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TRIBUTAÇÃO
DO ILÍCITO
CASO CONCRETO
A discussão do presente caso, gira em torno de um
processo criminal contra os administradores da
empresa ABC (contribuintes). Tendo em vista a
condenação da corrupção, o fisco exigiu o pagamento
de imposto de renda (IRPJ) sobre a suposta dedução
indevida de R$ 30 milhões de reais da base de cálculo
do referido imposto, isso se deu através do
recebimento de um auto de infração. Contudo,
ressalta-se que se não fosse o pagamento de R$ 30
milhões, a empresa nunca teria conseguido a
licitação, assim, não teria oportunidade de lucro. A
principal abordagem da discussão, se dá na dedução
da despesa necessária à atividade da empresa,
estabelecida pelo artigo 47, da Lei n°. 4.506/1964.
Por fim, destaca-se que a impugnação pelos
contribuintes foi julgada improcedente, de forma que
foi mantido os termos do auto de infração.
DESPESA NECESSÁRIA
A despesa necessária são aquelas operacionais não
computadas nos custos, necessárias à atividade da
empresa e à manutenção da respectiva fonte
produtora, o que remete ao presente caso, pois se não
fosse o pagamento de propina, a empresa nunca teria
ganho a licitação, consequentemente, não teria
possibilidade de lucro. Tal conceito está presente no
artigo 47, da Lei n°. 4.506/1964. Inclusive, é válido
ressaltar seu parágrafo primeiro, no qual aduz que
“São necessárias as despesas pagas ou incorridas para
a realização das transações ou operações exigidas
pela atividade da empresa”.
Conclui-se, dessa forma, que o pagamento realizado
foi em função de um ganho/lucro, o qual era
necessário devido a atividade da empresa.
DEDUÇÃO DE PROPINA
Objeto de Tributação Auto de Infração