal, não se
confunde com o conceito contábil. Entendimento, aliás, expresso nas Leis 10.637/02
(art. 1º) e Lei 10.833/03 (art. 1º), que determinam a incidência da contribuição ao
PIS/PASEP e da COFINS não cumulativas sobre o total das receitas,
“independentemente de sua denominação ou classificação contábil”.

Ainda que a contabilidade elaborada para fins de informação ao mercado, gestão e


planejamento das empresas possa ser tomada pela lei como ponto de partida para a
determinação das bases de cálculo de diversos tributos, de modo algum subordina a
tributação. A contabilidade constitui ferramenta utilizada também para fins tributários,
mas moldada nesta seara pelos princípios e regras próprios do Direito Tributário. Sob
o específico prisma constitucional, receita bruta pode ser definida como o ingresso
financeiro que se integra no patrimônio na condição de elemento novo e positivo,
sem reservas ou condições.

Page 56
Case para reflexão

1. Determinada Companhia (A) iniciou negociação para compra do grupo econômico da


Companhia (B), que por sua vez atua no mesmo ramo. Feito o contrato de
negociação com B, inicia-se o processo de aquisição, envolvendo advogados,
consultorias, custos de due diligence e outros, na monta de R$ 20 milhões.

2. Eis que surge uma outra Companhia interessada na aquisição, que por sua vez faz
uma proposta para B.

3. A Companhia B desiste da venda, e fica sujeito ao pagamento de uma multa


rescisória de contrato no valor de R$ 250 milhões.

4. A Companhia A recebe uma multa rescisória em dinheiro no valor de R$ 250 milhões.

Quais os impactos na apuração de PIS/COFINS de A?

Page 57
Exclusões da Base de Cálculo

O que não compõe a Base de Cálculo?


 Vendas Canceladas, Exclusões e Glosas

 Descontos Incondicionais Concedidos

 IPI Sobre Vendas

 ICMS cobrado por Substituição Tributária

 Reversão de Provisões e créditos baixados como perda

 Resultado positivo de Equivalência Patrimonial

 Venda de Bens do Ativo Não Circulante

 Transferência Onerosa de Crédito de ICMS

Page 58
Resumo da Abrangência (Receitas)

Quadro Comparativo
Diferenças Básicas Regime Não Cumulativo
Abrangência Real (com exceções*)
Base de Cálculo Receita Total
Alíquotas Básicas 1,65% e 7,6%
Alíquota Rec Financeira 0,65% e 4%*
Créditos Sim
Aspecto Temporal Competência

• STF afirma a constitucionalidade da flexibilização da legalidade tributária na redução e


restabelecimento das alíquotas do PIS e da COFINS por regulamento infralegal (ADI 5277) –
Dez/2020

Page 59
Exclusões da Base de Cálculo

NF – Sem IPI e ST
Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

10.000,00 1.800,00 0,00 0,00 10.000,00


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00

NF – Com IPI e sem ST


Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

10.000,00 1.800,00 0,00 0,00 10.000,00


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

0,00 0,00 0,00 1.000,00 11.000,00

NF – Com IPI , ST e frete


Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

10.000,00 1.800,00 19.500,00 1.710,00 10.000,00


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

200,00 0,00 0,00 1.000,00 12.910,00

Page 60
ICMS na Base de Cálculo do PIS/COFINS
Page 61
Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS

Page 62
Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS

Formação de Preço

Custo + Margem 100,00


Preço do Produto (c/ ICMS) 121,95
ICMS 21,95
Base de Cálculo ICMS ST 168,29
ICMS ST 8,34
Nota Fiscal 130,29

Espelho de Nota Fiscal


Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

121,95 21,95 168,29 8,34 121,95


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

0,00 0,00 0,00 0,00 130,29

Page 63
Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS

► Fundamentos concorrentes:

► Ofensa ao conceito de receita, por se tratar de parcela do preço que gera


imediato dever tributário;

► Não incidência de tributo sobre tributo;

► Isonomia para concorrentes situados em Estados distintos, com diferentes


alíquotas de ICMS;

○ Efeito colateral – criminalização da inadimplência do ICMS (STJ no


Julgamento do HC Nº 399.109);

Page 64
Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS
► O Supremo Tribunal Federal encerrou a controvérsia relacionada à exclusão do ICMS da base de
cálculo do PIS/COFINS. No julgamento do RE nº 574.706 (Tema 69), submetido ao rito da
repercussão geral, a Suprema Corte fixou a tese de que: “O ICMS não compõe a base de cálculo para
a incidência do PIS e da Cofins”.

► Em face do aludido acórdão, a União opôs embargos de declaração, buscando, dentre outros
objetivos:

(i) postular a modulação dos efeitos da decisão proferida pela Suprema


Corte, a fim de que seus efeitos sejam produzidos apenas após a
publicação do acordão de referidos embargos:

(ii) esclarecer qual o montante do ICMS que deverá ser excluído da base de
cálculo das contribuições.

Page 65
Exclusão do ICMS da Base de Cálculo do PIS/COFINS

 Nas palavras da Ministra Cármen Lúcia, proferidas no voto condutor do acórdão, “embora se
tenha a escrituração da parcela a se compensar do ICMS, todo ele, não se inclui na
definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal, pelo que não
pode ele compor a base de cálculo para fins de incidência dos PIS e da COFINS”

 O modelo de tributação do ICMS sobre o valor total da operação, é que o valor a ser incluído
nabase de cálculo do PIS e da COFINS será o valor devido do imposto, e não somente o quanto for
recolhido pelo contribuinte aos cofres públicos.

 Em recente decisão monocrática, nos autos do RE nº 954.262/RS, o Ministro Gilmar Mendes


assentou que: “O recurso merece provimento. Inicialmente, verifico que matéria semelhante foi
decidida no RE-RG 574.706, (tema 69), Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 2.10.2017. Naquela
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal afirmou que o montante de ICMS destacado nas notas
fiscais não constitui receita ou faturamento, razão pela qual não podem fazer parte da base de
cálculo do PIS e da COFINS”.

Page 66
Solução de Consulta 13/COSIT

► Determinado contribuinte vendeu R$ 1m de mercadorias no período, e obteve de aquisições de


mercadorias R$ 700k no mesmo período. Considerando que ambas as operações estão sujeitas às
alíquotas de 18% para ICMS, qual deveria ser o ICMS a ser excluído da BC do PIS/COFINS?

Receita Federal do Brasil (Recolhido) Contribuintes (Destacado


– Tese Vencedora) Vendas ICMS Deb (18%)
Vendas ICMS Deb (18%)
1.000.000,00 180.000,00
1.000.000,00 180.000,00

Compras ICMS Cred (18%) Compras ICMS Cred (18%)


700.000,00 126.000,00

ICMS a Rec 54.000,00 ICMS a Rec

BC de PIS/COFINS 1.000.000,00 BC de PIS/COFINS 1.000.000,00


Exclusão do ICMS - 54.000,00 Exclusão do ICMS - 180.000,00
BC Nova 946.000,00 BC Nova 820.000,00

Page 67
Efeitos nos Créditos decorrente da decisão

► IN 404/2002 – REVOGADA!
DOS CRÉDITOS A DESCONTAR.
Art. 8 (...)
§ 3º Para efeitos do disposto no inciso I (Mercadorias e Insumos – Aquisição), deve ser observado que:
I - o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o valor do custo dos
bens; e
II - o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) integra o valor do custo de aquisição de bens e serviços.

► IN 1.911/2019 – NADA TRATA

Lições da Literatura – Fonte: Blog Valor Tributário – Artigo “Princípio da Não-Cumulatividade – Neutralidade Tributária do
PIS/COFINS”
No Método Subtrativo Indireto, a não-cumulatividade é obtida por meio da concessão de crédito fiscal sobre as compras (custos e
despesas) definidas em lei, na mesma proporção da alíquota que registra as vendas (receitas).

Refere-se, assim, de uma sistemática diferente daquela adotada pela legislação do IPI e do ICMS, para os quais se aplica o Método
de Imposto contra Imposto, isto é, compensa-se o montante devido na saída (vendas) com o valor efetivamente recolhido por
ocasião da entrada (compras).

Ives Gandra da Silva Martins, em sua obra intitulada Não-cumulatividade do PIS e da COFINS, Quartier Latin, 2007, comenta “no
caso do Método Subtrativo Indireto, adotado pela Lei nº 10.637, de 2003, e pela Lei nº 10.833, de 2004, com as alterações
posteriores, para a concessão do crédito fiscal não se exige qualquer vinculação com o montante recolhido na etapa anterior, a
ponto de ser indiferente se o fornecedor é optante pelo lucro presumido, pelo SIMPLES ou se tem suas vendas isentas”.

Page 68
Solução de Consulta 13/COSIT
Modulação de Efeitos da Exclusão do ICMS
Situação Efeito Prático

Tem efeitos retroativos garantidos - 5 anos pretéritos desde a data do ajuizamento da ação
Quem ajuizou até 15/03/2017
e pode excluir na apuração a partir do trânsito em julgado.

Tem efeitos garantidos de 15/03/2017 em diante, podendo já aplicar na apuração mensal.


Quem ajuizou após 15/03/2017, e já Caso seu trânsito em julgado abarque período anterior a 15/03/2017, há discussões se isso
obteve trânsito em julgado pode ser questionado via ação rescisória ou se ainda haverá alguma resistência do fisco
quanto às compensações para o crédito habilitado pré-15/03/2017.

Contribuinte não pode recuperar o valor anterior a 15/03/2017, e deve aguardar o trânsito
Quem ajuizou após 15/03/2017, e não em julgado da sua ação judicial para aplicar no período mensal, bem como fazer eventuais
obteve trânsito em julgado compensações decorrente da sua ação individual (que deve retroceder efeitos pretéritos
até mar/17).

Pode aplicar o procedimento a partir de 15/03/2017 (inclusive retificando). Porém, a


recuperação deste crédito ainda depende de medida do poder executivo, já que a decisão
Quem não tem ação ajuizada
em plenário vincula somente o judiciário. Quem não pode aguardar e não quer correr
risco, recomenda-se entrar com ação judicial e aguardar o trânsito em julgado.

Page 69
Solução de Consulta 13/COSIT

► Andamentos:
Dia 13/05/2021 – Julgamentos dos embargos pelo plenário
Dia 24/05/2021 – Publicação da Ata de Julgamento
Dia 24/05/2021 – Parecer PGFN n. 7698, com importantes considerações da fazenda.
...

Parecer 7698 e Despacho 246 - Tema 69.pdf

Page 70
Orientações para Retificação – EFD Contribuições

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Orientações para Retificação – EFD Contribuições

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Orientações para Retificação – EFD Contribuições

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Orientações para Retificação – EFD Contribuições

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Orientações para Retificação – EFD Contribuições

ICMS Destacado são “outros valores


a excluir”?

Page 75
Orientações para Retificação – EFD Contribuições

Ajuste direto no valor do


imposto, códigos 01 ou 05.

Registro M220/M620 + Registro 1010 (Se for o caso)

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Orientações para Retificação – EFD Contribuições
Tipo de Decisão Judicial Orientação Operacionalização Impacto Risco

PJ com decisão para Exclusão -Registro analítico C170 (para mercadorias) e semelhantes -
do ICMS Destacado inclusão do valor excluído no campo de descontos/outras Dificuldade de operacionalização
(Quem irá adotar essa RFB exclusões. em função do volume de dados a Baixo
metodologia, sem ação, a -Incluir o processo judicial no registro 1010, e recomenda-se serem manipulados
priori segue o mesmo fluxo) vincular a cada NF a ação judicial no registro C111.

-Inclusão dos valores de ICMS pagos no registro 1050,


proporcionalizando por tipo de CST o ajuste da base tributada.
Pessoa jurídica com decisão Facilidade de operacionalização
para Exclusão do ICMS RFB - Inclusão do processo judicial no registro 1010 dos valores por serem informados Baixo
Recolhido (SCI 13) de maneira sintética (valor pago)
- Inclusão do impacto na base tributada (informada no registro
1050) no registro M215/M615 de maneira automática pelo PGE.

Facilidade Operacional, porém,


-Inclusão dos valores de ICMS destacados no registro 1050,
com risco de multa por operação
proporcionalizando por tipo de CST o ajuste da base tributada.
inexata ou incorreta nos termos
Exclusão do ICMS Destacado
do art. 10 da IN 1.252 /
via Registro M215 / 1050- Não Oficial - Inclusão do processo judicial no registro 1010 Alto
Penalidade de 5% do valor da
1010
operação limitado a 1% do
- Inclusão do impacto na base tributada (informada no registro
faturamento por período base
1050) no registro M215/M615 de maneira automática pelo PGE.
(mês).
Facilidade Operacional, porém,
com risco de multa por operação
- Inclusão do valor decorrente do ajuste (crédito tributário final)
inexata ou incorreta nos termos
no registro M220/M620 como ajuste de redução do imposto.
Exclusão do ICMS Destacado do art. 10 da IN 1.252 /
Não Oficial Alto
via Registro M220 Penalidade de 5% do valor da
- Deixar uma base de relatório gerencial com o cálculo da exclusão
operação limitado a 1% do
analítico, e que sustente o valor integral lançado como ajuste.
faturamento por período base
(mês).

Page 77
Orientações para Retificação – EFD Contribuições

Dúvidas:

Quais os impactos do levantamento destas restituições no PIS/COFINS não


cumulativo? Terei de pagar algo?

Quais os impactos do levantamento destas restituições no IRPJ/CSLL?

A partir desta decisão, posso excluir o ICMS ST da entrada, visto que “o


ICMS não compõe BC de PIS/COFINS”?

Quais os efeitos dessa decisão nas teses filhotes?

Haverá aumento da alíquota depois dessa decisão?

Page 78
Orientações para Retificação – EFD Contribuições

Determinada empresa obteve trânsito em julgado da sua ação judicial para exclusão do
ICMS e ICMS ST da Base de Cálculo do PIS e da COFINS.

A empresa atua no ramo atacadista de autopeças, onde cerca de 95% da sua operação
está sujeita ao regime monofásico das contribuições para o PIS e a COFINS, hipótese
em que vêm cobrada do fornecedor com alíquotas diferenciadas.

Na fase de habilitação do crédito a Companhia conseguiu reconhece-lo, porém, após as


compensações de 100% do valor, todo o montante compensado foi glosado, e lançado
multa de 50% por compensação indevida sobre tais valores. A argumentação da fazenda
foi que i. O ICMS ST não pode ser abatido da base de cálculo das contribuições, em
linha com o RE 574.706, e ii. A Companhia não poderia recuperar valores de
PIS/COFINS por conta do regime monofásico da empresa.

Já em fase de defesa judicial, o juiz solicita uma opinião sobre o assunto a um perito
tributário que opine sobre a possibilidade de recuperação do indébito perante os valores
de exclusão do ICMS neste caso.

Minuta da decisão transitada em julgada no próximo slide

20 minutos para pesquisa e aprofundamento do tema.


Page 79
Orientações para Retificação – EFD Contribuições
Razões apresentadas

Ementa Decisão

Page 80
Solução de Consulta 13/COSIT

Quais outras teses derivadas do assunto que poderão ser avaliadas pelas
4.empresas?
Quais outras teses derivadas do assunto que poderão ser avaliadas pelas
empresas?
a) Exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS;

b) Exclusão do PIS e da COFINS da base de cálculo do PIS e da COFINS;

c) Exclusão do ICMS-ST da base de cálculo do PIS e da COFINS;

d) Exclusão do ICMS e/ou ISS da base de cálculo do IRPJ e da CSLL (lucro presumido);

e) Exclusão do ICMS da base de cálculo da CPRB;

f) Exclusão do ICMS-ST da base de cálculo da CPRB; e

g) Exclusão do PIS e da COFINS da base de cálculo da CPRB.

Page 81
Créditos
Tipos de Receita e Tratamento Tributário de PIS/Cofins

• IPI
Art. 153
§ 3º
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores;

• ICMS
Art. 155
§ 2º
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias
ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal;

• PIS/COFINS
Art. 195
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos
I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.

Page 83
Não Cumulatividade na Constituição Federal

► A não-cumulatividade do PIS/COFINS tem assento constitucional (art. 195, § 12º); assim:

i. Há um conteúdo mínimo da não-cumulatividade das contribuições sobre receita


bruta ou faturamento?

ii. Há limites para a lei ordinária que preveja hipóteses de contribuintes ou


operações/prestações sujeitas ao regime não-cumulativo?

iii. Devem os créditos ser calculados sobre todas as despesas, exceto as não
tributadas na etapa anterior ou não vinculadas à produção das receitas?

► A CF prevê a não-cumulatividade de ICMS e IPI e há um conteúdo mínimo (sistema de créditos


físicos, por exemplo);

► A contrapartida da receita (ampla base de cálculo das contribuições PIS/COFINS) são os custos e as
despesas;

Page 84
Não Cumulatividade na Constituição Federal

► STF (RE 841979, rel. Min. Luiz Fux - Tema 756 da Repercussão Geral):
“O texto da EC 42/03 (...) referiu que “ a lei definirá os setores de atividade
econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos inciso I, b; e IV
do caput, serão não cumulativas ” (CF art. 195, §12) (...) não há, na construção, a
escolha desta ou daquela técnica de incidência do princípio a nortear sua
aplicação. Relevante, portanto, a definição pela Suprema Corte do núcleo
fundamental do princípio da não-cumulatividade quanto à tributação sobre a receita
(...) as restrições previstas nas referidas leis, a limitar o conceito de insumo na
tributação sobre a receita , requerem a definição da amplitude do preceito previsto
no §12 do art. 195 da CF.”

Tese ampla de creditamento das contribuições: Não prosperou no STF


Dez/2020 - Publicado acórdão do STF afirmando a constitucionalidade da
introdução da sistemática da não-cumulatividade da COFINS por lei ordinária, e
fixou a tese: “É constitucional a previsão em lei ordinária que introduz a sistemática
da não-cumulatividade à COFINS dado que observa os princípios da legalidade,
isonomia, capacidade contributiva global e não-confisco”.
RE 570.122/RS e Tema 34 da Repercussão Geral

Page 85
Fundamentos para tomada de crédito
O direito ao crédito nasce com a aquisição, em cada mês, de bens e serviços que, na fase anterior da
cadeia de produção ou de comercialização, se sujeitaram às contribuições.

Art. 3º, § 2º, II, das Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003

Art. 3o Do valor apurado na forma do art. 2o a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em
relação a:
(...)
§ 2o Não dará direito a crédito o valor:
(...)
II - da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de
isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à
alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição.

Indústria Varejo
Venda de farinha de trigo Venda de bolo Consumidor Final
Alíquota zero Tributado

Page 86
Fundamentos para tomada de crédito
As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência do PIS/PASEP e da
COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.

Art. 17 da Lei nº 11.033/2004:

Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos
vinculados a essas operações.

Indústria Atacado
Venda de insumos Venda de insumos
Hospital
hospitalares hospitalares
Tributado Alíquota zero

Há crédito

Page 87
Bens para revenda

Créditos básicos
• Do valor das contribuições a pagar, a pessoa jurídica pode descontar
créditos, determinados mediante a aplicação das seguintes alíquotas
sobre a base de cálculo dos créditos de:

1. Bens para revenda


Art. 3º [...]
I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos
produtos referidos:
a) no inciso III do § 3º do art. 1º desta Lei; e [substituição tributária]
b) nos §§ 1º e 1º-A do art. 2º desta Lei; [incidência monofásica]

Page 88
Bens para Revenda

Atenção!
 O IPI incidente na aquisição integra o custo dos bens, exceto quando recuperável.

 O ICMS integra o custo dos bens e das mercadorias, exceto quando cobrado pelo
vendedor na condição de substituto tributário.
– Discussão sobre a exclusão do ICMS da base de cálculo do débito tem
reflexos no crédito?
– REsp 1.568.591/RS STJ – Crédito sobre parcela do ICMS/ST – Favorável
(2020)

 Integram o custo de aquisição dos bens e das mercadorias o seguro e o frete pagos
na aquisição, quando suportados pelo comprador.

– Ver: IN RFB nº 1.911/2019; Solução de Consulta Cosit nº 106/2014;


Resp 1.456.648

Page 89
Bens para Revenda

NF – Sem IPI e ST
Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

10.000,00 1.800,00 0,00 0,00 10.000,00


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

0,00 0,00 0,00 0,00 10.000,00

NF – Com IPI e sem ST


Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

10.000,00 1.800,00 0,00 0,00 10.000,00


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

0,00 0,00 0,00 1.000,00 11.000,00

NF – Com IPI , ST e frete


Cálculo do imposto

Base de cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de cálculo do ICMS Subst. Valor do ICMS Subst. Valor total dos produtos

10.000,00 1.800,00 19.500,00 1.710,00 10.000,00


Valor do frete Valor do seguro Outras despesas acessórias Valor do IPI Valor total da nota

200,00 0,00 0,00 1.000,00 12.910,00

Page 90
A temática “insumos” – Avanço Jurisprudencial

Page 91
O conceito de insumos e o avanço jurisprudencial

• Insumos

Art. 3º [...]
II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na
produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que
trata o art. 2º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, devido pelo
fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou
entrega dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;

Page 92
O conceito de insumos e o avanço jurisprudencial

• Definição fiscal de insumos

IN SRF n° 404/2004
Art. 8º, § 4º [...] entende-se como insumos:
I - utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda:
a) a matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem e quaisquer
outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de
propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o
produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado;
b) os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou
consumidos na produção ou fabricação do produto;

Page 93
O conceito de insumos e o avanço jurisprudencial

CARF mantém cobrança milionária contra Magazine Luiza

O CARF manteve, nessa quinta-feira (26/01/17), cobranças fiscais contra a Magazine Luíza que superam
os R$ 100 milhões. A Receita Federal questionou, dentre outros pontos, a forma de tributação adotada
pela companhia ao receber bonificações de fornecedores e a tomada de crédito pelos gastos daquilo que
a empresa considerou insumo.

Os conselheiros da Câmara Superior também entenderam que a Magazine Luíza agiu de forma
equivocada ao tomar crédito por gastos com diversos itens, como embalagens,
combustíveis, manutenção de empilhadeiras, taxas devidas às administradoras de cartão de crédito e
juros em um contrato de financiamento firmado com o BNDES. Ao contrário da empresa, os julgadores
consideraram que as rubricas não podem ser consideradas insumos.

O relator do caso, conselheiro Andrada Márcio Canuto Natal, salientou durante o julgamento que adota
um conceito “intermediário” de insumos para PIS e Cofins. Para ele, não são apenas os itens que sofrem
desgaste durante o processo produtivo que podem gerar créditos.

Ele afirmou, entretanto, que por ser uma varejista a Magazine Luíza não teria direito aos créditos
de PIS e COFINS pretendidos.

Page 94
O conceito de insumos e o avanço jurisprudencial

Recurso Especial Nº 1.221.170 – PR – Julgado em 22/02/2018

1. Para efeito do creditamento relativo às contribuições denominadas PIS e


COFINS, a definição restritiva da compreensão de insumo, proposta na IN
247/2002 e na IN 404/2004, ambas da SRF, efetivamente desrespeita o
comando contido no art. 3., II, da Lei 10.637/2002 e da Lei 10.833/2003, que
contém rol exemplificativo.

2. O conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios da essencialidade


ou relevância, vale dizer, considerando-se a imprescindibilidade ou a
importância de determinado item – bem ou serviço – para o desenvolvimento
da atividade econômica desempenhada pelo contribuinte.

Page 95
O conceito de insumos e o avanço jurisprudencial

► “ESSENCIAL”: item “estrutural”, “inseparável” do “processo produtivo” ou da “prestação


do serviço” ou item cuja falta priva o serviço ou produto de “qualidade”, “quantidade” ou
“suficiência” (“teste da subtração”)

► “RELEVANTE”: item que embora não seja “indispensável”, “integra o processo de


produção” pela “singularidade” da cadeia produtiva ou “por imposição legal”.

► “TESTE DA SUBTRAÇÃO”: Ministro Mauro Campbell sugere que são insumos os bens
e serviços “ cuja subtração importa na impossibilidade mesma da prestação do serviço ou
da produção, isto é, cuja subtração obsta a atividade da empresa, ou implica em
substancial perda de qualidade do produto ou serviço daí resultantes.

Page 96
O conceito de insumos e o avanço jurisprudencial

► CASO CONCRETO (indústria de ração para animais)

► SÃO “POSSÍVEIS” INSUMOS (conforme vier a ser decidido pelo TRF4): “ ‘custos’ e
‘despesas’ com água, combustível, materiais de exames laboratoriais, materiais de limpeza
e os equipamentos de proteção individual – EPI”;

► NÃO SÃO INSUMOS: “gastos com veículos, ferramentas, seguros, viagens, conduções,
comissão de vendas a representantes, fretes (salvo na hipótese do inciso IX do art. 3° da
Lei n° 10.833/03), prestações de serviços de pessoa jurídica, promoções e propagandas,
telefone e comissões”.

► TRFs irão decidir caso a caso, conforme definições do STJ: conceitos terão que ser
interpretados na análise de cada item (custo ou despesa); conflitos à vista, divergências,
mais contencioso, decisões conflitantes de TRFs sobre mesmos casos, mais processos no
STJ;

► Divergências quanto à solução para ações que pretendiam genericamente a aplicação


dos conceitos de “despesa operacional” (RIR/2018, art. 311 e §§) e “custos de produção”
(RIR/2018, art. 302) na definição de insumos para efeito de PIS/COFINS.

Page 97
Nota SEI 63/2018
► CONCLUSÃO:

1. Necessária nova regulamentação pela RFB

2. Subsunção de cada insumo aos requisitos de relevância ou essencialidade.

3. Despesas expressamente excluídas do conceito de insumos que não geram


crédito continuam válidas do ponto infraconstitucional.

► Consequências da Nota PGFN:

► Direito à restituição/compensação

► Todos os incisos do art. 3º da lei do PIS/Cofins podem/devem ser interpretados


em linha com o que fixado pelo STJ sobre relevância e essencialidade quando
interpretou o seu inciso II?

► Sinonimia do conceito de essencialidade e relevância com a consecução da


atividade fim.

Page 98
Parecer Normativo 05/2018 - RFB

► Parecer COSIT nº 05, de 17/12/2018: primeiro esforço normativo de concretização da


série de conceitos jurídicos indeterminados fixados pelo STJ sobre o tema insumo e direito
de crédito de PIS/COFINS;

► ALGUMAS CONCLUSÕES DA RFB

i. atividade puramente comercial (revenda de bens, serviços ou mercadorias) não


possui crédito relativo a “insumos”, somente pelo gasto com a compra do item
revendido;

ii. Por conseguinte, apenas industrialização, produção de bens e prestação de


serviços são atividades econômicas que podem apurar créditos de PIS/COFINS
por aquisição de insumos.

iii. gastos no “processo produtivo” podem ser insumos; gastos após o encerramento
da fase de produção não são insumos;

Page 99
Parecer Normativo 05/2018 - RFB

► ALGUMAS CONCLUSÕES DA RFB

iv. insumos por “imposição legal” são apenas os gastos para cumprimento de
normas ligadas diretamente à produção ou à prestação de serviços (testes de
qualidade, tratamento de efluentes, EPI dos empregados da área industrial,
gastos com vacinas em rebanhos, etc.);

v. são insumos os gastos com bens e serviços que se incorporam a bens do


imobilizado sujeitos a exaustão (sobre o valor dos gastos e não sobre as quotas
de exaustão)

vi. mão-de-obra: gastos com pessoal (alimentação, vestimenta, transporte,


educação, saúde, seguro de vida, etc.) não são insumos, mas EPI sim;

Page 100
Parecer Normativo 05/2018 - RFB

► ALGUMAS CONCLUSÕES DA RFB

viii. gastos com empresas terceirizadas de mão-de-obra para atividade fim são
insumos;

ix. combustíveis e lubrificantes: somente geram crédito os gastos em máquinas,


equipamentos e veículos utilizados diretamente no processo de produção ou na
prestação de serviços;

x. gastos com pesquisa não são insumos; com desenvolvimento de produtos que
efetivamente forem colocados no mercado, sim (esforço bem-sucedido).

Page 101
Parecer Normativo 05/2018 - RFB

Gera direito
Tipo de Insumo a crédito - Fundamento
RFB
Não há insumos na atividade de revenda de bens, notadamente porque a esta
Atividade Comercial NÃO atividade foi reservada a apuração de créditos em relação aos bens adquiridos
para revenda
Possibilidade de aproveitamento de créditos sobre bens que não entram em
Insumo do Insumo SIM contato direto com o bem produzido, mas são utilizados para a produção dos
próprios insumos que serão utilizados na produção
Bens Utilizados por
SIM Quando efetivamente utilizados na produção dos bens ou serviços
Imposição Legal
Gastos Posteriores à
Finalização do A permissão de creditamento só ocorrerá aos itens exigidos para que o bem
NÃO
Processo de produzido ou o serviço prestado possa ser disponibilizado para venda
Produção
Serviço de
Manutenção de NÃO Devem ser capitalizados no valor da máquina
Máquinas + 1 ano

Page 102
Parecer Normativo 05/2018 - RFB
Gera direito
Tipo de Insumo a crédito - Fundamento
RFB
Moldes ou
modelos;
ferramentas e Bens que apresentarem "valor unitário não superior a R$ 1.200,00
SIM
utensílios; itens (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não superior a 1 (um) ano
consumidos em
ferramentas
Moldes ou
modelos utilizados
Desde que não estejam contabilizado no ativo imobilizado da pessoa
para dar a forma SIM
jurídica
desejada ao
produto produzido
Produtos de
limpeza, Desde que estejam diretamente relacionados ao ambiente/processo
SIM
desinfecção e de produção
dedetização
Não admite créditos sobre a contratação de mão de obra PF (I do § 2º
Mão de obra PF NÃO
do art. 3º)
Desde que tais serviços sejam caracterizados como insumos nos
Mão de obra PJ SIM
termos do julgado do STJ

Page 103
Parecer Normativo 05/2018 - RFB

Gera direito a
Tipo de Insumo Fundamento
crédito - RFB
Alimentação, vestimenta,
transporte, educação, saúde, Não são aproveitáveis para efeitos de créditos de
NÃO
seguro de vida, equipamentos insumos
de segurança, etc
Quando consumidos em máquinas, equipamentos
Combustíveis e lubrificantes SIM ou veículos utilizados pela pessoa jurídica no
processo de produção
Testes de qualidade do serviço
de entrega de mercadorias, do
NÃO Não estão relacionados ao processo produtivo
serviço de atendimento ao
consumidor, etc
Testes sobre: matéria-prima ou
produto intermediário; produto
em elaboração; materiais SIM Estão relacionados ao processo produtivo
fornecidos pelo prestador de
serviços ao cliente, etc
Caso sejam relevantes para a prestação da
Subcontratação de serviços SIM
atividade principal da pessoa jurídica

Page 104
Principais Discussões: Frete em Transferência

• Entendimento CARF - Favorável: Acórdão 9303-010.086 de 2020

II – bens e serviços, “As despesas com fretes para a transferência/transporte


utilizados como insumo na de produtos em elaboração (inacabados) e de insumos
prestação de serviços e na
produção ou fabricação de
entre estabelecimentos do contribuinte integram o custo
bens ou produtos de produção dos produtos fabricados/vendidos e,
destinados à venda, consequentemente, geram créditos da contribuição.”

• Entendimento CARF (CSRF) - Favorável: Acórdão 9303-005.156 de 2018


• Entendimento CARF - Favorável: Acórdão 9303-010.147 de 2020

IX – armazenagem de
mercadoria e frete na
operação de venda, nos
casos dos incisos I e II,
quando o ônus for
suportado pelo vendedor.

Page 105
Principais Discussões: Créditos no Comércio

Acórdão 3402-007.201
4 Câmara do CARF
17/12/2019

Acórdão 9303-010.247
CSRF – 3 Turma
11/03/2020

Page 106
Publicidade e Propaganda na Indústria

Atividade: Cultivo e industrialização de cana de açúcar

Com o advento da NOTA SEI PGFN MF 63/2018, restou clarificado o conceito


de insumos, para fins de constituição de crédito das contribuições não-
cumulativas, definido pelo STJ ao apreciar o REsp 1.221.170, em sede de
repetitivo - qual seja, de que insumos seriam todos os bens e serviços que
possam ser direta ou indiretamente empregados e cuja subtração resulte na
impossibilidade ou inutilidade da mesma prestação do serviço ou da produção.

Ou seja, itens cuja subtração ou obste a atividade principal da empresa ou


acarrete substancial perda da qualidade do produto ou do serviço daí
resultantes. Nessa linha, despesas com publicidade e propaganda e com
manutenção de ECF não se enquadram no conceito de insumos, tendo em
vista que não se afiguram como essenciais e necessários quando analisados à
luz da atividade-fim da recorrente.

Acórdão 3302-010.333 - CARF

Page 107
Outros créditos previstos em Lei

Page 108
Energia

• Energia
Art. 3º [...]
III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;

Atenção!
 Abrange energia elétrica do setor produtivo, administrativo e demais áreas da empresa
 Erro comum: utilizar apenas energia do setor produtivo

 Não inclui a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) e outros possíveis valores


cobrados junto à conta de energia, a exemplo de multa e juros (Solução de Consulta nº
22/2016. COSIT).

Page 109
Aluguel

• Aluguéis
Art. 3º [...]
IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa;

Atenção!
 Abrange gastos ligados às atividades da empresa (direta ou indiretamente
– SC COSIT 95/2015)
 Não é preciso restringir à área produtiva

 Não abrange aluguel de veículos

Page 110
Leasing
Para a apuração do PIS/PASEP e da COFINS não-cumulativas poderão
ser descontados créditos calculados em relação a:

 valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa


jurídica, exceto de optante pelo Simples;

Atenção!

 Amplo: abrange qualquer bem, utilizado em qualquer área


 Inclusive veículos
 Abrange tanto leasing financeiro quanto operacional
 Opção à aquisição de máquinas e equipamentos, cujos créditos estão restritos à
área produtiva
 Bem objeto de leasing não permite aproveitamento a partir de depreciação
 O bem não pode ter integrado o patrimônio da empresa (art. 31 da Lei nº
10.865/2004)

Page 111
Imobilizado

• Bens do ativo não circulante

Art. 3º [...]
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para
utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços.
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros,
utilizados nas atividades da empresa;
[...]
XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na
produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.

Page 112
Imobilizado

 edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas


atividades da empresa;

 Aproveitamento em 24 meses se adquiridos ou construídos para utilização na


produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços (art. 6º da Lei nº
11.488/2007).

 bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do


mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;

 armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e


II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.

 dos encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros


bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a
terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na
prestação de serviços.

Page 113
Vale - Transporte

• Vale-transporte, vale-refeição ou vale alimentação, fardamento ou


uniforme

Art. 3º [...]
X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou
uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as
atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e
manutenção.

Page 114
Vale – Transporte na Indústria

• Receita autoriza créditos de PIS e Cofins sobre vale-transporte

Nesta segunda-feira (18/1), a Divisão de Tributação (Disit) da 7ª Região Fiscal da Receita


Federal publicou solução de consulta que permite créditos do PIS e da Cofins sobre vale-
transporte.

Segundo o documento, o benefício é aplicável a indústrias e demais prestadores de serviços, e


não apenas a empresas de limpeza, construção e manutenção, conforme previsão de leis sobre
contribuições sociais. Porém, gastos com vale-refeição, vale-alimentação e uniformes seguem
restritos a esses setores específicos.

A Receita considerou que o vale-transporte, concedido a empregados que atuam diretamente


na produção de bens ou prestação de serviços, é uma despesa decorrente de imposição da
legislação trabalhista.

Jan 2021
Fonte: https://www.conjur.com.br/2021-jan-21/receita-autoriza-creditos-pis-cofins-vale-transporte

Page 115
Imobilizado

** Vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos


empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza,
conservação e manutenção.

Page 116
Formas de Apuração - Resumo
Quadro Comparativo
Regime Não
Diferenças Básicas Regime Cumulativo
Cumulativo
Abrangência Presumido e Arbitrado Real (com exceções*)
Base de Cálculo Faturamento Receita Total
Alíquotas Básicas 0,65% e 3% 1,65% e 7,6%
Créditos Não Sim
Aspecto Temporal Caixa ou Competência Competência
*São sujeitas ao regime cumulativo, independentemente da forma de tributação:

• Bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, Caixas Econômicas;

• Empresas de arrendamento mercantil, cooperativa de crédito, empresas de seguro privado de


crédito , entidades de previdência complementar abertas e fechadas;

• Associações de poupança e empréstimo;

• Operadoras de planos de assistência a saúde.

Page 117
Estratégia para aproveitamento de créditos

1º PASSO: Verificar os créditos com previsão específica –


incisos I e III a XI (energia elétrica, aluguel, leasing, etc).

2º PASSO: Verificar quais créditos podem ser incluídos na


definição de insumos – inciso II.

3º PASSO: Analisar alternativas (reorganização interna) para as


despesas que não se enquadram nas hipóteses legais de
créditos. – planejamento tributário.

Page 118
Atividade do Planejador Tributário

Determinada Companhia varejista possui uma das maiores


frotas de distribuição próprias, com custos logísticos
relacionados à folha de pagamento do pessoal responsável
pela frota, caminhões, peças de reposiçao, combustíveis,
bem como relevantes gastos de armazenagem.

Qual seria a estratégia para aproveitamento desses


créditos?

Tomar créditos desses itens seria uma opção,


classificando-os como insumos?

Page 119
Créditos de frota propria - Insumos

 Jurisprudência favorável, mesmo antes do REsp 1.221.170 (insumos);


 Fortes argumentos para comprovação da essencialidade à atividade;
 Possibilidade de ajuízamento para ganho, sem riscos de autuação por
Judiciário
compensação indevida.

 Maioria da jurisprudência pesquisada é em sentido favorável;


 Possibilidade de inclusão dos créditos via EFD, solicitado via
ressarcimento (e não compensado), aguardando assim discussão
administrativa em eventual despacho decisório, eliminando risco de
compensação indevida.
CARF
 Possibilidade de inclusão dos créditos pretéritos como extemporâneo
(outra discussão, mas que geraria um bom efeito Caixa)
 Entendimento majoritário firmado (Via SC) de no sentido de não poder
haver o creditamento.
 Determinação expressa do Parecer Normativo 05/2018 para não
creditamento das despesas pós produção, exceto em casos específicos
Receita
que não se aplica para frota “propria”.
Federal
 Risco alto de autuação, ao qual a Companhia deve ficar ciente.

Page 120
Créditos de frota propria - Insumos

Varejo Ltda
Com ativos
Varejo Ltda descentralizados
Cisão
Ativos e concentração
de gastos logísticos Ou Injeção de Capital em
uma nova Companhia

Prestação de serviços
Varejo Logística S.A. (Armazenamento e Distribuição)
Nova companhia responsável Subsidiárias do
pelas operações de Grupo
armazenamento e distribuição Empresas
(logística em geral do grupo. coligadas

Novos Clientes
Possível incremento de novos negócios,
aproveitando a estrutura para prestar esses
serviços a outras Companhias (se for o
caso)

Page 121
Créditos de frota propria - Insumos

01 02 03 04
IRPJ/CSLL PIS/COFINS Exc. do ICMS Negócios
Com a nova estrutura, a Com a nova estrutura, a Com a nova decisão dos Possibilidade de incremento de
transportadora, seja LR ou LP, transportadora, passará a embargos, pacificando o ICMS novos negócios, a ser avaliado
PRÓS iria transferir despesas cobrar sobre os serviços destacado a ser excluído da a viabilidade com a equipe
dedutíveis, precificadas com valores com margem lucros BC do PC, é de se notar ganho competente, aproveitando a
margem de lucro a partir dos precificados a partir das quando se verifica que a estrutura a ser criada para
atuais custos logísticos despesas atuais, gerando transportadora irá excluir o prestar serviços para outras
suportados pela holding, créditos de PIS/COFINS (não ICMS da base de seus débitos, PJ’s e obter lucro.
incorrendo em aumento de mais discutíveis sobre a ótica enquanto tomará crédito
despesa dedutível no global. de frota próprio) integral do valor da aquisição.

05 06 07
Estrutura Risco Fiscal Viabilidade
Para haver os benefícios Apesar de criar uma estrutura Uma mudança desta magnitude
CONTRAS tributários relevantes acima separada, e considerando uma requer além dos
considerados, será necessário operação societária investimentos/cobertura do
a criação de uma estrutura de consecutive (cisão/outra) para propósito negocial, uma conversa
com as áreas competentes,
negócio separada da atual, injeção dos ativos, isso poderá principalmente de negócios e
com novos CNPJ’s, ser questionado pelas logística da Companhia seria
administrativo, Contabilidade, autoridades como dissimulação necessário para entender a
etc. Necessário investimentos para gerar efeitos tributários e viabilidade, e se algum haveria
e administração da nova ser cobrado o propósito algum entrave que
estrutura a ser considerada. negocial da operação. impossibilitasse a operação.

Page 122
Créditos

• Utilização dos créditos


Como regra, os créditos do PIS/PASEP e da COFINS serão utilizados
para abater o valor das contribuições devidas em cada mês.

• Excedente de créditos – transferência para meses subsequentes


Havendo excedente de créditos, este será transferido para o mês
seguinte (controlado na EFD-Contribuições).

Page 123
Cronograma

• PIS E COFINS - ASPECTOS GERAIS


(CF 88- Art. 149, Art. 195, Art. 239 | LC 07/1970), LC 08/1970)

• REGIME CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO| ALÍQUOTAS| OBRIGATORIEDADE DO REGIME CUMULATIVO|
CAIXA x COMPETÊNCIA | EXERCÍCIOS)

• PIS E COFINS – DESONERAÇÕES


(ALIQUOTA ZERO | ISENÇÃO | SUSPENSÃO)

• REGIMES ESPECÍFICOS
(INCIDÊNCIA MONOFÁSICA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA | IMPORTAÇÃO | OUTRAS ALÍQUOTAS)

• REGIME NÃO CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO | ALÍQUOTAS | DÉBITOS x CRÉDITOS | CASOS POLÊMICOS |
EXERCÍCIOS)

• REGIME MISTO / LEVANTAMENTO DE CRÉDITOS


Proporcionalidade no regime misto | proporcionalidade para fins de ressarcimento | Procedimentos
operacionais para levantamento de créditos de PIS COFINS)

Page 124
Regime Misto
Regime Misto

 Existem determinadas receitas que obrigatoriamente estão sujeitas ao regime


cumulativo de apuração das contribuições;

 Podemos elencar algumas a seguir:


Construção Civil;
Serviços de Hotelaria (Não entra refeições cobradas separadamente);
Segurança Privada;
Hospital, Pronto Socorro, Clínica Médica e congêneres;
Call Center
Educação Infantil, Fundamental, Médio e Superior
Agências de Viagem

A totalidade as atividades sujeitas a cumulatividade podem ser vistas na Lei


10.833/2003, Art. 10º.

Page 126
Regime Misto

 Se somente parte das receitas estão sujeitas ao regime não


cumulativo, faria sentido tomar crédito de todas as despesa passíveis
de creditamento?

 Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não-


cumulativa da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas,
o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos,
despesas e encargos vinculados a essas receitas. (Via de Regra:
Método de Proporcionalidade das Receitas)

Art. 3º, § 7º, da Lei 10.833/03

Page 127
Regime Misto

 Empresa de hotelaria apurou Receitas de Serviço de Hotelaria (Diárias) no valor de


R$ 100.000, e apurou Receitas decorrente das vendas no Restaurante do Hotel no
valor de R$ 100.000. Supondo que o hotel é optante pelo Lucro Real e ainda teve
despesa de energia elétrica passível de crédito no período no valor de R$ 1.000,
faça a apuração do PIS/COFINS a Recolher;

Receitas de Hotel 100.000,00 PIS Débito 1.650,00


Receitas de Restaurante 100.000,00 PIS Crédito - 8,25
Total 200.000,00 PIS a Rec 1.641,75

PIS Cum 650,00 COFINS Débito 7.600,00


COFINS Cum 3.000,00 COFINS Crédito -38,00
COFINS a Rec 7.562,00
Total de Créditos Comuns 1.000,00
Crédito Proporcional 500,00
Fator 0,50

Page 128
Exemplos

Rateio de
Rateio Regime
Créditos para
Misto
Ressarcimento

1. Por sistema de 1. Por sistema de


custos custos
2. Proporcionalidade 2. Proporcionalidade
Receita Cumulativa vs. Receitas Trib. Vs. Não
Não Cumulativa Trib. Vs. Exportação

Desconsideração do Rateio dos créditos


Crédito para fins de para fins de
abatimento das ressarcimento. (Todo o
contribuições crédito é aproveitado)

Page 129
Exemplos

 Exemplo: Empresa atua no ramo de fabricação de pás eólicas, produto


sujeito à tributação normal de PIS e COFINS.

Obteve de Receita de Venda no Mercado Interno o valor de 5 milhões.


Obteve de Receita de Vendas no Mercado Externo o valor de 5 milhões.

Despesas geradoras de crédito:

Energia Elétrica: 150 mil


Leasing: 50 mil Reais
Depreciação de Bens: 700 mil
Insumos: 6,2 milhões
Fretes de Venda: 1,2 milhões

Qual seria o valor passível de pedido de ressarcimento no período?

Page 130
Levantamento de Créditos

Page 131
Levantamento de Créditos

 Escrituração Contábil do PIS/COFINS – Estoque Permanente

D – PIS a Recuperar
D – Estoque
C – Fornecedor

 O crédito não apropriado impacta em resultado a menor, e consequentemente,


IRPJ e CSLL não pago sobre este resultado.

 Posicionamento do Fisco para o Levantamento de Créditos?

 É preciso retificar as obrigações acessórias?

 Preciso pagar IRPJ/CSLL sobre estes valores?

Page 132
Levantamento de Créditos

Page 133
Levantamento de Créditos

Fluxo de Levantamento

EFD
DCTF PERDCOMP
Contribuições

Page 134
Levantamento de Créditos

 Levantamento de Créditos de PIS/COFINS é uma técnica que visa, com base em


uma revisão da apuração, levantar eventuais valores pagos indevidamente ou a
maior, para recuperá-los de maneira administrativa.

 A revisão fiscal do PIS/COFINS pode ser feita a qualquer tempo, e recuperado os


últimos 5 anos, via PER/DCOMP.

Apuração Apuração
Débitos - 100 Revisão Débitos - 100
Créditos - 20 Créditos - 70
80 a Recolher 30 a Recolher

Motivo do PER/DCOMP
Pagamento Indevido

Page 135
Levantamento de Créditos

SC = (90) SC = (160) SC = (240)


Jan Fev Mar
Débitos - 10 Débitos - 30 Débitos - 20
Créditos - 100 Créditos - 100 Créditos - 100
(90) (70) (80)

Motivo do PER/DCOMP
Ressarcimento de PIS/COFINS

 Fiscalização intensiva nessas operações

 Possibilidade de devolução do saldo credor de PIS/COFINS em dinheiro, além de


possibilidade de compensação com outros tributos administrados pela RFB.

 Necessidade de Elaboração de PER/DCOMP’s e controle dos créditos via registro


1100 e 1500 da EFD Contribuições.

Page 136
Levantamento de Créditos – Necessidade de Retificação
Necessidade de Retificação
Solução de Consulta Solução de
225/08 de Novembro Consulta 11 de
de 2011 (Disit) Janeiro de 2013
(Disit 09) Acórdão 3402- Acórdão 3302-
002.709 de Março 003.155 de Abril de
Acórdão 12-61719 de 2015 – 4 Camara 2016 – 3 Camara / 2
de 26 de / 2 Turma Ordinaria Turma Ordinaria
Novembro de 2013 (CARF) (CARF)
/ 16 Turma DRJ

2011 2013 2015 2016 2017 2019

Acórdão 3302-
003.155 de Abril de
2016 – 3 Camara /
2 Turma Ordinaria
(CARF) Acórdão 3401- Acórdão 9303-
Acórdão 3401-001.585 004.022 de Outubro 009.893 de
de Setembro de 2011 – Processos: de 2017 – 4 Camara Dezembro de
4 Camara / 1 Turma 10925.720046/2012- / 1 Turma Ordinaria
2019 – 3 Turma
(CARF) 12 e (CARF)
10925.720686/2012- da CSRF
22

Desnecessidade de Retificação
Page 137
Levantamento de Créditos
Problemática Operacional: Retificação das EFDs,
informando os registros analíticos de créditos
(A,C,D,F) + Elaboração de PERDCOMPs
Prós - Retificação

1. Atualização 1. Dificuldade


monetária via SELIC operacional
(PERDCOMP) (Escrituração doc por

Contras - Retifcação
2. Transparência das doc na EFD)
informações via EFD 2. Reabertura do Prazo
Contribuições Prescricional
3. Risco baixo de
questionamento por
parte do fisco quanto
ao aproveitamento

Page 138
Levantamento de Créditos
Facilidade Operacional: Escrituração do Crédito
Extemporâneo nos registro M100 e M500 da EFD
Contribuições (Ajuste a Crédito) e salvaguarda
Prós – Não Retificação dos valores que respaldam o crédito em
controles gerenciais.

1. Facilidade 1. Perda da


operacional de Atualização SELIC

Contras - Não Retifcação


inserção do crédito 2. Risco auto de
2. Não há autuação por parte
reabertura do da RFB
período prescricional
para outras
operações da
Companhia

Page 139
Cronograma

• PIS E COFINS - ASPECTOS GERAIS


(CF 88- Art. 149, Art. 195, Art. 239 | LC 07/1970), LC 08/1970)

• REGIME CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO| ALÍQUOTAS| OBRIGATORIEDADE DO REGIME CUMULATIVO|
CAIXA x COMPETÊNCIA | EXERCÍCIOS)

• PIS E COFINS – DESONERAÇÕES


(ALIQUOTA ZERO | ISENÇÃO | SUSPENSÃO)

• REGIMES ESPECÍFICOS
(INCIDÊNCIA MONOFÁSICA | SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA | IMPORTAÇÃO | OUTRAS ALÍQUOTAS)

• REGIME NÃO CUMULATIVO DAS CONTRIBUIÇÕES


(COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO | ALÍQUOTAS | DÉBITOS x CRÉDITOS | CASOS POLÊMICOS |
EXERCÍCIOS)

• REGIME MISTO / LEVANTAMENTO DE CRÉDITOS


Proporcionalidade no regime misto | proporcionalidade para fins de ressarcimento | Procedimentos
operacionais para levantamento de créditos de PIS COFINS)

Page 140
Até logo!

Eduardo Oliveira
Consultor Tributário
cont.carloseduardo@gmail.com
Linkedin: Eduardo Oliveira
Contato: (85) 99938-0443

Page 141

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