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Existe quatro formas de apuração do IRPJ, que são: simples, lucro presumido, lucro
real e lucro arbitrado.
No Simples Nacional: Empresas com receita bruta até R$ 3,6 milhões e que não
se enquadrem em alguma das mais de vinte exceções, podem optar por tributar
seus lucros pelo Simples Nacional. A principal característica é a simplificação
da apuração e a substituição do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS sobre a folha
de pagamento (parte da empresa), IPI, ICMS e ISS por uma alíquota única.
"A Segunda Turma do STJ possui entendimento de que, no regime do lucro presumido, o
ICMS compõe a base de cálculo do IRPJ e da CSLL" (REsp 1.760.429-RS, r. Ministro Herman
Benjamin, 2ª Turma do STJ em 25.09.2018).
Pois “É legítima a inclusão do ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL calculados sobre o
lucro presumido, porquanto a tributação é feita mediante a aplicação de um percentual sobre
a receita bruta auferida em determinado período de apuração, e o valor do ICMS está
embutido no valor final da mercadoria ou da prestação do serviço.” (AC 200872000134850,
Jorge Antonio Maurique, TRF4 - Primeira Turma, D.E. 17/11/2009)
O parágrafo único do art. 116 do Código Tributário Nacional (CTN) não pode
ser utilizado como parâmetro para análise de planejamentos fiscais porque é norma de
eficácia limitada que depende de regulamentação a qual, até o momento, inexiste (isso,
inclusive, foi reconhecido pela Ministra Carmen Lúcia no seu voto proferido na Ação
Direta de Inconstitucionalidade nº 2.446, cujo julgamento ainda não foi concluído).
No que se refere às incorporações reversas, ainda que a jurisprudência do CARF
tenha uma tendência desfavorável aos contribuintes por considerar que esse tipo de
operação societária é ilegítima, entendemos que não há qualquer vedação legal para a
sua realização.
Isto é, abstratamente, não há motivo para que as incorporações reversas sejam
vedadas, ainda que o maior dos objetivos para a sua realização seja o de aproveitar de
uma maior economia fiscal – o que não deixa de ser um motivo legítimo ou até mesmo
justo.
Com efeito, sobre a licitude dos negócios jurídicos que têm como objetivo
proporcionar economia fiscal aos contribuintes, cite-se trecho do voto da Ministra
Carmen Lúcia proferido na já citada ADI nº 2.446:
“(...) A norma não proíbe o contribuinte de buscar, pelas vias legítimas e
comportamentos coerentes com a ordem jurídica, economia fiscal, realizando suas
atividades de forma menos onerosa, e, assim, deixando de pagar tributos quando não
configurado fato gerador cuja ocorrência tenha sido licitamente evitada.”
Em suma, a incorporação inversa, em si considerada, não é uma operação
ilegítima – somente o será se, para a sua prática, o contribuinte utilizar de meios
ilegítimos, tal como a fraude e a simulação.
Incentivo fiscal é diferente de doação, pelo Decreto supra, versa sobre incentivo fiscal.
Onde privilegia-se o art. 38 do Decreto-lei nº 1.598/79 (BR ASIL,1977), que desonera da
tributação do IRPJ e da CSLL as importâncias relativas às subvenções para investimento e
doações recebidas, destacando se que o Poder Público transfere recursos à pessoa jurídica
para capitalizá-la, auxiliá-la na aplicação em bens e direitos para implantar ou expandir
empreendimentos econômicos.