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tributário, ou seja, o pagamento mediante dação em pagamento de bem imóvel?
A resposta é negativa. Somente poderá ser assim realizada mediante a existência
de alguns requisitos e observações:
*Esquema
Lei específica
Do ente competente
2
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido
para as microempresas e para as empresas de pequeno
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no
caso do imposto previsto no art. 155, II, das
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da
contribuição a que se refere o art. 239.
1 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 72.
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imposto de renda (CTN, art. 43), mesmo se esses
rendimentos forem oriundos de um ato ilícito, ou até
criminoso, como a corrupção, o tráfico ilícito de
entorpecentes etc. A
Por fim, vale ressaltar que nenhum tributo será pago, sem lei que o
estabeleça, atendendo ao princípio máximo da legalidade estrita na forma do
artigo 150, I da Constituição Federal, bem como o administrador público deverá
analisar objetivamente o que contido na norma (vinculação total) para tributar o
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contribuinte, não podendo assim realizar nenhum ato discricionário para à
cobrança do mesmo.
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2 – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Antes de citar quais tipos de tributos os entes poderão criar, importante dizer
sobre as características da competência tributária.
2 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 106.
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Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do
§ 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os
privilégios processuais que competem à pessoa jurídica
de direito público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo,
por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público
que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo
ou da função de arrecadar tributos.
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a
defere a pessoa jurídica de direito público diversa
daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
8
*Esquema
Imposto de Importação
Imposto de Exportação
Imposto de Renda
Impostos
Imposto sobre Operações Financeiras
Taxa
Imposto sobre Produtos Industrializados
Contribuições Sociais
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§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social,
obedecido o disposto no art. 154, I.
Taxa
Imposto Transmissão Causa Mortis ou Doação
Distrito Federal
Contribuição de
melhoria
Vale dizer que na forma do artigo 155 e 147 da Constituição Federal que o
Distrito Federal terá competência cumulativa dos Estados e dos Municípios.
Já os Estados poderão criar os seguintes tributos na forma do artigo 155 da
Constituição Federal:
*Esquema
Taxa
Estados
Contribuição de
Melhoria
Contribuições
Contribuição Previdenciária de Servidor
Especiais
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Por fim, os Municípios na forma do artigo 156 da Constituição Federal
poderão criar os seguintes tributos:
*Esquema
Imposto Predial
Territorial Urbano
Imposto
Impostos Transmissão Bens
Imóveis
Imposto Sobre
Taxas
Serviços
Municípios
Contribuição de
melhorias
Contribuição
Previdenciária de
Servidor
Contribuições
especiais
Contribuição sobre
Custeio de
Iluminação Pública
3ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 237.
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Municipais Criados IPTU; ITBI; ISS
privativamente
pelos Municípios e
pelo
DF
Privativos A competência para Impostos;
criação é atribuída a empréstimos
determinado ente compulsórios;
com caráter de contribuições
exclusividade especiais
Quanto ao
exercício da
competência Comuns A competência Taxas e contribuições
para criação é de melhoria
atribuída
indiscriminadame
nte a
todos os entes
políticos
Residuais A Constituição Novos impostos e
atribui à União
novas contribuições
competência para
criar tributos não para a seguridade
previstos
social
ordinariamente
Fiscais Finalidade IR; IGF; IPVA; ICMS;
arrecadatória
ITCMD; IPTU; ITBI;
ISS; IEG;
empréstimos
compulsórios
Extrafiscais Finalidade II; IE; IPI, IOF;
interventiva ITR; CIDE
Quanto à finalidade
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Vinculados Cobrança Taxas e contribuições
depende de de melhoria
atividade estatal
específica
Quanto à relativa ao
hipótese de contribuinte
Não Cobrança Impostos
incidência
vinculados independe de
atividade estatal
específica relativa
ao
contribuinte
De Os recursos Empréstimos
arrecadaçã arrecadados compulsórios; CPMF;
o vinculada somente podem ser custas e
utilizados em emolumentos
Quanto ao atividades
destino da determinadas
De Os recursos Impostos
arrecadação
Arrecadação arrecadados
não podem ser utilizados
em qualquer
vinculada
despesa
prevista no
orçamento
Diretos Oneram IR; ITR; IPTU
diretamente a
Quanto à
pessoa definida
possibilidade de
como sujeito
repercussão
passivo (não
permitem a
repercussão)
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Indiretos Oneram pessoa ICMS; ISS; IPI; IOF
diferente daquela
definida como sujeito
passivo (permitem a
repercussão)
Reais Incidem IPTU; ITR;
objetivamente sobre ITCMD; IPI
Quanto aos coisas, desprezando
aspectos aspectos
subjetivos e subjetivos
objetivos da Pessoais Incidem de forma IR
hipótese de subjetiva,levando em
incidência consideração
aspectos pessoais
do sujeito passivo
Sobre o Incidem sobre as II e IE
comércio operações de
exterior importação
e exportação
Sobre o Incidem sobre a ITR; IPTU; IPVA; IGF;
patrimônio e propriedade de bens IR
Quanto às bases a renda móveis ou imóveis e
econômicas sobre o produto do
tributadas capital, do trabalho
ou da
combinação de
ambos
Sobre a Incidem sobre a ICMS; ISS; IPI; IOF
produção e circulação de bens
ou valores e sobre a
a circulação produção de bens
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3 – LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR - PRINCÍPIOS
Para que o ente público, através dos seus poderes constituídos, exerça a
sua competência tributária será necessário balizar suas atividades nas limitações
ao exercício do poder de tributar dispostos na Constituição Federal. Assim a
nossa Carta Magna acaba pode ser uma espécie de filtro para o exercício da
instituição e/ou majoração de tributos, servindo tais limitações assim
precipuamente para a defesa dos contribuintes de qualquer tipo de cobrança
arbitrária.
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a) 1ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo da
União mediante decreto, portaria ou resolução, alterar as alíquotas dos impostos
(II, IE, IOF e IPI) abaixo descritos. Veja que alterar, a nossa acepção significa,
majorar ou reduzir sem qualquer espécie de processo legislativo.
*Esquema
Imposto
Importação
Resolução
Camex
Imposto
Exportação
Poder Executivo -
Alterar alíquotas
Imposto sobre
Operações
Financeiras
Decreto/Portaria
Imposto sobre
Produtos
Industrializados
Por fim cabe dizer que tal possibilidade encontra-se respaldada em nosso
texto constitucional no seu artigo 153,§1º da Constituição Federal:
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b) 2ª Exceção ao Princípio da Legalidade: poderá o Poder Executivo
igualmente por meio de decreto ou convênio, reduzir ou restabelecer as alíquotas
de CIDE e ICMS Combustível. Mas por favor, não esqueça: aqui não trata-se de
majoração, mas tão somente redução ou retornar o quanto era anteriormente as
alíquotas.
4 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 263.
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Complementar (CF, art. 155,
§ 4.º, IV).”
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Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente
da República poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.
153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até
o último dia daquele em que foi editada.
*Esquema
Por fim, vale dizer ainda que se para criar ou majorar tributos será
necessário norma legal, para sua extinção ou redução igualmente será
necessário lei. Aplica-se aqui portanto o paralelismo de formas, ou seja, preciso
de norma de nível hierárquico igual ou superior para extinguir ou reduzir os
tributos.
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3.3 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
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tributo criado ou majorado somente poderá ser exigido no primeiro dia do
exercício seguinte, ou seja, uma vez publicado, por exemplo no ano de 2017,
somente poderá ser exigido no primeiro dia do ano de 2018.
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Art. 150 da CF - § 1º A vedação do inciso III, b, não se
aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV
e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica
aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e
154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos
previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Súmula Vinculante 50
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de
obrigação tributária não se sujeita ao princípio da
anterioridade.
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ou exceção. Entretanto o Código Tributário Nacional nos apresenta 3 exceções
a este princípio:
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no Exame da Ordem, inclusive como teses para peças processuais.
SÚMULA 70 STF
É inadmissível a interdição de estabelecimento como
meio coercitivo para cobrança de tributo.
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3.7 – PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
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b) 2ª Exceção: Imunidade de ICMS para Mercadorias e Serviços para
Exterior
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4 – LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR - IMUNIDADES
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Logo, se a igreja ou templo faz um bingo para manter a “Casa do Senhor”,
ou seja, a renda auferida será revertida para a finalidade essencial, não terá que
pagar impostos sobre tal valor recebido. O mesmo vale para cobrança de
dízimos, estacionamento para fiéis ou até mesmo cemitério em nome da
instituição religiosa. Tudo isto observando o que disposto no artigo 150, §4º da
Constituição Federal.
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d) 4ª Espécie – Art. 150, VI, D e E, CF – Imunidade Objetiva: por fim a
presente imunidade diz respeito a espécie de imunidade genérica no tocante a
alguns objetos. Portanto os livros, períodos, jornais e papéis destinados a sua
impressão, bem como CD´S e DVD´s confeccionados por artistas ou interpretes
brasileiros não pagarão impostos.
Já a lista telefônica gozará desta imunidade? Sim, visto que ela tem
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caráter informativo.
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Recurso extraordinário. Repercussão geral. Tributário. Imunidade objetiva constante do art. 150, VI, d, da CF/88.
Teleologia multifacetada. Aplicabilidade. Livro eletrônico ou digital. Suportes. Interpretação evolutiva. Avanços
tecnológicos, sociais e culturais. Projeção. Aparelhos leitores de livros eletrônicos (ou e-readers). 1. A teleologia da
imunidade contida no art. 150, VI, d, da Constituição, aponta para a proteção de valores, princípios e ideias de elevada
importância, tais como a liberdade de expressão, voltada à democratização e à difusão da cultura; a formação cultural
do povo indene de manipulações; a neutralidade, de modo a não fazer distinção entre grupos economicamente fortes
e fracos, entre grupos políticos etc; a liberdade de informar e de ser informado; o barateamento do custo de produção
dos livros, jornais e periódicos, de modo a facilitar e estimular a divulgação de ideias, conhecimentos e informações
etc. Ao se invocar a interpretação finalística, se o livro não constituir veículo de ideias, de transmissão de pensamentos,
ainda que formalmente possa ser considerado como tal, será descabida a aplicação da imunidade. 2. A imunidade
dos livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão não deve ser interpretada em seus extremos,
sob pena de se subtrair da salvaguarda toda a racionalidade que inspira seu alcance prático, ou de transformar a
imunidade em subjetiva, na medida em que acabaria por desonerar de todo a pessoa do contribuinte, numa imunidade
a que a Constituição atribui desenganada feição objetiva. A delimitação negativa da competência tributária apenas
abrange os impostos incidentes sobre materialidades próprias das operações com livros, jornais, periódicos e com o
papel destinado a sua impressão. 3. A interpretação das imunidades tributárias deve se projetar no futuro e levar em
conta os novos fenômenos sociais, culturais e tecnológicos. Com isso, evita-se o esvaziamento das normas
imunizantes por mero lapso temporal, além de se propiciar a constante atualização do alcance de seus preceitos. 4.
O art. 150, VI, d, da Constituição não se refere apenas ao método gutenberguiano de produção de livros, jornais e
periódicos. O vocábulo “papel” não é, do mesmo modo, essencial ao conceito desses bens finais. O suporte das
publicações é apenas o continente (corpus mechanicum) que abrange o conteúdo (corpus misticum) das obras. O
corpo mecânico não é o essencial ou o condicionante para o gozo da imunidade, pois a variedade de tipos de suporte
(tangível ou intangível) que um livro pode ter aponta para a direção de que ele só pode ser considerado como elemento
acidental no conceito de livro. A imunidade de que trata o art. 150, VI, d, da Constituição, portanto, alcança o livro
digital (e-book). 5. É dispensável para o enquadramento do livro na imunidade em questão que seu destinatário
(consumidor) tenha necessariamente que passar sua visão pelo texto e decifrar os signos da escrita. Quero dizer que
a imunidade alcança o denominado “audio book”, ou audiolivro (livros gravados em áudio, seja no suporte CD-Rom,
seja em qualquer outro). 6. A teleologia da regra de imunidade igualmente alcança os aparelhos leitores de livros
eletrônicos (ou e- readers) confeccionados exclusivamente para esse fim, ainda que, eventualmente, estejam
equipados com funcionalidades acessórias ou rudimentares que auxiliam a leitura digital, tais como dicionário de
sinônimos, marcadores, escolha do tipo e do tamanho da fonte etc. Esse entendimento não é aplicável aos
aparelhos multifuncionais, como tablets, smartphone e laptops, os quais vão muito além de meros equipamentos
utilizados para a leitura de livros digitais. 7. O CD-Rom é apenas um corpo mecânico ou suporte. Aquilo que está nele
fixado (seu conteúdo textual) é o livro. Tanto o suporte (o CD- Rom) quanto o livro (conteúdo) estão abarcados pela
imunidade da alínea d do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. 8. Recurso extraordinário a que se nega
provimento. TESE DA REPERCUSSÃO GERAL: 9. Em relação ao tema nº 593 da Gestão por Temas da Repercussão
Geral do portal do STF na internet, foi aprovada a seguinte tese: “A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d,
38 RE
da CF/88 aplica-se ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-lo.”
330817-RJ
DICA DO GUIGUI
- Quem goza de imunidade genérica somente terá dispensa de impostos
e não dos demais tipos de tributos, como por exemplo taxas e
contribuições de melhoria.
- Quem goza de imunidade terá dispensa apenas de pagar, ou seja, da
obrigação principal e não das obrigações acessórias (de fazer, como
por exemplo, tirar nota
fiscal).
5 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 509.
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Art. 5.º, LXXVII - Habeas corpus, habeas data e, na Custas judiciais
forma da lei, atos necessários ao e emolumentos
exercício da cidadania (considerados
taxas pelo STF)
Art. 149, § 2.º, I - Receitas decorrentes de exportação Contribuições
sociais e de
intervenção
no domínio
econômico
Art. 153, § 3.º, - Exportação de produtos industrializados IPI
III
Art. 153, § 4.º, - Pequenas glebas rurais, definidas em ITR
II lei, exploradas por proprietário que não
possua outro imóvel
Art. 153, § 5.º - Ouro definido em lei como ativo Tributos em
c/c ADCT, art. financeiro ou instrumento geral,
74, § 2.º cambial salvo
CPMF e
IOF
Art. 155, § 2.º, - Exportações de mercadorias e serviços; ICMS
X - Operações que destinem a outros
Estados petróleo, inclusive
lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, e energia
elétrica;
- Prestações de serviço de comunicação
nas modalidades de radiodifusão sonora
e de sons e imagens de recepção livre e
gratuita
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Art. 155, § 3.º - Operações relativas a energia Impostos em
elétrica, serviços de telecomunicações, geral, exceto
derivados de petróleo, combustíveis e II, IE e ICMS
minerais do
País
Art. 156, § 2.º, I - Transmissão de bens ou direitos ITBI
incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica em realização de
capital;
- Transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação,
cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a
compra e venda desses bens ou
direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil
Art. 184, § 5.º - Operações de transferência de Impostos
imóveis desapropriados para fins de em geral
reforma
agrária
Art. 195, II - Rendimentos de aposentadoria e Contribuição
pensão concedidas pelo regime geral de previdenciária
previdência social
Art. 195, § 7.º - Entidades beneficentes de Contribuições
assistência social que atendam às para
exigências estabelecidas em lei financiamento da
seguridade social
Art. 226, § 1.º - Celebração do casamento civil Taxas em geral
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Art. 85 do - Contas-correntes de depósito CPMF
ADCT especialmente abertas e
exclusivamente utilizadas para
operações de:
a) câmaras e prestadoras de serviços de
compensação e de liquidação de que
trata o parágrafo único do art. 2.º da Lei
10.214, de 27 de março de 2001;
b) companhias securitizadoras de que
trata a Lei 9.514, de 20 de novembro de
1997;
c) sociedades anônimas que tenham
por objeto exclusivo a aquisição de
créditos oriundos de operações
praticadas no mercado financeiro;
- Contas-correntes de depósito,
relativos a:
a) operações de compra e venda de
ações, realizadas em recintos ou sistemas
de negociação de bolsas de valores e no
mercado de balcão organizado;
b) contratos referenciados em ações
ou índices de ações, em suas diversas
modalidades, negociados em bolsas de
valores, de mercadorias e de futuros;
- Contas de investidores
estrangeiros, relativos a entradas no País
e a remessas para o exterior de recursos
financeiros empregados, exclusivamente,
em operações e contratos referidos nas
letras “a” e “b” do item anterior.
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5 – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Entretanto para que sejam criados estes tributos, seja por meio de lei
ordinária ou complementar, o legislador terá que ater-se a uma série de
requisitos e imposições legais descritos em lei complementar. Portanto, via de
regra, normas gerais de direito tributário somente poderão ser realizadas
mediante lei complementar na forma do artigo 146 da Constituição Federal.
Importante ainda referir que tal temática tem vínculo com o princípio da
legalidade. Portanto, muito embora acima cita-se a possibilidade de criação ou
majoração de tributo mediante lei ordinária, não poderemos esquecer que
Medida Provisória também assim poderá fazer, uma vez obedecidos os
requisitos do artigo 62, §2º da Constituição Federal.
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6 – OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
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6.1 – ELISÃO FISCAL
Mas afinal de contas, quem poderá cobrar e quem irá pagar a obrigação
tributária? Serão respectivamente o sujeito ativo e passivo da relação tributária.
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tributário e até mesmo da multa, uma vez realizado o fato gerador ou
descumprida eventual obrigação acessória. Na forma do artigo 121 do CTN o
sujeito passivo poderá ser tanto o contribuinte (aquele que realiza e tem vínculo
direto com o fato gerador), quanto o responsável (não realiza o fato gerador, mas
a norma legal lhe atribui o dever de pagar tributo).
6.4 – DA SOLIDARIEDADE
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cobrança em prova, que é o inciso II, onde leciona que eventual isenção
concedida em razão de caráter pessoal não será extentida para os demais,
mantendo-se o saldo devido pelos demais sujeitos passivos (logo desconta-se a
cota parte do sujeito isento).
Não basta a ocorrência do fato gerador para que o tributo possa ser
constituído e consequentemente exigido do contribuinte. Para que o mesmo
possa ser cobrado faz-se necessário a que ocorra o lançamento. Logo conclui-
se que a constituição do crédito tributário ocorrerá por meio do ato administrativo
de lançamento.
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cobrança do crédito tributário. Aqui o fisco irá calcular o valor do tributo e emitir
a guia. São exemplos de lançamento por declaração: ITBI, ITCMD.
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7 – DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO
6 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 1005.
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Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis
reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de
segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada,
em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº
104, de 2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001
A primeira hipótese de suspensão prevista no rol é a moratória. Este
instituto trata-se da concessão, mediante lei específica do ente competente, do
aumento do prazo para pagamento do crédito tributário devido. Logo acaso o
contribuinte albergar-se em lei que concede moratória, terá prazo dilatado para o
pagamento do tributo.
A moratória é utilizada, na maioria das vezes, como medida política à fim
de colaborar com os contribuintes que passam por situações extremas, como de
calamidades ou estragos causados pela natureza.
50
O presente instituto poderá ser concedido de forma geral ou individual. Na
ocorrência da moratória em geral, a mesma irá abranger um número
indeterminado de contribuintes, não dependendo de requisitos ou autorização da
autoridade administrativa competente.
7 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 1037.
51
A segunda hipótese de suspensão prevista no rol é o depósito do
montante integral. Este instituto trata-se será realizado, via de regra, dentro
dos processos judiciais, visto que a simples interposição de recurso
administrativo já suspende a exigibilidade, não sendo portanto necessário e
muito menos exigível à realização de depósito para suspender quando do
processo administrativo na forma da SV 21 do STF.
52
A terceira hipótese de suspensão prevista no rol é a reclamação e o
recurso administrativo. Tal hipótese será realizada toda vez que houver
interposição de qualquer recurso administrativo de forma tempestiva pelo
contribuinte. Lembrando mais uma vez aqui que não poderá ser exigido depósito
recursal ou custas recursais para a realização desta forma de suspensão.
53
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e
condição estabelecidas em lei específica. (Incluído pela
Lcp nº 104, de 2001)
§ 1º Salvo disposição de lei em contrário, o
parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência
de juros e multas. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
§ 2º Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as
disposições desta Lei, relativas à moratória. (Incluído
pela Lcp nº 104, de 2001)
54
8 – DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO
O vencimento do crédito
Direto deve ser estabelecido
pela legislação pertinente
de cada tributo. Sendo a
lei omissa, a aplica-se a
regra do art. 160, do
Prazo para CTN – 30 dias da ciência
pagamento/modalidade Por declaração da notificação.
de lançamento
56
delimitar as condições para à realização da transação. Veja que o CTN não
afirma a necessidade do litígio ser judicial ou administrativo, cabendo assim, ao
ver do signatário, para tanto litígios administrativos quanto para judiciais.
57
Mais importante ainda dizer que: o termo inicial do prazo decadencial não
é exatamente a data da ocorrência do fato gerador, mas uma data em torno deste
momento (via de regra, o primeiro exercício financeiro subsequente). Mas no
caso do lançamento por homologação, contudo, o termo inicial pode coincidir
com precisão com data do fato gerador.
Mas atenção nos casos de lançamento por homologação onde não houver
lançamento ou ele for realizado com dolo, fraude ou simulação, o prazo
decadencial passará para a regra geral (art. 173, I, do CTN, ou seja, 1º dia do
exercício subsequente.
59
(súmula vinculante nº 8), decidiu que tal prazo é inconstitucional, sendo o mesmo
igual aos demais (5 anos).
60
o dinheiro irá a fazenda pública. Tal ato é nominado de conversão de depósito
em renda.
61
9 – DA EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Isenção
A isenção trata-se de um instituto desonerativo que visa dispensar
mediante lei o dever de pagar tributo. Veja que trata-se de instituto diferente da
imunidade, visto que esta última trata-se de dispensa constitucional do dever de
pagar tributo. Ainda sobre a isenção é importante ressaltar:
*Esquema
Isenção
62
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato,
é sempre decorrente de lei que especifique as condições
e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a
que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a
determinada região do território da entidade tributante,
em função de condições a ela peculiares.
Ainda sobre isenções cabe dizer que a sua concessão, em razão de tratar-
se de um benefício para o contribuinte, não observará a anterioridade, bem como
na forma do artigo 177 do CTN, via de regra não se extenderá a taxas e
contribuições de melhoria, salvo previsão expressa em norma.
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Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção
não é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua
concessão.
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Anistia
Tal anistia poderia ser realizada inclusive sobre determinado território e/ou
região, sendo possível portanto a delimitação da extensão do referido instituto.
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E, por fim, o referido instituto político poderá ser concedido em caráter
geral e individual obedecendo os mesmos critério da isenção.
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9 – DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA
Via de regra, todo tributo será satisfeito pela pessoa que realize o fato
gerador, ou seja, aquele que tem vínculo direto com a realização da hipótese
descrita em norma legal. Entretanto o artigo 121 do CTN afirma que serão
igualmente sujeito passivo da relação tributária, além do contribuinte, o
responsável.
Mas afinal de contas quem é o responsável? É aquele que não tem vínculo
direto com à realização (fato) da hipótese prevista na norma, entretanto a lei lhe
atribuí responsabilidade para satisfazer o crédito tributário.
Outrossim, antes de iniciarmos os tipos de responsabilidade, é importante
referir que o próprio CTN afirma e entrega possibilidade ao legislador ordinário
estabelecer hipóteses específicas de responsabilidade tributária conforme
leciona o artigo 128.
Como a presente obra não tem o condão de exaurir qualquer matéria
exposta, vamos trabalhar especificamente à responsabilidade por transferência
(sucessão e terceiros), que está disciplinada entre os artigos 130 até 135 do
CTN.
Reza o artigo 130 do CTN que:
67
bem imóvel (impostos, taxas e cont. de melhoria) serão transferidos ao
adquirente do bem.
Entretanto o adquirente apenas não poderá ser responsabilizado quando
houver comprovação da negativa de débitos (possuir certidão negativa na data
da compra) ou quando adquirir o bem em leilão judicial, visto que neste último
caso, os valores das dívidas estarão subrogadas pelo preço pago em hasta
pública. Logo se houver saldo pendente, mesmo com a realização da
arrematação, o adquirente não poderá ser cobrado pelo saldo devido.
Por fim, ainda sobre o referido artigo, cabe dizer que a mesma hipótese
de responsabilidade será do adquirente de bem móvel, na forma do artigo 131,
I, do CTN. Outrossim decidiu o STJ que as possibilidades de não pagamento dos
débitos para o presente caso pelo adquirente, aplicam-se as mesmas regras
expostas para o artigo 130 do CTN.
2. Inciso II e III:
a. Responsável é o Espólio.
68
d. Cuidado que Cisão também é: Lei S.A.
e. Responsável: Unidade Resultante.
70
Reza o artigo acima que será presumida fraude toda vez que ocorrer
alienação (venda) de bens com a finalidade de não pagar tributo. O lapso
temporal para definição da referida fraude é a inscrição em dívida ativa. Ainda
afirma o parágrafo único do referido artigo que apenas não será considerado
fraude se o devedor conservar bens suficientes para à satisfação do crédito
tributário.
Sobre o artigo ainda é importante lecionar que não aplicamos para efeitos
de Execução Fiscal a Súmula 375 do STJ, visto que aqui trata-se de norma
especial.
72
11 – DAS TAXAS
Taxa
Competência comum
Tributo Vinculado
73
Observando ainda o referido artigo que dá competência aos entes para
criação de taxas, verifica-se a existência de duas espécies de taxas:
74
utilizando-se, bem como divisível quer dizer que o ente público consegue
visualizer e individualizar quem faz utilização do seu serviço público. É o famoso
“eu te vejo”, “tu me vês”.
75
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de
impostos.
Por fim vale ressaltar que as custas judiciais são espécies de taxa,
podendo assim ser criadas somente mediante lei ordinária do ente competente.
Ademais sofrem limitações e deverão observar todos os demais princípios e
limitações impostas ao poder de tributar.
76
12 – DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
77
Limite Geral: o fisco não poderá cobrar mais de todos os
contribuintes beneficiados com a obra pública do que o custo total
gasto para sua realização.
78
13 – DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
Mas tenha cuidado: uma nova Contribuição Social Residual, ou seja, que
não existe ainda, somente poderá ser criada pela mesma União, mediante Lei
Complementar na forma do artigo 195, §4º da Constituição Federal. Vale
ressaltar ainda que tal contribuição residual obedecerá aos requisitos do artigo
154, I, da Constituição Federal, ou seja: não poderá ser cumulativa e deverá de
fato gerador/base de cálculo diversa das demais contribuições.
80
Contribuição Social para Regime Próprio de Previdência para Servidor Público
82
14 – DOS EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
83
15 – DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
84
16 – DOS IMPOSTOS EM ESPÉCIE
IMPOSTOS FEDERAIS
ITR
COMPETÊNCIA
• União;
• Decreto 4.382/2002.
SUJEITO PASSIVO:
85
• Proprietário;
FATO GERADOR
• Propriedade;
• Domínio u til;
• Posse de imóvel;
ELEMENTO TEMPORAL
ELEMENTO ESPACIAL
86
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
• Serão proporcionais;
• Serão progressivas;
Caráter extrafiscal;
• Enquanto não for transferida a propriedade = não paga, salvo se houver imissão
prévia da posse.
• É a imunidade do artigo 184, §5º da CF, combinado com o art. 1º, §1º, da lei
9.393/96.
LEGITIMIDADE PROCESSUAL
87
processo.
IOF
COMPETÊNCIA
• União;
• Bancos;
• Caixas econômicas;
• Corretoras;
• Lojas de câmbio;
SUJEITO PASSIVO
FATO GERADOR
QUESTÕES DE PROVA
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
89
Operação de seguro: máximo de 25% (art. 22).
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
COMPETÊNCIA
• União;
• INCIDIRÁ SOBRE:
Inserção no território nacional de bens procedentes de outros países;
Vide artigo 19 do CTN.
SUJEITO PASSIVO
FATO GERADOR
• Momento da apresentação;
Podera o ser registrado antes da entrada: plantas, animais vivos, papel para
impressão.
CUIDADO!
• Imposto de Importaça o somente em casos de permanência em definitivo.
• Não englobará mercadorias estrangeiras, que permaneçam temporariamente, a fim de
cumprir finalidades esporádicas.
Circuito da fórmula 1;
Feiras e exposições.
SALVO:
BASE DE CÁLCULO
• Quantidade de mercadorias;
ALÍQUOTAS
• ESPECÍFICA
• AD VALOREM
QUESTÕES DE PROVA
• Drawback;
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
COMPETÊNCIA
• União;
FATO GERADOR
QUESTÕES DE PROVA
• REGRAS DE DESONERAÇÃO
COMPETÊNCIA
• União;
• Artigo 153, IV, da CF;
• Artigo 46 e seguintes do CTN
93
É IMPOSTO SELETIVO (NECESSIDADE DE PRODUTO)
SUJEITO PASSIVO:
• Importador;
• Industrial;
FATO GERADOR:
• Importação;
• Aquisição em leilão;
CUIDADO: O STJ entende que não incide IPI de veículo importado para uso próprio.
CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
BASE DE CÁLCULO
94
+ encargos cambiais.
+ tarifas aduaneiras.
• Preço da arrematação.
ALÍQUOTAS
• Proporcional;
IMPOSTO DE RENDA
COMPETÊNCIA
• União;
ALÍQUOTAS
• Proporcional;
SUJEITO PASSIVO
Empregado = contribuinte.
Empregador = responsável.
95
FATO GERADOR
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
QUESTÕES DE PROVA
• Súmula 125, STJ – Não incide IR sobre renda auferida por férias não gozadas.
• Súmula 215, STJ – Não incide sobre indenização – programa de demissão
voluntária.
96
• Súmula 463, STJ – Incide sobre horas extraordinárias recebidas.
• Súmula 447, STJ – Entes que fazem retenção serão partes nas ações.
IPTU
COMPETÊNCIA
• Municípios e DF;
CUIDADO:
Impugnar lançamento;
Proprietário;
FATO GERADOR
• Propriedade;
• Domínio u til;
98
• Posse de bem imóvel.
CUIDADO: Imóvel situado em zona urbana, mas que explore atividade de zona rural,
como plantação, criação de galinha, será cobrado ITR, com fundamento no artigo 15,
DL 57/66.
• Temporal: anual.
ALÍQUOTAS DO IPTU
• Será progressiva;
99
Lei municipal deverá prever progressividade;
ISSQN
COMPETÊNCIA
• Municípios e DF;
REGRA
FATO GERADOR
• É a prestação do serviço;
• Pela empresa ou profissional autônomo;
100
• Com ou sem estabelecimento fixo;
• De serviços constantes na lista anexa da LC 16/03.
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
• Será fixa (profissional liberal) ou proporcional (serviço);
• A depender do sujeito passivo;
Alí quota mínima = 2% - artigo 88 da ADCT;
Alí quota ma xima = 5% - artigo 8º da LC 16/03.
ATENÇÃO
ITBI
A QUALQUER TÍTULO
Exceto os de garantia.
COMPETÊNCIA
• Município e DF;
• Lei Ordinária.
SUJEITO PASSIVO
• Podera ser:
Transmitente;
ELEMENTO ESPACIAL
ELEMENTO TEMPORAL
FATO GERADOR
102
• Ocorrerá mediante registro no registro de imóvel;
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
DF
103
RECEBIDOS
• Em razão de doação.
ATENÇÃO: No inventário por morte presumida, que você não sabe o fato
gerador, terá incidência desse imposto – Su mula 331 do STF.
COMPETÊNCIA
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
104
• Será definida pelo Senado Federal;
IPVA
COMPETÊNCIA
• Estados e DF.
• Paga-se anualmente.
SUJEITO PASSIVO
• Proprietário;
• Adquirente;
BASE DE CÁLCULO
• Estados e DF.
105
ALÍQUOTA (CARÁTER FISCAL)
para mí nima.
ICMS
É PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:
Comunicação.
COMPETÊNCIA
• Estados e DF;
SUJEITO PASSIVO
• Serviços de comunicação.
CONCEITO DE CIRCULAÇÃO
106
CONCEITO DE MERCADORIA
• Empresa do setor fumageiro decide vender seus carros para adquirir novos
ALÍQUOTA DO ICMS
A depender do produto.
ALÍQUOTA INTERESTADUAL
• A partir de 1990:
ALÍQUOTA INTERESTADUAL
108
Norte, Nordeste, Centro Oeste e Espí rito Santos = pago 7%.
12% deICMS, eis que estará na região Norte, Nordeste, Centro Oeste, ES. Assim,
não interessa para onde venderá.
interestadual:
Exceção = Se origem for do Sul, Sudeste para Norte, Nordeste, Centro Oeste
e Espírito Santos = pagará 7%.
A empresa Nini machão, situada em POA-RS, acaba por vender bolachas para
NATAL – RN. Nesse caso, a empresa Nini machão pagara 7% para o Estado do
RS, conforme o art. 155, §2º, IV, CF. Pore m, quando a bolacha chegar em Natal
109
QUEM VAI RECOLHER O DIFAL?
• DEPENDE!
ICMS, sera ela que terá que recolher (art. 155, §2º, VIII, a, da CF).
Agora, se o destinatário, em Natal – RN, for alguém que não seja contribuinte
• Tais mudanças quebraram as vendas pela internet. A maioria das vendas são
para não contribuintes, no tocante as operações interestaduais. Logo, as lojas
deverão recolher:
• Foi por essa razão que a Emenda Constitucional nº 87 também inseriu o art. 99
da ADCT, alterando as regras de repartições.
Criou-se uma regra de transição para que os Estados de origem não sintam
• Você, pessoa física, resolve importar roupas dos EUA. Voce estara diante do
pagamento de ICMS?
110
17 – EXECUÇÃO FISCAL
Assim a Execução Fiscal é o rito processual disponível para que os entes públicos
possam buscar a satisfação dos débitos tributários (e também os não tributários)
não satisfeitos administrativamente pelos contribuintes. Ademais tal rito apresenta
legislação própria (Lei 6.830/80) e se utilizará subsidiariamente, naquilo que não
contrariar a lei especial, o conteúdo normativo disposto em nosso Código de
Processo de Civil.
Cai ao lanço ainda salientar que para termos Execução Fiscal faz-se necessário a
existência de um título executivo extrajudicial. E qual seria este título executivo
extrajudicial? É o que chamamos de Certidão de Dívida Ativa. Portanto jamais
poderemos ter Execução Fiscal sem CDA.
Antes de falarmos sobre a CDA, é importante dizer que o foro competente para
ajuizamento da Execução Fiscal será o do domicilio do réu, in casu, executado. De
igual sorte também é inteligente informar que as Execuções Fiscais movidas pela
União, Autarquias Federais, serão ajuizadas na Justiça Federal, bem como aquelas
Execuções Fiscais movidas pelos Estados e Municípios, serão ajuizadas na Justiça
Estadual.
Mas afinal de contas, quais são os requisitos para termos uma CDA. Leciona o artigo
2º, §5º e §6º da Lei 6.830/80 que:
111
I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que
conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros;
II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a
forma de calcular os juros de mora e demais encargos
previstos em lei ou contrato;
III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da
dívida;
IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à
atualização monetária, bem como o respectivo fundamento
legal e o termo inicial para o cálculo;
V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa;
e
VI - o número do processo administrativo ou do auto de
infração, se neles estiver apurado o valor da dívida.
§ 6º - A Certidão de Dívida Ativa conterá os mesmos elementos
do Termo de Inscrição e será autenticada pela autoridade
competente.
Assim para que torne-se perfeita uma CDA ela deverá atentar-se aos requisitos
acima expostos. Ademais cai ao lanço ainda informar que inobstante tais requisitos
positivos, o Exame da Ordem tem cobrado os requisitos negativos, ou seja, o que
não faz-se necessário ter em uma Certidão de Dívida Ativa.
Uma vez dito sobre os requisitos da CDA, uma outra pergunta pode ser realizada:
a mesma poderá ser substituída após o ajuizamento da Execução Fiscal? A
resposta é positiva, salvo se for para alteração do sujeito passivo, que esta jamais
poderá ocorrer. Vide o teor da súmula do STJ.
112
Súmula 392 STJ “A Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa
(CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de
erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.”
Analisada a CDA, e pronto o título executivo à fim de instruir a Execução Fiscal, reza
o artigo 6º da Lei 6.830/80 de que a petição inicial deverá conter:
Uma vez ajuizada a petição inicial a mesma será distribuída na justiça e foro
competente. Tombado o feito, o mesmo será concluso ao juízo à fim de que o
mesmo profira despacho inicial, mandado citar a parte para pagar ou oferecer bens
à penhora no prazo de 5 dias.
Não sendo realizado o pagamento, bem como acaso não forem oferecidos bens à
penhora, a parte exequente irá demandar à fim de conseguir bens que garantam o
pagamento da dívida, ou seja, tentará a penhora de bens do executado. A penhora
irá obedecer a seguinte ordem:
113
cotação em bolsa;
III - pedras e metais preciosos;
IV - imóveis;
V - navios e aeronaves;
VI - veículos;
VII - móveis ou semoventes; e
VIII - direitos e ações.
§ 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre
estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em
plantações ou edifícios em construção.
§ 2º - A penhora efetuada em dinheiro será convertida no depósito de
que trata o inciso I do artigo 9º.
§ 3º - O Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito
judicial, particular ou da Fazenda Pública exeqüente, sempre que esta
o requerer, em qualquer fase do processo.
Outrossim cai ao lanço informar que uma das perguntas que inclusive já foram objeto
de cobrança por parte da OAB foi: posso substituir bens que foram penhorados? A
resposta está no artigo 15 da Lei 6.830/80.
Por fim, antes de adentrarmos aos embargos à execução fiscal, faz-se necessário
abordar outro tema que igualmente já foi objeto de cobrança na OAB. Será que todo
bem poderá ser objeto de penhora para garantir a dívida tributária? A regra, na
forma do artigo 184 do Código Tributário Nacional.
114
os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da
cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare
absolutamente impenhoráveis.
Entretanto, inobstante a regra informar que a maioria dos bens dos contribuintes
poderão servir para pagamento da dívida tributária, existem alguns bens que jamais
poderão ser objeto de penhora?
Mas tenha cuidado visto que na própria lei 8.009/90 (art. 3º) temos uma exceção a
impenhorabilidade por dívida fiscal, visto que quando o crédito tributário for oriundo
do bem imóvel ele poderá ser penhorado para pagamento destes débitos (exemplo,
IPTU, Taxa, Cont. de Melhoria).
115
Jamais erre no momento da prova: a garantia do juízo é requisito para admitir os
Embargos à Execução Fiscal, assim como o prazo de 30 dias. Ademais caberá
Embargos de qualquer espécie tributária.
Tenha atenção na hora de fazer a prova: não basta a garantia do juízo para
embargar, terá de contar o prazo de 30 dias. Se estiver fora do prazo, se foi meus
embargos. Tudo isso conforme o artigo 16ª da LEF. Mas se o contribuinte desejar
acelerar os embargos, nada impede que acaso tenha penhora nos autos, mesmo
sem intimação, ele ofereça os embargos à execução. Até porque ninguém garante
juízo para anulatória ou exceção.
E como faço requerimento do efeito suspensivo? O art. 294 do CPC sobre tutela
provisória, observando o que disposto no art. 919, §1º, do CPC.
116