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operação de permuta
trazidos pela Lei n.
12.973 de 2014, incidirá
IRPJ quando
houver ganho de capital.
3. Com relação à base de cálculo do IRPJ pergunta-se:
a) “Entradas” e “ingressos” são sinônimos de “receita”? As despesas reembolsadas por
clientes integram a receita bruta dos escritórios e empresas que trabalham com bens e
direitos de terceiros (como escritórios de advocacia, contabilidade, empresas de
cobrança, etc.) que adotam o lucro presumido? Esses reembolsos podem ser tributados
pelo IRPJ? (Vide anexo I).
No primeiro momento vamos conceituar receita como sendo qualquer ingresso
ou entrada de direito que se incorpore de forma positiva ao patrimônio, e que represente
remuneração ou contraprestação de atos, atividades ou operações da pessoa titular do
mesmo, ou remuneração ou contraprestação do emprego de recursos materiais, imateriais ou
humanos existentes no seu patrimônio ou por ele custeados. (Conceito retirado do artigo do
Autor Ricardo Mariz de Oliveira:
https://www.marizadvogados.com.br/wp-content/uploads/2018/03/NArt.06-2013.pdf)
Diante do conceito acima entendo que entradas e ingressos são sinônimos de
receita, uma vez que receita é um tipo de entrada ou ingresso no patrimônio da pessoa jurídica
Conforme expõe o ANEXO I, temos que: “Os reembolsos de despesas ou de custos
integram a receita bruta, ou seja, a receita bruta é representada pelo valor total contratado
(honorários e reembolsos).”, entendo que dessa forma tais itens entram no faturamento,
assim observando o conceito já trazido de lucro presumido, entendo que podem sim ser
tributados pelo IRPJ.
b) O ICMS pode compor a base de cálculo do IRPJ no caso de empresas sujeitas ao regime de
tributação pelo lucro presumido? Justifique. (vide REsp 1.760.429/RS, TRF 4 - Apelação
Cível nº 5018422-58.2016.4.04.7200/SC anexo II)
Sim, segue justificativa:
É legítima a inclusão do ICMS na base de cálculo do IRPJ e da CSLL calculados sobre
o lucro presumido, porquanto a tributação é feita mediante a aplicação de um
percentual sobre a receita bruta auferida em determinado período de apuração, e
o valor do ICMS está embutido no valor final da mercadoria ou da prestação do
serviço.’ (AC 200872000134850, JORGE ANTONIO MAURIQUE, TRF4 – PRIMEIRA
TURMA, D.E. 17/11/2009)
Para corroborar a ementa do RECURSO ESPECIAL Nº 1.767.631 - SC
(2018/0241398-5):
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. IRPJ. CSLL. APURAÇÃO PELO LUCRO
PRESUMIDO. BASE DE CÁLCULO. RECEITA. ICMS. INCLUSÃO. 1. A questão
submetida ao Superior Tribunal de Justiça, sob a sistemática dos repetitivos, diz
respeito à possibilidade de inclusão de valores de Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) nas bases de cálculo do Imposto sobre a Renda de
Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) quando
apurados pela sistemática do lucro presumido. 2. No regime de tributação pelo
lucro real, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é o lucro contábil, ajustado pelas
adições e deduções permitidas em lei. Na tributação pelo lucro presumido, deve-se
multiplicar um dado percentual – que varia a depender da atividade desenvolvida
pelo contribuinte – pela receita bruta da pessoa jurídica, que constitui apenas
ponto de partida, um parâmetro, na referida sistemática de tributação. Sobre essa
base de cálculo, por sua vez, incidem as alíquotas pertinentes. 3. A adoção da
receita bruta como eixo da tributação pelo lucro presumido demonstra a intenção
do legislador de impedir quaisquer deduções, tais como impostos, custos das
mercadorias ou serviços, despesas administrativas ou financeiras, tornando bem
mais simplificado o cálculo do IRPJ e da CSLL. 4. A redação conferida aos arts. 15 e
20 da Lei n. 9.249/1995 adveio com a especial finalidade de fazer expressa
referência à definição de receita bruta contida no art. 12 do Decreto-Lei n.
1.598/1977, o qual, com a alteração promovida pela Lei n. 12.793/2014, contempla
a adoção da classificação contábil de receita bruta, que alberga todos os ingressos
financeiros decorrentes da atividade exercida pela pessoa jurídica. 5. Caso o
contribuinte pretenda considerar determinados custos ou despesas, deve optar
pelo regime de apuração pelo lucro real, que prevê essa possibilidade, na forma da
lei. O que não se pode permitir, à luz dos dispositivos de regência, é que haja uma
combinação dos dois regimes, a fim de reduzir indevidamente a base de cálculo dos
tributos. 6. A tese fixada no Tema 69 da repercussão geral deve ser aplicada tão
somente à Contribuição ao PIS e à COFINS, porquanto extraída exclusivamente à
luz do art. 195, I, "b", da Lei Fundamental, sendo indevida a extensão
indiscriminada. Basta ver que a própria Suprema Corte, ao julgar o Tema 1.048,
concluiu pela constitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) – a qual inclusive é uma
contribuição social, mas de caráter substitutivo, que também utiliza a receita como
base de cálculo. 7. Tese fixada: O ICMS compõe a base de cálculo do IRPJ e da CSLL
quando apurados na sistemática do lucro presumido. 8. Recurso especial
desprovido.
c) O art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.316/96 prevê a impossibilidade de dedução do
valor correspondente a CSLL para efeito da determinação do lucro real, compondo,
portanto, a base de cálculo do IRPJ. A inclusão desse valor coaduna com o conceito
constitucional de renda? A exigência legal de adição da CSLL, registrada como custo ou
despesa ao lucro líquido, se afigura como hipótese de ficção jurídica apta a alterar o
critério quantitativo da regra-matriz de incidência do IRPJ? Esta disposição legal viola
algum princípio constitucional consentâneo ao imposto incidente sobre a renda? (Vide
art. 71 da IN/RFB n. 1.585 de 2015, Acórdão n. 1401.001.369 do CARF, anexo III).
Conforme previsão do CTN, a CSLL é necessária à produção de renda, a CSLL é um
provisionamento, porém, após seu pagamento, torna-se um "mero" encargo, logo a inclusão
desta rubrica não coaduna conceito constitucional de renda.
5. Empresa CTX que atua no ramo de importação e exportação, situada no Estado de Santa
Catarina se utilizou do Programa Pró-Emprego e Regime Especial (do art. 148-
A do Regulamento do ICMS/SC). De acordo com esse regime os valores das importações
ficam com tributação efetiva de 3,45% no caso do programa Pró-Emprego e de 0,92% no
caso do Regime Especial. Em fiscalização realizada a autoridade autuante afirma que os
benefícios configuram subvenção corrente para custeio ou operação, circunstância em
que incide o IRPJ. (arts. 392, 519 e 521 do RIR/99 e art. 36 da IN SRF nº 93/97.) Contudo o
contribuinte considerou em sua escritura como subvenção de investimento, portanto,
fora do âmbito de incidência do IRPJ. Em razão disso foi lavrado Auto de Infração com
cobrança de IRPJ. Nesse contexto questiona-se (Vide anexo VII):
a) No que consistem as subvenções para investimento e para custeio?
Seguem abaixo os conceitos dos termos acimas, todos retirado do artigo do
Mestre Gustavo da Silva Amaral
(https://www.ibet.com.br/hotsites/hotsiteXV/wp-content/uploads/2018/01/4-Gustavo-da-
Silva-Amaral.pdf)
As subvenções para investimentos distinguem-se das subvenções para custeio, na
medida em que as primeiras, não tributáveis, prestam-se à expansão de atividades econômicas
relevantes para o Estado, enquanto as subvenções correntes (para custeio e operações) fazem
face às despesas correntes da empresa beneficiária, sendo alcançadas pela tributação.
d) A prática do Estado de Santa Catarina pode ser compreendida como doação? Em caso
positivo quais o efeito para o IRPJ do contribuinte?