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2019
Questões
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não
incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
3. A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo
de significação para a isenção e para a anistia? Justificar.
Não, pois tratam-se de diferentes tratamentos tributários. Na isenção decorre de lei que
especifica as condições e requisitos exigidos para sua concessão ou ao não recolhimento de
determinado tributo, não gerando crédito ou débito deste. Já na anistia decorre de algo que já
aconteceu, ou seja, já existe um crédito tributário onde o fisco concede o perdão para o não
recolhimento deste. Os dois casos trata-se de exclusão de crédito, entretanto em situações
completamente diferentes, mas com fim de beneficiar o contribuinte.
(i) Equivalem, pois, a isenção condicionada ou de prazo certo depende para sua
concessão da observância das condições impostas ou do implemento do tempo. Já a
incondicionada não depende de nenhuma condição imposta para concessão ou ainda o tempo
de duração. Para as condicionadas, não alcançam todos os contribuintes sujeitos à
determinada hipótese de tributação, mas somente aos que preencherem os requisitos
estabelecidos na lei isentiva que deve o interessado postular junto à administração fazendária
o reconhecimento do direito, dependendo da comprovação por parte do contribuinte o
preenchimento dos requisitos estabelecidos em lei para gozar de tal benefício. Já para as
incondicionadas, são concedidas em caráter geral, sem o estabelecimento de contrapartidas a
serem cumpridas pelos interessados na fruição dos benefícios proporcionados pela isenção.
Alcança de modo indistinto todos os contribuintes que estavam sujeitos à tributação pela
hipótese objeto da isenção.
(ii) De acordo com o Art. 178 do CTN a isenção poderá ser revogada ou modificada
por lei em qualquer tempo. Entretanto entende-se para que haja uma segurança-jurídica e
evitar “surpresas” ao contribuinte deve-se observar o principio da anterioridade sim, havendo
assim até o prazo de noventa dias para que o contribuinte arque com o “novo” tributo a partir
da data da publicação da lei.
Sim, há muita distinção. Pois como já tratado da isenção, entende-se que se tira do
contribuinte parcialmente a obrigação do crédito tributário, já no caso da alíquota 0% a
incidência do tributo ocorre, entretanto, definido por lei com alíquota 0% que pode ser
modificada a qualquer tempo. Na maioria das hipóteses não, com exceção do caso apontado
no artigo 227 do RIPI onde autoriza o crédito do imposto originada de atacadistas não
contribuintes destinados a industrias ou equiparadas, podendo se creditar do valor
correspondente a aplicação da alíquota descrita na TIPI sobre 50% do valor do produto. Não,
não irá mudar, continua o mesmo conceito.
6. Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se:
a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de
isenção parcial?
Não, pois a isenção é dada conforme os requisitos impostos na própria norma isentiva,
então entendo que a isenção será aplicada como prescrita. Redução da base de cálculo trata-se
de outra regra tributária que se trata da redução da carga tributária e não da isenção da mesma.
Sim, poderia, pois, está sob responsabilidade do Estado determinar regras sobre o
ICMS, entretanto isto não pode ocorrer, pois, perderia o fundamento e a intenção real do
benefício que é a redução da base de cálculo a fim de diminuir a carga tributária ao
contribuinte.
Este é um tema que houve várias modificações com o decorrer dos anos e momento
histórico em que se deu cada convenio. Entendo que sim, é necessário o convenio já que na
CF trata disso no Art. Citado na questão e nas demais leis que advieram sobre o tema. Em
relação ao ICMS a concessão de isenção ou qualquer outro benefício fiscal fica submetida a
dois pressupostos: o convenio ICMS e ratificação do benefício fiscal pelo poder executivo
Estadual através de decreto.
Creio que diante de uma situação desta, o contribuinte deveria entrar com uma
consulta formal a SEFAZ deste determinado Estado para saber como proceder com a
manutenção do crédito que terá ao adquirir mercadorias. Em efeito prático o contribuinte terá
o crédito referente as aquisições e como terá a isenção não terá o débito referente a saída que
fará subsequente. É constitucional pois dispõe de imposto Estadual. Qualquer ação que tal
contribuinte resolvesse proceder teria que ser com o aval dos órgãos competentes.