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TURMA DE DISCURSIVAS – PROFESSOR TUDÃO – ÁREA AUDITORIA – PROVA 7

QUESTÃO 1 – ÁREA AUDITORIA – CONTABILIDADE DE CUSTOS

Para calcular o custo de estoque de livros contabilizado pela entidade é necessário usar a
seguinte fórmula:

Custo dos livros = (Preço de venda unitário - Desconto) x Quantidade

Custo dos livros = (R$80,00 - 10% de desconto) x 100

Custo dos livros = (R$80,00 - R$8,00) x 100

Custo dos livros = R$72,00 x 100

Custo dos livros = R$7.200,00

Custo total = Custo dos livros + Frete + Prateleira + Custo do professor x horas

Custo total = R$7.200,00 + R$1000,00 + R$400,00 + R$200,00 x 2

Custo total = R$7.200,00 + R$1000,00 + R$400,00 + R$400,00

Custo total = R$9.000,00

Portanto, o custo do estoque de livros contabilizado pela entidade é de R$9.000,00 (nove mil
reais).
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QUESTÃO 2 – ÁREA TRIBUTAÇÃO – DIREITO TRIBUTÁRIO II

Microempresas optantes pelo Simples Nacional não podem se apropriar de créditos do ICMS ou
do IPI, pois o regime tributário simplificado já inclui esses impostos em sua alíquota unificada.
Além disso, o Simples Nacional, como regra, não permite a transferência de créditos de ICMS ou
de IPI. É o que afirma o art. 23 da LC 123/06: As microempresas e as empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos
a impostos ou contribuições abrangidos pelo Simples Nacional.

A transferência de créditos de ICMS por uma microempresa optante pelo Simples Nacional, só
é possível através de exceção prevista no art. 23 e parágrafos da LC 123/06.

As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo
Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas
aquisições de mercadorias de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo
Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou industrialização e observado,
como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a
essas aquisições.

A alíquota aplicável ao cálculo do crédito de ICMS deverá ser informada no documento fiscal e
corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II desta Lei Complementar para
a faixa de receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita
no mês anterior ao da operação.

Na hipótese de a operação ocorrer no mês de início de atividades da microempresa ou empresa


de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, a alíquota aplicável ao cálculo do crédito de
ICMS corresponderá ao percentual do imposto referente à menor alíquota prevista nos Anexos
I ou II desta Lei Complementar.

Nesse caso, o direito de crédito do ICMS não é um benefício fiscal, mas sim um direito previsto
na legislação tributária para as empresas não optantes pelo Simples Nacional, que pode ser
utilizado como um meio de reduzir a carga tributária das empresas em relação ao imposto que
incidiria sobre as suas aquisições, relacionado a não cumulatividade.
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QUESTÃO 3 – ÁREA TRIBUTAÇÃO – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

Guerra fiscal do ICMS é uma expressão utilizada para descrever a competição entre os Estados
brasileiros para atrair empresas por meio de benefícios fiscais, principalmente a redução da
alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Essa competição pode ocorrer quando um Estado decide oferecer incentivos fiscais para atrair
empresas para se instalarem em seu território, oferecendo descontos ou isenções de impostos,
por exemplo. Com isso, o Estado busca atrair investimentos, gerar empregos e aumentar sua
arrecadação.

Para tentar evitar a guerra fiscal do ICMS, o governo federal criou o Confaz (Conselho Nacional
de Política Fazendária), que regula a concessão de benefícios fiscais pelos Estados. A ideia é que
os Estados possam conceder incentivos fiscais de forma coordenada e limitada, mediante
assinatura de convênios, evitando a concorrência desleal e a perda de receitas tributárias.

De acordo com o art. 75-B do RICMS/MG, sim é possível a Secretaria de Estado de Fazenda
poderá conceder crédito presumido do ICMS de até 100% do imposto devido nas operações de
saída, desde que a medida adotada seja adequada, necessária e proporcional para assegurar a
isonomia tributária, igualdade competitiva e livre concorrência, enquanto perdurarem os efeitos
decorrentes da presunção de constitucionalidade de ato normativo de outra unidade da
Federação que conceda benefício ou incentivo fiscal ou financeiro-fiscal não previsto em lei
complementar ou convênio celebrado nos termos da legislação específica.

Crédito presumido é um benefício fiscal concedido pelo governo estadual, que permite às
empresas deduzir do imposto devido um determinado valor. As condições para a concessão do
crédito presumido podem variar de acordo com a legislação tributária de cada estado. No
entanto, geralmente é exigido que a empresa atenda a determinados requisitos, como a
realização de investimentos em determinada região, a geração de empregos, o desenvolvimento
de tecnologia, entre outros.
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QUESTÃO 4 – ÁREA TRIBUTAÇÃO – CONTABILIDADE AVANÇADA

De acordo com o CPC 02, item monetário é o direito a receber (ou a obrigação de entregar) um
número fixo ou determinável de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem: passivos de
planos de pensão ou outros benefícios a empregados a serem pagos com caixa; provisões que
devem ser liquidadas em caixa; passivos de arrendamento; e dividendos a serem distribuídos
com caixa, que são reconhecidos como passivos.

O item não monetário é a ausência do direito a receber (ou da obrigação de entregar) um


número fixo ou determinável de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem: adiantamento
a fornecedores de mercadorias; adiantamento a prestadores de serviços; goodwill; ativos
intangíveis; estoques; imobilizado; ativo de direito de uso; e provisões a serem liquidadas
mediante a entrega de ativo não monetário.

De acordo com a NBC TG 02 (R3), os efeitos das variações cambiais devem ser reconhecidos no
resultado do período, exceto no caso de investimentos em subsidiárias, em que o método de
equivalência patrimonial é aplicado. Dessa forma, as Demonstrações Contábeis Individuais da
Cia. ABC devem apresentar os elementos da seguinte forma:

Estoques vendidos a prazo, com vencimento em 30 dias: apresentados pelo valor original em
dólares, sem ajustes cambiais, na conta de "Ativos não circulantes" ou "Ativos circulantes",
conforme a data do vencimento.

Empréstimo, cuja intenção efetiva era a transformação em capital social em até 90 dias:
apresentado pelo valor original em dólares, sem ajustes cambiais, na conta de "Empréstimos e
financiamentos" ou "Patrimônio líquido", conforme a intenção da empresa.

Integralização de capital social: apresentada pelo valor original em dólares, sem ajustes
cambiais, na conta de "Patrimônio líquido", na rubrica de "Reservas de capital".

No caso da investida norte-americana, o seu patrimônio líquido deve ser consolidado na Cia.
ABC usando o método de equivalência patrimonial, ou seja, a variação cambial não será
reconhecida no resultado do período, mas sim no patrimônio líquido da controladora.

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